Post on 20-Oct-2021
M E S T R A D O e m CiÎNCIASs s c 4 . t r
Jös£ LUÍS PAMPOVET SA/«'PA 10
A EVOLUÇÃO r>F fi/'A EM.PPESA HO CONTEXTO VA JHVU.9TPJ AL TZAÇAO BRASILEIRA: A COM PAHH1A ErvOriO I VVUSTP.7 AL VO MOPTE,
1Í91 - 1973
V¿66 e.a.t ação apiic.6inta.da. ao He.6tA.ado de. C lin d a * Humanai da Unlve.A.6 Idade. Fe.diA.at da Bahia
SclvadoA. - fiahla 1975
I UNI vr,ñ5 i .-A u L! A . i ; A F,\ CULDAOÍ, i K t •!- 3 0 1 IA
O i : ! V T C A
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Universidade Federal da Bahia - UFBA Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Esta obra foi digitalizada no
Centro de Digitalização (CEDIG) do Programa de Pós-Graduação em História da UFBA
Coordenação Geral: Carlos Eugênio Líbano
Coordenação Técnica: Luis Borges
Junho de 2005 Contatos: lab@ufba.br / poshisto@ufba.br
Pao fe.iò oft 0 n i c« ta do J0FAMfJFS Al IGEL
UHTVERSIVAVE VF PT FLFFF. LV PFPÜPLT CA FFPERAL PA A L FM/ MH A
Pao ¿C.&-&0A Co-OxizntadoA- LUTS HFNRTOUE VI AS TAVASFS
UH1VEP.SIVAVF. FFVCPAL VA BAHIA
AGRAVEC1HENT0S
No d e c o A n e n do A tn.ab a l k o i pan.a a n e a l i z a ç ã o d e A ta
V i A A e n t a ç ã o , a aza. apneA e n t a d a ao He.AtA.ado em C i ê n c i a i Huna-
naA da U n i v e A A i d a d e Fe.deA.al da B a h i a , tl.ve.nio4 como PKofeAAoA.
O r i e n t a d o a. o Vn.. Johannej> A u g e l da U n i v e A A i d a d e de B i e l e -
f e l d , R.F.A., também n o n o pA.06e.000A. em dUveAAOA caA io - i do
-neimo H e A t n a d o , de c u j a A . e t i d ã o , i n t e g n i d a d e , c u l t u n a e i n t e
l i g ê n c i a m u i t o no4 b e n e ^ ic -L a m o i e a quem pen.manecen.emoA Aem-
pn.e g A . a t o i .
A 0 Pao f c A ¿ o 'i VA.. L u í a H c n s i iq u e V ia A TavaA.eA noAAo
c o m p e t e n t e mcAtA.e em H i A t õ n i a da B a h ia agnadecemoA a g e n t i
l e z a e 0 de.Apneendime.nto ao a c e d e n em no/ o n i e n t a n d u n a n t e a
a u i ê n c i a do Pno feAA on Vn. Jo h a n n e A Auge.1.Ao P*otfe^o/L En.edeA.ico E d c l w e i A A , em c u j a b i b l i o t c -
ca i n i c i a m o A noAAo a C A t u d o A , agnadecem oA a c o n f i a n ç a e a a j u
da q u e no A d i A p c n i 0 u, c o l o ca ndo a noAAa d i A p o A i ç ã o t o d a a b i -
b U . o a n . a ( i a de q u e d i s p u n h a e q u e n o i p u d e a e a ca. ú t i l .
Não p o d en lam oA d e i x a n de m c n c i o n a n e a g n a d e c e n a
i m p o n t ã n c i a q u e t e v e pan a nÕA 0 eA tZ m u lo n e c e b i d o doA P n o f c i -
AoncA N e lA o n S a m p a i o , P a u l o B n a n d ã o , C cA a n c G a l v a n , F n i e d h i l -
de M a n o l e i c u , S i l v i a H a i a , H i l i t i n o R o d n i g u e z H a A t i n c z , F n e -
d e n i c o P a u l o V i e i n a , L i g i a F e n n a n o , J o i ê S e n g i o G a b n i c l l i e
L e o p o l d o Me i n a , da UFBa.
Oi P n . o i e n o n . e i Fen n a n d o N o v a i i (USP) e K a t i a H a t t o -
i o (UFBa.) le n a m e c n i t i c a n a m 0 Pa.o j e t o do q u a l a c o / U g i n o u
a t e t n a b a t h o . Oa Pno f e i A o n e A F l a v i o P a b e l o V e n A i a n i e H a n i a
Ten eA a P.O . V e m i a n i , da U vP, c n v ia n a m - n o A A e u t n a b a l h o i o b n c
a I n d u A t n i a T ê x t i l no B n a A i l , q u e noA f o i de gnande. u t i l i d a
d e, a le m d c i n f o n m a ç õ c A b i b l i o g n ã f i c a i i o b n c 0 a a u n t o .
Somoa muito gr atoi ao biografo de Luiz T arqu i n i o ,
Verictei Hadureira de Pinho pela atenção e confiança com que
noi atendeu, enviando-noi copiai de. cartai de Luiz Tarquinio
e de M a no ei VitoAU.no, alem de copiai de d i v e n o i exemplarei
da Aeviita "Cidade do Bem".
Ai c o n v e A i a i informaii com oi colegai Fmmanuel R.
Guim a r ã e i , Silza C o i t a , Vania Alvim e Jelma Falcon foram iem-
pre proveitoiai e animado A a i .
Oi eitudantei ttaAio OliveiAa do Roiario, Elizete da
Silva, Heloiia Helena Uicortj Prado, T òabella Goulart Sant' Ana
e Taxa Falcon aj udaram-noi na coleta de dadoi e organização
dai Tabelai. 0 primeiro dentre elei, Hario Oliveira do Roia-
A i o , Aealizou oi cãlculoi contãbeii. 0 SnA. Vivaldo R e i i , com
laAga expeAiéncia diicutiu e fez iugeitoe.i úteii iobAe e a e i
cãlculoi. A todoi agradecemoi.
Ha Junta Comercial do Fitado da Bahia quere.moi agra
deccA tanto ao e x-diAetoA AnteAo de OliveiAa, como ao ieu a-
tual ViAetoA, Artur GuimaAaei de Souza, e também ao Secretã-
Aio FeAnando Cordeiro e aoi ieui dedicadoi funcionaa í oi Bcne-
dito EaAboia, Vilion P. V.atiita, Hario Franciico FeliibcAto e
Edion FoAgei doi Santoi, todoi icmptie compreeniivoi e aten-
cioioi.
Na fãbAica da Companhia Empõrio T nduitrial do Norte
contamoi iempAe com o apoio e a boa vontade de todoi, d a d e
ieui diAetoAei até oi c p erãrioi. Sera juito entAetanto meneio
na /1 o advogado da Companhia, o Pa. FAnani Vurand, o SnA. Amn
deu Rocha, diretor-gerente, oí ieui ccrrpetentei tecnicoi Aval
do de OliveiAa SoaAei e Aramii Reiende da SilveiAa, alem doi
contadoAei Celia Podamilani, Gilion Alvei da Silva e Ouvaldo
da Silva VuaAte; a todoi agAadecemoi, a a i m também como ao
ieu atual ViAetoA, o SnA.. J a e f Cevkui.
AgAadecemoi ai bibliotecaAiai ClaAa e PcAcilia do
Arquivo do Fitado e HoAtencia VieiAa da Biblioteca da Facul
dade de Fconomia da LiFBa.
A g A a d e c e m o i também aoi P A o f e a o A e i A n t o n i o V i d a l ,
M a A g a r i d a B a i t o i e a Ivan e Olivia Braga, c o m c u j a a j u d a iem-
p r e c o n t a m o i .
Veiejamoi e x p r e a a r n o n a gratidão íamfcem aoi S n n .
Joié M aAÁa FiAmeza, Gerente do Banco do Hordc.ite , Nelion Ta-
boada, Preiidente da Federação dai Jndúitriai da Bahia e ao
e m p A t i ã u l o A u g u i t o V ia n a Rlb c j .n .0 d a S a n t o * .
N o a o i agnadeclmentoi ião d e v i d a também a Pnofei-
ion.a Hafila dai G/iaçai de. CaitKo Sampaio pela tievlião de. quaie.
todo o texto. A o e itudante Altlno Teixeira Heto pelai foto-
gnaJllai em conai. í deie.nh.lita Sandra Llnh.ar.ei pela execução
dc algumai tabelai. Ã datilografa Cclla 1'arla Silva Prandão.
í equipe da Gráfica llnlvenltãrla: Pro f e a o r M l t o n J oie O l i
veira Snmpclo, Gabriel Santoi Silva, Vc.ldc.vlno Veneltia c Joic
fiuauito d a S a n t a . E aoi f u n c i o n a r i a que mlmcografafiam o
texto, Antonlo Bento e PeA.nr.beZ Joiê doi Santoi.
Eite trabalho não tcrla ildo realizado ¿em o apoio
da CAPFS atravQA da Bolia que noé. concedeu.
J . L . P . S .
I n d i c e
a g f a d e c i v f n t o s
I N T R O D U Ç / O
A) O T E M A D A P E S Q U I S A ................................... 1D O E S T A D O D A P E S Q U I S A S O T R E A I NDÜSTF.IA T Ê X
T I L D A B A H I A ............................................. 3
C A P Í T U L O 1 ............................................................... 14
C R E S C I M E N T O I N D U S T R I A L D O P.RASIL N O S É C U L O X I X 15
A '’A F I A N A 2a. M E T A D E D O S É C U L O X I X ................ 32C R E S C I M E N T O I N D US T RI A I. D O P P A S I L N O S P R I M E I R O S
A N O S D A R E F Ü T í L I C A ....................................... 35A 3 A K I A N A R E P Ú B L I C A ...................................... 30n I S C U S S Ã O S O P R E A I N D Ü S T P I A T Ê X T I L NO E R A S I L . . . ¿1
.A I N D 0 S T R I A T Ê X T I L N A B A H I A D O S É C U L O X I X ....... 4?
N O T A S ............................................................ r'7
C A P Í T U L O 2 ............................................................... 74
• A F U N D A Ç Ã O DA C O M P A N H I A E M F Õ R I O I N D U S T R I A L DO
N O R T E - 1 ^ 9 1 ...............................................O P L A N E J A M E N T O ............................................... 77A L O C A L I Z A Ç Ã O ................................................ ~0
E D I F Í C I O S E M A Q U I N A R I A ................................... "1
A V I L A O F E R Í R I A ............................................. ? ‘O O P E R A R I A D O .................................................. 99
A P P O D U Ç Ã O E O S F R I M E I R O S L U C R O S .................... 99R E L A Ç Õ E S C O M E R C I A I S ........................................ 106
O S F U N D A D O R E S ................................................ 106O P E N S A M E N T O D E L U I Z T A R Q U I N I O ....................... 1 21
O S A C I O N I S T A S ................................................ 1 26N O T A S ............................................................ 1 29
C A r Í T U L O 3 ............................................................... 134
. A C O M F A N H I A E M r Õ R I O I N D U S T R I A L D O N O R T E A H T E S
D A la. G R A N D E G U E R R A 1 ™ 1 - 1 9 1 3 ..................... 135I N F L U Ê N C I A S D A S C R I S E S M U N D I A I S S O P F E O S L U C R O S
D A E M r R F S A - C R Í T I C A S A P O L Í T I C A E C O N Ô M I C A G O V E P . N A M E N T A L ................................................. 135
A S D E S P E S A S C O M A P R O D U Ç Ã O ............................... 1 44M A Q U I N A R I O E M A T É R I A P R I M A ............................... 144I M P O S T O S ......................................................... 1 4*o r F n X R i o s e té c n i c o s ......................................... 14*
C O N C L U S Õ E S ...................................................... 14'N O T A S ............................................................. 150
C A t Í T U L O 4 ................................................................ 157
„ A C O M P A N H I A E M P Ó R I O I N D U S T K I A L D O NOP.TF NO PEF.IO D O D A S G R A N D E S C R I S E S M U N D I A I S DO SfiCULO XX. 1 9 1 4 - 1 9 4 * ..................................................... 15*
• A I N D Ú S T R I A T k A S I L E I R A DE 1 91 4 A 1 9 4 6 ................ 1 5*
• A I N D Ú S T R I A P R A S I L E I R A D U R A N T E A la. G U E R R A M U N D I A L : 1 9 1 4 - 1 9 I P ........................................... 1 5 p
0 A P Õ S - G U E R R A E O S A N O S V I N T E : 1 9 1 9 - 1 9 2 9 .......... 159• A D E F P E S S Ã O E OS A N O S TT.INTA: 1 9 3 0 * 1 9 3 9 ............. 1*?A I N D Ú S T R I A T Ê X T I L N O S A N O S 1 9 4 0 - 1 9 4 * ............... 1 *40 I M P A C T O D A S C R I S E S M U N D I A I S S0!-’RE O D E S E M P E N H O
D A C O M T A N H I A E M F Õ R I O I N D U S T R I A L D O N O R T E : 1 9 1 4- 1 9 4 * .......................................................... 1 65
A Q U E D A D O S L U C R O S E M 1 9 1 4 - 1 9 1 P ....................... 1*5O A P Ó S - G U E R R A E O S A N O S V I N T E : R E C U P E R A Ç Ã O E Q U E
D A P O S T E R I O R : 1 9 1 9 - 1 9 2 ? ................................ 166A D E F R E S S Ã O E O S A N O S T P I N T A : K Ã P I D A R E C U P E R A Ç Ã O
E C O N C O R R Ê N C I A I N T E R N A : 1 9 3 0 - 1 9 3 9 ................. 1*7O A U G E D O S L U C R O S : 1 9 4 0 - 1 9 4 * ............................ 170O P A P E L D E D I V E R S O S F A T O R E S NO D E S E M P E N H O D A C O M
P A N H I A EMrfiRIO I N D U S T R I A L D O N O R T E : 1 9 1 4 - 1 9 4 * . 171O M A Q U I N Ã R I O ................................................... 171A MATfiRIA P R I M A ............................................... 175A M Ã O D E O " R A ...................................... ........... 1 7 ? -OS I M P O S T O S ..................................................... 1^*
C O N C L U S Õ E S ...................................................... 191
N O T A S ............................................................. 1 33
C A P Í T U L O 5 ................................................................ 13 9
A C O M P A N H I A E M P Õ R I O I N D U S T R I A L DO N O R T E N O S A N O S
194 7 - 1 9 73: D O A P f l S - G Ü E R R A À C R I S E ................. 2 0 0A I N D Ú S T R I A r R A S I L E I R A N O A P Õ S - G U E P R A : 1 9 4 7 - 1 9 * 2 2 0 0A I N D Ú S T R I A P R A S I L E I R A D E 1 9 * 3 A 1 9 7 3 ............... 204A C O M P A N H I A E M P Ó R I O I N D U S T R I A L D O N O R T E E M F A S E
DF. T R A N S I Ç Ã O : 1 9 4 7 - 1 9 * 2 ................................ 2 07A C O M P A N H I A E M C R I S E P E R M A N E N T E : 1 9 6 3 - 1 9 7 3 ....... 2 1 3C O N C L U S Õ E S ...................................................... 2 2 2C O N C L U S Õ E S G E R A I S ............................................ 22 3
N O T A S .............................................................. 2 27
A R Q U I V O S ..................................................................... 2 3 0
r I P L I O G R A F I A ............................................................... 232
A N E X O S ........................................................................ 23 7
Í N D I C E DE A N E X O 5
A N EX O 1 - C O M P A NH I A EMPffRIO IN DUS TR IA L DO NORTE:
A) A C I O N I S T A S 189 1-1961
B) AÇ ÕES T R A N S F ER I D AS 1895-1965
AN EXO 2 - C O F R E S P O N D Ê N C I A DE LUIZ TAR QU IN I O
- CART A A J .G .B P U D E R E R - 1879
- CARTA A J . G . B R U D E R E R - 1892
- CARTA A SE RZE D EL O C O RR EI A - 189 3- CA RT A DE MA NO E L VI TO R IN O A LUIZ TA R Q U I N I O - 1897
- CARTA A LEROY BEA ULI EU - 189 8
- CAR TA AOS A CI O N IS T AS - 1902
A N EX O 3 - D E S C RI ÇÃ O DA VILA OP E R Á R I A - 19 58
AN E XO 4 - T AB E L A S (N9 9 A 16-A)
9 - C o m p a n h i a E mp ó r io Ind u st r ia l do Norte - D e m o n s t r a t i v o dos qu o ci e n t e s co m pa r at i v os do con junto p a tr i m o n i a l - C o m p a- raçao entre o capital de terceiros e o capita l pró pr io- G a r a n t i a de capitais de terceiros 1893-1973.
10 - C o m p a n h i a E m p ór i o Ind us tr i a l do Norte - D e m o n s t r a t i v o dosqu o ci en te s co m pa rat iv os do Co n jun to P a t r i m o n i a l - Compa* raçao entre o Capital de te rceiros e o A t i v o Real - A p H caçao de Ca p it a is de Te rc eir os 1893-1973.
11 - C o m p a n h i a E m p o r i o I ndu str ia l do Nort e - D e m o n s t r a t i v o dosQuo c ie n te s Com par a ti v os do Co n j u n t o P a t r i m o n i a l - C o m p a ração entre o Cap ital P rÓ p r i o e o A t i v o I m o b i l i z a d o -Im o b i l i z a ç ã o do Ca pi tal P ró p r io 1893-1973.
12 - C o m p a n h i a E m p ó r i o In du s t ri a l do Nort e - D e m o n s t r a t i v o dosQ u o c i e n t e s C o m pa r at i v os do Co nj u nt o P a t r i m o n i a l - Compa- raç ao entre o I m o b i l i z a d o e o A t i v o Real I m o b i l i z a ç ã o do A t i v o Real 1893-1973.
13 -
14 -
15 -
1 5 A
15P
1* -
lfA
12A - Co m p a n h i a E mp óri o Ind us tr i a l do No r t e .....D e m o n s t r a t i v -dos Q uo c i e n t e s C o m p a ra t iv o s do Co n j u n u o P a t r i m o n i a l Ci pa ra ç a o eotre a C on ta Ma q u i n á r i o e o At iv o I m o b il iz a d o
CEI N - De s pe s a s e Lucros com a F r o d uç a o V e n d i d a l',93"1973.
CE IN - Op er á r io s , Teares e Fusos l r9ft - 1 9 5 r’.
CEIN - T a r t i c i p a ç a o das Des pes as com F a V r i c a ç a o (Mao deObra) No Total das Desp es as - 1-93-194^.
- CEIN - P a r t i c i p a ç a o das Desp es as com M a n u t e n ç a o no T o tal das Despesas l n93-1932.
- CEIN - P a r t i c i p a ç a o da M at é ri a T r i m a no Tota l das D e s pesas 1'■'93-1930.
Eq u i p a m e n t o Fa bri l da C o m pa n h ia Eraporio I n du s t ri a l do Norte - 19*9.
- ID E M
I n d i c e d a s t a b l a s d o t e x t o
1 - TR A SI L -
2 - PRA S I L -
Ev o lu ç ã o da In d ús t r ia do Tecid os de Al go dã o 1^53. -134 fC o ns u m o A p ar e n t e de Tec idos dc A l g o d ã o 1" 5 3“1360.
?. ’
. 31
3 " EA P I A -
4 - BAHI A -
rnE v ol u çã o e C o n c e n tr a ç ão da I n d ús t ri a Têxtil
- i r g i ................................................. f •>
5 - BA HIA - S o ci e da d es por Açoes Fundadas cm l”f 7“ 1 91 Nr
f - PR AS I L - D i s t r i V u i j ã o G e o g r á f i c a c Dados E s ta t í st i co s das Maiore s Fab ric as de Tecidos de Al g o d ã o - 1910.... .141
7 - E R A S I L - D i s t r i b u i ç ã o G e o g r á f i c a e D a d. rs E s t a t í st i co s das M ai ore s F áb ric as de Tecidos de A l p c d a o - 1944.... . J i :
r - P r od u ç ã o de Tec i do s da CEIN C on j u n t o da Pr od u çã o Erasi-leira 1 8 9 3 - 1 9 4 6 ........................................................
PA - P r od u çã o de Tec id os da CEI N c da Tah ia no Con j un t o (‘ r. P r o d u ç ã o P r a s i l e i r a 1 9 1 0 - 1 9 3 ^ ...................................
I n d i c e d o s q u a d r o ?
qü a dk o i .............................................................. 21
Q U AD R O 2 .............................................................. 33
Q U AD R O 3 .............................................................. 54
QUADRO 4 .............................................................. r-4
Q U AD RO 5 .............................................................. U-P
Q U AD RO r .............................................................. 200
QUA DR O 7 .............................................................. 20?
Q U AD RO " .............................................................. 202
Q U A D 1 0 0 .............................................................. 203
OU ADRO 10 .............................................................. 207
I n d i c e d e f o t o g r a f i a ?
FOTO 1 ............................................................... 7*
FOTO 2 ............................................................... ,r 2
FOTO 3 ............................................................... 90
FO T O 4 ............................................................... 91
FOTO 5 ............................................................... 92
FOTO f-............................................................... 9 3
FOTO 7 ............................................................... 94
FOTO r................................................................ 55
FOTO 9 ............................................................... 96
FOTO 1 0 ............................................................... 97
FOTO 1 1 ............................................................... 9*'
FOTO 1 2 ............................................................... 100
FOTO 1 3 ............................................................... 101
FOTO 1 4 ............................................................... 127
FOTO 1 5 ............................................................... 107
F O T O 1 6 ................................................. ANEXO 2. . . .
F O T O 1 7 ................................................. ANEXO 3 ____
G F AV U R A S EM CORES
G R A V U R A 1
G R A V U R A 2
103
104
IfTRODuçrn
r - o te:4/* ta pesq?jis r
Ao iniciar o C irso do Mestredo cn Ciências Humanas
na Universidade Federal da Bahia, os nossos interesses quanto
ao campo de estudos já estavam definidos, girando em t o m o d<
temas como industrialização c desequilíbrios regionais. Con
sequentemente, a área dc estudos escolhida foi a dc História,
onde os professores Johannes Ar.gel c Luis Henrique Dias Tava
res ministraram cursos sobre metodologia e evolução econômi
ca e industrial da Eahia.
T ratar da indústria na Bahia no século XIX c primei
ras décadas do século XX implicava, necessariamente, cm fa
lar da indústria têxtil, c lopo na fábrica fundada por Luis
Tarquinio, sobre quem escreveu Pcricles Madureira de Pinho
uma biografia: eis o roteiro que nos conduziu a escolher a
Companhia Empório Industrial do Morte como tema para . disser
tação dc Mestrado.
Estudar uma fábrica, a primeira vista poderá pare
cer um objeto de investigação relativamente simples. Contudo,
inúmeros sào os aspectos a partir dos ouais o assunto pode
ria ser abordado. Se o período a ser estudado se estende por
várias décadas, como foi o nosso propósito, então a complexi
dade aumenta.
Após as hesitações iniciais, escolhemos como orifn-
tação central o comportamento dos lucros d?, enpresa sob o ir
pacto das grandes crises nundiais do século XX, ampliando se
o p c n o d o afim do cue fosse examinado o desempenho da fábrica
cm fins do século XIX (quando foi fundada) e princípios do so
culo XX n também nos ¿»nos 19 47-197 3.
Influenciou também na escolba dessa orientação o
tipo de material encontrado: determinados livros, próprios de
empresas, fornecer, certas informações que, para serom col^tc-
das do rodo a cobrir um oeríodo tão amplo, necessitariam não
sÕ de equipes mas do especialistas em contabilidade. Os resumi
tados que sc colheriam poderiam ser desproporcionais aos e s
forços realisados.
Pretendemos, ao examinar a evolução dos lucros da
empresa, verificar cm que medida sc justificariar as posições
que apontam as crises mundiais como momentos decisivamente fj
voráveis a industrialização do Brasil.
Nesta perspectiva, o estudo do f=»torcs como mão de
o h r 3 , maouinãrio, matéria-prima, impostos, restringiu-sc
a avaliação da seu peso nos gastos da empresa, avaliação f«.-i_
ta de modo indireto tentando uma aproximação do real sem uti
lizar-se, contudo, recurso auc não estavam ao alcance, como
especialistas e equipes interdisciplinares, que tivessem aces
so a toda a documentação existente.
o material que esteve a nossa disposição no arquivo
da fábrica era muito vasto e ao mesmo tempo falho: Certcs ti
pos de documentação com informações sebre v e n d a s , mercados,
mão de obra» são consideradas desnecessárias após alguns a-
n o s , sendo então destruídas afir do dar lugar à documentação
mais recente.
Se se acresce a isto as constantes crises que a em
presa atravessou desde a segunda metade da década de 1 9 5 0 »re
organizações, mudanças censtantes do pessoal técnico c b uro
crático, pode-se compreender que os reflexos de uma tal si
tuação poderiam atingir, dente os diversos setores de uma fá
brica, também o seu arquivo.
Alguns esclarecimentos sc impõem a respeito das ta
belas .
o
Aquelas aue se referem ao Brasil foram, geral,
extraídas do fontos secundarias, sofrendo contudo acréscinrs
e adaptações.
As tabelas referentes à indústria baiana tiverar
seus dados colhidos quase sempre cr fontes primarias. 0 mesr.e
pode ser dito a respeito das tabelas referentes ã fábrica,ela
boradas a partir de dados disperses om diversos tipos de dè-
cumentos , com exceção da tabela oue contem o maquinãrio da fó
brica em 1969 executada pelo seu Dept. do Contabilidade e
aqui reproduzida.
Dentre a vasta documentação existente procuramos re
tirar aouilo oue nos parecesse mais importante para fixar a=
características gerais da fábrica.
Os cálculos contábeis basearam-sc quase totalmente
nos balanços publicados pela própria fábrica, c encontrados
no seu arnuivO; muitos porem não mais existiam e f^ron reti
rados de jornais da Ópoca encontrados no Ara uivo do Estado d*»
Bahia, Biblioteca Central do Estado da Bahia c‘ no Instituto
Geográfica e Histórico d a Ba.hia.
“ - f) rST,'?0 DA PESOUIS' f.OLlPF A IfülOSTRI/. ’’t^T IL PA RA Hl A
A literatura sobre a indústria dc tecidos na B-ihia
c sumamente escassa. Mão foi encontrada nenhuma obra que tra
tasse especificamente do assunto. C ^ n t u d e , existe um cert^
número de fontes cujas informações, cm forma principalmenta
de dados quantitativos e algumas vezes de breves comentários,
fornecem subsídios que, uma vez sistematizados c complementa
dos com dados recolhidos em jornais e arquivos de fabricas
c ministérios , poderão proporcionar um quadro da evolução dejs
te ramo industrial, o mais importante do Estado, desde o ^sou
surgimento ainda na década da 30 do século XIX, até época
bem recente.
Existem também alguns trabalhos que, tratando • da
indústria de tecidos em âmbito nacional, contribuem igualmcn-
te c^r; alpuns dados sobre a situação desta indústria na Ba~
hia: algumas destas fontes são bastantes conpletas, porem o
seu enfoque geral f^z con que as informações específicas so~
bre a indústria têxtil dos estados tenham apenas um carnter
complèmentar, figurando con rnais destaque as indústrias dc
S. P a u l o e Rio de Janeiro.
FOir-FS SFCUTOfRI.* F
Sao poucas as informações encontradas sobre a intíú^
tria de tecidos na Bahia em fontes secundárias. São ^bras que
traçam um panorama geral da evolução da economia baiana.abar-
cando períodos bastantes longos: é o caso dos trabalhos de Rô
mulo Almeida "Traços da História Econômica da Bahia nr Ültirno
Século e Meio" e de Waldemar Mattos "Panorama Econômico da Ba
hia 1808-1960". Devido mesmo ao seu enfoque, não poderiam for
necer informações detalhadas sohrc um ramo industrial er. par
ticular.
Tratando embora de problemas da indústria baiana
geral, tambem o t r a b a l h o do Prof. Luís Henrique Dias Tavares
"0 Problema da Involução Industrial da Bahia" fornece maior
quantidade de informações sobre a indÚ8tria têxtil em um pe
ríodo mais restrito, as três primeiras décadas do século XX.
0 livro dc Thales de Azevedo c Vicicra Lins "Histó
ria dc Banco da Bahia - 1958", t r a t a n d o de uma empresa priva
da, traz vários capítulos nos quais se traça o panorama do
desenvolvimento econômico d.-1 Bahi^» durante um século. As in
formações sobre a indústria de tecidos encontran-se justamen
te nestes capítulos e são, portanto, de caráter secdndario,
tendo cm vista o objetivo do trabalho.
Deve-se mencionar ainda o trabalho de Périclcs Ma-
dureira de Pinho sobre Luiz Tarouinio, capítulo do livro "Sãc
assim os baianos" coletânea de biografias sobre alguns baia
nos ilustres. Há neste trabalho uma série de dados e informa
ções um pouco mais detalhadas a respeito da fábrica de 'teci
dos d,=» Boa Viagem, que teve cm Luiz Tarouinio um dc seus fun-
De modo geral as informações contidas ne~tas obr-ns
sobre a indústria dc tecidos da Bahia baseiam-se quase total
mente em livros que se publicaram em fins do sécul* XIX e ir.í
cio do seculo XX, os quais sc tornaram cm livres-fontes para
os estudiosos c'a história cconômica da Bahia. Algumas vêzes
utilizar.jtí tambóm informações contidas nas Falas e Relatórios
dos Presidentes da Província no século XX. /'penas Pericles Ka
dureira dc Pinho utilizou-sc de fontes tais como cartas p a r
ticulares, e publicações de uma fábrica, no caso a Conpanhi*
Empório Industrial do Norte.
Naturalmente tendo estas obras outros objetivos que
não o estudo da indústria têxtil, não será dc estranhar a es
cassez rie informações contidas cn suas páginas sobre esta in
dústria.
As fontes utilizadas pelas obras acima mencicnadrs
são sobretudo obras de autores mais antipoa, tante do sóculc
XIX c o m o dc começos do sóculo XX. Autores como Francisco Vi
cente Vienna, F.M. dc Goes Calmon, Mario Barbosa, Theodor«"
Sampaio são muitas vezes citados como fontes de dados. Uti
lizou-se também, entre outras, as Falas c. Relatórios dos Pre
sidentes da Província, como ó o caso do trabalho de Thaies dc
Azevedo. Apenas Pericles Madurcira de Pinho, talvez por scr
c único a escrever sobre uma personalidade que foi proprietá
rio c fundador de uma fábrica dc tec i d o s , utilizou-sc dc fon
tes como cartas particulares e uma "Memória" sobre a fábrica,
fontes estas que se referem especialmente a uma indústria tex
til.
Ouantc as obras que, tratando da evolução da ccond-«
mia brasileira, trazem referências à indústria de tecidos na
Bahia, cias são dc dois tipos: 0 primeiro tipo engloba aque
les trabalhos que, estudando a história econômica do Brasil,
trazem capítulos ou trechos referentes ã indústria têxtil no
país, contendo informações superficiais sobre a indústria têx
til baiana. Tais são as obras de Luis Amaral "História «Geral
da Agricultura Brasil e i r a " , Heitor F. Lima "Formação Indus
trial do Brasil" e José Jobim "História rias Indústrias n*<
d a d o r e s .
Brasil". É dispensável acrescentar aue existem muitas publi-
ca.çoes sobre historia econoraica brasileira onde podem ser en
contradas referências a indústria têxtil balan?. São, cnntú-
do, noticias de caráter complementar para. o objeto deste es
tudo. 0 segundo tipo engloba aauelas obras que tratam especi
ficamente da indústria textil brasileira: deve-se menciona^
aquí o a.tigo de Medeiros Lima "A Indústria Brasileira c
Produção de Tecidos", publicado en 19U2, o qual conter, brcvfs
sima referencia a indústria de tecidas na Bahia.Mencionaremos
ainda aauela. que a a obra mais completa sobre a indústria têx
til brasileira: trata-se do livro de Stanley J. Stein "The
Brazilian Cotton Manufacture; toxtile enterprise in an under-
developed. area 1850-1950". 0 trabalho está dividido cm três
partes. A primeira compreende o p e r i g o 1840-1090; nela se
examinam problemas ccmo localização, organização, finanças,
maauinário, mat á?ia prima, trabalho, produção e distribuição.
Esta parte interessa particularmente a quem estuda a economir
baiana no século XIX, pois o capítulo sobre localização c x p -
mina o conjunto de fetores gerais que fizeram com que a Bahia
perdesse muito cedo sua posição de primeiro centro da i n d ú s
tria de tecidos no Brasil.
/> segunda parte (1890-1930) examina as rclaçõos en
tre indústrias e g o v e r n e , os anos de auge d? indústria de te
cidos e a crise mundial dos anos trinta. A terceira parte tra
ta dos efeitos da depressão, da 2a. guerra mundial c sua. re
percussão sobre o crescimento da produção de tecidos no Bra
sil e das dificuldades desta indústria no após-guerra. Vinte
e uma tabelas e oito apêndices completam as informações contjL
das nesta <±>ra. Contudc esta breve enumeração não e suficien
te para dar uma ideia mais exata do conteúdo cio livro. C.tSuas
centc e oitenta e oite páginas de texto trazem uma enorme mas
sa de informações muito bem s i n tetizadas. 0 autor utilizou-se
de uma considerável quantidade de fe<ntes primárias: a relação
da Bibliografia Geral e Notas para cada capítulo ocupam ses
senta e oito páginas. 0 assunto, contudo, não foi esgotado.Ao
analisar a indústria d e tecidos brasileira o autor focaliza
principalmente o seu núcleo mais dinâmico: o eixo Rio-S. Pau-
lo. Apesar do inúmeras referências às indústrias de diverso?
estados, tais referencias tem ura papel complementar, servindo
D?ra alargar a vi san do conjunto da indústria textil no B r a
sil , sem que as indústrias nos estados sejan estudadas do na*
ncira específica. Mesrao o capítulo sobre a Bahia nao contení
mais que cinco páginas. Tal fato evidentemente não const_tui
un defeil resulta anenas da estrutura c dos propósitos do
trabalho.
0 valor d p obra, pera auen se proponh?. a tratar
industria textil cm nivel regional ou de empresa, reside na
quantidade de informaçoes sobre a indústria, cm ámbito nacio
nal, informaçoes que poder, contribuir p?rc esclarecer aspec
tos comuns as industrias de tecidos das diversas regiões do
p a í s .
0 trabalho mais recente sobre a indústria textil
no Brasil é n de Versiani e Vcrsi^ni: A i n d ú s t r ia b r a s i l e i r aantee- de 19 30 - Una c ontribuição no qual os autores aprofun
dam a análise das circunstancias ern que surgiu e se d e s e n v o l
veu a industria textil no Brasil.
Deve-se mencionar também o artigo de Albort Fishlow
O ria e n s e c o n a a a u e n c ia a da s u b s t i t u iç ã o de im p o rta çõ e s no fíra s i l como uma outra interescante contribuição que tratando da
indústria brasileira em geral, utilizou-se largamente da in
dústria têxtil como exemplificação para as suas idéias a res
peito do processo de crescimento industrial no Brasil.
r o ín r s PIUMÍRIAS
Entre as fontes primárias mais importantes para o
estudo da economia baiana no século XIX estão as Falas e Re
latórios dos Presidentes da Província. São documentos que a-
presentam dados gerais sobre a economia baiana no século XIX,
contendo quase sempre alguns parágrafos reservados ã indús
tria. Sendo a indústria têxtil uma das mais importantes da é-
poca, vários Relatórios e Falas a ela se referem, de modo g e
ral transcrevendo dados quantitativos, algumas vêzes acres-
centando comentarios sobre seus p r oblemas, outras fixando as
d -'»tas da sua fundação. Entro os Relatórios e Falas mais impor
tantes estão as de Francisco Gonçalves Martins (18i*9), Luís
/ntonio d? Silva Nunes, ’ 1877), João doe Keis dc Souza Dantar;
(18P?) e Joaquim Antãc Fernando Leão (1862).
Outro tipo d e p u b l i c a ç õ e s aue pode ser incluído en
tre as frntes primárias são aquelas escritas por ocasião d*-1
comemorações de datas caio o centenário da Independência ou
er. épocas de exposições no exterior, de caráter oficial. Si
tuar-se aaui, respectivamente, o artigo de Mario Barbosa 11 /
B/ Hl A /TRAVÉS DE CEM ANOS — Notas Estatísticas ‘’publicado no
Diario Official de 2 do Julho dc 1923 e o livro de Manoel Je-
suíno Ferreira,:Exposiçao da Philadolphia - A Província da Ba
hia' (1875). Ambos os trabalhos trazem dados quantitativos
sobre a situação da indústria de tecidos da Bahia na época em
aue foram publicados.
Maiores informações e mais sistemáticas são presta
das por alrrumas obras publicadas er fins do século XIX e i n í
cio do século XX, que se tornaram fontes obri^aíporias de con
sulta por Quantos estudam a história econômica da 3ahia. Den
tre eles as mais antigas são "0 Comerciante" dc Bernardino Jo
sé R o r g e s , publicado em 187 5 e "Memórie sobre o Estado da Pa
hia" de Francisco Vicente Vianna, escrita nor encargo gover ■
ramental, publicada em 1893. Em 1925 , publicados pela. Ir.prer
sa Official do Estado surgem os trabalhos de Theodoro Sam
paio, ”0 Estado da Bahia - /.gricultura, Criação de Gado, In
dústria e Commercio’1 e d e Francisco Maroues de Gocs Calmon
"Vida Econômica Financeira da. 3ahia (Elementos para a Histó
ria.) 1808-1899“. Em 19 31, t-^mbem pela Imprensa Official do Es_
tado, publica-se "Aspectos Econômicos e Financeiros da Bahia
"de Mario Barbosa. Estas obras, auase todas de caráter ofi
cial, se constituem em algumas da? fontes mais citadas nos es
tudos iRais recentes sobre a evolução da Bahia. Tratando da e-
cononia baiana em geral, fornecem dados sobre a indústria têx
til baiana mais comnlctos c abrangendo épocas mais extensas
cjue outras obras anteriormente citadas. Não apresentam, con
tudo, análises ou apreciações sobre esta indústria, salvo um
aue outro brevíssimo comentário.
Apos o ano de 19 31, quando se publicou o trabalho
de Mario Barbosa "Aspectos Econômicos e Financeiros da 3a-
hia" , não surgem trabalhos que nossan ser classificados coro
fontes primárias para o estudo da indústria de tecidos na Ba
hia. A partir d? década do 1950 surger alguns estudos sobre
a evolução economica baiana» dc quo são exemplo as obras d'~
Rômulo Almeida, Thales de Azevedo, i7aldemar Mattos , c L. Hen
rique T a v a r e s -, entretando os dados que estas obras apresentam
sobre a indústria do tecidos na Bahia baseiam-se quase total
mente nas fontes primárias já citadas.
A única nesquis recentes sobre a indústria têxtil
baiana parece ser a que foi empreendida pela SUDENE c mosro
essa trata da indústria têxtil do Mordeste como um todo. Esto
trabalho (Pesquisa sobre a Indústria Têxtil do Nordeste-106S)
examina a indústria de tecidos nordestina no período 1S59--
1969. 0 capítulo inicial examina dc maneira suscinta a forma
ção da indústria têxtil no Brasil. Os capítulos seguintes, es
tudam esta indústria no Nordeste, em geral.
São tratados asnectos como equipamento, produtivi
dade, matérias primas, produção e consumo. £ obra de consulta
obrigatória p ara o estudo deste ramo industrial na década 59-
69. Embora estudando o Nordeste como um todo são importantes
os subsídios para o estudo da indústria de tecidos na Bahi--
cujos problemas na atualidade não diferem fundamentalmente da
queles dos demais ostados d o Nordeste.
Existem algumas fontes primárias sobre a indústri=
têxtil brasileira, em forra de publicações impressas, cue con_
têm dados sobre este setor industrial na Bahia. Duas nublica--
ções foram editadas para exposições internacionais: ':Das Kai-
serrnich Brasilicn suf der Wiener WFLTAUSSTELLUNG VCfl 1S73:' o
"I/eir.pire du Brésil à 1’íxposition Universelle de 1876 à Phi-
ladelphie".
Ambas limitam-se ?. apresentação dc alguns dado*"
auantitativos sobre a indústria de tecidos na Bahia. Alguns
drdos estatísticos podem ser encontrados ainda r.as obras do
Nelson de Vinccnzi "0 algodão na econoria brasileira" e de Jn
SC Jobim "0 Brasil na Economia Mundial'1'. Dois relatórios d*-
Comissão Executiva Têxtil (CETEX) do Ministerio do Traba Lho
Indústria c Comercio, referen-se básicamente ao período d.
2a. Grande Guerra, situando a indústria têxtil brasileira nr.
conjuntura mundial. Traze, contudo, dados estatísticos que
antecedem este período, referntos r.ão só ao conjunto do país
ras também aos Estados brasileiros en separado, permitindo •
va liar alguns aspectos da evolução da indústria dc tecidos
nas unidades da federação.
.''lgumas publicações de entidades oficiais ou cias-
sista.s fornecem tamben algunas informações sobre c .issunto,
especialmente no que se refere â matéria prira, exportação e
innortação d : tecidos. Essas publicações surgen, poren, no i~
nício do século XX: é o caso do Boletín d--1 Secretaria dc Agri
cultura, Viação, Indústria c Obras Públicas (190 3-19(50) ou o
Roletin da Associação Conercial da Pahia (1914-1963).
Ma década de 30 surgen as revistas l!Brasil Têxtil’1',
"Indústria. Textil" e "Revista Têxtil", voltadas de maneira
nais imediata para os aspectos propriamente técnicos da in
dústria de tecidos.
A escassez d e Bibliografia sobre a indústria baia
na, particularmente a indústria têxtil, deve-se provavelmente.
? fatores cono a contínua perda de importância desta ' indús
tria a partir da fins do século XIX em relação a outros cen
tros industriais no sul e mesmo no nordeste, além da falta dc
tradição de estudos sobre história econômica na Bahia.
f. interessante notar que para o período 1931-1S51
não encontramos nenhum, trabalho publicado sobre problemas de
desenvolvimento econônico que fizesse referências à indústria
têxtil na Bahia. Talvez não seja um nero acaso o fato dc ser
este um período em oue se acentuou a tendência à estagnação
na. Bahia.
Apesar da s ua procaridade, a bibliografia existente
sobre a indústria de tecidos na Bahia n e r m i t e , embora con rep
s a l v a s , a -*xposição quantitativa de alguns dados nais impor
tantes do cenjunte deste setor industrial.
Uma prrte menor desta, bibliografia sugere algumas
• IP
pistas sobre a mentalidade dos i n d u s t r i e s têxteis c os prin
cipais problemas enfrentados por su.’? empresas. As obras que
tratem da indústria têxtil brasileira como un todo, alem do
alguns da^dos sobre a Bahia* fornecem as linhas ger~is dentrr
das quais se colocam os problemas atinentes acs Estados.
Fss^s informações deverão ser completadas para ur.
estudo proveitoso, c m pesquisas em fontes cxistent's em ar
quivos oúulicos e particulares da Bahi?, alem de arquivos e
bibliotecas nacionais o nesno estrangeiras.
A escolha de uma fábrica dc teci des na Bahia como
objeto de estudo, pode ser explicada por um rápido exame
estágio em que se encontram os estudos sobre a história eco
nômica do Estado da Bahia e também pela exposição suscintr dp
*lgumas características da fábrica escolhida.
Os trabalhos até agora publicados sobre a histôrir
econômica da Bahia descrevem épocas extensas. Os dados utili
zados são imcompletos e não sistematizados. As análises ros-
scntem-sc destas falhas. Os trabalhos reais recentes répéter.’,
informações publicadas cm obras mais antigas, utilizando cor.
parcimônia as fontes primárias existentes em Arquivos.
Seria oportuno a multiplicação de estudos sobre se
tores bem delimitados da vida econômica c social da Bahia a-
fim dc fundamentar estudos dc caráter mais ampl^, até o pontr
em nue se tornasse possível, com base cr uma massa razoável de
estudos monográficos, escrever uma histeria econômica da Ba
hia.
A indústria têxtil, p<~r seu caráter pioneiro no oro
cesso dc crescimento industrial c tambér pelo f-^to de ter ocij
pado uma oosiçãc dominante no conjunto da produção industrial
durante um largo espaço do tempo, e um dos setores a requerer
atenção: a sua história é, em larga medida, a historia
tentativas de indus tri ali zaç ao na Bahia; o estudo das causa^
de sua estagnação e decadência contribuíra para a compreensão
da nerda relativa de importância dc um estado brasileiro .on
fins do século XIX e na la. metade do sóculo XX.
0 surto industrial no Brasil nos anos 90 repercu
tiu na Bahia fundando-se então um^ serie dc companhias o cm-
11
T "-•'■Tí'Hjrc.ntr'S industriais.
Dentre várias f ábricas dc tccidos fundadas noot'
epcca» una dentre elas viria a ser a maior o nais impertant'-
do Estado, sobro vi vendo r. te cs dias *tuais.
A Conppnhia Emnõrio Industrial do Morte, fundad.* í r
4 da nrrço do 1891) destacou-se na opoea devido a suas c r •
torísticas podo rnas e progressistas•
Seus fundadores, Luiz T.^rauínio, Lccpoldo José <’
Silva o Mipucl Fr?.noisco Podripuos do Moraes, eram homens or.-
r i c u c c i dos nc rrande comeroio , e demonstravam, pelo planeja
mento minucioso da fábrioa do to.oi dos instalada na Bôa-Viapcr
possuir uma larga visão aliada a comnetencia comprovadas ;>:.l
s\ic? spo empreendimento nos primeiras •’c-c.^das de sur e>*is-
tencia nuando chegou a figurar entra as onze maiores fábric*?
dc tecidos, do Brasil.
Mais do que suas proporções, impressionou na epoe*
a assistência dispensada aos seus operarios.
A Vila Operaria, construída próxima 5 fabrica, além
da boa ou? lidado l=>s casas, contava o^n escola para os fi
lhos dos t r a b a l h a d o r e s , funcionando também â noite para oc
adultos: assistência médica e farmacéutica grat u i t a s , abaste
cimento de ápu;» e e s g o t o s , armazens e creche.
Os moradores pagavam mensalmente como aluguel o o •
ciuivalente a quarta parte de seus salários, i* a '*■ n
N a cpeor, poucos ■'nos após a abolição, tudo icr:.
causava, assombre, não faltando quem vissr nesta irci-ntiv~
ideias socialistas. Contudo, embora ontr'.- ?s leituras do h o
mem cuite cric foi Lui- Terquinio figurassem autores socialis
tas, sua justificação dc assistência orastada aos operarios c
nitidamente a dc um empresário preocupado con eficiencia
lucros. Ele calcula ns perdas nuc a Fábrica teria com as fal
tas ar servior- e conclui que os gastos com .? Vila seriam mono
res emo o prejuizo acarretado pelo r'bsenteismo ^os operarios
morando em lugares distantes do seu local dc trabalho.
Ar/ideias de Luiz Tarcuinio, sua c^ncepcão da vid*
e do trabalho são as de um liberal, do corto europeu c espe
cialmente britânico. {• difusão de seus prntos do vista c fei-
ta en diversos níveis pera públicos diversos: na prepria fá-
brica ele edita um peoueno jornal, "0 Operario" onde e6creve
os artigos de fundo, através des quais trata de imbuir o o p e
rariado de ideias e concepções típicas de uma sociedade cor •
a Inglaterra vitoriana, muito diversas daqueles predominantee
n uma sociedade recero-saída da escravidão: o valor do traba
lho, a disciplina consciente, a poupança, a morigeraçãc rJ->r
costumes, enfin ideias julgadas necessárias a f ornar, ão de una
sociedade industrial.
Empreendimento sólido, a Fabrica da Bôa Viarem re
sistiu a diversas crises no decorrer de sua existencia.
Seus produtos erar exportados para ouase todos os
estados b r a s i l e i r o s e en épocas nais favoráveis tombén n»r->
o exterior.
Un conjunto de circunstancias as nais diversas leva
p Fabrica a ff'ch^r s u’.s portas por dois >=>nes , a partir de
1971.
/través do estudo da evolução desta empresa nos
seus 82 anos do existencia esperamos poder contribuir, enbo-
ra em es el* rínir.a, para o melhor conhecimento da evolução e-
conênico-social da Rahia.
13
c a p t t u l o i
rnrscinn'TO in d u str ia l do br/s il po sFculo xix
Ao tratar das origens dns prinoiras industrias no
Prasil, costura-se citar o ano d o I R U U c o p o merco a partir do
ouel t^ria so iniciado o desenvolvirento industrial no país.
Embora esta data represente de fato o começo do primeiro sur
to industrial na ex-colônia portuguesa, não se deve esquecer
que mesroo antes algumas indústrias tinham sido fundadas.
As proibições da metrópole portuguesa, de 1766 e
1785, visando impedir a fabricacão de tecidos de algodão na
colonia, funcionaram, certamente, cono fator de. atraso no de
senvolvimento da indústria textil na colonia brasileira, cuja
estrutur--, alias, já era por si resma o maior obstáculo.
Apesar de burlados1 , esses decretos tiveram vrlida-
de até 1808, quando a mudança da sede da monarquia portuguesa
para o Brasil forçou a sua revogação. 0 alvará de 2 8 de abril
de 130P criava isenções e outorgava privilegios aos introdu
tores de indústrias no país; criaram-se as fábricas privile
giadas. Esses medidas de caráter protecionista foram, porem,
neutralizadas pela concorrência das mercadorias inglesas, no-
tadamente a partir do tratado do 1810, pelo oual a Inglaterra
passava a gosar de imensos privilégios no mercado da colonia
brasileira.
De acordo con Celso Furtado, a forte baixa nos pre
ços dos tecidos ingl e s e s , nas primeiras décadas do século XIX
tornara difícil a própria subsistência do artesanato 1 tèrxtil
15
entao existente no pais. Acresce que, nas duas décadas que se
seguiram n independência, era crítica a situação da economia
brasileira, devido a queda da exportação. A simples elevação
das tarifas com finalidades protetoras não provocaria p or si
so o surgimento de indústrias: não havi^ capitais disponíveis
numa epoca de crise economica. Os capitais surgiram a partir
da recuperação da economia de exportação, representada, a par
tir de meados do seculo, por um novo produto — o café.2
0 surto industrial que se seguiu ao ano de 1844 de*'
verá atribuir-se, concordando com Celso Furtado3 e Nicia Vi
lela L uz4 , não tanto ao conteúdo protecionista dac novas tari
fas , mas sobretudo à recuperação da exportação brasileira, ba
se do sistema economico. Proteção houvera na época de D. João
VI, ouando se tentou implantar algumas indústrias, porém fato
res comoexiguidade do mercado, crise da exportação e a concor
rência inglnsa fizeram fracassar tais intentos.
Entretanto, apesar das dificuldades, algunas indús
trias surgiram mesmo antes de 1844. Há referências a *àlgumas
delas em Heitor Ferreira L i m a 5 , Luís Amaral6 , Helson de Vin-
cenzi7 e na Introdução ao Relatório da CETEX sobre a Indús
tria Têxtil Algodoeira®. Sua produção consistia em fazendas
grosseiras destinadas à confecção de sacos para embalagem de
produtos de exportação e roupas para os escravos, produtos fa
bricados desde os tempos coloniais pelo artesanato local.
0 crescimento da exportação e os estímulos concedi
dos pelos governantes às indústrias têxteis através de descon
tos aos produtos exportados em sacos de fabricação * nacional
devem ter influído consideravelmente para a instalação das
primeiras fábricas têxteis.
Ouanto à Bahia, existe a Fala do Presidente da Pro-
vincia Francisco Gonçalves Martins (1851) com referência di
reta a este tipo de proteção: podemos supor que fosse mais an
tiga esta prática®. A fala do Presidente João José de Moura
Magalhães Q.84 8_) menciona proteção concedida desde o ano de
1846.L0
T oda a bibliografia consultada refere-se às prinei-
ras fábricas de tecidos na Fahia produzindo apenas tecidos a-
lf
penas tecidos grosseiros para sacos e para roupas de escra
vos. Decerto, as primeiras fábricas do Brasil devem ter produ
zido apenas esse tipo de tecido.
Outra informação que ajuda a determinar a categoria
do tecidos produzido pela primeiras fabricas têxteis no Bra
sil c aquela que diz respeito à aualidade dos tecidos impor
tados. Henri Hill refere-se em suas cartas, não só aos tipos
de tecidos importados pelo Brasil em 180 8, mas também àqueles
que encontrariam aqui um bom mercado: são invariavelmente te
cidos de luxo, para as classes abastadas nas cidades do lito
ral, pois" ... nas províncias do interior a maior parte dos
habitantes veste-se com seus próprios artigos manufaturados
de. algodão grosseiro, algumas lãs, chapéus de couro. **
0 tipo dc tecido que, mesmo antes da revolução in
dustrial, alcançava altos preços foi sempre o tecido fino, de
luxo. A concorrência inglesa, apesar de avassaladora, não te
ve interesse ou não foi capaz de fazer desaparecer a produção
desses tecidos mais grosseiros, embora impedisse a produção
daqueles mais finos.
São escassas e imprecisas as informações sobre as
primeiras fabricas de tecidos no Brasil. No período que vai
de 1822 a 1841, o total de estabelecimentos fabris no país,se
gundo Heitor Ferreira Lima, alcançou o número de 14,existindo
apenas 2 sociedades anônimas nacionais. Deste número de fábrjL
c a s , uma boa parte deveria ser de tecidos. 0 mesmo autor cita
os anos de 1825 , 1831 e 1837 como datas em tiue se fundaram fá
bricas de tecidos em Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Ge
rais, respectivamente1 ^. 0 relatório da Cetex sobre indústria
Têxtil Algodoeira, citando Souza Leão e F.Mardy fornece as
datas de 180 8 e 1813 como início de fábricas de tecidos no
Brasil.13
Nelson dc Vincenzi afirma aue a primeira fábrica de
tecidos no Brasil fundou-se em Vila Rica em 18141 . Quanto à
Bahia, as notícias sobre as datas das primeiras fábricas en
contram-se na Fala ;do.' Präsidenté Francisco Gonçalves ... Martins
(18i»9)15le no Relatório do Presidente da Província J oão dos
Reis de Souza Dantas (18 82 )1 6 . As datas citadas são 1834 para
a fábrica St9 Antonio do Queimado e quanto à fábrica da Con-
ceiçao afirma-se que "trabalhou er. proporções menores nos a
nos de 1835 a 1837..."
Estes dados indicam, portanto, que, daquele reduzi
do número de fábricas instaladas ate a d_écada de 1840, a maio
ria era destinada a produção de tecidos, surgindo em algumas
das principais províncias do país.
Nos anos seguintes, entretanto, a Bahia viria a ocu
par a posição de primeiro centro têxtiljio país. Stanley J.
Stein enum^cra as Províncias que contavam com fábricas de te
cidos era 1866: 1 era Alagoas e em Minas Gerais j 2 no Rio (Ci
dade e Província); 5 na B ahia17. A propósito, deve-se obser
var que, pelo raenos no que diz respeito aos tecidos, o número
de fábricas não sofreu aumento considerável após a reforma ta
rifaria de 1844, uma vez que, assim como na Dahia, várias den
tre as existentes anos apÕs 1844 deveriam ter surgido antes
da mencionada reforma. Caso uma investigação mais minuciosa
das origens das primeiras fábricas em outras Províncias con
firme tal hipótese, dará razão aos autores aue, de um modo
geral, minimizam os efeitos das tarifas de 1844 sobre o cres
cimento industrail do Brasil no século XIX.
No início da década de 40 expiraram os prazos esta
belecidos pelos diversos tratados comerciais. Em 1841 a As
sembléia Geral autorizou a confecção de nova pauta alfandegá
ria, estabelecendo taxas de 2% a 60%. 0 ministro da Fazenda
Alves Branco decretou a nova tarifa em 1844. Apesar das in
tenções protecionistas, a maioria dos produtos estrangeiros
foi taxada em apenas 30%, inclusive têxteis, a despeito de
aue se incumbira a comissão nomeada em 1843 de elevar para
60% as taxas p ara tecidos do algodão grosseiros e para 40% as
taxas para tecidos mais finos. De acordo com Nicia ‘‘Villela
Luz, o próprio Alves Branco reconhecia a insuficiência da pro
teção dispensada pela nova tarifa às indústrias n a c i o n a i s ,pro
teção essa colocada em segundo plano em vista das exigências
do fisco18 . A predominância dos interesses fiscais, que m a r
cou essa primeira reforma tarifária, continuaria a ser fator
decisivo em todas as r tformas seguintes ate o fim do Impérioy,
e na República, frequentemente ,voltaram a predominar os mos-
mos cr itérios.
0 fato de, em 1866, existirem no país apenas 9 fá
bricas de tecidos, vinte e dois anos apõs a promulgação da tj?
rifa Alves Branco e de novas reformas tarifarias, en 1857 t
1860, parece comprovar o pouco alcance do sentido protecionir
ta dessa tarifa em um setor industrial que era o mais impor
tante da época. A informação do Heitor Ferreira Lina quanto c
existência, em 1850, de um total de 27 fábricas, atribuída cx
clusivãmente aos efeitos da tarifa Alves Eranco, não leva em
conta outros fatores que influíram o crescimento in^us-
t r i a l 1^. Celso Furtado explica o atraso (’.o Brasil pelo estan-
camento de sua exportação cm fins século XVIII c ra p r i
meira metade do scculo XIX; enquanto o decréscimo nos preços
dos produtos brasileiros exportados nos períodos de 1821-30 e
1841-50 teria sido de 40%, os preços das importações teriar.
permanecido estáveis2®. Em um país de estrutura agrário-escra
vocrata com cercado restrito, uma conjuntura de decréscimo
dos precos dos produtos exportados tornou impossível o surgi
mento indústrias. Acresce que as baixas tarifas alfandegá
rias permitiam aos produtos inpleses nrc.ços tão vantajosos
que não só possibilitaram de fato o surgimento de indústrias,
ras tornaram- quase impossível a subsistência do prórpio arte
sanato existente no país.
Se a precária situação econômica do Brasil na pri
meira metade do século XIX devia-se ao retrocesso no valor dc
sua exportação excluindo qualquer perspectiva de mudança na
situação geral da economia do país, t al estado de coisas come
ça a mudar na segunda metade do século, justamente pelo apa
recimento de um produto cujo consumo crescia continuamente no
mercado mundial — o cefe. Este produto já se colocava em 1?
lup.ar na pauta da exportação brasileira nos dois últimos de
cênios da primeira metade do século c fora responsável per t"
do aumento de valor da exportação brasileira naquela primeira
metade do séculc.
Se a recuperação da exportação brasileira foi res
ponsável t>elo crescimento da economia, criando condiçocs para
o crescimento das industrias, por outro lado trouxe tambõn
obstáculos ao c r e s c i m e n t o industrial ac nível da política ecc
nÔrica governamental. Reforçou a ideologia do destino agrário
19
obstáculos ao erescimento industrial ao nível da política oco
nêmica governamental. Reforçou a ideologia do destino agrário
dc Brasil, ao mesmo tenpo em que o café fortalecia o predomí
nio dos grupos ligados à grande lavoura.
As posições favoráveis a uma política econômica dc
cunho liberal, que na Europa expressavam o desenvolvimento do
capitalismo industrial, no Brasil eram defendidas pelas for
ças conservadoras, às quais convinha inteiramente a manuten
ção do esouena de dominação colonial1 exportação de produtor
primários, importação de manufaturados. Não havendo em contra
partida uma classe industrial capaz dc enfrentar a pressa«-
dos interesses estabelecidos, o resulta.do, durante todo o Im
perio e mesmo na la. República, foi o prevalecinento dos in
teresses fiscais por ocasião das diversas r e f o m a s tarifá
rias, o que, em última análise, significava a predominância,
dos interesses agrário«-c-nD.rci M s . em detrimento dos seto
res industrializados da sociedade brasileira.
P recuperação da economia brasileira na 2a. metade
do século XIX, possibilitada polo crescimento da expòrtação
de café, trouxe, portanto, como subproduto, o reforçamento da
ideologia liberal que predominou largamente nas esferes gover
namontais até à queda do Império, impedindo a adoção de uma
política coerente e firme de incentivo à indústria, tal come
acontecera ros EUA e estava, acontecendo na mesr.a época no J a
pão.
A enorme expansão da lavoura cafeeira com grandes
necessidades de força, de trabalho e de transportes para esco^
monto da produção terminou p or criar um mercado regional tar
to para produtos provenientes da agricultura de subsistencia,
localizada* principalmente no sul do país, como para produtos
de origem industrial. Aqui situa-se uma das causas do cresci
mento da indústria têxtil do centro-sul do país:, aumentara ca
da vez mais a necessidade de fazendas grosseiras para ensa
camento do café e para roupas de escravos e dos trabalhadores
li v r e s .
Alguns dados permitem uma visão de conjunto da evo
lução da economia brasileira na 2a. metade do século XIX:
Q U A D R O 1
1 - E X P O R T A Ç Ã O
CAFÉ (cm m i lh ar es de s a c o s ) 21
1 8 21/ 1C 30 - 3.17R (sacos dc 60 kg.)
1831 / 18 4 0 - 10.430 " " " "
1841 / 18 5 0 - 18.367
1 8 51 / 18 6 0 - 27.339
1 8 6 1 /1 8 70 - 29.103
137 1 /1 8 80 - 32.509
1 r P I / 1 890 - 51.631
FORRACFA
1822 - 31 toneladas
- 1850 - 1.467 "
- 1900 - 27.650
- 1910 ------------------------
CACAU23
1040 ~ 103 toneladas
1845 - 181 "
- 50
- 55
- 60
- 65
- 70
- 75 - 931
A L G O D Ã O 24
1821 - 10.631 toneladas
1831 - 15.703
184 1/2- 9.395
1 8 51 / 2 - 1 3 . 2 8 3
1 8 61 / 2- 1 2. 8 1 1
1 8 7 1 / 2 -7 0 . 51 7
1881 - 21.916
1891 - 20.143
21
2 _ I m p or t aç a o de Maq uin as e A c c e s õ r i o s 2^
(Na ordem de imp ort an ci« em va l or dos produto s
e n t r a d o s )
1039 - 1044: 259 lugar
1870 - 1875: 119 lugar
1902 - 1904: 69 lugar
3 - Pa te nte s indu str ia is expedidas:
Ho período que vai de 1831 a 1850 são expedidas
lfl patentes , enquanto no período sepuinte, 1871 a 1889, atir
ge o número de 1.310.
4 - Rede f e r r o v i á r i a 2 ?
1P64 --- -------------- 475 km.
1867 ------------------ 601
1870 ------------------ 1.000
113 7 5 ------------------ 1.801
1 8 0 3 ------------------ 4.P.65
1 R 8 7 ------------------ P.P46
1 8 P P ------------------ 9. 20 0
1P.K9----------------- 9. 5°3
5 - P o p u l a ç ã o 2r
1 P 0 0 ----------------- 3.O00.000
1 P 5 0 ------------------- P.000 .0 00
1900 ------------------- 17 .3 1P.556
6 - Bal a n ça C o m er c ia l ^ ®
Mo período compreendido entre 1823 e 1860, a
Palanca Comercial foi sempre desfavorável, a não ser em novo
exercícios. Ao contrario, na segunda metade do século,de 18F1
a 1900 , a Balança Comercial foi sempre favorável, a não s<-r
em três exercícios.
7 - E m p r é s t i m o s
Enquanto os empréstimos externos realizados en
tre os anos de 1824 e 1852 são invariavelmente destinados ?
cobrir deficits, dívidas flutuantes, juros e amortizações, a-
aueles tomados entre os anos de 1858 a 1889 são, em grande
parte, destinados ã realização de obras de infrar*8trttura,
nrincipalmente construção de estradas de ferro.30
• ' Zr"' í •:• í '
r - P o l í t i c a Tarifária.
Durante o século XIX, especialmente na 2a. m e
tade, a principal fonte de receitas para o erário público er'
constituída pelas taxas cobradas sobre o preço dös produtor
importados. Não poderia ser de outra maneira em um país no
aual, praticamente, a única atividade rentável era a gran's
lavoura de exportação. Controlando a mánuir.a do Estado, os
grandes fazendeiros opunham-se eficazmente a contribuir pari
e sua m a n u t e n ç ã o , lançando sobre o conjunto da população, es
poei alnente os setores urbanos, tal responsabilidade. Assir,
os crescentes gastos governamentais resolviam-se pelo aumen
to das tarifas, /o nomear-se uma comissão para rever as tari
fas, os diversos grunos , através r*e seus representantes, tra
tavam de conseguir taxas que os beneficiasse. Os principais
grupos eram constituídos pelos fazendeiros c comerciantes, in
toressados na manutenção de uma política anti-protecionista,o
os industriará, em ascensão, interessados, de um modo geral,
em uma política protecionista. Contudo, embora o primeiro gru
po se apresentasse mais ou menos coeso, o mesmo não acontecir
com os industriais. A leitura de autores como Hicia Villela
Luz, Heitor Ferreira Lima e Stanley J . Stein sugere, quanrir
não identifica claramente, contradições de interesses entr>
grupos de industriais. Se unidos, em 1880, ainda eram batido-:
pelos interesses da lavoura*1 , quando so apresentavam desuni
dos , o que ocorria, por exemplo, com os fabricantes de fior
e os tecidos, os interesses da indústria facilmente seriam su
plantados pelos interesses da lavoura o do comércio-, isto se
torna evidente pelo exame das diversas tarifas decretadas
IRÜI4 s 1890: predominam os interesses fiscais. Quando uma ta
rifa nrotege mais eficazmente os interesses industriais, nao
derora a ser revista por pressão dos interesses contrariados.
