Post on 11-Jul-2018
açônica
Meus Irmãos:
Voltamos a contatar e conviver fraternamente com todos os nossos
leitores, com mais uma edição de nosso Boletim Chico da Botica para
deixarmos um pouco de cultura maçônica e informações, que, sempre,
almejamos serem úteis a todos.
Passados o período de eleições, instalações e posses para as novas
Administrações das Lojas do Grande Oriente do Rio Grande do Sul queremos
saudar a todos os Veneráveis Mestres e demais Membros da Administração das
Lojas e, em especial os novos Membros da Gestão 2017-2019 da nossa Chico
da Botica com os sinceros desejos de que todos tenham um continuado
sucesso e contribuam efetivamente para o desenvolvimento da Ordem
Maçônica.
Estamos a cada dia recebendo novas contribuições de Irmãos para que o
Boletim alcance seus objetivos. Nosso acervo consta, atualmente com um
número considerável de trabalhos que nos faz pedir desculpas e paciência a
todos que nos enviam suas peças, mas faremos o possível para publicarmos
com a mesma consideração e carinho para que possamos usufruir dos estudos
e opiniões, que tem somente um objetivo, trazer mais luz aos que buscam o
conhecimento de nossa Ordem.
Estamos disponibilizando aos Irmãos mais uma edição de nosso Boletim
da Chico, a de número 112, com textos de grande conteúdo, na esperança de
que certamente irão contribuir para espalhar conhecimentos e cultura
maçônica, e que realmente agreguem valor aos nossos conhecimentos.
Um TFA a todos
Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS
EDITORIAL: “Os Sinceros Desejos de um Continuado Sucesso”
INFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B
AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS
Ano 13, Edição nº. 112 Data: 31 de julho de 2017
Editorial: “Os Sinceros
Desejos de um
Continuado Sucesso”
C ALAR DISCÓRDIA
- Autor: Charles
Chaplin - Pág. 2
1
P ERFEIÇÃO OU
PLENITUDE? -Irmão
Luiz A Rebouças dos
Santos - Pág. 3
2
A Letra G e a importância para a
Maçonaria - Irmão LUIZ ALBERTO MODESTI - Pág. 4, 5, 6 e 7
3
B REVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA - Irmão
Dante Cezar Melo Rostirola-Pág. 8, 9,10 e 11
4
14 DE JULHO – Soneto - Irmão Adilson Zotovici - Pág. 11
5
Nesta edição:
À GLÓRIA DO GA DU
Fundada em 19 de novembro de 1995
Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Notícias Rapidinhas
“Pensar envolve não apenas o fluxo dos pensamentos, mas também a captura deles”
Walter Benjamin, filósofo alemão (1892-1940)
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Informativo
CHICO DA BOTICA
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
CONHECIMENTO: Divulgação
Sugestão de leitura formulada pelo Ir.·.Artêmio G. Hoffmann - Título: “A ARCA DA ALIANÇA - Nos contextos:
Bíblico, Histórico, Arqueológico, Maçônico e Simbólico” - Autor: José Ronaldo Viega Alves.
Comentário: Um livro de fácil leitura e um tema apaixonante pelo simbolismo e mistério que representa na evolução do pensamento da humanidade em todos seus níveis. Vale a Pena a leitura! Sobre o Livro: (transcrição
contracapa) O presente livro é fruto de uma série de artigos publicados no Informativo JB NEWS. Todos eles foram rev is tos e a lguns até modificados. Agora o que t emos é u ma v e r s ão c o n d e n s a d a , p o r é m , abrangente, a respeito da Arca da Aliança ou Arca Sagrada, buscando contemplar ao leitor interessado, por esse que é um dos temas mais fascinantes do nosso imaginár io , com informações relativas a vários contextos. Ed. VIRTUAL ALBOOKS EDITORA E LIVRARIA LTDA - São Francisco – Pará de Minas - MG - maio de 2017.
A harmonia plena ainda constitui um sonho distante de qualquer organização
humana. Os homens guardam grandes diferenças entre si. Diversos fatores induzem
a distintas formas de entender e viver a vida. A educação recebida no lar, as
experiências profissionais e afetivas, os professores e os amigos.
Todos esses elementos contribuem para a singularidade da personalidade humana.
A diversidade produz a riqueza. Se todos os homens pensassem do mesmo modo, o
marasmo e a mesmice tomariam conta do mundo. Uma assembleia ou equipe
composta de forma heterogênea possui grande potencial. Ocorre que conviver em
harmonia com o diferente pressupõe maturidade. Em qualquer gênero de
relacionamento humano, é necessário respeitar o próximo. Mas é preciso também
manter o foco em um objetivo maior.
Toda associação humana possui uma finalidade. No âmbito profissional, busca-se o
crescimento da empresa na qual se participa. Na esfera familiar, colima-se a
educação e o preparo de seus membros para a vida, em um contexto de dignidade.
Em uma associação filantrópica, tem-se por meta a prática do bem. A noção clara do
objetivo que se persegue facilita a convivência. O fato de alguém discordar de suas
ideias não significa que esteja contra você. O relevante é verificar qual o modo mais
eficiente de atingir a meta almejada pelo grupo.
A convivência humana raramente deixa de produzir algum atrito. Mas é preciso saber
calar a discórdia. Se o embate de ideias e posições não é ruim, a agressividade e o
radicalismo sempre o são.
Pense sobre as instituições que você integra. Sua presença em tais ambientes visa
ao interesse coletivo, ou à exaltação de seu ego? É melhor afastar-se delas do que,
por mesquinharia, ser causa de desestabilização e brigas. Mas o ideal é aprender a
sacrificar seu interesse pessoal em prol de uma causa maior. Se uma controvérsia
surge, reflita com serenidade sobre os pontos de vista envolvidos.
Caso sua posição não seja defensável, abdique dela. Procure ser um elemento
pacificador nos meios em que se movimenta. Há pouca coisa tão cansativa quanto
um altercador contumaz.
Certas posturas são toleráveis apenas em pessoas muito jovens. Na maturidade, a
rebeldia e a vaidade sistemáticas são ridículas. Não canse seus semelhantes, com
posições inflexíveis e injustificáveis.
Aprenda a ceder e a compatibilizar, quando isso não comprometer sua honestidade e
sua ética. De que lhe adianta vencer um debate, se a causa que você defende sofre
com isso? O homem sábio identifica quando deve avançar e quando deve recuar.
Mas sempre o faz de forma sincera e digna. De nada adianta afetar concordância e
semear a discórdia nos bastidores. A dissimulação e a intriga são indignas de uma
pessoa honrada. Reflita sobre isso, quando se vir envolvido em debates e contendas.
Quando se engajar em uma causa, sirva-a com desinteresse. Jamais se permita
servir-se dela para aparecer. Mas principalmente nunca a prejudique por radicalismo
e imaturidade.
