A formação de Portugal

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História de Portugal - 4º ano

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Na Península Ibérica havia populações cristãs que se opunham à presença dos Muçulmanos e que se refugiaram nas regiões montanhosas das Astúrias.

Estes cristãos prepararam-se para combater os Mouros e expulsá-los dos territórios ocupados.

As lutas entre Cristãos e Mouros duraram muitos anos. À medida que os cristãos iam expulsando os Mouros, foram aparecendo novos reinos cristãos: Reino de

Leão, Castela, Navarra e Aragão.

D. Afonso VI, um rei muito poderoso, ficou a governar o Reino de Leão e Castela. Ao reino de Leão pertencia o Condado Portucalense que se situava entre o rio Minho e o rio Mondego.

O nome Portucalense deriva de Portucale, povoação situada junto à foz do rio Douro, onde fica, actualmente, a parte ribeirinha de Vila Nova de Gaia. A palavra Portucale (portus + Cale), deu origem, mais tarde, ao nome do nosso país: Portugal.

Todos estes reinos tinham como principal missão expulsar os Árabes da Península Ibérica.

Para auxiliar D. Afonso VI, na luta contra os mouros, vieram de França vários cavaleiros.

De entre eles, distinguiram-se pela sua valentia D. Henrique e seu primo D. Raimundo, que ajudaram o rei de Leão a conquistar terras aos Mouros.

Como recompensa, o rei de Leão, Afonso VI, deu, em casamento, as suas filhas aos dois fidalgos: A D. Raimundo, deu a sua filha D. Urraca. A D. Henrique, deu a sua filha D. Teresa e um condado: o Condado Portucalense com a capital em Guimarães.

D. Henrique e D. Teresa tiveram um filho a que chamaram Afonso Henriques.

D. Henrique sonhava tornar o Condado Portucalense independente, mas morreu sem o conseguir. Como D.Afonso Henriques, tinha apenas 3 anos de idade, a sua mãe, D. Teresa, passou a governar o Condado.

Ora D. Teresa não queria a independência. Quando D. Afonso Henriques fez 14 anos, armou-se cavaleiro e uniu-se aos nobres que queriam a independência. No Condado Portucalense formaram-se então dois partidos: um que apoiava D. Teresa na sua obediência ao rei de Leão e outro que apoiava D. Afonso Henriques na sua vontade de independência.

Tinha D. Afonso Henriques 17 anos, quando exigiu a sua mãe, D. Teresa, que lhe entregasse o governo do Condado. D. Teresa recusou. Então, D. Afonso Henriques reuniu um pequeno exército, formado pelos seus aliados e travou uma batalha contra o exército de sua mãe—a Batalha de S. Mamede—da qual saiu vitorioso. D. Teresa foi expulsa do Condado Portucalense e D. Afonso Henriques tomou conta do poder.

Durante vários anos, D. Afonso Henriques lutou contra os Mouros e contra Leão, para aumentar o seu território.

Em 1143, (séc. XII), é assinado o Tratado de Zamora, pelo qual o rei de Leão, D. Afonso VII, reconhece a Independência de Portugal e D. Afonso Henriques como seu Rei. Nesta conferência estiveram presentes D. Afonso VII, D. Afonso Henriques e um representante do Papa. Nasce assim uma nova Pátria — PORTUGAL.

Agora, que a Independência do Reino de Portugal era uma realidade, D. Afonso Henriques pôde voltar-se para a tarefa de alargar o território para sul, lutando contra os Mouros e conquistando-lhes as terras.

Nessa altura a fronteira do reino situava-se um pouco mais a sul de Coimbra. D Afonso Henriques travou duras batalhas contra os Mouros e foi conquistando cada vez mais terras, de tal maneira que quando morreu, em 1185, os Mouros apenas dominavam no território que é hoje o Algarve.

D. Afonso Henriques ficou assim conhecido como

O Conquistador

pelas muitas terras que conquistou aos Mouros.