1844 — a tarifa Alves Branco — embora sefrende a
oposição do comércio importador, perdura até 1857. Apesar de
vários autores atribuirem a ela a responsabilidade pelo 19
surto industrial do Brasil, predominam os interesses fis
cais. 32
1857 — A tarifa Souza Franco, de caráter -liberal,
diminui os direitos sobre os gêneros alimentícios que, diante
do avanço da monocultura do cafc en detrimento da lavoura de
subsistência, perfaziam en 1859-1860 19,24% do tctal das im-
portações b r asileiras3 3 ; dininui também os direitos sobre ins
trumentos e utensílios para a lavoura. "As natérias prinas fo
rair sujeitas a uma ta>:a do 5%, revogando-se rs ■ privilégios
concedidos às fábricas nacionais".34
1860 — A tarifa Silva Ferraz, de inspiração libe
ral, visou atender à lavoura nonocultura, barateando os gêne
ros de primeira necessidade. Acha N.V.Luz que o governo ir.pe-
»rial não era orientado por nenhun sistena, tonando resoluções
apenas para resolver problemas do momento- prova disso seria
a pronulgação na mesma época da lei sobre sociedades anôni
mas , combatida ardorosamente pelos liberais. 0 barateamento
do custo d e vida não foi a l c a n ç a d o e ao m e smo tempo agravou-
se a situaçã<"> das finanças públicas. Diante disso, os proprie
tãrirs r u r a i s , assustados con a perspectiva da elevação do in
posto r*e exportação, preferen novo aumento nas tarifas alfar-
^rgãrias. Adota-se, ainda en 1860, taxas adicionais de 2 a E-
sobre o valor das mercadorias importadas, com a finalidade de
resolver os problemas do fisco.
Reduções foram feitas nas taxas referentes a produ
tos como ferragens, armamentos, ferramentas e máquinas, pre
judicando a metalúrgica da Ponta de Areia, de Mauã, obrigan
do-? a fechar suas portas pouco mais tarde.35
1869 — A tarifa Itaboraí, moderadamente protecio
nista, foi inspirada pelas dificuldades financeiras do Estado
originadas pela guerra con o Paraguai. Não seria esse modera
do n r r tecionisno o responsável pela aninação dos négocies in
dustriais a partir do fin da década de 60. Fatores mais impor
tantes foram: a guerra civil americana, nue, incentivando a
cultura algodoeira no Brasil, favoreceu a industria nacional;
a guerra do Paraguai e a inflação consequente, forçando a ele
vação das taxas alfandegárias, favoreceram o conjunto da in
dústria do país.
1870-71 — Terminada a guerra do Paraguai, os im
postos adicionais sobre a importação, decretados devido a
guerra, foram revistos, aliviando principalmente generos ali
mentícios e matérias-primas.
1874 — A tarifa Rio Branco foi consequência d e
pressões de fazendeiros e comerciantes; dc sentido liberal,
uniforrizou em 40% ad valorem as taxas de mercadorias impor
tadas. Isentava do. direitos as naauinas e aparelhamentos der.
tinados a lavoura, as fábricas, oficinas e navegação; ao mes
mo tempo reduzia tambem as taxas referentes a mercadorias co
po bebidas alcoólicas, cristais, procclanas, e os gêneros do
primeira necessidade, mesmo aqueles que tinham similares no
país como velas, chitas, algodão crú lis1-. Essa tarifa era
parte de uma política ambígua, que não contentaria o s‘ libe
rais e afastaria os conservadores. A crise de 1875 levaria
a falência vários estabelecimentos os quais o povêrno não
ajudaria, apegado nesta época às concepções do liberalismo c-
conômico. A indústria têxtil se ressentiria e a Brasil Indus
trial, atingida pela crise, volta-se para o govêrno o aual
não se decide a auxiliá-la.
1878 — A urgência das necessidades públicas forçou
a elevação de 50% nos direitos adicionais sobre a importação,
m e s n o antes do estudo de nova pauta alfandegária. l!omeou-se u
ma comissão para estudar a nova revisão tarifária, à aual foi
recomendado conciliar os interesses da Fazenda com os do co~37m e r c i o .J '
1879 — Os interesses fiscais forçaram a elevação
das taxas a l f endegárias, de modo que a tarifa Costa Pinto re
sultou em proteção à indústria. Surgiram, porém, disputas en
tre fábricas de fiação, que exigiam altas tarifas para os
fios, e f ir i c a s de tecidos, as a u a i s , trabalhando com fio im
nortado, exigiam a redução dos direitos para os fios. De ur
m^do geral, contudo, essa tarifa satisfez aos industriais ao
mesmo tempo em que provocou a oposição dos a^versarios do prQ
teci^nismo, os quais conseguiram seus intentos no ano seguin
te.
1880 — A tarifa Assis Figueirêdo, decretada após
o movimento de pressão dos setores anti-protecionistas, pro
vocou a oposição da indústria através do campanhas que culmi
naram com a fundacao da Associação Industrial, a qual passou
a liderar a luta em defesa dos interesses de seus associados.
Seus primeiros esforços foram baldados, pois a tarifa decre
tada no snr seguinte representou ura retrocesso na luta por
uma política de proteção industrial.
1881 — A tarifa Saraiva reduziu os direitos alfan
degários sobre as matérias primas con a finalidade de contri
buir para a prosperidade da indústria nacional» poréra, ar'
rr.esno tenpo, reduziu também os direitos sobre artigos s i m i l a
res aos fabricados no pais, o que contrariava os interesses
dos industriais.
1887 — Em consequência, do deseouilíbrio da balança
de o a p «me n t o s , em 1886 surgira preocupação cm proteger a in
dústria; outros fatores contribuiram para fortalecer as ten
dências protecionistas: crisc da lavoura e baixa dos preços
do café no início da década do 8n •, crescimento r*a população
urbana; decadência da indústria de construção naval e da ma
rinha marcant' nacional atribuídas à liberdade de navegação
decretada em 1862, medida defendida pelos liberais. A tarifa
Pelisário Sousa, de 1887, tendo em vista a proteção da indús
tria, (muito embora continuassem a prevalecer os interesses
fiscais) diminuia os direitos de matérias primas que o Brasil
não possuía e elevavaos direitos dos fios tintos, favorecen
do, assim, as fabricas de fiação em det r i m e n t o das de tecela
gem, com o o b j e t i v o de nacionalizar a. indústria têxtil; ao
ppspo tempo, para favorecer a lavoura, forara reduzidas as ta-— . ^ P
xas sobre os sacos dc algodão o aniagem.
1888 — Logo os interesses contrariados provocaram
a Lei de 24 de novembro de 1388, aumentando a taxa sobre os
artefatos do algodão e ju t a . 39
A tarifa João A l f r e d o foi a última do Império. Es
sa tarifa gravava apenas os artigos cujos similares ja eram
fabricados no país protegia as fábricas que empregavam mate-
ria-prina nacional. As manufaturas cujos produtos nao eram su
fiei entes para abastecer o mercado nacional nao recebiam p ro
teção. / política protecionista visava sobretudo a matéria
prira nacional, o que significava proteger a produção agríco
la e extrativa do país e defender o consumidor, representado
em grande narte r>elas classes ru r a i s . o?26
De acordo ainda con M.V.Luz,apesar das limitações,
c g^vt-rr.o imperial teria propósitos de enveredar por una ca~
ninho de nrcteção p. produção nacional, ciatndc como prova o
projeto de revisão encontrado nrs arquivos no Ministério d.-
Fazenda, considerado denp.sid^ protecionista polo Ministro da
Fazenda do governr provisório da República — Pui Barbcsa.40
18'J0 — segundo N.V.Luz,Pui, liberal por f o m a ç ã o
e convicção, adota posições aipo protecionistas por conveniên
cia política:era necessário conquistar o apoio político dos
setores urbano- industriais.Sua reforna alfandegária,p o r é m s ó
essencialmente fiscal:a época é de dificuldades financeiras.
Coiro meio de proteçã.o foi instituída a quota ouro sobre os di
reitcs de importação,agravando indistintamente artigos manufa
turados e natérias prinas»beneficiando,c o ntudo,em últina aná
lise, a indústria.
No cue diz respeito à Eahia, a quota ouro foi vio
lentamente combatida por Luiz Tarquinio,que publicou inúmeros
artipos en jornais da épocaíA Bahia e Diário da Bahia) atacan
dc a medida do Ministro da Fazenda. Sua fábrica de tecidos da
Boa Viagem na época trabalhava cn grande nedida com fio impor
tado* daí explicou-se.ao menos er parte,sua oposição ao aumen
to das tarifas e o seu pagamento parcial en ouro.
As divisões internas na indústria favorecian uma
larga margem de manobras aos detentores do poder.Que grupos tr
presentariam os interesses da indústria em determinados nonen
tos? 0 grupo que desejava importar novas máquinas e pressiona
va para a redução das taxas sobre naquinãrio,ou os fabrican
tes estabelecidos»favorecendo a elevação dessas mesmas taxas
afim de afastar novos concorrentes? Os fabricantes de fios ou
os dc tecidos? Para uma avaliação segura,que correspondes se cr
cada momento aos interesses mais gerais da nova classe cn e-
m e r g ê n c i ? ,teria sido necessário ur poder político quo tivesse
con.o propósito fundamental o desenvolvimento industrial do
país. ^al fato não ocorria numa sociedade a g r a r i o - e x p o r t a d o r .
. Diante da .'variação constante das tarifas, podemos
constatar algumas características predominantes:
a) os interesses fiscais têm prioridade, portanto
a boa gestão do Esatdo a serviço das classes conservadoras;
b) o predonínio da ideologia liberal, anti-protecio
nista,adeçuada ã defesa dos interesses da grande lavoura e do
27
comércio
c) a peauena duração das tarifas que dispensavar
maior proteção a indústria demonstra não só a fraqueza polí
tica dos grupos industriais mas também a impossibilidade dc
atribuir-se a proteção tarifária um papel relevante no desen
volvimento industrial brasileiro no século XIX.
9 — Es t a b e l e c i m e n t o s industriais
0 Censo de 1920 da os seguintes números par?
a evolução do crescimento industrirl no Brasil:
Epo ca da F undaç ao N9 de es ta bel ec im ent os in-dus tri ai s
Ato 1849 35Dc 1850 a 1854 16De 1855 a 1859 8De 1860 a 1864 20De 1865 a 1869 34Dc 1870 a 1874 62De 1875 a 1879 63* e 1880 a 1884 150De 1885 a 1889 248
T o t n 1 ---- 6 36
Como ao fim do quadro se encontra referência a
mais 267 estabelecimentos de origem ignorada, que deveriam
ter sido fundados ainda no 29 i n p ê r i o , (daí a incerteza quan
to a sua origem) c o n s i d e r a r - s e ,e n t ã o , um total de 903 estabe
lecimentos .42
Desse total, a Bahia, aue contava em 187 5 com 30
fábricas4 3 , em 1890 , de acordo com F.V.Vianna., dispõe de 123
estabelec inentos industriais44. Esses poucos dados dizem mui
to sobre a perda de importância da Bahia como centro industrjL
al no período 1875 a 1890: contando com quase metade das fá
bricas existentes no país naquela data, en 189 0 esta propor
ção se m d u z à nona parte.
A indústria têxtil no país, aue em 1866 contava
cor um total de 9 fábricas, em 1882 apresenta-se cem 46 e em
1885, com 48; desses, totais a Bahia, que em 1866 tinha mais
da metade (5 fábricas), em 187 5 tem 11, de um total de 30 pa-
28
t a b e l a - 1
B R A S I L -- EV O L U Ç Ã O DA I N D C S T R I A DE T E C I D O S DE A L G O D Ã O 1853 - 1948
A N On O m e r o DE C A P I T A L
F U S O S T E A R E S O P E R Í R I O SP R 0 D U Ç Ã 0
F Í B R I C A S ( Contos de rei s ) (1. 000 mts. (c on tos de réis
1853 1 8 4. 499 178 424 1. 2101866 1 9 13.9 77 346 795 3. 586 2 .1161882 1 46 1 0. 00 0 4 2 . 3 8 0 2 3. 600 2 2 . 0 0 01885* 48 5. 005 s 6 6 .4 66 2.111 3.1 72 2 0. 59 51905 110 16 5 .4 4 0 7 3 4 . 9 2 8 2 6 . 4 2 0 3 9 .1 59 2 4 2 . 08 71909 1 161 2 3 4 . 4 7 8 4 5 . 9 4 2 1 35 .0 2 61910 1 137 2 5 0 . 0 0 0 1 . 0 0 0 . 0 0 0 3 5. 0 00 5 5 .0001915 240 321. 110 1 . 5 1 2 . 6 2 6 5 1 .13 4 82. 257 4 7 0 . 7 8 3 261. 1831921 242 3 3 7 . 7 0 0 1 . 5 2 1 . 3 0 0 5 9 .2 0 8 1 0 8 . 9 6 0 552 . 44 6 4 4 2 . 0 0 01924 244 38 5. 6 85 2 . 5 0 2 . 2 8 8 6 5. 65 1 1 1 0 .1 19 5 7 9 .7 79 775. 7911925 257 4 6 8 . 4 7 3 2 . 3 4 5 . 8 0 9 70. 56 1 11 4. 5 61 535 . 90 9 9 7 4 . 3 3 01926 329 5 87 .5 9 7 2 . 5 2 8 . 6 1 1 75. 63 1 1 7 4 . 61 9 5 3 9 .0 25 9 8 1 . 0 8 21927 354 6 4 1 . 4 9 3 2 . 5 8 4 . 0 5 0 7 8 .3 83 1 2 8 . 6 1 3 5 9 4 . 3 1 3 9 7 4 . 5 5 51928 347 6 6 9 . 9 1 2 2 . 6 2 0 . 4 7 1 7 8 .9 1 0 123 . 52 1 5 81. 95 1 9 2 9 . 3 0 81929 359 6 5 6 . 3 5 3 2 . 6 5 1 . 1 0 8 80. 33 6 1 2 3 . 4 70 4 7 7 . 99 5 6 8 4 . 9 621932 355 6 6 9 . 7 9 4 2 . 6 9 5 . 6 3 9 8 3.3 12 1 1 5 . 5 5 0 6 3 0 . 7 3 8 9 1 1 . 92 61934 352 71 5. 8 141935 352 2 . 5 3 1 . 7 6 2 8 1. 1 6 4 752. 89 11938 338 2 . 7 6 5 . 0 0 0 8 0. 9 0 3 1 3 0 . 00 0 9 0 9 . 9 7 21946* 420 2 . 4 7 8 . 3 5 2 3 . 0 7 6 . 3 3 6 9 2. 4 6 9 2 3 4 . 8 6 4 1 . 1 4 2 . 1 5 1 5. 9 5 9 . 54 91948* 409 4 . 6 2 6 . 2 6 9 3 . 0 9 2 . 0 5 4 9 8 . 4 2 6 2 2 4 . 2 52 1 . 1 1 9 . 7 3 9 7. 0 1 9 . 75 1
C O N V E N Ç Õ E S : 1 E s t a t í s t i c a i n c o m p l e t a2 E s t i n a ç a o de fu so s em 8 f á b r i c a s (1884)3 I n clu i c a p i t a l e fu sos (20 f á b r i c a s ) , t e ar es (30 f á b r i c a s ) , t r a b a l h a d o r e s (23 f á b r i
cas), p r o d u ç ã o (12 f á b r i c a s )4 R e p r e s e n t a o n ú m e r o tota l de f á b r i c a s e x i s t e n t e s , nao a q u el a s que f o r n e c e r a m dados
e s t a t í s t i c o s . 0 n úm e r o de f á b r i c a s f o r n e c e d o r a s de m a t e r i a l e s t a t í s t i c o p a r a cada cjg t e g o r i a foi: (1946) 420 p a r a a c a t e g o r i a de f á b r i c a s , 386 p a r a c a p it a l, 420 p a r a fusos, 420 p a r a t e a r e s , 366 p a r a t r a b a l h a d o r e s ; (1948) 409 p a r a a c a t e g o r i a de f á b r i cas, 379 p ar a c a p i t a l , 381 p a r a f us os , 342 p ar a t e a re s , 379 p a r a t r a b a l h a d o r e s e 342 p a r a p r o d u ç ã o «u c e t r o s .
C i t a d o em: S t a n l e y J. S tein. T he B r a z i l i a n C o t t o n M a n u f a c t u r e ; t e x t i l e e n t e r p r i s e in an u n d e r d e -
v e l o p e d a r e a 1 8 5 0 / 1 9 5 0 . C a m b r i d g e , H a r v a r d U n i v e r a i t y P r e s s , 1957 , p . 191.
N e l s o n de V i n c e n z i . 0 a l g o d a o na e c o n o m i a b r a s i l e i r a . Rio, C o o r d e n a ç a o da M o b i l i z a ç ã o E c o n ô m i c a , 1944, p . 80 (Para os anos de 1 934 , 35 e 38).
ra o D ais e era 18B5 apresenta-se com 12.4 5
As Fílas dos Presidentes da Província e os Ofícios
manuscritos dos proprietários rias fábricas de tccidos dão con
ta do«? principais problemas enfrentados por este setor indup-
trial no século XIX: concorrência externa e entre Pr o v í n c i a s ,
instabilidade das medidas protecionistas , altos i m postos, cuj;
tos elevados da raatéria priraa, dependência externa era relação
a maauinãrio, combustíveis, materiais para fabricação (produ
tos quiraícos).
10 - As Crises
Sendo o Brasil um país cuja economia 5 depen
dia do mercado externo de produtos primários, os abalos so
fridos pela economia internacional infalivelmente repercutiam
anuí, com o agravante da dependência era relação a um único
produto — o café.
Assim as crises mundiais refletiam-se aqui de
maneira, mais desastrosa pois tratava-se de uma economia frá
gil, cuja estrutura não estava apta a suportã-las e nem . se
quer prevê-las, originadas que erara nos grandes centros euro
peus. A crise nundial de 1857 provoca no país um prejuízo do
15.000 contos, 49 falências neste ano e 90 no seguinte. A
crise de 18F4 provoca 95 falências só no Pio, e as perdas as
cendem a 70.000 contos. Agravando a situação, o balanço de p_a
gamentos era desfavorável, com as despesas suplantando as re
ceitas, despesas oriundas em grande parte dos empréstimos ex
ternos- também era pequeno o superavit da balança comercial,
89.90 8 contos em 4 8 anos de monarquia.46
30
T A U f L A - 2
S JA S IL - C O N S U M O A P A R E N T E D E T E C I D O S D E A l C O D Ã O 1 8 5 3 - 1 9 6 0
(■ •tro*)
A N O SA
PRODUÇÃO NACIONALB
I M P O R T A Ç Õ E SC
e x p o r t a ç õ e s
o x a * n - c
CONSUMO APARENTH
1853 1 .2 10 .0001866 3.5 86 .0001882 22 .0 00 .0 001 R 85 20 .5 95 .0 001901 - 48 .7 62.3071902 - 91 .349.015 21 .7001903 - 102.346.630 22.8921904 - 95.7 27 .5 84 99.2081905 242 .0 87 .0 00 95 .4 31 .5 00 2 7 .0R8 3 3 7 .* 91 . *6 21906 - 87.869.661 75.7541907 - 97 .2 35 .4 53 48. »921908 - 61.8 78 .5 76 5. 5621909 - 59 .366.523 -
1910 - 92 .8 19 .4 30 -
1911 378 .6 19 .0 00 107 .481.380 5.762 * 8 6 .094 .6181912 399 .7 10 .0 00 88 .444.984 - -1913 384.989 .0 00 75.739 .9 07 985 390 .727.9221914 314 .3 45 .0 00 28 .425.400 1.431 285.919 .6 001915 470 .7 83 .0 00 22 .585 .8 00 - -1916 474 .3 02 .0 00 38 .194.615 15.846 512.480 .7691917 548 .1 20 .0 00 31 .996.684 45.031 580.071 .6531918 494 .4 22 .0 00 36. 152 .023 148.846 530.4 25.1771919 584.402 .000 28 .6 42 .1 00 869.500 6 12 .1 7* .6001920 587 .1 82 .0 00 37 .441.446 849.615 623.773 .8 311921 522 .446.000 15 .5 09 .6 30 4.28 0 .208 533 .675.4221922 626 .7 60 .0 00 24.221 .3 92 5. 99 5 . 1 1 5 6 * * .9 8 6 .2 7 71923 939 .7 94 .0 00 30.097 .3 00 6 .0 4 * .3 9 2 963 .8 *6 .9081924 579.779 .0 00 44.915 .8 69 440.323 6 2 * . 2 5 * .5 * 61925 535.909 .0 00 56.371 .8 46 179.55* 592.101 .2921926 539 .0 25 .0 00 56.298 .5 38 115.354 595 .212.1821927 594 .3 13 .0 00 55 .733.261 61.415 65 9 .9 B 4 . 8*61928 581 .9 51 .0 00 63 .927 .8 07 205.800 6 *5 .673 .0071929 4 77 .9 95 .0 00 38 .002.123 153.538 515 .6 *3 .5851930 4 7 6 .0 8 8 .O00 10 .2 94.646 86.723 *8 6 .2 95 .9 2 31931 633 .8 93 .0 00 3 .438 .800 2 .1 19 .85* 6 6 5 .2 1 1 .9 * 61932 630 .7 38 .0 00 3.002.154 *81.238 6 3 3 .* 13 .9 1 61933 638 .8 03 .0 00 6 .102 .738 667.7*6 644 .2 37 .9 921934 71 5 .8 14 .0 00 3 .744 .846 3.272.992 7 16 .2 65 .8 5*1935 752 .6 91 .0 00 2 .6 32 .208 1.7 00 . 185 753 .6 23 .0 231936 914 .5 29 .0 00 2 .992 .031 2 .* 5 1 .9 5 * 915 .0 69 .0 771937 963 .7 66 .0 00 3.4 27 .885 5 .282 .206 961 .9 11 .6 771938 909 .9 72 .0 00 3.7 03 .385 1.901 .838 911 .7 7 3 .5 * 71939 893 .9 04 .0 00 4 . 194. 323 1 5 .2 * * .1 07 8 8 2 .85* .2161940 840 .1 68 .0 00 11 .261.184 30 .4 *9 .007 820 .9 60 .1 771941 989 .6 69 .0 00 5 .841 .984 71 .061.015 9 2 * . * * 9 . 9 6 91942 1 .0 6 8 .61 2 .0 0 0 1.096.761 193 .6 05 .2 *0 B 7 6 . 103.5211943 1 .4 14 .33 6 .0 0 0 5 .301.361 206 .7 12 .8 *0 1 .2 0 2 .91 * .5 2 11944 l .3 8 2 .7 00 .0 0 0 1 .5 50.254 15* .383 .130 1 .2 29 . 667. 12*1945 1 .0 85 .42 9 .0 0 0 1.225.731 185.152.360 901 .5 02 .3 711946 1 .1 4 2 .15 1 .0 0 0 1.8 51 .969 108 .4 83 .3 4* 1 .0 3 5 .51 9 .6 2 51947 1 .0 6 3 .42 6 .0 0 0 3 .810 .454 128.293.960 9 3 8 .9 * 2 . 4 9 *1948 1. 1 19. 738.000 3.1 83 .917 *3 .283 .569 1 . 0 7 9 . 6 3 2 . 3 * 81949 1 .9 29.069 30.850.515 -1950 589.108 10.471.992 1 .6 9 5 .76 9 .0 0 01951 560.246 - 1 .6 9 0 .23 0 .0 0 01952 1 . 7 17 .6 92 .3 001953 1 .7 9 5 .46 1 .5 0 01954 1 .9 3 5 .38 4 .5 0 01955 2 .0 7 2 .84 6 .1 0 01956 2. 1 *4. 307 . 5001957 2 .1 7 9 .23 0 .2 0 01958 2 .2 6 1 .7 6 9 .2 0 01959 2 . 3 * 1 . * 6 1 . 5 0 0I960 2 . * 1 * . 6 1 5 . 3 0 0
NOTA: P a r a t n n i f o r a i r v a l o r a a e x p r e i t o s o r i R i n a l n e n t e « r k i l o * p a ra r e t r o a a d o t o u - « . o c r i t e r i o da CEPAL de 130 ( ¡ ran a« por n e t r o l i n e a r , c o n fo r n » c i t a exp oa to ex SUDEME. Peeq u i e a e eofire a indue tria textil do norüeete. R e e i f e , 1971, p . * 9 .
FONTES: STF . IN , S t a n l e y J . 7*i o Bratilian Cott o n Manufacture: T e xtil» Fr.terpris e t'n an U n d e r d e v e l o p e d Area lfSU -I P.W. C a i i b r i d * » , Ha «» . H a r v a r d U n i v e r a i t y P r e « « , 19 57 , p. 192-9*.CEPAL . 7*1« T e x tile Induetry in Latin A r eriea 1Î - Pra*il. Neu Y o r k , U n i t e d N a t i o n » , 1963 , p . 17.
A B/'HI/' f!A 2a.f’ETADE DO SECULO XIX
O eres cimento da economia brasileira na 2a. netade
do século XIX deve-se fundamentalmente ao aumento nao so da
ouantidade mas dos preços dos produtos exportados. De acordo
com Pelso Furtado, em relação à década de 40 o aumento das
exportações na década de 90 atingiu 214 por cento. 0 aumento
dos preços médios dos produtos exportados atingiu 46%, que a-
dicionados aos 8% de redução nos preços das importações per
faz um total de 5 8% na relação de preços de intercâmbio. En
tretanto essa recuperação não so distribuía proporcionalmehte
a todos os produtos. Ela diz respeito basicamente ao café e à
b orracha.47
A decadência da lavoura açucareira em todo o Nor
deste foi particularmente desastrosa na Bahia. . E n t r e t a n t o ,
dois produtos compensaram, em certa medida, a decadência dos
produtos agrícolas tradicionais. 0 cacau passou a figurar na
pauta de exportação na 2a. metade do século, representándonos
anos P O , 1,5% do valor da exportação do país. 0 fumo recupe
rou-se nessa mesma época, encontrando aceitação no mercado eu
ropeu. Entre os anos 4 C c os 90 a quantidade exportada aumen
ta 361% e os preços médios, 41%. Considerados em conjunto, o
valor médio da exportação de cacau e fumo aumenta dc 151 mil
para 1.057.000 libras entre os anos 40 e 90. A ascensão des
ses 2 produtos apenas servia para equilibrar a queda de ou
tros, principalmente a cana de açúcar que praticamente desa
32
parece como produto d e exportação. Consequência dessa situa
ção, e que a população do Estado, não obstante a imigração pa
ra ? zona do cacau, cresce apenas à razão de 1,5% entre 1872
e 1900.4R
Celso Furtado apresenta o seguinte quadro dc evo
lução da renda per capita das diVersas regiões do país na 2?
metade do século XIX:
Q U A D R O - 2
R E G I Ã O7. DA P O P U L A Ç Ã O DO PAÍS
TAXA DE CRES CIMEN TO DA POP UL AÇ Ã O
TA X A DE CRES CI M E N T O DA P O P U LA Ç Ã O
N O R D E S T E ....... 35 1,2 0,6P A P I A ........... 13 1,5 0,0S U L .............. 9 3,0 1,0C E N T R O ......... AO 2,2 2,3
A M A Z O N I A ....... 3 2,6 6,2T 0 T A L ..... 100 2,0 1,5
FONTE: FUR TA DO, Form ação Econôm ica do B r a e i l . S. Paulo, N a cional, 1972, 11a. cd., p . 149.
A segunda metade do século XIX foi a época em que
as diferenças regionais se acentuaram, uma vez que, de acordo
com o autor acima, citado, não havia no decênio 1841-50 gran
des discrepancias entre os níveis de renda per capita das di
versas regiões do país.
A integração através de estradas dc ferro entre Mi
nas, Rio e S. Paulo criou as condições prévias necessárias à
articulação de um grande mercado na região. A crescente popu
lação, atraída pelas oportunidades oferecidas pela expansão da
lavoura do café, constituiu-se no mercado consumidor para as
fábricas que cresciam naqueles Estados.
Na Bahia, a situação é a de uma economia estagna
da. fi cultura do cacau repete o desempenho dos diversos tipos
de economias monoculturas das diversas regiões do país. As
33
forças produtivas da região dedicam-se exclusivamente àquel-
cultura, não há divEráificacão de atividades produtivas, o pro
cesso de urbanização é entravado, não havia um mercado local.
Tratando-se de um país com economia nonocultora, as m e t r ó p o
les nacionais agem como poios de atração dos capitais criados
nas diversas regiões. As metrópoles n a c i o n a i s , Rio e S.Paulo,
agen também coro intermediários entre as diversas regiões do
conjunto do país e as metrópoles internacionais, para onde
são enviados parte dos lucros realizados por uma economia m o
nocultura. Explica-se, assim, a descapitalização de uma re
gião como o sul da Bahia: depois de um século de exportação
de cacau a região apresenta todas as características de sub
desenvolvimento, típicas daquele tipo de economia. Os lucros
proporcionados pelo cacau, depois de cem a n o s ,não foram cana
lizados para o desenvolvimento do Estado ou da região. Mesmo
após o advento da SUDENE, nos nossos dias, esses lucros con
tinuaram evadindo-se para o sul do país; em décadas não m ui
to distantes aplicaram-se frequentemente em imóveis do Rio de
Janeiro.
Neste quadro, o crescimento industrial da Bahia
foi sempre perdendo impulso. Viu-se nue em 187 5 quase metade
das fábricas existentes no país estavam localizadas na Bahia,
enquanto em 189 0 a proporção se reduz à nona parte.
li)
CRESriMFf'TO INDUSTRIAL DO BRASIL r.'OS
PRI'-EIROS Afjns DA r epOpl ic a
Na apreciação da política económica dos prineiros
aros da Pepública há algumas opiniões conflitantes. Para He¿
tor Ferreira Lima, Rui Barbosa, Ministro da Fazenda, era de
claradamente . industrialista4® . ¿o contrario, N.V.Luz afirma
aue Rui Barbosa, liberal por formação e convicção, não era
nem industrialista nem protecionista. Guindado ao poder, con
tudo, reconhecia a necessidade de atender às '-reivindicações
dos setores industrializantes, afim de obter apoio necessário
à consolidação do regime. Sua reforma alfandegária, entretan
to, foi essencialmente fiscal, retornando portanto à políti
ca fiscal do Império, cujos últimos gabinetes, aliás, davam
mostras de querer adotar um regime de mais efetiva defesa da
produção n a cional^0 . Citando Humberto Bastos, Heitor F. Lima,
alinha as consequências benéficas da reforma alfandegaria de
Rui para a economia brasileira:
1) deu entrada livre aos produtos químicos desti
nados a adubos ou corretivos da indústria agrícola, aos ani
mais de raça importados para as fazendas de cri a ç ã o ;
2) baixou a taxa referente ao gado lanígero;
3) isentou de direitos os alambiques de tipo gran
de destinados às fábricas de açúcar e alcool;
4) isentou de direitos ou reajustou as taxas para
máouinas, ferramentas e outros instrumentos do trabalho;
5) foram reduzidos os direitos para chumbo, esta-
rho, z m c o em bruto, c è r e fundido, em barra ou folha, dc fcr
ro em barra, em chapa, verguinha, vergalhão:
6) baixou ainda as taxas para enxofre e fósforo,cr
mo matérias-primas. "ao mesmo tempo foram majoradas as taxas
daqueles produtos manufaturados, já fabricados no país"**.
No governo Floriano Peixoto a preocupação com a
restauração das finanças faz elevar no orçamento de 1892 para
50% os adicionais sobre os dirritos de importação. 0 governo
Floriano foi, no entanto, francamente industrialista.
0 governo seguinte, de Prudente de Moraes (1894)
embora representando os interesses da lavoura, decreta uma re
forma tarifária em 1896 ainda de caráter protecionista.52
A indústria crescia e tornava-se mais difícil vol
tar a t r á s .
Agravando-se a crise financeira, os livre-cambis
tas aproveitam a oportunidade e a comissão presidida por Lco
poldo dc Bulhões diminui as taxas em 25% c em alguns casos a-
tõ 75 £ 80%. Contudo a receita aduaneira, cuja queda,cm 1877,
fora o pretexto dos livre-cambistas, continua caindo.
A crise força o governo a assinar um acordo com rr.
credores estrangeiros, a Funding-Lonn, cm Junho de 1898.
0 governo Campos Sales, para cumprir o acordo, exe
cuta vima política dcflacionista que provoca falências em mas
sa, incluindo dezessete bancos.
A tarifa aduaneira sofreu elevação através do res
tabelecimento de uma quota-ouro er 5% e sua majoração em 10%:
a tarifa Martinho, em 1900, aumenta a quota-ouro para 25% ele
vando, assim, os direitos alfandegários» embora com objetivos
fiscais, a medida redunda mais uma vez em proteção a indus
tria.
Apesar da mudança de regime, a política economica,
aDÓs um breve espaço de tempo que vai até 1894, permanece a
mesma. A industrialização se impõe como necessidade impossí
vel de evitar, ora com m a i s , ora com menos proteção do poder
público. Nunca houve, porém, um período duradouro em que seus
interesses se impussessem gerando um política coerente a lon
go prazo.36
No final do Império, a economia brasileira ainda
dependi?, inteiramente da exportação de uns poucos prodütos
?p.rícolrs ,_ oxporjtações que p c r a v a r o a recursos., cr >noedn es-
tr^npeira iadispens a vaisv.pp.ra o consur.o-, forrrcçío dencapit»!
$f pa£ajf»fe*tò* d«* "dívida externa.
Havia per essa época uma crise financeira que se
expressa na escassez do meio circulante. A abolição da es
cravatura teria agravado •-.sta escassez, uma vez que o regime
de folhas de pagamento exigia uma expansão da quantidade dc
roerias em circulação.
Já em fins dc 1888, uma lei bancária concedida ans
bancos a faculdade de emitir. Apesar das precauções, esta
meriiria, auando executada, já no período republicano, viria a
provocar o grande surto inflacionário dos anos seguintes.
0 primeiro governo republicano iniciou-se cor. es
tes problemas herdados do Império, acrescentando-se-lhe a
seca do injficio dos anos noventa. As medidas de política eco
nêrica adotadas inicialmente incluíram a expansão do crédito
à agricultura, a criação de bancos dc emissão e a arrecada
ção em ouro dos direitos aduaneiros.
Dentre estas medidas , a que obteria maior reper
cussão viria a ser a execução da lei bancária de 18 88. De
acordo cor. Villela e Suzigan, c~>m a apressada execução dessa
lei, o Governo provocou um aumento no papel-moeda emitido
acima d?s necessidades, numa época (1889-1894) em que a pro
dução estava prejudicada, resultando, assim, em aumento dos ~ 5 3
preços e especulaçao.
0 surto inflacionário rios primeiro anos da Repú
blica passou à história com o nome de Encilhamento. As emis
sões que tinham, a princípio, o objetivo de ativação dos ne
gócios , cedo deram lugar a atividade puramente especulati -
vas. Surgem grande número do bancos, firmas comerciais, com
panhias industriais, estradas de ferro e tipos de negocios os
mais diversos. Durante o auge do período Jdo ~ Encilhamento
(1889-1891) "incorporar-se-ão no Rio de Janeiro sociedades
com capital global de 3.000.000 de contos; ao iniciar-se a
especulação, isto é, em novembro de 1889, o capital de todas
as socridades existentes no país apenas ultrapassava 800.000
contos. Ouintuplicara-se quase este capital em pouco mais do
2 anos".54
Em fins de 1891 esta situação chega a seu termr
quando a crise estoura. Os títulos lançados no mercado per
dem seu valor: as falências se sucedem. A massa de papel in-
ccnvcrsível aumentara de 206.000 contos em 1889 para 561,000
contos em 1892. A inflação continuará fazendo subir a circula
ção para 780,000 contos em 1898.55
t BAHIA riA REP(JBLICP
N^s primeiros anos dn República a Bahia também co
nheceu, embora em menor escala, o m^vimcntr- da especulação c
criação de inúmeras companhias, bancos e fábricas: foram 32
nr periodo 1890-91. Embora lamentando o cncilhamcnto Calmon
reconhece que "muitas destas sociedades anônimas geradas com
o plano preco: cebido de crear títulos para jogatinas da bol
sa, é certo que um bom número...era constituído cnn ihtuitos
de realidade efetiva sendo verdadeiros padrões de iniciativa
feliz e oportuna".
Outro autor, Rômulo Almeida, afirma que, “Entre
1890 a 1891, a expansão monetária foi a excessos desastrosos,
mas atendia inicialmente a neeossidados do país que, por ur
lado saía d > trabalho os cravo para o regime de "folhas de p a
gamento" o que requeria mais numerário cm circulação, e por
outro, precisava abrir n^vos meios de vida para substituir a
crise das lavouras e das exportações. Rui Barbosa teve o r.éri
to de bem compreendê-lo, superando os preconceitos de raiz co
lonial: sua política monetária e aduaneira partia dessa cons
ciência. Pena é que na sua curta c agitada gestão, não tives
se levado a cabo sua experiência, e que a inflação tivesse sjL
do deixada a excessos que ele procurava prevenir".5^
Em 1892 o fumo tornara-se o principal produto de
exportação da Bahia, seguido, em ordem decrescente de impor
tância, dos seguintes produtos: café, açúcar, piaçava, cacau,
couros, m a d e i r a s , diamantes, coquilhos, carbonatos, cocos.Mes
ta me ,na data existiam 64 casas importadoras , sendo 25 de te
c i d o s ; 11 casas exportadoras, das quais 4 alemãs, 3 inglesan,
3 americanas e 1 nacional; 30 casas oropriamente de comissõcr
e que comerciavam por conta própria c de terceiros; 964 casaE
de comércio a retalho, sendo 500 de m o l h a d o s , 92 de fazendas
grossas. A indústria tinha 123 fábricas em atividade, 12 das
quais de tecidos; os outros produtos eram: calçados, rape,
biscoitos, gelo, óleo, móveis, alambiques, cigarros, charu
tos, fundições de ferro, bronze, etc; pregos, velas,refino do
açúcar, s a b ã o e sabonetes, chocolate, cerveja, luvas, fósfo
ros, pão e massas alimentícias (padarias), serrarias, ferro
esmaltado, camisaria e meias e 9 engenhos centrais de açúcar.
Em 1899 existiam ainda 23 grandes usinas <*e açúcar.^8
As cifras referentes ao crescimento industrial n<~
princípio da década d e 90 e a sobrevivência de inúnoras em
presas fundadas nesta época como a Sociedade Anônima Maga
lhães, a Progresso Industrial (tecidos), a Companhia União Fr
bril (fusão de 6 fábricas de tecidos), a Companhia Fabril dos
Fiais e a Empório Industrial do Norte, parecer, comprovar o
acerto f’a política industrialista dos primeiros anos da Re
pública.
Nos anos seguintes cresceram muitos empreendimen -
tos fundados nesta época, especialmente no ramo têxtil. Os fa
tores que travaram, no século XIX e na primeira metade do sé
culo XX, o desenvolvimento industrial baiano estão localiza
dos , talvez, ma_is no insuficiente desenvolvimento agrícola e
numa certa persistência de um capitalismo fundado na especu
lação comercial do que en possíveis "excessos" de políticasdn
i n d u s t r i a l i z a n t e s q u e , aliás, tiveram sempre curta duracãc.
A deterioração dos termos de intercâmbio dos produtos prima
rios de exportação agiu, por sua vez, como fator de descapi
talização, ao mesmo tempo em que a política governamental <•
as próprias características do sistema privilegiavam a regiar
cafeicultura como centro do desenvolvimento industrial nc
p a í s .
nr
discussro soppf r irnúsTRi:T?XT!L NP BHASIL
O crnscimento da indústria têxtil do algodão foi
bastante significativo en fins do século XIX e coneço do sé
culo XX.
Baer c Villela enfatizaram em artigo recente, o
grande nrogresso do processo da crcscinonto industrial no
Brasil desta época, c^r destaque p.^ra a indústria têxtil. 0
artigo cm questão pretende discutir a toso muito conhecida,ins
pirada pela CEPAL. de que o desenvolvimento brasileiro sc pro
cessou basicamente nas épocas do criso mundial, especialmente- 59nas■ duas grandes guerras e na depressão dos anos 30.
Argumenta-sc en primeiro lugar con o crescimento
do número de fábricas de tecidos o sua produção. Utilizando
-o de um q u a d r o retirado da obra de Stanley J. Stein (The B ra r . i l i a v C o tto r. M a n u fa c tu r e ... p.l91J, observa-se que a produção de tccidos de algodão entre 1SS5 c 1905 aumentou 10 vezes c
quase dobrou nos anos seguintes^®. Mos primeiros anos da se
gunda década do século XX, a produção de tecidos alcança 85%
do consumo aparente do país , c no fim dos anos 20 esta cifra
alcança 9 0%.fil
0 censo de 1920 refere um total do 13.3 36 estabe
lecimentos industriais cm 1919, dos quais 55,4% fundados an
tes do 1 9 1 4 r’2 . Embora seja um número bastante expressivo, não
se pode esauoccr que o período da primeira grande guerra c
responsável pelos restantes 44,6% dos estabelecimentos funda-
.dos ate 1919. Se alguns autoros exageram o papel das grandes
crises do século XX no desenvolvimento industrial do B r a s i l ,
esquecendo as realizações do fim do sec. XIX o começo do sé
culo XX, o destaque desta época deveria servir não tanto par.-1
obscurecer o crescimento das épocas de crises mas para am-
pliar a compreensão dos fatores que realmente influenciaram c
crescimento industrial do Brasil. Baer e Villela afirmam que"
o desenvolvimento industrial ocorreu em complementaridade com
condições favoráveis de comércio exterior e não como uma "al
ternativa" para o crescimento baseado nas exportações 63". /v
tratar do papel das crises mundiais e do crescimento indus
trial no Brasil não se menciona, contudo, as crises mundiais
de 82,90-92, e 1907, as quais, embora de proporção menores que
as grandes crises do século XX, não podem ter deixado de in
fluenciar a economia brasileira e a sua indústria; sobre es
tas influências não encontramos referências nos autores cita
dos .
Este crescimento industrial não foi um fenômeno i-
solado, pois o conjunto da economia brasileira atravessou, e£
pecialmente ^o começo do século, uma etapa de prosperidade
motivada, mais uma vez, pela boa posição do café no mercado
internacional. Embora este fato tivesse alguns aspectos nogr-
tivos , na medida em que reforçava os setores anti-industrial!
zantes , apressou a formação do capital para investimento, a-
traiu imigrantes, forçou a construção de estradas, acelerou '
processo de urbanização e surgimento de novos campos de ati-
vi d a d e .
Os estudos sobre a industrialização brasileira sen
pre destacaram as crises mundiais ocorridas no seculo XX como
momentos decisivamente favoráveis à expansão da industrial na
cional.
Autores os mais diversos como Roberto Simonsen,Nor
mano, Caio Prado Junior, Nicia Vilèla Luz, Heitor Ferreira Li
ma, Celso Furtado, Andre Gunder Frank, em ocasiões â i v e r a a s ,
ao longo dos últimas quarenta anos, contribuíram para o esbo
ço de uma teoria da industrialização brasileira, que ¿nfatiza
as grandes crises do seculo XX como ocasiões especialmente f^
vorãveis ao avanço da industrailização no Brasil.
Nos ultimos an^s est?, posição tem sido contestada
por autores cono Warren Dean, Verner Baer, Mircea Bueseu, An-
nibal Villela e Wilson Suzigan, para os quais o d e senvolvi
mento industrial do Brasil, longe de ser beneficiado pelas
crises internacionais, foi prejudicado pela conseqüente inter
rupção do comércio internacional, decrescendo as importações,
de bens de capital necessários à expansão do incipiente par
ei ue industrial brasileiro.
Os autores do primeiro grupo, designados como " tra
d i c i o n a i s " , procuram comprovar suas teses através dos dados
disponíveis, referentes ao crescimento da produção industrial
brasileira nosperíodosde crise, ou naqueles períodos em que
medidas oficiais reduziam as importações. Argumentam tambér
com o número de empresas surgidas naqueles períodos.
Os autores do segundo grupo, designados em geral
como "revisionistas" destacam sobretudo o aumento da capaci
dade instalada, avaliada através das importações de bens de
capital. Baseiam-se cm pesauisas realizadas por Stanley J.
Stein, Varrer Dean além do p r ó p r i o A. Vil l c l a ; este juntamen
te com a equipo da Fundação Getúlio Vargas.
Os termos "tradicionais" e "revisionistas" foram
utilizados por Versianie Versiani e englobam, dentro de cada
grupo, autores de tendências tão diversas como Simonsen e
Caio Prado Junior, q u e , entretanto, tem em comum o fato de
destacarem as crises mundiais como momentos favoraveis ao
processo de crescimento industrial no Brasil, ao contrario
r’os autores "revisionistas" oue consideram aquelas crises fa
tores negativos para o desenvolvimento industrial do país.
Outros autores devem ser mencionados : Albert Fis-
h low cujo artigo "Origens e conscauências da substituição dc
importações no Brasil" inicia a crítica das posições do grupo
revisionista e Versiani e Versiani, cujo trabalho A inâuntria
li zação brasileira antes de 1930 — lima contribuição e de cnor
me importância para a crmpreensã.o do processo de cresciment
industrial no Brasil em fins do s é c u l o XIX e nas primeiras dé
cadas do século XX.
Dentre os autores c i t a d o s , apenas Stanley J . Stein
e Versiani e Versiani escreveram trabalhos especificamente
bre a indústria têxtil. Como, porém, esta indústria era das
mais importantes até a década de 40, grande parte dos dados
mencionados nas obras sobre desenvolvimento industrial no Bra
sil reforo-se 5 indústria de tecidos.
0 aprofundamento da discussão sobre a influêncir
das crises mundiais do século XX no processo da industriali
zação do Brasil lovou ao estudo das origens da indústria bra
sileira no século XIX.
Fm geral, o p e r í o d o que se estende de fins d a deca
dada dos 8C ato 1913, c visto por todos os autores como do
surgimento o avanço da atividade industrial no país. A dife
rença entre os autores "tradicionais" e os "revisionistas",ao
considerarem esta fase, é a m aior importância que lhe é atri
buída pelos últimos à luz de estatísticas mais completas so
bre a produção industrial e e x p a n s ã o d.a capacidade produtiva
nestes a n o s .
De fato, cop.o j?. se observou, a produção de teci
d o s f’e algodão entre 1385 e 1905 multiplicou-se por dez e nor
dez anos seguintes, quase dobrou.*4
Os anos que v ão d.c 189? a 19 30 correspondem à ida
de de ouro da indústria têxtil brasileira, especialmente cipó?
a tarifa de 1900. As tarifas em ascensão desde a década dc
1880/90 passaram a ser parcialmente pagas em ouro a partir dc
1890, e em 1900, a quota paga em ouro ê aumentada para ?25%,
s u b i n d o , para 50% em 1905. Essas tarifas protetoras propicia-
riarum mercado cativo que contribuía com grandes lucros para
cs industriais d c tecidos.*
A importância atribuída por Stein às tarifas como
elemento propiciador da industrialização nesta fase tem a con
cordância de autores " tradicionais" como Nicia Vilela Luz, Ca
io Prado Junior, Robe r t o Simonsen e Heitor Ferreira Lima, en
tre o u t r o s .
Os "revisionistas" da história econômica do Brasil
atribuem ao desempenho do setor <*e exportação o impulso da in
dústri? brasileira antes de 1914. Atribuem as crises mundiais
um papel negativo quanto ao desenvolvimento industrial brasi-
loiro. Autoros como A. Villela c W, Suzigan são taxativos ar
afirmarem que "Não houve um processo continuo dc industriel!
zação em larga escala no Brasil antes dc 1945. 0 que houve f£
ram surtos industriais. 0 investimento industrial cra quase
totalmente dependente das importações de bens de capital r.
matérias-primes básicas. Esses surtas, portanto, estavam es
tritamente ligados an comportamento dc comércio exterior. Por
isso, foram sempre interrompidos pelas próprias crises perió
dicas do c m e r c i o exterior, causadas pelas oscilações do pre
ço do café, pelas duas Guerras Mundiais, pela Grande Depres
são e pelas mudanças na orientação da política econômica, e
particularmente, da política cambial...
•í . . Os principais surtos da industrialização ante
riores a 1945 no Brasil, no entanto, parecem ter ocorrido nos
perín^os 1903/1913, 1920/1929 e 1933/1939...
... Esse surto (1903/1913)... _fni interrompido pe
la T Guorra Mundial
Outro autor, Mircea Bucscu, concorda com Villela e
Suziftar., cuan+o aos surtos industriais, negando a importância
dos "choaues externos" para o desenvolvimento industrial do
Brasil.
Por sua vez, F i s h l o w , reconhecendo o avanço indus
triel en fins dc sceulo XIX e i n í c i o do século XX,atribui seu
innulso inicial ã política econônica dos anos iniciais da Re
pública, conhecida cono Encilhanento o aos níveis da taxa dc
câmbio. ?queles que consideram aquela política falsa e engano
sa, Fishlow responde mostrando as consequências a longo prazo
deste estímulo ocasional pare o crescimento industrial pois.,
das 198 fábricas en o p e r a ç ã o n° ano de 1912, 33 foran funda
das no período 1890/1894, e, muitas das “3 registradas c o m o
pertencentes ao p e r í o d o 1885/1889 foram f u ndadas , sem duvida
alguma, em 1889. Estas 33 firmas excedem, cm número, ãs que
sobreviveram na década posterior.
Para Fishlow, é na época do Enci l h a m e n t o , con sua
política anpliação do crédito coincidindo con cambio bai
xo, aue se situa a origen do processo de substituição de im
portações .
No seu estudo sobre a indústria têxtil»Versiani o
Versiani argumentar, que a valorização das fases en oue predo
minam a expansão da produção, pelos autores "tradicionais",er
oposição às fases em que predominar o aurento da capacidade
produtiva valorizada pelos "revisionistas" cor.duz a uma visão
limitada do processo: "a evolução da indústria têxtil parece
caracterizar-se justamente pela sucessão de fases distintas
de expansão d? capacidade produtiva e de aceleração da produ
ção, etapas, ate certo ponto, complementares do um mesmo mo
delo de industrialização.6
Discordando de Fishlow, Versiani e Versiani con
cordam com a corrente tradicional, com Stein e U c m e r Baer,
este em sou livro / InâuRtrialização p o desenvolvimento eco
nômico vo Pvaoily ouanto à importância das tarifa como estí
mulo à industrialização. Discordan ainda da importância atri
buída p or Fisblow ao Encilhamentò como fator favorável ao
crescimento da. capacidade produtiva, argumentam oue a expan
são do capital das emprosas neste período, citada pelo autor
americano em favor do seu ponto de vista, foz-se na realida
de à custa de ir corporações de reservas e. conseauerte distri
buição d^ bonificações, antes que por novas chamadas de capi
tal, dando coro e x í m i o a e.volucão do capital social de cinco
grandes fabricas de tecidos do Rio de Janeiro entre 1839/
1895.
Os mesmo autores, julgando falsa a colocação do de
bate fiup ora concede raior importância às fases dc aumento da
produrão ora. àquelas de aumento da capacidade produtiva, ob
servam oue a análise tradicional do processo de industriali
zação se mostra incompleta na medida em oue, sublinhando
importância das fases do substituição do importações, não le
va na. devida conta períodos anteriores dc formação de capaci
dade produtiva. Entretanto deve-se levar em conta, que, "fases
de grande crescimento da produção industrial, a partir de con
dicões favoráveis de mercado para os produtores internos, nao
são fenômenos neutros do processo de industrialização, ainda
oue envolvam apenas maior utilização do capacidade. 0 aunento
relativo da taxa de lucro no setor fará crescer o incentivo
eo redirecionamento do invostinentos p .rr? a indústria, ou ã
r^inversão aí. Alón disso, os próprios lucros desse expansêo
forneern ur".? fonte potencial dc recursos para tal. £ injusti
ficável considerar esses fases, a p r i o r i , cono nenos sipni-6 9
ficatives”.
Prossepuen os professores de Universidade dc Bra-
silie e f i m e n d o aue, e indústria têxtil apresenta esta oposi
ção entre períodos dc aunento da produção c períodos dc eu-
rrnto de capecidade produtiva, coro une característica básica
do seu processo evolutivo: "Dois pontos dever scr d e stacados,
cor referência a essa alternância de períodos. 0 prineiro ó
que es oscilações da taxa de cârbio foran certanentc un dos
prircippís fatores d e t e m i n a n t e s , narcando fases relativanen-
te favoráveis ou desfavoráveis para os produtores nacioneis.O
sepundo e o efeito dessas variações sebrr os irnortadores. f*
claro nue o inpacto dos altos e be.ixos de taxa canbirl sobre
o inportador será oposto eo sentido pelo produtor nacionaloon
aue rir corpete: o cârbio baixo, tor.do efeito protecionista,ó
prejudicai eos nepõeios de inporteçeo. 0 início da produção
interne v r r , assin r.orndo as oscilecõrs do carbio, introduzir
un rlerento de instabilidade cn teis regócios. Os ganhos dos
irportadores passaven a ser passíveis de verieções súbitas,
rr função de un fator inteiranente fora dc sou controlo, sen
do dc noter einda que o peso dos interesses lipedos a expor
tação fevorecia unp política do cârbio baixo, funcionando a
desvalorização externa de moeda cono un necanisro de sociali
zação dos prejuízos decorrentes des baixes do cefe.
Nessa situação de incerteze, ê edeouedo supor que
houvesse, de parte dos inport-^dores, una tendencia a diversi
ficar a aplicação dc seus capitais, con o fito de dininuir a
possibilidade dc perdas decorrentes de beix^s do cafe c do cqr¡
bio. Una v í p naturelnrnte indicada para isso seria o investi-
nento ne nroduçâo interna: una vez eue p es se.s sen a •• ‘produção
dos ertigos que inportavan, podrrian ganhar cor.o produtores
o aue dej.xa.van de ganhar cono inportadores, nas épocas de en
cere cirento da importação. 0 inportador estaria, tanben, er
situeceo ventajosa para suporrr a defesegen de condições fa
li?
vorãveis aô aumento de produção interna e à importação dr
bens dr capital: os períodos de facilidade à importação s e
riam, para ele, fases do r.aiores lucros, o aue facilitaria o
custeio d? inportação do equipamontos con vistas aos tcnpos
dr vacas magras na atividade, imnortpriora".70
Essa explicação da alternância entre fases de orcs_
cinrnto d* nrodução o fpses dr c r c s c i n m t o da capacidade, pro
dutiva é bpst^nto convincente. Fic.-» cl.^ro ouo a dificuldade
de importar nos períodos do crise funcionou cono estímulo,n^o
só *o aumento d.’ rrodução interna no nonento nesno das cri
ses , ras continuava a rrflotir-so nos período? 'posteriores,
quando a expsnsão da capacidade produtiva refletir-» a confiar.-
ç p infundida nelo crescirento da produção nos momrntos de cri^
Este nodolo de crescirento industrial do setor tâx
til parece ter validade p ara todo o período que vai do nrados
do século XIX até 19 30.
Deve-se talvez acrescentar aun, evidenter.ente, nrr
todos os comerciantes inport^dorns poderiam ter se t r a n s f o r
rado rn fabricantes. Segue-se que, enruanto grupo social ho
mogéneo, os comerciantes permaneceram com. seus interesses pre
prios ooostos tanto aos agricul t o r r s , como aos industriais.
UP
' i f ’DPsTr'i; t ê x t i l nr r r v i r r»o sFcu m x i"
As primeiras industrias do Brasil, dopendondo ele
fatoros cor.o nao do obra, capitais o infra-estrutura d-
transporte e energia tenderán a so instalar nas cidades. Ao
mesmo tempo, não havendo nn.ioroc razões que determinassem. for
tes concentrações r e g i o n a i s , distribuirán-se anplanente por
todo o país.
TV un nodo goral, oss.-»s industrian situaran-so cr
faixas do morcado não completivas, procurando explorar opor
tunidades desinteressantes para o competidor estrangsiro.7 *
Contudo, seu eanpo de atuação sofria nodificações en dccorrêr.
cia de fatores cono o progresso técnico dos transportes, ba
rateando os custo«? das mercadorias estrangeiras ou modifican-
do situações internas de eouilxbrio relativo entro diversas
regiões. Assim, a luta polo protecionisno ante a competiere
estrangeira ou as queixas contra as alfândegas inter-provin
cias so inscrovem num cuadro de luta pela preservação da bai
xa do mercado detida pelas industrias locais.
A dependencia de materias-primas locáis por parte
do industrias como as de tecicjps introduz um. fator de conci
liação entre os interesses da lavoura e de cortas industrias.
Surgen os conceitos de industria "natural” e industria "arti
ficial". Embora os setores hostis à industria condenassen es
sas últimas, m esmo em relação as primeiras surgiam hostilida
des, principalmente quando se tratava do reformas tarifarias,
conforme ja exposto. i,
Já foi visto aue nr. década dc 1360 a. Bahia tornou-
s p o primeiro centro têxtil do Erasil, con r.ais da metade das
fábricas de tecidos do pafs. *
Os motivos para a concentr.ação da indústria nest.-
área são de dois tipos. Em pririeiro lugar, fatores positivo^-
coro m a t é r i a - p r i m a , quedas d*água o um incipiente nercado ur
bano. O algodão foi um importante produto de exportação desd<
fins do século XVIII até a década de 70 do século X IX7 3 . F,rr
bor* alguns dos motivos oue torraram a Bahia tão ir.portante
na époc* colonial houvessem desaparecido (queda da nroducão
açucareira e mudança da capital do naís), a Cidade da Pahi ■>
era ainda, um grande centro urbano prlos padrões da época. A
Provirei*, em 1872, contava com 13% da população brasileira,
enquanto o Nordeste detinha 46,7% da população do p a í s 74. Sen
do a grande maioria desta população constituída de escravo?
c de traba lhadores livres, h a v i a , naturalmente, um mercado
nara o consumo de tecidos grosseiros, os primeiros a serrr
produzidos no país. Por outio lado, ur fator r-m si mesmo ne
gativo, como a continuada decadência da lavoura da. cana dc
açúcar, node t£r desempenhado ur certo p^pel na implantação
das primeiras fábricas b a i a n a s , transferindo capitais da la
voura para a indústria.75
Outro fator, aparentemente fundamental para o cros
cimento desta indústria, deve ter sido a proteção dispensada
pelo governo da Província, do cobrar taxas dc exportação su-
plenentares aos produtos exportados cm sacos fabricados cojriy
tecidos estrangeiros.7®
As primeiras fábricas de tecidos surgiram na Bahia
ainda na década, de 18 30. Embora em alguns casos não se possa
determinar com exatidão o ano de fundação, existem varias re
ferências ã época de fundação dessas fábricas.
Souza Dantas, er sua Fala de 1P32, afirma aue a fá
brica de Sto. Antonio do Queimado teve início em 18347 7 . Gon
ça l v e s Martins, em 184° diz q u e”a Conceição e una antiga fa
brica que trabalhou em proporções menores nos anos de ISS^ a
1837 , quando, por oc a s i ã o das desordens públicas, sofrc.\i con
s i d e r á v e l d a n o " 7 8 . Ouanto a fábrica Conceição há também uma.
carta de 183*1 on oue un deputado, Innocencio José Galvão, prc>
note ao oroprietãrio Doninpos José d'Anorin, que pretende es
tabelecer una fábrica de fiar e tecer, lutar para conseguir
algun privilégio, afin d e oue possa fazer face à concorrência
estranpoira.
terceira fábrica a furdar-so foi a Todos os San
tos na cidado de Valença. Enbora a docunentação a sou respei
to seja ber naior aue en relação às anteriores, ê contudo in
suficiente para esclarecer a data exata dc. sua fundação. En-
ouanto Palnon a f i m a quo ela já existia er ÍP^I contando con
1P0:nooíono de capital, 40 teares o 1.500 fusos®®, docunonto
da nropria fábrica afirma otie ela teve início en 1844P 1 . llão
há d ú v i d a s , porén, ouanto a sua inportãncia: ela foi a naior
fábrica de tecidos da Bahia no século XIX (até 1091) afirman
do Rônulo Alneida que en no-dos do século cia ficou conheci
da cono "f> nolhor do Inpcrio o talvez Sul-Anerica"®2 .
A fábrica S.Carlos do Parapuassú tanbén ten ori
gens obscuras, sabendo-se apenas quo existia en 1 9 r'7 por re
ferência encontrada en Ofício ao Presidente da Província, dc
18F1.*3
A fábrica II. S.do Pilar foi registrada na Junta Co-
nercial en 1 9730 4 . Após esta data não aparece qualquer docu-
nento referindo-se a plgunn fábrica con este nono. Aparece
contudo un outro docunonto dos nesnos fundadores da fábrica
N.S.do Pilar (Catilina c D ’U l t r a ) , vendendo a fábrica Bon-
finp5. Esta fábrica é dononin^da Bonfin ou Progresso por
Pranner^®. Mas obras de diversos autores, quando nencionan a
fábrica N.S.do Pilar não citan a fábrica Ponfir ou Progresso
e vice-versa. Ou então ourndo anb^s denoninaçõos não citadas
os dorios eorresoondontos a una não se encontran en relação a
outra o vice-versa. Cabo noneionar ciuc o r.osno endereço, os
nesnos proprietários, o nesno capital inicial r^o atribuídos
às supostas fábricas (N.S.do Pilar, Bonfin,Progresso).A maio
ria dos dados encontrados referen-se poren a fabrica Bonfin.
Essas coincidências fazen supor tratar-se de apenas una fá
brica cujo nono inicial, U.S. do Pilar, foi nudado para Bon
fin, sendo designada algunas vozes con o nono do Progresso.
Alér. disso, o referido documento n<? 17, do volune 986-1013,
de 1891, dos Contratos e D istratos, lançam luz sobre a ques
tão quando Catilina e D'Ultra, ao distratarem a sua socieda
de, por notivo de venda da fabrica Bonfim à Ci,-\. Progresso In
dus triai dt> Bahia, declaram que a sociedade sobre a fábric->
de sua nropriodade foi registrada na Junta Comercial cr. 3 d
julho de 1873, sob n? 38. Ora, estes são exatamente a data r
o numero sob os quais estã registrado a fábrica íl.S.do Pilar.
Alem disso, em Ofício do Presidente da Província
do 3 de janeiro de 1877 os proprirtários da fabrica Bonfin a-
f i m a m aue "a nossa fabrica oue ter. o nore de Bonfim Ce não
de N.S.do Pilar). . .”87
A partir de 1858 as datas de fundação das fábricas
são mais precisas; entre 1870 c 1875 fundam-se euatro fábri
cas, quantidade nunca atingida em auiílaucr outra ocasião. A
partir de 1875 não surgem novas fábricas até 1C90, quando se
estabelece a Companhia Fabril dos Fiacs que, aliás, passa a
trabalhar preferencialmc»te con juta. Antos, porém, desta da-*"“
ta, ten início, en 1887, a formação de sociedades por ações,
incorporando as unidades fabris existentes até então. Este
processo ten seu auge cn 1891, ouando todas as fábricas fun
dadas antes de 1890 funder-se er. grandes sociedades anônimas:
a Companhia União Fabril da Bahia (con seis unidades fabris)
o a Conpanhia Progresso Industrial da Bahia (con duas unida
des). En 1887 a Enpresa Valenoa Industrial já incorporara is
fábricas Todos os Santos e N.S.do Amparo. Ainda en 1891 é fun
dada a Conpanhia Emporio Industrial do Norte cuja unidade fa
bril, inteiramente nova torna-se a naior da Bahia.
Do total de dez fábricas existentes na Bahia entre
1875 a 1889, sete localizam-so en Salvador e três no Recôn
cavo, sendo duas en V^lença e una em Cachoeira.
Seus fundadores, via de regra, sao comerciantes que
Dassam a dedicar-se ã produção de fios e tecidos.
Essas fábricas tên pequenas dinensões: a de Sto.
Antonio do Oueinado tinha en 184 8 apenas 10 teares e 700 fu
sos^**. A fábrica Todos os Santos, cn 1841, dc acordo cor. Cal-
mon, tinha 48 teares e 1.500 fusos. Igual número de teares t i ^
nha a H.S.do Amparo, cm 1860fi9. /, fábrica Modelo, cm 1861*con
tava com 26 toares e 1.040 fusos*0 e, en 1870, a fabrica S.
Salvador iniciava suas atividades con apenas 30 teares.®
Ouase vinte anos após, cn 189 3, a fabrica S. Braz
contava con 151 teares e 5.920 fusos. / S.Carlos do Paraguar--
sú contava con 2.636 fusos o a S.Salvador, con 3.264 fusos.
Para o ano dc 188 2 Souza Dantas fornece ainda al
guns dados conplènentares: a fabrica S.Carlos do Peraguassú,
nrsta data, tinha un c a p i ^ l dc °00:000$000 c o nuirér© do ope
rãrios das fãbrioas S.Salvador e S.^raz ora, do rcspectivanen
to, 150 e 110.93
Contudo, as dinensões dossas fábricas são pequenas
apenas se comparadas con suas congêneres dos países industria
lizados da Europa e America do H o r t e . Para a Bahia e o Brasil
de meados do século XIX, constituia sui grande indústria. Es
sa posição de destaque da *ndústria têxtil so nanterá na Ba
hia até a segunda motado do século XX. /inda em 1925 , Coes
Calmon, on M ensagen à Assembléia Legislativa afirnava au<i "/
principal de nossas grandes indústrias é a. tocelagen. ..
Para nolhor avaliar a nosicão e a nagnitude r e l a
tivas da indústria do tecidos na Bahia do çcculo XIX, regis
tre-se oue, en 1930, ou soja, quase um século após o estabe-
locinento das prinoiras fábricas de tecidos, apenas 61 fabri
cas na Bahia possuian nais di 12 o p e r á r i o s ^ S . Assin, nosno
que as fábricas do produto?têxteis fundadas antes de 1870 ti
vessem apenas notadr. do núncro dc operários registrados en
1870/76 , poderian sor consideradas poios padrões da época, na
Pahia, cono grandes indústrias.
0 consuno de algodão pelas fábricas dc tecidos b a
ianas deveria atingir cerca do 800 a 900 nil auilos or. 187 5/
76. /té esta data grande parte da matéria prina era oriunda da.
própria Província, pois a Bahia ate então era exportadora de
algodão, situação que nodificou-se daí en diante. Contudo,nes
no neste período, parte do algodão cra inportndo dos estados
do Mordeste, pois, parte do algodão produzido na Província, o
da região de Caetité, devido ãs dificuldades de transporte pa
ra o Recôncavo, cra quaso todo enviado para Hinos G e r a i s ,atra
vês do S.Francisco.