Autor: Charles Chaplin
CALAR DISCÓRDIA
AGOSTO
- Ir.·. Efetivo:
12 - João Lauro Desidério
Alves
- IIr.·. Correspondentes:
13 - Luis Arthur Aveline de
Oliveira
27 - Claiton Ghiggi
31 - Henrique de Santana
Aos Aniversariantes!
Nossas Felicitações!!!
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
PERFEIÇÃO OU PLENITUDE? *Irmão Luiz A Rebouças dos Santos
Se a maçonaria tivesse que pregar uma cruzada, esta seria
para restabelecer a liberdade de consciência que é a antítese da
guerra aos infiéis, tal como a compreendiam os Cruzados...
Com essas palavras, um orador se dirigia ao grupo de
maçons. Uns, ouviam atentamente, outros, nem tanto.
Ora, como fazer a conscientização de fora para dentro, da
maçonaria para os maçons?
A tarefa não é bem essa. O sistema de graus, no Rito
Escocês Antigo e Aceito, do Simbolismo aos Altos Graus, propõe
uma progressão que, balizando o caminho, procura dar a cada
maçom a total liberdade em sua busca. Não há dogmas, não há
credos. Maçonaria não é mais uma religião. Se quisermos
despertar no neófito o interesse pela maçonaria, não podemos
dar fórmulas feitas, rituais acabados, livros-texto: é preciso faze-
lo de tal modo que ele seja o sujeito, que ele questione,
argumente, aprenda e resista a toda influência.
Onde começa esse aprendizado? Sem dúvida no silêncio dos
bancos dos aprendizes; mas um silêncio ativo, como diz Jiddhu
Krishnamurti, sem ficar duvidando, apenas ouvindo. Daí a frase
que emprego sempre: O Aprendiz OUVE e acompanha tudo,
observa tudo, e, quando instado a falar, conta aos seus irmãos os
progressos que conseguiu.
Todos nós temos uma bagagem de conhecimentos, quando
chegamos à nossa Ordem. Somos profissionais, temos certo
nível de instrução, maior ou menor, dependendo da pessoa. Isso
é bom, bem diferente daqueles aprendizes medievais, que eram
totalmente ignorantes, sem saber ler ou escrever; vai nos ajudar
bastante. Mas como Aprendizes Maçons, precisamos deixar isso
de lado e nos concentrar no aprendizado da doutrina da Ordem,
através de seus símbolos, de suas instruções, e dos bons
exemplos dos demais irmãos. É o nosso exercício de humildade.
E então, vem a primeira grande triagem: a maçonaria
aprendeu, em sua história, que somente vale à pena ficar com o
maçom convicto. Este será elevado, para que comece sua
trajetória investigativa, questionando, procurando a verdade em
todos os lugares. É importante, nesta fase, o conhecimento da
história da Ordem; é importante dissecar os diferentes caminhos
propostos pelas tradições, pois esse é o papel de nossos
companheiros de estudos. E a frase que se aplica a ele é O
Companheiro PENSA. Elabora, assim, seu projeto próprio de
vida, conforme a doutrina que investiga, e relata a seus irmãos.
A única coisa de que o Companheiro Maçom não pode abrir
mão é do conhecimento que obteve do que viu em sua elevação.
Aqui há um certo nível de espiritualidade, inspirada na
fraternidade, o que não lhe é imposto, mas oferecido à sua
consideração e arbítrio. Esse companheiro de estudos poderá ter
seus conhecimentos exaltados, se for considerado digno de tal, e
não apenas por decurso de prazo.
Então, estará em condições de descobrir o primeiro dos
grandes mistérios da maçonaria e do Rito Escocês, em
particular. Citando um de nossos rituais, Herbert Spencer diz:
Entre os mistérios que se tornam tanto mais misteriosos quanto
neles mais se pensa, existe uma certeza absoluta: é que o
Homem se encontra em presença de uma Energia Infinita e
Eterna, de onde tudo procede.
Mas a carreira do maçom não está terminada; mestre é quem
persiste na aprendizagem e no companheirismo com seus
irmãos, e não quem cai na posição arrogante de que tudo sabe,
que nada mais há para aprender. Então eu digo: O Mestre
MEDITA.
O Rito Escocês Antigo e Aceito propõe uma continuidade do
estudo, de acordo com escolas iniciáticas, que se vão revelando
lentamente. E repito: não há nada pronto! Nossos rituais são
banais, pueris, e ninguém espera que um maçom do século XXI
se restrinja aos textos apresentados. A didática proposta é de
autoconstrução, coparticipação na criação, devidamente
orientada pelos mestres, na direção de uma espiritualidade
crescente, mas totalmente livre e libertadora. O Maçom não está
libertado, mas liberta-se na medida em que interpreta o ritual, de
acordo com suas pesquisas e investigações, de acordo com os
paradigmas que constrói, fazendo sempre seus progressos.
Na minha breve experiência didática profana, de cerca de
dez anos no ensino superior, descobri o que Sócrates
preconizava há milênios: o professor não ensina, apenas
propicia condições ao aluno para aprender. É dessa forma que
ele se liberta e o preço dessa liberdade é o andar com as
próprias pernas. Por outro lado, ninguém se emancipa sozinho,
pois somos seres gregários, mas emancipar-se implica em
dispensar a tutela, pois que, mesmo que isso leve ao desespero,
ninguém pode resolver os problemas de cada um de nós. Isto eu
chamo de andragogia.
A forma de ensinar, na maçonaria, salienta exatamente este
ponto, quando, em todos os graus, se propõe ao neófito um
trabalho sobre as lições recebidas e discutidas em Loja. O apoio
que se oferece é bom, mas deve ser entendido apenas como um
acréscimo, porque, na senda espiritual que a Ordem ensina, a
autoconstrução é parte importante. Como construtores sociais,
em primeiro lugar, precisamos ser construtores de nós mesmos
– moral, filosófica e espiritualmente, nos três campos de
abrangência da maçonaria. E não adianta atropelar: cada grau
avançado libera um nível de consciência, em um crescimento
progressivo, que prepara o Homem para fazer parte da
Humanidade. A condição fundamental do maçom é não se sentir
obrigado, compelido, mesmo à frequência de sua ou suas Lojas,
que deve ser um ato de livre vontade, consciente, e, de acordo
com os compromissos livremente assumidos, de ajudar os
irmãos que estão tentando descobrir seus próprios caminhos
dentro de nossa Sublime Instituição.
*Irmão Luiz A Rebouças dos Santos
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
A Letra G e a importância para a Maçonaria *Irmão LUIZ ALBERTO MODESTI
A.·.G.·.D.·.G.·.A.·.D.·.U.·.
Coube a mim a tarefa de gravar um trabalho para
apresentar nessa data. Destaco que para iniciar meu
estudo em Grau de Companheiro no meu primeiro trabalho
escolhi o tema “Estrela Flamígera” e para melhor entender
sua função na Maçonaria, sem entrar, propositalmente, no
estudo da misteriosa letra “G” que, devido a importância do
tema, deixei para aprofundar neste estudo específico, que
ora apresento.
