Post on 18-Apr-2015
A Exposição do Centenário
da Abertura dos PortosBy Ney Deluiz
Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro)
Autor: Joaquim CalladoLetra: Catulo da Paixão CearenseCanta: Maria Marta
A Exposição Nacional do Centenário da Abertura dos Portos ocorreu entre 11/Ago e 15/Nov/1908 na Praia Vermelha, num tempo romântico onde as obras eram feitas dentro do prazo e sem licitações
de emergência...
Portão Monumental
©Augusto Malta
©Augusto Malta
©Augusto Malta
A grande motivação para a Exposição foi mostrar ao Brasil e às autoridades estrangeiras a nova Capital
da República que acabara de ser urbanizada pelo prefeito Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz.
Na república recém proclamada, a ideia era ressaltar a capacidade empreendedora do Brasil, usando uma arquitetura efêmera comum na época, em que Pavilhões sofisticados eram demolidos
após os eventos.
Pavilhão do Distrito Federal ©Augusto MaltaAcervo Olínio Coelho
Pavilhão de São Paulo
©Augusto Malta Acervo Olínio CoelhoPavilhão de Minas Gerais
O governo federal construiu todos os pavilhões e os cedeu gratuitamente aos expositores, que trouxeram mais de 100 mil produtos que foram transportados sem custos pela EFCB. E pensar que
o país já foi assim…
O Brasil dava muita importância às Exposições de Negócios, tendo participado das Exposições de 1862
em Londres, 1867 em Paris, 1873 em Viena, 1876 na Filadélfia, 1889 em Paris e em 1904 em Saint Louis.
Pavilhão da Bahia ©Augusto MaltaAcervo Olínio Coelho
Em clima de Belle Époque, foram mais de 1 milhão de visitantes quando o Rio tinha 800 mil habitantes.
©Augusto Malta
Nesta via férrea em miniatura, uma charmosa Maria Fumaça transportava os visitantes entre os Pavilhões.
©Augusto Malta
O Pavilhão das Indústrias era a antiga Escola Militar, que após a Exposição se transformou no 3ª Regimento
de Infantaria, o qual foi bombardeado na revolução comunista de 1935 e acabou sendo demolido.
Pavilhão das Indústrias ©Augusto Malta
Bombardeio na Revolução de 1935
Neste Pavilhão foram apresentados produtos de mais de 700 estabelecimentos industriais, destacando-se 61 fabricantes de calçados, 29 de chapéus e 19 da indústria têxtil.
Pavilhão das Indústrias ©Augusto Malta
Uma das presenças mais aguardadas era a do rei de Portugal, Don Carlos I, mas ele foi assassinado em Lisboa num atentado, poucos meses antes do início da Exposição.
Pavilhão de Portugal (Palácio Manuelino)
©Augusto Malta
O Jardim Botânico, que também comemorava 100 anos em 1908, participou com plantas selecionadas.
Jardim Botânico ©Augusto Malta
Além de muita música, o Teatro João Caetano estava lá com atrações durante os 3 meses da Exposição.
©Augusto MaltaAcervo Olíneo Coelho
Teatro João Caetano
Pavilhão Egípcio (Pavilhão da Música)
Pavilhão do Corpo de Bombeiros
Pavilhão de Máquinas
E para a festa ficar completa, havia também 2 restaurantes, um rinque de patinação, queima de fogos
e até um cinematographo que passava filmes curtos de vários gêneros, já produzidos no Brasil.
Fábrica de Tecidos Bangu
Café e Cacau
Santa Catarina
Jardins, Caça e Pesca
AgriculturaAnexo de Portugal (Belas Artes)
Correios e Telégrafos ©Augusto Malta
Mesmo com parte da iluminação sendo a gás, foram usadas 8.000 lâmpadas e 30 arcos de vapor de mercúrio.
©Augusto Malta
Aqui temos uma boa ideia sobre a base da economia brasileira nos primeiros anos do século XX.
A Exposição deu ênfase em estatísticas para mostrar que o Brasil estava crescendo, que a febre amarela tinha sido erradicada no ano anterior, e que menos gente estava morrendo de varíola e
peste bubônica.
Velhos tempos em que o Rio tinha mais do triplo da população de São Paulo, em Belo Horizonte eram só
17 mil, e que o Coeficiente de Nupcialidade (êta ferro… rs) do Rio era quase a metade do de Niterói. (Ah, bão…)
Carros usados pelas autoridades durante a exposição.