F n ^ o r a n ã o s c t c n h-’’, a t é a g o r a , d o s c o b e r t o d a d o s
r e f e r e n t e s a p r o d u ç ã o d c t e c i d o s d * .-'lgodão n o B r a s i l c n 1875, s a b e - s e q u c cr. 19P P a p r o d u ç ã o n a c i o n p l f o i ¿c ?. 58C . 00Q n i
t r o s e c r 1882, 22. 000. n 00.27Considerando*sc a p r c ’ur-o dc 1875 igual a cerca
da 11.1U3.000 r.otr^s , podo~sc concluir onc a produção baiana
estimada neste r.csno ano c^rcp de 3.7D C .000 n c t r o s , repre
sentava a torça parte da produção brasileira.
Fssa estir.Ptiva nao será exagerada, pois a Bahia,
oue pr 1RFF possuia cinco da? nov- fabricas de tecidos do
Brasil, er 1875 detinha ainda a terça. parte dessas fábricps
conforr.c pnde-se ver pela tabela abaixo:
f> U A D r. 0 - 3
D I S T R I P U I Ç Ã O GEOOrJÍFICA E S T I M A D A DAR FÃ P RICAS B R A SI LE IR A S DE
TECIDO S. 1G66, 1^75, 1ÇP5
PROVÍNCIA 1866 187 5 1SG5
MARANHÃO 1 1-PERNAMPUCO 1 1A LAGOAS 1 1 1RAPIA 5 11 12P.IO (ESTADO E D.F.) 2 5 11SÃO PAULO fi 9MINAS GERAIS 1 5 13
T O T A L 30 i *5
FONTE: STEIN, STANLEY J., O p . cit., p . 21.
Fnbora, an_ verdade, a Bahia en 1866 contasse cor
seis fábricas e en 1875 e 18S5, apenas tivesrre dez, o auadro
geral não se altera. A Bahia ainda era o prir.eiro centro têx
til cn 1875 e cr 1 8 fi5 ainda tinha una posição dc inteira su-
prenaci* nuanto so norte-nordesto.
As Falas do Presidente da Província e os '■ Ofícios
dos proprietários de fábricas d i r i g i d a pos Presidentes da
Província esclarecer oup.1 o rercado parp os produtos das fá-
brieps baianas. En princiro lugar, a própria Província cor
rn
13% ri« população brasileira. Apenas no caso c’a fábrica Todos
o f. Santos, ur Ofício ao Pr- sir.entc r*a Província ce 1876, re
vela que ate entao sua proriuçao era ourse exclusivanente re-
neti<',a a Prrnar.buco para ensp e m e n t o rie acúcar. .‘.pós Bahia
cita-se con nair freoücncia as Províncias do ^nerte-nordeste:
Sergipe, /lagoas, Pernanhuco, Paraíba, Ceara, Maranhão e Pa
ra, ou sej?, praticamente todo o norte-r.orricsto eme ate 1885
só contava cor três fabricas. Er. sofruid?. ç ão citados coro ror
cario para os orodutor têxteis baianos o Rio rir. Janeiro e o
Rio Grande do Sul. Sen dúvida o crescimento rio nercado nr
centro-súl do país não fri aconpanh^rir per un ricsonvolvinonto
nrcnorcion.al ri.a sua indústria têxtil, pelo r.cnos até 1”75, o
nue explica a presença rios tecirios b a i T i r nesta rcfiião.
No entanto, após aquele aro, este crescinento sr.
acrlerou e a Pahia cor.^çou a sofrer p concorrência rie outras
repiões produtoras rie tecirios.
Una vez eue grande parte ria proriução ric tecidos ri*
Pahia destinava-se a outras províncias, o núr.rro dr. fíbrieas
instalarias na riécada rie 1870, certanente o foran visando es
te nercario, M a s , então, à pediria que sr instalavan novas fá
bricas , principalnente no centro-sul rio país fpi se arrnv^rio -
situação rias fabricas baianas.
Exor.nlo desta situação era n fabrica Todos os San
tos QiK r-r Oficie ar Presidente da Província, rie rir seten-
bro dc 1876. afimava. quo, "Devido ao nún.cro ■ ‘r6letivamente
jrranrie de fábricas rr nossa Província, es proriuctos da nossa
erão ouase exclusivanente remettirios para P e rnarbueo, e en*
pregadr no ensacanentc de assucar...De então para ca (1875-
7F, N. do r.) as ceiuzas * err\ peiorado ric tal nenoira rue dr.srie
o 19 rie Aposto feehanns a Fabrica... forcados pela p.rande ae-
cunulação dr nossrs proriuctos... cen esperança alguna rie n.e-
Iheranentr, antes caria riia aggravando-se r estado desesperado
rirssa inriustria en nossa Província, pois que o nercario rie Per
nanbuce con eue scnpre cont a n o s , n^s r afora vedado por que
sc estabelecco lã una Fábrica eue não pode supprir a terça par
te ria sacaria rio assucar, enttíndendo entretanto, sua /ssen-
bléa Provincial, que devia lançar un inposto rie 50...en caria
metro de fazenda de algodão, que fosse irportado dc ••• 'outre-
Províncias..."98
"ambém a fábrica Eonfim, em Ofício de 1878, pro
pugna como medida a adotar para o desenvolvimento o fim d--
alfândegas inter-provinciais, referindo-se aos exemplos do^
Estados Unidos e da Alemanha.22
Em Relatõrio de 1 8 B2 Souza Pantas refere-se
fábrica do Queimado "fechada ha tres ar.ros" e aue reclama au
mento de direitos do entrada sobre os similares estrangeiros,
concordando o autor ouanto a justeza da pretensão.1®®
Cor.tudo, embora a nrecária situação destas fábri
cas nos anos 1870-1800, possa atribuir— se a crise de 1873 o
ao estabelecimento de concorrentes nas demais províncias do
Império, havia causas rais restritas eue ^rsno em épocas fa
voráveis, coro os anos 1360-70 , se faziar. senti’*.
0 Relatõrio dc Fernando L e ã o ; dc 18F2, aponta al-
gumas destas causas ouando, ao abordar a indústria têxtil,
afirma ou^ todas as fábricas sofriam com a alta do preço do
algodão "e as auc já não sc fecharam, brevemente o farão co*-
nrejuízo de grande número de farilias que dos salários auf •
rer os meios de sua subs i s t ê n c i a " , acrescentando ainda aue ‘ r
supressão na Lei do Orçamento do innosto de 2*b sobre os gên'-
ros enfardados em fazenda não fabricada na Província, abalou
p^o pouco a existência dc tais fábricas, oue pelas circunst‘3'
cias especiais do paiz não noder eompetir com o estrangeiro i
p rescindir por algum tempo de certos direitos protetores, tan
to mais aconselhados, ouanto pão trazer danos a agricultu-
ra".l®l
0 Ofício da Fábrica Todos os Santos, de 1876, aju
da r esclarecer a importância dessa proteção a industria, ao
afirmar oue os privilégios cercedidos pela Assembleia Provin
cial, ora conce d i d o s , ora retirados, eram favores dc 1 n ?*>
sobre ensacamento dr, gêneros de exportação em fazenda estran
geira "ras esse benefício pouco r.o- ter aproveitado, pois our
sé de uma medida g e r ;,l s permanente e que devemos esperar a102
certeza do futuro para podermos marchar desembaraçados".
A criação desse irposto de 2% seibre o produto ex
portado oue fosse encapado com artigos estrangeiros foi resul
tado da Lei 374 de 1? de novembro de 1849.
Parece, entretanto, que antes nesno desta data hou
ve algum tipo de proteção g o v o m a n o n t a l , pois Moura Mapa
lhes , en sua Fala de 1848, refere-se a duas fábricas de teci
dos de algodão estabelecidas no Qucinado e na Villa de Valen-
ca "já favorecidas pela Lei Provincial n9 246".103
A importância desta proteção foi afirmada con cer
to vigor quando, en 1875, os proprietários e enpresãrios das
fábricas dc tecidos d a Eahia se dirigiram en. abaixo- assinado
ao Presidente da Província, protestando contra algumas dispo
sições das Instruções expedidas pela Presidência, cn 30 de
junho, nara a execução da Lei n? 1560, do dia 2 6 do nesnones.
/legavam os enpresãrios que as fabricas de tccidos (en número
de dez) organizaram-se ã sombra daquela nroteção (1 ou 2% so
bre as mercadorias enfardadas en tecidos estrangeiros) c man-
tinhan-se nais ou menos prósperas au^ndo a Assembléia Provin
cial aboliu aquela vantagem; acrescendo-se a diminuição da ta
rifa sobre a aniagem de origem estrangeira, as fábricas baia
nas sofreram os efeitos dc tais medidas, tendo algumas redu
zido seu trabalho para a nctade. Correndo o risco de desapa
receram, a Assembleia Provincial resolveu restabelecer a pro
teção original porém os ternos em aue foram baixadas as refe
ridas Instruções, na prática, anulavan o disposto en lei.
A petição, assinada dentre outros por Catilina e
DHIltra, Costa, David A Companhia, Lacerda & I r mãos,Paulo Pe
reira Monteiro e Joseph Revault, foi, afinal, deferida.
Os termos deste abaixo-assinado juntamente con o u
tras referências indicam a importância crucial da proteção go
v e m a m e n t a l para a existência das fábricas de tecidos.
Esta proteção, apesar de seu limites c ambiguida
des , parece ter existido mais cedo ainda do que o indicam a
existência das leis já citadas.
Ha, p o r exemplo, uma carta do deputado Innocencio
José Galvão enviada do Rio dc Janeiro para Domingos José d ' A - morim, fundador da fábrica H.S.da Conceição, datada do 3 dc
julho de 1834, na qual o referido deputado promete lutar para
conseguir-lhe algum privilégio.105
Calmon referc-se a um empréstimo dc 100 contos ãs
fábricas dr Valença (Todos os Santos), â M .S.da. Conceição c
â do Oueimado, aprovado pela Câmara cmando estas Industrie's
entraram cm crise cr. 1846-47.
Fn Ofício ao Presidente da Província de 28 de ja
neiro dc 1849 os nroprietários d?, fábrica Todos os Santos cor_
tinúaip a solicitar ao Governo "a proteção scr.pre liberalizrd,-
a este estabelecimento" pois "os crba.ra.cos e despesas cor. nur-
ter. lutado a r.ais de ouatro annos...vão nuito além de todo:
os cálculos e p r e v i s õ e s ..."*°7
Afirmam ainda, cm Ofício de 18F1, oue "este esta-
belecir.ento ter sido desde a sua creação isento de todos or.
Irpostos p r o v i n c i a e s , em virtude de leis cspeciaes feitas er.
seu favor e d ’outras fabricas."1
Pode-se afirmar, p. luz destas i n f o m a ç õ e s , our.
proteção governamental teve in irrôartar.ta-papelmexister.ciia' des-
tas primeiras fábricas, apesar do certa antiguidade. ? seme
lhança do oue ocorria, cm plflno nacional, eon as sucessivas
reformas tarifarias que visavam mais as necessidades da má~
ouina administrativa oue os interesses da industria; t a m b é m ,
em rla.no repional as alternâncias de concessões r. revogações
dc proteção â indústria devrriam refletir as condições gerais
dr uma. sociedade agrário-escravocrata incapaz dr implementar
ur. consequente projeto de mudança. Neste ouadro, a proteção a
indústria aparece cono uma redida resultante da profunda cri
se da econoria tradicional — a lavour^ de exportação.
Ouanto ã origem destes indust r i a i s , en geral eo
merciantes estabelecidos, connrovart-sc as observações de Ver*
siani e Versiani ouando explicam a. origem das fábricas de t<—
eidos no Prasil, fundadas nor i m portr dores, coro um meio en
contrado por estes comerciantes para resguardar-se das ouedns
do cânbio auo encareciam as imnortacões, tornando vantajosa a
produção interna dc produtos até então importados.
A importância dos tecidos na pauta de produtos dc
importação da Bahia foi mostrada por P.omulo Almeida ao infor
m ara qur "a importação, só de tecidos do algodão er. 1835, era
dc 3.PP4 contos: 47* da importação baiana, er. oue todos os te
cidos participavam com 65%".110
58
Em 136 5 o valor da importação de tecidos de algo
dão na Bahia ascendia a 5 .232:U20$15?111 , quantia nais de
duas vezes superior ao valor de toda a produção brasileira de
tecidos en 1866 (3.586.000 retros no valor de 2.116:000$000)
A produção das fábricas baianas consistia de modo
peral e de acordo con toda a literatura especifica consulta
da, em tecidos destinados a sacaria e roupas para escravos e
trabalhadores^ conforme ja foi visto. Outras fontes especifi
cam melhor a natureza desses tecidos.
Um ofício da fábrica Todos os Santos de 1876 afirma
que sua produção consistia basicamente em "algodão trançado
para sacarias, roupa de escravos e uso doméstico das classes
pobres, mas a sacaria é o principal emprego da r.ossa fazen
da". Produzem ainda ”fio de algodão er novelos para fabrico
de redes, velas, ot c " . * 13
Uma nova fábrica, instalada em 1875 , a II. S. da Pe
nha, enumerou a sua produção er 1876:
128.0 75 metros de fazenda branca de la. sorte
197.550 " " " " " 2 a . "
31.550 " " " de cores diversas e riscadas de la.
s o r t e .
1^.303 Kilogramas de fio em novollos de 500 e 250 gramraas
55.785 sacos
6.960 toalhas franjadas, cor. barras de cores.
A julpar pelas fontes disponíveis, os operário:,
destas fábricas eram livres, com grande proporção de mulhe
res e m e n o r e s .
Em certos casos eram recrutadas em orfanatos. A F a
la de Gonçalves Martins em 18U9 ê bastante esclarecedora so
bre certos aspectos da vida deste operariado. Descrevendo a
fábrica Todos os Santos ele afirma oue "as operarias são ti
radas das classes menos abastadas e algumas da extrema * misé
ria; são mais do 70. Aprendem a ler, escrever, a dansar e a m u s i c a r revelam muita aptidão e habilidade a ponto de se po
der dispensar a presença das mestras estrangeiras contratadas
para lhes ensinar os misteres da fábrica.
T A B E L A - 3
B A H I A - I N D Ü S T R I A T Ê X T I L 1 8 3 4 - 1 8 8 6
FUNDAÇÃO FÁ BR ICAS LOCALIZAÇÃO FUNDADORES ' C A P ITA L EM 1875
OPERÁRIOS EM 1875/76
TEARES1870/76
FUSOS1872/75
ALGODÃO:CONSUMO EM 1875/76 ‘ (K.)
PRODUÇÃO EM 1875/76 TECIDOS (M ) F IO S (K )
MERCADO1858/1882
1834 STO.ANTONIO DO QUEIMADO
SALVADOR
LARGO DO QUEIMADO
MONTEIRO E S P IN H E IR A JU N IO R 4 C IA
100 : 0 0 0 * 0 0 0 90 30 1000 352.000 21 .275
N .S . DA CON CEIÇÃO .
SALVADOR ALTO DO ANTIGO EN GENHO DA CONCEIÇÃO
DOMINGOS JO - 173 :896*000 S Ê D'AMORIM
35 1200 74.450 495.000
TODOS OB SANTOS
VALENÇA À MARGEM DA 2a .C A CHOEIRA DO R IO UNA
BERNADINO DE SENNA MADU- R E IR A .
2 8 0 :000*000 176 4160 300.000 1 .1 0 0 ,0 PERNAMBUCO
S.C A RLO S DO PARAGUAÇÜ
CACHOEIRA ENGENHO TO RORÖ
BAH IA PERNAMBUCO PA R A ÍBA S E R G IP E .
1858( 11- 6)
N .S . DO AMPARO
SALVADOR RUA DA VA LA
JO SEPHREVAULT
VALENÇA BERNARDINOÃ MARGEM DE SENNA MADA 1. CA D U REI RACHOEIRA DO R IO UNA
90 : 000*000
1 20:000*000 68 2400
80 .000 550 .000
42 .000 600 .000
BAH IA E OUTRAS PRO V IN C IA S
BAH IA E OUTROS PONTOS DO IM P Ê R IO
S.SALVAD O R SALVADOR LARGO DA FONTE NO VA. “
ANTONIO FRANCISCO R ¿ B E IR O
100:000$000 BAH IA E OUTRAS PRO V ÍN C IA S DO IM PÉR IO
1873(3-7)
1873(2 4 - 1 )
N . S . DO P I LAR.TAMBÉM D ES IG NADA COMO: BONFIM OU PROGRESSO
N .S . DA P E NHA
SALVADOR FR EG U ES IA DO P IL A R , RUA DA MAN G UEIRA
SALVADOR R IB E IR A DE IT A P A G IPE FR EG U ES IA DA PENHA
L U IS RO D R IGUES D 'ULTRA B FRANCISCO X A V IER CATIfel L IN A
C O STA ,DAVID i C IA .
2 0 0 :0 0 0 * 0 0 0 54 2500
51 2240
9 0 .000 240 .000
42.919 129.825
B A H IA , PARÁ PERNAMBUCO ALAGOAS S E R C IP E R IO DE JA N E IR O R IO GRANDE SO SU L .
BAH IA SE R G IP E ALAGOAS PERNAMBUCO CEARÁ MA RA NHÃO R IO DE JA N E IR O R IO GRANDE DO SU L .
S . BR AZ DA PLATAFOR-
SALVADOR MANOEL FRAN 100 :000*000fa z e n d a PLATAFORMA FR EG U ES IA DE P IR A JÃ
CISCO D 'ALM EID A BRANDÃO E ANTONIO FRAN CISCO BRANDÃO JU N IO R
BAH IA E NORTE DO IM PÉR IO
1 .2 4 3 :89 6 *0 0 0 958 535 14 .748 629 .369 3 .4 6 6 .8 2 5 119.513( 9 FÁ B R IC A S ) ( 8 F Á B R IC A S ) (9 F Á B R IC A S ) (.7 F Á B R IC A S ) (6 FÁ B R IC A S ) (7 F Á B R IC A S ) (5 FÁ B R IC A S )
CONVENÇÕES: 1 - R e fe r e - s e ao ano de fu n d a çã o ou ã m enjão m ais a n t ig a e n c o n t ra d a so b re a f á b r i c a .2 - A c i f r a r e f e r e n t e ao consuno de a lg o d a o da f a b r i c a N .S . do Amparo e n c o n t ra - s e em L 'E m p ir e du B r e s i l a L 'E s p o s i_
t io n U n i v e r s e l l e da 1876 a P h i l a d e l p h i e ; o consumo a n u a l f o i e s t im a d o em b ase de consumo d i á r i o .3 - A p ro d u çã o de. t e c id o s a f i o s das f á b r i c a s S t . A n to n io do Q ue im ado , N . S . da C o n c e iç ã o , Todos os S a n to s e M odelo
e s t á e x p re s s a o r ig in a lm e n t e em V a ra s e L ib r a s r e s p e c t iv a m e n te ( F e r r e i r a , 1 8 7 5 ). A p ro d u ção de t e c id o s da Fábri^ca N . S . do Amparo f o i e s t im a d a com b ase na p ro d u ção d i á r i a . ( L 'E m p i r e du B r e s i l , 1 8 7 6 ).
FO N TES: V id e N o tas do C a p ítu lo 1 , i t e m ; A IN D Ú S T R IA T Ê X T IL NA BA H IA
Os rapazes são tirados do Seminário dos Orphëcs
desta Cidade e ten desenvolvido habilidade bastante na teoria
e prática do trabalho a eue se aplicar, /o entraren são pre
guiçosos e insubordinados, porém cor o tenpo se tornan bons
podendo ser conparados favoravelnente aos relhores da Furona.
Aprendan o nesno oue as. neninas , (acira nencionado). Traba-
Iban desde o ananhecer ate 7,30 da noite tendo 20 minutos pa
ra alnoco, neia hora para jantar, e igual esnaço para a ceia-
ocupan-se depois até nais de 10 horas con suas lições e en-
treteninentos. íTos Doringos passeian e divertem-se ; e apesar
de ^rbos os sexos se acharen confundidos nestes lugares publi
cos ainda não se deu un exemplo de ofensa à n o r a l " * ^ . o ñV-
tor prossegue informando que no aniversário da fabrica ocor
rer. casamentos entre os operarios, teeende ainda alguns comen
tari os sobre a aptidão dos brasileiros para o trabalho.
Ainda sobre o operariado da época, o Oficio d i r i
gido pelr1 fabrica N.S.da Ponha ao Presidente da Provincia, re_
produzido auase na íntegra no Relatório da Silva Hunes de
1877, não sendo uñó descrição tão idílica coro a anterior, é
talvez rais realista ao afirmar aun, en 1975, fabrica prc
du z i o . ..pouco satisfatorianente por diversos motivos: raachi-
nas inteirarente modernas e desconhecidas dos operarios do
paiz: trabalho irregular pela difficuldade da não d ’obra, on£
rarios cheios de vicios e defeituosos en seu trabalho; sem eis
tinulo, tudo fazendo materialmente, ser applicação e por con
seguinte dando um possino resultado. roi necessário reformar
este estado de causas : crear un novo pessoal bastante morali-
sado e disciplinado para o ter-nos assiduo e bon"
A partir de 1875, cuando é fundada a fábrica S.
Praz, transcorre ur. período de ouinze anos sem eue surjaqunl-
euer nova empreza textil.
Contudo, a partir de 1887 ten inicio un período en
oue se procossójn fusões das industrias até então existentes.
Neste nesno ano forma-se una sociedade p or açoes,a
Fmprêza Valonea Industrial, aue engloba as duas fabricas de
tecidos situadas, cm Valcnça, a Todos os Santos c a U.S. do
Amparo.P1
TABE LA - 4
B A H I A - EVOLUÇÃO E CON CENTRAÇÃO DA INDÜSTRIA TÊXTIL 1887/1891
UNIDADES FABRIS FUNDA DA S'E NT RE 1834/86 QUE SE FUNDIR AM EM NOVAS SO CIEDADES ENTRE 1887/91
TODOS OS SANTOS (1844)
N.S. DO AMARO (1860)
STO. ANTONIO DO QUEIMADO (1834)
N.S. DA C O N C E I Ç Ã O (1835)
S.CARLOS DO PARAG UA SSO (1857)
MODELO (1858)
S. SALVADOR (1870)
N.S. DA PENHA (1873)
N.S.DO PILAR (ou BONFIM ou PROGRESSO) (1873)
S. BRAZ (1875) /
SOCIEDADES POR AÇÕES FUNDADAS EM 1887/91 INCORPORANDO FÍBRICAS JÃ EXISTENTES
£
-D
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-0
VALENÇA INDUSTRIAL (1887)
COMPANHIA FABRIL DOS FIAES (1890)
COMPANHIA EMPÕRIO INDUSTRIAL DO NORTE ____________________ (1891)_____________________
COMPANHIA PROGRESSO INDUSTRIAL DA BAHIA •
(1891)
Seus fundadores sõo José Pinto da Silva. Moreira, e
Doningos Gonçalves dc; O l iveira.117
0 capital da snpresa era de 800:0c0$000. Produziu,
or 1893, 7.200.000 metros de tecidos con seus 820 operários,
280 teares e 10.725 fu r o s . 11^
En 1899 , en sucessão a sociedade en comandita por
ações Emprôza Valença Industrial, foi fornada una companhia
anônima denoninada Conpanhi? Valença Industrial con un. capi
tal de 1. FPf): P00$000 , dividido en 8.000 acões.11^
Fn 13 do setcnbro do 1890 foi fundada a Conpanhi-
Fabril dos Fiaes con ca.pital do 500:000$000 dividido en 2.500
•’çõo.s. 0 artigo 29 dos seus Estatutos declara, oue os fins da
Companhia são:
"19 — Fazer acouisição do privilégio concedido ao
Dr.Jose Joaauin Ribeiro dos Santos pela Lc.y Provincial n9 . . . .
2849 do 11 dc Maio de 1389.
29 — Preparar, fiar e tecer juta, linho, algo-
dão o outras ratarias têxteis adauirindo para isto os nais
aperfeiçoados nachinismos c os torro-nos e edificios necessá
rios" . 12°
Contra a concessão desse privilégio se opusera, em
vão, a Valença Industrial, alegando, om Oficio dc 1889 ao Pr£
sidente da Província, ser cie absurdo por não se tratar dc in
troduzir nehhun invento ou indústria, nova, una vez auc os te
cidos oue a nova empresa se propunha a fabricar ja. eram fabri.
cados pela Valença Industrial. Esr.es tecidos, madrasto, morin
e nadapolão, com tres nomes diferentes, serian afinal o algo-
dãozinho já produzido pela Enpreza Valenca Industrial. A ob
jeção não foi aceita e o privilégio permaneceu.
Os fundadores da Fabril dos Fiaes foram o Conmen-
dador /'ntonio Loureiro Vianna, José Joaauin Ribeiro dos San
tos, Pr. Sallustio Pereira de Carvalho, Archibald Mac !Iair,/r
thur Henry Willcox, Charles Vaughan e James Scott V i t h n a l l ,'
os tres últimos comerciantes ingleses da Manchester, r epre
sentados pelo também comerciante inglês, na Babia, ¿rchibald
M^c N a i r . 1^^
Hão é de estranhar a aplicação de capitais ingle-
sep n? indústria, pois esta foi uma f rsc de expansão do capi-
t-’lisro internacional, ouando se intensif irou a exportação de
capitais. De fato, entre 18P5 e 1914 a Grã-Bretanha inverteu
cerca de de seu produto nacional for?, da metrópole, embo-
r?. apenas ?5*i do total desses investimentos sej.-m aplicados
no setor ori v a d o . 123
interiormente um inplÔs , John Edington, fôra o
primeiro diretor d?, fábrica Bonfim12 . C muito provável que
outros europeus tenham oeupr.do cargos técnicos em mais de uma
fábrica na Bahia do século XIX, ura vez oue, até os nossos
dias encontram-s^ com frequência estrenpoiros tanto cr cargos
técnicos como rntre os acionistas.
Por ocasião de sua fundação as ações da Erbril dos
Fi?es estavam assim distribuídas :125
n u a d r. o - u
A C I o r I ? T A S_______________________________________ H9 DE / çri E S
Commendador /ntonio Loureiro Vian na 1.190
Dr.S-^llustio Pereira de Carvalho 10
Pr.José Joaouin Pibeiro dor. Santos 100
Snr. Charles Vaughan 844
rnr. Archibald M^.c Nair 19 7
Snr. James Scott Uithnall 145
Snr. .'rtbur Henry Willcox 10
T O T A L 2 . 5 0 0
Outra Companhia fundada rn 1891 foi a União Fa
bril da Bahia (P de março), com canit?l inicial de ...........
1.540:000$000 dividido cm I e .400 ações, reunindo seis fábri
cas: Sto. /ntonio do Queimado, N.S.da Conceição, S.Carlos do
Paraguassu (em Cachoeira), Modelo, S .S^lv^dor e N.S. da Pe
nha.
Sua primeira diretoria foi constituída por E uge
nio David, Francisco Alvares dos Santos Souza, î'anoel Antonio
de Andrade e Manoel Luiz Pinto Coimbra, oriundos, respecti
vamente, d $ fábricas U.S.da Penh?, S.Carlos, S.Salvador, M o
delo.12 *1 B4
T A B E L A - 5
B AHIA - S OC I ED A DE POR AÇÕES FUNDADAS EM 1887/91 NO SETOR DE FIAÇÃO E TECEL A CE M DE ALCODÃO
DATA D E S I G N A Ç Ã O 1
N9 DE FÃBRICAS
C AP I TA L INICIAL
N9 DE AÇÕES
N9 DE A C I O N I S TAS
OPERÃRIOS-EM1893
TEARESEM1893
FUSOSEM1893
PRODUÇÃO DE T ECIDOS (m) EM 1893
F U N D A D O R E S
1887(30-4)
E M P RE Z A VA- L ENÇA INDUS T RIAL 2 800:0001000 1.560 07 620 280 10.725 2.200.000 JOSÉ PIKTO DA SILVA MOREIRA
DOMINGOS GONÇALVES DE O LI VEIRA(MOREIRA,OLIVEIRA 4 CIA.)
1890 \ (13-9)
CIA. FABRIL DOS FIAES 1 500:000*000 2. 500 07 C OMM.ANTONIO LOUREIRO VIAN
NAJOSg J OA Q U I M RIBEIRO DOS SANTOSDr. SALUSTIO PEREIRA DE CARVALHOARCHIBAL MAC NAIR
1891(6-3)
CIA.UNIÃO FA BRIL DA BAHIA 6 1. 5 40:0001000 15.400 20 805 358 15.885 3.437.786 E UGENIO DAVID
FRANCISCO ALVARES DOS S A NTOS SOUZAMANOEL A NTONIO DE ANDRADE MANOEL LUIZ PINTO COIMBRA
1891(l*-3)
c i a .e m p C r i o
I N D US T RI A L DO NORTE 1 3.000:000*000 15.000 149 697 899 17.144 7.930.000 LUIZ TARQUINI0
LEOPOLDO JOSÉ DA SILVA MIGUEL FRANCISCO RODRIGUES DE M0ARES
1891(8-5)
C I A .PRO C RE S SO I N D U S T R I A L DA B A H I A 2 1 0.000 :0 0 0* 0 00 100.000 87 500 208 7.997 ANTONIO F RANCISCO BRANDÃO
JOSÍ AL V ES FERREIRA
C O NT E NÇ Õ ES * 1 - A fábr i ca da C om p am h ia Empório Industrial do Norte começou a produzir em Nilo^de 1893. A la. Asse m bl é ia G e ral dos Acioniataa r e uniu-se em 16 de Março de 1896. Os dados referentea ao núnero de opararioa e de teares f or a m c ol hidos no K el a tó r io então apresentado, bem assim como a produção, estimada para o ano de 1895, com
baae na p r o d uç ã o diária.
FONTES: Vide Cap. 1, item A INDÜS T RI A TÍXT IL NA BAHIA.P a r a a Cosipanhia E mpório Industrial do Norte os dados referentes a operários, produção e teares são do Relat ó ri o de 1896. P a r a oa fusos a fonte foi a Revista Cidade do Ban de 1899.
T A B E L A - 5
BAHIA - SOCIE D AD E POR AÇÕES FUNDADAS EM 1887/91 NO SETOR DE FIAÇÃO E TECEL AC E M DE ALCODÃO
DATA D E S I C N A Ç Ã O 1
N9 DE FÃBRICAS
C AP I TA L INICIAL
N9 DE AÇÕES
N9 DE A C I O N I S TAS
OPERÍRIOSEM1893
TEARESEM1893
FUSOSEM1893
PRODUÇÃO DE T ECIDOS (m) EM 1893
F U N D A D O R E S
1887 EMPR E ZA VA- (30-4) LEN Ç A INDUS
T RIAL 2 800:000*000 1. 560 07 620 280 10.725 2. 200.000 JOSE PIHTO DA SILVA MOREIRA DOMINGOS GONÇALVES DE O LI VEIRA(MOREIRA,OLIVEIRA í CIA.)
1890 CIA. FABRIL (13-9) DOS FIAES 1 500:000$ 000 2.500 07 C OM M .ANTONIO LOUREIRO VIAN
NAJOSÉ J OA Q U I M RIBEIRO DOS SANTOSDr. SALUSTIO PEREIRA DE CARVALHOARCHIBAL MAC NAIR
1891(6-3)
C IA.UNIÃO FA BRIL DA BAHIA 6 1 . 540:000*000 15.400 20 805 358 15.885 3.437.786 E UGENIO DAVID
F RANCISCO ALVARES DOS SANTOS SOUZAMANOEL A NTONIO DE ANDRADE MANOEL LUIZ PINTO COIMBRA
1891 C I A. E M P Ó R I O (14-3) I N DU S TR I AL
DO NORTE 1 3 .0 0 0:000*000 15.000 149 697 899 17.144 7.930.000 LUIZ TARQUINIO LEOPOLDO JOSÍ DA SILVA MIGUEL FRANCISCO RODRIGUES DE MOARES
1891(8-5)
C I A . P R O GR E S SO I N D U S T R I A L DA BAHIA 2 1 0.000 :0 0 0* 0 00 100.000 87 500 208 7.997 ANTONIO F R AN C IS C O BRANDÃO
JOSfi ALVES FERREIRA
CONVENÇÕES: 1 - A fabr ic a da Compatnhia Empório Induatrial do Norte começou a produzir em Maio_de 1893. A la. A s se m bl e ia G e ral do» Acioniata» reuniu-se em 16 de Março de 1896. O* dados referentea ao número de operários e de Ceares f oram c ol hido» no R el a tó r io então apresentado, bem asaim como a produção, estimada para o ano de 1895, com
base na p r o du ç ão diaria.
FONTES: Vide Cap. 1, item A INDtJSTRIA TÍXTIL NA BAHIA.P ar a a C o m p a n h i a E mpório Industrial do Norte o» dados referente» a operários, p r odução e teare* são do Relat ó ri o de 1896. P ara os fuaos a fonte foi a Revista Cidade do Bem de 1899.
Em 1893, com seus 805 operários, 358 ■•••■teares <•
I S f u s o s a Comnanhia produziu.
Fazendas brancas e de cores dr primeira, segunda
e terceira oualidades ................................. S.lRS.^Rfl r
Lona de primeijpa ....................................... • 8.126 !.
Sacos . . i.............................. 261.540Fiós er novelos ........................................ 67. 502 K
Cobertores ............................................... 1.221
Fio er mearia ............................................ 6 22
"o valor total de 1. OUO: 584.* 5 4 2 * ^
Em 8 do maio de 1891 foi fundada a Companhia Pro--
(■r^so Industrial, incorporando a fáhrica S.Braz (dc Brandão
e C-‘a.) r a fábrica Bonfim ( d r Catilina < D'Hitra).
Feu prir.eiro diretor foi /rtonio Francisco Brandão
e o capital da nova Corpanhia era de 10. nno : íTO$oOO divididos
em cf:m mil ações, ^s maiores acionistas oram Prandão e Cia.
cor 6P.0P0 peões, a Companhia Industrial d^ Melhoramentos da
Bahia cor 12. 500 ações c o Banco Emissor da Bahia cor. 2 0 .0ep
ações. 0 Üirotor-Ca.ixa, eo-fundador, José Alves Torreira, pos
suía em sou nome apenas 200 a cões1^ . Fr 1893 a Cornanhia con
tava cor 500 operários, 2^8 teares e 7.°97 fusos.
/ Comnanhia Er.põrio Industrial do i'orte foi fur.^a-
dada tarbrr cm 1891, (14 dc r a r ç o ) , por Luis Tar<-uinio, L e o
poldo Jopá da Silva e ^iguel Francisco ^edriguos de Moraer?.
Seu capital era de 3.000:^00^000, e contava cor. 697 opcrãrion
e 899 teares. Sua fábrica, na Boa Viagem, surgiu, portanto,• , 1 ip
coro a m aior fabrica de tecidos da B ahia.1
N O T A S
MF.NEZES, R o dr i g o Jo s é de. "Tecitfos - O f íci o do Govo.rna- dor em 4 de f e v e r e ir o de 1736". In: A n a is do A rq u iv o P ú b l i co e Museu do r a ta d o da f ía h ia . Bahia, Tn p r e n s a Of fi c ia l do F st ndo , A ro IX, vol. 13, 1925.
2 -FU R TAD O, Telso. Form ação Fconom ica do F v o r . i l . S. Paulo,
N a c i on a l , 1972, lia. e d ., p . 106-7.
3FUR TA D0, Celso. Op. c i t ., p.142.
^LUZ, N i c i a Vilela. A lu t a p e la in d u s t r ia l iz a ç ã o do B ra s i l . S.P aulo, Dif e l, 1961, p . 29-31.
'’LIMA, Fe i t o r F e r r ei r a. H is t o r i a P o l í t ic o - E c o n ô m ic a e I n d u s t r i a l do B r a s i l . S.Paulo, Na c io n al , 1970 , p. 206-8.
AMA RA L, Luis. H is t o r i a G c ro l da A g r i c u l t u r a B r a s i l e i r a . S. Paulo , N a c io n al , 1940, C ol e çã o Bra sil ia na, 29 vol. p.216.
^ V IN CE NZI , N e l s o n de. 0 a lg o d ão na econom ia b r a s i l e i r a . Pio, O o o r d e n a ç a o da K o b i 1i s a ç ao Ec on ómi ca , 1944, p . 71-92.
RC K T E X . I n d u s t r i a t e x t i l a lg o d o e ir a . P.io, Min. do T r a b a
lho, In d u s t r i a c C om e r ci o , 1946, p . 51-52.
"^MARTINS, F r a n c i s c o Gon ça l v es . F c la que r e c i t o u o P r e s i d en te da P r o v ín c i a da E a h ia na a b e r tu r a da As scm b lca L e g i s l a t i v a cm lQ de M arço de 1851. S.L., T y p o g r a p h i a C o n s t i t u c i o nal , 1851.
1 0 - -M A GA L P A E S , J o a o Jo s é de Moura. F a la auc r e c i t o u o P r e s i
d e n te da P r o v ín c i a da B a h ia na a b e r tu r a da Ascom bléa L e g i s l a t i v a em P.5 de } 'a rç o de 1848. Bahia, T y p o g r a p h i a de Joao Ai- ves P o r tc l l a, 1848.
**HILL, Hcnry. Uma v is ã o do com érc io do B r a s i l em 1808 . S a I vador , E d i ç ã o do B a n c o da Bah ia S.A., 1964.
1 2LIMA, F e i t o r Ferreira. Op. c i t . , p . 206-08.
1 3 CETEX. Op. c i t . , p . 51-52.
1 ¿*VINCENZI, N e l s o n de. O p . c i t . , p.71.
^ D A N T A S , J o a o dos Reis de Souza. P c l a t o r i o com que p assou a a d m in is t r a r ã o da P r o v in c i a ao Fxmo. S r . C o n s e lh e iro re d ro L u iz P e r e i r a de S o u z a, em 29 de m arço de 1882. Bahia, T y p o -
g r a p h i n do 'Di a ri o da Bahia" 1882.
^ M A R T I N S , F r a n c i s c o Go nç al ves . F a l a que r e c i t o u o P r e s i d en te da P r o v in c i a da B a b ia na a b e r tu r a da Asac.m bléa em 4 de j u lh o de 1849. Bahia, T y p o g r a p h i a de Sa l v a d o r M o i t i n h o ,1849.
67
STEIN, St an le y J. The B r a x i l i a n C o tto n M a n u fa c tu re : tex- t i l e e n te rp r i- sc in an u n d c rd e v c lo p c d a r c a 1650/1950. Cainbri- dge, F a rw r a d U n i v e r s i t y Press, 1957, p . 21. De acordo con n o s so l e v a n t a m e n t o n nútnero de fabr ic as dc tecidos ex i st ent es na Fahia en 1H66 d e v e r i a ser 6 e nao 5.
lPLUZ, N i c i a Vilela. Op. c i t . , p . 10.
10LIMA, Re it o r Fer re ir a . Op. c i t . , p . 264.
7 0F U R T A D O , Celso. O p . c i t . , p.l06-0P.
21 - PR AD O JUN I OR , Cain. H is t o r i a Econom ica do B r a s i l . Sao
P-^ulo, R r as i l ie n se , 1967, 10T- e d . , p . 160.
2 2 . . . - — PINTO, V i r g i l i o Noya. B a la n ço das tra n sf o r na ç oo s ccono-
micas no secu In XIX" In: B r a s i l crt P e r s p e c t i v a . S. Paulc,M f e l , 1971, 3? ed. , p . 142.
2 3 PINTO , V i r g i l i o Noya. Op. c i t . , p . 141.
2^STFIN, Sta nl ey J. Op. c i t . , apên di ce VIII.
25 — ~SOPRl?, N.W. In t ro d u ç ã o a P c v o tu ç a o B r a s i l e i r a . Hic.Civ.
B r as i l ei r a, 1963, p . 92.
2 ^PINT0, Vi r g i l i o Noya. Op. c i t . , p . 130.
2 7 IDEf*. Op. c i t . , p. 140-41.
IDEM. O p . o i t . , p . 143-44.
20ID EH . O p . c i t . , p . 144.
3 0 IDEM. O p . c i t . , p . 134 e 140.
3 1LUZ, N i c i a Vilela. O p . c i t . , p . 50-52.
3 2 IDEK. Op. c i t . 3 p.lC.
3 3 LIMA, R e i to r Fe rr eir a. O p . c i t . , p . 265.
3*LUZ, N i ci a Vilela. O p . c i t , , p . 24.
3 ^LIMA, F e i t o r F e rre ir a. O p . c i t . , r-. 264.
q f.LOZ, N i c i a Vil ela. O p . c i t . , p . 36.
3 7 IDEH. O p . c i t . , p . 49.
3 f?IDEM. O p . c i t . , p . 15^-60.
3 9 IDEM. O p . c i t . , p . 160.
4 0 IDEM. O p . c i t . , p . 161,
pn
41T A RO U I N I O , Luiz. Tarifa A d uaneira• Artigos Publicados r.o
i 'trio da Bahia" c "A Bahia'1. Bahia, E st a be l e c i m e n t o Litho- T y p o g r a p h i c c L.H. Li g uor i, 189P.
42LIMA, H ei tor Fe rreira. Op. o it . , p.26T,.
4 3FE R RE I RA , M a n o e l Jcs ui no- Exposição de Philadelphia fl
P r o v i n d a da B ahia . Rio de J a ne ir o, Ty p og r a p h i c Nac ion al , 1^75, p . 75-77.
44VI AN NA, F r a n c i s c o Vice nt e. Memória sobre o Estado da Ba
hia. Bahia, T y p o g r a p h i a e E n c a d e r n a ç ã o do "Diario da Bahia" 1*93, p . 272-76.
45STEIN, Sta n l ey J. Op. cit. p. 21 e 191. De acordo con no_s
so l e v a n t a m e n t o terem os p a r a a Bahia: 1r 6 6 : 6 fábricas: 1^75e 1 r*^5: 10 fábricas.
46LIMA, Fe it o r Fer re ir a . Op.cit., p . 2 5 r _ 59.
4 7 F U RT AD O, Celso. Op.cit., p . 142.
* IDEM. O p . c i t . , p . 146-47.
49LIMA, He it or Ferre ir a. O p . cit., p.30r.
^ L U Z , Ni cia Vilela. Op.cit., p. 161.
^*LIMA, Hei t o r Fer reira. Op.cit., p . 309.
5 2 IDEM. Op. cit. , p . 311.
^ ^ V I LL E L A e SUZIGAN. Política do Governo e Crescimento da Economia Brasileira 1889-1945. Rio, IP EA -IN PE S, 1973, p . 33.
54P R ADO JUN IO R, Caio. Op.cit., p . 220.
5 5 IDEM. Op. c i t . , p . 221.
■^CALMON, F r a n c i s c o M ar q ue s de Goes. Vida Econômico-Finan- ceira da Bahia (Elementos para a Historia) 1808-1899 . Bahia, I m pr e ns a O f fi c ia l do Es at do , 1925, p . 110.
^ 7A L MF I DA , Romulo . "Tr aç os da H i s t ó r i a Ec o nô m i ca da Eah ia no ú l t i m o século c me io " In: Revista dc Economia o F inanças. Sa lv ad o r , I n s t i t u t o de E c o n o ’ia o F i nan ça s, Ano IV, n9 4, 1952, p . 72.
s r .C A LM ON , F r a n c i s c o Ma r q u e s de Gces. Op.cit., p . 115-16.
^ B A E R , W e r n e r e V I L LE L A, Ann ibal. " C r e s ci m e nt o i n d u s t r i a l e i n d u s t ri a l iz a ça o . R e v i sõ e s nos estági os do d e s e n v o l v i m e n t o ec o n ô m i c o do Erasil". In: Dados n9 9, 1972, p . 114-134.
6 0 IDEM. Op. c i t . , p . 115.
61V I L L E L A e SUZIGAN. O p .c i t ., p . 43*.
6 2 BAER, W e r n e r e VI L LEL A, Aniiibal. Op. cit., p . 116-17.
6 3 IDEM. O p . c i t . , p . 114.
64STEIN, Sta n l ey J. Op.cit., p . 124-191.
6 5 1DEM. Op.cit., p . 90-100.
6 6 VILl.ELA e SUZIGA N. Op. cit., p . *3-85.
_ ^ 7FI SHL OW, Albert . "Or i ge n s e co ns cqu cn ci as da s u b s t i t u i ção de i m p or ta ç õ es no Brasil" In: Estudos Econômicos . vol.2, 1972, n9 6 , IPE-ÜS P, p . 13.
^ ' VE R S IA N I, F l a v i o R a b e l o e VER SI A NI , M ar i a T e re s a R.O. A industrialização brasileira antes de 1930^ Uma contribuição. U n i v e r s i d a d e de Bras ili n, I n s t it u to de Ciê nci as H u c a n a s , D e p a r t a m e n t o de Eco nomia. T ex tos p a r a D i s c u s s ã o n9 22 ,19 74, p . 4.
6 9 IDEM. Op. cit., p . 7.
7 0 IDEM. Op.cit., p.P-10.
7 *CASTRO, Ant on io. Sete ensaios sôbre a economia brasileira. Rio, F or en se, 1971, 29 vol. , p . 107.
7 2 STEIN, S t a nl e y J. Op. cit., p . 21.
73BRANNER , Jo h n C. Cotton in the Empire of Brasil. Wa s
hin gt on, G o v e r n m e n t P r in t in g Of fi ce , 1TP5, p . 47.
7 ^ A N D R A D E , Ma n o el C o r r e i a de. Geografia Econômica do Nordeste. S. Paulo , Atlas, 1970, p . 36.
7 5 STEIN, S t an l e y J. Op.cit., p . 21.
7 6 IDEM, IBIDEM.
7 7 D A NT A S, Jo a o dos Reis de Souza. Relatório com que passou a administração da P r o v i n d a ao Fxmo. Snr. Conselheiro PedroLuiz Pereira de Souza, em 29 de Março de 1882. Bahia, T y p o g r a p h i a do " Di a r io d a Bahia" 1<?*2, p . 99-102.
7 f* .M A RT I NS , F r a n c i s c o Go nça l v es . Fala que ' reaitou jo Pre
sidente da P r o v i n d a da Bahia, na abertura da Assembléa em4 de julho de 1849. Bahia, T y p o g r a p h i a de S a lv a do r M o i t i n h o ,1P49.
7 5 AR Q U I V O DO E S T A D O DA BA HI A ( A E B ) . Carta de 3 de julho de 1834, em P r e s i d e n c i a da Pro v in c ia , Serie A g r i c u l t u r a — F a b r i cas 1P29-IPP7. Ma ço 4.602.
p 0 .CA LMON, F r a n c i s c o M ar q ue s de Gocs. Op.cit., p . 62.
PIA E B . Do c u me n t o s D iv er so s, 24 de janeiro de 1061, cm P r e
s i d e n c i a c! a P r o v i n c i a - Serie Ag r i c u l t u r a - Fabri cas 1H39-l^.PQ Ma ç o 4.603.
P2ALME ID A, Roraulo. O p . c i t . , p . 71.
p 3 „AEB. O f i c i o de 26 de jun ho de lf*61, cm P r e s i d e n c i a da
P r ov i n ci a , Serie A g r i c u l t u r a - Fábric as l!'39-lf,'9 Maço 4.603.
rAJ U N T A C O M E R C I A L DO E STA DO DA BAHIA, (JUCEB). C on tra to s c D i s t r a t o s , l r 73, doc.3".
0 5JUCEB, C on t a r t o s e Dis t r at o s, lr91, vol. 9^6-1013, doc.
17.
P6BRA NN ER, Jo h n C. C o tto n m th c Fm p irc o f B r a z i l . W a s
hi n gto n, G o v e r n m e n t P r i n t i n g Of fi ce , lr i"5, p . 42-3.
P7 ,AEF. O f i c io do P r e s i d e n t e da P r ov in cia , de 3 de janeiro
de 1^77. em P r e s i d e n c i a da Pr o v i n c i a , Serie A gr i c u l t u r a - Fãbricas i r 3 9 - l? f 9 Maç o 4.603.
M A G A L H Ã E S , J n ã o Jo sé de Moura. F a la do P r e s id e n t e da Pro v i n c i a da B a h ia na a b e r tu r a da Ass e n b lé a L e g i s l a t i v a em 25 de M arço de 1848. Bahia, T y p o g r a p h i a de Jc a c Alves Portella, 1T4P, p . 50.
PODAN TAS, J o a o dos Reis de Souza. O p . c i t . , p . 99-102.
90 , .AEP. O f i c i o ao P r e s i d e n t e da Pr ov in c i a, 1°61, cr. P r e s i
de n ci a da P r o v i n c i a , Se ri a A g r i c u l t u r a - Fa bricas 1P39- l01'' Março 4.603.
01DANTAS , Joa o dos Reis de Souza. O p . c i t . , p . 9 9“102.
9 2VIANNA , F r a n c i s c o Vicent e. 0p. c i t . , p. 272-74 .
93D A NT A S , Joao dos Reis de Souza. O p .c i t . , p . 99-102.
94C A L M 0 N , F r a n ci s co Ma r qu e s de Goes. Mensagem , n p rasu n tad a
a A sscm b lca L e g i s l a t i v a em 7 de A b r i l de 1925. Bahia, I mpr en sã O f f ic i al do Estado , 1925, p . 195.
^ P A R P O S A , Mario. A sp e c to s Econôm icos e F in a n c e i r o s do E s tado da B a h ia . Fahia, I m pr e n sa O f fi c ia l do Estado, 1931, .p. 15.
96AL M EI D A , Romulo. O p . c i t . , p . 67.
9 7 STEIN, S ta n l ey J. O p . c i t . , p . 191.
9 7A ~A e s t i m a t i v a da p r od u çã o b r a s i l e i r a de tecido
c a l c ul a da pelos e c o n o mi s ta s Jo s é Sergio G a b r i el l i L e o p o l d o Me i r a, p ro f es s o r e s da UFFa. , aos quais o dece t a mb é m pel o e s tí m u lo encontr ad o.
cm 1R75 foi e A n t o n i o au t or ngra-
71
o pAFr. O f i c i o no P r e s i d e n t e da P r o v i n c i a do 2r- 9- l P7 6 er
P r e s i d e n c i a da P r ov i n c i a , Serie A g r i c u l t u r a - F áb ri ca s 1"32- 1 ^ 9 Ma ç o 4.603.
ng ,AET. Of i c i o ao P r e s i d e n t e da P r o v i n c i a de 1870, en P r e
s i d e n c i a d a Pr o v i n c i a , Se rie A g r i c u l t u r a - Fábricas 1 T 3 9 - l ,'r9 Maç o 4.603.
* ®^ DAN TA S, J oã o dos Reis de Souza. Op.cit., p . 99-102.
*°*LE?.0, J o a q u i m A n t a o Fe rna nd os. Rotatorio com que passou a administração da "Provincia da Pahia ao Exmo. Snr. Conselhei ro Antonio Coelho de Sá e Albuquerque em 30 de setembro <fõ 1862. Pahia, T y p o g r a p h i a de A nt o ni o Olavo da F ra n ç a Guerra, 1P62, p .60.
102 - .AET. O f i c i o ao P r e s i d e n t e da Pr o v i n c i a 1"76, en P r e
s i de n ci a da P r o v i n c i a - A g r i c u l t u r a - Fáb ri ca s 1039 -1 PP9 M a ço 4.603.
103 — —M A G A L H Ã E S , Jo ao José de Moura. Op. cit. , p.50.
104AEF. A b a i x o - A s s i n a d o ao P r e s i d e n t e da T r o v i n c i a lc 75] -5en
P r e s i d e n c i a da P r o v i n c i a - A g r i c u l t u r a - Fá b ri c a s lf'39-lP'!9 Maço 4 . fi03.
^ ^ A E T . G A L V Ã 0 , I n n o c e n c i o José. C a rt a a Dom in g o s Jos é d',A m o r i n em 3 de j u lh o de 1”34, en P r e s i d e n c i a da P r o v i n c i a A g r i c u l t u r a - F á b r ic a s 1 f29-lPA7 Maç o 4.602.
*°^CALM0N, F r a n c i s c o M ar q u e s de Goes. Vida Econômica e Financeira. . .p •64.
^ 7AET. O F ÍC I O ao P r e s i d e n t e da P r o v i n c i a e papé is diverso sde 2^ de j a n e i r o de l"4r-, en P r e s i d e n c i a da Pr o v i n c i a - A g r i cu lt ur a - F á b r ic a s lf'39-lPP9 Maço 4.603.
10 PAET. O F Í CI O ao P r e s i d e n t e da F r o v i n c i a o papeis diverso s
de 1-61, em P r e s i d e n c i a da P r o v i n c i a - A g r i c u l t u r a - Fábricas lP 39 -i r r 9 M aço 4.603.
in9V E RS I A N I e VER SI AN I . O p . cit., p.fl-13.
110A L M E I D A , Romulo. O p . cit., p.71.
^ ^ D A N T A S , M a n u e l P i n t o de Souza. Relatorio apresentado a Assembléa Legislativa pelo Presidente da Provincia em 19 de Março de 1866. Pahia, T y p o g r a p h i a de T o u r i n h o & Cia., 1^66.
1 1 2 STEIN, St a n l e y J. Op. cit., p.191.
113AEP. O F Í C I O ac P r e s i d e n t e da P r o v i n c i a do 2fi de se t e m b r o
de 1^ 7 6 , em P r e s i d e n c i a da P r o v i n c i a - A g r i c u l t u r a - F á b r i c a s 1 T 39 - 1P G 9 Ma ç o 4.603.
72
NUNE S, Luis A n t o n i o da Silva. Relatorio com quo ao Exmo. Snr. Dezembargador Henrique Pereira de Lucena passou a administração da Provincia, em S de fevereiro de 1877. Tah i a. T y- p o p r a o h i a do "J o rn a l da Pahia", 1H77, p . 6 6 .
**^ MA RTI NS , F r a n c i s c o G on ç alv es. Fala do Presidente da Prc- vincia na Abertura da Assembléa Legislativa em 4 de julho d .• 1849. Pahia, T y p o g r a p h i n d e Sa l va d or Moit inh o, 1 ^ 4 9 ,p .37-39.
^**NUNES, Luis A n t o n i o da Silva. Op.cit., p . 64.
* * 7LUCPP. C o n t r a t o s e_D i s tr a to s , l^PK, doc. 29. O b s .: A dat a na lo n ba d a do v o l u m e nao c o r r e s p o n d e ne c es s a r i a m e n t e às Hatas dos do cu m e nt o s nele contidos.
1 lf*VI AN NA, F r a n c i s c o Vicente. Op.cit., 273-74.
1 1 9 JUCEF. Co n t r a t o s e D is t rat os, l " c 9, Vnl. 1P24-1902, doc. 174.
120JUCET. Co n t r a t o s e D is t ra t o s, 1^90, doc. 56.
121AEP. OF Í C I O ao P r e s i d e n t e da P r o v i n c i a de l^fQ, Cm Tre-
sif’enc ia da Pr ov i n ci a , A g r i c u l t u r a - Fabr ic as l ~ 3 9 - l P n 9 Maço 4.*03.
12 2JUCFP. C on t r a t o s c Di s t r a t o s , l r 90, doc. 56.
12 3 -SUNKEL, Osva ld o. O marco historico do proccsso desenvol-
vimento-subdesenvolvimento . Rio, F o ru m Ed., 1971, p . 16.
1 2 ^DAN TA S, J o ã o dos Reis de Souza. Op.cit., p . 39-102.
* 2 ^JUCEP. C o n t ra t os e Di st r a to s , 1^9^, doc. 56.
* 2 *JUCEF. C o n t r at o s e Dis t ra t os , 1^91, Vol. 9G6 -1013, doc.21.12 7
VI AN NA, F r a n c i s c o Vi cente. Op. cit. , p . 273.
JUCEP. C o n t a r to s c Di s t r a t o s , ln91, vol. 1016-104«?, doc.47.
* 2 9 VI AN NA , F r a n c i s c o Vi cente. Op.cit. , p . 274.
1 30 C O M P A N H I A E M P Õ R I 0 I N D U S T R I A L DO NORTE. (CEIN). Relatorio da Diretoria em IP de Março de 1898. Pahia, Im p ren sa Popu ~ lar, 1H9*.
114
73
C A P I T U L O 2
A FUN DA ÇÃO DA C O M P A N H I A EMPÓR IO
IH D US T R I/ L DO NORTE
A Companhia Empório Industrial do Morte foi uma das
vinte e nove empresas fundadas na Bahia em 1891, dentre as
quais três eram do setor têxtil.
Era a época do E n c i l h a m e n t o , e muitas destas empre
sas não sobreviveram, o que, porém, não foi o caso das Compa
nhias forradas na Bahia no ramo de fiação e tecelagem de algo
dão.
A importância dos empreendimentos texteis fundados
em 1891 pode ser aquilatada comparando seus capitais totais,
que atingiam 14.540:000$000 , com o total do capital de todas
as empresas então fundadas, cerca de 60.000:000$000.2
Ou seja, a indústria têxtil contava com quase a
quarta parte dos capitais investidos em novas empresas em
1891.
0 capital da C ia. Empório Industrial do Norte, por
sua vez, equivale ã quinta parte dos capitais das Companhias
do setor têxtil fundadas em 1891.
Deve-se levar em consideração, contudo, que a Com
panhia Empório Industrial do Morte dispunha apenas de uma uni
dade fabril enquanto as demais Companhias fundadas em 1891
eram formadas de duas unidades (Cia. Progresso Industrial da
Bahia) ou de seis (Cia.União Fabril da Bahia), o que permite
avaliar m e lhor as dimensões da fábricas da Cia. Empório, de
signada ÍFãbrica da Boa Viagem e também conhecida na época co
mo "a fábrica de Luiz Tarquinio".
L U I Z T A U Q U I N I O
Em 1895, dois anos após o início do seu funciona
mento, ela detinha a terça parte dos operários, auase dois
terços dos teares e, possivelmente, quase a metade da produ
ção dentre suas congêneres fundadas em 1891.3
Se ao invés de se comparar as diversas Companhias
entre si, se compara as diversas unidades fabris, tomadas iso
l adcm e n t e , então sobressaem mais ainda as dimensões da fábri
ca de Luiz Tarquinio, cujo número de teares era seis vêzes na
ior aue o da fábrica S.Braz, que em 1893 tinha 151 t e a r n , o
maior número então, uma vez que a Todos os Santos apresenta
um número menor que em 1875, 135 teares.
Também o número de operários, e possivelmente a pro
d u ç ã o , superavam as cifras alcançadas pelas outras fábricas.
0 PLANEJAMENTO
Embora surgindo no auge do E n c ilhamento, a Ciá..Empc
riò; Industrial do Norte (de agora em diante designada tam
bém p or sua sigla - CEIN) não parcce ter sido fruto de qual-
auer cálculo imediatista, visando ã especulação pura e sim
ples conforme o clima da época. Seu planejamento cuidadoso, a
personalidade de seus fundadores e sua própria solidez poste
rior não condizem com a aventura especulativa.
Um documento, de fevereiro de 1891, conservado pela
empresa, contém alguns d¿dos reveladores do espirito que pre
sidiu a sua fundação^. Afirma o referido documento:
a) Pretende-se produzir 12 milhões de metros de te
cido de algodão crú, p or ano, necessitando para isso 970 ope
rários e chefes, 21.664 fusos e 918 teares.
0 consumo de tecidos de algodão crú em todo o Bra
sil atinge 80 milhões de m e t r o s , anualmente.
Esse tecido, fabricado em Manchester com algodão de
"primeira escolha" do Brasil ou Egito custa, ao chegar ao
país, inclusive comissões, despesas e transporte, $150 o m e
tro.
Ao mesmo cambio e adicionados os actuais direitos
custa o mesmo tecido $255 o metro.
"Para produzir 10.000.000 de eetros de tecidos aci
ma, bastão:
Na Inglaterra 550 trabalhadores
N a Alemanha e Suiça 6 20
Na Italia 750
C aLculando-se a despeza sobre 970 pessoas tem-sc
um? grande margem, principalmente atendendo-se ã facilidade
e inteligência com que os nacionaes bem dirigidos se adaptão
a qualquer trabalho" .(
Segue-se um balanço simulado e outros cálculos ten
dentes a provar a rentabilidade do empreendimento, além de
uma série de "considerandos":
"Considerando-se que parte as despezas (sic) acom-
panhão a produção e que o capital de 1.500:000 $ 0 0 0 , só será
chamado quando esta approximar-se do seu máximo;
Considerando-se que os preços adoptados para a ven
da do tecido são muito aauem do que podem custar similares es
trangeiros com os impostos a c t u a e s ;
Considerando que mesmo baixando o preço ao dos m er
cados productores da Europa, não ha risco para o capital.
Considerando-se que as actuaes fabricas do p a i s ,
p ela sua capacidade e organisão (sic) estão longe de poder
competir com esta que poderá dobrar a sua produção com argu
mento relativamente pequeno de capital; pois é facto averigua
do e incontestado que nas grandes industrias succumbem sempre
as pequenas fabricas em proveito das grandes; (este parágrafo
está riscado no original. N.do A.).
Pode-se asseverar que no anno immediato ao da ini
ciação dos trabalhos os Snrs. accionistas verão os capitaes
empregados na presente Empreza auferir lucros superiores a
15%.
Sem os elementos de que dispõe a Directoria e sem
as vantagens económicas e climatéricas com que podemos con
tar, as gerencias de algumas fabricas idênticas na capital fe
deral dividem sob o titulo dividendos e bonus mais de 20% do
capital realisado.
Diretoria da "Emporio Industrial do Norte" espera
muito melhores resultados graças a:
Proficiência d o pessoal technico superior;
Perfeição das machinas adoptadas;
Boa organização e divisão do trabalho;
Meios que possuem de dar prompta sahida ás mercado
rias ;
Regularidade de fabricação;
accondicionamento dos produtos;
Exacto cumprimento dos contractos;
Força do capital e credito de que poderá despor.
Seguros do bom resultado de tal emprehendimento os
seus iniciadores alem do que lhes pode tocar como simples ac
cionistas contentão-se com a sobra de lucros desconhecidos en
tre nos para emprezas de qualquer natureza, e que satisfarão
ao mais exigente capitalista.
Assim alem da metade dos lucros que excederen a
15% sobre o capital realisado so terão «lies a gloria de te
rem concorrido para o progresso deste Estado estábelecendo
fontes de riqueza isentas do maléfico germen de destruição
que se chama protecção official
b) A última frase acina citada não é a única en que
o espirito liberal dos fundadores transparece de maneira ine
quívoca. Logo abaixo d o nome da empresa, na primeira página,
aparece a frase:" Empreza organisada sem privilegio nem favo
res do g o v e r n o " .p
Após mencionar que a finalidade da Empresa é a "ex
ploração de industrias nas quais possão ser utilisadas mate
rias primas indigenas"®, afirma-se que "So serão exploradas
industrias que possão suportar a naifí livre concurrencia sem
perigo p a r a sua existencia e cujos productos encontrem nopaiz
consumo certo e avultado a ponto de supportar fabricas cujo
pessoal nunca seja inferior a 300 operarios"10. Mais -adiante
declara-se que "Não pretendendo a Empreza privilegios e favo
res dos poderes públicos, não pode sem prejuiso de seus in
teresses declarar quaes as industrias que no futuro pretende
e xplorar". “
0 mesmo documento afirma ainda que "a garantia do
sua prosperidade reside no estudo profundo das condições so
ciaes, economicéis e commerciaes do paiz, em urna activa e i r¡
telligente administração e principalmente nos conhecimentos
longa pratica do pessoal technico inferior e na p r e f e r e n c i a s
grandes install a ç õ e s , como únicas capazes de dar resultado.0
satisfactorios" .12
Os trechos c itados confirmam o cuidado com que se
preparou o lançamento da empresa e prevalecimento de um espi
rito liberal muito difundido na época. Perceberam os liberáis
baianos aue a proteção dispensada pelo Estado à industria na
cional, através da taxação dos tecidos importados demonstrada
p or seus próprios cálculos, era o fator que lhes permitiria
levar avante um empreendimento que eme. futuro próximo confir
maria as expectativas dos seus fundadores. Não obstante ex-
tremavam-se em seu liberalismo económico.
A LOCALIZAÇÃO
A fábrica localizou-se na Boa-Viagem, então un su
burbio, relativamente próximo do porto e da única estação fer
roviãria da cidade. Dispunha, contudo, do seu próprio ancora
douro: de um cais de 240 metros de extensão e 840 metros cú
bicos de alvenaria parte uma ponte com 150 metros, de compri
mento e 3,65 metros de largura, solidamente construída corri
madeira de lei. Um guindaste a vapor carrega ou descarrega
os navios que aí aportam, mesmo os de maior calado e em qual
quer maré. Uma linha de trilhos de bitolà estreijtdÉstendiá-se 'do
finaLda ponte Até ãs dependências da fábricas, facilitando r
transporte dos bens de produção i m portados, principalmente o
carvão, aue era conduzido até um depósito com capacidade para
1.200 toneladas ou diretamente para as fornalhas. Também se
remetia p o r este cais os produtos da fábrica para os demais
estados do Brasil.1 ^
Sendo alagadiço o terreno em que se assentaria a fã
brica e principalmente a Vila Operária, houve necessidade de
sanear previamente o local. Para isso procedeu-se ã desseca-
ção do terreno: as diversas nascentes oue tornavam a área par*
tanosa f o r a m • canalizadas para um grande reservatório de
40,30 m de comprimento por 22,22m de largura e 3m de profun
didade, servindo às necessidades da fábrica. Um outro reser
vatório de 43,50m de comprimento p or 28,50 de largura e 1,50
de profundidade foi construído em 1899 para atender às neces
sidades crescentes do estabelecimento.
Uma muralha de alvenaria, construída à profundidade
de dois metros, ao longo de uma elevação nos fundos da Vila,
garantia a área ocupada pelos edifícios da humidade, ser
vindo simultaneamente de vala de drenagem para as águas de
chuva ou lavagens das ruas da V i l a . ^
EDIFÍCIOS E MAQUINARIA
0 edifício principal, onde se encontra instalada a
fábrica, ocupa uma área de 21.600 metros quadrados.