O fato que me despertou a curiosidade foi a quantidade
de situações em que a palavra Geometria é citada e
correlacionada com a Maçonaria. Quando perguntamos o
significado da letra G, recebemos a resposta: Geometria,
Gravidade, Gênio e Gnose. Ela está no centro do Painel do
Grau Companheiro (1).
Assis de Carvalho ensina que para os Companheiros
Maçons, a Estrela Flamígera, com a letra “G” no centro, é
o Símbolo da Divindade Cósmica. Além de seus efeitos
iniciáticos, ela deve representar um símbolo de boas
vindas e um voto de perfeita saúde.
E esse fato me fez relembrar o que já citei em meus
trabalhos anteriores que o Companheiro Maçom precisa
dedicar mais tempo para leitura e tempo de reflexão a fim
de começar a entender o significado da “evolução em
busca da luz”, pois concluí que não há outra maneira de se
evoluir sem que seja pelo estudo a fim compreender o
simbolismo de tudo que nos é apresentado em loja.
Faço esse prólogo(2) antes de iniciar o trabalho, assim
como é feito a cada início de sessão, para meditar, elevar
os pensamentos, focar, concentrar todos os irmãos nos
trabalhos que iremos desenvolver em loja, unir os
pensamentos numa única direção; afastar os pensamentos
profanos, familiares e até pessoais para todos se
concentrarem nos trabalhos do dia, suplicando para que o
Grande Arquiteto do Universo ilumine nosso trabalho.
Para elaborar esse trabalho, peço vênia aos irmãos
para apenas aceitarem que eu estude e apresente esse
trabalho, mesmo que possa parecer incompleto, pois
lembrei o poeta José de Alencar(3) que diz:
“O sucesso nasce do querer, da determinação e
persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não
atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no
mínimo fará coisas admiráveis.”
Então, antes de iniciar a apresentação desta peça de
arquitetura, lembrei-me de uma citação de Mahatma
Gandhi,(4) para iluminar o nosso pensamento:
Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer... e
As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?
A Letra G e a importância para a Maçonaria
Iniciamos nosso estudo da Letra G e sua importância
para a Maçonaria pelo Manual de Ritual e Instruções do
Grau de Companheiro Maçom verificando que no centro
do Painel de Companheiro Maçom tem a estrela
pentagonal com a letra G, ou seja, a letra G está
intimamente relacionada com o Grau de Companheiro e
tem destaque no nosso Painel, porém pode ter outra
conotação em Graus superiores que não são e não
podem ser objeto de meu estudo.
Primeiramente, destaco que já na cerimônia de
elevação, o Venerável Mestre aponta para a Estrela
Flamígera e diz: “Contemplai esta estrela misteriosa e
nunca a afastai do vosso espírito”.
- Vedes o nome de Deus, que é fonte de todos os
conhecimentos humanos: Ele se explica, simbolicamente,
pela Geometria. Essa ciência tem por base essencial o
estudo aprofundado, aplicações infinitas do triangulo
sobre seu verdadeiro emblema.
Na primeira instrução o Orador diz que ao número 7
há uma alusão às sete artes e ciências: Gramática,
Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Música e
Astronomia. Na sequência, o 1º Vigilante destacando a
importância da Geometria diz: Nossos antigos irmãos
foram obreiros da pedra. Isso, para eles, era um trabalho ______________________________________________________________________________
(1)Carvalho, Assis; Spoladore, Hercule; Paschoal, Fernando. Instruções para Loja de Companheiro. Editora Trolha, 1988 – Londrina. (2)Prólogo é um termo que provém da língua grega e que se refere a um pequeno discurso que antecede o corpo de uma obra escrita. (3)José de Alencar (1829-1877) cearense, foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance "O Guarani", em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. Foi escolhido por Machado de Assis, para patrono da Cadeira nº 23, da Academia Brasileira de Letras. (4)Mahatma Gandhi (1869-1948) foi líder pacifista indiano. Principal personalidade da independência da Índia, então colônia britânica. Ganhou destaque na luta contra os ingleses por meio de seu projeto de não violência. Além de sua luta pela independência da índia, também ficou conhecido por seus pensamentos e sua filosofia.
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
ambicionado, uma obrigação religiosa, e a maravilhosa
habilidade que possuíam e se revela, ainda hoje, nas
monumentais construções do velho mundo. Essa
perfeição, porém, só era conseguida, depois de longo e
acurado estudo.
O 2º Vigilante diz: Eles viam, por toda a natureza, o
ideal a que se esforçavam atingir na confecção e no
acabamento de seus trabalhos. Por essa razão, faziam da
Geometria seu principal estudo, para que pudessem dar a
cada detalhe de sua obra, as devidas proporções.
O Orador conclui a questão dizendo: Desde então, a
Geometria ficou sendo o estudo mais acurado que deve
fazer o Companheiro e que será sempre, de grande valia,
qualquer que seja sua aplicação.
Já na Segunda Instrução temos a pergunta: Por que
consentistes em ser recebido Companheiro !!!!
E a resposta – Porque tinha desejos de conhecer os
Mistérios da Natureza e da ciência, bem como o significado
da letra Iod, que corresponde a letra G. E a nova pergunta:
Que significa a letra G !!! E recebemos a resposta:
Geometria, Gravidade, Gênio e Gnose.
E nova pergunta ocorre, sobre de que Geometria se
trata aqui. É a da aplicável na construção universal. Da que
nos ensina a polir o homem e torná-lo digno de ocupar seu
lugar no edifício social. Na sequência temos mais três
perguntas sobre os demais significados de Gravidade,
Gênio e Gnose (conhecimento), que não transcreverei para
não perder o foco.
Estudando o livro do Mestre Maçom Rene Joseph
Charlier, datado de 1964, denominado “Pequeno Ensaio de
Simbólica Maçônica”, da biblioteca do Ir.: Osni, se constata
que “a unanimidade dos autores concorda em dizer que a
letra G é, sem contestação, um mistério, um enigma
maçônico.”
O autor diz que para o irmão Ragon,(5) “G é a primeira
letra da palavra Geometria. Para outros, G é a primeira
letra do nome Deus nos países de origem germânica: Gott
na Alemanha, God na Inglaterra e Holanda, Gud nos
países escandinavos”. Para outros ainda, veem a inicial de
Gnose.(6) Enquanto que para o irmão Wirth(7) que a letra
G significa Glória, Grandeza e Geometria.
O autor afirma que “em certos rituais modernos
aparecem cinco significações diferentes da letra G:
Gravitação, Geometria, Geração, Gênio e Gnose.” e
conclui, ironizando, que se tantas palavras começam pela
letra G, porque se contentar com apenas cinco. Continua
dizendo que todos esses nomes realmente começam pela
letra G nas línguas empregadas pelos autores, mas não
Cont.: A Letra G e a importância para a Maçonaria
em outras línguas, ainda mais que “a Maçonaria pretende
a universalidade.”
