Post on 10-Nov-2018
A EXPERIÊNCIA COMO SUPERVISÃO DO PIBID MATEMÁTICA:
REFLETINDO AS PRÁTICAS E ATIVIDADES REALIZADAS COM OS
BOLSISTAS EM INSTITUIÇÕES
Roberta de Cássia dos Anjos1 - UNIUBE
Breno Silva Bernardes dos Santos2 - UNIUBE
Camila da Cruz Santos3 - UNIUBE
Agência Financiadora: CAPES
Resumo
Este relato apresenta as práticas realizadas em período de atuação como supervisora do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do subprojeto Matemática,
realizado pela Universidade de Uberaba (UNIUBE) em parceria com uma Escola Estadual,
ambas situada na cidade de Uberaba-MG. O objetivo proposto é apresentar as práticas como
supervisora do subprojeto Matemática na universidade e na escola credenciada de Uberaba,
bem como as reflexões dos trabalhos desenvolvidos com os bolsistas. As atividades realizadas
foram feitas com alunos de 9º ano do Ensino Fundamental, em evento da área na
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e na própria UNIUBE. Os pibidianos
contaram com o apoio do coordenador de área para realizarem as atividades propostas. Os
projetos desenvolvidos em sala de aula, em parcerias com os professores supervisores
regentes, envolveram os bolsistas em atividades diferenciadas como jogos pedagógicos,
experiências práticas de cunho pedagógico, trazendo grandes e resultados satisfatórios. A
preocupação de todos os integrantes desse subprojeto foi a diversificação de metodologias e
instrumentos que fugisse dos modelos métodos tradicionais, preocupando em desenvolver
atividades de forma contextualizada e de acordo com o plano de aula elaborado, objetivando
despertar o interesse dos alunos. Assim, conclui-se que o supervisor, além de orientar os
bolsistas do projeto, também aprende ao experimentar o processo de pesquisa, elaboração e
aplicação das aulas e projetos desenvolvidos com os pibidianos do subprojeto. Os bolsistas
possuem uma grande dedicação e esforço para com os trabalhos que realizam, preocupando-se
em passar seus conhecimentos aos alunos da melhor forma possível.
1 Licenciada em Matemática pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM, Uberaba-MG, 2014). Atualmente é
mestranda em Educação também pela UFTM, Supervisora do PIBID-Matemática da Universidade de Uberaba (UNIUBE,
Uberaba-MG) e docente do Ensino Médio de escola pública estadual também em Uberaba. Membro do grupo de pesquisa
cadastrado no CNPq - Grupo de estudos em Educação Estatística e Matemática – GEEM. E-mail:
robertacassia94@gmail.com. 2 Licenciado em Matemática pela Universidade de Uberaba (UNIUBE, Uberaba-MG, 2015). Atualmente é bolsista do PIBID
– Matemática também pela UNIUBE e docente dos Ensinos Fundamental e Médio de escola pública estadual em Uberaba. E-
mail: Brenobernardes2009@htmail.com. 3 Tecnóloga em Análise de Sistemas pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM, Uberaba-MG, 2014). Atualmente é
mestranda em Ciência da Computação pela Universidade de Uberlândia (UFU); graduanda em Licenciatura em Matemática
pela UNIUBE e bolsista do PIBID-Matemática também pela UNIUBE. E-mail: camila.white@hotmail.com.
Palavras-chave: Experiência. PIBID – Matemática. Supervisão. Bolsistas.
Introdução
No presente trabalho, discute-se o relato de experiência de supervisão do PIBID-
Matemática da Universidade de Uberaba (UNIUBE) no período de outubro de 2014 a junho
de 2015, localizada na cidade de Uberaba-MG.
Um dos papéis do professor supervisor da escola é o de mediador entre as ações
planejadas dentro do subprojeto na universidade e a realidade da escola, na tentativa de
adequar as atividades com os docentes titulares da melhor maneira possível, buscando o
aprimoramento entre a equipe de bolsistas e o professor titular para uma melhor execução de
trabalho. Outra função do supervisor é familiarizar os bolsistas com a escola e entrosá-los ao
grupo de professores e direção, apresentando-lhes o Projeto Político Pedagógico (PPP) da
escola, os ambientes escolares e também os recursos que ficam à disposição dos docentes,
entre outros (DA SILVA GALLON; ROBAINA; DA ROCHA FILHO, 2013, p. 2).