Os engenheiros oue participaram da construção da
Fábrica e da Vila Operária foram Augusto Weilemann e Augusto
Frederico de Lacerda, de acordo com P. Madureira de P inho.15
0 Relatório de 189 6 esclarece que "o serviço geral
da Fabrica acha-se sob a immediata fiscalisação do distincto
e operoso engenheiro Sr. A. Weilenann, oue desde o seo inicio
tem dirigido todos os serviços de construcção dos e d ificios,
installação dos 7 nachinismos e organis ação do trabalho, dr
modo o mais cabal, sendo uma prova real de sua pericia o sur-
prchendente facto de fazer erigir um edificio collossal, ao
mesmo tempo que toda a structura de ferro era por indicação
sua fabricada na Europa, a qual ao ser ajustada não deo logar
a que se cortasse uma pollegada de ferro siquer, tal era a
exactidão das medidas e da execução".1"
Em 1896, embora estivesse cm funcionamento h á três
anos, e totalmente concluídos os trabalhos do edifício da Fá
brica, ainda não estavam completos os trabalhos de instalação
e das dependências, daí o seu funcionamento com vim número dc
operários e de teares m enor do que fora previsto no Prospecto
de Lançamento. Logo porém, em 1899, as cifras previstas se-
81
F O T O 2
F A C H A D A D A F Á B R I C A D A BOA- V I A G E M - F O T O D E 1 9 4 3
ri am alcanç a d a s .
0 edifício da Fábrica foi todo construído de alve
naria e ferro. Possui dois pavimentos. No inferior situan-se
15 compartimentos assim distribuídos:
2 para t e a r e s ;
6 para preparação de fios;
2 para depósitos de fios e fazendas;
2 para oficinas de mecânica, carpintaria e ferra
ria;
2 para m o t o r e s ;
1 para caldeiras.
No pavimento superior há tres grandes salas ocupa
das pelos escritórios dos diretores técnicos e pelo almoxari-
fado.
A chaminé, com 34 metros de altura, foi construída
por um especialista enviado pelos construotores Custode K
Cia., de DÜsseldorf (Alemanha), construída toda com tijolos
ingleses especialmente fabricados, tem suas camadas inferio
res revestidas de materiais refratãrios, assentando sobre um
alicerce de concreto com 2 metros de espessura, que, p or sua
vez, tem por base forte estacada, atingindo uma profundid_a
de de 8 metros.
A fábrica, nas palavras do engenheiro Dr. José Si-
mào da Costa,não era a maior do mundo, no seu gênero, "cor.io
aliás e idéia corrente entre n ó s . " 1® Esta observação é signi
ficativa e demonstra a repercussão que obteve na época o er,
p r e e n d i m e n t o , não só pelas suas dimensões, ate então desco
nhecidas na Bahia, como, mais ainda, pelos seus aspectos so
ciais, dos quais se tratará mais adiante.
Se o empreendimento não ora o maior do mundo, con
tinua o engenheiro, "podemos asseverar (e falamos com a limi
tada autoridade de quem ja viu o que, na especie, ha de m a i
or e mais perfeito, na Europa e nos Estados Unidos da America
do N o r t e ) ... q u e , sob o ponto de vista de installação previden
te, e em tudo visando á economia, pode equipar-se, v a ntajosa
mente, aos mais perfeitos e modernos de além mar, e está, sem
dúvida alguma coisa acima da média das installações que não
têm melhorado seus machinismos durante os últimos cinco an-
n os."1^ '
Oue a fábrica fosse das mais modernas e bem apare
lhadas pode ser explicado p ela familiaridade de Luiz Tarqui-
nio com tudo aquilo que se relacionasse com tecidos, fami
liaridade adquirida numa vida inteira dedicada ao seu comér
cio e em constantes viagens aos grandes centros têxteis da Eu
ropa. Devido ao seu conhecimento do maquinário têxtil é qur
ele recusou ofertas de íFãbricas completas, preferindo esco
lher o m elhor de cada fornecedor.20
O b 899 teares e as 96 diferentes máquinas que a fá
brica possuiasão movidos por dois motores de força de 350 ca
valos cada um, sendo o vapor fornecido por 5 caldeiras multi-
b u l a r e s , das quais, pela sua eficiência, só três precisam fun
cionar, ficando duas em repouso.21
0 maquinário era'dnglês :teares lisos de Harling ?<
Todd, teares xadrez de BUTTER-WORTH, Dobradeiras de Hacking
& Co., cardas de HOWARD & BULLOUGH, batedores de PLATT BROS,
tornos e calandras de FELBER JUCKüR.
Na p?.rte dos fundos do edifício da fábrica encon
tram-se os motores de todo o maauinismo e as caldeiras.
Os motores, os mais perfeitos no sistema Compound,
com condensadores de superfície, desenvolvem 350 cavalos de
força, cada um. As caldeiras são do tipo BABCOCK & W I L C O X ,for
n e c e n d o , sob a pressão de uma média de 120 libras por polega
da quadrada, o vapor necessário aos trabalhos do estabeleci
mento. 22
Sobre o teto do edifício um tanaue alimenta as cal
deiras can água pura bombeada dos reservatórios situados do
lado oposto da fábrica, já referidos. Outro tanque é provido
de água do mar utilizada para lavagem de dependências da fá
brica.
No primeiro edifício localiza-se o Salão B r a n c o , já
com 1.000 teares em 1899, assim designado p or serem aí p r e
parados os tecidos brancos ou com finos riscados de cores. Em
compartimento separado encontram-se sete máquinas enroladei-
ras e dez urdideiras.
No Salão de Cor uma variedade de utensílios e apare
84
lhos destina se ã tinturaria dos fios de algodão. Em um g ran
de deposito estão armazenados drogas, tintas e accessõrios.Em
um completo laboratório são ensaiadas as composições químicas
com que o fio é tingido. A ceção de tinturaria conta aind.’
com 9 tanques de madeira forrados de ferro galvanisado, ond-
0 fio é submergido para absorver a tintura neles prepar^d^
1 bomba a vapor Duplex, para água condensada; 4 tanques com
capacidade para 10.000 litros de águas condensada; 1 turbina
para ressecar o fio; 6 Jiggers para tingir fazendas; 1 máqui
na de engomar e ressecar meadas dc fio; 2 máquinas para esti
rar e escovar meadas; 2 grandes estufas munidas de ventilado
res que alí introduzem ar aquecido ou frio, conforme a neces
sidade. No Salão de Cor c menor o numero de teares (1R6 no
ano de 1899).
Em outra secção encontram-se 11 enroladeiras, 11
caneleiras, 7 urdideiras, 5 urdideiras seccionais, 4 agitado
res de goma mividos a vapor, 2 engomadeiras de fio, 1 engoma-
deira de fazendas, 7 grades para liçar, 8 suportes para rolos
de fio, 1 calandra para alisar c lustrar tecidos, 2 máquinas
para tecer cordões delulares, 1 prensa hidráulica e 1 máquina
de costura locomovei.
T oda a matéria prima preparada na fábrica ou impor
tada do estrangeiro (fios) é depositada num compartimento es
pecial onde é pesada, registrada e distribuída ãs secções a
que se destinam. Nesta repartição pode a gerência observar a
marcha geral do trabalho através do consumo da materia-prima
que sai d aí.23
Na secção de fiação, além das máquinas denominadas
abridores, existem 6 batedores, 36 cardas e 9 máquinas dc es-
tiragem. 0 número de fiadeiras ascende a 18, com £.04 8 fusos
para fio de trama e 4.864 fusos para fio dc urdir, em outras
16 fiadeiras. Outras máquinas desta secção: meadeiras , dobra-
doras mecânicas, máquinas para beneficiar estopa, m áquina pa
ra encapar rolo de fio, etc.
0 serviço para prevenção de incêndios seria sufi
ciente para uma pequena cidade: borba de incêndio sobre ro
das, canalização com bocas de espaço, tudo destinado a fun
cionar com água sob pressão suficiente para atingir qualquer
85
distância dentro do edifício.24
Do lado oposto à fábrica, além da Vila Operária e
dos tanques já referidos, situa-se uma série de enormes depó
sitos utilizados para o armazenamento de algodão e 'anilinas ,
servindo um deles como carpintaria, um outro posteriormente
veio a ser utilizado como almoxarifado e um terceiro como re
feitório e nos dias atuais, parcialmente como "arquivo mor
to". Encontram-se também aí um campo de basket-ball e um gran
de terreno utilizado como campo de futebol, alem de uma cas.’
para tratamento da água, um gasogênio e mais um depósito pos
teriormente utilizado para localizar os geradores. Comp.etam
o conjunto três tanques elevados e um outro, pequeno, ao ní
vel do solo.
A VILA OPERÁRIA
De toda a obra de Luiz Tarquinio, o aspecto que
maior atenção despertou foi, sem dúvida, o da assistência so
cial dispensada aos operários da sua fábrica, consubstancia
da na Vila Operária.
0 seu plano geral foi inspirado nas Tennement Hou-
ses britânicas, habitações cujo padrão foi estabelecido pelo
governo inglês. A Vila imita-lhe apenas a disposição dos edi
fícios, acrescentando um pequeno jardim na frente de cada ca
sa.
Os oito blocos de casas que compõem a Vila Operária
estão dispostos paralelamente, ocupando uma área de 21.476
metros. Subdividem-se em 258 casas residenciais, com dois p a
vimentos, além do gabinete médico, farmácia, loja, creche, e
açougue e armazém que funcionavam em regime cooperativo. Em
outro bloco, isolado, também com dois pavimentos^ localizou-
se a escola, biblioteca e suas dependências.(Em 1896 haviam
162 casas prontas e habitadas).
Os blocos eram designados ora como s c c ç õ e s , ora por
l e t r a s , ora pela numeração da Avenida Luiz Tarquinio corres
pondendo um número para cada Bloco. Cada Bloco Residencial se
parava-se da Avenida por uma grade onde se fixava o número
86
da Avenida correspondente. Assim, ao Bloco A correspondia o
que se designava como Portão 89, ao Bloco B o Portão 87, e
assim por diante ate o Bloco H, ao qual correspondia o Portão
75. Cada casa recebia um número, de tal modo que, para iden
tificar-se a residência de um morador, necessitava-se sempre
designar o número do Portão. A noite os portões eram fecha
dos pela polícia interna, às 21 horas.
Entre os blocos, para circulação, existiam ruelas
pavimentadas com 7,5 m de larfgura por 84 de comprimento, que
dão acesso ã hoje denominada Av. Luiz Tarquinio.
As casas eram dc três tipos. 0 tipo B, que era o
da maioria das casas, 243, compunha-se de: a) Térreo: sala dc
estar, sala de jantar, copa, cozinha, banheiro; b) 19 andar:
2 dormitórios. Áreas: Térreo - 41,53 m 2 ; 29 andar:30,42, to
talizando 71,96 m 2 .
0 tipo A, com 13 unidades, compunha-se de: a) Tér
reo: sala de entrada, 3 salas, sala de jantar, cozinha, sa
nitário; b) 19 andar: 5 donnitÓrios. Ãreas: Térreo: 85,94 m ? ;
19 andar: 78,32 m 2.
0 tipo C: as casa desse tipo, em número de 4, re
sultaram de 2 casas do tipo A que foram transformadas em apar
t a m e n t o s , um térreo e outro no 19 andar. 0 apartamento térreo
se constitui de 2 salas, 2 dormitórios, cozinha e banheiro. 0
apartamento de 19 andar se constitui de 2 s a l a s , três dormi
tórios , cozinha e banheiro. Com essa transformação,o total de
unidades residenciais da Vila fJicançòu o número de 2 60 .
No centro da Vila, há uma praça arborizada com
1.530 m 2 , onde se localizavam dois coretos e, a partir de
1898, a estátua de Luiz Tarauinio. Neste local apresentavam-
se bandas de música, aos domingos.
0 material do serviço de esgotos foi fornecido p e
los engenheiros higienistas de Londres e Manchester, Doulton
& C. e Adams & C.
A lavagem dos esgotos , que desembocam no mar, era
feita por 52 tanques que descarregavam automàticamente 27.000
litros de água em cada dias horas.
A distribuição de água potável era feita por meio
de 8 pilastras-fontes e a agua para uso doméstico p or 16 co
lunas, postadas duas en cada rúa.
A água potável era fornecida pela Companhia do Quci
mado, e a utilizada para os serviços domésticos era colhida
das vertentes do terreno, e depois de atravessar um poderos^
filtro de pressão era acumulada em um grande reservatório co
locado sobre a casa de um dos motores , descendo daí p or pre¿;— 2 5
sao natural.
As ruas da Vila são cimentadas, planas, com ligei
ros declive oue facilitar a drenagem das águas pluviais ou
das lavagens d i árias.26
Se a Vila Operária tornou-se o aspecto de maior
destaaue das realizações de Luiz Tarciuinio, a Escola Ruy Bar
bosa atraiu as atenções nais que c.walquer outra obra da pró
pria Vila.
Com dois pavimentos, a escola abrigava, no térreo,
o jardim de infância, com 4 5 crianças, dirigido por Luisa
Steinneg tende como auxiliares Maria Amelia Moreira, Anelia
Guedes, Elisa Vieira, professoras diplomadas pela Escola Nor
mal, com salários superiores àqueles das suas colegas das es
colas estaduais.27 Frequentavam o jardim de infância junto
âs crianças da Vila, em 1899, uma filha de Luiz Tarquinio e
a filha de um deputado federal.28 Ainda no térreo estava o
grupo escolar com 104 alunos, dividido em várias turmas, in
cluindo a de primeiras letras. A diretora do grupo era Ann;
Cheney, ex-diretora do Hampton Institute nos Estados Unidor:
da América do Norte, lecionando também educação física aos a-
l u n o s . A professora de Aritmética era o.essie Justice, esco
cesa, há poucos anos shegada ao Brasil. As professoras Edith
Vergne de Abreu e Isabel Monteiro ensinavam aos alunos as
primeiras letras. Os alunos mais adiantados estudavam Histó
ria Natural com a professora Maria da Glória Moreira, dispon
do para seus e s t u d o s , de um pequeno museu.
Situava-se também no térreo, entre o jardim de in
fância e o salão de ginástica, a biblioteca com o seu salão
de leitura, frequentado, em média, por 2 5 pessoas por dia em
1899.29
88
No 19 andar situava-se o curso n o t u m o , dirigido
pela professora Lydia Burgos, com 45 alunos. Un salão para do
senho, com 62 alunos, no qual o professor Sócrates Lepes Ro
drigues ensinava desenho linear e o professor Kanoel Lopes po
drigues ensinava desenho de figura e pintura. Urna sala desti
nada a creche, porém não utilizada ainda en 1899, pois as
nães operárias preferiam confiar seus filhos aos cuidados d<?
parentes. Posteriormente a creche viria a funcionar no Bloco
E. Em um grande salão tinham lugar os ensaios ordinários da
banda de mú ica, composta de 60 operários; aí também reali
zavam-se as festas semanais, quando chovia.30
0 engenheiro José Simão da Costa, que escreveu, em
1899, uma descrição do estabelecimento fundado por Luiz Tar-
auinio, observava ainda o luxo da mobília da Escola o que po
de ser comprovftdo, embora parcialmente, por algumas fotogra
fias, amarelacidas pelo tempo, que datam, provavelmente, dos
primeiros anos deste século. Acrescenta ainda que "A bem .:dos
créditos do Brasil moderno, diga-se que em parte alguma do
mundo ha exemplo de terem os proprietários de estabelecimen
tos industriaes fundado, em igualdade de circunstancias, obra
tão completa para a iIlustração do espírito e elevação moral
dos próprios operarios e seus filhos".31
A Vila, inaugurada em maio de 189 2, dispunha de ilu
minação elétrica e de assistência médica permanente prestada
pelo Dr. Adriano dos,Reis Gordilho.
Os seus 800 habitantes, en 18963 1 A , aumentados para
1.500 em 1899, obedeciam a um regulamento, que de acordo com
o engenheiro José Simão da Costa era aceito devido à sua jus
ta aplicação, tratanto a todos com absoluta igualdade. Esse
era o segredo, segundo o autor, "de transformar em massa uni
formemente obediente e passiva uma classe refractaria por ín
dole e por hábito, à ordem e ao asseio". Para a observação
fiel do regulamento, havia um corpo de polícia permanente. E£
se regulamento, afirma ainda o autor, "nem...é co m p l i c a d o ,nem
absurdo. Seria também forçar a nota do sentimentalismo ta-
xal-o de arbitrário".32
80
F A C H A D A V I L A O P E R Á R I A - A V . L U I Z T A R Q U I N I O - F O T O D E 1 9 5 9
F O T O 4
V I L A O P E R Ã R I A - R U A C O R R E S P O N D E N T E A O P O R T Ã O 77
F O T O D E 1 9 4 3
V I L A O P E R Á R I A - E S C O L A R U Y B A R B O S A - F O T O D E 1 9 5 9
F O T O 6
V I L A O P E R Ã R I A - C R E C H E - F O T O D E 1 9 4 3
F O T O 7 F O T O D O S P R I M E I R O S A N O S D O S É C U L O X X
O P E R A R I A - S A L A D E A U L A D A E S C O L A R U Y B A R B O S A
F O T O D O S P R I M E I R O S A N O S D O S É C U L O X X
FOTO
V I L A
F O T O 8
V I L A O P E R Ã R I A - V I S T A D O J A R D I M , A O F U N D O D A S F A C H A D A S D A L O J A
E A R M A Z É M - F O T O D O S P R I M E I R O S A N O S D O S É C U L O X
F O T O 10
V I L A O P E R Ã R I A - B I B L I O T E C A E S A L A D E L E I T U R A
F O T O D O S P R I M E I R O S A N O S D O S É C U L O X X
sBSe
FOTO 11
V I LA O P E R Á R I A - SALÃO PARA E NS A I OS DA BANDA M U S I C A L E FESTA S
FO T O DOS P R I M E I R O S ANOS DO SÉCULO XX
0 OPERARIADO
O serviço geral da fábrica era supervisionado, em
1896 , pelo engenheiro Augusto W e i l e r . a n n . 3 3 que dirigiu su*
construção e suas instalações até 1897, sendo então substi
tuído p o r Augusto Frederico de Lacerda3 4 . 0 diretor técnico
era F. W e l t i , formado por escolas técnicas da Suiça e Alema
nha e com experiência de gerência em fábricas européias. A
chefia mecânica era ocupada por Alvaro Mariani Pinto, cujos
conhecimentos de mecânica e da indústria de fiação foram ad-
auiridos em escolas superiores da Eu r o p a . 35
Do total de 697 operários em 1896, 171 eram homens
e 526, m u l h e r e s . 36
Os salários semanais, em 1899, estavam em torno deo 7 ^ ^ ^
20$000 . Ha uma rreferencia a familias que recebiam sala-
rios semanais superiores a 140$00038. 0 aluguel pago mensal
mente p or uma casa na Vila, era de 20$000 mantido até a vi
gência do salário mínimo em 19 40. Após cinco anos de trabalho
o operário julgado eficiente era dispensado do pagamento de
aluguel e ao completar 10 anos de trabalho recebia uma cas?
fora da Vila que, no começo do século valia 10:000$000 . 39
Em 1896, de acordo com o Relatório então apresenta
do, os operários recebiam pelo preço de custo todos os prin
cipais generos de alimentação, o que importava em uma econo
mia dc 40% representada pela diferença entre o preço pelo
aual adquiriam a mercadoria e os preços das casa de comercio
a retalho onde teriam que abastecer-se; acrescenta o Relató
rio que "essa benéfica med i d a . ..nenhum onus acarreta a Compa
nhia " . 40
A PRODUÇÃO E OS PRIMEIROS LUCROS
A produção, iniciada em 189 3, atingiu em 1895 cerca
de 7.9 30.000 metros, constituindo-se em 76% de tecidos crús e
24% de tecidos a cores. Vê-se que houve uma certa mudança no
sentido de fabricar tecidos de melhor qualidade, uma vez que
99
F O T O 12
C A R D A S - M A R C A F O W A R D & B U L L O U G H . F U N C I O N A R A M D F 1 8 9 3 A 1 9 6 5 .
F O T O D F. F I N S D A D É C A D A DF. 1 9 5 0
F O T O 13
E N F O L A D E I R A S - M A R C A S C H L A F H O R S T . I N S T A L A D A S E M 1 9 5 1 .
F O T O D E F I N S D A D É C A D A DE 1950
o Prosnecto de Lançamento de 1891 mencionava apenas tecidos
crús. 0 Felatório de 1896, (apresentado na primeira reunião
dos acionistas desde a fundação em 1891), afirma que aquela
produção equivale apenas a 50% de trabalho efetivo, esperando
para breve a elevação desse índice para mais de 60% "gra,ça ã
intelligencia dos operários nacionaes que, apezar de serem na
iraior parte aprendizes da Fabrica e de trabalharem em tecidos
nunca dantes fabricados neste Estado, jã muitos apresent •jn u-
ma media de 7 5% de trabalho effectivo, o que na Europa mesmo
só conseguem operários dos mais intelligentes e activos" .41fía
tecelagem o~ operários mais aptos cuidavam de 2 até 4 tea
res . 4 2
/lém dos tecidos crus, o restante da produção com
põe-se de outros tipos de tecidos brancos dos tipos enfesta
dos (lençóis) e trançados (mescla). Também são produzidas toa
lhas, aniagem para fardos e barbante.
Dentre as fazendas de cores existiam as seguintes
marcas e tipos:
M A R C A S T I P O SP rogressoA lb ion iv . . ; •Americano . vTU *-4C a lifo r n ia R iscado escu rcF lo r id a Riscado c la r oFortuna Xadrez^3GermaniaH elv ecia
0 primeiro Relatório apresentado pela Direção a
primeira reunião de acionistas desde a fundação da Companhia,
expressa satisfação pelos resultados obtidos, apontando como
causa da boa recepção aos seus produtos a superioridade da ma
téria prima e a perfeição do trabalho. / matéria prima refe
rida consistia nos fios importados, uma vez que a fábrica des
tinava-se originalmente apenas à tecelagem. Logo, porém, essa
orientação teve que modificar-se pois de acordo ainda com o
Relatório, os competidores na Capital Federal, através do Con
1 0 2
C O M P A N H I A E K P Õ R I O I N D U S T R I A L DC N O R T E
M A R C A A D O T A D A FM 1 9 C 2 P A R A D I S T I N G U I R SEUS T E C I D O S , A I N D A U T I L I Z A D A EH 1915
FONTE; A R Q U I V O DA C E I N
G R A V U R A 1
f» C ! S
C O M P A N H I A E M F Õ R I O I N D U S T R I A L D O N O R T E
M A R C A A D O T A D A E H 19 21 R A R A D I S T I N G U I R OS P R O D U T O S D E SUA F Í F R I C A .
F O N T E ; A R Q U I V O D A C E IN.
G R A V U R A 2
presso da União, manobraram no sentido de aumentar as taxas
sobre o fio importadr«, não o conseguindo devido aos "esforças
ingentes de illustres bahianos que desta vez o fizeram abor
tar " . 44
Um destes ilustres baianos foi o próprio Luiz Tar*-
quinio, que, segundo as palavras do Conselho Fiscal, "ac ter
noticia da idoia — que repentinamente surgira na Capital Fe
deral, suggerida por Companhiás c^ngencres alli instituídas,
e geitr>samente insinuada no seio do Congresso da União — de
tributar-se a matéria prima nue importa esta Companhia para
seos tecido , — iileia que intuitivamente visava, por parte
de seos su g g e s t ^ r e s , afastar a concurrencia desta e saciar jx-r
tènto, a avidez daquellas suas competidoras — transportou-se
sem demora para a dita capital, e, nhi, desenvolvendo rara ac
tividado, com detrimento embora de sua saude, comabateu bri
lhantemente pela imprensa, em renhida discussão que sustentou
com seus adversarios, tal ideia, logrando afinal, o prazer e
a ploria do vel-a Baouear " . ^ 5
Crnscientes dos riscos a que estãvam submetidos, nu
ma conjuntura em que política governamental tendia a a’apoiar
as fábricas aue dispunham de suas próprias fiações, a direção
da EmpÓrio resolveu montar a secção de fiação, pois estava
certa aue a luta se renovaria em 1896. Isso, porém, exigia
grandes capitais, de que não dispunha, uma vez que o capital
da Companhia achava-se empregado nos edifícios da fábrica, Vi
la Operária, máquinas e equipamentos, tendo sido necessário
recorrer ao credito para a movimentação do processo produti
vo. Assim, para montar a fiação resolveu-se pedir autorização
aos acionistas para a emissão de fet&nturve de 8% até a soma
de 2 .0 0 0:n o o é o n o , necessária não só para estabelecer a fiação
"como também para se poder offerecer certas vantagens nas con
dições da venda dos produetos aos nossos freguezes, que ;tudo
de nós merecem pela consideração e sympathia que nos votam" A*
Os lucros em 1896 atingiram a soma de 636: 354Í693 , 9
que representou 25,84% sobre o valor das vendas. Desta soma
distribuiram-se 510:000$000 de dividendos, pagaram-se ........
60:000$000 a título de comissão da Diretoria e r e t i r a r a m - s e
105
66:3fi*>%693 para o fundo de reservar.4 ^
Cumpriu-se assim a previsão, feita no Prospecto de.
Lançamento, em 1891, de lucros acima de 15%.
RELAÇÕES COMERCIAIS
As relações comerciais desenvolveram-se especialmen
te com Manchester, de onde inportavam-se fios, anilinas, ma-
auinário fornecidos por firmas como Bruderer & Cia. (tanbém
estabelecic j na Bahia, na década dos 70 onde se dedicava a
importação de tecidos), Schill, Seebohm & Cia., Zill & Schw-
abe, J.L. Fell & Cia. De Paris inportava-se material elétrico
de E. Martin & C i a . 48
Internamente, os produtos da Companhia eram coloca
dos tanto no nordeste (Pernambuco) como no sul (Rio Grande do
Sul). No primeiro destes estados a "Casa de Comissões" de Po-
lydoro Bittencourt Junior representava os interesses da Com
panhia. No Pio Grande do Sul, um dos maiores mercados da E m
porio, durante mais de 30 anos diversos membros da familia
M artinez distribuirán os tecidos da E m p o r i o .49
OS FUNDADORES
Na Bahia de fins do século XIX, a introdução de un
empreendimento com as características da fábrica fundada por
Lüiz Tarouinio, significava um esforço de modernização de una
velha industria c o m o a de tecidos.
0 momento em que a Companhia foi fundada foi o do
primeiro grande surto de crescimento industrial no Brasil. En
certa nedir'a a Emporio Industrial < o Morte permaneceu como a
expressão mais característica, na Bahia, desse surto de desen
volvimento ocorrido nos primeiros anos da República.
0 elogio farto, dos primeiros anos de sua existen
cia, confunde o criador e sua obra numa exaltação que desco
nhece limites. As páginas da revista da Vila Operária, Cida
de do Bem, em 1899 estão repletas de referencias l a u d a t o r i a s ,
106
l e j K ^
U l i l Q ntfticxotaVílüC'
á í ^ > & S , w ñ » * ^ , l t W w S ' Lr^S#m co-mtUjb.. >}£» |ím r«Mii*Ank ¿|(tuT DtA j^íi -
‘f 11 S <<umím&aoo'Vvlffi<«£fu*> Ctj&ftt atafòt t^-lío J^k
T r r ^ 1 ¿ P ^ u ^ j u .<0 * ( | ^ 4 6 i i M a o ( S ! i Í È Í
0 j ^ « i m 0 iM|AMl&feRo, G n i Q t a w i o Q t f f i i tanQffcíiHc;
yn.|ii|^rwwwrt<t rtjp^n*y««PcMy jwra úanLiiti-lo,* â.,.| fM
. ú a J n J L u « . .
...r..»> #. í— ft.».«•»•*•
P O T O 15
H O M E N A G E M X F A M Í L I A MO N T E I R O MARTINE7. R E P R E S E N T A N T E DA CEIN NO
R . G . D O SUL POR 30 ANOS ( 1 9 2 7 - 1 9 5 7 )
em prosa e verso, ao criador e sua criação. Assim, a Vila é
comparada a uma "terra da Promissão" e Luiz Tarquinio à P ro
vidência ,por Mucio Teixeira, Barão de Ergonte, poeta e dire
tor da revista. 0 engenheiro José Simão da Costa não encontra
va úm adjetivo apropriado para definir-lhe a personalidade,re
legando "ao futuro historiador do Brasil industrial os apuros
de cunhar o termo qúe apropriadamente defina essa gloria bra
sileira " . 50 Francisco Mangabeira comparau-o a Jesus C: Cristo
em poesia escrita por ocasião do seu aniversário em 24 dt ju
lho do 1899 5 1 , e Alexandre Fernandes também o comparou a
Deus5 2 : Amelia Rodrigues53 e Silio Boccanera Junior exalta
ram-no através das páginas da revista Cidade do B e m . 54
Em, outra época, e em outro plano, Calmon referiu-
se p o tipo modelar de organização aue era a Empório Indus
trial do Norte, cujo projeto fora idealizado e realizado por
Luiz Tarquinio "espirito privilegiado, de força de vontade in
ouebrantavel, seguro nos effeitos que resultariam do plano
muito meditado e que por longo tempo o absorvera " . 55 Acres
centou dados sobre os outros dois fundadores da Companhia,
Leopoldo José da Silva e Miguel Francisco Rodrigues de M o
raes .
Do primeiro, também comerciante, foi dito que "era
o espírito de moderação, necessário a corrigir e vencer cs im
petos arrojados de Luiz Tarquinio"56. Do segundo, sócio da
firma Rodrigues de Moares & C i a . , (substituída cm 189 5 pela
razão social de Rodrigues Fernandes K Cia.), afirmou que era
"dotado de intelligencia lucida e ponderada, era elementoprc£
tipioso pelo valor commercial e pela irresistivel sympathia
com oue a todos attrahia"5?. Sobre Miguel Francisco Rodrigues
de Moraes, falecido em 20 de março de 1895 deve-se acrescen
tar aue era acionista de diversos bancos e empresas b a i a
n a s 5®, além de proprietário do engenho A.ratu,com três mil t a
refas de terras adquirido para montagem de uma usina m oder
na. 59
Diversas referências aos fundadores da Emporio In
dustrial do Norte, especialmente a Luiz Tarauinio, encontram-
se ainda em escritos de Rômulo Almeida6® , Luis Vianna Filho61^
1 0 8
Miguel Calmon Sobrinho62, Stanley J. Stein6 3 , Thales de A z e
vedo64 e Luis Henrique Dias Tavares6 5 . De um modo geral os a¿
pectos apontados como mais característicos da personalidadedc
Luiz Tarquinio são o seu descortínio, sua capacidade, conhe
cimentos, humanitarismo e liberalismo.
Essas mesmas qualidades são apontadas na cbra que
se constitui no único estudo sistemático sobre a personalida
de de Luiz Tarquinio. Trata-se de uma biografia intitularia
Luiz Tarquinio-Pioneiro da J-s~*iça Social no Brasil do baia
no Péricles Madureira de Pinho, publicada em 1944, como parte
das comemorações do seu centenário6®. As cartas de Luiz Tar
quinio aí reproduzidas são dc grande valor para a compreensão
dc seu pensamento. Como muito bem destaca o seu biógrafo, co
locando o biografado em seu contexto histórico. "0 País, ini
ciando o regime de trabalho livre,, distante das rei indica
ções de classe, não entendia un homem de negócios que falava
em direito de trabalhadores, injustiça de salários, necessi
dade de sanear ambiente de trabalho. A Bahia tinha orgulho
do seu Recolhimento de Orfãs e do seu Asilo de Mendicidade,
em aue o Conde Pereira Marinho e Manuel Antonio de Andrade
despendiam boa parte das fortunas que possuíam. Alguns pre
tenderam incluir Luiz Tarquinio entre esses beneméritos. E a
verdade é aue êle os ultrapassou de muito. Sua atuação na epo
ca foi a de um legítimo representante des interesses da b u r
guesia, batendo-se pela adoção de medidas que elevassem o ní
vel do trabalhador, aumentassem o número dc consumidores, de
terminassem o desenvolvimento econômico . " 67
Elevar o nível dos trabalhadores, aumentar o número
de consumidores, determinando assim o desenvolvimento econó
mico, eis a chave para a compreensão do pensamento e da obra
de Luiz Tarquinio. Para uma sociedade mal saída do regime de
trabalho escravo dificilmente poderia."haver algo mais avança
do, sobretudo quando as medidas tomadas com vistas ao desen
volvimento, expresas na constrição da fábrica, eram acompa
nhadas simultaneamente por medidas em prol do bem estar dos
trabalhadores — a construção da Vila Operária.
/nte a inovação, não deixou de haver reações nega-
tivas: alguns acionistas desfizeram-se de suas ações diante
de atitudes consideradas absurdas. Em carta aos acionistas dc
2U de março de 1902 Luiz Tarauinio e Leoptíldo'José.da Silva * réfe-
rem-se a_ esse episodio-ao tempo em,ciue ,enumerando osbenef icios pro
porcionados gratuitamente aos operários (instrução,água, luz,
serviços médicos), peden autorização para despender "com so
corros auxilios e premios aos bons operários, a quantia equi
valente a 10 CJ * da que fôr levada à conta de Lucros Suspen
s os."6®
Entretanto essa assistência não se fazia a título
de bondade ou humanitarismo. Na própria carta acina referi
da, seus autores afirmam que "Nas grandes industrias, como
aquela a aue nos dedicanos, em um meio pouco industrial como
o nosso, o braço que trabalha vale pelo menos tanto quanto n
cabeça que o dirige, ou o Capital que o vivifica . " 69 Trata-
se, portanto, de simples justiça. A maneira de encarar a as
sistência social como um dever vantajoso para ambas as par
tes fora exposta no Relatório de 15 de abril de 1897, dirigi
do acs acionistas no qual se a f i m a que "Em um paiz rotinei
ro e atrazado como o nosso pode parecer á primeira vista que
tem havido de nossa parte desperdicio em preparar uma Villa
modelo como a que temos.
Puro engano. Quando não estivessem ahi para atestar
as innúmeras villas operarias da Europa, bastavan os resulta
dos aue já temos colhido para justificar o nosso procedimen
to.
Vejam que raríssimas são as faltas dos operários
que moran na Villa ao passo que são muito freauentes as do
nue moram fora"7^. Acrescentam ainda que "tendo a fabrica 490
tecelões e tecelãs, o que faz uma média de 2 2/5 de teares
por operário, bastava que a média das faltas em um anno fos
se de 15% do numero de operarios para ficarem parados 177 tea
res, o que importava em um prejuizo real de mais de ..........
R s .150:OOOÍOOO em um anno"71.
Um outro fator que deveria influir para a presta
ção de uma assistência, muita acina da aue se costumava dis
pensar até então, deveria ser a dificuldade de ohter pessoal
120
experiente. Ja fora mencionado no primeiro Relatório aue a
maioria dos operários da fabrica era composta de aprendi
z e s 72. Muitos anos depois, em 19 27 a 192 8 , os Relatórios m e n
cionam a falta de operários como fatores de perturbação do
processo produtivo73. Essa escassez de mão de obra treinada,
aue deveria ser ainda mais grave em fins do século XIX e iní
cio do século XX, poderia portanto, ter influenciado no senti
do de um melhor tratamento aos operários da nova Ccmpanhia.
Todas essas considerações, assim como as justific v
ções "objetivas" do próprio Luiz Tarauinio não pedem diminu
ir seus m é r i t o s , nem os de seus companheiros de fundação da
Companhia Empório Industrial do Norte. Foram eles pessoas que
souberam compreender o c u r s o das mudanças em processo, assu
mindo-as de maneira consequente e aparecendo aos olhes da s^
ciedade acanhada do seu tempo como brilhantes inovadores.
0 PENSAMENTO DE LUIZ TARQUINIO
Além da realização que foi o estabelecimento fabril
da Boa Viagem, Luiz Tarquinio deixou diversos trabalhos que
foram escritos em função de sua atividade comercial e indus
trial.
Dentre eles o mais antigo é 0 elemento escravo e as
questões economicas d o B r a n i l , publicado em 1885 sob o pseu
dônimo de CINCINNATUS7 4 . Neste trabalho ele esboça todo um
plano para extinção da escravidão em dez anos. Pretendendo
uma equidistância entre os escravos e os abolicionistas, as
limitações do seu liberalismo (de caráter mais econômico que
político) não lhe permitiram a percepção de que àquela altura
as possibilidades de meias medidas haviam se esgotado. A sua
posição era por ele justificada pela necessidade da manuten
ção da paz social e harmonização do capital e trabalho. Con
tra uma emancipação imediata e total arguia com o exemplo da
guerra civil americana. Sua preocupação basica era com a or
dem social após a abolição. Como acontece por vezes na h isto
ria, a utopia situava-se justamente, no caso referido, na po
sição de meio termo. Alguns aspectos do plano de Luiz Tarqui-
1 2 1
nio reforçavam o seu caráter utópico: ele antecipava a J u s
tiça do Trabalho a© sugerir;a instituição de um Juizo espe
cial para arbitrar os conflitos entre senhores e libertos, e
propunha a instituição do imposto de renda quase m eio sóculo
antes de sua adoção75. Sua posição em relação à grande lavou
ra é extremamente crítica, alegando que o que se chamava de
proteção à lavoura não era mais que proteção ao rico, através
de isenções e favores que não beneficiavam os pequenos p ro
prietários . 76
Mas o seu tema constante foi a política econômico-
financeira, sobre a qual escreveu inúmeros artigos, tanto er
jornais do F'o quanto da Bahia. Grande parte desses artigos
foram reunidos em dois volumes: Cartas dirigidas ao M i n i é t r o .
da Fzenda Corta. Ruy Barbosa (Considerações cobre ae tarifas
do Brasil e da União Americana) publicado em 189077 e Direi
tos em Ouro publicado em 18917®. Ainda sobre o mesmo tema uma
série de artigos apareceram no "Diario da Bahia" e "A '-Bbhia"
em 189 8 , reunidos depois em folheto publicado sob o título
Tarifa A d u a n e i r a ^^ .
Mestas publicações Luiz Tarquinio se mostrava um
acérrimo crítico das medidas protecionistas postas em prática
pelo novo regime. Valendo-se largamente das hesitações e con
tradições de uma política tarifária, sobretudo interessada nas
arrecadacões fiscais, pressionada por interesses opostos quo
não permitiam uma política inteiramente conseqüente em favor
de qualquer das facções em luta, L. Tarquinio apontava os ab
surdos tarifários, tomando uma posição de defesa dos consumi
dores mais humildes.
Certamente Luiz Tarquinio tinha motives para ser
um liberal anti-protecionista. Sendo ele grande comerciante
importador, as quedas do cambio e o aumento das tarifas so po
diam prejudicar seus negócios. Decidindo-se a fabricar os pro
dutos até então importados aquela política continuaria a lhe
ser adversa pois necessitava, nos primeiros anos, importar
parte da matéria-prima — os f i o s , obrigando-c a seguir a po
lítica de nacionalização da industria têxtil, montando o se
tor de fiação. Este roteiro parece coincidir p o r completo com
as indicações de Versiani e Versiani sobre as particularida
122
fies do surgimento da industria textil no Brasil, jã referi-
d a s .
Além dessas razões de ordem prática outras de ordnm
subjetiva explicam as concepções político-econômicas de L.Tar
quinio. Desde muito jovem empregado na casa importadora ■ dos
Irmãos Bruderer, importadores de tecidos ingleses, principal
mente de Manchester, logo conquistou a confiança dos Bruderer
devido a sua habilidade como desenhista e sua capacidade em
discernir o gosto popular ouanto a padronagens e tipos de te
cidos. E m 1873, aos vinte e nove anos, Luiz Tarquinio t o m o u -
se sócio da firma que passou a donominar-se Bruderer e Cia.
0 capital era de 400:000$000, concorrendo João Gaspar Brude
rer com 130:000$000 e cs outros três sócios, F.B.Hein, S.
Bruppacher e Luiz Tarquinio com 9n:000$000, cada. Entretanto,
não tendo os três sócios os capitais suficientes para comple
tar a nuantia estipulada, esta lhes foi emprestada por J. G.
Bruderer®*. / partir de então Luiz Tarauinio viajou repetidas
vezes ã Europa, principalmente à Inglaterra, absorvendo as
concepções liberais predominantes nos meios comerciais e in
dustriais p or ele freqüentados . ® 2
Já foi visto como o Prospecto de Lançamento da fa
brica tratava a proteção governamental: "germen de destrui
ç ã o " ® 3 , orgulhando-se da organização da empresa" sem privi
legio nem favores do governo"®4 . Seria natural portanto aue
L. Tarquinio visse com desagrado a p r o t e ç ã o do governo a ou
tras empresas menos poderosas que a Emnório, considerando tal
política uma das mais perigosas formas de socialismo de esta
do pois transformava "o poder do Estado em seguro gratuito
contra os riscos do jogo ou a falta de visão, com o agravan
te de poder escolher os recipientes para os seus favores."®^
Entretanto nc mesmo Prospecto de Lançamento, aue,
sob ccrto aspecto, tem ainda maior valor por ser um rascunho
e não o documento definitivo para publicação, encontram-se os
cálculos que demonstram claramente que as possibilidades de
lucro da empresa eram, na pior das hipóteses, pelo menos au
mentadas em decorrência "dos actuaes direitos " ®6 que eleva-o n
vam o metro de tecido importado de 150 para 255 rs.
123
Outra obra dc L. Tarquinio, esta de caráter diver
so, intitula-se Preceitos Moarés e C í vicos, publicada en
1901. Trata-se de uma coletânea do artigos anteriormente pu
blicados em um jornal, 0 OPERÃfílO, proparada por ele para di
vulgação entre cs o p e r á r i o s , "meus companheiros de trabalho
na Fabrica da Bôa-Viagem"®8 , conforme a dedicatória contida
no Prefácio do livreto. /qui a intenção é , nitidamente, a de
m odificar a mentalidade reinante. Tomando o trabalhe como p e
dra angular, todos os artigos levam os seus leitores a con
cluir não haver salvação fora do trabalho. Então condena-se^u
do aquilo aue tenda a prejudicar ou perturbar o trabalho des
de a embriaguez ao jogo, passando por hábitos como mexericos,
maledicência tagarelice. Outras práticas são condenadas por
representarom desperdícios ostentatórios como o hábito de u-
sar luto. As festas religiosas en que "a orgia e a bachanal"®
tornaram-se o epílogo obrigatório, também são condenadas. E n
fim, a impressão aue se tem é a de um calvinista tentando im
por sua visão do mundo a seres de uma cultura totalmente di
versa. Sem dúvida numa sociedade como a da Bahia na época, rr
cem-saída da escravidão, o preconceito contra o trabalho cr>m
todas as suas implicações, deveria ser imenso c isso se p er
cebo pela própria maneira cor. que L. Tarquinio aborda seus
t e n a s .
Mas, ao mesmo tempo, ele tontp inculcar nos operá
rias um certo sentido dc independência ao mostrar-lhes coro
se deveria agir para enfrentar problemas como a carestia: as
sociando-se. Recomenda aos operários aue "0 renêdio melhor pa
ra a carestia é não dissipar o que ganhamos em cousas supér
fluas, e associar-nos con outros para comprarmos en prineira
mão o que nos fêr indispensável, econonisando er. nosso provei
to o lucro aue o retalhador retiraria, aue na média nunca é
inferior a 20 por ce n t o . " 90
0 preconceito reinante contra o trabalho transpare
ce através do t r e c h o do seu artigo 0 Trabalho: "Por experien
cia própria conhecemos o que vai de miseria en muitas fami
lias, só porque o acaso as fez nascer de pelle branca, apa
rentadas, ainda que de longe, a fidalgos e opulentos ou por
que apontam por parente alguem aue frequentou yma academia
1?U
e obteve un diploma. Esses infelizes.. .proferem soffrer as
maiores privações, ver morrer de fome os filhos, a entrega-
rem-se a trabalhos que elles só julgara proprios para j negro§ ,
para plebeus ou para quem nunca teve parente rico ou diploma-
do"®*. Valorizando o trabalho, L. Tarquinio escreve para neus
operários que "Um patrão precisa mais do bom operário do aue
este do p a t r ã o " ^ 2. também não se esquece de dizer, em ar
tigo sobre 0 individuo c o Fatado aue, "Nada é sagrado para
auem viola o mais santo e legitimo dos direitos, que é o di
reito de prop r i e d a d e " .
Naquela época e circunstâncias, apesar das ••’¡dinen-.
sões da fábrica, as relações entro patrão e empregados não pc
deriam deixar de estar marcadas üor profundas características
paternalistas: aos sábados "L. T.TOuinic passa todo o tempo
acertando contas com os operários, emittindo valos, e cuidan
do...da parte financeira do estabelecimento."54 Há também cp5
sódios relatados por Péricles Madureira de Pinho nos quais L.
Tarouinio, depois de multar um operário em falta, empresta-
lhe dinheiro para pagar a multa. Ou um outro em aue após roeu
sar adiantar os salários de um operário aue queria construir
sua casa própria, manda, após colher informações sobre ele,
fornecer-lhe o material de c o n s t r u ç ã o . 95
Tudo isso compõe um quadro em que se achariam cm-
forne Mucio Teixeira, conciliados capital e trabalho, pois L.
T a r q u i n i o teria dado aos operários em bem estar inesperado c
aos acionistas os mais satisfatórios dividendos, embora para
isso ele tenha contribuído poderosamente "com seu p r ó p r i o au
xílio material".
Ps cartas de Luiz Tarquinio (Cf.Anexos) são documen
tos esclarecedores do seu pensamento- confirmando o conteúdo
de seus inúmeros artigos sobre matéria oconcmicà-financeira
são também um estemunho de un caráter de uma certa severida
de, embora envolto de certo humanisno, que são alias, os tra
ços mais destacados pelas pessoas aue sobre ele escreveram.
Suas preocupações com os rumos do pais estão f ixa
das nos conselhos que pede ao famoso economista francês do sç
culo XIX, Leroy-Beaulieu.
A carta aue lhe é dirigida por Manoel Vitorino é
12 5
■testemunho da sua rapiza passagem pela vida pública cuando,
nos primeiros dias da República, sendo Manoel Vitorino, Go
vernador Provisorio da Bahia, foi nomeado prefeito da cidad'-.
(intendente) planejando grandes obras e inclusive iniciando a
Avenida da G r a ç a . ® 7
Outras cartas mostram o seu relacionamento com J.
G. Bruderer e com Serzedelo Correia quando este ocupava o c-r
go de Ministro da Fazenda (1893).®®
OS ACIONISIh S
/.o fundar-se a Companhia, en março de 1891 havirr
149 acionistas que detinham o total de 15.000 ações no valor
de 200$000 c a d a . "
0 maior acionipta era c Banco Mercantil com 1.125
aç õ e s . En seguida os fundadores, Luiz Tarquinio, Leopoldo J o
sé da Silva e Miguel Francisco Rodrigues de Moraes, cada um
com 1.000 ações. Rodrigues de Moraes & Cia. detinham 280 a-
ções. Dentre os acionistas restantes nenhum possuía indivi
dualmente mais que 250 ações. Outros membros da família Ro
drigues possuiam em conjunto 300 ações. Três outros membros
da família Silva possuíam 185 ações. Outro acionista de po-
brenome Figueiredo (talvez parente da esposa de Luiz Tarqui-
nio) possuia 10 ações. Os quatro maiores acionistas dispu
nham, portanto, de quase a terça parte do total das ações. A
partir de 1895, falecendo Miguel Francisco Rodrigues de Mo
raes, suas ações passam aos herdeiros e pouco depois começa
ram a se dispersar. Com o posterior desaparocimento do Banco
Mercantil a família Tarquinio e a família Silva permaneceram
com o controle da Companhia até 1973, quando ela foi vendida
para um grupo do Sul do país, a Atlântico Sul-Comércio Expor
tação e Importação S . A . 100
A crescente perda de posição da Bahia no quadro da
economia nacional faz com que os anos 90 apareçam como o ult^
mo surto industrial da Bahia até a segunda metade do século
XX. As indústrias então surgidas resultavam de capitais.* lo
cais e visavam atender às necessidades do mercado local prio-
1 2 R
ooo
ruNDADAA 14 DE MARÇO DE 1891
C A P I T A L : 6 . O 0 0 . 0 0 0 8 0 0 0
Dividido em 3000 0 Acções de 200X000 cada urna
F O T O 14 U M A A Ç Ã O E M I T I D A E M 1921
ritariámente.
Una vez que a cada vez nais intensa divisão inter
regional do trabalho no Brasil relegou o Mordeste à condição
de fornecedor de materia-prima ao centro-sul industrializado,
deixou de haver condições propícias aos grandes empreendimen
tos de raízes locais.
Assim sendo, a obra de Luiz Tarquinio permaneceu
na memória baiana como símbolo de uma grandeza entrevista e
não alcançada. Uma empresa que parecia ser apenas a primeira
de uma nova época esperada con otimismo, mas na qual as expec
tativas se viram frustadas pelo aprofundamento do processo do
subdesenvolvimento na Bahia.
1?P
F(
CALMON, F r a n c i s c o Ma rqu es de Goes. Vida FconÔmico-Finan- jeira da Bahia (Flcmentos para a IU otoria). Dc 1808 a 1809.Ba hia, Im p r e n s a O f f i c i a l do Estado, 1925, p . 108-110.
2MATTOS , W a l d e m a r . _ Panorama Fconomico dc Bahia 1808-1980 .
Sa lv ador, s.d., (Ediçao c o m em o ra t i va do Se s qu i cc n t e n á r i o da A s so c ia ç ã o Co m e r c i a l da Bahia), p . 80.
3 , ~C O N S I D E R O U - S E que os dados ref erentes a C i a . U m a o F a b n l
da Bahi a e C i a .P r o g r c s so Indus tri al da Bahia ; -m à n t i v er a m -s eco ns tan te s entre 1803 e 1895. No que diz respeito ao númer o de ope rá ri o s e teares esta es ti ma t i va e nais realista quo . ji relaçã o a p r odu çã o, pois aqueles fatores sofre m v ar iaç õe s n á s l e n t a s .
4 .VI AN NA, r a n c is c o Vicente. Memória sobre o Fstado da Ba
hia. Bahia, T y p o g r a p h i a e E n c a d er n a çã o do "Diario da Bahia", 1"93, p. 274.
'O D OC U ME N T O , sem título, e uma espécie dc prosp ec to de l a n ç a m e n t o da C o mp a n hi a , cheio de enenHas e frases reisc ada s, p o r t a n t o um rascunho. Se rá desi gn ado do agora por diante como C E I N - P R O S P F C T O D F. L A N Ç AM E NT O , fe ve r e ir o de 1891, p . 6 .
6C E I N - P R O S P E C T O DE L AN Ç AM E N TO , fe ve reiro de 1891, p.l e 2-0 texto está r e p r o d u z i d o tal cono se enco nt ra no original.
7 IDFM, IBIDEM, p . 3-7.
P IDEM, I P I D E M , p.l.
9 IDEM, IBIDEM , p.l.
1 0 I D E M , IBIDEM, p.l.
1 1IDEM, IBIDEM, p.l.
1 2 IDEM, IBIDEM, p.l.
^ C O S T A , Dr. J o sé Sim ão da. "A F ã br i ca ^ d e Luiz T a rq ui nio " In: Cidade do Bem - Revista da Villa Operária, 1899, diversos exemp la res . As Copias dc trabal ho citado nos feram cedidas pelo Snr. Pé r i c l e s M a d u r e i r a de P i nh o autor, dentre o u t r a s. d e uma b i o g r a f i a de Lu i z Tar q u in i o, a quem exp ressamos os nossos si n cer os ag r ad e ci m e nt o s.
1 IDEM, IBIDEM.
^ P I N H O , P c r ic l e s M a d u r e i r a de. Sao assim os baianos. Rio, F u nd o de Cu l tu ra, 1960, p . 8 8 .
1 6 C 0 M P A N H I A EM PÖ R I 0 I N DU S T RI A L DO NORTE (CEIN), R e l a t ó r i o
17?
a p r e se n ta d o a A s s e m b l é i a Geral en Sessão de 16 de ma rç o dc 1*96. Fahia, Imp r en s a Pop ula r, 1096, p . 7.
^ R E L A T Ó R I O da C E I N S A.G. cm 16.03. 11:96, p . 4-5.
1 r , -COSTA* Dr. Jcse Simao da. Op. c z t . , n9 13.
1 9 IDEM, IBIDEM.
90PINHO, P e r i cl e s M a d u r e i r a de. O p .c i t
2 1 IDEM, IBIDEM, p . 6 .
2 2 - ~COSTA, Jo s e Simao da. Op.czt..
2 3 IDEM, IBIDEM.
2 4 ri NH O, P é r ic l e s M a d u r e i r a de. Op.cit., p . 90.
2 5 RELATÖRIv- da CEIN, 1H96.
2 6 IDEM, IBIDEM.
2 7 IDEM, IBIDEM.
2 'niDEM, IBIDEM.
2 9 IDEM, IBIDEM.
3 0 IDEM, IBIDEM.
3 1 IDFM, IBIDEM.
3 1 A R E L A T Ö R I 0 da CEIN, 1T96.
3 2C 0 S T A , Jr s é Simão da. Op.cit..
3 3 CEIN, R e l a t ó r i o , 1P96, p . 7.
3 4 CO S TA , Jos e Simão <'a. Op.cit..
3 5 CFIM, F c la t nr i o , 1^56. p . 7.
3 6 IDEM, p.P.
3 7 PINHO , Pé r i c l e s M a d u r e i r a de. Luiz Tcrquinio-Pióneirv da Justiça Social no Braßil. Bahia, Im p re n sa Vitoria, 1944. -p.pn.
3 rC0STA, J o se Simão da. Op.cit..
39ri NF O , Pé r i c l e s M a d u r e i r a de. São nsaim. ..p .95.
*°CEIN, Rel a tó r i o, 1P96» p . 11.
A 1CEIN, R e l a tó r i o, U 9 6 , p . 6 .
; COSTA., Jò s S S i nao da.. ; Op.'óit. .
4 3 C E I N - D o c u m e n t o s His tó ric os - Diversos - Pasta 1, 1B9*>.Os doc u m en t os sob css* titulo abr an gem una di ve r si d a de dc pr~ peis que d a t a m dos pri me i ro s anos de ex ist ên ci a da Com panhia, e que fora m reu nid os c org ani za dos en várias pastas, c o n s e r vadas p e l a empresa.
4 4 CEIN, R e l a t ó r i o „ 1’'96, p. 9.
4 5 IDF.M, p . 14 — 15.
I D E M , p.O.
4 7 IDEM, p . 13-14.
4 r . - . - .CEIN. D o c u n e n t o s H i s t o n c o s - C c r r e s p o n d c n c i a , 1°96.
^ I D E M , IBT.DEM.
^ COSTA, Jo s c Simao da. Op.eit..
^ M A V G A F F I R A , Francisco. "Os dois Apóst olo s" en Cidade do Bem,n<? 30, 1*99.
5 2FE RN AN DE S, Al ex an dre . "A Luiz T arq ui ni o" en Cidade do
Pem, n9 30, 1*99.
51P.ODRIGUF.S, Amelia. "Luiz Tarqui ni o" cm Cidade do Bem,
n9 30, 1*99.
5 4 B0 C C A N E R A JU NI OR, Silio. "Car ta a Mucic Teixeira" em Cidade do Bem, n9 30, 1*99.
5 5 CALMON. Op.eit., p. 111.
5 f IDEM, IBIDEM.
5 7 IDEN, IBIDEM.
5PAE B - I NV E N TX R I O S - C A P I T A L . Maço 626, Doc. 3, 1*95-1324.
5°CALM0N* Op.eit., p . 119.
6 0 ALM EIBA,. Rômulo. "Tr aços da H i s t o r i a Ec on om i ca da Bahia nr U l t i m o Sé cu lo e Meio" cm Re vi s t a de E c on om i a e Fin an ças , An o IV, n? 4, 1952. pp.60-7*.
V I A N N A FILHO, Luis. 0 insigne industrial Luiz Tarquinio. Bahia, E s t . G r a f i c o Globo, 1940, p.*.
62CAL MO N SOBR INH O, Miguel. " Ho m e n a g e m a Luiz T a r q u i n i o no c e nt e ná r io do seu nas c im e nt o em 22 de julho de 1944", em R e vista do In8tituto Geográfico e Histórico da Bahia. Bahia, 1945, n9 72, p p . 221-231.
131
STEIN, St an ley J. The Brazilian Cotton Manufacture ; textile enterprise in an underdeveloped area 1850-1950. 'Canbri- dge, Ha ew ar d U n i v e r s i t y Press, 1957, p . 92.
64 „A Z EV ED O , Thales e LINS, E.Q. Vieira. Historia do Banco
do. Bahia. Ric, Jo se Ol y m p i o Ed., 1969, p.l"6-fi7.
* ^ TA VA RES , Luis H e n r i q u e Dins. 0 problema da involução i n dustrial da Bahia. Sal vador, UFBa. , 1366, p . 21.
^ P I N H O , rê r i c l e s M a d u r e i r a de. Luiz Tarouinio Pioneiro...
^ 7 IDEM, São r.snim oe baianos. p.37~3f'.
TAR QU I N IO , Luiz. " C a r t a aos acionistas - 24 dc março de 1902", em PINHO, P e ri c l es M a d u r e i r a de. São r.88Ím os b a ia nos. p . 9 7-9r.
6°IDEM, iriDEK.
7 ®CEIN. Relatório, 15 de abril de 1897.
7 1 IDEM, IBIDEM.
6 3
7 2 CEIN. Pelatório de 1896.
PINHO, P e ri cl e s M a d u r e i r a de. Luiz Trrquir.io-Pioneiro. .
C F I N . Re latotio de 1927-199.8.
74
p . 9.
7 ^T A RQU IN IO , Lüi z ( C i n c i n n a t u s ). 0 elemento escravo a csquestões econômicos do Brazil. Bahia, T y po g r a p h i a dos Dois Mu nd os, l ^ s , p . 90-95.
7 6 IDEM, p . 90-35.
7 7 T A RQ U I N I O , Luiz. Carta3 dirigidas ao 1'inistro da Fazendc Cons. Puy Parbosa (Considerações sobre as tarifas do Brasil e da União Americana) . Bahia, I m p re n sa Popular, 1"90.
7 riDEM, Direitos cm Ouro. Rio, T y p o g r a p h i a do Jcrn al do fo mm er c i o, 1°91.
7 9 IDEM, Tarifa Aduaneira (Artigos publicados no "Diario dc Bahia " e "A Bahia"). Bahia, F s t a b e l e c i m e n t o L i t h o - T y p o g r a p h ^ co L.H. L i gu c ri , 1^9^.
r°VERSIANI e V E R S I A N I . _ / industrialização brasileira antes de 1930 - Uma contribuição . Univ. de Brasilia, I n s t i t u t o de C i ên ci as Hum an as - Dept. de Economia. Textos par a d i s c u ss a r n9 22, 1974, p.r.-10.
' 1JU C EB , C o n t ra t os e Dis t ra t o s, 1*74, vol 1-75, doc. n? 1.
PINH O, P é ri c l es M a d u r e i r a de. Sao aasim os b a i a n o s , p v 3 9 .
1 3 ?
C E I N . P ro a p e c to de Lan çam en to , feve re iro de 1 ^ 9 1 .
' *IDEM, IPIDEM.
^T AR QUI HI O, Luiz. Ci ta d o en STEIN, Stanley J., O p .c i t . p.93.
fiCEIN. P ro a p e c to dc Lan çam en to , fevereiro de 1^91.
P7 IDEM, IBIDEM.
P P . tTAR OU I N IO , Luiz. P re c e x to s M oraes e C iv ic o s . B?.hi«,1901,
p. 0 1 .
"^IDEM, IPIDEM, p . 60.
9 0 IDEM, IBIDEM, p . 45.
9 1 IDEM., IPIDE M, p.r.
92I D E M , IBIDEM , p . 17.
9 3 IDEM, IBIDEM, p . 44.
94 -COSTA, Jo se Sim.ic da. O p . c t t . .
9 ^PINH0, P er i c l e s M a d u r e i r a de. Sao ass im oc b a ian o a , p.95-96.
!J TE I X E I R A , Mucir. "Discur.são Of fic ial en r de Dc ze ntr o de l^O"" , en C id ad e do Pern - R e v is t a da V i l l a O p e r a r ia , B.ihia, K 9 9 , n° 1, r . 4.
ri N HO , Pe r i c l e s M.-idureira da. Sao aseim oa b a ia n o e , p.100 .
9 IDEM, IBIDE M, p . r0-P2.
1 AQCEIN. L i v r o D i a r i o n9 1, fis. 1-2, 1”91.
1 0 0 CEIN. R e la t ó r io r e l a t i v o a 1973 en "A TARDE", 25.07 .1 974
p. 15.
C A P Í T U L O 3
A COMPANHIA EHPfiPin ih p u s t r i/ml do nopt* AHTES DA la . fiPAHDE GUERRA, 1891-1913
INFLUFNCIA DAS CRIPFS KJtTDIAIS POPRF
or, lucrop nr. f ^ t p e ^ — crIticap a
política rco?’õf'Tcr covtpívjtíttal
Os Relatórios dos prineiros anos de existência d?
nova rmnresa refletem o sucesso oue seus fundadores tiverar
ao conseguir obter os lucros previstos no Prospecto de Lança
m e n t o 1 . 0 encarecimento do fio importado conduziu ã decisão
de montar a secção do fiação. Achando-se o capital social cr-
pregado nos imóveis e no maquinãrio, a /ssembléia dos Acio
nistas autorizou a Diretoria a emitir debentures de 8% até e
sòma de ?.. n n n : 0 0 0$fir>0 para, não somente instalar a fiação,
mas também criar condições nais favoráveis de comercializacão
dos seus produtos.
As máciuinas para fiação foram instaladas na fabrica
da Poa Viagem, no primeiro semestre de 1897; neste ano ainda
se importou fios e o Relatório de 5-4-1899 refere-se ã "in-
dustricida tarifa das alfândegas, que nos forçou a pagar mui
to maiores direitos pelas matérias primas importadas c a re
duzir os preços de nossos tec i d o s ... 22".
A lém do aumento dos direitos sobre o fio importado,
os primeiros Relatórios apontam outros fatores negativos para
a vida da empresa nos anos 1896/1899. 0 Relatório deste ú lti
mo ano refere-se ainda a uma crise nacional agravada por uma
1 3 5
outra de caráter local: "Temos envidado todos os esforços pa
ra reduzir os nossos compromissos jã fazendo a mais rigorosa
economia, jã reduzindo os nossos stocks de materias primas c
p r o d u t o s .
Conhecida como é a crise pela qual tem passado o
nosso mercado, é fácil de compreender-se que não poderíamos
oferecer tão satisfatórios resultados se s5 a cie es ivesse-
mos adstritos.
Felizmente porém os nossos produtos têm tido a m *
or aceitação, em outros m e r c a d o s . 3.
0 Parecer do Conselho Fiscal do mesmo ano acrescen
ta informação sobre a alta de produtos necessários para as fã
bricas ressaltando a "grande crise por oue ainda hoje passí»
toda a Fepú^'ica, e m:r particularmente o nosso Estado, ha
vendo grande alta nos gêneros de primeira necessidade para as
f ábricas . . . .
Temos, portanto, una reforência explícita a uma erji
se nacional e a outra de caráter local. Ha razões para crer,
porém, aue ii crise nacional referida seria na verdade o re
flexo de uma crise mundial. / expressão "grande alta non gê
neros de primeira necessidade para as fábricas" demonstra o
caráter mundial dessa crise, pois, nesta cpoca, tais gêneros
como sejam combustíveis, anilinas ,er-am totaljnnte importados do
exterior.
Celso Furtado referindo-se a estes anos, afirmou
Q ue a crise, de caráter internacional, se iniciou em 189 3. A-
crescentando que "0 valor médio da va a exportada em 1896 foi
2,91 libras, contra 4,09 naouele ano. Em 1897 ocorreu r.ova de
pressão no mercado mundial, declinando os preços nos dois fi
nos seguintes até alcançar 1,48 libras em 1899. Se os efeitos
da crise de 189 3 puderam ser absorvidos por meio de deprecia
ção externa ia moeda, a situação de extrema pressão sobre ?
m assa de consumidores urbanos, que jã existia em 1897 , t o m o u
impraticável insistir em novas depreciações"5 .
Maurice Niveau refere-se a crise dos últimos anos
do século XIX,porém não faz qualquer mencão ã sua repercussão
nos países subdesenvolvidos6 .
Frédéric Mauro afirma que a crise cíclica de 13°6
1 3 6
sacudir?, o mercado internacional porém atingiu o Brasil ape
nas a partir de 1 0 0 0 . 7
Contudo, além do reflexo da crise mundial no Bra
sil, hã também uma crise local; iniciou-se em 189 8 , motivada
pela estiagem prolongada ouc atingiu todo o Estado. Suas con
secuencias atingiram a Empresa em 1899 e estão descritas no
Relatório de 20 de março de 1900: "f notoria e a ning ém des
conhecida a terrível crise por que passou o commércio desta
praça no decurso do anno do 1899. rão há mesmo memoria de que
tão extensa jã houvesse alguma em outras épocas, em que a se
ca com todo o seu cortejo de horrores, nos afligisse tanto co
mo agora. C aue a falta de chuvas não se limitou ao sertão co
mo quase sempre tem acontecido, c invadiu pelo contrário to
dos os Dontos do estado, dando lugar a que todos os gêneron
de alimentação fossem importados de outros estados.
Resultou disso enorme emigração do meio circulante,
que em seu lugar deixou-nos a penúria e toda a sorte de e m b a
raços .
Diante de tal calamidade, sofrendo cruelmente o co
mércio, não era possível que prosperasse a indústria, que b?r
pode se chamar irmã siamés do comércio, pois não pode sofr r
sem que a outra participe igualmente de suas dores. Assir.
teve a nossa empreza o seu quinhão de dificuldades que pro
curamos superar do melhor modo que nos foi p o s s í v e l " . ^
Apesar de tudo os lucros da Companhia neste ano ain
da são julgados satisfatórios, pois sua taxa de lucros de
13,80% é apenas um pouco mais baixa aue no ano antorior(1898)
Dois outros fatores são ainda apontados pelos Rela
tórios destes anos como responsáveis pelas dificuldades da Er
presa: a concorrência e a política economice do governo.