Nessa mesma linha de ironia, Castelani(8) afirma que
acabaram sendo inventados muitos outros significados de
agrado aos Latinos, e para os que defendiam que era a
imagem de Deus, os ingleses (GOD); alemão (GOTT) e
línguas nórdicas (GUD e GUTT), porém não corresponde
em italiano (Dio), espanhol (Dios), francês (Dieu) e
português (Deus). Castelani afirma que até se chegou a
considerá-la similar a IÔD (9) que é a inicial do nome de
Deus em hebraico.
Assis de Carvalho, no livro Instruções para a Loja de
Companheiro, na pergunta 34, fls.56, diz que para a
Maçonaria a Letra G significa “Geometria ou 5ª ciência”; e
esclarece na resposta à pergunta 35 que Gnose ou
Gnosticismo é um sistema filosófico-religioso, cujos
adeptos supunham possuir o conhecimento completo,
absoluto, transcendente, da natureza e atributos de Deus,
mas que não é Maçonaria.
Assis de Carvalho separa a importância dos símbolos
maçônicos explicando que a letra G não é um símbolo da
Maçonaria Universal ou da Universalidade Maçônica. Os
símbolos são os pilares, maço, esquadro, compasso,
nível, prumo, prancha de traçar, alavanca etc, todavia a
Letra G não faz parte dessa lista. Ela não é um
instrumento de trabalho e, portanto, não pode e não deve
ser considerado um Símbolo Maçônico, ao menos de
primeira grandeza.
Num certo momento Carvalho diz: Na verdade, na
verdade mesmo, ela nem símbolo é. É apenas uma inicial
de uma palavra que, no passado, já significou, já foi
sinônimo de Maçonaria, isto é, a palavra Geometria. Com
sabedoria ensina que para os “Maçons Primitivos”, Deus
ao invés de G.·.A.·.D.·.U.·. era o Grande Geômetra.
A Quinta Ciência (geometria) era considerada como o
Trabalho de Deus. “Deus Geometrara o Mundo”, isto é,
Deus arquitetara o Mundo, Deus construíra o Mundo, daí
muitos simbolistas afirmarem que a letra G significa Deus. _________________________________________________________________________________________
(5)Ragon – Citado pelo Autor e por Assis de Carvalho - pergunta 34; – fls.56 livro citado. (6)Gnose – Gnosticismo é um sistema de filosofia religiosa cujos adeptos supunham possuir o conhecimento completo, absoluto, transcendente, da natureza e atributos de Deus. Fls. 158 – Pequeno Ensaio de Simbólica Maçônica. (7)Wirth – Citado pelo Autor. (8)CASTELLANI, José. RODRIGUES, Raimundo. Cartilha do Companheiro. Londrina. Editora Maçônica A Trolha.1998. p.33 (9)IÔD – décima letra do alfabeto hebraico
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Como a Maçonaria de Ofício, a Maçonaria Operária, a
Maçonaria Primitiva, já foi conhecida como executora da
Arte da Geometria. Que cada maçom era considerado um
Geômetra(10) pela execução de seu privilegiado trabalho
na Arte de Construir, a Arte Real, a Arte dos Reis.
Assis de Carvalho completa dizendo que a letra G,
como é explicada na maioria dos catecismos e rituais em
língua inglesa leva o significado de Deus, o G.·.A.·.D.·.U.·..
Todavia, já encontramos mais de uma dúzia de
significados como (classifica alguns de estapafúrdios)
Gnose, Glória, Geração, Gênio, Gravitação, Grandeza,
God, Gut, Geometria, Gimel, etc. E Geometria é o único
que corresponde à origem dessa letra Maçônica.
Cita que nos rituais modernos ingleses a letra G (a
última reforma se deu em 1816) passou a ser um Símbolo
Sagrado e nas antigas práticas Maçônicas, existem muitas
evidências em manuscritos anteriores ao século XVIII,
porém estava sempre relacionada com a “Quinta
Ciência” – a Geometria. Mas para que se possa entender
bem a natureza desse “símbolo”, devemos retornar um
pouco ao passado bem distante, às origens dos nossos
mais confiáveis e antigos documentos Maçônicos, os
Manuscritos das Constituições Góticas, __________________________________________________________________________________________
(10)Geômetra. Aquele que é versado em Geometria ou escreve a respeito dela. A Geometria (em grego antigo: geo-"terra", -metria "medida") é um ramo da matemática preocupado com questões de forma, tamanho e posição relativa de figuras e com as propriedades do espaço. Um matemático que trabalha no campo da geometria é denominado de geômetra. A geometria surgiu independentemente em várias culturas antigas como um conjunto de conhecimentos práticos sobre comprimento, área e volume, sendo que o aparecimento de elementos de uma ciência matemática formal é no mínimo tão antigo quanto Tales (século VI a.C.). Por volta do século III a.C., a geometria foi posta em uma forma axiomática por Euclides. Arquimedes desenvolveu técnicas engenhosas para calcular áreas e volumes, antecipando em várias maneiras o moderno cálculo integral. O campo da astronomia, especialmente o mapeamento das estrelas e planetas na esfera celestial e a descrição das relações entre os movimentos dos corpos celestiais, foi uma das mais importantes fontes de problemas geométricos durante os mil e quinhentos anos seguintes.
Tanto a geometria quanto a astronomia foram consideradas no mundo clássico parte do Quadrivium, um subgrupo das sete artes liberais cujo domínio era considerado essencial para o cidadão livre.
ou as Old Charges – Antigas Obrigações. Isso nos
conduziu para um pequeno estudo.
Breve estudo sobre as Sete Artes ou Ciências
Liberais
Os gregos adotaram a idéia de um “Círculo de Artes e
Ciências”, como uma real necessidade preliminar para
que a juventude, antes de iniciar um estudo profissional,
tivesse um bom conhecimento do conteúdo das “sete
artes e ciências liberais”.
Os romanos acrescentaram outras artes(11) nos seus
estudos. O romano Boethius dividiu as Sete Artes em
dois grupos distintos. O triuviu englobava 3 ciências –
Gramática, Retórica e a Lógica. E o Quatriuviu englobava
4 ciências – Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.
A Geometria compreende as medidas e dimensões da
Terra e do Universo e era a ferramenta principal para as
edificações dos edifícios da idade média.
Carvalho (12) prega que é justo que se dê um
destaque especial às Sete Artes e Ciências Liberais eis
que a Gramática, a Aritmética, a Geometria, a Astronomia
e a Música sempre estiveram associadas à Maçonaria
desde o período primitivo (e aqui eu entendo que o autor
citou Gramática englobando a Retórica e a Lógica, pois
todo Maçom precisa desenvolver sua capacidade de
Retórica e o pensamento Lógico para elaborar e
apresentar seus trabalhos e suas manifestações em
público). Ressalta-se que o Autor não confunde Quinta
Ciência com a Quinta Essência dos Alquimistas. Na idade
média acreditavam que a Geometria era a raiz de todos os
conhecimentos. “Geometria” é a ciência de todos os
homens dominados pela Razão.” É sabido que, baseando
na tradição (mais lendária que real) que à Arte de
Construir, era dado o nome de “Geometria”, agora
universalmente conhecida como Maçonaria.