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) tem como
objetivo promover o início à docência de alunos dos cursos de licenciatura, preparando-lhes
para uma formação de cidadãos críticos. As atividades são desenvolvidas por meio de ações e
pesquisas de modo que contribui para um ensino de qualidade. Esse programa, além de
promover a melhoria de ensino na educação básica, foca na formação qualificada de
professores para essa modalidade de ensino, de modo que constitui uma articulação entre
teoria e prática nos contextos de educação.
O objetivo deste trabalho é apresentar as práticas como supervisora do subprojeto
Matemática na universidade e na escola credenciada de Uberaba, bem como as reflexões dos
trabalhos desenvolvidos com os bolsistas participantes do PIBID.
Segundo Fiorentini e Lorenzato (2009, p.1), o docente matemático compreende a
Matemática como um instrumento importante à formação intelectual e social de crianças,
jovens e adultos. Em concordância com esses autores, o Subprojeto Matemática manifesta
preocupações em relação à qualidade do ensino público por meio de ações voltadas ao ensino
de Matemática. Nesse contexto, esse subprojeto versa em dar prioridade a ações que vão ao
encontro das sensibilidades dos sujeitos, de modo que produz maneiras de expressar e expor
os movimentos de pensamento dos estudantes.
Procedimentos metodológicos
As atividades realizadas foram feitas com alunos de 9º ano do Ensino Fundamental de
uma Escola Pública da rede Estadual da cidade de Uberaba-MG, dentro da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e também dentro de espaço da própria UNIUBE. Os
bolsistas do subprojeto PIBID-Matemática buscaram apoio ao coordenador e também ao
docente atuante em sala para realizarem as atividades propostas.
Os encontros do PIBID são realizados na Universidade de Uberaba em reuniões que
acontecem às quintas–feiras, contando sempre com a presença do coordenador do subprojeto,
das supervisoras e dos bolsistas ID (Iniciação a docência), onde nos são anunciadas
informações em relação ao subprojeto PIBID Matemática bem como o acompanhamento e
desenvolvimento das atividades que estão sendo aplicadas nas Escolas parceiras com essa
instituição. Nestas reuniões, também acontece a produção de materiais didáticos, estudos
pedagógicos e treinamentos diversos.
A preocupação de todos os integrantes do subprojeto, seja coordenador, supervisor ou
bolsistas, está na diversificação de metodologias e instrumentos dos modelos que sejam
diferentes dos métodos já aplicados no dia a dia da escola. Além disso, todos os trabalhos
desenvolvidos em sala de aula são realizados de forma contextualizada e de acordo com o
plano de aula previamente elaborado pela equipe, promovendo atividades que buscam
despertar o interesse dos alunos.
Desse modo, a prática situada e contextualizada do trabalho docente desvenda-se do
fruto de um processo que envolve múltiplos saberes provenientes da formação específica, da
área disciplinar, do currículo, da experiência acadêmica, da prática social, e da cultura, entre
outros. Tudo isso provém de uma atividade regida por uma racionalidade prática que se apóia
em valores, em teorias, em experiências e em elementos contextuais para justificar as tomadas
de decisão na gestão da sala de aula (THERRIEN e LOIOLA, 2001, p.148).
A seguir, destaca-se as atividades desenvolvidas:
(1) PRODUÇÃO: Elaboração, pela supervisora, do Mapa Conceitual para o ensino e
aprendizagem de equações do 1º grau com uma incógnita. A elaboração desse mapa nos deu
um norteamento para desenvolvermos atividades acerca de equações e nos auxilia seguir e
estuar cada item descrito neste mapa, a fim de trabalhar em cima das dificuldades dos alunos
do 9º ano. Orientados pelo mapa conceitual, elaboramos várias atividades lúdicas que
buscavam fugir das aulas tradicionais e que são interessantes e agradáveis aos alunos.