Os concorrentes citados são os nacionais de outros
estados "ond? as epidemias e as dificuldades financeiras obri
garam a afazer uma exportação tão ruinosa para os productores
como para nós,' aue tivemos de supportar a peior das concurren
a^üfclae^doiv necessitados" . ®
Ouanto à política econômica governamental, transerç.
ve-se aaui trecho do mesmo Relatório que sintetiza o pensa-
mento liberal de Luiz Tarquinio: "mal comoçonos nós a obter
preços remuneradcres-do trabalho a que não nos poupamos, quando
fomos suprehendidos com a nova tarifa que elevou em alguns ca
sos 120 p o r cento na matéria prima de que usamos e iminuiu
até 50% em artigos estrangeiros idênticos aos que f a bricamos,
o que nos obriga a comprar mais caro e vender mais barato:nór
que, modestos em nossas aspirações, nunca pedimos o ir.f ior fa
vor aos poderes públicos, nunca fizemos a mínima objeção con
tra os tributos sobre nós lançados, que moldamos os nossos a_
tos pelas mais philantropicas instituições, que sempre capri
chamos em ligar o interesse do capitalista aos direitos do o-
perãrio: nós, finalmente, que conseguimos resolver um dos mais
diffíceis problemas sociais, qual o da alliança sympathica o
amistosa do capital com o trabalho!
Os inconvenientes produzidos pela tarifa são dc tal
ordem, mesmo em relação ãs finanças públicas, que,estamos ccr
t o s , o Congresso Federal considerará como um de seus primei
ros deveres, logo que reunir-se, a sua revogação.
Se porem assim não acontecer, se por mal <. ehtendida
teimosia, ou se por considerar desairoso revogar um acto ape
nas praticado, deixar que permaneça esse perigo immenso para
as classes laboriosas do p a i z , cumpre ao governo local, cum
pre aos poderes estaduais nã.o deixarem que soffram e se anni-
ouilem esses núcleos d e trabalho que tanto honram a Bahia. A
lei da-lhes amplos poderes para virem, cm auxilio de nossas in
dustrias em perigo; e assim como seria um erro se esses pode
res fossem utilizados para corrigir faltas produzidas pela in
comnetência, inaptidão e imprevidência dos industriaes, tam
bém é um acto de alta justiça aproveital-os para neutralisar
ou pelo menos -‘atenuar os males produzidos pela desidia da-
quelles aue, esquecidos dc sua missão, lançam a perturbação e
a desordem no seio do que há de mais delicado e mais sagrado
em um paiz, que é o TRABALHO.
Hão desanimemos; dentro em pouco, ou o Congresso Fe
deral reconsiderará o seu acto, ou o Governo estadual corri
girá, em relação ã Bahia, os desacertos, usando de attribui-
ções que lhe dá a Lei Fundamental da União".1®
Esta peroração a respeito da política tarifaria re
sume bem as idéias de Luiz Tarquinio expostas nos jornais da
época em sucessivos artigos onde se combate firmemente a pol^
ti ca financeira governamental especialmente no que ta-ge às
tar i f a s .
De acordo com Nicia Vilela Luz, a revisão tarifária
de 1897 foi 'a primeira tentativa para se pôr em xeque o in-
dustrialisno inaugurado pelo novo regime...a redução das ta
xas efetuadas pela tarifa de 1897 inportou numa média geral
de 25%... A reação fora longe demais. Ela atingira interesses
solidamente estabelecidos, como o das fábricas de tecidos de
algodão oue foram duplamente prejudicadas, pois a nova pau
ta, além dc reduzir as taxas sobre tecidos, aumentara as do
fio. Surgiram então, na imprensa, artigos dc protesto cor.tra
essa tarifa que, segundo o l e s , seria o aniquilamento do tra
balho nacicnal, pois onerava as matérias primas e reduzia os
direitos sobre os artigos manufaturados".
...Em consequência, provocou essa tarifa uma dimi
nuição das rendas p ú b l i c a s , pois a arrecadação que em 1897
foi de 226.102:343*948, caiu, em 1899, para 22C.597:697$000.
Em seus artigos para os jornais da época em 1898,
Luiz Tarcuinio previu a queda da receita aduaneira e reclamou
dc absurdo de uma tarifa que onerava as matérias primas e re
duzia as taxas de importação de objetos dc l uxo.
A partir de 1900 as taxas do lucro da Empresa vol
tam a asender, variando dc 25,30% em 1902, a 15,88% em 1907,
caindo abruptamente em 1908 para 7,76%. CCf-i.Tabela) .
Apesar da elevação dos l u c r o s , os Relatórios desses
anos apontam uma série de dificuldades para a Empresa.
Em 1900 ocorre uma queda das vendas, nos últimos
meses d.o ano, não chegando a comprometer a taxa de lucros oue
atinge 25,09%.
Entretanto, de acordo con os Relatórios, há uma cri
se nacional, iniciada em 1900 e atingindo seu auge cm 1901,da
oual a Companhia é livrada pois " auferirabons lucros...e con
tinua... a v er sahirem os seus produetos com bastante facili
dade" acrescentando-se aue a Empresa'"se acha consolidada e
139
apta a enfrentar a crise aguda que ainda fere todo o nosso
Pai z" . 13
0 Relatório de 1903, relativo ao ano de. 1902 , nen-
ciona a recuperação geral da indústria brasileira a^rescer-
tando que a produção da fábrica da Poa-Viagen continua avul
tada e com fácil saída: é florescente o estado de todas as
indústrias "que não nasceram da especulação", conclui.
Esta situação favorável continua por todo o ano dc
190 3, auando desaparecem os dois dirctores-fundadores Luiz
Tarquinio e Leopoldo José da Si l v a 1 5 . 0 outro . dirotor-funda
dor, Miguel Francisco Rodrigues de Moraes falecera en 1895,
antes da realização da la. Assembléia Geral em 1896.16
0 Relatório d.e 1905 refere-se â nova.crise, de âm
bito nacional, ocorrida en 1904, que, agravada pela grande
alta do algodão refletiu negativamente sobre o desempenho da
E m p r e s a 17. No ano seguinte a situação perdurava, porém, na
verdade, a t a x a de lucros baixou muito p o u c o 1P. Em 190 6 ale
gou-se a concorrência de outras fábricas do país como motivo
para m aior redução nos preços dos p rodutos1®. Em 1907 ocor
rem alta nos preços do algodão, greve operária e queda dos
negócios motivada pela baixa dos preços dos produtos de ex
portação do país. Nestes anos a taxa de lucros que fora de
19,84% em 1904 baixara para 15,88% en 1907.20
Pode-se considerar que, anenas em 1908 a Companhia
é atingida por uma crise mais séria. Até então ocorreram ape
nas oscilações, porém os lucros mantinham-se relativamente e-
levados. Neste ano, pela primeira vez desde 1895, não são di£
tribuídos dividendos. 0 caráter nacional da crise é apontado
pelo Relatório de 1909: "A grande crise por que passaram e
ainda estão passando o comércio e as industrias em todos os
Estadcs da República, motivou a diminuição da nossa produção,
e conseauentemente os lucros... Visto serem os lucros tão di
minutos, e continuarem os negócios ainda bastante desanima
dos , ponderamos ã digna Cormissão Fiscal a inconveniência de
distribuir-se qualquer dividendo...Este modo de proceder en
contra explicação na aguda crise econômica c financeira que
estamos atravessando desde os fins de 190 7 e actualmente agra
i u n
T A B E L A - 6B R A S I L — D I S T R I B U I Ç Ã O G E O G R Á F I C A E D A D O S E S T A T Í S T I C O S DA S M A I O R E S F Á B R I C A S D E T E C I D O S DE A L G O D Ã O
1 9 1 0
N Ü M E R O DE N Ú M E R O DE N Ú M E R O DE O P E R Á R I O SF U S O S T E A R E S O P E R Á R I O S P O R T E A R
D I S T R I T O F E D E R A L A L L I A N Ç A 5 6 . 3 9 0 1 .336 1.637 1 . 2C O N F I A N Ç A I N D U S T R I A L 4 2 . 8 0 0 1.50 0 1 .3 5 0 0,9P R O G R E S S O I N D U S T R I A L 3 7 . 3 4 0 1. 295 1 . 600 1 . 2A M É R I C A F A B R I L 3 2 . 0 0 0 1. 350 1 . 5 0 0 1 , 1C A R I O C A 3 2 . 0 0 0 1 . 067 1. 163 1 . 0
T O T A L 2 0 0 . 5 3 0 6 . 548 7. 250 1 . 1
R IO B R A Z I L I N D U S T R I A L 3 1 . 8 0 4 9 58 1 . 0 5 0 l. o
T O T A L , RIO E D I S T R I T O F E D E R A L
2 3 2 . 3 3 4 7. 506 8 . 300 1 . 1
SÃO P A U L O M A R I A N G E L A 3 6 . 0 0 0 1. 700 2 . 2 0 0 1 . 2V O T O R A N T I M 3 6 . 0 0 0 1. 300 1. 5 0 0 1 . 1
B A H I A
T O T A L
E M P Õ R I 0 I N D U S T R I A L DO
7 2 . 0 0 0 3. 000 3. 700 1 , 2
N O R T E 3 1 . 0 0 0 1 . 288 1 . 600 1 .2
P E R N A M B U C O P E R N A M B U C O ? 1 . 0 0 0 829 99 0 1 , 1
M A R A N H Ã O F A B R I L M A R A N H E N S E 3 0 . 0 0 0 650 706 1 ,2
T O T A L DE 11 F Á B R I C A S 3 9 6 . 3 3 4 1 3 . 2 7 3 1 5 . 2 9 6 1 , 1
B R A Z I L 137 F Á S I C A S 1 .0 0 0 . 0 0 0 3 5 . 0 0 0 5 5 . 0 0 0 1.5
FO NT E: S T E I N , S t a n l e y J. T he B r a z i l i a n C o t t o n M a n u f a c t u r e ; t e x t i l e e n t e r p r i s e in an u n d e r d e v e l o p e d a r e a 1 8 5 0 / 1 9 5 0 . C a m b r i d g e , H a r v a r d U n i v e r s i t y P r e s s , 1957, p . 104.
vada com os últimos acontecimentos de nossa praça.
0 lucrr obtido no 29 semestre não deixa de ser ra
zoável, attendendo ã concorrência dos fabricos ccngeneres a-
quf, no Rio e em S.Paulo, máxime no momento actual, que es
tão todos com enormes depositos de seus productos, em virtu
dc do grande retrahimento dos mercados de todo Paiz " . 21
A crise resultava da baixa dos preçrs do café no
mercado internacional devido não só a superprodução desse pro
duto mas também à depressão econômica na Europa e Estados Un¿
dos sobre a qual breves referências se encontram em M AURO2 2 ,
VIFDENFELD2 3 , N I V E A U 2 4 , C U N H A 25 ,e MAGALHÃES FILHO2 6 .
Os anos 1895/1905 foram, para o conjunto da indús
tria têxtil brasileira, anos de crescimento da produção in
dustrial subsqüentes a uma década, (1885/1895), de expansão
de investimentos. (Cf. Tabelas).
A produção do tecidos de algodão no Brasil alcança
va em 1885 cerca de 26 milhões de metros o que representava
pouco roais de 10% do consumo nacional. Vinte anos depois a
produção aumentara dez vezes, representando 60% do consumo n£
cional. As importações declinaram: representaram, portanto,
os tecidos de algodão o primeiro exemplo de substituição dc
importação no B rasil.2 '
0 bom desempenho da Fábrica da Boa Viagem nos seus
primeiros quinze anos de existêneia, (1891-1906), correspon
deu, portanto, a um período dos mais favoráveis para a indús
tria têxtil brasileira, e a primeira crise realmente signi
ficativa, coincide com uma crise ciclica do capitalismo in
ternacional combinada com o início da fase de superprodução
do café no Prasil.
Nos anos seguintes, (1909/1913), a média anual da
taxa dc lucros baixa para 16,53% (Tabela).
0 Relatório referente ao exercício de 1909 expressa
com clareza a satisfação da Diretoria e dc Conselho Fiscal pe
la recuperação ocorrida2^. Em 1910 '.una queda da taxa de lu
cros de quase 6% em relação ao ano anterior c. atribuída ao au
mento dos preços da matéria-prima que variaram de 15$000 a
27$000.29 l1*?
Nos dois anos seguintes, 1911/12 a situação se n or
malizou com nova ascensão dos lucros. Se em 1912 são ligeira-30
mente inferiores a 1911 , isso se deveu ao incendio socorrido
na fábrica paralizando-a por dez dias, o que acarretou a di
minuição da produção era 359.960 metros, uma vez que f^ram p r e
cisos dois meses para o r e t o m o total â normalidade31 .Em 1911
a produção da Emporio correspondia a 3% da produção brasileira
de tecidos. (Cf. Tabelas).
Em 1913,porém, a taxa de lucros caiu a 12,29%.Mais
uma vez uma recessão econômica de caráter internacional inci
diu sobre a Empresa, ã semelhança do que acontecera no final
da década de 1890 e, de maneira bem mais drástica, em 1907/
0 8 32. Essa situação se t o m a r i a r.ais aguda durante o ano de
1914. Desta vez). O Relatório deste ano refere-se explicita
mente ao carãter internacional da crise, o que não ocorrcra em
situações anteriores: " A crise monetaria que tão nociva in
fluencia tem exercido nos mercados Europeus repercutiu forte
mente em nosso meio, pondo em serios embaraços o comercio e
consequentemente, a indústria fabril. Aggrava ainda tão teme
rosa situação a baixa da maior parte dos generos de exporta
ção, resultando fatalmente o retrahimento bem justificado da
freguezia aue, sem maiores necessidades de comprar, se vê ain
da embaraçada pela múltiplas offertas; e a isso é que devenos
os enormes stocks de fazendas em todas as fabricas do paiz"3 3 .
Neste ano dc 1913, a recessão dos negócios em esca
la mundial atingiu o Brasil forçando a baixa dos preços dos
seus principais produtos de exportação, o café e a borracha. A
demanda de produtos têxteis diminui e as fábricas brasileiras
entram em acirrada competição interna. A produção de v tècidos
já cobria, então, cerca de 85% do consumo . 34
0 estabelecimento fabril da Companhia Empório In
dustrial do Norte figurava em 1910, entre as tres maiores fá
bricas de tecidos do Nordeste e entre as onze maiores do Bra-
s i l 3*. Seu capital de 3.000:000$ representava 1 ,2 0% do total
dos capitais investidos na indústria têxtil brasileira em 1910
(250.000:000$000)3 6 . Sua produção, 11.500.000 metros em 1911,
representava 3,03% da produção brasileira naquele ano (379 m i
lhões de metros) e cerca de 33,65% da produção baiana, cujo14 3
total estimado foi d e 33.879. 952 me t r o s . 37
AS DEñPES¿\S COM A PRODUÇÃO
MAQUINARIO E MATÉRIA PRIMA
Entre 1896 e 1898, quando se instalou a fiarão, o
ativo imobilizado aumentou de 7.171:090$460 para ..............
10.988:066Í540. 0 quociente de imobilização jã muito elevado
em 1896, 72,45%, alcança em 1898 99,40%. Em 1899 e 1902 aumen .
ta ainda mais: 10 3,7 2% e 104,2 5%, respectivamente. Em 190 8 ,
1909 e 1910 o quociente de imobilização, decrescido ligeira
mente depois de 1902, t o m a a elevar-se a mais de 100% • 'em
1908-1910. (Cf. Tabelas).
Foram anos em que foram feitas grandes aouisiçõer
de maquinário.
0 Relatório de 1899 dera por concluída a importa
ção de máquinas e descreve suscintamcnte o equipamento da fá
brica com suas 10 caldeiras, 4 motores, 46 mãauinas de prepa
ração de algodão, 42 c a rdadeiras, 54 fiadeiras com 17.144 fu
sos, 1.206 teares, 10 engomadeiras "e um sem número de máqui
nas e accessórios, tudo do que há de mais moderno e aperfei
çoado e constituindo um conjunto que nada tem a invejar ãs m£
lhores fábricas do velho mundo, como temos ouvido de profis
sionais os mais competentes que de passagem nos tem honrado
com suas v i s i t a s " 3®. Esse novo m*auinário começou a funcionar
em julho de 1899 , mas jã em 1900 e 1901 foi aumentado o núme»-
ro de máquinas importadas para a fiação: em 190 3 novas máqui
nas são acrescidas ao património da empresa. Em consequência
dessas importações o número de fusos alcança 25.000 em *1904,
tornando-se a fiação capacitada para satisfazer as necessida
des dos teraes. Neste ano acrescentou-se também mais três
cladeiras aquelas dez já existentes. Em 190 5 adquiriu-se ma-
quinãrio para a secção de tinturaria. Em 1906 o problema cria
do com a^nuebra do eixo principal da Fiação, que paralizou
toda esta secção durante alguns d i a s , foi resolvido nas p ró
prias oficinas da Fabrica, onde novo eixo foi preparado. Em
1910 a fábrica contava com 1.600 operários, 1. 238 :trares,
31.000 fusos e uma produção de 11 milhões de metros, < '-'38,8'n
da produção baiana, figurando entre as sete maiores empresar;
texteis do Brasil e superando qualquer outra no Norte-I’ordes
te. Até 1912 continuou-se a adquirir novas máquinas»anualmen
te. Em todo o período que vai de 1898 a 1913 o quociente dc
imobilização permaneceu sempre acima dc 92%.
beste período ocorreram altas no preço do algodão.
Entre 190 2 e 1904 o seu preço aumentou em cerca de 30%.39
Já no começo do século se dizia que "a situação g e
ral das indústrias no Estado mostrava-se a n i m a d o r a " .*° A in
dústria têxtil, entretanto, lutava com um grande obstáculo
oue era a falta e carestia da matéria prima, cuja produção di,
minuta obrigava as fábricas locais a importar o produto dos
Estados do Norte. As dificuldades do transporte marítimo fa
ziam com oue o algodão aqui chegasse com uma diferença a mais
de cerca de 3$500 por 15 K, ficando as fábricas da Bahia em
posição de inferioridade em relaçãi ãouelas dos estados p ro
dutores . , ,
A elevação dos preços do àlgodão e as enormes des
pesas com maauinaria (estas últimas só voltaram a ocorrer,nas
mesmas proporções, 50 anos mais tarde) são os fatores produ
tivos que poderão ter pesado, embora dc maneira secundária,
no desempenho da empresa no período considerado. (Cf.Tabelas)
Parte do maouinário instalado nestes primeiros tem
pos funcionaria por mais dc 60 anos, como foi o caso de gran
de parte dos teares xadreses da marca HACKIIJG, de Bury, ou
BUTTERWORTH & DICKINSOH de BURHLEY, e os teares lisos da HAR-
LING h T O D D também de BURNLEY, cidades da Grã-Bretanha, os
quais instalados em 1891, funcionaram até início da década de
1960, num total de 844 teares. (Em 1896 havia 8G9 teares).
Filatórios e cardas da marca. HOWARD & BULLOUGH de
ACCRIHGTON, G r ã - B r e t a n h a , instalados entre 1896 e 1907, fun
cionaram também até início da década de 1960. 0 maquinário bá'
sico era, portanto, de origem britânica, embora de fabrican
tes diversos. (Cf. Tabelas).
Outros fatores que no futuro viriam a.ser apontados
como causas de problemas para a Companhia são referidos bre
14?
vcmente neste período.
Em 1898, por exemplo, nen todos os maouinismos da
tecelagem funcionavam, pois a força motriz, desviada em part^
para a fiação, não era s u f i c i e n t e . * 2
IMPOSTOS
Em 1902 o Relatório do Secretário da Agri-tltura,
Commércio, Indústria, Viação e Obras Públicas nc governo So
ve rino Vieira afirmava que "não fossem os elevados impostos
com oue nas outras partes da comunhão brasileira se taxam c
produetos da industria bahiana, e de muito mais avultaria o
movimento d e s t a " . C o n t i n u a afirmando o Secretário da Agri
cultura do governador Severino Vieira, (aliás, pequeno acio
nista da C E I N ) , que "no momento, felizmente se offerece bas
tante folg ada a condição de nossas fábricas de t e c i d o s , " 44
asseverando aue "duas causas, além da precedente, inhibem o
incremento industrial em o nosso meio, posto este lhe seja fa
voravel mercê da moderação de impostos que no particular aqui
se nota, e são: a péssima navegação de cabotagem e o mão e
dispendioso serviço de carga e descarga no porto " . 45 Esta si
tuação parece modificar-se em 1906 , no governo de Jose Ma.rce-
lino de Souza. 0 Relatório da Companhia, de 1907, afirma que
apesar das declarações do governador no início da sua gestão,
a indústria estava pagando desde janeiro de 1907 o "eleva.do
imposto de 2%" sobre suas exportações para os demais Estados
da União, dificultando o seu desenvolvimento . 46
o p e r / r i o s e t é c n i c o s
Nesta fase tanto o pessoal técnico, que em parte e
estrangeiro, como o operariado só recebiam elogios atra v é s dos
Relatórios anuais da Companhia.
Em 1901 foi estabelecido, como recompensa aos ope
rários "assíduos e dedicados ao trabalho " 47 o .o:-fornecimento
gratuito de medicamentos em caso de doença. Em 190 3 teve iní
cio a doação de casas aos operários com "dez anos de bom tra-
halho e comportamento"4 ®. As casas estão situadas na rua da
Boa Viagem, cada uma tem 8,30 m de frente e 13,60 de frente r
fundo.
A julgar pelos Relatórios apresentados durante os
anos de 1893-1913, apenas uma vez, em 1907, é quebrada a har
monia reinante na fábrica.
Primeiro em 2 2 de junho, ouando os soldados do p o s
to policial do 29 Distrito dos Mares, "sem motivos justificá
veis" atiraram nos operários que, às 13 h. entravam para o
trabalho, resultando em ferimentos . 50
Menos de tres meses depois, a ordem reinante, de
estilo paternalista, foi quebrada.
Em setembro desse mesmo ano, no dia 13, os operá
rios entram em greve "durante alguns dias" de acordo com o Re
latório da Diretoria, "durante algumas s e n a n a s " , segundo o
Parecer do Conselho F i s e a l ,perturbando todos os trabalhos da
Companhia, acrescenta, informando que não fora "a greve de um
pequeno grupo de operários" o lucro auferido, que foi supe
rior ao do ano anterior, seria ainda maior.
Além da contradição que se percebe entre a Direto
ria e o Conselho Fiscal sobre a duração da greve, o Relatório
afirma ainda que as exageradas exigencias dos grevistas não
puderam ser atendidas.
Em 1909, se constituiu "para o que fõra previamen
te consultada esta Diretoria, uma associação de '.benéfrcBncir
mútua, sob a denominação de "Sociedade Beneficente 24 de J u
lho" e, continua o Relatório, "como reconhecessemos o valor
de tão útil e meritória instituição, rerolvemos concorrer com
a mensalidade de Rs. 50 0$00 0.
Folgamos en declarar eme, fundada em 4 de abril de
1909 , esta sociedade vai em caminho de grande prosper i d a d e . "51
Sobre a Vila Operária o Relatório de 1899 explica a
sua necessidade e o seu papel: "A q u e m . .apenas...supercialmen
te a con h e c e ... pode parecer...de nenhum valor social ou indu£
trial, exprimindo apenas os sentimentos altruísticos de seus
fundadores e para alguns até apenas vaidade e ostentação.
E ntretanto assim não é.
Para que o trabalho seja produetivo é preciso que
147
o operário tenha tranquilidade de espírito e vigor físico.../
Villa Operaria oferecendo esse conforto...habilitado operario
a produzir mais...(e) melhor.
...sem a Villa Operaria seria impossivel manter-se a nossa Fj;
brica no pé em que se acha.
Entretanto, á execução do capital nela empregado,
das despesas com reparações de predios e iluminação, ela em
nada é pes<la aos cofres da Companhia.
As suas escolas, o serviço sanitario c outros • são
pagos apenas com os lucros dos seus armazéns " . 52
Em IP D 3, com a assistência medica e direção gernl
do Dr. Adr iano dos Reis Gordilho a Vila continuou no seu pa
pel de facilitar "o trabalho e bom comportamento do operário,
assim com o a observação de uma boa higiene...As escolas pri
marias tem...uma frequencia de 200 alunos cm media. A escola
de musica tem...uma frequencia de 50 pessoas."53 A organisa-
ção e higiene da Vila se comprova quando, no ano seguinte, de
acordo com o Relatório, ela atravessou incólume uma epidemia
dc peste b u b ô n i c a . 54 0 Relatório de 1909 comprovou que a Vi
la deu um deficit de 16.429$340, apesar das economias feita?
com a supressão de alguns cargos administrativos . 55
Neste período o índice de liquidez da empresa foi
sempre bem equilibrado, com o passivo sempre abaixo de 505*,
a não ser no ano de 1897, justamente após o lançamento dc de-
bêntures afim de adauirir o maquinãrio para instalar a fia
ção. (Cf. Tabelas).
COHCLURÕFS
a) Durante o período 1891-1913, que foi de grande
crescimento p ara a indústria têxtil brasileira em seu conjun
to, a Companhia Empório Industrial do Norte tornou-se a maior
empresa; têxtil do Norte-Nordeste e uma das sete maiores 5 do
Brasil. (Cf. Tabelas).
b) As crises econômicas internacionais, refletindo-
se no Brasil através da queda dos preços dos seus produtos de
exportação, neste período, o único fator a comprometer os lu
cros da empresa, devido à contração do consumo aue provoca
vam.
c) Fatores cano alta nos preços da matcria prima •
f» importação de grandes quantidades de ma q u i n á r i o ,apesar do
certa importância parecem ter um papel secundário para o d c ■
sempenho da empresa se .comparados aos efeitos das recessões
econômicas de âmbito nacional e internacional.
149
NOTA?
CFIN. Prospecto de Lançamento . F e ve r e ir o de 1891. p .6 P r cv i a -s e lucros su p er io re s a 15Z o que de fato foi c o n se g u ido. îîo p e r í o d o 1895-19 13 a taxa m ed ia anual de lucros ating iu 17,34*.
2CEIN. " R el a t ó r i o " p u b li c ad o no Jorral de Noticias em4.4.1899.
3I B I P F M .
4 ibidem.
5FU RT ADO , Celso. Formação Económica do Brasil. S. Paulo, N a cio na l, 1971, lia. ed., p . 178.
^NI VE AU, M a ur ic e. História dos Fatos FconÔricos Contemporâneos. S. Paulo, DIFEL, 1969. p . 193.
^MAtlFO, Fré déric. Historia Económica Mundial 1790-1970.P> i o , Z ah * r , d .360.
^CEIN. "R e l a t ó r i o " p u b l i c a d o no diário de Noricias cm19. 3.1900.
9 CFIN. " Re l a t ó r i o " p u b l i c a d o no Diário da Bahia em 3.41698.
1 0 I B I P F M .
^ L U Z , Ni c i a Vilela. A luta pela industrialização do Brasil. S. Paulo, DIFEL, 1961, p . 115-118.
12T A RQ U IN I O , Luiz. Tarifa Aduaneira. B a h i a ,E s t a b e l e c i m e n
to L I T F O - T y p o g r a p h i c o L.H. L i g u o r i , 1898.
13T F I N . " R e l a t ó r i o " p u b l i c a d o no Diario da Bahia e m 2 1.3.1902.
Os cálcul os das des pe sa s totais foram feitos sobre a p r o d u ção v e nd i d a nao in c id i nd o sobre as outras receitas (alugueis, juros, des co n to s , c t c . ) . Os lucros, en tre ta nt o, i n cl u e n as r£ m u ne r a ç o o s ob tidas através de alugueis, juros, d e s c o n t o s ,e t c . De v i d o a isso alguns anos a p a re c e m com lucros exc ep ci o n ai s a- p e se r das pe r c e n t a g e n s das despesas «eram muit o altas.
14 -CEIN. " R c l a t o r i o " p u b l i c a d o em A Bahia em 16.3.1903.
^ C E I N . "R e l a t ó r i o " pu b l i c a d o no Diario de Noticias cm 7.3.1904.
^ A r q u i v o do Es t ad o da Bahia (AF.B). I nvent ari o s - Capi t al 1895/ 1924, Doc. 3, M a ç o 626.
1 7 CEIN. " R el a t ó r i o " p ub l i c a d o no Diario da B a h i a , cm14 .3 .1905.
150
IP -*CEIN. "R e la t o ri o " p u b l i c a d o no D ia r io da B a h ia , or
2°.3.1006.
^ C E I M . " R e l at ó r io " p u b l i c a d o no D ia r io da B a h ia , do2 P . 3.1907.
20CEIN. "R c l at o r i o n u b l i c a d o no D ia r io de V o t io ia s <*c
2 7 . 3 . 190P.
21 » -CEIN. ' "P e la t o r i o " p u b l i c a d o no D ia r io de V .o t ic ia s do
26.3.1909.
2 2 MAUFO, Fr ed eric. o p . a i t . , p . 360.
2 3W I P D EN F EL D . "La e v o l u c i o n del p c rc a d o nu n^ial" cn V is to -
r i.a U n iv e r s a l . Dirigi'*?. por W a l t e r Goetz, vol. X. p . 94.
2 4 NI VE AU , Maurice. o p . c i t . , p . 195-196.
25 - . . . .CUNHA, T n s t a o da. As c r i s e s c o r e r c r a r s . Rio-S. Paulo,
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26 . .M A G A L H Ã E S FILHO, Fr a n c i s c o de B.B. d e . H is t o r i a Eco n om -
ca. S. Paulo, Ed. S ug e st õ e s L i te r ár i a s, 1273, 2a. ed., p. 351.
2 7F I SFL 0W , Albert. " O ri ge ns e cons equ en ci as da s u b s t i t u i
ção de im po r t aç õ es n o Br as il " em E s tu d o s E c o n õ r ic o s . vol. 2, 1972, n9 6 , r .9-10.
2 8 —CFIN. ' T e l a t o r i o " p u b l i c a d o no D ia r io da B a h ia , cm
25.3.1910.
2r> -CEIN. "P.elatorio" pu b l i c a d o em / Pai'-ia cn 7.4.1311.
30 -CEIN. "R e la t o r i o " p u b l i c a d o no D ia r io da' B a h ia i 1' de
30.3.1012.
3 ^CEIN. " R e l a t o r i o " p u b l i c a d o em A Torde de 29.3.1913.
12 - . .' CEIN.’ " R e l a t o r i o " p u b l i c a d o no D ia r io da B a h ia cm
29. 3.1914.
3 3 CEIN. " R e l a t o r i o " p u b l i c a d o em A T ard e do 3.4.1915.
34BA F R e VILLELA. " C r e s c i m e n t o I n du st ri al e I n d u s t r i a l i z a ção: R e vi s õe s nos e st ág io s do d e s e n v o l v i m e n t o E c o n o m i c o do Bra
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3 riDEM, IBIDEM.
3 7 S E C K E T A R I A DA A G R I C U L T U R A , COMMF.P.CIO, IN D U ST R I A , V I A Ç Ã O F
151
OBRAS P Ú B LI C AS — R EL ATÖ RI O. Bahia, I m pr ens a O f fi c ia l , 1921. A n n e x o s .
3 8 «•CEIN. " R e l ac o r io " pu b li c a do no Jornal de Noticias de
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39CPF. Projeto de Reeauipamento da CEIN. 1959, 19 vol.p.3.
A°SFCREATARIA DA A G R I C U L T U R A , COM MÉRCIO, INDÜSTRIA, IAÇÃO E OBPAS PO BL I CA S — R E L A T Ö R I O . Bahia, Officinas do "D iario da Bahia", 1903. p.239.
41IDFM, IBIDEM, p .24 0.
A2 CEIN. "rclfltório" p u M i c a d o no Jornal de Noticias de U .U .1899.
A 3 SECRETAF.IA DA AG R I C U L T U R A , COMMÊP.CIO, IFDÚSTRIA, V IA ÇÃO E OBPAS PÚ BLI CAS . Relat ó r i o . Bahia, Offi ci na s do "Diario da P*hi p" 1903 , p. 239- 240.
44IPEM, IBIDEM.
45IDEM, IBIDEM.
^*CEIN. " R e l a t ó r i o " p u b l i c a d o nr Diario da Bahia eci2 G . 3.1907.
47CEIK. " R e l a t ó r i o " p u b l i c a d o no Diario da Bahia em27.3.1901.
48 ,CEIH. Docümentaçao de Doaçao. 1903.
4 0I FI D E M .
^ C E I N . " R e l a t ó r i o " p u b l i c a d o no Diario da Bahia de2 8 . 3 . l"07.
^CF.IN. " R el a t ó r i o " pu bl i c ad o no Diario da Bahia dp25.3.1910.
CO ^ # #CFIN. " R e l a t ó r i o " p u M i c a d o no Jornal de Noticias cn
4.4.1899.
53CEIN. "R e la t ó r i o " p u M i c a d o no Jornal de Noticias er.5 . 3 . 1°04.
CEIN. " R e l a t ó r i o " p u M i c a d o no Diario da Bahia ec14.3.1905.
55CEIN. " Re l at ó r i o " pu b l i c a d o no Diario de Noticias en2 ^ . 3 . 1 9 0 f1. 0 Re l a t ó r i o e x pl ic a que até entao as des pe zas f e i tas en a Vi la eram levadas à conta de "Gastos Di v e r s o s " e os alugue is à cont a de "Ganhos e Perdas". A p ar t i r de 1903, p o rém, r e s o l v e u - s e abri r uma cont a es pec ial "V ill a O p e r a r i a " p_a ra c o n he ce r - se e f e t i v a m e n t e o lucro ou p r e j u i z o dur an te o ano,
v e r i f i c a n d o - s e entao o de fi cit de 16:429$340.
T A B E L A - f i - A
PRODUÇÃO DE TECIDOS DA CEIN E DA BAHIA NO CONJUNTO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA 1910-1938
ANOS C E I N CEIN/BAHIA B A H I A ZBAHIA/BRASIL B R A S I L X C E I N/B R A S I L
1910 11.000.000 38,8 28.339.6461911 11.500.000 38,3 30.007.987 7,9 378.619.000 3,01912 11.000.000 37,5 29.303.284 7,3 399.710.000 2,81913 10.000.000 35,7 28.010.556 7,3 384.989.000 2,61914 8.500.000 41,3 20.596.105 6,6 314.345.000 2,71915 10.500.000 41,1 25.553.750 5,4 470.783.000 2,2191 ft 12.500.000 48,8 25.597.161 5,4 473.302.000 2,61917 12.000.000 46,8 25.659-068 4.7 548.120.000 2,21918 11.000.000 42,9 25.6S4.261 5,2 494.422.000 2,21919 8.000.000 34,1 23.449.105 4,0 584.402.000 1,41920 9.000.000 45,4 19.839.034 3.4 587.182.000 1,51021 8.000.000 32,7 24.482.738 *,7 522.446.000 1,51922 9.000.000 32,6 27.618.685 4,4 626.760.000 1,41923 9. 740. 236 27,0 36.132.776 3.8 939.794.000 1,01924 10.253.990 25,0 40.945.363 7 .1 579.779.000 1,81925 10.017.431 25,3 39.663.198 7.4 535.909.000 1.91926 6.533.574 20,5 31.925.745 5,9 539.025.000 1,21927 6.948.828 22,1 31.376.779 5.3 594.313.000 1,2
1928 6. 163. 390 581.951.000 1,11929 477.995.000
1930 3.589.822 476.088.000 0,8
1931 6.844.519 24,1 28.448.271 *,5 633.892.000 1,11932 29. 397. 317 4.7 630.738.000
1933 6.192.521 20,9 29.601.840 4.6 638.803.000 1 ,0
1934 7.906.456 33,6 23.544.671 3.3 715.814.000 1,1
1935 7.646.296 32,5 23.544.671 3,1 752.691.000 1,0
1936 R.443.079 914.529.000 0,9
1937 8.360.924 963.766.000 0,9
1938 7.774.628 909.972.000 0,9
FONTES: Stein, Stanley J. The Brazilian Cotton Hanufaoture: textile enterprise in an underdeveloped area 18S0-19S0.Casibridge, H arvard, University Press, 19S7, p . 191-94.Jobist, José. Historia dae Induetrias no Brasil. Rio, Jos?^Olympio, 1941 p . 187.Barbosa, Mario f. Informações estatietioas da Bahia._Helatórioa: 1923, 1929, 193’-36, 19.40-41.Secretaria da Agricultura, Conoercio, Industria, Viação e Obras Públicas - Relatórios: 1920, 1921, 1928 e 1929. Governador da Bahia. Mensagens: 1925~1927: 1929, 1941.
T A B E L A - 1BRASIL — DISTRIBUIÇÃO CF.OCRXFICA E DADOS ESTATÍSTICOS DAS MAIORES FÁBRICAS DE TECIDOS DE ALCODÃO
1 9 4 4
X R E A
n Cm e r o DE PXBRICAS
NOME DA FXBRICA OU EMPRESA
NÍlHERODE
FUSOS
NflMERODE
TEARES
N0MERODE
o p e r X-RIOS
o p e r X r i o s
POR TEAR
DISTRITOFEDERAL 4
CIA.AMP RI CA FABRIL FIAÇÃO * TECELAGEM 1B2.552 4. 273 6.409 1.5
S. PAULO S.A.INDÚSTRIAS REUNIDAS F . MATARAZZO 103.«32 3. 574 4.087 1.1
" " CIA. NACIONAL DE ESTAMPARIA 74.924 2. 702 7.731 2,8
PERNAMBUCO 1 CIA. DE TECIDOS PAULISTA 55.000 2. 552 10.338 4,0
PARAÍBA 1 CIA. DE TECIDOS PAULISTA 39.4 RO 2.292 a.713 3.8
BAHIA 5 CIA. PROCRESSO e UNIÃO FA BR1I. DA BAHIA 51.164 2. 221 2.721 1.2
S. PAULO S.A. i n d Ps t r i a s VOTORANTIM 71.922 2.123 5. 570 2.6
DISTRITOFEDERAL 1
CIA. PROGRESSO INDUSTRIAL DO BRASIL 62.224 2. 100 4.623 2.2
PERNAMBUCO 4 COTONIFiCIO fl.B.DE MELO S.A. 36.142 1.635 5.R44 3.5
S.PAULO FIAÇÃO E TECELAGEM ESTAMPARIA YPIRANCA JAFET S.A. 50.000 1 .608 3.041 1 ,8
DISTRITOFEDERAL 1 c i a . nroooRo i n d u s t r i a l 50.000 1.500 1.720 1.1
" 1 CIA. FIAÇÃO E TECIDOS CONFIANÇA INDUSTRIAL 42.852 1.438 2.818 1 .9
” 1 CIA. NACIONAL DE TF.CIDOS NOVA AHpRICA 73.152 1. 364 2.976 2.1
" 1 THE RIO DE JANEIRO FLOUR MILLS AND CRANARIES LIMITED 50.100 1.355 2. 117 1.5
S. PAULO CIA. TAUBATE INDUSTRIAL 42.236 1. 300 2. 138 1.6
BAHIA 1 CIA. EMPÓRIO INDUSTRIAL DO NORTE 26.92» 1. 300 1.352 1.0
PERNAMBUCO 1 COTONIFICIO DA TORRE Ltd». 26.040 1. 129 2. 375 2,1
S . PAULO FXBRICA DE TEC IDOS TA TU A P P S . A. 33.670 1 . 11 R 2 .4 44 2.1
DISTRITOFEDERAL 1
C I A . F IAÇÃO c TECELACEM CORCOVADO 36.6 RO 1. 102 2. 301 2,0
ESTADO DO RIO 1 CIA. PETROPOLITANA FIAÇÃO E TECELACEM 35 .0 00 1 . 100 1. 595 1 . *
" " " 1 CIA. TÊXTIl. RRASIL INDUSTRIAI. 32.500 1 . 008 1. 381 1.3
FONTE: ADAPTADO DE CETEX: INDCSTRIA TÍXTII. A LCODOEI RA. RIO, MIN. DO TRAB ALHO, i n d Os t r i a e COm S r -
C A P I T U L O A
r co!’P,mh i/* f:*pGrio ir n u s T r in do noriF Hn pfrIodo nrs grampes cpises Muwninr no sFculo yx - io i 1
A IITDflSTRIA.nV-SILriRT. DE 1914 A 1946
r INDÚSTRIA BRASILEIRA DURANTE / 1*. GUERRA MUNDIAL
Durpnte a 1?. Guerra Mundial cresceu a produção na
cional dc tecidos: ouanto a isso não há duvidas, e racsno au
tores coro A.Villela e U.Suzigan, que tem una posição bastan
te crítica ouanto ao efeito positivo da la. Grande Guerra so-
^re a industrialização brasileira, apresentam dados que com
provar. o aumento da produção naqueles anos (Cf. T a b e l a s ).Quan
to, porér, à oxpansão da capacidade produtiva, h á ccrta di
vergência: por um lado, Paer e Villela afirmam categoricamen
te que "a 1?. Guerra Mundial não agiu como um catalizador do
crescimento industrial. A razão principal ê que a interrupção
d -1 navegação dificultou a importação de bens de capital n ec0£
sário aò aumento da capacidade produtiva e não havia naquela
época nehuma indústria de bens de capital no Brasil " . 1 Por
outro lado os mesmo autores, reproduzindo dados oficiais oue
não questionam, riostram ciue, do 13.33P estabelecimentos induss
1-riais existentes em 1910, 7.133, ou seja 55,40% foram funda
dos antes de 1914. Resta, portanto, um total de 5.9 36 estabe
lecimentos, ou seja, 44,60%, fundados r.os anos 1915/1919, e
267 , ou seja 2%,,-> fundados em época desconhecida. *
Ressalta claramente o grande número dc empresas fun
dadas durante a Guerra, e mesmo levando em conta o seu menor
3R"
porte em relação àquelas fundadas no período 1910/14 (número
relativo de operários p or estabelecimento; 1 1 nas e mpres-1;?
fundadas d urante a guerra, 17 naquelas fundadas em 1910/14)?
restará esclarecer como surgiram tantas empresas e qual o sen
papel no processo de industrialização.
Se não é possível afirmar que o processo de cresci
mento industrial no Brasil teve início com a la. Guerra Mun
dial, parece-nos, talvez, precipitado afirmar que a indústria
brasileira teria crescido mais rapidamente não fora a guerra.
Aqui caberá a explicação dada por Versiani e Versiani sobre
o modelo de industrialização que alterna fases de crescimento
da produção com fases de expansão da capacidade produtiva.
No caso dos t e c i d o s , o nível da percebtagem das im
portações , que atingira 59,4% do consumo aparente em 1913,
não voltaria a ser atingido. Em 1919 a percentagem dos teci
dos importados baixara para 22,4% . 4
A respeito das empresas fundadas durante a guerra
Fishlow esclareceu q ú e , se o seu tamanho médio era menor,elas
respondiam por um quarto do capital industrial registrado no
censo de 19 2 0. Mais importante ainda é o argumento oposto às
críticas sobre o reduzido nível de investimentos durante es
te período: ignora-se, segundo Fishlow, "o papel dos lucro?
crescentes no financiamento da formação de capital wpoíterior
à guerra, bem como os estímulos garantidos pela demanda para
as compras de novo equipamento. As grandes importações de na-
auinaria mais m o d e r n a . ..d atam...do período posterior à guer
ra" . 5
0 APflS-GUERRA E OS ANOS VINTE: 1919/1929
Os mais diversos historiadores da economia brasilei
r? concordam em que, na década dos vinte, foi relativamente
lento o crescimento da produção industrial: B a e r , Villela e
Suzigan, Fishlow e Flavio Rabelo e Maria Teresa Versiani apon
tam nesta década em fraco desempenho da industria brasileira.
0 Qtiadfro abaixo mostra os per'- ntuais dc crescimento da pro
dução industrial nos anos 1920/28, comparados com aquelas dos
anos 1911/19. 159
c T' a d r. o - 5
EF AS IL - TAXAS A N U A IS DT CR ES C IM E NT O DA P R OD UÇ Ã O DA P R O D U Ç Ã O
I N DÜ fT RI AL, 1211-19 2P
I N DU S TR I A S 19 11 -19 19 2 13 2 0 - 1 9 2 PX
1 - t E x t i l 3,7 1,32 - V E S T U A R I O E C A LÇ A D O S 5,1 5,33 - BE BIDAS f> , 5 5,14 - FUMO 3,r5 - MI N E RA I S NÃO M ET Í LI C O S o,"f' - METALÜRtílCA . . . 7,27 - QU IM I C A • . . 8,r,P, - P F R F U M /RIA., SAEAO E VELAS • • . 11,40 - PR O D UT O S A L I M E N T A R E S 5,0
T 0 T A L 4 3,2
. ..dados bá s ico s in ex ist en tes
FONTE: V I L L E L A c SU ZIG AN, P o l í t i c a do grvcrnr e cr c sci ncn to da e c o n o m i a Br a sil ei ra . Rir-, I P E A / I ! T E S , 1T73. r.172.
As discordancias entre os diversos autores surgem
cuando se trata dc estabelecer as causas drste fraco desem
penho. Puescu, embora achando oue o período foi favorável ac
desenvolvimento industrial, pois a expansão das .. expòrtaçõrs 1
resultara em crescimento das importações de bens de capital,
considera como fatores negativos: as flutuações da política
monetária, a falta de uma instituição de credito especializa
do para a indústria,.a valorização cambial entre 1923 c 192P
o os enpréstimos externos, usados para objetivos fiscais.r
Já Heitor Ferreira Lima destaca o papel negativo das
importações na segunda metade da decadr, citando um Relatório
do Centro das Indústrias dr Fiação e Tecelagem de Sao Paulo
irtitulado "A crise têxtil* , on.de ha queixas sobre a prãtic-’
de dumping contra a produção nacional de tecidos.^ Fishlor
destaca também a importação de tecidos cone causa, do frc.cr
crescimento da. indústria têxtil, afirmando que " A produçrr
têxtil c o n t i n u o u a se expandir apenas ate 1922/23, com o res
tante dr período marcado por crescente participação estran
geira no mercado local. Em 1928, o ano de pico das importa-
ç õ e s , a participação das irpertações tinha voltado ao nível
dc antes da Primeira Guerra Mundial, e provocou agitação para
K "
una rir'i.'T proteção tarifária, obtida no ano seguinte. O'r-'
a tarifa d e 1900 tinha s i d o fixada ran t ^ m n s nominais,
proteção que “ela assegurava rinha sido reduzida pclc p u m p t '
pos preers intennos. A difícil situação da indústria era ■•’i n
da nais complicada devido aos pesados investimentos real? zr
aos para expandir e modernizar a capacidade, após a gu r r '.
Embora custos tenham sido provava Imo. ntc reduzidos , o bair-
nível dt; proteção eVitava a realização dos lucrcs e s perados..
rarecc hf»vpr pouca dúvida do quo esse desempenho.
... decepcionante. •• foi influenciado polo forte aumento das ir._
portaçoes durante a década. As importações de bens n ã o durá
veis do consumo cresceram a una taxa anual de quase 15 por
cento entre 19 21 e 19?8: as df- bens durr-vc.is cresceram ainda
mais rápidamente. Em contraste, ac importações de bens de ca
pital para a indústria doméstica, após uma elevação inicial
depois da. guerra, não mantiveram este avança alem do meie da
década, /s importações foram favorecidas pela queda em seus
nreços relativos durante a déc a d a " .R
As opiniões de Heitor Ferreira Lima. e de Fishlot-rsao
comprovadas através dc d £dos sobrr> imnortacõos de tecidos e
dc bens dc capital fornecidos por villela e Suzigan. Princi
palmente r.c caco dos tecidos, cuja importação evolui de 2? ij
milhões de metros em 1919 para 44,3 milhões en 1925 e 5,03 r ‘
lhões em 1928.^ Esses mesmos autores opinam oue o dumping da
Inglaterra, o a proteção declinante das tarifas vigentes não
podariam, por si sós, constituir-se em causas da crise de in
dústria têxtil, pois o total das importações em 1924/30 ja
mais chegou a 8% do consumo-, sond.o além d i s s o p r o d u ç ã o in
terna constituída basicamente de tecidos frosseiros , essa ern. . , . 10
correncia nao poderia p or si s o Drovocar aquela crise.
Deve-se observar, contudo, auo, embora a. indústria
brasileira produzisse principalmente tecidos grosseiros, jã
começara a fabricar tecidos finos1 1 , devendo, portanto, se
ressentir bastante da concorrência estrangeira naqueles tipos
dc tecidos aur sempre foram os mais lucrativos. Essa concor
rência n ã o pode sor avaliad? apenas cor base na quantidade
dos tecidos i m portados,
Par® Versiani e Versiani o decréscimo da produção
na década dos vinte decorre, primeiramente, da diminuição do
efeito protecionista das tarifas em vista da alta dos pre
ços internos. A esta queda da produção de tecidos, de 4% ao
ano entre 1924 e 1929, corresponde uma expansão do estoque
de teares de 4% ao ano e de 1% do estoque dos fusos no mesmo
período. Aumenta, portanto,a capacidade produtiva. 0 decrés
cimo da produção ocorre principalmente em estados como a Ba
hia ou o Distrito Federal onde era maior a concentração de
fábricas mais antigas. Em outros estados com menor tradição
industrial chega a haver aumento da produção. De acordo ain
da com esses autores a expansão da capacidade produtiva na
década de 1920 é que permitirá atender o crescimento da de
manda após 1930 e particularmente durante a 2a. Guerra Mun
dial.
A DEPRESSÃO E OS ANOS 30: 1930/1939
A economia brasileira recuperou-se rapidamente dos
efeitos da depressão ocorrida nos anos 19 29/32.
A crise teve efeitos extremamente negativos para a
agricultura, que, no período 1929/39, cresceu ã taxa média
anual de 2 ,2%, enquanto a produção industrial cresceu a uma
taxa média anual de 8,4% . 13
Contudo, essa taxa de crescimento industrial ao-
freu variações consideráveis no período em foco. De 1929 a
19 32 seu crescimento médio anual foi de apenas 1%. De 193 3
a 19 39 a produção industrial cresceu a uma taxa média anual
de 1 1 ,2%.
Quanto à indústria têxtil o seu crescimento prati
camente não foi afetado: ela cresceu a uma taxa média anual
de 8,4% no período agudo da crise (1929/32) e a uma taxa mé-1 4
dia anual de 11,2% nos anos 1933/39.
A teoria tradicional considera que a crise mundial
dos anos 3 0 teve efeito6 positivos sobre o processo de indu£
trialização brasileira. Assim, Celso Furtado afirma que "A produção industrial cresceu em cerca de 50 por cento entre
162
19 29 e 19 3 7 e a produção primária para o mercado *.)•• ■ interno
cresceu em mais de 40 por cento, no rosno perícdo. Dessa for
m a , pão obstante a depressão imposta do f o r ? , a renda nacio
nal aumentou er 20 p or c ento entro aouolec cois anos, o
our representa um incremento por capita do 7 per conto. Kr.to
f!urf!ntr> não é de nenhuma forra, desprezível, so s~ ton sm
corta oue nos EU/, no nerno período, docrcscou a renda por
c api ta sensivelmente. Aqueles países do estrutura econõjnicr
sirnilar à do Brasil, que seguiram uma política muito mais
ortodoxa, nos anos da crise, e ficar.-n pert-nto no. dopenuên-
cio do impulso externo para rccuperar-so , chegaram a 19 37
r.rr puas economias ainda er estado do depressão".
A discordancia nas interpretações de autores c o m
Pelso ru r t a d o , do um-lado, o villola, Puzigan o Buescu, de
outre , paro-ce pr- vir, er. parte, d - f*to dc r. primeiro consi
derar de raneira global o período 1929/37 crquant que os dc
mais isolar, ppra efeito de anãlfse, o período agudo da cri
se (1929/32) do período seguinte (1^33/37), para concluir
oue a crise dos anos 30 t°.ve efeitos perniciosos sobre a e c o
nomia brasileira.
Se rs efeitos mais característicos da crise dos
?rAn 30 tivessem cessado «m 193°, então se poderia dar in
teira razão à proposieão de Villcla, Sunipan e Bucscu. Sa
be-se contude oue a «conoria internacional permaneceu er
crise até a. 2a. Granrle G u e r r a 1 6 , embora sua fase aguda este
ia liritada a.os ar.os de 19 29/"'2.
Quanto ao Bra.sil*, o princina.l efeito da crisc, a.
violenta, oue da dos preços das culturas para. exportação, es
pecialmente o café, permanecc-u durante toda a dcca.tía. t a.gri
cultura om geral cresceu neste r;:ríodo a uma taxa de 2 ,1 % ao
ano e as culturas para exportação, a uma taxa a.r.ual de 2 ,2%.
*"> set^r agrícola que ra.is croscou foi o das culturas para e
r.orcadr. interno 3,3% ao ano.
0 docrõsoimc da expansão d^ capa.cida.dc -produtiva,
nos nriroiros anos da década, de 3 n, sucede a expr.nsa.c ocorri
da nos a.nos vinte e £ motivada principalrontc pela. limitação
imposta pelo governo a importação de maouinas para as indus
trias, só permitindo a importação quando so destinasse a su-1 ri
brtituir ^ouipamentr imprestável.
Caracterizando o processo áe crescimento indur-
trirl no Pr-^sil nos anos 30 Fiuhloj-; conelui que "/o loriga da
década da depressão, pris, r Brasil significantemente esten
deu fu?, entrada na industrialização. Basicamente cr respecta
as condições internacionais o a interior ';uporprodução do cr
fé ,ns proros das importações ->um< ntaror., t o r n a n d o a substi
t u i ç ã o interna um canpo atrao.ntr. nara o desenvolvimento. Ne
cessariamente, devido as inportaoões limitadas, foi um.* in
dustrialização escassa cr capital o absorvedera do grandes
insumes d c trabalho, oferecido -. um salário ro^l praticamen
te constanto. A cur-o p r a z o este crescimento foi tanto viá
vel, auarto lucrativo. JTa verdade, el<- representou uma res
posta irnrr cisionante às condições do crisc 6cb as quais o
Brasil t r a b a l h o u . A long^ prazr, apesar da diversificação
horizontal, este estilo de desenvolvimento P°de ter tido et-n
sequências mais sérias. .Ao perpetuar uma tecnologia antioua-
d? n ? c indústrias procutorac dr bons do consumo, cujo cres
cimento da produtividade já h a v i a sido p i n i n o na década dos
virto, a depressão pod>; tur cr ai do a base para v contradições 10
posteriores .
/ p artir dos anos 30 deixa do existir, pràtieanen-
t e , o problema d? concorrência dos tecidor estrangri r o s . Em
192° o montante deste tipo do importação atingira- 29,*) mi
lhões de nitros. Em 1930 esta ouantjdade cai para 6,1 hi-
Ihõos de metros. No neríodo 19 30/39 a nédia anual do innorta
cão de tecidos é de 3,4 milhões de metros contra 32,25 mi
lhões do metros nos anos 1919/29.2°
^ I N D Ú S T R I A TÊXTII, .'»OS M O S 1940/1946
0s limites desse período não estabelecidos nao cm
função da cronologia da 2a. Grand« Guerra, m s dos seus cfni
top sobro o processo d>: industrialização do país.
Heste período, a semelhança do que acontecera du
rante a la. Grande Guerra c nos anos 30, volta a. ocorrcr um
incremento na produção nacional de tecidos, o u o passa a cons
tituir 20% do valor das exportações nacionais. A produecc
lfi4
brasileira ouc fora de 994 milhões do rctros cr. 19 39 alcança
1.QB9 milhões em. 1942, permanecendo acim* desse cifra nr:- 21
anrs seguintes.
Esse incremento ne produção do tecidos ê de ord^r
d^ P,?% p ó pno, uma taxa mais baixe qu«- a doe anos 1933/39
quando Ptinpiu 11,2$. A produção industrial plobel nesses e-
nos dc guerre cresceu a uma taxa anual de 5 4%, ir.fcrior 7
tpxa da década dos 30 ou<* foi de 11,2% . 22
De aerrdr com. esses autores a dificuldade de im
porter inputs industriais fri e cause de oueda de. taxa do
crrscim~ntr> de produção industrial global. 23
Apcser das dificuldades, outros dados sugerem que
os tecidos durente os anos dc guerra constitui ram-se en um
oxcelente investimento, p^is ,n tot'1 dc 338 fabricas r.xis-
pxifrtentes em 19 3824 nr Brésil, passe 42D cr 194G, decli
nando p^re 409 em 1 9uq, justamente auandr - indústria têx
til entrp em crise devido e ciuede das e x ^ e r t a ç e e s . 25
Este aumento nc númerr de fabricas nãc sicnifica
necessariamente que fossem fábricas novas; boa parte deve-
rier ser fébricas fechadas nos enos l°29/37, pois <"* númerr
de fábricas cm 1929 era dc 359, ceindo pare 338 em 19382r
e aumentende psra 420 om 194F.27
Essa hiprtese da reabertura do uma fábrica num pe-
rí<~'d<~ reis f e verével, a.nos aprs sue Dafcelização c ilustrada,
P^r um. (-xentilr crncrcto citado pro Versiani e Vcrsiani: r de
uma de.s fábricas da Cornenhia C c x v e Oachoeira, em Minas,
que depois de permanecer fcchada durente seis anrs reabriu
em 1 9 1 R, en viste do aumento de lucretividade do setor, p r 1'-
vrcede pele 1*. G u erra.2 j
o irvTCTO d rs- chipff »!üit)i;is sodrf
o i.rsFîrnTO da c o ' T r n n * fmpõrio
iTTurTRi/j. no rorrr 3.P14-194S
OUEDA DOS LUCROS EM 1914-1918
A recessão de. econoria mundial em 1913 atingiu r1P5
Frasil provôcando a oueda dos preços dos produtos de expoj-
teção. Tratando--se d'? uma econonia estreitamente deperdent
da agricultura, esse fato refletia-se sobre o comercio c
indústria, sob a f o m a d c dimin tição do ritmo dos negócios.
A orisc de 1913 agravou-se no ar.o seguinte, con a deflagra
ção da la. Grande Guerra.
Mos anos 1914/19, a tara média anual dos lucros
caiu nara 10,32% ouando, ao longo de todo o período a n t e
rior, fora dr. 18,3Ç%. 0 nonto mais baixo e representado pelo
ano de 191U, com 6,E2% e o mais alto pelo ano de 1915, com
13,55%. (Cf. Tabelas).
n Relatório referente ao aro de 1914 comenta que
a crise r aggravou-se ainda mais pela paralização, em Agosto
último, do intercâmbio commercial com as principaes praças
da Europa, em vista da guerra que nessa epoca irrompeu e,ora
ainda a ensangüenta, concorrendo para torná-la a provação c-
conômica mais temerosa de quantas o Brasil tem experimenta-
As suas extraordinárias proporções obrigaram os
poderes pú blicos a tomar medidas de excepção, no intuito
de arparar os interesses geraes do commercio e das indús
t r i a s " .2 '
/pesar dessa queda na taxa de lucros a situação
da Companhia estava equilibrada conforme se infere da análi
se da relação A t i vo-Passivo.
A produção permaneceu muito elevada durante esses
anos, exceto no ano do 1914.
A extrema dependencia er relação â Tluropa para o
fornecimento de combustíveis , materiais par?, fabricação como
aniliras e produtos químicos em geral, funcionou como fator
de limitação dos luc r o s , apesar do estímulo representado pe
lo consumo de um mercado no oual a participação dos tecidos
estrangeiros caira para menos da metade a partir de 1914.
(Cf. Tabelas).
Or ANOS VIÍTE: RECUPERAÇÃO E QUEDA POSTERIOR
/ partir de 1919 até 10 28 a Companhia Empório In-
16 F.
dustrial do Norte obtém índices dc lucratividade bastante
elevados: a média neste período é de *»3,55^ * o ponto mais
baixo ocorr- em 1919, é dc 13,04% e o mais a.lto, 71,40%, é
atingido cm 1925. A compressão das despesas é o fator res
ponsável por este d«senponho, tendo dininuído c produção fí
sica em 1P19 de três milhões de nctroc cm relação a 1918,
voltando a aumentar no ano seguinte principalmente nos ano;
dr 1924 e 192 5 quando atinge os maiores níveis desse perío
do. (Cf. ,T’ebclas).
P^ferindo-se ao período 1920/40, 1’erpcr Bacr afir
ma cue se elevou substancialmente a -rodutividade na indús -
tria, uma vez nue o acréscimo dr nrodueão industrial d ecor
reu d* utilização mais intensa da capacidade ociosa então
existente.3*
0 ano dc 1919 s p iniciou ainda sob os efoitos dc
uma crise n r tivera sua orir.om cr setembro dc 1918, parali--
zando ouase p o r completo a vendagem dos tecidos. A crise pro
lor.gou-se er 1919, a semana de trabalhe foi reduzida a oua-
tro dias:. além disso os serviços s^o naralisados por quatro
s e r a n a s , devido â jjreve pela. redução d? Jornada dc trabalho
de 10 para *• horas. Uma epideri a d- varíola atinge trabalha
dores er diversas secções da fábrica, /-pesar de tudo, a taxa
dc lucros, de 13,04 ainda era considerada satisfatória.31
Tm 19 20 a recuperação foi total e o Conselho Fis
cal se congratulou cc<m a Diretoria nelo "brilhante result~do
apresentad o no anno findo " . 32
Nos anose seguintes os lucros continuaram em as
censão e a produção, também, atingindo um ponto máximo er.
1925. / única exceção foi o ano de Io 21 , ouando baixaram a
produção e os lucros. (Cf. Tabelas).
t partir de 19 2 F os Pelatórios começaram a refe
rir-se a uma grande crise cornrci a l 3 3 que, entretanto, não
atingiu a Empresa, a aual conseguiu vender toda sua produç?o
com lucros satisfatórios . 34
Somente em 1 92 0 os reflexos dessa, crise atingiram
a Companhia, baixando sua taxa. de lucros para 42,13% e sua
produção, « r declínio desde 1926, atingindo o ponto mais baÁ
xo de toda esta fase. 0 Relatório referente e 03te ano pre-
císp os e f oitos da crise conercial: guerra de preços entr-
eroresps congêneres, notivada no.lo incremento na produç~o do.
tecidos grossos o oue levou as feibricas, a evitar fazer gr-*n
d^s o s t o o u e s , colocando scur. produtos por preços baixos , cor
Doouonps margens de lucrôs. A Enoério Industrial do Norte
foz o nrano, dininuindo seus lucros en 19 28.35
o ar.o de 1929 vê agravarcr-se os fatores de crisc:
d ^I p nrimeira vcz a Empresa- encerrou o Bplrnço anual con
prejuízos. Cogitou-se inclusive na paralizrçao dos trabalhos
da Fpbrica.3*
A produção d=\ fãbricn da Boa Viagem vinha crescen
do des do os seus primeiros pnos de funcionamento. Mesr.o na-
aueles -’n o s , para or; quais não se encontraram as cifras cor
respondentes (1900/01, 1904/1907), essa tendência nõo sr. in-
v'rteu, a julpar pelas referêncips explícitas dos Relató
rios, a n ã o ser em 1908, un ano do crise. Erc ? linha antes
pseendente da produção c aiu ligeiramente nos .-mos 1919/19??
recuperando-se nos três ’nos seguintes: a partir de 1928 co
re f: ou um período de crise que so prolongaria até o início
da dreada de 30.
Em 1929 p rirodução dp fábrica foi de 6 . 163. 390 me
tros, metade daquele dos anos <?<• pico 1903 , 1916 e 1917, cor
respondendo ? 1,05% do totol da produção brasileira .
( 5 9 2. 0 0 0 .0^0 r.etror;) e a quase 205; da produopo baiana neste
.-»no. (Cf. Tpbelas).
í medi? de inportaçõcs de tecidos que durante a
la. Guerra ?fu n d i p I forp de 24, fi? milhões dc r.etros , nos anos
1919/20 aumentou para 32.47 milhões de m t r o s . 3 7
0 peso dos tecidos ro conjunto das importações bra
sil^iras, que fora dc 15,19% en 1 9 0 1/1 9 , dirinuira par?.
10,90*. nos r-nos de guerra, a une nt ando ppra 12,10* cm 1919/
2 p . 38
CS AMOS TRINTA: R/P IDA RECUPERAÇÃO E CONCORRÊNCIA
IÍI^WTA
Afastada a concorrência dos tecidos estrangeiros
5.1*7
entrada no país se reduzira para 8 , 1 milhões de metros, con
forme já foi exposto, aguçou-se a concorrência entre as fá
bricas nacionais. Acentuando-se a partir de 1928, esta con
corrência será urna importante característica no dia a dia d-:
indústria textil brasileira na década dos trinta.
A Emporio Industrial do Norte continuou a perder p .
sição. Sua produção, que na década anterior fora de cerca di;
P milhões dc metros a n u a i s , baixa nos anos 30 para uma média
dc cerca de 7 milhões de metros anuais. Entretanto, a julgar
pelas taxas de lucro, ela recuperou-se rapidamente da crise
de 1929. Em 19 30 os lucros montavam a 47,7 3%, o ponto main
ba ixo neste período cuja média foi de 66,49% (contra 43,55
nos anos vinte) e cujo ponto mais alto é o ano de 1939, con
81,26%.
0 eres cimento da taxa de lucros continuou a basc-
ar-se na compressão de despesas que representavam tuna oédia
anual de cerca de 50,66% nos anos 30, contra 86,43% em 1911/
20. (Cf. T a b e la s ) .Dentre os obstáculo enfrentados pela Companhia nes
ta década, os Relatórios mencionam, no que se refere aos anos
1930/32, a concorrência.
E ssa concorrência embora predominantemente nacional
fãzia-se sentir também em plàno local. E m 19 21 a produção dr'.
Empresa representava 1/3 da produção baiana; dez anos depois,
er. 1931 essa proporção caiu p ara 1/4. Em plano nacional s u p
produção representando em 1921 1,5% da produção nacional, ter
essa percentagem reduzida para 1,1% em 1931. (Cf. Tabelas).
A pesar da sua perda de posição em relação ao começo
do século, quando em 1903, sua produção em metros equivali?
a cerca de 5,13 da produção nacional em 1905 , a Companhia Em
pório Industrial do Norte ainda era uma grande empresa pelos
padrões nacionais. (Cf. Tabelas).