Conta a lenda que Euclides foi o primeiro a dar o
nome de Geometria, a agora chamada Maçonaria.
Desta forma a Ciência Geometria, a Quinta Ciência das
Artes e Ciências Liberais, e a Maçonaria, se tornaram,
virtualmente, sinônimos, nos nossos mais antigos
Documentos. Daí a Letra “G”, inicial de Geometria,
significar, apenas Maçonaria e não Deus (Carvalho,
fls.77).
Assis de Carvalho ensina que a “Quinta Ciência” está
relacionada com a Maçonaria Primitiva desde os seus
primórdios. Por muito tosco e rude que fosse o Maçom ele
tinha que usar da Geometria para lançar as bases e
erguer seus edifícios majestosos (além de igrejas,
templos, castelos, pontes em arco, etc).
Cont.: A Letra G e a importância para a Maçonaria
açônica Página 7
Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Antes mesmo de Deus ser o G.·.A.·.D.·.U.·. da
Maçonaria, Ele era o Grande Geômetra da Maçonaria
(com ilustrações em manuscrito Francês datado de 1353 –
sec. XIII). E essa afirmação nos conduz a outro breve
estudo.
Breve estudo sobre a Geometria e a Maçonaria
Operativa
Assis de Carvalho em outro livro ensina que quando a
Arte Gótica deixou de existir, a Maçonaria de Ofício
também deixou de existir. A Maçonaria Operativa só não
morreu ou desapareceu de vez na Grã-Bretanha. No resto
da Europa desapareceu e sobreviveu apenas nas
“compagnonages”.
A decadência da Arte Gótica foi fatal para essa classe
de Profissional, isso a partir do fim do século XVI. Com a
evolução da Arte de Construir, o famoso sistema de
fechamento das abóbadas com uma Pedra Chave, perdeu
sua razão de ser. Todavia na Grã-Bretanha a Maçonaria
Operativa teve um século (XVII) inteiro para passar por
um processo de transição, isto é, a passagem da
Maçonaria de Ofício para a Maçonaria dos Aceitos,
conhecida hoje como a Maçonaria Especulativa.
Após o resto da Europa Continental ter enterrado e
sepultado a Maçonaria de Ofício, um século depois, ela viu
chegando da Inglaterra, uma Maçonaria diferente,
Ritualística, Simbólica, trazendo em seu bojo a tradição
dos velhos pedreiros e uma coleção de suas ferramentas –
agora usadas como Símbolos simplesmente – transmitindo
uma forte lição de Moral.
Da antiga Ordem dos Pedreiros, ela trazia os costumes
e as velhas tradições e um halo de Mistério portador de um
atrativo irresistível. Isso aconteceu – na França – entre
1726 e 1732. Daí ela evoluiu para as Colônias – tanto
inglesas como francesas. Foi o desabrochar de uma
Ordem que acabaria por revolucionar os sistemas de
Governo do Mundo todo – menos o da Inglaterra.
Em resumo, no meu estudo a melhor explicação que
encontrei foi no livro de Castelanni, José (1998) quando
tirando “um pouco” o véu da fantasia explica que se pode
chegar ao significado divino da letra G, sem que para isso,
seja necessário apelar para esses expedientes indevidos e
para as fantasias e elucubrações.
A Geometria, de origem Egípcia, foi levada à Grécia
antiga. Sendo a base da arte de construir, das relações
triangulares e do círculo, da Astronomia e da medida das
terras férteis às margens do rio Nilo, ela acabou servindo
de fundamento filosófico para os sábios gregos, levando
aos conceitos de ORDEM, EQUILÍBRIO, e HARMONIA
DO UNIVERSO, os quais seriam tomados, na época
inicial da Maçonaria dos Aceitos, como obras do Grande
Arquiteto do Universo, Deus, o Grande Geômetra. Graças
a isso, pode-se dizer que a letra G, que significa
Geometria, também simboliza Deus, o Grande Geômetra,
por significar a Ordem, o Equilíbrio e a Harmonia do
Universo, que são obras divinas.
Encerramos o trabalho, parafraseando Castelanni,
como uma pergunta: Apesar disso, como ficamos nós que
somos obrigados a respeitar e a obedecer (o que
devemos fazer sempre) aos Rituais de nossas
Obediências?
Por fim, termino com uma citação de Voltaire que dá
um ensinamento, para todo o homem que busca o
respeito e a liberdade de pensamento.
“A perfeição da própria conduta consiste em
manter cada um a sua dignidade sem prejudicar a
liberdade alheia.”
Estância Velha, 31 de agosto de 2015.
* Luiz Alberto Modesti - CM da ARLS Estância
Das Acácias. Oriente de Estância Velha
Referencial Bibliográfico
Alencar, José – citação: cearense, foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista ARISTÓTELES. Citação: Foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Carvalho, Assis de. Símbolos Maçônicos e suas origens. Londrina. Editora Maçônica A Trolha. 1990. Carvalho, Assis; Spoladore, Hercule; Paschoal, Fernando. Instruções para Loja de Companheiro. Londrina: Editora Maçônica “A Trolha”. 1988. Castelanni, José. RODRIGUES, Raimundo. Cartilha do Companheiro. Londrina. Editora Maçônica A Trolha.1998. - Charlier, Rene Joseph, 1964, Pequeno Ensaio de Simbólica Maçônica, Editora futuro, São Paulo. Gandhi, Mahatma: Citação: (1869-1948) foi líder pacifista indiano. Principal personalidade da independência da Índia, então colônia britânica. MANUAL DE PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS do grau de Aprendiz. GORGS MANUAL DE PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS do grau de Companheiro. GORGS VOLTEIRE. Foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês, conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio.
______________________________________________________________________
(11)(Os romanos acrescentaram as Artes da Ginástica, Guerra, Estratégia, Política, Jurisprudência e Medicina. (12)Carvalho, Assis. Cadernos de Estudos Maçônicos. Curitiba: Editora Maçônica “A trolha”. 1996. p.32. (13)Carvalho, Assis. Cadernos de Estudos Maçônicos. Curitiba: Editora Maçônica “A trolha”. 1996. p.115
Cont.: A Letra G e a importância para a Maçonaria
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- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Buscarei no presente trabalho, de forma coloquial, sem
muita preocupação com a pesquisa minimalista, resumir
alguns anos de leitura e busca pela história da Sublime
Instituição, a fim de compartilhar com os irmãos.
A origem da Maçonaria perde-se na poeira dos tempos.
Desde que o homem começou a viver em tribos, houve
a necessidade de organização, e de um entre tantos que
soubesse escolher o melhor local para a sua sede, mesmo
que provisória. Depois que o homem deixou de ser
nômade, começou a morar em comunidades, e ainda
assim precisava se organizar, ter ordem na aldeia.
O mundo cresceu, as vilas tornaram-se cidades, as
concorrências entre elas cresceram na mesma proporção,
os interesses por propriedade também, e vários sistemas
de convivência foram sendo criados espontaneamente
pelo próprio homem. A civilização progrediu, regrediu, até
chegar no sistema organizacional mais civilizado e com
maior poder que foi o Grande Império Romano.