(2) ATIVIDADES LÚDICAS EM SALA DE AULA: Várias foram as atividades lúdicas
desenvolvidas em sala de aula, dentre elas podemos citar: Jogo das Trilhas; Jogo da Memória;
Jogo da Tabuada; Jogo da Árvore; Uso do dinheirinho e moedas do plano Real; Fichas
Positivas e Negativas para ensinar operações com números inteiros; Reta Numérica Humana e
Reta Numérica Manipulável para ensinar as regras de sinais aplicada para a turma do 9º ano
pelos bolsistas ID, sob minha supervisão, trabalhando sempre os itens do mapa conceitual,
com intuito de melhorar o desempenho dos alunos em relação às equações e regra de sinais
com números inteiros. Além disso, os bolsistas ensinaram uma técnica com o uso dos dedos
para ensinar a tabuada de multiplicação aos alunos, em especial aos que tinham grandes
dificuldades a essa operação.
A figura 1 mostra algumas dessas atividades:
Figura 1: Atividades lúdicas com alunos do 9º Ano
a) b) c) d)
Fonte: Fotos disponíveis no arquivo da autora
a) Uso dos dedos para ensinar a tabuada de multiplicação com as mãos
b) Uso do dinheiro e moedas do plano real semelhantes às verdadeiras
c) Reta numérica manipulável
d) Jogo da árvore
(3) OUTRAS ATIVIDADES NA ESCOLA: Participação na “I Feria do Conhecimento”,
onde os alunos, tiveram a oportunidade de expor seus produtos das atividades lúdicas através
de trabalhos científicos e culturais. O tema desenvolvido nesse evento foi: “Jogos
Matemáticos”. O trabalho foi realizado sob a minha supervisão em conjunto com a mesma
turma do 9º ano e com os bolsistas, no qual foram apresentados os jogos lúdicos trabalhados
em sala de aula para toda a Escola.
Imagens das participações dos bolsistas na I Feira do conhecimento (figura 2):
Figura 2: Trabalhos desenvolvidos pelos bolsistas na I Feira do conhecimento
a) b)
Fonte: Fotos disponíveis no arquivo da autora
a) Cartaz colado no mural da sala de aula contendo o título do trabalho
b) Atividades com os alunos envolvendo os bolsistas durante a Feira
(4) PARTICIPAÇÃO EM EVENTO: Participação da apresentação de um minicurso pelo
coordenador e bolsistas na V SEMAT (V Semana da Matemática) da Universidade Federal do
triângulo Mineiro (UFTM), com palestras e minicursos temas dos mais variados. Foi
ministrado um minicurso sob o título “Jogândulo” pelos discentes de Licenciatura em
Matematica da UNIUBE vinculados ao PIBID. Iniciamos com uma apresentação para
promover uma melhor comunicação e visualização de nossa proposta, depois foram
apresentados jogos aos participantes do minicurso, que na verdade eram alunos das
licenciaturas da UFTM:
A figura 3 a seguir refere-se aos bolsistas presentes na V Semat da UFTM:
Figura 3: Presença do coordenador, supervisoras e alguns bolsistas no Evento da UFTM
Fonte: Fotos disponíveis no arquivo da autora
a) Caça ao Tesouro: O jogo consiste em ditar coordenadas de giros/rotações em linhas e
colunas utilizando ângulos notáveis em um mapa. Vence quem ao final estiver na casa certa,
ou seja, na casa da linha e da coluna do plano. Competência: Utilizar o conhecimento
geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela. Habilidade:
Identificar a localização/movimentação de pessoas e objetos em mapas, croquis e outras
representações gráficas. Conteúdo: Visualização e localização espacial.
b) Dominó de Ângulos: O jogo já é conhecido por alguns alunos, o diferencial é que foi
adaptado para usar o conhecimento em ângulos notáveis e os principais conceitos.
Competência: Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da
realidade e agir sobre ela. Habilidade: Reconhecer ângulo, como: mudança de direção ou
giro, área delimitada por duas semirretas de mesma origem. Conteúdo: Ângulos.
c) Quebra-cabeça de Ângulos: O jogo foi adaptado para usar o conhecimento em ângulos
notáveis e os principais conceitos. Competência: Utilizar o conhecimento geométrico para
realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela. Habilidade: Reconhecer
ângulo, como: mudança de direção ou giro, área delimitada por duas semirretas de mesma
origem. Conteúdo: Ângulos.