Esta posição d e grande empresa terá lhe trazido van
tagens na competição com fábricas m e n o r e s , sobretudo no perío
do 19 31/37, quando o governo federal interveio na economia
promulgando o Decreto n9 19.739 de 7 de março de 1931, r es
tringindo as importações de maquinário. Esse Decreto, inspi
rado pelas Associações das indústrias de tecidos do Rio e
16 8
São Paulo, sob a alegação d« se encontrar a indústria têxtil
em estado de superprodução, beneficia sobretudo as grar.dec
e m p r e s a s ; impedindo a instalação de novas fábricas e a exnan-
são das pequenas, uma vez que sõ se poderia importar máqui
nas para substituir outras já obsoletas, essa medida, origi
nalmente prevista para durar três anos, terminou por ser es
tendida até 19 37.3 9
Entrementes as fabricas de tecidos encontraram uir
meio para baixar os custos: a jornada de trabalho foi prolon
gada, às v ê z e s , para mais de dez horas ou então acrescentava-
se mais um ou dois turnos de trabalho.^®
Os Felatõrios da Companhia en 1933/35 referem-se juj.
tamente ao problema das horas de trabalho e sua repercussão
na produção. 0 Relatorio de 19 3 3 queixa-se da redução das h o
ras de trabalho como causa da diminuição da produção c m 1932.
0 Relatório de 1934 atribui a diminuição da produção ?.o rigo
roso cumprimento do regime de oito horas de t r a b a l h o . 4 2 o Re
latório de 193 5, por sua vez, atribui o aumento da produção
em 19 34 ã elevação do número de horas de t r a b a l h o . 4 3
Deve-se notar, contudo, que, antes da regulamenta
ção das horas dc trabalho, na década de 2 0 , a produção já caí
ra em relação ao período anterior. E posteriormente, na déca
da de 50, quando a observancia das horas de trabalho foi nais
difundida, a média anual da produção foi superior.
0 que parece determinar os níveis gerais da produ
ção da fábrica é a possibilidade de colocação dos seus produ
tos no mercado, e tal possibilidade era limitada sobretudo p j
la concorrência interna, aguçada a partir dos anos 2 0.
A gradual perda de posição da Companhia na produção
nacional de tecidos se fez sem que ocorressem desequilibriof;
em suas finanças internas, uma vez que era compensada por lu--
cros crescentes.
Seus Balanços neste período denotam uma situação de
inteira normalidade quanto ao pquilibrio financeiro.
0 Passivo Real participou com pequenas taxas tanto
na composição do Patrimônio Líquido como do Ativo Real. (Cf.
T a b e l a s ).
0 AUGE DOS LUCROS: 1940-194 6
Nos anos l°40/4f> a. taxa media anual dc lucros d.’
Oorp-nhi? Ernório Industrial do Morte foi dc 72.02%, nair. ri
xa nor-t-anto aue a do período anterior. / r.édi? das dcspor
b a ixou em relação ao mesro período. (Cf. Tabelas).
Mesta fase os dados disponíveis são incompletos>r
não só aqueles dc que se dispõe cono referencias -e i p l í c i w
dos Relatórios permitem inferir que a produção física não =:•
r^ntou, tendo mesmo sofrido alpumas auedas.
A principal c^usa apontada pelos Relatórios cor:,
responsável pelas quedas da produção no período estudado pr>'*i
de-se aos constantes defeitos nas maquinas motrizes ao ladf'
da dificuldade de reposição dc peças devido ã guerra na Euro
pa, de orde provinha e r.aior parte do e.quiparento da fabric-’’.
particularmente as maquinas motrizes de rarca PEUTZ, prove
nientes da /lemanha. Durante eis interrupções de . cfornecimen
to dp enerpia (causa d a paralização de fabrica por 47 dias nc
decurso de 1940) a Empresa foi socorrida, embora precariamer-- á 4
te, nela Oonpanhir de Energia Elctrxca dr Bahia.
0 Relatório de 1941 cita uma serie de ocorrências
no ano de 194o au^ prejudicavam os lucros da Empresa. En pri-
r<~iro lupar voltou ? acender-se a luta de preros entre as fa-
bri cas , pois "...o movimento animador para os negocios que «r
manifestou en Setembro de 1939, paralisou por comnleto nc d.
correr de 1940". Em consequcncia desse fato c tombem das " i n
terrupções no funcionamento da fábrica por 47 dias úteis... c
...(de) termos procurado vender a nossa produção cor. pequa-?
lucro, chegar.do até ? realisar alpuns nepócios por preços a -
baixo do custo...é com sentimentos oue informamos aos Snrs
/ c i onistas, aue, durante os seus cincoerta annos dc exister—
cia, a nossa Fmpreza, nunca inventariou em balanços um stocfc-
tão olGvado de tecidos como o anresentado no último enccrra
do". 0 mesmo Relatório refere-se ã entrada pm vipor, er. ju
lho, da Lei do Salário Mínimo, nue, embora constituirdo-sc r.u
ma "huranitaria providencia do Governo" apravou a situação da
Ennresa por ter sido posta em execução "justamente no momento
en eue a nossa indústria sc debatia r.uma prave crise".^
/pesar dc todos rss^.s queixas , os lucros er» 1940 ,
se não são dos maiores , perranecem relativamente elevados , ?!
cançando uma taxa de 66,30%. (Cf. Tabalas). O Parecer do Con •
selho Fiscal, aliás, discrepa e faz certo reparo ao Relatório
da Diretoria, acontecimento raro, observando que, T1 tendo do
enfrentar o aumento de despesas cor o salário mír.ino c enca
recimento das anilinas c demais matérias primas dependentes
dos mercados da Europa, em guerra, sendo, porem, a . :situação
da Companhia rvidentemer.te folpada com seur compromissos p a
pos. sem credores, não se justificando o desanimo da Direto
ria , forcando vn rtías avultadas, com prejuizo, om vez da con
servar o relativamente pequnno stock, que estaria 'atuàlmnâtc
v alorisado".
lios anos sepuintes, como foi visto, apesar dos con;.
tantes problemas provocados pelo envelhec:mento dos motor'1':
cor as consequentes falhas no fornecimento de energia, re^ul
tando em queda da produção, os lucros atingiram os maiores ní
veis em toda a existência da Companhia.
Esse aug*_ correspondeu à situação da indústria têx
til nacional, que realizou pranden lucros proporcionados pe
las exportações para paísrs até então abastecidos pela indús
tria curooéia, imersa na crise provocada pela 2a. Grande Gunr
"p.nto quanto no período ant-.rior, a análise das con
tas do Ativo e Passivo demonstram o equilíbrio financeiro cr
que permanecia a empresa. (Cf. Tabelas).
(; PAPFL n r d iv e r s o s fa t o r t s !to d e s e h p f h f o
DA IÍTDi;PTRi;Ji 110 tlOPTr
1914-1946
MAniJIN/P.TO
D urante o período 1914-194P os Relatórios da Com
panhia apontam ora um ora outro dontra diversos fatores como
responsáveis, senão pelos reveses, pelo menos como obstáculos
a um melhor dosempenho da empresa. 7-
Os problemas con o maouinário e materiais para fa
bricação (anilinas, produtos químicos diversos, combustíveis,
surgiram com bastante frequência ao longo da vida da Empório
Industrial do Norte.
A consulta aos Relatórios demonstra nue a empr^s-'
cri duas ocasiões fez um grande esforço para equipar-se apó
seus dez primeiros anos dc existência. A primeira, entre 01
anos 1901 a 1912. A sepunda, na decada dc 1960, ou seja
-7ros ^--pois. Entro essas duas datas extremas, os anos dc 1949
e a 2a. metade da década dc 19 50 assinalam os esforços para
renovação do maquinário, esforços porém que não atingiram o
objetivo de t o m a - l a naauc.la ocasião uma empresa moderna.
ta conslusão baseia-se no exame das fichas do Ativo Fixo do
1962 ou?>ndo, ao lado dos F0 primeiros teares automáticos ins
talados nesse ano, ;ncontran-se ainda em funcionamento 805
torres instalados em 1892, ou seja, considerando-se qur a fá
brica iniciou seus trabalhos er 189 3, 59 anos dc funcionamen-• • AP
to ininterrunto. “
0 paríodo cm exame aeui , 1°14-194F, foi portanto dc
relativa estagnação auanto à renovação dc maouinário. Esta
gnação relativa porouc, a rigor, en nenhuma decada deixou ce
haver compras de equipamento, apenas estas aquisições se d e s
tinaram em geral a substituir o maouinário que se tornara ab
solutamente imprestável. Oon muita frequência as aquisiçõe:':
feitas foram de motores de força nara movimentar o maquinário
da fábrica e instalações elétricas complementares. £ o que a*
ccnteceu, p a r t i c ularmente, entre os ¿nos de 1917 e 192 5. Em
1917 instalou-se um oa-ijunto Diesel elétrico con 700 cavalos
de forca mie, além de movimentar a fiação, substituindo os an
tipos rotores de n?s 3 c 4, possibilitou c trabalho noturno;
foi utilizado ainda para iluminar a'Vila Operaria, substituin
do tambén o motor qu*? a iluminava. 0 fornecedor deste equipa
mento foi a. firma Sociedade Commercial e Industrial Suiésa no
Brazil.
Avós cinco anos o motor Diesel ncstrou-se i m p r e s t á
vel, obrigando a Companhia a compra um outro da marca Otto
D c u t z , fornecido pela firma al<-nã Sociedade de Motores Deutz.
Este r otor também não satisfez âs n e cessidades, fornecendo rr
tão a mesma firma um 29 grupo Deutz instalado em 1927 , er.nuar
to sc aguardava a chegada dos motores do 19 grupo.
Ainda nesta década chegaram os primeiros equipamen
tos de procedência norte-americana: enroladores da marca LEf.--
SOH/l .Em 19 24 fora firrado contrato com a Cia. Brasileira
dc Eletricidade Siemens Schuckert S. A. para eletrificação dr
parte da fábrica ainda não eletrificada.
Reformas de caldeiras para que passassem ffuncionrr
com cleos combustíveis e não mais com lenha foram feitas er
1915 a 1919.
A instalação d o novos motores ocasionaram algumas
p a r a l i s a ç õ e s , nenhuma porém tão prolonpada como a ocorrida du
rante 1 r> dias em 1914 devido a defeitos nos motores; mesmo as
sir são paralizações p a r c i a i s , tal como os 30 dias por o c a
sião do desabamento da c h aminé; também cm 1914. Sem dúvida
essas ocorrências em um ano de crise contribuíram para a que
da da taxa de lucros ocorrida neste ano.4 ^
A proporção do ativo imobilizado na composição do
patrironio líquido decresceu continuamente desde 1910, acen
tuando-se nas décadas de vinte e trinta. Também decresceram
? participação do ativo imobilizado r.o ativo real e a parti
cipação do maquinário na composição do ativo imobilizado, na-
ouele mesmo período. (Cf. Tabelas).
N* década de 1930 , devido â proibição govemament*?.
de importar m a q u i n á r i o ^ ® , somer.te a partir de 1937, quando
quela proibição foi suspensa a Companhi 3 adouiriu novas m a
quinas. Ampliou-se a fiação e adouiriu novos aparelhes do tin
gir. Estos últimos são de fabricação alemã (OBERMAIER) corr
quase todos os demais equipamentos adquiridos então, especia_l
mente os motores. Em 1940 ainda se adquiriu equipamento ale
mão do Schmidt & Cia. , mas em 1941 o maouinário adquirido,rpr_
rentemente a última, remessa até o final da 2a. Grande Guerra,
é a m ericano .**1A partir de 1936 a instalação Deutz foi paralizad*
por estar a empresa consumindo energia fornecida pelo Estada.
Entretanto nos anos da 2c. Guerra, dependendo dos
Fftus equipamentos de eletricidade a Companhia sofreu inter
rupções continuas no seu trabalho devido a defeitos nos moto
res e ã impossibilidade de conseguir peças sobressalentes de
vido à guerra. A instabilidade dos motores conduziu efetiva
mente p oueda da produção. Sera esta, possivelmente, a únic
explicação para a queda da produção numa época em que além do
mercado interno, pela primeira vez o Brasil podia colocar
seus tecidos no mercado externo em volumes consideráveis. A
única causa aparente para a queda da produção numa época em
que os lucros da empresa atingiram, seus níveis máximos é o
obsoletÍ8mo do seu maquinário. Embora toda a indústria b rasi
leira durante este período se apresentasse com alto grau de
o b s o l e s c e n c i a ^ jã existiam, no Brasil, em 1945 um total de
3.789 teares automáticos, a maioria concentrados nos estados
do sul, embora houvesse também. 252 em Pernambuco, 70 na Parai
ba e 18 no Ceará. A Bahia não dispunha de teare6 automáti- 53c o s .
Apesar da maioria do equipamento adauirido neste pe
ríodo (1914-1940) ser alemão, não se deve esquecer que a ma
ior parte do maquinário da fábrica que datava da sua funda
ção, ainda era predominantemente inglês. £ o coso, por exem
plo, da totalidade dos teares montados nos primeiros tempos da
fábrica e aue serão utilizados até a década de 1960: os tea
res são de seis marcas diferentes, todas inglesas. 0 equipa
mento da fiação também ê m a j o r i t ariamente inglês, marcas
Platt e H oward & Bullough; uma parte menor é de procedência
a l e m ã . 54
A participação do ativo imobilizado no patrimônio
líquido continuou a decrescer, especialmente no fim da Guerra
o mesmo ocorrendo com o ativo imobilizado em relação ao ativo
real e o maquinário em relação ao ativo imobilizado. (Cf. T a
belas ).
Em 1945 a Companhia Empório Industrial do Norte ain
da era uma das 16 maiores empresas têxteis do país e uma das
5 maiores do norte-nordeste. Se se considerar apenas as unid¿
des fabris, tomadas isoladamente, ela terá sido naquela data
uma das 15 maiores do país e uma das 3 maiores do norte-nor-
d e s t e . 55 m
A M/\TÉRI/ PRIMA. 1914-1946
As dificuldades com a matéria prima, que vinham Cr>
scculo XIX, continuaram no início do s c c u l o XX, agravando-i>e
durante os anos dc 1916-1917. Pevido a essas dificuldades, os
orpresários baianos do ramo textil fundaran om 21 de agost'-
dc 1916, o Contro Industrial do Alpodão, que tinha como f i n a
lidade promover o desenvolvimento da lavoura algodoeira na
Pabia, atravós da propaganda c distribuição gratuita de sen.cn
tos alem dn organizar os dados sobre sua produção e conerci a-
lizpção na Bahia. Além destas, o Centro tinha ainda como fir.a
lidade "consiliar os interesses da lavoura do algodão com
indústria de tecidos servindo de interrediário entre uma c
outra, r.os negocios de algodão em ror.? nesta praça, podendo
receber o algodão do Estado dirctonente dos «agricultores e ir.
t errrdi a r i o s , não lhe s e n d o p e m i t t i d o fazer eonpras de con
tra própria" • Sendo a produção de algodão do Estado da Ba
hia insuficiente para o consuno do suas fábricas de t e c i d o s ,
c o n f o m e consta nos Estatuto^ do rontro Industrial, adotar-
pp-ia nara base das vendas de algodão o preço de P c r n a n b u o - ,
aumentado de -2$000 por unidade de 15 kilos afin de auxiliar
a lavoura. Os fabricantes de tecidos obrigar-se-iam a comprar
do preferência o algodão p r o d u z i d o na Bahia.
Figuravar. como socios fundadores as empresas têx
teis da Bahia: Companhia Valcnça Industrial, Companhia Empó
rio Industrial do Morte, Companhia P r o g r e s s o Industrial da B¿
hia, Oonpanhia União Fabril da Bahia o a fábrica de João Bap
tista. Machado.
Meste ano a Empório Industrial já pessuía uma b ene
ficiadora dc algodão en Serrinha, nontada para beneficiar o
algodão adouiridr na ropião.
Oito neses dopeis de criado, em 29 de raio de 1917,
os Estatutos do Centro são reformados: não se conseguira im
por o Centro Industrial do /Igodã^ como único comprador 0. dis
tribuidor da materia prima produzida no Estado.
Fm 1922 a Companhia Valença Industrial ~ retiram-sr.
do Centro. Daí p or diante cresceram as divergências internas
até oue em 20 de outubro do 1924 se propõe a dissolução d'175
Centro plopando-se que, en virtude do deliberações dos gover
nas estadual e federal, responsahilizando-se pelo serviço do
incremento â la.vour*. do algodão na Rahia-?, o Centro toma.va.--
pe desnecessário.
/ na.téria prima parece r,r ter causado dificuidadas
ã Emporio Industrial até o inicio d.-. decad'-’ du 1940, pois da.f
em diante os Relatórios deixaram por completo de ~ refórir-s*-
ao assunto.
No i n í c i o da la. Grande Guerra, os preços baixos
do algodão levaram os seus poucos cultivadores ao desânimo.
Fara auxilia-los, de a c o r d o cor. r Relatório de 1 9 1 6 , é que
Copoanhia importou dos Estados 1'nidcs sementes de ripo dão do
qualidade superior para distribuição entre os lavradores,alén
de instalar a jã mencionada beneficiadora de algodão en Sor-. . 53
r.i.nha.
No ano seguinte o Relatório fez alusão ã criação dr
Centro Industrial do Algodão e â lei estadual de n*? 1161, que
entre outras vantagens concedeu terras devolutas e premias
aos lavradores do algodão. Cor essas realizações osocr?vr.-B
evitar a erigração de capitais para os Estados fornecedorer
da materia-prina e regularizar os preços, afin.de concorrei’— ~ ' C*
er melhores condições c cn as fabricas das zonas algodoeiras.’'
Justamente er 1917 ocorreram altas nos preços d'
a l g o d ã o , nue passou de 13Í000 o arroba er 1914 a fOSOOQ naqu/
le a n o . ^0
0 Centrr Industrial ^o /lpodão, em 1910, constituí r
se para a Companhia através do desenvolvimento de suas a t i v i
dades , num meio p a r -1 libertar-se das despesas excessivas coi
a importação d* matéria prira. Neste ano o consumo brasileiro
de -•’lpodão foi de 60 rilhões dc Kilos, encuanto a produção br-
i ana que chegou ao mercado foi de 2 .0 0 0.0 0 0.
A situação da lavoura do algodão no Estado deveria
ser do fato muito precária, a julgar por ur t<«-cho da. Mensa--
gem do Governador J.J. Seabra en 19ir. P o d a r a ele que "C de
lamentar que continue estacionária e descuidada a cultura do
algodoeiro, de que a Bahia tanto precisa para suas próprias
n e c e s s i d a d e s , tendo, como se sabe, excelentes terrenos para a
lavoura desse precioso arbusto. Fazendo distribuir mais do
uira vez, senentcs de algodão mandadas vir do Egypto c dos Es- .
tados do Morte do País, jarais consepuí una só notícia sobre
o seu a p r o v e i t a r e n t o . ^
A partir de 1918 os governadores rostram-se nais
otimistas, er. suar. Mensagens, ouanto ã lavoura algodoeira. En-
sua Mensapem de 1922 Seabra noticia a próxima criaoão de uma
Fstação Experimental dc Algodão cn J a c o b i n a . 63
Os estímulos er forma de prerios,quc se distribuía
aor. cultivadores de algodão, nesse? anos são • estigmatizados
por Talron em sua Mensagem de 1925. ^iz ele que "A lavoura do
algodão foi protegida por prêmios inúteis, ela ficou segrega
da na zona nuc lhe ê propícia, a do sertão, à ringua de tran£
p o r t e s .
A Secretaria de Agricultura continua a distribuir
sorestes inmunizadas desta planta industrial o procura eohi-
bir os abusos dos pretendentes, que vendton ou consomem para
fins pastoris ate as próprias reservas para as novas semea- it Mç o e s .
0 euadro traçado por essas Mensrgens torna compre
ensível o esforço dos industriais de tecidos para fomentar a
lavoura algodoeira.
IJra segunda bencficiadora da algodão foi instalada
em /lagoinhas pela Empório, em 1925, além da compra dc ur. ter
reno onde montaram ur canro dc demonstração.
Durou pouco esta cxpcriência, pois o Relatório de
192^ trouxe a notícia do. resolução tomada de acabar cor a Bo-
neficiador* A l a g o i n h a s , uma vez que o propósito de fomento
da lavoura de algodão naquela zona não fora atingido.
Durante o governo de Coes Calmon foram criadas a rs
tação experimental no extinto Centro /grícola Sabino Vieira e
duas fazendas de sementes nos municípios dc Miguel Calmon e
Bom. Jesus dos Meires. Iniciou-se logo a cultura, tanto na es
tação experimental como na fazenda dr Bom Jesus dos Meiras:30
hectares na primeira e 40 hectares na segunda, semeando-sc nes
ta (as) sementes do algodão tipo "Paulista' e do americano
"Oay's Pedigreed". A safra baiana do ano anterior, 19 2 5' ti-
1 7 **
nha alcançado 3.526 t o neladas.
No ano seguinte colheu-se as primeiras safras dar
fazendas do Estado e da estação experimental; para esse sor"
vi'o de incentivo ã produção algodoeira o Estado destinava
anualmente i n o :0 0 0$0 0 0 .^
Embora criticando o sistema dc incentivos à lavoura
açgodooira atreves de premios, falr.on voltou a distribuí-los t
entro os contemplados cncontravon-sc os estabelecimentos de
beneficiarte nto e prensagem de algodão em Alagoinhas e Serri-
nha, provavelmente aaueles r.onmos oortcnccntes ã E m p ó r i o ,pois
dificilmente haveria na época mais de uma beneficiadora de
algodão er cada m u n i c í p i o .' 5
Essas medidas não se mostraram suficientes para pro
porcionar matéria prima barata aos industriais, r.mbora tcr.ha.
crescido na década de 1930 a produção do Estado, de 6 para 8
milhões de q u i l o s .r'^ 0 Relatório da Empório, de 1034, refere-
se aos altos preços da matéria prima'® e no ’no seguinte a
má oualida.de do algodão.'
A p esar das alegações sobre os altos p r e ç o s , a par
tir de 1933'a Companhia é abastecida pelo algodão baiano, cu
ja produção atingira, coro foi visto, 8 rilhões de quilos, cm
1934. Desde então, só em 1939 a Companhia voltou a ser abas
tecida cor. algodão de outros estndos , cujo preco subira de
32ÍOOO por 15 auilos em m~rço para F4$000 cm Dezembro.72 cn_
bora se atribua a escassez de produto à seca, essa sitúação-
so agravou em 1942 ouando, acentuando-se a dificuldade de a-
quisição de algodão no mercado baiano, a Companhia se abas
teceu no norte do país. Consumindo durante o ano 819 . 85 3 qui_
los, foram empregados apenas 143. 323 quilos (17,48% do consunc)
de algodão baiano, contra P76.530 quilos 82,52% do consumo)
dc algodão do n o r t d . ^
A matéria prima, nostes anos, senpre teve uma posi
ção de grande destaque no conjunto das d espesas, seus níveis
mais altos tenham ocorrido entre 1916 e 1919, e os mais b a i
xos entre 192? o 1 9 2 9 , se se considerar apenas o período 1914
-1930, ouando os Balanços discriminam os gastos feitos com a
matéria-prima. (Cf. Tabelas).
/ M?0 DE OPPA
h'o decorrer deste período, r.c despesas cor. a nrc
dc obra variaram da um mínino de 9,?9%, cr 1925, a um mãxiro
de 92,52% cn 1929. Entretanto, 1929 foi un aro de exceção quan
do o bala nço acusou prejuizo e a media da taxa do lucros cn
teve ben mais próxir.a da perccntagcr do ano de 192 5.
"o subperíodo dc 1914-1918 o ponto maxina e repre
sentado pelo ano de 1914 ciuando as despesas com a rão de o-
bra, ro processo produtivo atingiu a 33,72% do total das des
pesas, encuanto o ponto nais baixo, 1 1 , 7 4 % . situa-se r.o anc
do 1918. (Tf. T a b e l a s ).
ílestes anos, ouc corresponder, a la. Guerra Murdial,
tudo parece marebar n o m a l m c n t o .
Mos dez anos sepuintes, 1°19-1929, as despesas con
onerários ter. seu ponto ninirno era 1925 , cor. ",39% c o r.áximo,
9 2,52% er. 19 29. Contudo, coro jã noncion nos, estf; ano õ in-
toiramente anormal. Se não for levado cm consideração, o ou
tro ano em que as despesas forari naiores , será o dc- 1927 , cor
13.37%.
Em 191S , eclodiu na Bahia a prove operária, exigin-
do a redução do trabalho diário de 10 para 0 horas, o noviner
to atingiu a Erpório Industrial, onde os trabalhadores rcivin
dicavam, alem da. jornada dn B horas, aiimrntos salariais. 7 re
rolhar.ca do cue aconteceu en outros pontor; do pais, a r o d u e ^
do dia de trabalho para R horas foi conouist -ida, e or operá
rios da Empório obtivorar. ainda, aurento de 25v nos salarios d2
enoreitada e 50% em todo o trabalho extraordinário.7^ A movi
mentação polo d.ia de 8 horas de trabalho começara en junho,
r Empório, atingindo seu ponto culminante cn seterbro . 7,5 0
Centro Industrial d< Fiação c Tecelagem do Algodão, enviara
en 5 de agosto do 1919 una carta, circular a Companhia na o uai
informava sobre acontecimentos semelhantes no Pio e já supe
rados através "das ccncessõos dadas aos operários espontanea
mente, antop de oualauer reivindicação dor meamoz" . 7 r' A refe
rida carta circular csclareeia que a grev«-, ro Rio, fora ex
tinta após a fixação de inprcssos, tambor publicados p ela in-
179
prensa. Estes impressos, um dos quais acompanhava a c a r t a ,
comunicavam as concessões fpitas aos operários que se resumi
ram no atendimento dos seus objetivos referentes não só ao
dia de 8 horas de trabalho como a aumentos e regulamentação(V
trabalho extraordinário, além da igualdade de salários para
homens e mulheres e não admissão, daí por di.mte, de menores
de 1 U anos.
Hão se poude determinar com sepurança, se o outro
prospecto, intitulado Aos noas 03 Operários , era um anexo vin
do do Rio junto com a carta-circular, ou se um prospecto da
própria empresa.
Tanto a carta-circular c<">nc> os prospectos não dei
xam de fazer carga contra "elementos estranhos" que, suposta
mente, eram os fomentados das greves.
Um outro prospecto, de 19 20, ta.nbém encontrado, cc-
mo os anteriores, no livro de Recortes c e Jornais conservado
no Arauivo da Companhia, de autoria da. Sociedade União Geral
dos Tecelões da Bahia, inferma que alguns indurtria.is esta
riam dispostos a restabelecer o regime de nove e nove e meie
hora ^e trabalho sem remunerações especial do excedente de oi
to horas.
0 Relatório de 19 21 deixa entrever um arrefecimento
ocorrido em 1920 das posições reivindicativas de 1919 ao afir
mar que "a nossa produção excedeu a do ano transacto... muite
concorrendo para isso a normalização dos trab a l h o s , produzida
pela melhor orientação do nosso operariado, que, felizmente,
vae tendo a nítida comprehensão dc seus deveres, procurando
não se submetter ás insinuações e conselhos subversivos, d'a-
q u c l l e s , que se dizem seus amigos e que, no entretanto, não
passam de falsos defensores.
Em compensação não nos mostramos indiferentes a es
sas provas; tanto assim que foi elle favorecido com augmentos
nos seus s a l a r i o s , elevados fornecimentos, gratu i t o s , de re
médios e diversos outros a uxilios, cuja verba por nos emprega
da, foi superior a Rs. 6 0:000$000, alem da importancia de
Rs. 40:000$0 00, retirada dos lucros do anno findo".
No ano seguinte, no Relatório de 1922 h á notícia de
que a Reforma dos Estatutos ocorrida em 19 21, entre outras
disposições concedeu ri. : Caixa de Auxílio a Ope-
180
rarios um? percentagem rios lucros cia Erpresa. Essa percenta
gem, em 192 3 foi de 3,22% sobro o lucro da c m n r e s a , equiva
lendo a 72:000Í00C.
En 19 23 é reinstalada a Creche Maternal recebendo a
denominação do Crcche Leopoldo José da Silve, cn homenagem r.
un dos fundadores de Emporio.^fc >t0 r-jno seguinte já se feia
rri sua ampliaçao e semelhança do oue ocorrera con a 'ascol?
oue conteva em 1924 com 9 professores. Vo Matai havia g rati
ficações pera os " M e s t r a s , Contra-mestros e Operários que se
fizeram credores de tal recompensa".^9
0 Relatório dc 1927 referr-se a diminuição da pro
dução oue teve como una das suas causas a ser.sivr-1 falta dc
operários. As escolas contavam er 1926 cor. 300 alunos e 10
professores. /. farmacie fora apa^vlhade para ’ fornecer gra
tuitamente remedios a todos os nossos operários que dclles ne
cessitarem".
0 Relatório de 19 23 ner.cicne tenbér. a falta de ope
rários, atribuindo a esse fator a dininuição da produção, nr
oue é acompanhado pelo Parecer do Conselho riscai aue lamente
esse situação, enumerado os benoficios ou*, a emprese propor
ciona aos seus operários: alugueis baratos» assistência médi
ca, caixa dr pensão e aposentedr»ries, assistência c instrução
a seus filhos dos do e primeira infancia e gratificação a-
nual.
A pe.rtir de 192 3, a Vila Operaria deixa de g os ar
de isenção dc impostos que são acrescidos ao proço dos alu
gueis. Re^firma-se eí oue a Vile deixa geralmente déficit. 0
conselho fiseal menciona a falta de cporãrion: ê o terceiro
ano consecutivo em que tal problema c abordado pele Diretoria
ou pelo Conselho Fiscal.
O vultoso capital empregado na Operária não
proporciona nenhuma compensação, pois su? renda e absorvida
pelas despesas de conservação o pelo inpocto predial e outras
taxas municipais, afirma-se nr Relatório de 1930.
Entre este ano e 1939, os anos er Oue es despesas
com a mão do obra são proporcionelrente maiores, sao 1930 S
1933, correspondendo a 41,29* e 41,26%, respectivamente. Em
ir39, essas despesas são relativamente n^is baixas: 22,13%.
(rf. Tabelas).
A partir dc 1930, a cscol,?, ate então sob a respen
sabilidade da fábric?, passa a administração do Estado, dc ?-
C'-rdo com o Art. 17 da Lci n? 2. 232 de 20.9.1929 . r¿>
A prrtir do 19 31 entra om vipor r. loi oue conccdc fe
rias obrigatórias. A Companhia concedo ferias a todos, de
cordo com o A r t . 59 de Decreto de 28 dc Março do. 19 31. Tam-
bóm a partir dosse -•’no, a Escola passa a receber, timbón cri-
ar.cas de fora da Vi la, ja que c agora ura Escola Publica.
Os lucros, cm 19 33 , caíra— devido ao rigoroso cum
primento cr. todo o exercioio, do refino d.?s B horas dc traba
lho". 5 significativo osse comentario. pois mostra como
acucia conauista de 1919 não pudera ser mantida, ncr mesro
numa fábrica cor. as tradições dc assistencialismo d"- Frpório.
Em 19 34 , a produção aumertou , porque ■> traba.lh-u-se
^,5 h. por dia, afirma o R*latório de 1935, esclarecendo ain
da oue "nur attestado dr que temos a preocupação maxima d<-
contiruarr os r obra dos beneméritos fundadores da nossa Em-
preza os inolvidáveis bahianos Luiz rparquinio o Leopoldo Joco
da Silva, nos inspirando nos scu^ altruisticos exemplos dc
sincero e elevado socialismo (sic¡ ) , F>-zen(Jo partilhr do re
sultado do trabalho, acuelles que, para ello, abnegadamente,
o iscr.tes de idei^s subversivas, prest?m o scu concurso*, re
solvemos proporciopar ao noss<‘ oper^rido um aumento de 1 2% so
bro o salário obtido no exercício dc auo vimos r.os ocupándolo
proposito de uma verdadeira c real conciliação entre o Capi
tal e o T r a b a l h e " . ® ^
A partir dc 1935, uma verba equivalente a 12% sobro
os salarios passou a ser distribuida t^mbóm en "4 ¿e julho,(¿
gual ouantia já era distribuida no final do ano), data dr
nascimento de Luiz T a r q u i n i o . ® 7
Um refeitório é preparado par? o operariado cm 193F,
dotado de forros ao ue ce dores para a comida. !Iem túdo fora p"o
visto no inicio da existencia da f á b r i c a . ^
Em 1938 , o módico Dr. /driano dos Reis Gordilho oue
prostou assistência módica aos operarios da Conpanhia desde
1 P?
soup primeiros anos, c aposentado, após 46 anos de serviço.
A falta de o p e r a r i o s , j?. referida nos fins da déca-'
da dos vinte, tórna p. ser nencion ?^?1 nn Relatório referente90 -
ao ano de 1 9 3S , o também no ano seguinte-. !'este nosro ano,
193*1, a Vila Operaria apresenta um saldo de Rs. 31:92°$flOD®1 .
A crítica situação do operariado cr 134C, agravad?
cor. c encarecimento dos artigos dc priroirn. ne c « s s i d a d e , obri
gou a Companhia a concodor dos abonos, "em 2fi de Abril — de
10* sobre os salarios ate então pereobidos c cm 19 de outu
bro, de mais 5% sobre os mesmos,arbos enauadrados no que dis
põe o Decreto-lei n9 3.813 de 10 dr ?Iove>rbro de 1 9 4 1".92
0 Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Indus-
triarios foi criado, e de acordo com o Decreto-lei n9 4.043,
de 22 de janeiro de 1942, a Companhia cr»jreoou cm 1942 a p.-.gar
as contribuições d e v i d a s , queixando-no porór. que :tó o moren
to nenhum beneficio resultara, pois continuavam os aprendizes
"a receberem o ensino profissional nelr forra practica anti
gamente. adotada, acarretando, do nrsmo redo, duplo dispendio,
desde que, além dessa pezada contribuição, concorrer.os com c
salario da aprendizagem, na rodida do que determina a legis
lação. "53 Aind? em 194 2 foi assinada ur.a Convençãc de Traba
lho i-^ntre o Sindicato dos Trabalhadores na Industria de Fia
ção c Tecelagem da Cidade do Salvador c a Companhia Prcpresso
e União Fabril da Bahia, tambar subscrita pela Empório Indus-
tri?1 do H o r t o . 94 Anteriormente, em julho de 1941, já entrara
em vigor a Lei do Salário Mínimo, nur momento de crise que
apravou a situação da empresa.®*
Em 15 de junho de 1943 foi assinado pelo Sindicato
das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Rio de Janeiro, cor. o
Coordenador da Mobilisação Econômica, um convênio para a pro
dução, distribuição o preces do;tecidos populares.
0 convênio visava o suprimento intc.rno de tecidor
populares o junatamente cor a legislação trabalhista consti-
tuiram-se nos exemplos de uma nova polítir.a em oue o Estado
passava a ter uma atuação mais ativa no ordenamento econômi
co do país. H o seguinte o texto do convênio: CONVÊNIO ENTRE
P, COOPDFNAÇflO DA MOEILIS/.CZO ECONOMICA E / INDUSTRIA TÍXTILSO
BRF h PRODUC7.0, DISTRIBUIÇÃO E PRKCOS DE TECIDOS rOPUL/RES.
Jntre a Coordenação de Uobilisrr.ro Econonica c a
industria têxtil, representada pelos Sindicatos abaixo assi
nados, fie* estabelecido o seguinte Convenio, dando curwrir«-]
to f\r I dis pôs tc na. Portaria n9 3F da aludida Coordenação da Mc_
bilisação Economica, de 8 da Janeiro dc 1943:
I - As enpresa.s t e x t i s 'tomam e compromisso da f a •
brioação de artiges dc tipos pepulare.s, e x c l u s i v n e n t e desti-
r.pdos ac ennsun1' interne do p a í s :
TI - Fica constituida ura Conissão Permanente, corr-
nosta de delegados dos Sindicatos representativos da indús
tria textil de ^istrito Federal o Estado do Rio de Janeire,
de P e m a r b u c o , de S o r g i p e , do Ceará, de Vinas Corais e de São
P p u I o , aue subscrevf.n o präsente Convênio, e presidida por
um representante de Ccor dbnaea.o da Mobili-aç?/- Fcon^mica, na-
ra fiscaliseção e execucão do presente Convênio.
/ essa Corisspf competirá:
a) estabelecer as qualidade o cpracterísticas t éc
nicas dos artigos textr.is de tipos populares, ber como rs pro
ços dc venda desses artigos pelps respectivas fabricas;
b) determinar ri, quotas dos prtipes textís de tipos
populares que devem caber a c.ada. setor textil, sendo que
auota relative a teeides de algodão não sr-rá inferior a 1 0 r*
milhões de netres, de acorde con preços c características
técnicas da tabela anexa;
c) distribuir entre os d:, f o rent es estabelecimentos
têxteis as nuetas que conpetiren a cada un na fabricação des
ses tipos p o p u l a r e s .
III - Os artigos de tipos populares deverao erntor
cação indicativa de preço de verda ao consumidor e a expres
são "Exportação Proibida" , sendo ouc nos tecidos essa. marca-
c ã o deverá ser feita na ourela dos respectivos panos senpra
ouo possível, en distancia não superior a três (3) n e t r o s ;
IV - Os artigos textís de tipos pepualres serão obri
gatoriame nto adquiridos pelos compradores ^as fabricas, na
proporção aue. fôr fixada pela Corissão dc que trata o iten II,
não podendo sor superior a 15% a p argen para despezas de dis-
ir*5
tribuiçao entre o preço da fabrica e o de venda ao consinv*
rlcr:
V - Em virtude da realisação do presente Convênio,
fica dêssa fôrma satisfeita a execução da Portaria n9 36, dc
8 dc Janeiro de 1943, da Mobilisação Economica, em relação
aos artigos texteis;
VI - 0 presente Convénio vigorará pelo prazo de doze.
(1 ?) mêses, a partir desta data. *
As referências contidas nos Relatórios a respeito
da assistência dispensada aos operários, não permitem oue se
atribua a esse fator un peso que, por si só, pudesse ser res
ponsável pelso desequilibrics sofridos pela Companhia. Se há
referencias ao déficit d.? Vila, há tambêrr pelo menos una rc-
refência a saldo, e en outras ocasiões a Vila aparece como au
to-sustentada, erbora sen lucros.
Quanto a influencia do operarido sobre a taxa de lu
errs só influenciam negativamente quando ocorro falta de não
de obra.
OS IMPOSTOS, "1914-19 46
A partir do ano de 1928, um outro fator se acres
centa ãs atribulações da Companhia: os altos impostos nue, dc
acôrdo com o Relatório dc 1929, recann sôbre as indústrias.A—
lega-se que o ipnosto de industrias e profissões recac nais
pesadamente sobre as indústrias do que sobre o comércio. Con-
para-se a situação da Bahia con de S. Paulo, onde aquele im
posto seria mais baixo, /.pesar dos tecidos gosarem, na Bahia,
da isenção do imposto de exportação pag?.van, no ato de seren
e x p o r t a d o s , as taxas de Estatística e de Serviço Agronômicos
que importaram, cn 1928, en 139:351$110. En S. Paulo, teria
sido pago apenas e soma de M:322$250, explicam os autores do
Relatório de 19 29. Além disso criaram-se r.ovos tributos com
a finalidade de fazer face à dívida pública externa.®*’ 0 Re
latório do ano seguinte traz uma carta dirigida pelos indus
triais ao Governador do Estado, protestando contra o imposto
de indústrias e profissões, cujo texto é o seguinte:
"Exm<~. Snr. Dr. Governador do Estado d?. Bahia
Os infra f i r m a d o s , representantes das emprozas ouc
exploram a industria de tecidos neste Estado, vêr. perante V.
Exc>. representar contra o imposto cstadoal de "industria
prof iss<“os" que, nos moldes de incidencia adoptados , 00 ns ti f '
ur encargo pesadissime, senão asphyxiante, para a referida in
dustria nesta phase afflictiva aun a resma atravessa.
"Não poderia ser mais opportuno o momento para oe
supplicantes dirigirem a V.Exa. esta representação, precisa
mente quando, p*ra cumprir o disposto nr art. 59, n.15, d?
Constituição E s t a d o a l , v.Exa. se apresta para enviar ac Con-
grasso a r.rnsageir. — er. quo. "dará conta da situaçãc. do Estado
e indicará as providencias legislativas reclanads p c l o sorvi
C'~ publico", suggerindo medidas aceordes "c'n as necessidades
e recursos do Estado".
"As provisões Orçamentarias do dito imposto en rel¿
ção á industria de tecidos, eram, até o anno de 1C26, rasor-
vo is .
"Pagavam as Companhias quo a exploravam— 0,35 | . so
bre c seu activo.
"A partir, porem, desse exercicio, justificando o
Governo a necessidade de maior renda, concordaram os Suppli-
c a n t e s , como compensação da inexocução do dispositivo do p?-
ragrapho 16 da Tabella n.l, da Lei n . 1.849, dc 1025, no tocan
te á restricção, aue alli se continha, da isenção, para. os tc_
eidos,do imposto de exportação, aue fosse elevada a cuota do
imposto de "industria c profissões" a. 0,7 *|., o duplo do quo.
oagavam, accrescida da sobrecarga dos addicionaes da 10 *|.,5
•j. — para o serviço do emprostine da unificação" — e 10 * | .
para o serviço da divida, « x t e m a , nuo se croaran nos orçamen
tos p a r a os exeroicios seguintes.
"Vale frisar, entretanto, que ao majorar o Governo
o imposto de que se trata, a titulo de emergencia, o fez sob
promessa de reduzil-c ã cifra en aue era calculado anterior
mente, logo que se verificasse o augmento da renda ' publica.
r>eu-se, como é notorio, c implenentr dessa condição, sen que
f-sse feita a reducção pronettida, a qual» bc ha nuito se ir-
ptnha como medida rttenuadora da situação precária de ouc Sf
resenti? a industria textil, e*>tre n ~ s , come tal, ainda mr.fr,
se justifica, actualmente, cérto cue essa situação se aggr---
vou, a ponto dc algumas fabricas não distribuittSBi d i v i d e n
dos .
"No alinhar razões — oue demonstrem claramente
procedcncia da pretenção dos Sunplica.ntes — cónvcn deètac'.?
um facto c apaz d c , so por si, inpor a revisão da tributaçã'
contra a qual se reclama. (Vnforme se verifica da lei n-
2.1U8, de 12 de Setembro de 1928, oue orça a receita e fix-
a desneza para o corrente exercício e igualnente da anterir--
de numero 2-050, de 5 de Setembro de 1927, os estabelecimen-
tos commerciaes, cujo objectivo seja a compra e revenda de te
eidos, pagar, menor impçsto de "industria c profissões" — que
as Enprezas industriaes produetoras dos mesmos tecidas. Cs
primeiras s?o lançados a razão de 0 , 7 5 ' |. sobre as operações
de vendas re alisadas -— e pagam. o inposto semprr proporcio
nalmente ao volume d<'-s nep^ci^s roalisados. As segundas , ã r£>
vrr dr 0 , 7 * |. sobre o seu activo, do que consta, muita vez,
o valor '’o. stoek de produetee-, não vendidos. De maneira q a e ,
scm.nre oue houver escassez ou falta absoluta dc negocios ,mes
mo nue n^o vendam e, consequentemente, não tenham lucros as
Empreza.s produetoras de tecidrs papam impostos com base nes
sas cifras não realisadas.
7’0 e n t r a r i o do que se observa, era o que se prati
cava no regimen anterior ao rxercicio de 1927, cm que tacs
e m p r e z a s , em razão da amplitude do seu objectivo c dos reaos
beneficios oue proporcionam' ã collectividade soffriam encar
gos fiscaes npn^res do oue os que supportavam os estabeleci
mentos cr-mmerciaes destinados exclusivamente á compra c re'"-r.
da de tecidos.
"Em verdade, investigadas as causas responsáveis pe
la drca.dencia da nossa industria textil local, alinha-se, e n
tra as mais efficientes, a. tributação excessiva, em chocante
contraste com a orientação dos demais Estados tía nossa Fede
ração, os ouaes sempre concorreram para a expansão, cada V 3 Z
maior, da sua industria, anparando-a por todos os meios via-
1P"
veis. Nesse sentido, é de vêr-se, como exemplo frisante do
aue se affirma, o que pratica o governo de S.Paulo, que vao
tomar, no minimo, da sua florescentissima industria, o com ouc-
supprir-se p ara ocorrcr ã despeza publica. Entretanto, si h?
industria em nosso Paiz que se não tenha prevalecido, em gran
de monta dos favores do governo loc.il é a nossa, a de tecela
gem, principalmente, que, desde os seus p r imordios, a braços
sempre com as maiores difficuldades, bem penosamente vencendo
as etapas de sua existencia ouasi que ã custa somente dos es
forços ingentes da iniciativa particular. A unica ieenção que
lhe concedeu o Estado foi a do imposto de exportação. Mas nin
da assim, contribuo ella com as taxas de “serviço de estatís
tica da exportação" e de "serviços agronor.icos" , de cifra vul
tosa, aue chega a attingir o montante dos impostos cobrados
prr outros Estados d a Federação. Ha quem affirme não merecer
a nossa industria textil a protecção ou auxilie dos poderes
públicos, servindo-se de argumentos que não resistem ã menor
analyse. Pretendem que as nossas Companhias de tecelagem po
dem supportar com vantagens o mais pezado tributo, : porque
grande, "v ultoeos, têm sido os lucros balanceados. Como cla
ramente fez vêr illustre industrial, os systematicos contra-
dictores somente relacionam, em sua pretensa demonstração, os
vultoBOP lucros auferidos no periodo anormal da conflagração
europea, sem levarem em linha de conta os prejuizos soffri-
d o s , anterior e posteriormente ã essa. epoca de abastança, com
o recrudescimento da crise e das constantes difficuldades,
em aue, repetimos, semnre viveu a nossa industria de tecidos.
"Em face, portanto, das circunstancias expostas,
oue, implicitamente, tambem demonstram que, actualmente, a
nossa industria textil local, para viver e resistir ã a dver
sidade, f*e pouco ou nada mais necessita, além do desofogo dos
tributos absorventes de suas reservas, é de justiça aue - se
lhe conceba a reducção des encargos ficaes a que està sujeita
e aue por exagerados, contravêm fatalmente o principio econo-
mico sabiamente assentado por Amaro Cavalcanti — de perfeita
applicação ao caso:
" 0 imposto deve ser adaptado, o mais possivel, ao
meio economico. , on
Na observarei;? desta rofra coincidem o interesse 'o
fraco e as entidedes efficientes do proçvesso economico: aouel
lo não recolhera pvard.c couec. nclo imnosto, si este • recãJiir
sobre fontes, jronos capazes de prestações, ou si graVrr as
resmas corno tal p e 2 0 , our. lhos detenha, a. força expansiva". o
ostas, ouan^o mal rnr.eiadjs pelos r-ncarpos fiscaes, tornar-
sp-ão f!ntr>nccid a s , e, conscfuintp.ron t e , incapazes de desen-
volvimento: c trmber d a h i , a dininuição do produeto arreca.d■■»-
vel pelo imnosto ser? inevitável, consequentemente". ("Ele
mentos ^e Finan ç a s " , prp.17 8).
"/ssir, firmados nessas razões e confiados na jus
tiça >'e sua causa, esperam os Supplicantes quo V.Exa. lhes ’e
fira r pretencão, ordenando ouar^c opportune e de accordo com
a s surs attribuições executivas , não só a rc'"ucçac da. nercen-
tafpr. '’o imposto em ouestão ã cifra da provista no orçamento
r‘n oxercicio <*c 1926 (0,35*/.), cot»o trnber a modificação do
critério que, ate agora, ter. estabelecido para a sua cobran
ça, a oual, pa.ra ser equitativa, deve ter por base rs "opera
ções dp v«ndas realisadas”.
Fsreravar os diretores da Em^orio ur -"1 diminuição
desses impostos, contra o eu.^l anelaram trmbcn através da. r s-
s o ci"cão Corercirl.
Entretanto, n.-> Câmara, a oren^r ao o r ç m e n t o apre
sentada nolo d,->putado Javmo Baleeiro, e oue correspondia aos
interesses ^r indústria, foi rejeitada
Do novo apela-se ao Governador, desta vez no senti
do do ser dilatado o prazo prra o naprmento do imposto, er.
r u l t a s . 7Os Relatórios dos anos sepuintes continuam a le
vantar o nroblema dos impostos. No coneço d?. Pecada dos 30,
há esperanças no n o v o poverno oue equiprrou a tributaçao das
fábricas à do comércio'.
Entretanto, a partir do 1933, os Pelatõrios trazem
as queixas dos industriais contra a marcha ascendente d o s im
postos, "cuja nomenclatura, de tão elevada oue se encontra,
em breve excederá a.o vocrbulario do nosso idioma."98 Rcsol-
ve-se então, em 1936, recorrer ao Judiciário. Em 1940 o li-
•Kr*» ...» » 190
tipie ain'’a so arrastava n^s Tribunais. T W o s cs Relatórios
drs anos 40 trazer deronstrações dos inpostos papos , aue p.tir*
p: ’-ar n total do r,r <! 5. 061. «ÍJS ,9P , en 1946.
corcLtTPÕrc
Mo Denodo 1914-19UR, ocorreram nudanças provocadas
pelas crises internacionais e pelo proprio crescirento indus
trial no Brasil.
As grandes crises mundiais refletirar-se de m anei
ra diversa na evolução da empresa estudada.
1 — Fm 1914-1918, -apesar do aunento da produção,
a taxa de lucros manteve-se un pouco abaixo dos anos inedia -
tárente anteriores à la. Guerra Mundial. A explicação rais
palusível é o encarecimento dos combustíveis, óleos lubrifi
cantes, anilinas e produtos auímicos diversos, importados pe
la Tornanhia e e x t r e r a r e n t r encarecidos durante a guerra, a-
lér de paralizaçõcs provocadas por defeitos nos motores gera
dores de eletricidade. Aqui, o fator dependência é o que resu
ro e oxnlica as dificuldades do período.
Contudo, os lucros obtidos neste período serão mais
tarde reconhecidos coro excepcionalnento favoráveis.®®
2 — Mos aros 1910-1929, a Corpanhia Ennório Indus
trial do Norte teve r sua produção física diminuída, chegando
er 192« cor netade da produção de 1903, 1916 e 1917. A queda
da rroducão foi nais sensível na segunda metade da década dos
vinte.
Apesar da. queda da nroducão, oc lucros foram bas-
atnte elevados, sofrendo ur ligeiro declínio depois de 19 26.
n aur^nto dos lucros node-se atribuir a compressão
de despes ps coro matéria-prina e rao uinário. Esta • c n p r e s s ã o
de despesas resultou provavelnente de ur. aumento da produti
vidade, uma vez aue o preço do alrodão não decrescera sensi
velmente ner a rãbrica deixara de haver despesas con compras
de maauinãrio.
A aueda da produção nestes a n o s , foi o resultado
da intensificação da concorrência en vários níveis-- repional,191
racioral e internacional.
3 — Mos anos 1930-193°, embora aumentando seus lu
cros, a Companhia. Enporic Industrial do Morte teve nua produ
ção dininuida.
r> crescimento da taxa do lucros continuou a so dc-
v.-r ã connrpssão den dc.spes~s.
Em 1934 trabalhou-se 9,5 h. por dia.
Hurante a m.aior parte, da década não se inportou raa-
quin-^rio. 0 abastecimento dp n ate ri a prima passou a ser feito
nuase totalmente no proprio Estado.
Os dispêndios cor. impostos mantiverorr-se elevado?.
A oueda da produção resultou da concorrência sobre
tudo das fabricas dc outras regiões do país, e en parte tam
bor da P a b i” pois ostava praticamente afastada a concorrência
estrangeira enau^nto e participeçã.o dri Emnõrio na produção
baiana diminuíra en relação a década anterior.
r crise dos anos 1929-30, embora .-'tingindo a enpr^-
sr. foi superada rapidamente, já a partir de 1C3P.
U — Em 194^-1*6, a Companhia, embora beneficiando
s o da conjura internacional, poderí.a ter atingido ainda m e
lhores resultados se tivesse possibilidades dc colocar no mor
crdo uma raior produção.
0 que impediu ouo tal fato acontecesse prreccm ter
sido sohrrtudo as dificu Idades do reposição dc poças dc ur
maauinãrio em grande parte já absoleto, dificuldades origina
das pela guerra.
Tudo isso não impediu que os sc.us lucros ultrapas
sar, nestes aros, todos os níveis atinpidos ate então. A C om
panhia em 194 5 ainda era una das IR maiores empresas texteis
do n->ís e ume das 5 naiores do Horte-Mordr-ste.
^ B A E F , W e r n e r e V IL LE L A, Anni1v.il V. "Crcs c ir e nt o indus** trial e i n d u s t r i a l i z n ç a r r.evis~cs nrs E 3 täciro do flesenvol- v i n e n t o E c f n r n i c o do Fraail" cn DADOS n? 9, l'.>72, p.llC.
2 IDEM, IBIPEM. p.117.
3IDEM, IBIDEM.
4 *V I L L EL A , An ni b a l c SU ZI GA N , IM 1 a on. P o l í t i c a do g o ve rno
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1 2 V E R S I A N I , F l a v i o F.aVelo c VE FS I A N I , M a r in Te r e s a B.O. _ A i n d u s t r i a l i z a ç ã o b r a s i l e i r a a n te s de 7930 - Uma c o n t r ib u iç ã o . Universi'-’ ade de Bras i li a, I ns ti t ut o de Cienci-.s Humanas ,!>cpt. '*e E c o n o m i a , Tex to s p a r a dis c us sã o n? 22, 1074, er’, mineo. 33-34.
1 3 VI L LE LA , A. e S UZ IGAN, W.. O p . c i t ., p . 210-11.
1 4 IDEM, lEIDEM, p . 210-13.
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1 7 V IL L E L A , A. e S U Z I G A N , W.. o r . c i t . , p . 190-91.
NOTAS
3.9 ?
1BIDEM, IIîIPEM, p. 211-12
1 9 FISHL0W, Albert. O p . c i t . , p . 41.
20V I L L E L A , A. e SU ZI G AH , W. Op. cit., p. 438.
2 1 IDEM, IBIDEM, p . 232 ,4 3 S .
2 2 IDFM, IBIDEM., p . 230-32.
2 3 IDF.M, IBIDE M , p. 219.
2^ V TN CF NZ I , N e l s o n do. 0 c.lçiodao na economia ~ braeilcira. Fio, C o o r d e n a ç ã o da M o M l i s a ç a o t co nonica, 1944, p.RO.
25 STEIN, S ta n l e y J. op. cit., p . 191.
2 ^ V I N C E N Z I , N e l s o n de. op.cit. , p.PO.
2 7 STEIM, St a nl ey J. op.cit., r-1^1-
2r'VEP.SIANI, F.r. c VrP.SIANI, M.T.r.O. op.cit., p . 33.
2 ^CFIÎT. °e1txtório p u’-licado en "A TA"DE" dc 3.4.1215.
A #F/EP , V cr nc r . A indue tri ali r.açao e o dccenvolvinento eco_
nômico ro P raoil • Fio, F . G.V., 19f>6, p . 25.
CFIN. Pelatorio p u V l i c a d o no P i a ri o O f f ic i al de 29.3.191?.
3 2 CF.IN. °elotôrio dc 31. 3. 1920. Pahia, Peis & C o r p . , 1920.
33CFIM. Pelatorio dc 7.3.19??. Bahia T y p o ç r a - b i a dos Dois
Mundos, 1927.
34 -CFIN. *elatorio dr 27,?.. 1928. B a h i a .E s t a b e l e c i n e n t o dns
Dois Mund os . 1 9 2 T.
35CEIF?. Pelatorio dc 30. 3.1929. Bahi a ,Es t ab el e c i n e n t o dos
D ois M u nd o s , 1929.
CFIN. Pelatorio dc 31.3.1930. Bahia, Typ. da P o rt a S.M i g u e l , 1930.
37V I L L E L A e SUZIGAN. Op. cit., p . 438.
3PPAER, W e r n e r e VI LL EL A, Annibrl. Op. cit. , p . 121.
3 9 STEIN, S t an l e y J. Op.cit. , p. 137-41.
40IDEM, IBIDEM, p . 142-43.
**CF.IN. Pelatoric dc 21.2. 1933. Bahia, T y p o g r e p h i a S. Mi-puel, 1933.
42 -CFIN. Pelatorio de 20. 3. 1934. Pahia ,E s t a b e l e c i m e n t o G r a
ph ic o G l ob o , 1334.
43 -CEIM. Relatorio publicado no í>í crio Official de
25.2.19 35.
44 - .As interrupções e cxr.turluos no fornecimento de enerfi.-'.
sto registradas ao lonpo de todo o período 1939-1946, pelo» "elatõrios da C o m p anhir..
CE IP. Relatório dc 15.?.. 1040, Bahia,Estabelecimento dos !>ois f u n d o s , 1940.
— Relatório dc 1C.3.1P41. Pnhia, Oficinas dos Dois Kur- dos, 1941,
— Relatório de. 5.3.194?.. "ahi.i, Es t a’'c lecimtnto Grnficc G 1 os o , 1942.^
— Relatório de 19. 3. 1943. Bahia, Grafica Comercial ,194 3 Relatório de 31,3.1944. Bahia, Oficinas Dois M u n d o s ,
Relatório de 14. 3. 1945. Bahia, Of i cinas Dois tíundos,
Relatório de 1 2 . 4 . 1 9 4 Bahia, O fi ci na s Dois Mundos,
Relatório dc 31. 3.1947. Bahia, O f icinas Dois tíundos,
1944.
1945.
194Í .
1947.
^^CEIfl. Relatório de 10.3.19*1. Bahia, Oficinas Dois M u n dos, 1941.
4 G IPIDEM.
A 7 CEI?>. Relatórios 1896-1973.
^CEXTT. Fichas do Ativo Firo. 19fi2~1964. Dept. dc C o n t a - v ili d ade .
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50 V I L L EL A , A. e SÜ21GAN, V. Op.cit., p . 212-13.
5 1 CETN. Relatórios l r>41-1947.
5 2 V I L L E L A , a . e SÜZIGAM, V. Op. cit. , p . 212-13.
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5/4CEIN. Fichas dc Ativo Fixo 1 962-1964. Dopt. de C o n t a b i lidade.
55CETEX. op.cit., p . 1 2 1 , 2Ç9 ,344.
5 f CEÍ»TrO I N D U S T R I A L DO ALGODÃO. Livro das Actas das A e s w hleas Oeracs de 21.81916 a 26.12.1924, fl.l.
5 7 IDEM, ir-IDEM. fls. 19 c 20.
SfiCEIN. Relatório de 31.3.1916. Fahin, Eeis e C o r p . , 1916.
195
*n' IBIDEM.
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f. 2SEAPFA, J.J. Menuaçem. Pahi*, l?ir , r . 112.
* 3IDEK. Mensagem. Tahin, 1922, « . 5 3 .
CALMOr, F .K. âc Gõêi. Vcn*ap3m. Fahia, 1025, p.lf2.
f 5 ^EI!-*. Relato rio de 21. 2. 1926. Fnhia, Escabèlftcioento
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°IDFM. rennapsn. F ahi», 1927, r-2f?.
ff;íDF».', IPIDEM.
G A L P Ã S S , Jurr.cy. Mennapen. Pnhia, 1935, r.71_73.
7 0CF.tí:. Relatório dc 20.3.1934. Pnhir., EstabclecitaentrOra^hico Glct’o, 1934.
rrilí. Relatório de 2^. 2.1930. V abi *, Es tn’e lecimento^ os Dois Kur.dos, 19 3^.
7 2CFIN. Relatoric d c lü. 3.1940. Tnhia, rsta^elecincnto
»’os rois "unípS; 1?AQ.
CEIN. Rclatorio de S. 3.1942. Tnhip, Estn’>clecinantoGraphie o Gl^So, 1942.
7 CEIN. Relatório dc 31.3.1020. r«hia, “cis Û C o n p . ,1^20.
7 *•irrnEM,
7*Cf. /nexos. O prifr é '’.o docurentr original.
7 7 CFIÍ*. Relatório r,uv.licado no T'inric Official dc lí.3.1CCI.
7 aC E IV. Relatório dc 20.2.19:^4. Pahic, E 3tatelccinento <ic,r.Dois Mundos, 1324.
7 )CEIM. Relatório dc 21.2.192S. Tnhi ■> ,Es tr.he Ig cinento dosT'ois iíundos.
P0CFI”. Relatório ã ■: 7. 3. 1927. rahir., r.ahia, Tyropra^hi«dos r>ois M u n d o s > 1927.
B 1CEï”. Relatório de. 27.2.1928. Esta’'clccinonto dos"ois Mundrs , 1 ?2 F.
C E I K . R e l a t ó r i o d e 7 0 . 3 . 1 9 1 7 . Pnhir., H e i s c C o m r • 1 917.
19 6
P2 -CFIN. Relatorio de 30. 3. 1929. Bahia,EstaV-elecinentc drs
Deis Man''.rs, 1923.
n 3CEIN. Relatorio de 31.3.1970. Bahia, Typ. da F o r ta S.
Miruel, 1930.
P4CEIÍT. Relatorio dc 31.3.1931. Bahia, Ty-j. cia Fort.? S.
Miguel, 1931.
PSC E I N . Relatorio de 2 3.2.193?. Bahi , Typ. da Porca S.
Migue 1, 1932.
f f -OEI*’. Relatorio de 20.3.1934. Pahi a ,Es t aVe lccinento.Gra
phico Glrtir, 1934.
0r‘CEiy. Relatório p u M i c a d o no Dia.ric Official dc 25. 2.93f<,
o 7 „CEIN. Relatorio do 2P.2.193P. Bahia ,EstaVelecinrnt' Deis
dundos, 1T3^.
PP. »CEIN. Relatorio de 16. 3.1937. Bahia,Es ta^ic lccincnto C-rc-
phico 0 1 oho, 1937.
POCEIN. Relatorio de 9. 3. 1938. Bahia, Fsta’elecicento Gra--
phico Glo^o, 193p .
o oCEIN. Relatorio de 17.3.1939. Bahia, Officinas dos Dois
M u n d o s , 19 39.
91 -CEIN. Relatorio de 15.3.1940. Dahia,Esta1elecimento: dos
Dois Mundos, 1940.
" 2CEIN. Relatorio de 10.3.1943. Bahia, Grafica Conercial,
1943.
03ILIDEM.
5 4ibipem.
s' C E I N . Rei atorro de 10.3.1941. Bahia, Oficinas D oís Mun
dos, 1941.
ÇfCEIN. Relatório de 30. 3. 1920. Uahii ,Es tahe lecincnto desD'.'is Mundos , 1929.
117CEIN. Relatorio de 31.3.1930. Bahi a ,Es t a b e l c c m e n t e dos
Dois Mundos. 19 30.
a pCFIN. Relatorio dc 26.2.1936. Bahia,Estaheleexnento dos
Dois Mundos, 1 9 3 6 .
90 - . . . .CEIN. Relatorio de 31.3.1947. Bahia, Oficinas Dois Mun
dos, 1947.Veja-se nesse néscio capitule a carta envi.ida no Governa
dor pelos in^us tria? s , publicada n'-- Relatorio de 31 do r.arçr dc 1930.
I o 7
0 lucro liquido r e f e ri d o em todo este trabalho c a q ue la q u a n tia o b t i d a após a de du çã o das despesas com a p r o d u ç ã o v e n d i da. Fste lucro é d i s t r i b u í d o pelas sep.uintes contes:
P o s c rv ai A m o r t i z a ç õ e s D iv id e nd os Grati fi cações Grati fi cações
a D i r e t o r i a a Enprepados
Ca i xa de A u x í l i o aos operári- M an u t e n ç ã o da Ci d a d e Operári'1 Outros Saldo
F ntre 1^93 e 1073 ex c e t u a n d o - s e cs anos nos quais nao se d i s t r i b u i u d i v i d e n d o s , a pr o p o r ç ã r destes en relação ao L u c r o LÍ^ c u i d o vari ou de 2% a 59Z.
1 9 8
C A P I T U L O 5
f'' '• T I ' ' m I*■'r• *5Ví*T/*L 50V A J - * - / v r;;; ;pf!<;.{Ç|?rPPA T
f.! V
; TiDCr^iíi/. rTf t’7l BrjTiL::r<í !io
* > r.* 1 r <í 7 • ires
Te^de 19 3H, a concorrência estrangeira deixara de
ser urr cbstáculo ao crescimento d* produção nacioi al de teci
dos. Er 1949, cs produtos têxteis representaram apenas 3,99%
do total das importações brasileiras a em 1962 sua participa-
cão baixou para 0,13^*.
veste írteriri; r indústria têxtil perdera a posição
destacada oue tivera atç então como líder da industrializa
ção, conforme domonstra o 'rquadro abaixo:
Q U A D R O - 6
IKDÜSTRIA TSXTIL •• PARTICIPAÇÃO RELATIVA NO roKJLríTO DA PRO
DUÇÃO INDUSTRIAL
I N D C S T R I A TÊXT IL
1907 1? 19 1939 1949 i:i53
!........
195 J> j 1963
----1967 1969
24,6 29,6 22,2 20,1 17,6 1 3, 4 | 1 1 , 6 9,7 10,1
FONT E: P a r a 1907: E s t im at i va s con bases no T evr.ut a r en t o Indujj trial <íe 1507 e no Ce n so Industriei i>i l‘'2C. Citado
en Villela c Suzigcn, Política do G n v c r n o c Crc.scir'.'*v~ te da Econonin Br as i 1 oi r -, t p.iP> IPEA-INrPS, 15 73 163.P a r a os r1cr.«M s .’.nos. Censos Indus tr ia is • C i t a d o cm fiaer e Villela, “Cre scime nt o In du st r i a l e Indus tri ali * zaç no : Rc v is oe s nos estagios do c e s t n v o l v i r c n t o econ.”" m i c o do Brasil" en PADOS n9 9, 197?, p . 126.
Anesar dessa perda de nosição, a indústria de teci
dos ainda era responsável pelo enprêgo do uma parcela substar
cial da mão de obra ocupada no setor secundário: 27,4“ en
1°50, baixando para 20,fi % cm I960.2
Afastada a concorrência estrangeira a partir de
1930, agrava-se entretanto a concorrência interna, disfarçada
entro 19 31 a 19 37. A Segunda Grande Guerre innulsionou a pro
dução textil adiando a resolução de problemas que vinhan cc
acumu l a n d o , tais como a obsolcscenria do eouipamento e a b a i
xa produtividade.