A partir da desorganização do Império Romano, o
poder passou a ser exclusivo do binômio Igreja-Reinados.
Onde a Igreja legislava e promovia a Justiça, e o Reinado
executava o necessário para proteção de suas fronteiras, e
da paz dentro delas. A administração do reinado era divido
entre os parentes ou protegidos dos Reis. Era o sistema
feudal. A Idade das Trevas.
As grandes bibliotecas e o conhecimento eram
privativos da Igreja Católica Apostólica Romana, a maior
da época, no mundo mais civilizado de então: a ilha da Grã
-Bretanha e sua vizinha de canal, a França. Portanto,
existiam duas grandes organizações estatais. A Igreja e o
Reinado, e ambas precisavam para sua existência de
trabalhos coletivos. Lembremo-nos que nesta época, a
vida se reduzira a pequenas povoações. As grandes
cidades que existiram no Império Romano, já há muito
eram ruinas. As da Grécia, ou do Egito, então, foram ser
descobertas muitos séculos depois.
Estávamos por cerca do século X. Havia mais de 500
anos que o Grande Império Romano falira. A Igreja
Católica herdara algumas de suas características, e hoje
ainda existe o Sacro Império Romano, com sede no
Vaticano, confundindo-se com a sede da maior religião.
Os lavradores, plantadores, criadores e artesãos,
acercavam-se dos castelos dos Duques, dos Condes, dos
Barões e mesmo dos Reis, para prestarem-lhes os
necessários serviços, e proverem-lhes os materiais e
provisões para uma vida no máximo confortável possível.
Estes homens viviam em cabanas de pau a pique e sapê.
Existia, porém, uma classe de homens diferenciada.
Que viviam separados dos demais, e transmitiam seus
conhecimentos de lábio a ouvido, apenas aos que eram
iniciados naquela corporação. Eram nômades, viviam em
grupos e iam viver onde houvesse trabalho para eles.
Eram as chamadas guildas de maçons.
Homens rudes, até pela natureza do seu trabalho
pesado, porém detentores de conhecimentos e sabiam
trabalhar na pedra, daí o nome. Maçom em francês,
Mason em inglês e Maurer em alemão, é pedreiro. Eles
detinham os conhecimentos técnicos necessários para
bem desempenhar o seu trabalho. Geologia, astronomia,
matemática, física, química, eram ciências que lhes eram
conhecidas. Saber ler e escrever era uma necessidade. E
trabalhavam a pedra, a madeira e o metal com maestria.
Viviam pelo mundo conhecido de então, construindo
pontes, muralhas, castelos e igrejas. Comungavam entre
si ciência e arte. E viviam traçando seus planos e vivendo
em seus alojamentos. Lodje em inglês, Loje em francês,
Loggia em italiano. Lá dividiam seus conhecimentos,
traçavam seus planos, guardavam seus equipamentos
que aplicavam e usavam nas construções.
Por cerca do século XII existe um documento dando a
clara existência desta corporação. É o Contrato de Milão,
onde um Mestre Maçom, chefe de uma guilda, assina um
contrato com seu cliente, dando prazo, preço e garantia
de uma boa construção. Outro documento, este do século
XIV, o Poema Régius, detalha mais os trabalhos
maçônicos, em forma de poema.
Mas a sociedade vinha mudando. Despacito, mas
constantemente. Gutemberg inventara os tipos móveis,
dando condições para que a imprensa prosperasse.
Martinho Lutero traduzira a Bíblia do Latim para o alemão,
dando condições de que os textos divinos, antes descritos
numa língua já quase morta, fossem entendidos melhor
pelo povo, pelo menos àqueles que sabiam ler, que eram
muito poucos naqueles tempos...
Na Inglaterra Henrique VIII, por paixão a uma francesa,
e necessitando do divórcio negado pela Igreja Católica
com sede na França, cria uma nova Igreja, que não
necessita mais do aval Papal. Antes disto, já se haviam
criado ordens religiosas, que por um motivo ou outro eram
perseguidas pela Igreja Católica oficial, que detinha as leis
BREVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA *Irmão Dante Cezar Melo Rostirola
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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Cont.: BREVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA
e os juizados, e muitos destes seguidores de ordens ou de
religiões que não seguiam literalmente o que dizia a Igreja
Católica, acabavam esquentando os pés numa fogueira,
por serem hereges. E aí temos vários exemplos.
Talvez a mais conhecida, é a Ordem dos Cavaleiros
Templários, surgida na necessidade de haver um grupo
de guardiões aos peregrinos que por volta do século X, XI,
começaram a ir da Europa até Jerusalém, para cumprir
com um designo religioso, proposto pela Igreja Católica. O
de recuperar o predomínio naquelas terras ao catolicismo.
Na verdade, naqueles tempos, só o primogênito de
uma família de nobres, obtinha os direitos havidos sobre o
feudo de seu pai, isto garantido pela Igreja e pelo Estado.
Os demais membros da família ficavam em segundo
plano, e daí começaram a revoltar-se contra o sistema.
Para diminuir as disputas internas, a Igreja Católica
inventou a história de recuperar o poder em Jerusalém.
Em tempo. Lá em Jerusalém, católicos, judeus,
muçulmanos, viviam muito bem obrigado, e num primeiro
momento não entenderam o que estava acontecendo.
Esta empreitada continuou por quase 300 anos. E as lutas
se afastaram da Europa e concentraram-se do norte da
África até Israel... Saladinos e Cruzados proporcionaram
batalhas épicas, estudadas até hoje.
Com viés comercial e na busca de temperos que
pudessem aplacar o sabor da carne, mal conservada, ao
fim do inverno na Europa, sobrevieram as grandes
viagens. Patrocinadas por Reis e pela Igreja Católica, hoje
concentrada na Europa continental.
Naquela ilha, que dividia o poder com a Europa
continental, haviam se concentrado vários exilados
políticos e religiosos. Lá um homem chamado Cromwell,
depois de uma guerra sangrenta, resolve promover o
povo, para participar do Estado. E cria a Câmara dos
Comuns, que dividia com o Rei, as decisões políticas a
serem tomadas. Isto no século XVII.
O povo já se reunia, secretamente, desde o século
anterior, em tavernas, para discutir como poder-se-ia fazer
para que o homem fosse mais valorizado e se criasse
uma sociedade mais livre, igual e fraterna. A estes
homens simples, artesãos, agricultores, soldados, reuniam
-se a elite pensante de então. Alquimistas, sociólogos,
professores e mesmo nobres. E entre uma jarra de
cerveja e outra, procuravam encontrar uma fórmula para
atingir aquele objetivo.