Imagens das atividades com os graduandos da UFTM durante o minicurso (figura 4):
Figura 4: Atividades durante o minicurso com os graduandos da UFTM
a) b)
Fonte: Fotos disponíveis no arquivo da autora
a) Atividade caça ao tesouro
b) Atividade de dominó de ângulos
(5) ATIVIDADES REALIZADAS NA UNIVERSIDADE DE UBERABA:
a) Apresentações semanais de exercícios propostos de várias séries e níveis diferentes para
que todos os bolsistas tivessem a experiência de resolvê-los e dividir suas impressões a
respeito como o grupo. Analisamos os exercícios proposto da Prova Brasil, considerando
quesitos como: se estimula o raciocínio lógico, o uso no cotidiano, se é atraente para o aluno,
o eixo, a competência e habilidade conforme PCN;
b) Oficina de elaboração de questões matemáticas pelo coordenador do subprojeto;
c) Oficina de distratores – Modelo de construção realizada também pelo coordenador;
d) Apresentação sobre Resolução de Problemas com base no estudo de Dante, com
apresentação do vídeo "A Arte de Otimismo" por bolsista;
e) Construção de questões que fazem parte dos conteúdos contidos no plano de aula dos
professores supervisores, realizada pelos bolsistas, com o intuito de aplicar na Olimpíada de
Matemática, que será criado pela equipe do subprojeto no ano de 2015;
f) Elaboração de Planos de Aula referente ao conteúdo escolhido para formulação das
questões da Olimpíadas de Matemática;
g) Reunião Geral dos subprojetos do PIBID da UNIUBE;
h) Observações sobre o uso prático de centavos, das frações no cotidiano, aplicação do
Teorema de Pitágoras e cálculos que envolvem temperaturas negativas;
i) Observações sobre a dificuldade de contextualizar com jogos, como xadrez e até carta,
devido à ausência desses jogos no cotidiano de alguns alunos;
j) Apresentação do Trilegal (uma prancha trigonométrica), com participação da uma
professora convidada da UNIUBE. A Prancha Trigonométrica é um aparato pedagógico para
que o professor, ou aluno, possa desenvolver atividades no estudo do círculo trigonométrico,
pois é possível observar os valores do seno, cosseno e tangente de um ângulo
simultaneamente. A prancha trigonométrica é composta por duas partes: uma base branca fixa
e uma transparente giratória. Na base branca encontra-se o círculo trigonométrico de raio 1,
dividido em ângulos, numerado internamente em graus e externamente em radianos. Há
também os eixos dos senos, cossenos e tangentes, divididos em décimos e também os valores
irracionais de ângulos notáveis.
No entanto, o professor substitui a lousa pela prancha para mostrar o ciclo trigonométrico,
seus elementos, a localização dos arcos e suas projeções.
k) Confecção do Trilegal por bolsistas com materiais manipuláveis;
A seguir imagem da prancha trigonométrica (figura 5):
Figura 5: Prancha Trigonométrica
Fonte: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
l) Apresentação de vários desafios matemáticos aos visitantes e discentes na XI Edição da
UNIUBE Aberta pelos bolsistas. Nessa edição, são divulgados a profissão docente e o ensino
da Matemática através de jogos, sendo que a própria universidade abre suas portas para
receber a comunidade, tendo como principal público alunos do Ensino Médio de Uberaba e
região. O objetivo desse evento é receber também pais, familiares e professores de escolas
públicas e particulares a fim de que possam esclarecer dúvidas sobre a vida acadêmica e qual
curso optar na hora do vestibular. Na UNIUBE Aberta foi possível encontrar estandes com
exposição de todos os cursos, palestras, visitas guiadas pelos campi, apresentações artísticas e
oficinas variadas de versas áreas.