Após a guerra, esses p r o M e r a s tornan-so nais visí
veis, porem a acentuação de una política desenvolvinentista
partir da década dos 50 cria un clina favorável que perr.it e
bons lucros sem transformações substanciais nr. infra-estrutu
ra da indústria textil.
Essa política favorável ã industrialização, inicial
mente rotivada pela necassid^dr de equilibrar o balanço de pa
gamentos, t o m a “« especialmente durante a sef.unda netado
d-> década dos 50, um sentido consciente a favor da industria
lização, resultando que "A taxa media anual de crescimento d
economia brasileira no período 194 7/6 2 (fosse) superior
6%. No período da industrialização mais intensa, 1956/62,
taxa anual de crescimento do nroduto real fei 7,8%, a indús
tria liderando com uma taxa anual de crescimento de 10,3% e p
agricultura crescendo apenas a 5%...a indústria foi o setor
dinâmico da economia (sua) participação no produto nacional
bruto subiu continuamente, ultrapassando a agricultura no
fim dos 50".3
Esta transformação na estrutura econômica do país
pode ser melhor apreciada através do ouadro segúirrte:
201
í J U A C P O - 7
VCT'IFTCAÇÕ7S ’’A DISTPIBUirÍP SETORIAL DO FPODUTO INTERNO BRU-
TO DO BRASIL (AOS PRECOS DE 1953)
194 7 1/5 3 1957 1960 1966 1965
AGRICULTURA 3C ;0 26,1 24,6 22,2 21,9 20,5
INDÜSTRIA 20, r> 23,7 24,5 28,0 2C , 8 29 ,3
OUTSOS SF^nPES 49,4 50,2 50,9 49,8 49,3 50,2
100,0 icc,o ioo,r 1 0 0 , 0 100,C 100,0
^ O N T E : C al c u l a d o s con base cn dados da Funda ça o Cetul io V.qr' p.as , C e nt r o de Contas Nac io na is c C on j u n t u r a Ec o nômi" ca. C i t a d o c:ir. BAEP. c VILLF.LA, "Crcs cimen to Industrial c 1 n d u s t r i ? 1 i z a ç a o . ?r.visoes nos estágios do dcscnvol*' m e n t o E c n n ô m i r n do Pr.-s i 1" er PAPOS n<? 9, 1972 ,p. 12«.
Nos <->nos 1947/62 acentua-s e o aumento na proporção
das indústrias pesadas e a p r o f u n d a -sc a polític a do. substi-
tuicão dc importações, especialnentc n- 2a. net ade dos ano3
50, como demonstra o ouadro e baixo:
Q U A P R 0 -
IMPORTAÇÕES COMO UMA PEP.cr-:’’?Acru PA OFERTA TOTAL
1 94? 1 'i 5 5 1960 U ’62 1965 ! ? • "
3FNS DF CAPITAL 59,0 4 3,2 23,4 12,9 3,2 13,7
BENS INTEPMEDI t.RI0S 25,2 17,9 11,9 5,9 f ,3 e ,x
TENS DE CONSUMO 10,0 12,2 4,5 1,1 1,2 1,6
FOUTF: "A I n d u s t r i a l i z a ç ã o Prasileira: Dia g nó st ic o e P u r s p t o - tivas" , Eetuclo Es p acial, F r o g r a r a F st r at íg ic o dc Dcsít» v ol vi m e n t o , 196C-70, M i n i st é ri os ío P l a ne ja m en to e Co* o r d e n a ç ã o Geral, Jnncirf. do 1 í> f• C*. Citado cm BAEU o v IjL LFLA, op . ci t. , p . 129.
Entretanto, apesar da Dolítica desenvolvinentista,o
setor têxtil se beneficia menos q u c o conjunto da indústria.
Não obstante o encarecimento dos custos de produção, o Índico
dc preços Dara os produtos têxteis evoluiu a un ritmo info-
rJor aos preços dos ciamc.i'v produtos, conforme indica o ouadro
seguinte:
Q U A D R O - 9
"T?ASIL: E V O L U Ç Ã O DOS FRPC OS DE MAUUFATUTíAS TÊXT E IS 19 ¿-J / 5 r
ÍNDICE 19 4 r> » 100
........
p e r. I o o o
------.... -------------------
C U S T 0 D F V I D A
1! goc.>
S'.TACADO
C E rAL t S x t t i s
1 0 4 0 ............... 1 0 ¿ 109 10 31 9 5 0 ............... 111 124 1191 9 5 1 ........... 12 P 14 A 1311 9 5 2 ........... 150 U 3 1/.419 5 3 ........... 172 írn 153195/................ 210 2 45 2251 9 5 5 ........... 259 777 250135T............ 313 3 30 29^19 5 7 ........... 3*5 371 3441 O s 2 ............... 417 41£ 400
FCÍJTE: C O N J U N T U R A E C O N O M I C AC i t a d o c p > " I n<í ú s t ri * Toxtil - Frcblutins Atuais n Fere- pc c t i v o s " en Dee anvolvínento e Conjuntura , n9 9,1950, r> . ?7- ft1) .
"entre- os fatores d< crise n? indústria textil são
aponte o e s :
a) a elevação dos preços da materia prima a dos sa
larios
b) o encarecimento do maquir.ário e seus accessó-
rios ,
e) dificuldade de suprimento do alp o d ã o ;
d) em função da majoração dos preços, a limitada
capacidade de absorção do mercado dependente dos níveis d:¡
renda do país. (Indústria Textil-Problemas Atuais..., era Da •
fíenvolv'trento e Conjuntura, n? 9, 1959, p. 27-69).
São dificuldr.des acumuladas desde varias decadiSflue
poden ser resumidas en 1 ) aumento dos custos de produção t¿ 2 )
retração do consuno devido aos baixos níveis de vida da popu
lação brasileira. ___oro
A I ^ O S T . I ? Tf^TIL B^IAFILJVIRA DT;
1963 A 1073
No oue sc refere a economia brasileira como um to
do, distinguem-se duas fases distintas: a primeira, du 1062 *
1967, é de estagnação a segund*?, de 1968 a 1973, é dc reto
rada do crescimento.
Contudo, a industria toxtil en geral, embora sofrer
se particularmente com os anos de estagnação, continuou a per
der posição em relação 20 conjunto c!a indústria, nesmo nos
anos de recuperação.
E m 1967 absorve 16,5*. do p essor'.l ocupado na indús
tria, contra 26,6% cm I960. A proporção de sal Sr .los pagos p o
lo setor têxtil passou d« 21% cn 1C 58A para 11,5% em 1967.5
Em maio de 1962. durante a V Convenção Nacional dr
Tndústria Têxtil, realizada cm Bolo-Horizonte, foi aprovado
o Memorial Sobre a U ecessidade dc um Programa de Reorganir.r-
ção da Indústria Brasileira de Fiação e Tecelagem documento
submetido ao então Primeiro Ministro Dr. Tancredo íleves. Ela
borado pelo Grupo do Estudo para a Reorganização r. o Rccquipr
rento Têxtil, teve por base o estudo da CEPAL. "A ir.dúatrir
têxtil do Brasil — Pesauisa sobre as condições de operação
nos ramos de fiação c tecelagem" (Documentos E - CM 12/623)
com as emendas aprovadas na Convenção e com o título "Recupé-
rac.ão da Indú stria Textil" este trabalho foi publicado em ju
nho de 1962 no número seis da revista Desenvolvimento e Corx-
<7 untura.
Após uma ligeira introdução, o referido ensaio faz
um diagnóstico da situação da indústria têxtil brasileira a-
pontando os principais probl c r a s , após o que, enumera uma sé
rie de medidas a serem tomadas para superar as dificuldades.
Os fatores apontados são os seguintes:
1 - Obsoletismo do Maquinãrio: no setor dos tecidos
de algodão mais de 37,U% dos fusos e 51% dos teares eram obso
l e t o s , ou seja, deveriam ser substituídos por maquinas novas.
Acrescente-se que m , 8 % dos fusos e 17,5% dos teares podr-
riam, desde que reformados, trabalhar cm condições adequadas.
/ccim, existiriam raalaente cerca de 30% dos fusos e 70% dos
teares em condições do produção superadas. 0 grau de obsolc-
tismo tombem era alto nas máquinas empregadas cm outras faso„
do processo produtivo tais cono as de preparação para fiação,
preparaçao para tecelagem o acabamento dc tucidos.
2 - Rendimento do Maquinãrio: a produção por rnáqui-
na-hora dista muito dos padrões europeus e norte-americanos c
ainda c baixo em relação ao padrão latino-americano. Nas t e
celagens de algodão a produção horária do maquinãrio não rl-
cança 54% do padrao latino-americano.
- Produtividade da não de obra; produtividade
media nas fi^çõos dc algodao não e suoerior a 46% do padrão
latino-americano adotad o que é ainda bastante ir.ferior aos
nadrões europeus e norte-arericanos...o nível da produt i v i d a
de da mão de obra encontra-se influenciado t->.nto pela anti
guidade do e q u ipamento... como polas deficiências de organlzi-
ção interna, refletidas na falta do treinamento adeaundo doe
operários mesmo para operar os equipamentos atuais e, assim,
eventualmente a maouinãria mais moderna ir? requerer uma c?—
Ditação super ior ãquela do qua geralmente dispõe cm média, o
operário brasileiro do ramo".*
4 - Matéria-prima: um mornoromento da qualidade
da classificação c seleção das fibras contribuiria para aumon
tar o rendimento do maquinãrio o da produtividade da mão
obra, ouo com um? utilização racional, reduzindo a quanticr-c.
extraordinária de desperdícios atualmente observada, daria
uma contribuição positiva para diminuir os custos d?. produ
ção. ?
Os custos de produção tal como no período anterior
(1947/62), são o principal fator de dificuldades para a indús
tria têxtil.
A partir desta constatação, o documento aprovado
na V Ccnveção Nacional da Industria Têxtil propõe uma serie
de medidas para superar os problemas enfrentados pola indús
tria:
"1 - Melhoria de formação profissional das chefias
intermediárias, bem como das chefias superiores.
2 - Melhoria da organização administrativa das em
presas •
3 - Implantação de métodos, ao nível das fábricas,
para elevação da produtividade..
4 - Melhoria da qualidade e de classificação da
materia-prima.
5 - Renovação do parque de máquinas.
6 - Desenvolvimento da fabricação de máquinas têx
teis no p a í s " .p
Para a renovação do equipamento da indústria têx
til brasileira, o referido estudo calcula que seriam neces
sários US$219.80 0.400 dos quais parcela substancial, U S $ .....
128. 582.400 seriam gastos com aquisição- de máquinas e acces-
sórios nacionais.9
Em 19P9, um artigo publicado na Revista do BNDE,
referindo-se ao mesmo estudo da CEPAL, afirma que "o levanta
mento efetuado das máauinas e implementos importados para a
indústria têxtil, de 1960 a março de 1969, evidenciou terem
sido aplicados no setor, ate esta data, um total de US$153 mi
l h õ e s , isto e, 77% da cifra global apresentada pela CEPAL e
SUDENE/BNB, (US$197 milhões de acordo com a Revista do BNDE
citada — M. do A.), chegando a ultrapassar em 80% o montante
calculado para a importação, sem que isso tenha permitido o
reequipamento total do setor, parecendo ate ter-se agravado a
situação de obsolenscência técnico-econômico diagnostica
d a . " 10
Ao obsoletismo do equipamento o artigo em foco a-
crescenta fatores como-"má qualidade da matéria prima, admi
nistração deficiente, carência de técnicos têxteis, deficiên
cia de mão de obra qualificada,...métodos e processos antiqua
dos de produção, etc (os quais)- condicionam a prevalecente de
ficiência operacional do setor. Isto acarreta finalmente, uma
baixa produtividade, conforme.se observa no quadro seguinte:
206
Q U A D R O - 10
B RA SI L E AL G U N S PAÍSES - P R OD U T I V I D A D E MÉDIA HA FIAÇ ÃO - 19'C
(etn Kg/oper Sr i o/ ho ra )
3 R A S 1 L .................................................. 1 . 10 f'2. 3**3
P A D R Ã O L A T I N O - A M E R I C A N O ........................... 4. 300c o l O m ^ i a ............................................... 5.434E U P O P A .................................................. 5. 500E ST A D O S U N I D O S ....................................... 12.400
FONTE: " D e p a r t n m c n t c f Ci:mroercc" USA - 19^0.C i t a d o eic Visar» S i n t é t i c a . .. lec. cit."
Em estudo publicado cn 1971 cor o título "Vesquiso
sobre a Indústria Têxtil do Nordeste"a SUDENE aponta as m e s
mas causas para as atribuições da indústria têxtil dc 'Frasil
c particularmente do llcrdeste, após a segunda Guerra Mundial:
obsolctismo do equipamento, padrões organizacionais deficien
tes, carência de pessoal qualificado. Mo caso do Mordeste ,au.-:
comeca a sofrer na is profundamente a concorrência do centrv >
sul após a segunda Guerra c especialmente na dccada do 60, h á
além disso um desajuste ontre a oferta e a demanda regionais.
A produção nordestina cm 19 59 compur.v.a~se, em cêrca cie 75%,
de tecidos grossos c médios. Quase a metade do sua prv>duçãc
(45%) era exportada para outras regiões enquanto se importava
do sul grande parte dos tecidos finos consumidos na região,
cêrca de 100 milhões de metros anuais.11
A COfTATHIA FfTÓRIO ItíDUSTRIAL DO IttRTr
1TA FASE DF TRAMFIÇflO: 1$47-1562
Nos anos 1947-62, a taxa mpedia anual dos lucros da
Companhia Empório Industrial do Norte sofreu uma queda drásti
ca em relação ao període ajjterior: situnu-se om t o m o dc
26,36%. Se se considera apenas os anos 1951-62, essa taxa
cai para 17,72%. A década de 1950 apresentou-se assim bastan-
207
te desfavorável; em 1957 não houve lucros, c nos anos de 1952
53 e 58 as taxas dc lucros reduziram-se a 4,71%, 7,09% * c
5,76% respectivamente. (Cf. Tabelas).
De um modo geral, os fatores apontados pelos Rela
tórios da Diretoria da Empório Industrial do Morte, como res
ponsáveis pelos insucessos da Enprêsa nesta *;:se, são os mes~
mos alegados para o conjunto da indústria têxtil:altos custas
da materia-prima, dos salários e do maquinãrio, alem da esta
gnação dc mercado.
Para fins de analise dividiremos esta fase cm trõs
sub-períodos:1947/51, 1952/56 e 1957/62.
Entre 194 7 c 19 51 a tax^ media anual dos lucros da
Enprêsa foi de 49,48%. (Cf. Tabelas).
Os fatores dc crise mencionados mais vêzes são: a
queda d a s exportações e a restrição de c r é d i t o 1^; cita-se ain
da os altos pr eços do algodão13 e, ainda em 1947, a falta de
energia no Estado, obrigando a Companhia a dar ferias coleti
vas a todo o operariado e paralisar a fabrica por mais alguns
d ias.1^ Em 1951 ocorreu uma elevação dos salários por decisãr
do Tribunal Superior do Trabalho que, dc acordo com o Relató-
rio de 1952, influem negativamente no resultado do exercí
cio.
Entre 195 2 e 19 56 a taxa média anual dos lucros bai.
xou para 13,^4%. (Cf. Tabelas).
Os Relatórios são parcimoniosos em explicações so
bre os fatores que nestes anos fizeram baixar os lucros da
Companhia. A queda brusca dos lucros em 19 52 é atribuída aos
altos preços do algodão; para 1953 a explicação dada é que as
modificações e montagens do parque industrial teriam impedido
um melhor resultado, embora este fosse maior que em 1952.
Os dois anes seguintes registram uma ligeira melho
ra na situação: a taxa de lucros de 7,09% er. 1953 sobre a
18,79% cm 1954. Era 19 55, entretanto, apesar do aumento da pro
d u ç ã o , a taxa de lucro cai para 17,92%. Em 1956 a taxa de lu
cro é de 18,69%, (Cf. Tabelas), mas o Relatório de 19 57 é pes
simista na avaliação da situação: "fi o mais apreensivo e de
prognóstico o mais sombrio; decorrente que e de causas certa-
2 0 8
T A B E L A - 8
PRODUÇÃO DE TECIDOS DA CEIS NO CONJUNTO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA 1893-1946
B R A S I L B R A S I L
1 «931 8 9 41 8 9 5 1 8 9 6 1 8 9 7 1 8 9 8 1 80919001 9 0 11 9 0 21 9 0 31 9 0 41 9 0 5 1 9 0 61 9 0 71 9 0 81 9 0 91 9 1 0 19 111 9 1 21 9 1 31 9 1 4 191 5 1 “>161 9 1 71 9 1 81 9 1 9 192t l 1 9 2 1 1022 1 9 2 3 1 9 2 *1 9 2 51 9 2 61 9 2 7 1 9 2 «1 9291 9 3 01 9 3 11 9 3 21 9 3 31 9 3 41 9 3 51 9 3 61 9 3 7 19 3 B 19 39 194(11 9 4 11 9 4 21 9 4 31 9 4 41 9 4 51 9 4 6
7.930.000 7.418.008 7.991.935 8.747.566 8.740.425
11.524.600 12.137.240
11.00011.500 11.000 1 0.0008. 500
10.50012.500 12.000 11.000
8.0009.0008 . 0 0 0 9.0009. 740
10.253 10.0176. 533 6. 948 6.163
. 000
. 000
. 0 0 0
.000
. 000
.000
. 0 00
.000
. 000
.000
.000
.000
.000
.2 36
. 490
.431
.574
. 828
. 190
3.589.822 6.844.519
6.192.521 7.906.456 7.646.296 8.443.079 8.360.924 7.774.628 7.021.854
6.399.661 7.95*.171 8. 592. 708
3 . 0 2,8 2,62 .7 2.2 2,6 2,2 2,21.41.5 1 . 5 1.41.01.8 1.9 1,2 1,2 1,1
0 , 81 .1
1.0 l .1 1.0 0.9 0,9 0,9 0,8
0.50.70 , 8
242.087.000
378. 399 . 384. 314. 470. 474. 548. 494 . 584. 587. 522 . 626. 939. 579. 535. 539. 594. 581. 477 . 476. 633. 630. 638. 715. 752. 914. 963. 909. 893. 840. 989.
1.068. 1.414 1.382 1.085 1. 142
619.000710.000989.000345.500783.000302.0001 20.000422.000402.000182.000446.000760.000794.000779.000909.000025.000 .313.000 .951.000 .995.000 .088.000 .893.000 .738.000 .803.000 .814.000 .691.000 .529.000 .766.000 .972.000 .904.000 .168.000 .669.000 .612.000 .336.000 .700.000 .429.000 .151.00
Adaptado de Stanley J. Stein. The R r a a i U a n Cotton Vanufaeturt; textilo «nterpriaa ir an underdtvoloptd area 18S0-1950. Cambridge, Harvard Unívereity Praia, 1957, p . 191-194. CEPAL. The Teztile Induetry in Latin Amerioa 11 - Braail. New York, United Nationa 1963 p . 17.
monte de n a t u r i a poli tico-administrativa, somente procurar
se-a dominar apos, talvez, triste experiencia sacrificador-'
das nossas economias, como e dos moldes nacicnais.
É esta a situação em aue se debate, atualmente a Ir.
Austria:
0 Executivo Federal, /> pretr-xto de debelar a i nfla
ção, ao mesmo tempo que rostrin<?.*u c Crédito Bancário, decrv-
tou o S-il^rio Mínimo, obrigando, assim, a Industria a produ
zir mais onerosamente e sen os recursos do crédito. Enquanto
istc, as grandes compras realizadas pelos atacadistas, antes
do novo salario e o retardamento do esc'/.tarento destas merca
dorias em poder dos comerei-inte s , estagnaram o mercado de te
cidos. Nestas condições, com a depressão das compras, por mê*
ses seguido s, foram-se esgotando, cada v e z mais, as reservas
da Indústria, que passou a viver um regime de quasi asfixia,
de todos c onhecido e por todos sentido, mas que o governo
não procura, por medidas adequadas, dominar em seus efeitos
perniciosos; senão em resguardo de uma dc suas naioros fontes
de receita tributária, ao mesmo cm garantia da manutenção
salário de milhares de operários, ameaçados da mais crua mirs_
ria, considerando seja o extremo aniquilador a que podorã
gar semelhante situação".16
Aqui, portanto, são dois os fatores apontados:
aumento salarial c a restrição do crédito.
Entre 19 57 e 196? ? taxa média ar.ual de lucros foi
de 17,82%, um pcucc mais alta que nos cinco anos anteriores5
porém mais baixa aue no início do período 194 7/51. (Cf. T a b e
las ).
Em 1957, não houve lucros. 0 Relatório relativo f>.
este ano a f i m a que "0 resultado negativo apresentado neste
exercício, está infelizmente, coerente com os dados e pro
gnósticos constantes do nosso Relatório referente ao exercí
cio de 195fi, a despeito de todos os nossos esforços, no sen
tido de neutralizar as causas que então se apresentavam a
justificação de tais prognósticos.
Foi-nos absolutamente impossível cobrir um aumento
considerável no custo, quando o mercado de tecidos, brusca-
209
mente estacionado na época, não nos permitiu a corespondente
cobertura nos preços dc venda (que) sg mantiveram equivalen
tes aos de 1955, (.enquanto), os diversos encargos cresceram
de maneira assustadora... "17
Os encargos mencionados são: salários e ffeguror õr.
acidentes de trabalho, cembust?veis, anilinas e energia;nlc:
desses e n c a r g o s , ha uma referência a insuficiência da trans
formação no maquinãrin realizada nos últimos seis a n o s .
Apesar de todos esses problemas ha perspectivas dc
superação da crise fundamentadas "na melhoria gorai do merca
do no seter de vendas, no aumento que se observa gradntiv.?,
mas firmemente, nos preços de venda; redução sensível na prç>
dução nacional de tecidos; algum escoamento para o exterior,
cor. tendência a aumentar, pelo restabelecimento de mercados
anteriormente perdidos; ajustamento interno e drástico nas
fábricas, tendo em vista não apenas as circunstâncias preser.
tos. mas principalmente as futuras".1'0
F.m 19 5 8 "apesar da reação do negócios observada, o
aumento de preços, no que vendenos, não pode suportar o au
mento de preços do que compramos, com a obrigação, ainda, dc
amortizar ou saldar, encargos anteriores, o a imperiosa ne
cessidade de prevêr dificuldades futuras, invertendo verbas
em racionalização de trabalho, dispensa de operários e m e
lhoria de material em trabalho"1^. (Pelatório, 19 59).
A taxa de lucros em 1958 foi de apenas 5,76%. (Cf.
T a b e l a s ).
A partir de 19 59, os lucros sofrem um pequeno au
mento embora o Relatório referente a êste ano continue a men
cionar os aumentos nos custos.20 fí a época de aceleração do
processo inflacionário; de acordo com Baer "a inflação bras:L
leira aue se seguiu à guerra não foi uniforme, tendendo a va
riar de ano para ano, embora as taxas de inflação • fossem
mais altas no fim da década de 50 do oue no período ante
rior" .21
Em princípios de 19 60 a Companhia dirigiu um pedi
do de financiamento para aquisição de maquinário ao Banco
do Nordeste do Brasil, visando diminuir os custos da produ-
210
oão e melhorar a qualidade do produto. Neste ano, apesar da
taxa de lucro atingir o ponto nais alto (34,0 3%) desde 19 50 ,
(Cf. Tabelas), os diretores, através do Relatório»mostram-sr
cautelosos e preocupados com a modernização da Empresa. Afir
ma que "Tal como anteriormente, não nos permitimos um otiri.-:
mo face a tal resultado, e mais do que nunca, nos temos e m
penhados numa luta persistente e constante, no sentido dc-
dotar esta Companhia, de alto padrão técnico administrativo,
que lhe permita, quanto antes, atingir uma situação sólida
e capaz de e n rrentsr oualquer anormalidade que as c i rcuns
tancias possam c r i a r . "22
Afim do atingir a meta de um elevado padrão técni
co-administrativo o Relatório do 1961 enumera uma série de
medidas: "Para isso não temos descuidado de prescrutar ass.i
duarente o mercado de tecidos, nas suas diversas • e.v*-lecti
vas , face à enorme diversificação de artigos procurados pro
movendo radicais e profundas modificações quer por iniciati
va própria ou por orientação de firmas especializadas.adqui
rindo tanto ouanto nos permitem os nossos recursos financei
ros, novos equipamentos de fabricação ou manut e n ç ã o , procu
rando melhorar «;-ê*ntú nos p e m i t e , o escasso mercado do. tra
balho bahiano, ou seja a mão de obra, indo buscá-la, quando
necessário, em outros Estados.
Cumpre-nos salientar que adauirimos uma instalação
completa de Estamparia de Tecidos, sendo a primeira e única,
r.o momento, a ser instalada em nosso Estado, e no tipo no
Pais. Esperamos inaugura-la ate o meado do proximo ano."
No exercício d e 19 61 foi inaugurada a nova insta
lação de estamparia, e, ao mesmo tempo o Conselho da Fazenda
deu parecer favorável ao pedido do isenção de impostos para
os artigos estampados. A SUDEME por sua vez concedeu cm 10
de janeiro do 1962, isenção de 50% do Imposto de P.enda que
incidisse sobre os lucros tributáveis, até o exercício dc
1968.24
0 Relatório relativo ao ano de 1962, c otimista;
anuncia melhoramentos consideráveis, tais como a produção dc
tecidos com 90 centímetros de largura pelos teares automáti-
211
cos H0lTA r e c e m - i nstalados, alem da colocação no mercado dos
tecidos estampados e flanelados. Menciona também a compra de
maquinário com recursos da própria Empresa.
Em novembro de 19 6 2 a Companhia apresenta ã SUDENL
projeto de reequipamento, solicitando empréstimo para a su ■
execução ao Banco do Mordeste do Brasil. Pretende-se com is
se reequipamento atingir condições técnicas idênticas ãs me
lhoros fábricas têxteis do p a í s . 0 futuro é encarado com con
fiança: "0 mercado de tecidos apesar da intraquilidade políti^
ca reinante durante o exercício findo, se manteve firma e com
preços em ascensão. Acreditamos conforme opinião da CEPAL que
a demanda de tecidos n^ Brasil, será superior ã produção, ca
so o crescimento da demanda e da produção se mantenham no mes»
mo ritmo dos 10 últimos a n o s . " 2 ^
0 otimismo quanto ao futuro, expresso no Relatório
da Diretoria da Companhia Empório Industrial do Morte de
19 62 , pareceu justificar-se no ano seguinte quando, não só
teve prosseguimento a aquisição de maquinãrio moderno, mas a
Empresa teve aprovado pela SUDEME e BNB o seu projeto indus
trial.26
A SUDEME considerou a Empresa como "prioritária pa
ra o desenvolvimento do Nordeste e merecedora das vantagens
do artigo 34" o que permitiu o >?umento do capital em C r $ .....
275.000.000,00 pela utilização dos recursos depositados no
Banco do Mordeste do Brasil S.A. com fundamento no artigo 34.
Além disso a SUDEME concedeu isonção de depósitos e direitos
para importação de todo o equipamento estrangeiro constante
do projeto industrial no valor de USá 748.000.000,00.27
Com o Banco do Mordeste do Brasil S.A.,ao mesmo tem
p o , encontrava-se em fase de contratação um emprestimo no va
lor de Cr$ 1.170.000.000,0 0, a ser pago em dez anos com tres2 8anos de carência. °
Através desse mesmo Relatorio, a Diretoria agradece
a "recepção dada pelos antigos e novos Acionistas ao nosso au
mento de capital de 240.000 ações ordinárias, no valor no
minal de Cr$ 1.000,00 cada, para atender as necessi-
dades do Projeto Industrial, superando as nossas expectati
vas e permitindo-nos, em curto prazo de tempo, ter aquele au
mento completamente subscrito".29
A COFPAITFIA Er CRISE PEPJTÍJENil .
19P3 - 1?73
E m 1963 a taxa de lucros da Companhia • foi í de
20,44% e em 1964 de 18,33%. Ho período 1963/73 a taxa média
anual de lucros foi de 3,52%. A partir de 1S65 não houve mais
lucros. (Cf. Tabelas).
Em 1964 a política financeira tío governo de comba
te a inflação foi apontada como motivo da paralização do m r
cado de tecidos. Em consequência desta política, a indústria
toxtil, que comercializava a sua produção através dos a t a c a
distas, vc diminuirem as suas vendas, uma vez que estes ,afiri
de sobreviverem reduzem suas compras a um mínimo, passando r
fazer uso dos seus estoques. Em conseouência os industriair
estocavam seus produtos e reduziam e produção.30
Neste mesmo ano de 10 64 foi assinado o contrato de
financiamento com o Banco do Nordeste o qual previa inver
sões de Cr$ 1.275.000.000,00 e mais US$ 759.000,00 provonien
te do empréstimo do BID que, reduzidos ã taxa do dia, 29 d**,
setembro de 1964, e adicionados ãs inversões em cruzeiros,to
talizaran Cr$ 2.6 56.3 80.000,00. Do total destas inversões,de
acordo com o Relatório, "Cr$ 2.081.380.000 serão financiados
pelo Banco do Nordeste do Brasil S.A., na época, o maior fi
nanciamento concedido, e os restantes Cr$ 565.000.000,00 com
recursos provenientes de aumento de capital inclusive C r $ ...
275.000.000,00 relativos aos artigos 34 e 18 das leis da SU
DENE" .31
Este Relatório, apresentado ã Assembleia Geral Or
dinária dos Acionistas em 30 de abril de 1965 ainda e otimÍ£
ta, demonstrando confiança no futuro da Empresa pois, "c con
sumo de têxteis, do Brasil, é nó momento superior à produção
e acreditamos, serão as compras normalizadas provavelmente to
213
segundo semestre do ano em curso, con vantagens p *ra aquelas
industrias que conseguirem passar por esta fase de des capi-
ta.lizacao e alcançarem a bonança num regime político finan
ceiro estável, com merendo firme c a s s e g u r a d o " .
Embora o Relatório do ano seguinte constate quo
não foram alcançados os resultados almejados o tom geral é
de t r a nquilidade,ana.lizando-se a política financeira adota
da: "A nova ordem econômica em implantação no Brasil pelo
Governo Federal, no sentido do disciplinar todas as ativida
des econômicas e debelar a inflação trouxe, no período findo
em dezembro, reflexos incontroláveis nas operaçles econômi-
co-sociais das Empresas.
Nao tondo ha vido tempo para substituir com recur
sos p r ó p r i e s , ou créditos a custos baixos e a longo prazo,
o nosso Capital de Giro (que era no regime inflacionário van
tajosámente sustentado por créditos a curto prazo, pôsto que
a valorização dos estoques devido ã inflação era superior ao
custo da manutenção destes mesmos estoques) passou a ser uma
fonte do despeza, onerando o custo da produção cm mais do
1 0%.
Houve aumento de valor do ativo realizável, pois
a comercialização dos nossos produtos não se deu no 'ritmo
desejado, não nos permitindo diminuir nossos estoques cus
teados então com materias primas, mão de obra e enorgia mais
c aras.
0 compromisso assumido com a assinatura da Porta
ria 71, aue não se podia deixar de atender, não permitiu se
ajustassem os preços de venda com a velocidade requerida pe
los aumentos de cu-tc do produção. A guerra de preços entre
as fábricas no 29 trimestre, cada qual lutando pela sua so
brevivência, não nos permitiu colocar nossos produtos a pre
ços mínimos justos.
Alem do já exposto, nosso custo foi onerado pelos
juros pagos com empréstimos a curto prazo, contraídos para e
vitar parada na execução do nosso Projeto de Reeauipamento c,
com a queda de rendimento industrial passageiro, de corrente
de interrupções para substituição dos equipamentos e cons-
- -J 214
truções civis.
Os motivos acima mencionados, nao nos permitiram
alcançar neste exercício o resultado almejado. Mas seja ost.
a nossa contribuição para r e t o r n a m o s a uma Conjuntura eco-
nomica normal e o onus para alcançarmos o reequipamento dc
nossa fábrica que deverá em futuro breve, proporcionar re
sultados compensadores".33
Eir 1966 e 1967 a política financeira do governo
cortinuava a ser o fator fundanontal para o mau desempenho
da Empresa, a julgar pelos Relatórios referentes a esses a-
n o s . 34
Em 1968 apontou-se "as condições adversas no mer
cado têxtil, principalmente no dc tecidos de algodão, com as
vendas em declínio e a consequente acumulação de estooues".
como fator explicativo d a crise.35
Entre 1966 fi 196 8 os Relatórios expressam ainda um
certo otimismo, apesar da não existcncia do lucros, baseado
principalmente na próxima conclusão da reforma do maquinãrio
e na assistência dos órgãos oficiais.
E m 1966 a Empresa "por seus próprios recursos e
de seus acionistas conseguiu um aumento do capital no mon
tante de NCr$ 2.0 80.000,00 sendo ííCr$l. 510. 000 ,00 com u t i
lização de Reservas e Reavaliação de Ativo e NCr$ 57ü.OOO,OC
mediante emissão de novas ações preferenciais o ordinárias".
Além disso a SUDENE deferiu o pedido de "recomposição de ca
pital do trabalho no valor de NCr$ 956.000,00 em fase de ar-
regimentação de depositantes, no momento". 3Í‘
No Relatório relativo a 1967, depois de expor comc
a Comoanhia foi obrigada a vender grande parte da produção
a preços não compensados e ao mesmo tempo desenvolveu esfor
ços para concluir o projeto de reequipamento e criar mercado
para a nova linha de produção, a f i m a - s e que, embora esses
fatores não tenham permitido o resultado almejado, oontftrse
cono certo com a compensação pelos esforços, uma vez que,
"nosso otimismo é fundamentado principalmente, pela sempre
crescente aceitação pelo mercado dos novos tecidos, como tam
bom pelo aumento constante do nosso rendimento industrial,216
p or ternos concluído, no exercício findo, o nosso projeto de
reequipamento".37
Ainda neste Relatório (19G8) a Companhia expressa
o agradecimento d? Diretoria ao Banco do Nordeste do Brasil
S.A. e SUDENE pela colaboração financeira prestada, exempli--
ficando con a liberação do processo de Capital de Giro no
montante de NCr$ 844.98 8,00. Por reouisição da SUDENE a Com
panhia efetuou tawbem um aumento de Capital, com reserveis ,no
valor dc NCr$ 179.500,00, eauivalente a 5% do Capital.3 '
Em 1958 sao instaladas duas máquinas enroladciras,
ar; últimas que faltavam para a conclusão do Projeto de Ree
quip amento.3 ®
Afirma-se no Relatório relativo a 1969 que a mo
dernização do maquinãrio colocou a Empório entre as primei
ras fábricas do país, embora trouxesse também problemas com
plexos. Neste ano, outra fábrica de tecidos da Bahia, a Com
panhia Valença Industrial presta ã Empório Industrial do Mor
te serviços técnicos e administrativos. Contratou-sc também
os serviços da Price Watter House que premoveu a revisão dc
todo o processo contábil. Deliberou-se também, para saldar
os débitos da Empresa "efetuar uma desmobilização o que,quan
do concretizado dará para normalizar a situação e propiciar
ainda a criação de um capital de giro".40
Acrescenta-se que 11 Como vêem os senhores acionistas
apesar dos percalços e d ificuldades a recuperação da Compa
nhia é um fato e há que ser conseguida o mais breve possí
v c l " .41
Segue-se agradecimentos ã colaboração prestada pe
lo Ministro Delfim Neto, Banco do Nordeste io Brasil S.A. ,
Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia, Banco do Estado
da Babia, Banco Econômico da Bahia S . A . , Banco do Estado do
Sio Paulo S.A., Banco Itaú América S . A . , Bank of London, Com
panhia Energia Elétrica da Bahia, Companhia Valença Industri
al e "à b oa compreensão dos fornecedores, bem como a dedica
ção dos funcionários e operários".*2
Os Relatórios referntes aos anos de 1970 e 1971
são extremamente suscintos4 4 , limitando-se, a além de apre-
217
sentar os Balanços anuais, expressar agradecimentos aos <5r-
gãos oficiais pela assistência prestada ã Companhia.
Em 2 8 de fevereiro de 1972 a fabrica paralisa os
seus serviços assim permanecendo ate a 2a. guinzena de abril
de 197 3 auando vcltou a funcionar, a partir de julho a Com"
panhia tem nova direção, uma vez oue fora vendida a um grupo
do sul do pais, o Atlântico Sul-Comercio, Exportação o Im
portação S. A.
Os Relatórios relativos a 1972 e 197 3 são publica
dos er 1974. 0 primeiro é extremamente lacônico, limitando -
se a declarar que "Cumprindo determinação legal, estamos a~
presentando o Relatório do exercício findo cm 31.12.197 2.
Fazemo-lo em termo de continuidade do nosse traba
lho de recuperaçao da empresa de vez que do aaumirmos a sua
direção, encontramos o balanço de contas de 1972 pronto, mas
sem publicação.
H o u v e , ã epoca, renúncia da diretoria anterior, fi
cando a onpr eza sob a a'Ininistração de um alto enpregadc.
Assinamos o balanço de contas no cumprimento de
formalidade estatutária e o apresentamos ã deliberação dos
Srs. Acionistas".*5
0 Relatório referente a 1973 descreve a situação
da Empresa:
"£ com a mais viva satisfação que submetemos a V.
Sas. nosso primeiro relatório de atividades ã frente desta
Empresa, acompanhaado do Balanço Geral e Demonstrativo de
Lucros e Perdas do exercício de 197 3.
Como se recorda, a Companhia Empório Industrial do
Morte vinha, havia alguns anos, decrescendo seu ritmo de pro
dução, até total paralisação de suas atividades, e assim per
maneceu durante desoito meses.
A par do problema social que representava, pois da
Empório dependiam diretamente quase mil famílias, esta Empro
sa constituia-se grave problema econômico, com um Passivo E-
xigível da ordem de Cr$ 42,8 milhões. Ademais, até 31.12.71
oneravam a Organização, dc acordo com o balançc daquela, da
ta, Cr$ 9,3 milhões contabilizados nas rubricas "Despesas Di
feridas" e "Acumulado no Exercício" do Ativo Pendente, agra
vado com um Prejuizo de Cr$ 4,0 milhões gerado no ano ■ de
1972.
Em julho do. 197 3, nosso Grupo liderado pela Empre
sa "Atlântico S u 1-Comercio, Exportação e Importação S.A."ad-
auiriu o controlo acionário da Empório, assumindo sua admi
nistração. A partir de então, inpumeros medidas foram postas
em prática visando o reinicio das atividades, a reorganiza
ção e o saneamento financeiro.
Em relação a este último aspecto, destacamos com
satisfação as providencias adotadas para liauidar o Passivo
Fiscal de Cr$ 9,5 milhões que ainda seria onerado com juros,
multas e correção monetárias junto à Receita Federal, Previ
dencia Social, Estado da Bahia e Prefeitura de Salvador.Ini
ciamos , e já se encontram em fase conclusiva, processo de
doação de imóveis aquelas Instituições, en sua naicr parte
de propriedade de acionistas, cujo valor será incorporado aos
recursos próprios da Empório.
Com essas medidas, em substituição a um Passivo
Exigível que crescia em progressão geométrica cm consequen-
cia dos juros, multas e correção monetária devidos, teremos
substancial reforço do Capital Social, fazendo desaparecer
das exigibilidades sua principal parcela.
Junto ao Banco do Nordeste do Brasil S . A . , obtive
mos o prazo de dez anos, com dois de carencia, para liquidar
o empréstimo para investimentos, contraído em 1964, que não
teria condições de ser pago no prazo original, por força
dos fatos que ocorreram antes de junho de 197 3. Com essa im
portante concessão, a dúvida será autoliquidável, pois espe
ramos ter condições de pagá-la com os lucros advindos de in
vestimento feito.
Também promovemos reavaliação de termos urbanos de
propriedade da Empório cujos valores históricos estavam to
talmente des as soei idos da realidade. Embora o cálculo tenha
sido feito em bases conservadoras, permitiu amortizar os pre
juizos acumulados e a quase totalidade do ocorrido em 1973
em face da ausência de atividades da Empresa no primeiro se-219
mestre daquele ano.
Por outro lado corrigimos o valor dos equipamentos
adquiridos com o emprestimo de longo prazo do Banco do Mor
deste, anteriormente contabilizado pela taxa de cambio dc
dia de aquisição.
Com tais medidas, e tão logo sejam concluídos cs
processos da daçao em curso, teremos promovido o total s ü "
n e amento financeiro da Empório, liauidando er. seu Passivo E-
xipivel importante parcela de créditos privilegiados de ter
ceiros .
Nossa ação também ven sendo desenvolvida no campo
administrativo ende estamos promovendo total reorganização
com nova definição de atribuições, poderes e responsabilida
des, fixação de políticas e normas de procedimentos interno,
racionalização de métodos de trabalho, etc.
0 uanto a parte industrial propriamente dita, es
tamos promovendo estudos dc profundidade sobre os equip a m e n
tos, instalações e pessoal ocupado, afim de estabelecer pro
grama de produção que assegure utilização plena do parque fa
bril, equilíbrio entre os centros produtivos e eficiência rrj\
xima dos fatores de produção.
Atenção especial estamos dedicando as instalações
de acabamento para, a par do acréscimo quantitativo deseja
do, obter também aumento qualitativo dos tacidos de nossa f¿
bricação, com reflexos altamente positivos no faturamento e
no peder de competição do mercado.
Mão poderíamos encerrar esta exoosiçao sem exter
nar nossos agradecimentos ãqueles que possibilitaram a im
plementação das medidas relatadas; empregados, clientes, for
necedores , estabelecimentos de crédito, e, ruito especial
mente ãs Autoridades Covernamentais representadas pela sua
Superior Administração e Equipes T é c n i c a s , dentre as quais
destacamos o Banco do Nordeste do Brasil S.A . , Receita Fede
ral, Instituto Nacional dc Previdência Social (INPS), Gover
no da Bahia , Prefeitura Municipal de Salvador e Banco de De
senvolvimento do Estado da Bahia - DESENBANCO, a quem apre
sentamos nosso sincero reconhecimento.
? 2 n
Permanecemos a disposição de todos para quaisquer
esclarecimontos adicionais.
A Diretoria".4 6
Os últimos Relatórios deixam entrever, mesmo q u a n
do seus autores tentam manter uma aparência de tranquilidade
um certo clima de fim de época.
Muitas tentativas foram feitas afim dc que a Cia.
Emporio Industrial do Morte nao sucumbisse enquanto empresa
baiana tradicional.
Não so através dos Relatórios mas também através
dos b a l a n ç o s , ao se examinar as proporções do Ativo Imobili
zado em relação ao Patrimonio Líouido, percebe-se o esforço
realisado para a modernização da Fabrica. Em 1949, as c o m
pras de maouinário pesan, fazendo con que o ativo imobiliza
do supere o Patrimonio Liquido; nos anos seguintes, conti
nua-se adquirindo maquinãrio. A intenção ê remodelar a fábri
ca, diminuir o número de operários c passar a fabricar teci
dos de melhor qualidade. Ao lado do ir.aquinário ing l ê s ,muitas
máquinas adquiridas são alemãs. Em 1957 e 1958 novamente o A
tivo Imobilizado volta a superar o Patrimonio Líquido. Pre
tende-se fabricar uma nova linha de tecidos, mais finos;após
esses anos, só a partir de 19G5, até os últimos anos, o Ati
vo Imobilizado volta a superar o Patrimonio Líquido: foi a
época d? grande reforma ao fim da qual a Fabrica esteve pa
ralisada, quase dezoito meses.
Contudo não foi só o maouinário que pesou. Durante
a década dos 60, ao tempo em que se renova o maquinãrio cri
ou-se uma nova linha de produção e simultaneamente adotou-se
no país uma nova política econômica que viria a golpear em
preseis nacionais cuja situação não fosse bastante solida.
A aplicação de uma política deflacionista no m o
m ento mesmo em que a Empresa atingia o ponto culminante na
modernização do seu maquinãrio, além do fato de estar também
em pleno processo de mudanças na linha dc produção,funcionou
como um golpe de misericordia.
Evidentemente a Empresa tinha se atrasado bastan-
221
te, desde fins da 2a. Grande Guerra, na modernização do sou
maoui n a r i o . Prova-o o f.->+o de oue sõ na década dos 60, se
instalaram teares automaticos que funcionarão ainda durante
uns poucos anos, ao lado dos teares instalados em 1891-9 3.
A situação interna da Empresa nos anos 60 pode ser
percebida através dos resultados das analises de seus balan
ços .
A participação do Passivo Real no Patrimonio Lí
quido, aue já ultrapassara 100% nos anos críticos de 1957-59#
volta a subir a bem mais de 10 0% em todos os anos a partir
de 1965. A aplicação de capitais de terceiros (Passivo Real)
superou o Ativo Real em 19 71-72. 0 Ativo Imobilizado, aue
já supera o Patrimonio Líquido em 1957-58, volta a faze-lo
em níveis muito mais altos a partir de 1965.
Outras causas para as dificuldades da Empresa não
parecem ter existido. 0 numero de operários, conforme fora
planejado, diminuirá de 1.500 em 1936/37 para 811 em 1958. .
Al ãr. das causas internas, as dificuldades da Em
presa se explicarão sobretudo pelos rur.os tomados pelo pro
cesso econômico do país.
Numa fase de integração e racionalização do siste
ma industriais tradicionais em regiões como Mordeste tem si
do adauiridos por grupos mais poderosos, seja do exterior se
ja do centro-sul do Erasil. A tendência crescente no sentido
do domínio do mercado por grandes corporações leva antigas
empresas ou a se integrarem com os grandes grupos ou, sim
plesmente, a desaparecer.
CONCLUSÕES
— Mos anos 1947-1962, a indústria têxtil brasi
leira beneficiou-se em menor escala que outras industrias
dos frutos da política desenvolvimentista.
— Esgotadas as possibilidades de substituir im
portações e tambem de exportar para o exterior, as fábricas
de tecidos aue nesse ínterim não modernizaram seu equipamen
to ou aumentaram sua produtividade estavam destinadas a per-
222
der a cada dia a luta polo mercado.
— A Companhia Emporio Industrial do Norte, apesar
de ter iniciado a reforma do seu maquinarlo após a 2a. Gran
de Guerra, so na decada de 60 a intensifica; teares automá
ticos, por exemplo, so foram instalados a partir de 1962;
— Essa modernizaba- tardia poderá ter tornado a
Empresa mais vulnerável a multiplicidade de fatores mencio
nados nos Relatorios como responsáveis pelos insucessos nes
ses anos.
CONCLUSÕES GERAIS
1) A fábrica da Boa-Viagen, propriedade da Compa
nhia Emporio Industrial do Norte, foi urna das maiores fábri
cas de tecidos do Brasil até 1946.
2) O volume de sua produção atingiu seus maiores
níveis entre 1891 e 1918 e somente en raras ocasiões, poste
riormente, voltaram a ser igualados.
3) Os lucros atingiram ponto mais altos durante
a Segunda Guerra Mundial, declinando continuamente até q u o ,
a partir de 1965, a Companhia tornou-se cronicamente defici-
t á r i a .
4) As grandes crises mundiais do século XX tiveram
efeitos algo diverso sobre seu desempenho:
la. G PANDE GVF.PBA :
a) a produção aumentou en relação aos anos anterio
res
b) a taxa de lucros declinou em relação ã fase an
terior, o aue pode ser atribuído tanto ã excessiva dependen
cia em relação aso fatores de produção importados da Europa
(anilinas, produtos químicos, combustíveis, peças para repo
sição, etc.) como também, no plano interno, ao aumento dos
preços da matéria-prima.
223
DEPRESSÃO DOS AT10S 30:
a) A recuperação, apos os anos em que a crise se
fez sentir de maneira mais aguda (1929/30) se fez rapidamen
te;
b) Durante a decada de 30, embora a produção cai£
se ligeiramente, a taxa de lucro continuou a aumentar, man
tendo-se a tendência, que se iniciara em 1923, de ; redução
das despesas;
2o. GRANDE GUERRA:
De acordo com os dados disponíveis, a produção man
teve-se, na melhor das hipóteses, estacionária, enquanto cs
lucros atingiram as mais altas percentagens em toda a vida
da Empresa. 0 fator negativo que pode ser destacado são as
constantes interrupções do trabalho devido a defeitos no ma-
ouinãrio, para o qual não se oodia conseguir peças de repo
sição .
5) A concorrência dos tecidos estrangeiros é um
fator que só pode ser considerado como importante até 1930.A
partir dessa data os concorrentes da Empresa são as grandes
fábricas nacionais, especialmente as do centro-sul dc país.
6) A diminuição e posterior estagnação do volume
da produção da Europa, a pós 1925, sugere uma perda paula-
tiva da posição que até então desfrutava no mcrcado nacional.
7) Esta perda de posição pode se explicar conside
rando deis aspectos:
a) a perda de posição da Empresa n ão é senão um
caso exemplar de uma situação geral, qual seja a perda de po
sição da Bahia no cenário da economia nacional, e particu
larmente do seu setor industrial.
b) A Empresa, cuja produção era colocada em grande
parte no sul (Sao Paulo e P.io Grande do Sul) sofreu ante o
desenvolvimento industrial paulista que limitou sua capacida
de de expansão não só no sul, como nas últimas décadas no
próprio nordeste.
8) A partir do fim da 2a. Guerra ?4undial, um ccrto
225
atraso na modernização do sou equipamento constituí-se en
outro fator de perda de posição; esse atraso tecnológico re
fletiu-se no tipo de produção: tecidos mais finos começaram
a ser produzidos demasiado tardiamente, auando o mercado pa
ra esse tipo de tecidos jã estava em mãos de fábricas do sul
do país.
9) ^ política econômico-financeira,coincidindo com
o auge da reforma do maquinário da Empresa e com o início do
processo de mudanças na linha de produção, que visava fabri
car tecidos finos, agravou a situação, e, não obstante a aju
da dn SUDENE e BNB, a Empresa tornou-se cronicamente defici
tária a partir de 19 65.
10) Contudo, para explicar de maneira mais completa
sua presente situação seria necessário não só o exame nais
detido de fatores internos ã própria Empresa, -especiàlmonte
nos aspectos administrativos-organizacionais, mas também o
aprofundamento do exame das tendências mais recentes da evo
lução econômica do Nordeste no contexto brasileiro.
?2B
*BAER, Werner. A industrialização e o desenvolvimento c- conômioo no Brasil. Ric, F.G.V., 19 6 6 , p . 74.
2 IDEM, IBIDEM, p . 77.
3BAER, W e r n e r e VILLELA, Annibal. "C res ci m en t o In d u s t r i
al e I n d u s t r i a l i z a ç a o : Revisões nos Estagies do ’.Deeenvolii- m e n t o E c o n ô mi c o do Brasil" em Dados n9 9, 1972, p . 120.
A " VIS ÃO S I N T É T I C A DA INDÜS TR IA TÊXTIL BR ASI LE IR A" em Revista do BffDE n9 2, Jul./Dcz. 1969.
5 " R E C U P E R A Ç Ã O DA INDÜ STR IA tSxtIL" em Desenvolvimento e Conjuntura, n9 6 , J u nh o de 1962, p . 23.
^IPIDEM, p . 29.
7 IPIDEM.
r iPIDEM, p .23-45.
' IPIDEM.
10V IS Ã O S I NT É TI C A DA INDÜS TR IA TÊXTIL BRAS IL EIR A em loc. ci t . .
^^SUDENE. Pesquisa cobre a Indústria Têxtil do Ilordeste. Recife, 1971, p . 26.
1 2 CEIN. Relatórios de 31. 3.1948. Bahia, P a p e l a r i a DoisM u n d o s , 1940,
'CEIN. Relatório p u bl i ca d o no Diario Oficial dc 27 dem a rç o de 1949.
CEIN. Relatório de 31.3.1950. Tahia, P ap e l ar i a Dois
Mundos, 1950.
1 3CEIN. Parecer do Conselho Fiscal de 28.3.1951. Bahia,
2^.3.1951.
CEIN. Relatório de 28. 3.1952. Pahin, Pa p e l a r i a Dois
M u n d o s , 1952.
1 4 CEIN. Relatório de 31. 3. 1948. Bahia, Pa p e l a r i a Dois
Mun do s, 194 0.
1 5 CEIN. Relatório de 28.3.1952. Bahia, P a p e l a r i a Dois
M u n d o s , 195 2.
lflCEIN. Relatório de 23.4.1957. A pa r ti r de 1956 os R e latórios não trazem o local nem a ed it o r a em que fo ra m im
pre ss os .
M O T A S
227
* 7CEIN. Relatório de 28. 4. 19S8.
i r1 ir.IDEM.
1 9 CEIN. Relatório de 11.4.1959.
jnCEIN. Relato-no de 11.4.1980.
2 1 BAER, Werner. Op.cit., p . 127.
2 2 CEIN. Relatório de 14.3.1981.
23IPIDEM.
2A CEI>\ Relatório de 12. 3.1989.
2 5CEI!J. Relatorvo pub li cad o no Diario Ofi ci al de 5 de
m a rç o de 1963.
2 *CEIN. Relatório de 30.4.1984.
2 1iriDEM.
2 P.IPIDEM.
29IPIDFM.
3 0 CEIN. Relatório de 30.4.1985.
31J IPIDEM.
32iniDEM.
33I P I P E M .
3A CEIN. Relatório de 23. 4. 1987.
— . Relatório d e 13. 4. 1988.
3 5 CEIN. Relatório de 30. 4. 1989.
3^ CEIN. Pelatório de 28.4. 1987.
3 7 CEIN. Pelatório de 13.4.1988.
3 °-J IPIDEM.
3 9 CEIN. Relatório de 30.4.1989.
*°CEIN. Pelatório de 25.4.1970.
A1i r i D E M .
4 2 IPIDEM.
4 3 CEIN. Relatório p u b l i c a d o no Diari o O fi c ia l de 4 de
maio de 1971.
CEIN. R e la t ó r io pu b l ic a do era A TARDE de 25.7.1974.Os Rel ató ri os referentes aos anos de 1971, 72 e73 foram public ad os era 1974.
A 5 iriDEM.
4^CEIN. R e la t ó r io pu b li c a do em A TARDE de 25 .7.1974. (tg fe rente ao e x e r c í c i o de 1973).
230
A R Q U I V O S
rpouivn do fstadq da bah ía (a e b i
- PRESIDENTES DA PROVÍNCIA: PALAS E RELATÕPIOS 1648-1888
- GnVFPMADOP.ES. VEySArrFNS 1891-1RF5- SfCRFTAPIA DE AGRICULTURA, COMMFPCIO, INDUSTRIA, VIAÇAO E
OBRAS PUBLICAS - RELATÓRIOS 1900-1938- ANAIS nn APOUIVO PUBLICO E f'USFU DO ESTADO DA BAHIA. BAHIA,
IMPRFNSA OFFICI/L DO ESTAPO - ANO IX , V0L.13, 1925- P r FSIPENCIA DA PROVINCIA - SERIE AGRICULTURA - FABRICAS. HA
CO AFO? (1329-1*87). MAÇO 4F03 (1839-1PPP)- INVENTÁRIOS - CAPITAL - .MAÇO F?fl, DDC. 3 1 895 - 1924- JORNAIS:
DIARIO DA BAHIA DIARIO DE NOTICIAS JORNAL DE NOTICIAS CO"RFIO DE NOTICIAS A PAHIA A. TARDEm m n OFICIAL
INSTITUTO GFOGRffFICO E HISTÉRICO DA BAHIA
- l.IV"n DF ACTAS DA COMPANHIA EMPORIO INDUSTRIAL DO NORTE189F - l ?d l
JUNTA COHF^CIfL DO ESTADO DA PAHIA-
- rnNTPATOS F DISTRATOS 18FB - 1973
COMPANHIA FMRftR.IO INPUSTRIfL DO NO^TE - ARQUIVO
- pELAT0RIOS DA DIRETORIA flS ASSFMRLÉIAS GERAIS DE ACIONISTASE PARECERES DO CONSELHO FISCAL 18PF-1973
230
- PROSPECTO DE LANÇAÍ4ENTO, EM PASTAS COM DOCUMENTOS HISTÓRI
COS
- DOCUMENTOS HISTÉRICOS - DIVERSOS - PASTA N9 1 - 1896
- DOCUMENTOS HISTÕRICOS - CORRESPONDENCIA, 1896
- LIVRO "DIARIO" N9 1, 1891
- CPE - PROJETO DE REEQUIP/WENTO DA CEIN - 1959, 2 VOLS.
- CENTRO INDUSTRIAL DO ALGODÃO - LIVRO DAS ACTAS DAS ASSEM-
BLEAS GERAES - 21.8.1916 a 22.12.1924
- LIVROS DE REGISTROS DE AÇÕES 1891-1961
- LIVRO DE BALANÇOS N9 1 1893-19 24
231
r i r L I O G R A F T A
AL M EI D A, RÔmulo. "Traços ria Historia E c onô mi ca da Pahia no Ü l t i m o Século e Meio" in Revista de Economia e F inanças, Salv ad or, I ns tit ut o de Econom ic e Finanças, Ano IV, n? 4, 1952.
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236
A N E X O S
/U'FXO 1 - CnMPf.MHIA rriP RIO IPD US TRI fL DO f'OP.TF
r ) /•CIOf’ISTAS 1PP1-1961p.) Tfirs Tpj'rsrrpm/’s isPH-iorr
COMPANHIA EMPÕRIO INDUSTRIAL DO NORTE
ACIONISTAS 1001-1961
ACQUER
1 - Carmen Barboza dos Santos
AGUIAR
1 - Conselheiro José Macedo d'
2 - Alina Magalhaês Macedo
ALBUQUERQUE
1 - Dr. Affonso Pires de Carvalho e
2 - Dr. Urbano Pires de Carvalho e
3 - Commendador Salvador Pires de Carvalho
4 - Conselheiro Dr. Salvador Pires de Carvalho
5 - General Dr. Antonio Carlos Pires de Carvalho
G - Maria Clara Pires de Carvalho
7 - Dr. Salvador Pires de Carvalho
8 - Dr. Aurelio Pires de C arvalho
9 - Pedro Tenorio Carneiro de
1° - Estephania Pires de Carvalho e
11 - José Pires de Carvalho e
12 - Emelina Pires de Carvalho e
13 - Dr. Antonio Pires de Carvalho e
14 - H eitor Pires de Carvalho e
15 - Clothilde Pires de Carvalho e
16 - Oscar Pires de Carvalho e
17 - Hercilia Pires de Carvalho e
18 - Adelaide Lima Carneiro d f
19 - Milton Tenorio
ALMEIDA
1 - Francisco de
2 - Alice
3 - Maria Soares d'
4 - Manoel Joaquim d*
5 - Silvia Pontes Calmon du Pin e
ALVES
1 - Alzira de Carvalho
2 - Maria
3 - Antonio Dias
AMÉRICO
1 - Luis
ANDRADE
1 - Manoel Antônio d*
2 - Salustiano Dias d '
3 - Luiza Amélia da Silva
4 - Anna Vargão de
ANTUNES
1 - João Baptista
AO PORTADOR
ARAÚJO
1 - Candida Margarida Teixeira d 1
2 - Bernardino Vicente de
3 - Dr. Armando Goes de
4 - Joaquim Ribeira
AVELLAR
1 - Julio Pinto
2 - Fortunato Pinho
3 - David Pinto da Conceição
4 - João Antonio da Silva
AZEVEDO
1 - Leonardo Henrique d'
2 - Alberto Soares d'
3 - Ritta Cardoso d*
4 - Candida Chaves Soares d 1
5 - Beatriz Cardoso Costa
6 - Ivone Costa
7 - Clarice Costa
BAGGI
1 - Dr. Jacome Martins
BAHIA
1 - Amelia Borges
2 - Regina Bernardete Borges
BANCO
1 - Banco Mercantil da Bahia
2 - Banco da Bahia
3 - Banco da Bolsa
4 - Banco Nacional Brazileiro
BARBOSA
1 - Agripino
2 - Auto
BARRETO
1 - Constança
BARROS
1 - Francisco Augusto Pereira de
2 - Maria Julia Teixeira de
3 - Domingos Rodrigues de
4 - Adolpho Rodrigues de
5 - Henrique Gomes
BASTOS
1 - Maria de Jesus Moreira
2 - Domingos Moreira Dias
3 - Maria Joanna Moreira
BELCHIOR
1 - Antonio Gonçalves
BITTENCOURT
1 - Polydoro
2 - Otto
3 - W aldir Tarquinio
4 - Jayme Tarquinio
5 - Avelina
6 - Luiz Tarquinio
7 - Maria
- Renato
9 - Cyro
10 - Sarah
11 - Olga
12 - Dagmar Tarquini<~>
13 - Edite Tarquinio
14 - Carmcn Tarquinio
15 - W alter
IP - Polydoro Bittencourt Junior
17 - Licia Violeta Tarquinio
1C - Grasiela Tarquinio
19 - Heloisa Tarquinio
2n - Luiz Alberto Tarquinio
21 - Dora
22 - Ruth
23 - Lina
24 - Diva
25 - Gilberto Tarquinio
26 - Herv ?1 Tarquinio
27 - Rogério Tarquinio
2fi - Maria /'ngelica Tarquinio
20 - Elita Tarquinio
3n - Idelmar Tarquinio
31 - Emilia
32 - Etelvina, Julia, Brasilia, Alexandrina, Odilia
33 - Aida
34 - Adelaide Tarquinio
35 - Noemia Tarquinio
3? - Armando de L enes
37 - Anna Maria de Lemos
3P - Abilio da Silva
30 - Julia Bonfim
40 - Tarquinio Carvalho
41 - Lucia Carvalho
42 - Bittencourt, Polydoro
43 - Maria Helena da Silva
44 - Eliana Maria da Silva Pinto
45 - M i c e Maria da Silva
BITTENCOURT - continuação
46 - Otto Bittencourt Neto
47 - Ana Helena da Silva Pinte
4 n - Solange Maria da Silva
BOARDM/W
1 - J anes P .
BORGES
1 - José Antonio
2 - José Joaquim Leite
3 - Leonor Borges
4 - Dr. José Bahia Diniz
5 - Francisco Amado Bahia Diniz
6 - Alzira Bahia Diniz
BO RN AND
1 - Luis
2 - Herdeiros de Luis
BOTINAS
1 - João Rosa
BRAGA
1 - Manoel Alves da Silva
2 - Ji^sé Jo^auim d'Araujo
BRANDÃO
1 - Antonio José Luis
2 - José Maria Dias
3 - Dr. Rodrigo Antonio Falcão
4 - Domingos D ias
5 - Mario
P - Domingos Dias
7 - Isabel dc Vasconcelos Dias
P - Joaquim Lopes
S - Georgina Dourado Lopes
IP - Carlos Alberto Carneiro
11 - A na Elizabeth Simões
PRITTO
1 - Domingos Affonso de Oliveira
BITTENCOURT - continuação
2 - Francisco de Paula Araujo
3 - Deogracia de Araujo
4 - Maxiniano Satyro do
5 - Amelia Cavalcanti de
fi - Antonina Cavalcanti de
7 - Maria Amelia Cavalcanti de
P - Olivia Cavalcanti de
9 - Everaldino de Oliveira
ln - Antoni^ Roza
11 - Adalgisa Penalva de
12 - Antonio Rosa Britto Sobrinhn
13 - Maria Joaquina
14 - João Rosa
15 - Alberto Rosa
BURITY
1 - Aida Pedreira de Freitas
CAJADO
1 - Arthur Cesar
CALMON1 - Dr. Fr an cisco Marnues de Goes
CALDAS
1 - Yolanda Studart
CAMÕES
1 - Beatriz Pereira da Silva
CAMPELO
1 - N ilcea Chaves
CARDOSO1 - Joaauin Lopes
2 - José Lopes
3 - Maria Julia Rodrigues
4 - Alfredo Rodrigues
5 - Frederico Rodrigues
B - Virginia Teixeira Ribeiro
7 - Luiza Lopes
BRITTO - continuação
CAPDOSO - continuação
3 - Maria da Conceição
CARNEIRO
1 - Paulino Lepes
2 - João P. Lopes
CARRASCOZA
1 - Dr. Pedro da Luz
CARVALHO
1 - Manoel Joaquim de
2 - Aloysio de
3 - João Alvaro de
4 - Júlia de Oliveira
5 - Elvira de
F. - Lucília de
7 - Guiomar de
0 - Adelaide de
9 - Manuel Joaquim de
10 - Carlos Joaquim de
11 - Alfredo Joaquim de
12 - Josc Joaquim de
13 - Armando Joaquin de
14 - Estephanio Pinheiro de
15 - Arthur Pires de
1 R - Anselmo Martins de
17 - D r . Le ov ig i 1 do de
in - Pamnhilo d'Ultra Freire
10 - Eduardo Vaz de
2H - Renato Vaz de
21 - Adelaide Bittencourt
22 - Maria Emilia Pinheira Freire de
23 - Sylvia Pedreira Freire de
24 - Dr. Pamphilo Pedreira Freire de
25 - Helena Bittencourt de
2P - Alice Bittencourt dc
27 - Livia Bittencourt de
2fi - Laura Borges Freire de
CASTRO
1 - Manoel Lopes d'Azevedo
2 - Thomé Pinto de Almeida
3 - José d'Oliveira
4 - Thomaz Guerreiro de
5 - Bertholino Pinto de Almei^a
P - Joaquim Luis de
7 - Dr. Alcides Pinto de Almcir’a
0 - Lucinda Emilia de
9 - Carlos Luis de
ir - Egyr’io Morcira de
11 - José Luis de
12 - 7aira F e m a n d o de
CATHARINO
1 - Bernardo Martins
2 - Bernardo Martins Catharino Jr.
3 - Josauim Martins
4 - Alberto Moraes Martins
5 - Carlos M ertins
P - E^ua rdo Martins
7 - José Martins
!> - Ror’rigf» Martins
0 - Alvaro Martins
l ft - Henriaueta Martins
11 - Ursula Martins
12 - Ursula da Costa Martins
13 - ...... de Sã Martins
14 - Jorge Falcão Martins
15 - Leocadia de Sã Martins
CELLA
1 - Virgilio Della
CERQUEIRA
1 - Maria Josephina de
2 - Dr. Alexandre Evangelista de Castro
3 - Josephina de C sstro
4 - Anna de Castro Cerqueira
CEROUEIRA - continuação , .