Resolveu-se então melhor estudar aquela organização
de trabalho coletivo, aquela ONG, que corporativamente,
defendia seus interesses, tal qual hoje um sindicato, nos
dias de hoje, e que tinha livre passe por todo o mundo
civilizado, por deterem um conhecimento privilegiado: as
técnicas para construção em pedra. Esta corporação era a
Maçonaria Operativa, que servia tanto ao Estado, como a
Igreja, construindo maravilhosas obras de arte em pedra,
metal, madeira e cerâmica. As catedrais góticas são prova
de que a Maçonaria dividia ciência e arte. Muitas das
técnicas, advindas daquele convívio com outros povos,
que a Igreja proporcionara quando inventou as Cruzadas.
Um grande incêndio em Londres em meados do século
XVII, pela grande demanda de serviço, fez com que várias
guildas maçônicas se deslocassem para lá. E aproximou
ainda mais os cidadãos mais iluminados daqueles
técnicos, e de sua organização.
O primeiro homem não operativo, não pedreiro, que se
sabe ter sido iniciado na Maçonaria, foi um príncipe, no
inicio do século XVII. Surgia aí a Maçonaria Especulativa.
Especular é um sentido subliminar de conseguir-se olhar
através do espelho, enxergando-se verdades que nunca
antes haviam sido vistas e observadas.
A Maçonaria Especulativa copiou algumas
características da sua homônima. A Maçonaria Operativa
seguia seu caminho paralelo, até que a industrialização, a
criação de escolas laicas, de novos sistemas de governo,
tornou-a obsoleta. Ainda hoje, existe na França uma
corruptela daquela velha escola, que é o “Les
Compagnoles”, um sistema de ensino entre Mestre e
Aprendiz, no ramo da marcenaria.
Devido a novidade, e seu objetivo, várias Lojas foram
sendo formadas, na ilha e no continente. A Maçonaria
Especulativa prosperava, e aceitava em seu seio vários
pensadores, de várias correntes doutrinárias. Eram livres-
pensadores, que desejavam distribuir o conhecimento, e
fugir das amarras dogmáticas da Igreja Católica.
No dia 24 de junho de 1717, quatro Lojas londrinas
resolveram centralizar suas decisões e organizações, e
criaram a Grande Loja de Londres, a quem as Lojas a si
filiadas, deveriam obediência. Criou-se então, o sistema
Obediencial. Esta Grade Loja se auto proclamava como
sendo a primeira Grande Loja Universal.
Logo os maçons sediados em York, próximo à Londres,
reivindicaram a si o título, pois acreditavam serem mais
antigos que os de Londres. Enfim, Desaguilers, um
cavaleiro inglês de origem francesa, e o terceiro Grão-
Mestre da primaz Potência Maçônica, resolveu a questão,
fundindo as organizações maçônicas de York e de
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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Londres, criando a UGLE, United Grand Lodge of
England, ou GLUI, Grande Loja Unida da Inglaterra, que
até hoje se auto proclama Grande Loja Mãe da Maçonaria
Universal...
A Maçonaria que conhecemos hoje deve muito a
Desaguilers e seus parceiros, como o pastor James
Anderson, que fez por encomenda daquele, a Constituição
de Anderson, onde são citados os objetivos, práticas e
princípios da Maçonaria, que a esta época, já atravessara
o Canal da Mancha e se espalhara pelo continente.
A Maçonaria inglesa tinha como seu escopo maior, o
aperfeiçoamento individual do homem nela iniciado,
enquanto que a Maçonaria francesa, além do
aperfeiçoamento individual, propalava o trabalho coletivo
dos maçons junto à sociedade onde estavam envolvidos.
Tinha um aspecto mais político do que a Inglesa. E foi na
França, que se criou o sistema administrativo maçônico
Grande Oriente.
As Lojas que se filiavam a este sistema deveriam
obediência não a um Grão-Mestre escolhido entre seus
pares, e que normalmente eram duplos filiados na Real
Sociedade Científica de Londres.
No sistema francês, bolaram uma República, revivendo
os estudos de Platão. Três Poderes constituídos e
escolhidos por sufrágio de todos os sócios. Executivo,
Legislativo e Judiciário. Individuais e harmônicos entre si,
um respeitando o limite do outro. Com este sistema,
propalaram a República, pelo mundo conhecido de então,
incluindo aí, as colônias de além-mar... E o status quo do
Poder sobre a Terra mudou.
Aqui no Brasil, cerca do final do século XVII, início do
século XVIII, aportou a Maçonaria, mais fortemente
quando, fugidio da ocupação napoleônica em Portugal, D.
João VI veio para cá, trazendo entre seu séquito vários
maçons. Documentalmente, porque existem ilações
anteriores, a primeira Loja brasileira foi a Reunião, filiada
ao Grande Oriente Lusitano. Dela, existem balaústres
datados de 1801. Entre marchas e contramarchas, em
1831, cria-se o Grande Oriente do Brasil.
E a vida continua. Até que por volta de 1890 e poucos,
estouram revoluções pelo país, entre monarquistas e
republicanos. E nos dois lados existiam maçons.... Há, em
virtude disto, uma quebra na unicidade do GOB, e criam-
se vários Grandes Orientes Estaduais Independentes. O
GORGS, no RGS, foi fundado em setembro de 1893.
Acalmadas as pendengas, a Maçonaria brasileira volta a
ser uma e vários Grandes Orientes Estaduais
Independentes voltam a se fundir com o GOB.
O GORGS, até devido à característica
emancipacionista do gaúcho, permanece de colunas
erguidas, fazendo, entretanto, vários Tratados com o GOB.
No sistema GOB, a Potência Maçônica é o Poder Central,
normalmente sediado na capital do Brasil, enquanto que
nos estados existe uma espécie de franquia, que, porém,
são obedientes as decisões do Poder Central. Aqui no
RGS, hoje, existe uma cuja sigla é GOB-RS.
Em 1927, com a dúvida de uma suspeita de fraude nas
eleições ao Grão Mestrado do GOB, um irmão, Mário
Behring, que era o Secretário e candidato ao Grão
Mestrado, e que se achou lesado, funda um novo sistema
maçônico no Brasil. Saliento. Novo sistema no Brasil. As
Grandes Lojas Estaduais Independentes, como já o eram
as Grandes Lojas dos EUA. E ambas os sistemas, ora de
bico, ora par e passo, mas nunca fundidos, continuam
seus trabalhos pelo Brasil afora.
O sistema Grande Loja, aqui no Rio Grande do Sul, foi
criado em 1928, com a fundação da Grande Loja Maçônica
do RGS.
Até 1930, por seus membros, a Maçonaria é presente
no governo federal, sendo influente na sociedade e
detendo a presidência da República desde sua instauração
no país, em 1889. Vem o Estado Novo.
A Maçonaria brasileira fica latente durante o Estado
Novo, menos em São Borja. Lá o pai de Getúlio Vargas, o
Ditador do povo, nosso irmão Manoel Vargas apregoa na
Luz Invisível: “-O Getulinho manda no Brasil, aqui mando
eu! ”, e nunca a maçonaria são-borjense trabalhou às
escondidas, ou abateu colunas.