Imagens dos trabalhos realizados durante a UNIUBE Aberta e encontros semanais com todos
os bolsistas (figura 6):
Figura 6: Fotos de encontros com os bolsitas e atividades envolvendo os visitantes
durante a UNIUBE Aberta
a) b) c)
Fonte: Fotos disponíveis no arquivo da autora
a) Encontros semanais com bolsistas
b) Atividades lúdicas com os visitantes
c) Desafios com os visitantes
Resultados e/ou discussão das experiências:
Nas reuniões semanais do PIBID, tivemos um resultado satisfatório, pois aprendemos
muito com os relatos e atividades que são elaboradas em conjunto com os bolsistas, no qual a
troca de conhecimento é recíproco.
As atividades lúdicas trabalhadas tanto em sala de aula bem como na Escola tiveram
bons resultados, pois trouxe uma grande contribuição ao aprendizado dos alunos que
apresentavam defasagem matemática relacionados às operações com os números inteiros,
sendo que o mapa conceitual desenvolvido nos deu um bom direcionamento quanto à
aplicação das atividades. Os alunos apreciaram muito todos os trabalhos desenvolvidos pelos
bolsistas e, inclusive, fizeram relatórios sobre os pibidianos bem como as atividades
aplicadas.
Antes da realização dessas atividades, fizemos uma avaliação diagnostica para
detectarmos as reais dificuldades dos alunos perante os exercícios que envolvem equações de
primeiro grau com uma incógnita. Os alunos bolsistas tiveram a autonomia de não só preparar,
mas como também de intervir nas atividades e buscar soluções para com as dificuldades dos
alunos que são muitas.
O resultado deste trabalho foi encarado como uma grande satisfação por parte dos
alunos que nos retornaram com muitos elogios e conseguindo fazer os exercícios com mais
facilidade e dedicação, se empenhando em realizar toda a tarefa proposta. Também, teve
relatos de professores de outras áreas que disseram que os alunos do 9° ano estavam muito
empolgados com as metodologias e que eles ficaram ensinando aos demais professores o que
aprenderam. Isso fez com que ampliassem a visão dos alunos em relação aos outros conteúdos
e melhoram um desempenho deles em um curto espaço de tempo. Também, no final das
atividades, foi feito um relatório sucinto pelos alunos do 9º ano descrevendo o que o
PIBID/UNIUBE contribuiu para o desempenho deles em relação à Matemática.
Na realização de atividades didático-pedagógicas na Escola, percebemos que o
planejamento é primordial para uma melhor execução do trabalho. Com isso, os alunos
conseguem desenvolver atividades diferenciadas que elaboramos com mais facilidade e com
maior prazer, com grandes resultados e bem melhor do que os da avaliação diagnostica.
Durante a participação no evento da UFTM, percebemos o grande interesse por parte
dos licenciandos inscritos no minicurso. Eles demonstraram estar entusiasmados com os jogos
dos pibidianos, o que nos proporcionou mais aprendizado e troca de conhecimento
interdisciplinar entre alunos, professores e visitantes presentes.
Dessa forma, aprendemos que, atividades lúdicas como jogos, possibilita um melhor
aprendizado, pois ele é visto como um complemento do conteúdo ministrado em sala de aula.
Além do mais, os jogos dão oportunidade dos aos alunos de pensar, organizar e expor suas
ideias.
Quanto às atividades feitas na UNIUBE Aberta, vimos o grande empenho e
criatividade dos alunos bolsistas. Eles não mediram esforços para expor seus conhecimentos e
suas estratégias diferenciadas com o uso de jogos matemáticos, além de apresentar muitos
desafios matemáticos à comunidade. O trabalho deles agradou a todos os visitantes que
compareceram no estande de Matemática, saindo de lá bastante empolgados. Alguns eles
inclusive comentaram que a Matemática é mais divertida do que se possa imaginar, basta ter
esforço e dedicação.
Assim, os resultados revelaram que a totalidade dos bolsistas apontaram ter interesse
em seguir a carreira docente e que a participação no PIBID teve muita influência nesta
decisão. Sobre a relação com a professora supervisora, os pibidianos demonstraram serem
muito positivo, com abertura para o diálogo e questionamentos acerca da prática pedagógica.