Av. Pasteur antes do aterro da Urca
A construção do bondinho do Pão de Açúcar começou na época da Exposição e terminou em 1912.
©Augusto Malta
Portão MonumentalAv. Portugal atual
Instituto Benjamin Constant
De todos, somente o Pavilhão dos Estados sobreviveu inteiro e é hoje o Museu de Ciência da Terra.
Pavilhão dos Estados
©Augusto Malta
Museu de Ciência da Terra, onde funcionava a CPRM, na Av.
Pasteur
acervo Olinio Coelho
Já o primeiro pavimento do Pavilhão de Minas Gerais se transformou na Escola Municipal Minas Gerais.
Pavilhão de Minas Gerais
©Augusto Malta
Escola Municipal Minas Gerais, na Av. Pasteur
Eram 2 restaurantes no evento e o que existe hoje na Praia Vermelha está onde era o Restaurante Rústico.
Restaurante Pão de Açúcar
©Augusto Malta
Restaurante Rústico
19 – Casa de Santa Catarina20 – Bar21 – Cinema22 – Indústria Herm Stoltz23 – Fábrica Bangu24 – Corpo de Bombeiros25 – Pavilhão Egípcio (Música)26 – Pavilhão do Café e Cacau27 – Correios e Telégrafos28 – Pavilhão da Agricultura29 – Teatro João Caetano30 – Anexo de Portugal (Belas Artes)31 – Corpo de Saúde do Exército32 – Pavilhão das Indústrias33 – Pavilhão Português (Palácio Manuelino)34 – Rinque de Patinação35 – Teatro36 – Cinema37 – Restaurante Rústico38 – Restaurante Pão de Açúcar39 - Terraço
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Morro da Urca
O mapa do evento, que contava inclusive com baias para cavalos e para o gado vacum.
1 – Portão Monumental2 – Exposição de carros da E.F.C.B3 – Baias para cavalos4 – Exposição de madeiras em toras5 – Palácio dos Estados6 – Coreto
7 – Pavilhão das Máquinas8 – Pavilhão das Viaturas9 – Artes Liberais10 – Pavilhão da Imprensa11 – Pavilhão da Bahia12 - Pavilhão de Minas Gerais
13 – Baias para o gado Vacum14 – Jardim Botânico15 – Pavilhão de São Paulo16 – Pavilhão de Jardins, Caça e Pesca17 – Assistência Municipal18 – Pavilhão do Distrito Federal
Morro da Babilônia
Morro da Babilônia
Fábrica Bangu
Esta superposição de imagens nos ajuda a inserir a Exposição no contexto do Rio de hoje.
Av. Port
ugal
Iate Clube do RJ
Av. Pasteur
IME
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Estados
SP
BahiaJardim
BotânicoDF
Restaurante Rústico
Restaurante Pão de Açúcar
Pavilh
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Portugal(Palácio
Manuelino)
TeatroJoão
Caetano
Corpo deBombeiros
Agricultura
Correios
AnexoPortugal(Belas Artes)
Cinema
Pavilhão deViaturas
Pavilhão dasMáquinas
Caça e Pesca
Pavilhão Egípcio(Música)
Terra
ço
Corpo de SaúdeExército
PraçaBrasil
Baias Paragado
Baias para
cavalos
Portão Monumental
Bar
(Superposição originalmente postada por Rafael Netto)
Morro da Urca
A Praia Vermelha e parte da Urca, hoje. FIM
Morro da Babilônia
Fábrica Bangu
Av. Port
ugal
Iate Clube do RJ
Av. Pasteur
IME
Portão Monumental
Pra
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erm
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a
EscolaMG
CPRM
SP
BahiaJardim
BotânicoDF
Restaurante Atual
Restaurante Pão de Açúcar
Pavilh
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dú
stria
s
TeatroJoão
Caetano
Morro da Urca
Agricultura
Correios
Cinema
AnexoPortugal(Belas Artes)
Portugal(Palácio
Manuelino)
Pavilhão dasMáquinasPavilhão Egípcio
(Música)
Terra
ço
Corpo de SaúdeExército
PraçaBrasil
Caça e Pesca
Corpo deBombeiros
Pavilhão deViaturasBaias
Paragado
Baias para
cavalos
Bar
(Mapa originalmente postado por Rafael Netto)