Em 1959, no Colégio de Grãos Mestres das Grandes
Lojas, que acontecia em Florianópolis, data-se o Dia do
Maçom, em 20 de agosto (isto é outra história) e em 1965
cria-se a CMSB, Confederação da Maçonaria Simbólica do
Brasil, onde se confederam as Grandes Lojas Estaduais. É
uma confederação, não uma Potência. Cada Grande Loja
é uma Potência individual e soberana.
Tudo ia bem, até que em 1973, nova eleição e
desconfianças acontecem, e se recria, no Brasil, o sistema
Grandes Orientes Estaduais Independentes. Em tudo uma
cópia do GOB, porém, cada um, tal qual nas Grandes
Lojas, uma Potência, individual e soberana. Em 1991,
estas Potências criam a COMAB, Confederação Maçônica
do Brasil, onde os Grandes Orientes Estaduais
Independentes se confederam. Uma confederação e não
uma Potência.
Cont.: BREVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA
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- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
E assim os três sistemas maçônicos coexistem no
Brasil, no que se diferencia da maioria dos demais países
onde existe Maçonaria. O GOB, as Grandes Lojas
Estaduais que se confederam na CMSB e os Grandes
Orientes Estaduais que se confederam na COMAB.
Importante citar que a 8 de dezembro de 1998, assinou
-se aqui no RGS, um Tratado de Mútuo Socorro e
Fraterna Amizade, entre as duas Potências e a
Obediência aqui existentes. Isto deu causa a criação de
um movimento chamado MURGS, Maçonaria Unida do
RGS, e durante muitos anos, trabalhou-se unidos,
fraternalmente, tanto na planície, quanto nos altos
escalões. O dia da assinatura do Tratado foi a origem do
Dia do Maçom Gaúcho, existente no calendário oficial do
governo do estado do Rio Grande do Sul, desde 2005.
Por volta do ano 2006 ou 2007, a CMI, Confederação
Maçônica Interamericana, organização maçônica que
confedera as Potências de língua espanhola da América e
as Grandes Lojas Estaduais Norte-Americanas, aporta no
Brasil, e aí se depara com os três sistemas maçônicos
brasileiros.
O GOB foi aceito direto. Algumas Grandes Lojas
Estaduais, por terem tratados com as Grandes Lojas norte
-americanas também. Depois de algumas negociações,
alguns Grandes Orientes Estaduais também o foram.
Quatro, a bem da verdade. O GORGS, o GOSC, o GOP e
o GOMT. Outros Grandes Orientes Estaduais e algumas
poucas Grandes Lojas, que ainda não possuem assento
na CMI, buscam este objetivo.
Mas com esta inclusão de várias Grandes Lojas, e dos
Grandes Orientes na CMI, criou-se um embaraço com o
GOB, a maior e mais antiga Potência brasileira. É que
cada Potência tem direito a uma cadeira, um voto, na CMI,
e o GOB, de acordo com seu sistema fica prejudicado e
este fato acabou por acirrar os ânimos entre as Potências.
Daí o Ato recente do Grão-Mestre Geral do GOB proibindo
a intervisitação entre os obreiros do GOB e dos Grandes
Orientes Estaduais Independentes.
A CMI que existe desde 1947, recentemente ganhou
uma parceira. Ano passado, alguns países da América do
Sul, fundaram a COMASA, Confederação Maçônica Sul-
Americana, onde cada país tem uma cadeira. Ainda não
se sabe como irá acontecer para a filiação do Brasil nesta
confederação.
Enfim, todas as corporações maçônicas têm seus
objetivos próprios e foram criadas por homens. Maçons
sim, mas homens. Com suas virtudes e seus defeitos...
Cont.: BREVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA
E assim “la nave vá”. A Sublime Instituição, com seus
princípios e ideais justos e perfeitos completando 300 anos
desde a criação do sistema Obediencial, e ainda buscando
seus objetivos primordiais de construir uma sociedade que
valoriza o homem, e onde se possa viver com Igualdade,
liberdade e fraternidade, à glória do Grande Arquiteto do
Universo.
*Irmão Dante Cezar Melo Rostirola
Membro Efetivo da Loja
“Francisco Xavier Ferreira de
Pesquisas Maçônicas” -
A “Chico da Botica”
São Leopoldo, 24 de julho de 2017.
Quatorze de julho é poesia
Sobre justo sentimento Marco perfeito esse dia
Contra heresia o evento
Um princípio que inebria Vital e que trouxe alento
Por bons homens, à porfia, Com igualdade e talento
Com força e valentia
Face inefável argumento
Contra infame tirania
Que o livre pedreiro atento
Da Liberdade pois, guia, Honra...LIVRE PENSAMENTO !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
14 DE JULHO
*Irmão Adilson Zotovici
açônica
Templo : Leonello Paulo Paludo
Centro Templário - 3º andar
Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945
Dia da Oficina: 3º Sábado de cada mês Hora: 10:00 h
AUG :. RESP :. LOJ :.
“FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”
JURISDICIONADA AO GORGS
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Informativo Virtual Destaca:
NOTÍCIAS RAPIDINHAS DA CHICO
Instalação e Posse da Nova Diretoria Eleita para a Gestão 2017-2019 - data 22 de julho de 2017
Organização
1. REUNIÃO DA CHICO DA BOTICA
No dia 22 de julho de 2017, sábado, as 10:00h, ocorreu a Instalação e Posse do Venerável Mestre da Chico da Botica, tendo por local o Templo Leonello Paulo Paludo, Centro Templário - 3º andar, na Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945. O Conselho de Mestres Instalados, nomeada pelo Ato 11.172/2017 estava assim constituído: Presidente - João Lauro Desidério Alves 1º Vigilante - Cesar Volnei da Luz Gomes 2º Vigilante - Daniel Vargas de Farias M. Cerimônias – Marco Antonio Perottoni Guarda do Templo – Luiz Antonio Dal Corso
O Irmão - Afrânio Marques Correa, um dos Membros fundadores da Loja, assume o encargo de conduzir os destinos nos próximos 24 meses, Gestão 2017/2019 com os seguintes Irmãos:
1º Vigilante - Francisco Roberto de Oliveira 2º Vigilante - Edmundo Valle Jr. Orador - Cesar Volnei da Luz Gomes Secretário – Marco Antonio Perottoni Tesoureiro - João Lauro Desidério Alves.
2. ATIVIDADES COMEMORATIVAS
Atividades para as comemorações do 22º aniversário da Chico, com a Palestra abaixo descrita, tem sua confirmação com seu ilustre palestrante como segue: Data: 18 de novembro de 2017 Tema: FÍSICA E ESPIRITUALIDADE. Palestrante: Prof. Dr. João Bernardes da Rocha Filho (currículo apresentamos na Edição 110 da Chico)
3. PUBLICAÇÕES NA CHICO DA BOTICA
Contatar:
- Marco Antonio Perottoni - e-mail: marcoaperottoni@gmail.com - Artêmio Gelci Hoffmann - e-mail: mannhoff@gmail.com
Obs.: textos publicados são de inteira
responsabilidade dos seus autores