Considerações Finais
Durante a realização das atividades em sala de aula com o subprojeto do PIBID,
percebemos a necessidade de ter um ensino que eficaz que valorize os conhecimentos prévios
dos alunos, fazendo com que o professor dê importância aos pensamentos e indagações dos
estudantes através da expressão de suas ideias, instigando os alunos a divulgarem suas
estratégias mediante uma atividade ou até mesmo em jogos.
O método avaliativo não se refere apenas aos valores numéricos, mas sim no que diz
respeito ao sujeito crítico e participativo, pois elaborar atividades que estejam desvinculados
da realidade dos alunos podem até estimular a construção de um pensamento, mas o
desenvolvimento de seu pensamento crítico não estará garantido, conforme Lopes (2008 e
2011). Além do mais, o professor pode e deve usar diferentes tecnologias para ensinar
Matemática a fim de atingir um melhor aprendizado no contexto da sala de aula.
O supervisor muito se aprende com os pibidianos do subprojeto. Esses bolsistas
possuem uma grande dedicação e esforço para com os trabalhos que realizam, preocupando-se
em passar seus conhecimentos aos alunos da melhor forma possível.
Além disso, pode-se perceber que as experiências vivenciadas em sala de aula pelos
bolsistas, acompanhados pela supervisora, lhes proporcionaram melhor visão entre relações
de: professor/aluno, aluno/professor, aluno/aluno, professor/conteúdo, aluno/conteúdo e
aluno/técnicas didáticas. Sendo esse um dos motivos que o PIBID muito contribui para a
formação inicial de professores.
Outra percepção que muito se destaca é o fato de alguns bolsistas apresentaram
algumas dificuldades, como por exemplo, de lidar com a disciplina de alguns alunos e
também com as condições limitadas de recursos físicos da Escola e também de matérias para
elaboração de atividades.
No entanto, procuramos realizar ao longo desse tempo todas as atividades previstas,
com importantes avanços alcançados, porém, é importante destacar que a maioria das
dificuldades encontradas para a execução do subprojeto se deve ao fato de que os Bolsistas ID
pertencerem a um curso noturno e por trabalharem durante o dia, dificultando a participação
deles nos encontros semanais, nas leituras prévias, na participação dos eventos, dentre outros.
Também queremos ressaltar que, pelo fato do tempo ser escasso à frente ao subprojeto,
precisamos ainda ampliar nossa compreensão sobre as diferentes facetas e possibilidades do
PIBID.
Agradecimentos
Sinceros agradecimentos à agência financiadora – Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por nos apoiar em desenvolvimentos de pesquisas e
nos proporcionar momentos de conhecimentos e experiências durante a sua atuação na
formação de professores da educação básica de modo que amplie o alcance de suas ações na
formação pessoal dos bolsistas envolvidos no subprojeto do PIBID.
Referências
DA SILVA GALLON, M.; ROBAINA, J. V. L.; DA ROCHA FILHO, J. B. PIBID Química:
Uma Experiência como supervisora na EMEF. Rio de Janeiro, Canoas, RS. Encontro de
Debates sobre o Ensino de Química, v. 1, n. 01, 2013.
FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Introdução in: Investigação em educação matemática:
percursos teóricos e metodológicos. Coleção Formação de Professores. 3. ed. rev. Campinas,
SP: AUTORES ASSOCIADOS, 2009.
LOPES, C. E.O ensino da estatística e da probabilidade na educação básica e a formação
dos professores. Cadernos CEDES (Impresso), v. 28, p. 57-73, 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v28n74/v28n74a05.pdf>. Acesso em: 05 Jun. 2014.
LOPES, C. E.A Estocástica no Currículo de Matemática e a Resolução de Problemas. In:
II Seminário em Resolução de Problemas, 2011, Rio Claro. Anais do II SERP. Rio Claro:
UNESP, 2011. v. 1. p. 1-10.
THERRIEN, J.; LOIOLA, F. A. Experiência e competência no ensino: pistas de reflexões
sobre a natureza do saber-ensinar na perspectiva da ergonomia do trabalho
docente. Educação & Sociedade, v. 22, n. 74, 2001