5 - Mancèl Luis dei * :
6 - Dr. João Evangelista de Castro
7 - Laurina Pedreira de
CHAVES
1 - Olimpio Máximo
2 - João Soares Chaves
3 - Francisco Mesquita
4 - Herval Ribeiro
5 - Julina Ribeiro
P - Maria Izabel
7 - Antonio Soares
* - Guiomar Marques
COELHO
1 - Adelino Fernandes
2 - Maria Elisa Fernandes
3 - Adelino Fernandes Coelho Junior
COHIN
1 - Jose Abraham
COLÉGIO DOS ORFAOS DE SÃO JOAQUIM
COMPANHIA
1 - Gama e
2 - Costa Gomes e
3 - Duarte Costa e
4 - Anselmo d*Azevedo Fernandes e
5 - Azevedo Fernandes e
P - Affonso Guimarães e
7 - Agostinho Ribeiro e
0 - Brandão Marques e
9 - Costa Irmão e
ln - Martins Guerra e
11 - Costa Santos e
12 - Cardoso e Barroco
13 - Cardoso e Dias
14 - Cardoso e Dias e
15 - C o n d e , Filho e
COMPANHIA - continuação
lf> - Companhia Interesse Público
17 - Companhia Aliança
10 - Liguory e
12 - Moura Guerra, Frasão e
2H - Leonardo d ’Azevedo e
21 - Moraes e
22 - Magarão Irmãos e
23 - Pedreira e Mandin
24 - Pereira e Monteiro
25 - Rodrigues de Moraes e
25 - Silva Moreira e Souza
27 - Fortunato Pinho de Avellar e
20 - Magalhães e
29 - Sociedade Anônima Magalhães
3n - Companhia Predial e Mercantil da Bah
31 - Companhia Urbanisadora
CONCEIÇÃO
1 - Maria Emilia da
CONDE
1 - Manoel José do Conde Jr.
2 - Manoel Cerqueira
COSTA
1 - Antonio José da Silva
2 - José Antonio da Silva
3 - Hermelinda Meirelles da
4 - Antonio Severiano da Costa Junior
5 - Henrique
6 - Anna Peixoto da Silva
7 - Candido Ferreira Jorge da
0 - Dr. Henrique d'Almeida
9 - Isaura Cardoso
lfi - Farmacêutico Arnaldo Cardozo
11 - Dr. Januario Cyrillo Costa Netto
12 - Dr. Mario Cardoso
13 - Dr. José Alves Cardoso
COSTA - continuação
1 4 - Beatriz Cardoso
1 5 - Elisa Cardoso da
If - Antonie Ferreira Jorge da
1 7 - Antonio Severiano da
1 ? - Andrelina Emilia da Silva
1 0 - Thomaz Pinheiro de Souza
20 - Thomaz Esmeraldo
2 1 - Edmundo
22 - Clarice
2 3 - Hilda
2 4 - Alice Pires
25 - Alnir Guimaraes
26 - Valter Lucas da
27 - Aguinaldo Lucas da
2 Q - Orlins Lucas da
2 0 - Maria Bernadette Lucas da
30 - Maria de Lourdes Lucas da
31 - Constancia de Frcitas
32 - Arthur Pires da
33 - Lucilia de Carvalho Moura
34 - Josephina Lucas da
35 - Carmen de Freitas
36 - Helena de Freitas
37 - Regina de Freitas
3" - Frrnar.do de Freitas
30 - Marieta Medrado
4 P - Francisco de Azevedo
COUTO
1 - Antonio Joaquim do
2 - José da Silva
CRUZ
1 - José Antonio da
2 - Manoel Barroco da
3 - Ajítonio Vicente da
4 - Antonio Ruas da
5 - Maria da Conceição Ruas¡ d¿
CUNHA
1 - Joaquim Teixeira da
2 - Emilia Snares da
3 - Maria Emilia Soares da
4 - Fenriqueta Soares da
5 - Fnp9 Arnaldo Pinenta da
P - Marieta Gonçalves do Passo
D ALT RO
1 - Joaouim de Cerqueira
DANTAS
1 - Nclmar Chaves
DIAS
1 - José Joaquim Fernandes
2 - Antonio Alves
FALCÃO
1 - Dr. Antonio Victorio de
FARIA
1 - Américo Silvestre r*e
2 - Augusto Silvestre de
3 - José Augusto de
4 - Maria Luiza de
5 - Luiz Affonso
6 - Lydia
7 - Eduardo Américo de
0 - Candida Elvira de Souza
FELL
1 - Joseph Lyon Fell Jr.
2 - Maria Edelmira H.
FERNANDES
1 - Anna de Azevedo
2 - Anselmo d*Azevedo Fernandes Sobrinho
3 - João d'Azevedo
4 - Isaura d'O l i v e ira
5 - Adriano Gonçalves
FERRAZ
1 - Firmino Pedreira do Couto
FERREIRA
1 - Contra-Almirante Dr. Joaquim Leal
2 - José Rodrigues Soares
3 - EtP.lvina
4 - José da Cunha ' r
5 - Comendador José Alves
- Dr. Joaauim Leal
7 - Isaura Leite Leal
P - Dr. Eduardo Leite Leal
0 - Dr. Dureal Leite Leal
1° - Mario Leite Leal
11 - Carmcn Leite Leal
12 - João Leite Leal
FFTAL
1 - Cândido
FIGUEIRA
1 - Antonio Lopes
2 - Jayme Lopes
3 - Álvaro Lopes
4 - Eduardo Lopes
5 - Alzira Fernandes
FIGUEIRAS
1 - Nareizo Figueiras Filho
FILGUEIRAS
1 - Dr. Luiz Antonio Filgueiras Sobrinho
2 - Maria José
3 - Marianna da Costa.
FIGUEIREDO
1 - Hortencia Alves de
2 - José Rebello de
3 - Vicencio Constantino
FLORENCE
1 - Maria Rita Chaves
FONSECA
1 - Virginia Lopes C a?dnSo da
FORTUNA
1 - Joaquim d? Silva
? - Joaauir dn Silva Fortunato Sobrirhr
3 - José da Silva
4 - Francisco Jnsé da Silva
5 - /lmci rinda
s - Zuleide
7 - Francisco J^sé d,-> Silva Fortuna Netr
FRANCA
1 - Salvador
7 ~ Elisa
3 - /uta
4 - Maria Jose Coutinho
5 - Frederico Ferreira
P - Newton Ferreira
FRAS?0
1 - Manoel
7 - Celina d ’Azambuja
FRF IT AS
1 - Felona Costa Pedreira de
7. - Lydia O'-sta Pedreira de
3 - Joaauim José de
4 - Arthur de
5 - Carmen Spinrla de
P - Maria Antnnieta Costa Pedreira de
7 - Maria José Costa Po-’reira <-’e
° - Dr. Aderbal Costa. Pedreira de
0 - Henriaue Costa Pedreira de
1° - Ermelinda P^sa Britto de
FUNDO DE BENEFICIENCIA DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DA BAHIA
1 - F.E./*.C.P.
GAMA
1 - Joaauim Vidal
GARCIA
1 - Alice M ?r: a Vilas B^as
GOES
1 - Dr. Innocencio Marques Araujr
GOMES
1 - The<~>doro Teixeira.
2 - Antonio Osmar
3 - Clara Bahia Borges
GONÇALVES
1 - Laurina Amelia
2 - Eng9 Durval de Araujo
3 - Dr. Francisco J e m n y m c
4 - Contra-Almirante Armando Augusto
5 - Capitão de fiar e Guerra Alberto /-ugusto
P - Maria José Costa Diniz
GORDILHO
1 - Coronel Pedro Alves de Lima.
2 - Adriano dos Rois
3 - Almir <"’e Azevedo
4 - E d g a r d
5 - Pedr**» dos Reis
P - Dr. Mario dr Lacerda
7 - Dr. Raphael de Lacerda
f? - Dr. Juvenal de Lacerda
fl - Maria Helena Catharino
1° - Dr. Virgili^ Ramos
11 - Luis Martins Catharino
12 - Margarida Martins Catharino
GUIMARÃES
1 - Antonio José Pereira, da Silva
2 - Pedro Rodriguez
3 - Rosalina Maria de Sousa
4 - Dr. Domingos Rodrigues
5 - Guilherme d'Ultra
6 - Virginia d'Ultra
HASSELMANN
1 - Frederico Antonip
2 - Henrique
3 - Adolpho Fortunato
■+ - Palmira Augusta Magarac
5 - Frcd.o.rico /‘r.tor.io Hasselnann Jr.
6 - Maria Icolina
HORLER
1 - Adolpho
2 - Adolpho, E r n e s t , Aline
HOSPITAL PAPA CRIANÇAS DO líISTI^UT0 DF PROTEÇÃO A INFANCIA
JESUS
1 - Enrenheiro Eliseu Mario de
JOSÉ
1 - Manoel
KOCK
1 - Carlota Castro P.ebello
l A z a r o
1 - Francisca Rosa Brito
LEAL
1 - Dr. Eugenio Teixeira
2 - Joaauim Josc Teixeira
3 - Guilherme Teixeira4 - Honorina Augusta Teixeira
5 - Maria Luiza T. Teixeira
LEITE
1 - Antonio G^nes
2 - Dr. J^sé Dantas de Srusn
3 - Viriato Bittencourt
4 - Maria Amelia Dittencourt
LIGUORI
1 - Luis Hermenegildo
LIMA
1 - Paul dr. Figueiredo
LIMA - continuação
2 - Benjamin do Figueiredo
3 - Hortencia de Figueiredo
4 - Agostinho Dias
5 - João /lberto d*Araújo
F - Pedro Alexandrino da Roch?
7 - Clotildo Sã Pereira ni?s
Q - Benjamin Franklin de Figueiro.
LISBÖA
1 - Frederico Meirelles
2 - Anisia Bittencourt Leite
3 - Américo d« Carvlaho
LOPES
1 - José Joaquim Vieira
2 - Maria Crnstança Guir.arães
3 - Antonio Joaquim Vieira
4 - J'-'se Joaquim Vieira
5 - Dr. Jo ã o Vieira
6 - Amalia
7 - Rosa de Oliveira
0 - M^ria Cantonilia Bezerra
LUZ
1 - Euvaldo Freire ''o Carvalho
2 - Rosa Borges
MACHADO
1 - Domingos Ferreira
2 - Manoel de Souzp
3 - Fernando Ferreira
4 - Luis Ferroir?
5 - Raymundo Ferreira
6 - Angelina
7 - João Baptista
P - Arthur Ferreira
D - Georgine Ferreira Santos
1^ - Eduardo Ferreira S.
11 - Maria Idalina de Almeida
m a h / l f / t s
1 - Jcsé da Costa
2 -- Pereira de
3 - J r = o n i b c i r o dr- H o u z a
4 - /lherto de Souza
M A C A p J n
1 - Francisco Goncs
2 - /lavro Francisco
3 Arthur Francisco
ii - Jo?o Francisco
5 - Francisco Gores Mapar"o Junior
1 - Joaauir Gonçalves
2 - Jos ó Gonçalves
3 - José Poreir^
u - José Lopes dr A zevedo
5 - A m a /relia d 'Azevedo Gonçalves
F - Eloisa Pittrncourt Seixas
7 -- Elisa Maria Bitto.ncourt Seixas
- Licia n5.ttoncourt Sr-ixas
r - Ppppto Bittencourt Seixas
MAT’DE PLI
1 - Marie Posa Vieira
MAî’D I M
1 - J o p auir Podriruos da Silva
MAF50
1 •• JopquiiP
? - /lico Carneiro
3 - Joaauir Me.rso Jr.
4 - I'ario
5 - Amelia Maria Dias Lira
P - »«aria Dias Lira
7 - F r e d e r i c o D i a s L i m a
WARELI”
1 - Jos? da Cunha
MARIGLIANO
1 - Alice Maria Ribeiro dos Santos
2 - An^ré Augusto
MAROUES
1 - Fausto (■’’Oliveira
2 - Cândida Ribeiro
3 - Joaauim da Silva
MARTINS
1 - Francisco, Adelaide, Maria, Stella
2 - Dr. Raymundo Mendes
3 - Augusto
MARTINEZ
1 - Antonio Monteiro
2 - Mario Martins Monteiro
MASCARENHAS
1 - Argemiro de Castro
MASSORRA
1 - Anezio
2 - Joaauim
MATTOS
1 - Fernando Cardoso Mattos Filho
MEDEIROS
1 - Antonio Garcia de Medeiros Netto
MEIRELLES
1 - Dr. Menandro dos Reis
2 - Emilia Bittencourt Leite
MELLO
1 - Lecticia Lopes Bandeira de
2 - Commendador Josão Dias
3 - Manoel Freire de
4 - Almerinda Leal Pereira de
5 - Silvfirio Bandeira de
6 - Julia Maria Bandeira de
7 - Silvia Teresa Vieira Lopes B. de
0 - Joaõ Bandeira de Melo Meto
C - José Ban^eira de
MENDES
1 - Josephina 'Je Castro Rebollo
2 - Dr. Antonio Pacheco
3 - Joaouir Ferreira
MENESES
1 - Lionidio r’e
2 - Eduardo Americo de
MESQUITA
1 - Lyc'io Pe.rejra de
2 - Eliana Sales de
MI PANDA
1 - Dejanira Fipueiredo Tarauinio
MfiCHO
1 - Antonio Rodrigues
MONI 7
1 - Aufustc
MONTEIPO
1 - José d,-> Nova
2 - Anna Magalhaes da Crsta
3 - Dr. Ra.riro Affrr.so
4 - José N^vaes
5 - Alfeu Rodrigues
MORAES
II - Miguel Francisco Rodrigues de
1 - Clara Cesar de
? - Fred^rico Rodrigues dr
3 - Eduardo
4 - Arthur
5 - Marieta
P - Laura Rodripucs de
7 - Miguel
n - Oscar
0 - Helena
10 - Carlos
MELLO - continuação
11 - Maria Constance
12 - João Francisco Rnr’ripucs
MOREIRA
1 - Antrnio Domingos da Silva
2 - A^olpho
3 - Antonio de Sous? Santos
4 - Dr. Angelo de Souza Santos
5 - José Pinto ds Silva
6 - José de Mendonça Mattos
7 - Joaouin Soares da Silva
P- - Alexandrina Soares da Silva
0 - Luis
ln - Celina Sé Pereira Silva
11 - Cristina Pereira
MOURA
1 - Pedro Affonso
2 - Manoel Martins de
MÜLLER
1 - João Carlos
NAHIR
1 - Maria
NEVES
1 - José Paptista r’as
2 - Raphael G.
3 - Hermelina de Castre
OLIVFIPA
1 - Manoel Duarte de
2 - José Rodrigues de
3 - Duarte d'
4 - Duarte d ’Oliveira Jr.
5 - Joaõ Martins dc
F - Virginio Moreira de
7 - Augusto Marques de Oliveira Junior
ft - Maria Amalia Borges de
ORDEM 3a. DE S7.0 FR/NCISCO
OUBINFA
1 - Manoel Garrido
PAES
1 - Firmino José
p.ATM
1 - Antonio Eliseo
PALHARES
1 - José ^orquato
P/RAISO
1 - Maria Julieta. Bahia Borges
PASSOS
1 - Dr. Manoel Caetano ■'"Oliveira
2 - José Canuto de
PATO
1 - Manoel Gonçalves
2 - Antonio Gonçalves
PEDREIRA
1 - Francisco Jose Rodrigues
2 - Manoel Rodrigues
3 - Si lio Machado
4 - Angélica de Gordilho
5 - Gilberto Gordilho
P - Mario Gordilho
PEDROSA
1 - Manuel José Pedrosa Jr.
PEIXOTO
1 - Comen^a^or Manoel da Silva
2 - Joaauim da Silva
3 - Anna da Silva
4 - Fernando da Silva
5 - Manoel da Silva Peixoto Filho
P - Dr. João da Silva
PEREIRA
1 - Francisco Pinto Gonsalves
PERFIJV - continução
2 - **aria Emilia Silva M.
3 - /lice Leal Sá
*+ - /lfrer’o Leal 5á
5 - Lino Leal Sã
P - Augusto Leal Sá
7 - Maria Leal Sá
fí - Henriaue Leal Sã
? - /'ntonio Le^l Sã
lr - F e m a n d o Le^l Sã
11 - Arthur Leal Sá
1? - Cabriola Leal Sã
13 - Raphael Leal Sã
14 - Antonio Leonardo Pereira Filho
15 - Virpilina Leal Sá
IP - Carlos Leal Sa
17 - Lino de Sá
IP - M anoel Francisco
Ia - /Ibirn F^rranr’os
?.f) - Conselheiro Braulio Xavier dp Silva
21 - Flvir? r’a Silva
22 - Pr. Braulio Xavier da Silva Pereira Filho
23 - Elvira Lima da Silva.
2U - Margarida Maria Faria da Silva
25 - Ponato Faria da Silva
2P - Eduardo Faria da Silva
PJVTO
1 - Joaouir. da Costa
2 - Conselheiro Antonio de Ceroueira
3 - Antonio Moniz
4 - Manoel Fiusa
5 - Joaouina Fiusa
P - Repina Spinola Siqueira
piitho
1 - Dr. Joaouim Wanderlev de Araujo
2 - Celina Gordilho de Araujo
PIRES
1 - Uenceslau
2 - Mari? Isabel Costa Piros Filha
3 - Leal /Ivares
4 - /urclia T h e r e za
5 - PaVre Francisco rle Assis
PITOMRO
1 - Flsa França
P0L7TN
1 - Virginia
POMTES
1 - Henriouc Ferreira
7 - TV. Frederico
3 - Dr. Honrinue Ferreira Pentes Filhr
^ - Dr. Eduardo Ferreira
S - Mpria Emilia ^e Souza
P - Dulce Ferreira
7 - Mgria Luisa Ferreira
P - Guiorar
"• - Telia Tarouinio
ln - Sylvia Tarouinio
11 - Luiz Tarouinio
12 - Oscrr ^arouinir
13 - Juliets Tarouinio*
14 - Georpina Ferreira
1 5 - Colina Tarouinio
PORCÏUNCULA
1 - Juliet^ Ribeirc
PORTO
1 - /ntonio d'Araujo
2 - Manoel d'Araujo
PORTUGAL
1 - Antonio Barbosa
0UFIR07
1 - M a r i lia Studart Ramos de
m u XT' D/
1 - Adolfo
RAM"1?
1 - Coronel Peinerit-. Martins
2 - Rodrigo Jose
3 - /lvarr do Araujo
FANGEL
1 - Dr. Manoel dos Santos
PEAL SOCTED/'DE PORTUGUESA DE BENEFICFNCI/1
PEBFLLO
1 - João Baptista do Castro
7 - Dr. Affrnso de Castro
PFGIS
1 - Oonendador Laurindo Alves d'Oliveira
PEIC
.1 - José Gonsalves d'Oliveira
2 - Virginia da Conceição Lopes dor;
3 - Antonio Caetanr Lopes dos
PFOUI.^O
1 - Florn Pinheiro
2 - Josuina Carolina
3 - Leopoldina Jesenhin-'’
RESENDE
1 - Fduardn Coelho do
2 - Maria Chaves do
PIBEIPO
1 - Alzira da Silva
2 - Agostinho Cândido de Souza
3 - Fnvpdio /ugusto Sã
4 - Virginia Paranhos Teixeira
5 - Helena Figueira
P - João Vicente
7 - Dr. Carlos Tei::eira
- Maria de Vasconcelos
P - Isabel Teixeira
RIBEIRO - continuação
1° - General Dr. Alberto Teixeira
11 - Almerinda Teixeira
12 - Herdeiros de Francisco Teixeira
13 - Mario dr Vasconcelos
14 - Oscar Vasconcelos
15 - Fernando Vasconcelos
16 - írinsn^o Vasconcelos
RIOS
1 - Carlota Liguori
2 - Dr. Arthur Cezar
3 - /rthur Cezar Rios Junior
ROCHA
1 - Luis Ferreira
ROLLEMBERG
1 - Elizete Fernandes (* e Faro
RUAS
1 - João Baptista
2 - Joaauim da Silva
3 - ^lfre^o da Silva
U - Joaauim Puas Filho
5 - Francisca
F - Palmira Silva
7 - Julia < a Silva
0 - Francisco r’a Silva
SOCIEDADE BENEFICIENTE 24 DE JULHO
S*
1 - José de
2 - João Teixeira de
3 - Maria Teixeira Ribeiro de
4 - Angelo (■’e
5 - Francisco ^e
6 - Nair Pedreira Freitas
SALLES
1 - E^ith Silva Pereira
SALLES - continuação
2 - Nelson Pereira
3 - Newton ^a Silva Pereira
4 - Nivaldo Pereira
SAMPAIO
1 - Antonin Leonardo da Cunha
2 - Joaauim de Mello
3 - Lealdina da Silva
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
SANTOS
1 - Carlos Ferreira
2 - Antonio Luis Ferreira
3 - Eduardo Augusto Ferreira
4 - Jose da Costa Santos Jr.
5 - Menuel Luis Ferreira
p - Aurélio Raymundo d->s .
7 - Alberto Leal Dias dos
í1 - Raulo Leal Dias dos
° - Mario Leal Dias dos
1^ - Maria da Gloria Dias ^os
11 - Raphael Barboza Dias dos
12 - Wilson Saback Dias dos
13 - Carmen Figueira r’os
14 - Adelina Ferreira
15 - Antonio Jesuino dos Santos Junior
IP - Augusto Vianna Ribeiro <o r
17 - Lucia Spinola Ferreira
Ifl - Josephine rigueiredo dos
SCHMIDT
1 - Hilda da Costa
SENNA
1 - Carlos
2 - Maria Stella Souza
3 - Eleonora de Souza
SILVA
III - Leopoldo José
SILVA - continuação
1 - Lino Meirelles da
2 - Umbelina Mcirelles da
3 - Alzira
4 - Antonio Joaquim Leite d.a
5 - Augusta. Maria de Araujo
f - Dr. Antônio Cardoso o
7 - Dr. Cineinato Pinto da (Conselheiro)
" - Gustavo Adclpho Pereira da
0 _ Fortunate A u g u s t o da Silva Junior
lr - Alnerinda Martins Catharine da
11 - Franc isco Pinto d.a Silva
12 - Alice Catharino Meirelles da
13 - Maria Eugenia da
14 - Fliza Fmilia Tavares da
15 - Augusta Maria d'Araújo e
16 - Maria Clementina de Carvalho
17 - Almerinda Meirelles da
Ifl - Alfredo Cardoso da Motta e
1° - Dr. Egydio Moreira de Castro e
20 - /ugusto da Motta
21 - Adelaide Costa dn Motta
22 - 7uleika Prisco ^a
23 - Adelaide ^e Carvalho
24 - Nelson França da
25 - Francisco Vasconcelos E.
SIMÕES
1 - Ernesto Sinões Filno
SOARES
1 - José da Cunha
2 - José Antonio
3 - Instituto Antônio
4 - Helena
5 - Candid^
P - Bernardo A.
7 - José
n - Eliza França
F0U7.A.
1 - Dr. Manoel d*Assis
2 - Efrosina Oueiroz Porte de
3 - José Rodrigues de
4 - Corina Rodrigues de
5 - Flisa Rigand d'Abreo r*
P - Beatriz Rodrigues de
7 - Maria Ca.rclina Pinheiro defs - Dr. G aiçalo Porto de
r. - Luiz Amancio Tarquinio Porto
10 - Joa nna Mattos
11 - Antonio Mattos d e
12 - Noemià Tarquinio Porto ^e
13 - Amancio José de Souza Neto
14 - João Augusto Tarnuinio de
15 - Stella Tarciuinio de
ir - Antonio Carlos Tarquinio de
17 - Adelaide Tarquinio de
1« - Letícia Tarauinio dc
1« - ^arieta Ribeiro de
SP I NO LA
1 - Dr. Colombo Moreira
2 - F.lsa da Silva Pereira
3 - Paulo da Silva Pereira
STUDART
1 - Antonieta <*e Silva Pereira.
2 - TV. Jorge Fernando Pereira
3 - Fernando de Moraes
TANAJURA
1 - Manoel Ladeira
TARQUINin
I - Luiz Tarquinio
1 - João
2 - Wàldemar
3 - Alvàró
4 - Adelaide de Figueiredo
TAROUIHIO - continuação
5 - Celina
P - Eduardo
7 - Luiz Tarouinio Filho
p - Maria Luiz?
9 - Mario
1" - Stella
11 - Dejanira Tarquinio de Miranda
12 - Luiz Carlos
13 - Waldir
14 - Adelaide Tarquinio Filha
15 - Raphael
1F - Noemia
17 - Juvenal
IP - Dalila da Costa
10 - Maria Jose da Costa
2° - Albertina Pereira
21 - /nerica
TAVARES
1 - Maria Esther Meirelles
TFTXFIPA
1 - Herminia Enilia
2 - Eliza da Costa
TORRES
1 - Evciny do Prado
2 - Luiz Pedreira
3 - M aria Margarida Pedreira
4 - José Antonio Pedreira
5 - Margarida Enilia Pedreira
r - Manoel Eduardo Pedreira
TOURINHO
1 - José Caetano
2 - Ocatcilio Ariston de C a r v al ho
3 - Guiomar Marques
TUVO
1 - João Baptista
USÉL
1 - Augusto Cesar de Sousa
VARJ?0
1 - Samuel
2 - Anna
3 - Samuel Varjão Júnior
4 - Stella dos Santos
5 - Luiz Eduardo
p - O r l o s Alberto
VEHET
1 - Charles
VI A NNA
1 - Francisco Sampaio
2 - Dr. Conselheiro Luis . •
3 - Manuel da Cesta Rodrigues
4 - Dr. Oscar
5 - Balbina Pereira
P - Hilda Leal Ferreira
7 - Augusto Oesar Vianna Meto
fl - Alice Maria Catharino da Silva
- Carlos Martins Vianna Junior
VIEIRA.
1 - Dr. Severino dos Santos
VIL LAS BOAS
1 - Jaime Lopes
2 -Maria Julieta Calmon
3 - Maria Julieta Calmon (filha)
4 - Jaime Vilas Boas Filho
5 - Gilberto Calmon
p - Francisco Calmon
7 - Augusto Calmon
H -Tereza Maria Calmon
9 - Antonio Calmon
ln - Miguel Calmon
11 - ^aria Constança Calmon
12 - M?ria Lucia Calmon
VILLAS BOAS - continuação
13 - Paulo Calmon
ZAGALLO
1 - Laura Candida Cardoso
N 0
1895189 61897189 818991900190119021903190419051906190719081909191019111912191319141915191619171918191919 2019211922192319 2419251926192719 2 8192919 30193119 321 °3 31934193519 36193719381939194019411942
COMPANHIA EMPÕRIO INDUSTRIAL DO NORTE
AÇÕES TRANSFERIDAS
1 8 9 5 - 1 9 6 5
S A Ç Õ E S T R A N S F E R I D A S
1 . 9 9 3
9 1 3
4 7 0
1 . 4 9 5
3. 87 5
1 . 2 5 4
1 . 0 7 5 1 . 3 9 9
1 . 2 6 3
7 2 0
4 8 9
9 2 3
6 5 5
7 2 7
2 3 1
2 5 2
2 5 2
27 5 2 7 5
4 30
4 3 0
4 2 01 . 0 5 4
9 4 2
1. 5 3 2
84 7
79 8
1. 3 2 8
1. 5 5 4
2 . 2 6 4
1 . 5 3 3
1 . 3 4 8
1 . 4 5 6
7 3 6
5926 2 2
3 3 9
866134249
4. 7 6 6
5 . 0 4 2
5 . 0 7 2
continuação.
A N O S A Ç Õ E S T R A N S F E R I D A S
1943 3101944 2.0521945 3481946 831947 1.4551948 1. 39 81949 17819 50 1.1681951 19419 52 3.78319 5 3 20019 54 1.6291955 11019 56 5801957 6721958 3. 5941959 1.16019 60 3.1581961 1.19 61962 1. 8361963 13.8391964 10.1391965 39.021
FONTE: CEIN — Relatórios da Diretoria 1896-1973Livro de Ações Transferidas 1904-19 62 Documentos Históricos - Pasta n9 6.
AflEXO 2 - CO RR ES P O ND Ê NC I A Of LUIZ T ARQ UI N IO
CARTA A J.O.RPUDEPEP - 1T7P CARTA ' J .n . r r ’U^EPE'î - 1892 r.'PTA A SEP.2FDELO COPREIA 1S03CARTA nr HAMOEL VITOPIHO / LU17t; rout mio - i pn7CARTA A LE^PY BEAULIEU - 1GOP carta ;or rcionisTAS - 1902
Bahia, 6 de janeiro de 1879.
Snr. Bruderer
— Sua carta de 5 dc janeiro fez com que seja hoje
mais prolixo sobre o câmbio e sôbre tudo que com êle tem re
lação.
Em primeiro lugar exporei alguns estudos que tenho
feito sôbre a questão, respondendo depois a diversos tópicos
de sua carta. Incitado pelo interesse de descobrir a causa cx
traordinária da baixa do câmbio por que passamos, apresentei
â mesma o seguinte argumento: NÃO PODENDO HAVER EFEITO SEM
CAUSA COM A BAIXA DO CÂMBIO NAO PODE HAVER EXCEÇÃO A ESTA RE
GRA GER/iL E ASSIM ELA DEVE SER DEVIDA A DIMINUIÇÃO DA OFERTA
F.M RELAÇÃO A PROCURA E FALTA DE CONFIANÇA NO GOVÊRNO E A GRAN
DE CAPITAIS ATÊ ENTAO PARALISADOS F REMOVIDOS, AGORA, A BAIXA
DO CAMBIO E DO CAFf A ESPECULAÇ7.0. Qual deve ser a causa? Se
ria o papel-moeda? — Segundo a ordem estabelecida procuramos
saber a proporção havida entre a oferta e a procura tomando
por base do cálculo a praça do Rio, centro e termômetro dos
negócios do País. Achei que a exportação foi em 107 8 de
1 0 6 . 6 62:0 0n $ contra 110.02 0: 00 0 $ em 77; — 1 04 . 02 0 : 0 0 0 $ em
76; — 1 2 1 .2 7 5 :0 00$ em 75. Sendo a importação 9 7 . 3 7 0 : 0 0 0 $ con
tra 0 9. 55 8: 0 00 $ em 77, 9 1 . 0 47 :0 00 $ em 76, 9 2 .2 9 0 :0 0 0$ em '75.
— Achei que a diferença da exportação para a importação foi
de 29 . 5 8 5 :0 0 0$ en 187 5, de 13. 1 6 0 : 0 0 0$ em 76, de 2 9 . 4 7 0 : 0 0 0 $
em 77 e apenas de 9 . 2 7 2í 000$ em 1P70. Ouanto âs relações do
Governo com o País nenhum estremecimento sofreu, o que prova
que foram transportados para a Europa 1 4 0 . 9 2 2 : 0 0P$ , contra
1 4 5 .4 9 3 :0 0 0$ em 1877. A remessa em l p70 do apólices veio ain
da comprovar êste fato por isto que tendo em 1377 o Cotegipe
emitido apólices de 6% 97 o atual Ministro emitiu ao p a r e sa
bendo os tomadores que ia-se lançar um imposto sôbre os juros
das mesmas*» — -Os jur^s auo pãg*sva*.o Tesouro per.suas lotrss
era de 5 «• ^.1/2^ a h r j a * ? de 3:.a.-3.1/?%. — Existia?- alRuns
capitais Ti>.r~lisaò.p*. porcn Conforme passe a exp^r. — Er- cor
ta corrente v ?• p r rzr fixr- exfstiam nes ’ div*»rs os Bancos * do
Rio em 1°?7: • 7 • :
Janeiro
7 4 .up 4:ooo$
Abril
4 P .çcu:ooo$
Julho
72.546:000$
Outubro
72.591:000$
Er. 197 8
Janeiro
72.412:000$
Abril
72.729:000$
Julho
93.939:000$
Outubro
85.330:000$
Fevereiro
9 5 . 5 84 :0 00 *
Maio
37.279:000$
A pôsto
71 . 81 3 : 0 0 0 $
’'ovemhro
71.4 39 : 00 0$
Fevereiro
7 1. 43 8 :0 00 $
Maio
7 2. 78 1 :0 00 $
Aposto
9 1 . 7 4 1: 00 0$
N o v e m b r o
7 F . 818:000$
Março
65.850:000$
Junho
70.425:000$
Setembro
73.515:000$
Dezembro
72. F.83: 000$
Março
74.551:000$
Junho
85.645:000$
Setembro
89.850:000$
Dezembro
83.778:000$
Em jnlho havir* o maior depósito havendo uma difer^n
ça para mais, comparada com o ar.o anterior, de 21. 390:000$ *,cn
outubro era de 12.299:0n0$ e com a diferença que parece ter
dininuido neste ínterim, 8.400:000$, nenhuma diferença sofreu
o cârbio. — Em novembro com a diferença 5.379:000$ foi q uan
do o câmbio mais caiu.
Comprou-se no:
1? semestre de 1878 6.734:502$ no 299.818:864$
" " " 1877 7.301:962$ " " 9.122:458$
" " " 1R7B 6.685:961$ " " 7.993:841$
/pesar dc scr maior a importação a remessa de saque
foi menor do quo devia ser, tomando por base a porcentagem sô
bre a importação na media dos anos anteriores. — A diferença
pois é de 16.686:000$.
Como se pode ver pela seguinte exposição:
A importação nos anos de:
Importação Saaues comp.
1870-71 175.310:000$ 287.425:000$ ou 164% s/a importação
1872-74 289.795:000$ 492.223:000$ l! 166% " " II
1875-76 183.750:000$ 296.688:000$ " 161% " " 11
1877- 82.570:000$ 145.942:000$ i i 162* i i i i tf
1878 97.390:000$ 1^0.933:000$ .. 1U4% ii t i ft
Deixado de remeter pelo Governo 6.223:000$
Sendo a remessa menor é lógico que não foram desta"
cados capitais paralisados para câmbio. Os depósitos destina
dos nara coppras dc saques devem sor o oouivalentc â quanti
dade que d d x o u de ser remetida, isto c , 11.£88:000$ o nuc
combina con os depósitos no mês de dezembro que mostra um au
mento sôbre ¿ozembro de 1877 de 11.095:000$.
A baixa de preço do café foi muito sensível tendo
tocado ao preço mínimo de 4900 rs. por 10 quilos e a tabela
inclusa mostra que muita influência teve na baixa do câmbio
procurando o exportador por meio de um melhor câmbio a dife
rença que não podia obter dos independentes vendedores.
Tocaremos agora a questão do papel-moeda. Se bem.
oue o Decreto de 18 de Abril autorizasse o Governo a emitir
60.000:000$000 de papel-moeda só foram emitidos 32 .000 : 000$000
de papel-moeda só foram emitidos 32.000:000$000 e êstes mes
mos aplicados 90 00 contos em resgates dos bilhetes do Tesouro
gue venciam 5 a 5.1/2%, sendo sua importância reduzida de
45.000:000$ a 36 mil contos que são uns 3 a 3.1/2%, havendo
uma economia anual de 1.170:000$ contos. Os outros 23.000 con
t^s foram empregados em farinha, milho e feijão para os pro
vinciais flagelados pela sêca. A prova mais evidente que se
podia dar e que n?.o foram aplicadas cambiais, é que o Govêrrv
nr semest/e de maio a outubro de 78 comprou apenas 559.000:0 0 0^
contra 1.210:000$ no mesno período.
Sendo a diferença resultado da venda dc Independên
cia c da suspensão dr diversas comissões na Europa, a emissar
do papel-moeda por si só nada influi sôbre o câmbio. Existr
atualmente en circulação 181.270:000.* que juntos a 27.H5‘»:M50Í
do notas dos Bancos faz ur total do meio circulante de
208.93 3:5073. — Para um País onde não há outra moeda, pare
ce não ser elevada a dita sona, considorando que os capitais
dos diversos Bancos do Império elevam-se a perto de
12^.000:000$. As precedentes emissões nenhuma influência ti
veram sôbre o câmbio. — Em maio de 1875 foram emitidos perto
de 10.000 contos e o câmbio, que era de 26.5/8, subiu no mês
de junho até 27 sendo progressiva a alta no resto do ano por
causa do empréstimo. Sendo decretada a última emissão en IP
de abril, o câmbio sustentou-se até princípio de novembro,
auando hrus car.onte caiu. — Os títulos do empréstimo de 75,
que são os que mais se procuram no jôgo na praça de L o n d r o s ,
também não sofreram nenhuma alteração em suas cotações. F
eram cotados em Londres em: narço 9 2 a 9 3 — abril 92 a 93 —
maio 91.1/ 2 ? 93.1/2 — junho 92 a 93. — Tudo isto prova a
nenhuma influência da erissão sôbre o câmbio. — Em vista do
supra exDosto nao posso conceber como no cambio tivesse in-
fluido a emissão. — í pois opinião minha que a baixa do câm
bio foi produzida pelos miseráveis preços a que chegou o cafe
e de alguma especulação de pessoas que esperam o tempo da sa
fra para comprarem saques.
As tabelas juntas m elhor ajudarão qualquer juízo.
Passando do Dassado ao futuro procurei ver se podia prever um
pouco o futuro. Para isto crlhi os seguintes dados do passa
do. — De 187 2/79 procurei ver de quantas arrobas de café ti
nha sida cada s a f r a } quantas foram vendidas no primeiro senes
tre de julho a dezembro e quantas no segundo de janeiro a ju
nho a fim. de ver em que se baseava, a costumada baixa do câm
bio nos meses de março a junho. Como acontece sempre seguimos
uma marcha normal. Eis o resultado:
Safra total Embarque 19 Idem 29 senos tro
Semestre
1872/3 3.040.042 S . ea 1.699.834 = 56% 1.340.826 = 44%
1873/4 2.067.493 " 1.092.963 = 53% 974.610 = 47%
1874/5 3.206.367 " 1.699.671 = 53% 1.506.996 = 47%
1875/6 2.889.990 " 1.645.400 = 57% 1.244.590 = 43%
1876/7 2.781.642 " 1.521.332 = 55% 1.260.310 = 4 5%
1877/9 2.632.743 " 1.585.243 = 61% 1.046.501 = 39%
187 8/9 4.000.000 " 7.994.680 = 44% 2.515.320 = 56%
Importação Saques reduzidos Sobre a importçãc
a réis
1870 80.580.000$000 112. 2 í55: 000$00c 164%
1871 94.730:000$000 175.540:000*000
1872 94.760:000$0 00 126.615:000$000
1973 99.750:000$000 168• 7 50:000Í0 0C 166%
1P7U 96.295:0001000 1«?!+. P5*: 000*000
1^75 92.290:000$000 166.200:000*000 161%
1P7P 91.460:000$000 130.489:000$000
1877 89.550:0000000 145.943:000$0 00 162%
1 °7 9 " 7.3°0:000$000 140.^33:000*000 144%
Fe acrescentarmos 7no OflO arrobas que o governo dei
xou de comprar, isto é, 6.223:000$ teremos as remessas de 70
con 147.156:000$ ou 151% sõbrc a importação ficando para ser
comprada a diferença de 12% ou 11.686 contos em 79 (-7 — ).
(— ) — Parece justificada a baixa do ano de 70.
(— y) — Esta diferença é a que que se acha depo
sitada nos Rancos diversos nos rnos anteriores.
Demonstração das vendas de cafe compradas com as
vendas de cambiais do 19 de janeiro a 30 de junho nos anos do
1876/7:
Importancia do café Saques
1P76 44.045:130$000 59.470:000S000 135%
1077 50.638:000$000 64.914:000$000 12°%
1 P7 R 37. 629: 786$00" 59.^69:710$000 159%
Idem nos mesmos anos dc julho a dezembro
"P76 53.917:695$n0r 71.065:423$0pn 131',
1377 56.252: 231$P"n 31.531:997$0PP 123^
1373 65. 531: lí?5$nnn "1.066:70P$PPP 3 2 3%
En vista destas cifras compreendemos a baixa do câ n
bio no princípio dc 1370, por isto que as necessidades regu
laram 159% sôbre o café vendido; mas a do fin do ano sõ pelo
cue ja disse se explicará. — Polo que fica exposto vê-se aue
nos primeiros meses do ano as necessidades regulam 132% sôbre
o valor do café e que nos últimos 6 noses se bem que o medium
era de 125%, deve-se considerar alguma cousa menos em virtude
de s^ren alguns outros produtos do país exportadas mais de ju
lho a dezembro do que de janeiro a junno.
Posso esclarecer o seguinte problema:
Fendo no primeiro semestre de 1^76 a importância de
café vendido, de 44.045:330$Pn0 e as necessidades dc saques
de 135% s ôbre a mesma, variando n câmbio do 26.1/2 a 23.7/3;
Sendo nc mesmo p e r í o d o de 1^7 7 o valor do café do
5^.f 30 :27n$onp e as necessidades de 123% variando o câmbio de
25.1/P a 23:
Sendo no mesmo tempo em 137? o valor do café de
37.B20 :7 3 f$oop e as necessidades de 150% variando o câmbio de
24.1/2 a 22.1/4;
Oual deve ser o movimento do câmbio no primeiro se
mestre de 1070 havendo para vender-se 73.46r':000$ de café e
sendo as necessidades de 74. 2 0o : por$ <~u 95%?
Preciso explicar onde fiu buscar as cifras para fa
zer esta exposição sôbre o primeiro semestre de 1379.
Cor,o fiz ver na página 3 as necessidades de canfoi-
ais regulam o medium de 163% sôbre o valor da importação, ten
do sido a importação em 1073 de 9 7 .3 0 0:00 0$ deveria ter-se re
metido 150.342:0op$ menos 6 . 223:r'no<t cue n governo remeteu de
menos = 152. 619: f'n ^$ . — Remetendo-se 14*“. 033 : 0 0$ ficando,
como jã disse na página 3, 11.6 3fi:P0P$ — Em compensação cal
culando a safra total do café em 4.5^0.000 sacas; apesar de
jornais informados como o "Jornal do C o m é r c i o " darem 5 m i
lhões rie sacas tomando como disse a safra U.500.000 sacas teri
do-se embarcado de julho a dezembro apenas 1.9Q4.680 sacas
calculei bà 2. 515. 320 ao preço nédio rio dia, que c 5$200 por
1° ouilos e cujo resultado é o que já expus. C lógico que va
riando preço do café varia a base rie3te cálculo.
Tonei para base das necessidades de cambiais mais
do medio das compras nos últimos anos (de janeiro a junho) ,i£
to é, 7 milhões de libras inclusive as 131.OOP sacas que dei
xaram de ser remetidas em 73 e que serão remetidas em 1 07?5.
— A maior ou menor importância fará variar êste resultado.
— Prescindo de tirar conclusões* As informações sôbre que
fundei meus cálculos são extrairias rie riocumentos oficiais.
Passo a responder â sua carta.
A minha tristeza pelo negócio não se traduz por de
sãnimo, Sr. BrudeVer: sou daquelas naturezas que aumentam de
energia na proporção das calamidades por que passam. 0 passa
do não deve servir de obstáculo ao futuro mas de lições. Ele
mesmo nos tem mostrado que só a boa vontade, a calma, a ener
gia podem trazer depois de um desastre uma série rie triunfos.
0 desânimo é a morte. Não se julgar capaz de superar os obstá
culos é prescindir dos fõros de homem, porque para a inteli
gência e perseverança não há obstáculos que se não possa ven
cer. Só a matéria cai para não mais se levantar, o espírito
não. Depois de tocar b abismo pode sopetar nos astros. Permi
ta Sr. Bruderer uma observação sôbre o período em que o Sr.
diz DEVÍAMOS TER APROVEITADO 0 CRÉDITO NA BAHIA E MUITO BUR-
RAMENTE FIZEMOS 0 CONTRARIO.
Só adivinhando se podia ter feito isto. Quem pode
fazê-lo? Ouem poderia prever que o preço médio do café que
ainda em maio era de 6100 em setembro era de 5700 h avia de
cair a 4 90^ em novembro apesar do câmbio?
0 govêrno precisava menos ciue nos anteriores. A s a
fra era calculada em 5.noo.n0o de sacas: — A importação ge
ral era a mesma: tinha-se feito forces economias no país: a
dívida externa estava reduzida de 1 milhão de libras. — Quem
não esperaria melhor câmbio em fins de 7 R? — Diz o Sr. que
não pode se perdoar. C uma injustiça que faz a si mesmo. Nin
guém fêz o que o Sr. diz que se podia ter feito. Os próprios
credores de Londres, êste foco de financeiros, nâc se atemo
rizaram com a emissão e os fundos brasileiros continuaram r
ser bom cotados, As remessas seguiram o seu turno natural cr-
mr ja mostrei. Remctendo-se até r.mn s do que se devia ter fei
to. Onde osta o êrro? Não troquemos as palavras, não houve cr
re, houve infelicidade. Se o café r.ão tivesse baixado tanto,
se por consequência o cambio fêsse a 24, tínhamos errado?
£ nreciso julgar-nos c o m o se o fr>to não estivesse
consumado. Não ficamos com alguns jogadores que só depois de
acabado o jogo e que acusam-se dc ter e r r a d o , sem lembrarem
que antes não viam as cartas dos companheiros e que no fim
elas estavam patentes.
Diz o Sr. — "Se caíssemos a 2n no fim de janeiro?"
Poderíamos d izer: se fôssemos a 24 no fim de janei
ro?
As remessas q\:e fizemos por telegramas seus foram
quase têdas a 21.1/4 e 21.1/° mínimo de ciue teria havido. En
tretanto remetemos sem pedido seu as remessas de 22.S / P ,
2 2.1/4 e 22.
Informo-lhe que podemos comprar em ocasião dada
rn.ron sacas sem riscas, dividindo-as com o Banco Mercantil,
Marinho, Conde, Banco Inglês Glym, Sohramm, Brandão, Cândido/
Ferreira e Jorge Costa.
Nem o governo comprou mais saques do que precisava
c nem os particulares compraram o aue precisavam como já de
monstrei. o câmbio pode subir, mas porque há muito cafe para
vender-se, não nos portos mas em mão dos lavradores que p or
cauáa dos maus preços não mandam. — Vendemos no mês de janei
ro 165.nf,0 sacas contra l nP mil do ano passado. Os preços ao
câmbio de 21 dão ni.5/^% sôbre a venda. — Espero mandar 2.000
contos e se não houver cousas extraordinárias o ano de 70 de
ve p agar o prejuízo dc 7C. Para isto não descanso. Garanto-
lhe que farei todo possível para livrar-me do remorso de ter
concorrido para os maus resultados dc 7 P . — Só poderei sair
d ao ui em I o de março. — Traduziram-me perfeitamente as car
tas do Barth; porém nem êle nunca disse que o câmbio in cair
nem tao pouco estava muito bem informado, como passo a lhr
demonstrar. — 0 Governo nos meses rie setembro e outubro sn
comprou 36 3. r>00 contra 504. 000 em 1 "77. — Hão foram c-
mitidos 6 0.pon contos mas 32. o n contos. — A dívida extr^.na
do Brasil é atualmente de in milhões de libras. — A intern'1
fundaria, a flutuante é atualmente rie 4 3.1/2 milhões rie li
bras. — Papel-moeria 20. Total: ^1.50^.00^ } c não 96 mi
lhões de libras. — Nao havia 27.nnn;OPP firn deposite pare sa
ques como já demonstrei. — Quanto â redução rios juros ^as a-
polices a 5% eu faria se Ministro fô-sse. Sempre pensei que os
vim— st imos internos são os naiores entraves que se pode pôr
ao progresso do país e ãs finanças rio Estado. Além disso es
tabelece uma injusta riesigualria.de que oferece resultados con
trários a tôria a ciência, econômica m o d e r n a , porque o que mais
possui paga menos impostos rio que o que menos possui. 0 Esta
do recebeu rio indivíduo 1.00C$p p p em moeda pa.pel a juros rie
6% quando lhe convinha pagar tais juros, hoje sé pode pagar
juros de 5%, está no seu direito riizenrio as rocebcr seu conto
de reis ou eu sé lhe pago 5%. Pois quando medíocres rieved.ores
a.^nam dinheiro a 3% o Estado deve pagar a 0%? a mediria é tão
boa que estou certo não se realizará. Já se fala em que ape
nas um impôsto será lançado sôbre os jur^s — Temos um Minis
tro inteligente e resoluto; porém sem a calma necessária para
negócios rie cifras e talvez mesmo sem energia para arcar con
tra as exigências rios deputados que são outros tantos parasi
tas do tesouro público. Muitas queixas so. têm levantado sôbre
os oiversos Ministros que temos tirio mas se estudarmos bem os
negócios veremos que os deputados e senadores são os que obrjL
ga m os Ministros a praticarem atos escandalosos achando in
felizmente homens sem a fôrça necessária para reagir e sujei
tando-se a tôda sorte de exigências. As sessões das Câmaras
não dão em resultado senão concessões de lotarias, pensões,
licenças, gratificações e tôda sorte de favores. 0s orçamen
tos não são discutidos porque a maioria dos deputados nada en
tende disto e muitos dêles não sabem fazer uma conta rie m ul
tiplicar. 0 povo não pode reagir poraue 5/6 não sabe ler e
nem escrever. De índole refrataria ao trabalho e ao estudo o
brasileiro só pr ina por uma crassa ignorância ou por conhe
cimentos muito superficiais das causas. Não temos uma extrer-
ignorância a par de extrema sabedoria, como na Inglaterra ,nen
tao po*ce esta burguesia da civilização e da instrução err
na Fe landa, Pélgica, Alemanha e França; o que temos é muir
ignorânc*a c o que se chama sábio é o que passava por char
latão entro qualquer grupo dor. que estudam verdadeiramente r.
ciência. — Vai longe esta carta. Vou t r m i n a - l a respondendo'
a sua última de 17 de dezembro. — Estimei ouc não tivesse
feito as chitas alemães: cs padrões não prestam. Chitas so
feitas por mim m e s m e . A qualidade da gravura c a fixidez nada
valer. coir. o mau padrão. Tenho empregado toda a fêrça para ver
der c^m brevidade as chitas francesas. Dipa a H;?nhart que não
nos mande mais nada do 15/9. — Estnu ansioso p o r ter infor
mações mais exatas sôbre o pretendido empréstimo. — Aceite
lembranças de todos e as do ar.9 g t 9 .
a) Luís Tarquínio.
B a h i a , 30 de n o v e m b r o de 189 2.
— Snr. Bruderer.
— Recebi os papeis concernentes ao negócio Meu-
r o n . Li com tôda atenção tais documentos e confesso-lhe que
não me surpreendi, porque o que se passou com o Kohler c o
que se passa com a grande maioria dos que não tiveram a fe
licidade de nascer de pais fidalgos: jã pelo nascimento, jã
principalmente pela fortuna. A inteligência, a atividade,
o trabalho e a dedicação dos pobres e plebeus só têm valor,
só merecem a.Drêço, para os grandes corações, para as almas
nobres, para os espiritos privilegiados, como o Sr. os pos
sui. Para o vulgar dos homens, tais predicados são conside
rados como matéria sem valor e a oual cada um julga dar o
preço aue entende, sempre garbosos de sentimentos generoso,
por mais miseráveis que de fato sejam. Esta é a verdade. Pa
ra um Bruderer há um milheiro de Borels no mundo; e é pre
ciso que assim seja porque no dia em oue a Justiça genero
sa e salutar se achasse em maioria no mundo, perderia sua
importância por perder o privilegio da raridade, sem que d_i
minuisse o número dos culpados, pois que não diminuiria o
número dos ingratos e o Sr. sabe que a generosidade, a bon
dade, a benevolência, são muitas vêzes germes que fazem bro
tar a ingratidão em lugar do reconhecimento. 0 seu amigo
Kohler procede como homem de brio, se recusar de seus ex-
sócios qualquer oferta que lhe seja agora feita ainda mesmo
cue venha encapada por una satisfação qualquer. 0 homem que
é ferido em sua dignidade não aceita do ofensor nem a sua
salvação, /té êste momento ainda nada ouvi falar a tal res
peito por ao ui. Mão esperarei que me digam alguma coisa.Por
mim mesmo tornarei conhecido o procedimento dos chefes da
casa Meuron em relação ao sustentáculo da mesma casa, ato
aue por ser vulgar não deixa de ser miserável. / respeito
da política e finanças, tenho esperanças que ao abrir-se o
congresso em Maio se votará uma lei vazada nos moldes de ini
nha proposta. P isto ao menos o que me dizem os senadores e
deputados aue voltam ao Rio agora. 0 negócio do Rio está um
póuco:'prr'rdo ror culpa'dav.estrada dp ferro., .»nui na Bahia po
rnn ' <?ste nuí.to bon, principalmente porque *a estarão ten cor
rido marav_lhoGar\ente bem. Lembranças e ur abraco do /n9 Wt9
Qbd9 —
a) Luís Tarquínio.
Fxm9-. -Rr.Dr.Serzedelo Correia— - Conforme* minha
carta de 21 do corrente e neus telegramas de 17, 20 e 21 do
mesmo acuso recepção dos que V.Ex. me dirigiu em 20 e 21.—
Pelo vapor CLYDE aue ontem deixou êste põrto para Europa,
remeti aos S n r s . N.M. Kotschild & Sons uma primeira via de
7 f ino L por conta do Tesouro Nacional do Brasil como V. Ex.
vera pela cópia da carta aue escrevi a êstes banqueiros. —
Depois de recolhida pela Alfândera 160:000$ autorizei ao
Banco da Bahia <^ue levasse o debito do Tesouro a importân
cia de 130:246S431, importância das 7 000 & remetidas e que
tinham sido compradas ao mesno banco. Junto cópia desta or
dem. — Polo portador remeti a V.Fxcia. as segundas vias
seladas e guardo em meu poder as 3as. vias que neste caso
devem ser memetidas aos Snrs. Rotschild para serem utiliza
das em caso de extravio das primeiras. — V. Excia. me dirá
por telegrama se auer que assim faça ou se devo remetê-las
tambem ao Tesouro. — Em relação ao recolhimento de dinhei
ro no Banco da Bahia conbinei con o Sr. Inspetor da Alfân
dega para aue fôsse feito diretamente poraue o Banco boni
fica juros de 2% ao ano e consequentemente é mais convenien
te assim do que guardar nos cofres da Alfândega. — Quanto
a garantia e segurança aue ofernce o Banco posso asseverar
a V.Excia. que tanto o da Bahia como o Mercantil são tão
bons como os melhores e nem sombra de suspeita pode pairar
sobre a sua importância e honorabilidade. Por isto tudo po
de V.Excia. ficas absolutamente sossegado. Conforme m eu te
legrama comprei ontem mais 1 000 L a 12.3/4 para as malas
de 4 e 13 de abril. Estando o câmbio no Rio a 1 8.S/S acho
aue foi boa a operação, tanto mais auanto com as compras a-
oui lucra o Tesouro não só a. diferença da taxa do câmbio
como as despesas que faria o dinheiro daaui remetido pela
/lfândega ao Tesouro além dos dias que se adianta com a re
messa feita desta praça em vez da do Rio. — Parece-me que
V.Excia. vai verificando ser vantagem a compra do cambiais
aqui o aue é para mim uma satisfação por ter sugerido tal
medida que oferece ainda outras vantagens que não mencio
nei. — Como jã escrevi a V.Excia. nenhuma despesa tem aqui
c mesmo despesa con telegramas en não conto e estou sempre
muito satisfeito quando posso prestar um serviço ao pais
ainda aue fazendo algum dispêndio. 0 que desejava, porem,
se fosse possível é uma recomendação à repartição telegrãfi
ca daoui p?ra expedir com urgência qualquer telegrama qut:
eu mandar a V.Excia. Faço êste pedido porque estão sempre
a reclamar aue o telegrama só podr ser expedido com demora.
Permita V.Excia. aue agora lhe lemhre a remessa dc notas de
500 rs., 1$ e 2$ e moedas de bronze e niquel. V.Excia. não
se figura aue calamidade e falta de trocos. Ate agora ser
viam de moedas fichas dc passagens de enrris urbanos; mas
o Sr. Ministro do Interior mandou ordem para que elas sejam
recolhidas dentro de 30 dias. Sei aue estou me tornando im
pertinente com êste negócio de miúdos mas V.Excia. sahe nuc
nada peco para mim, nem para amigo meu, o que peço é em be
nefício da Bahia da qual sou filho e auc desejo ver sempre
livre de embaraços no seu desenvolvimento e por isto sou
desculpado. — Sempre às ordens de V.Exc- como Patrício e
Am9 Mt9 0bd9
a) Luís Tarauínio.
Amigo e Snr. Luiz Tarquinio
Rio 2 8 de Abril de 18«7.
Esperava ir visitar a família e os amigos na 3ahia
e nesse ocasião lhe agradeceria os serviço aue prestou ao neu
governo e os testemunhos de apreço e de pesar cor. que me dis-
tinguio quando faleceu meu presado Pae. Mão me perraittiran,
porem, os trabalhos e exigencias políticas aos quais estou*in
felizmente escravisado.
Rogo-lhe que aceite os meus sinceros agradecimentos.
Desgraçadamente pouco se poude fazer c muita cousa que se a-
chava em v ia de execução creio aue não se fará.
Continuo a nutrir ar, mais séries apprenhensões acer
ca de nossa situação econômica c financeira e sinto que vão
anniquilando as ultimas esperanças. Como sabe os nossos com
promissos de governo no exterior sobem a mais de cinco i-'mi
lhões esterlinas e, com a taxa dc cambio aue se vae produzin
do, ao lado da grande baixa do café que deve aggraval-a, ab
sorverão as nossas vendas de alfândega, nada restando para as
despez^s internas. 0 meu cnnenho de arrendar as estradas c
vendar diversas enprcsas e capitaes estrangeiros foi seriamen
te contrariado com os incidentes do desastre de Canudos er.
r.ua repercussão aoui no Rio e do rctrahinento aue produzio no
espirito enprehendedor do capitalista europeu, diante da amea
ça constante a ordem publicr e és garantias de vida c propric
dade. Foi uma fatalidadu que se tivesse deixado praticar tão
tristes desatinos. Não sei de aue recursos poderá o governo
lançar mão e atordoa-me a possibilidade de aue queirao ainda
uma vez lançar mão de novas emissões. Digo-lhe tudo isto en
confiança; nada sei dc p o s i t i v o ,... da maior reserva, en que ne
collocou a vinda inopinada do Prudente.
Há de procura-lo ahi uma pessoa aue ne foi reconmen
dada por um amigo a auen devo muitas finesas e muita affcição,
desejo que o colloaue em serviço da fabrica onde pode ser mui
to util. Levará um cartão meu no qual não vae u na simples a-
presantação e sim um. pedido de vivo intéresse.
Disponha sempre
do anigo e admirador
Manoel Victorino
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CA RT A DE M A N O E L V I TO R IN O A LUIZ TA R QU I NI O
£1.2 e 3
Peris, 13 de Maio de l?>n.
Snr. Paul L e r o y - Beaulieu
Peço-lhe perdão por ousar escrever-lhe sem ter tido
a h^nra ric lhe ser apresentado.
?ou brasileiro, não -"»penas porque nasci no Brasil
mas porque amo meu país de todo o meu coração.
Eis senhor, o único titule que posso apresentar-lhe
como justificativa da audácia em escrever-lhe.
Meu . pais sofre no momento de um mal que até agora
nao foi bem compreendido por aqueles que o estudaram.
f, verdade que existe uma crise financeira no Brasil
não apenas para o governo federal. Para o país ela não é se
não monetária devido ao grande volume ^e papel moeda oue exis
te em circulação.
A Constituição do Brasil por sua má distribuição
d o s 'impostos colocou o Governo Central numa posição falsa lho
reservando os direitos sobre a importação e ceriendo aos Esta
dos o imposto sobre a e xp o r t a ç ã o que sempre foi recebido :em
ouro. o mais simples raciocínio nos diz que no momento cr. que
o Governo Federal se encarregava do serviço da divida externa
era p r e c i s o atribuir-lhe também o i mp o s t o que p rr ma elasti
cidade permitir-lhe-ia fazer face => seus compromissos no caso
de una depreciação da meeda.
0 r e s u l t a d o desta falta constitucional c que a Uni
ão sefre en seu crédito, o Governo se encontra en sérios en-
baraços financeiros ao lado de Estados prósperos e com finan
ças florescentes.
As coisas não podendo continuar desse modo e sendo
verdade aue se a mreda não se desvalorizasse como aconteceu
este erro não teria efeitos tão desastrosos, restava ao Gover
no Federal tomar medidas sérias para valorizar a moeda.
A unica medida eficaz, en minha o p i n i ã c , seria re
tirar o excesso de papel moeda que permanece em circulação.
Neste sentido escrevi no Diário da Bahia de 29 ric
Março o artigo que tenho a honra de subneter a sua sábia apre
ciaçao. Estarei certo? Terei aconselhado uma medida cujos e-
feitos serão salutares para o Brasil?
Ao senhor, que sempre considerei conn um dos mais
capazes mestres da mais difícil '■’as ciências que é a econômi
ca, encaminho essas duas interrogações.
0 senhor ama sua bela França, estou certo; pode por
tanto compreender que, se abuso de sua paciência á porque, de
início, tenho uma cega confiança en todas as suas opiniões,
em seguida por desejar ser, tanto ouanto possível, útil a meu
p a í s .
Queira aceitar, Senhor, a afirmação da mais alta
consideração e admiração de
Seu devotado
"Senhores Acionistas:
Os abaixo assinados, por võs eleitos desde o início
da nossa Empresa, para dirigí-la, entenderam desde logo, ba
seados na razao e nos bons princípios, associar à prosperida
de da Companhia, isto é, aos nossos interesses, o bem estar
do operario. £ assim que ao mesmo tempo que se assentavam os
alicerces da fábrica, levantavam-se os pilares da Vila Operá
ria.
Não faltou quem naquela ocasião censurasse a Dire
ção pelo dispendio com edifício para alojamento dos Operá
rios, para casas de instrução, armazéns, etc., etc. chegando
até alguns acionistas, por isto a venderem suas ações, tão
errado julgavam o proceder da Direção.
Felizmente contava ela com o vosso apoio, quasi unâ
n i m e , e poude, de acordo com o seu programa, elevar a nossa
Empresa ao inexcedível grau de prosperidade em que ela se a-
cha. Êsse programa foi e será de inteira dedicação ao traba
lho administrativo, justiça e retidão para aqueles que traba
lham.
Nas grandes indústrias, como aquela a que nos dedi
cámos, em um meio pouco industrial com o nosso, o braço que
trabalha vale pelo menos tanto quanto a cabeça que o dirige,
ou o Capital que o vivifica.
Os abaixo assinados, sempre estiveram disto conven
cidos e têm feito tudo quanto lhes tem sido possível em pr5l
do bem estar dos seus operários: Alojamentos confortáveis, ba
ratos para uns, gratis para os que trabalham há mais de 5 a-
n o s , instrução, água, luz e serviços médicos, todos gratui
tos, já são fornecidos. Isto, porém, não basta: é preciso que
depois de 10 an os de bom trabalho e comportamento o operário
pelo menos, tenha uma casinha sua, onde possa alojar-se e a
sua família, sem precisar lembrar-se do senhorio: é preciso
aue não haja mais crianças que deixem de frequentar as esco
las por falta de roupas: é preciso que aquêles que se senti
rem enfraquecidos pelo trabalho e pelas moléstias , possam em
lugar apropriado refazer as fôrças perdidas sem cogitar dos
meios para isso necessários; ê preciso finalmente que o ope
rário da Companhia Empório Industrial do Norte veja nêle- uma
mãe carinhosa e grata com que êles poderio contar nos momen
tos difíceis, e que por isto devem amá-la, manifestando o seu
amor pelo trabalhovoluntário e dedicado, único realmente pro
dutivo e profícuo.
É um fato que algumas vezes o benefício faz nascer
o ingrato; mas louco seria o agricultor que deixasse de se
mear, com receio de que alguns grãos deixem de germinar.
Para completa realização de seu programa, a Direção
da Empório vos pede autorização para dispender com socerrros,
auxílios e prêmios aos bons operários, a quantia equivalente
a 10%, da oue fôr elevada a conta de Lucros Suspensos.
£ bem pouco para v ó s , mas é muito para aqueles que
trabalham, porque ê necessário para aliviá-los das necessida
des e garantir-lhes em parte o futuro.
Esperam os abaixo assinados que lhe concedais a au
torização pedida.
Bahia, 24 de Maio de 190 2
(Assi) — Leopoldo José da Silva e Luiz Tarquínio.
^ppcpiç^.o ?,?. vil;. opFf’7r’i,f
VILA PPFPflP.i;
1. DFSCRIÇÃO DA VILA OPER/.P.I/'
A Vila Operária de propriedade da Cia. Empório In
dustrial do Morte, situada S Av. Luiz Tarquínio, Salvador, Ba
hia, Ó constituída de 8 (oito) blocos de 2 (dois) pavimen
tos — /, P,, C, D, E, F, G, H conforme planta de situação, fo
lha 1-2, centralizados por uma praça arborizada com 1.530 n^
onde situam-se a estátua do Sr. Luiz Tarquínio fundador dp
Companhia: uma escola com dois pavimentos; uma creche situada
no bloco E com um pavimento e um conjunto denominado coopera-
rativo situado no bloco F o qual c constituído de uma a m a -
zpm de gêneros alimentícios, de uma loja de tecidos c de um
açougue.
Entre os blocos c para circulação dc pedestres exi£
tem ruelas pavimentadas com 7,5m por 84m que dão accsso ã Av.
Luiz Tarouínio.
Considerando-se a linha leste-oeste passando pelo
centro da praça têm-se no lado sul os blocos A,B,C,D,E o do
lado norte os blocos F,G,H. 0 conjunto reune 15 (quinze) re
sidências tipo A e 243 (duzentos e auareenta e três) tipo B
localizadas d a maneira que segue. 0 bloco A á constituído
de 22 (vinte e duas) residências numeradas de 2 a 44 sendo a
residência de n9 2 do tipo A com 177m^ e as demais do tipo
P com 7l,fl5m^. Os blocos B,C,D,G,H en forma dc U tên em cada
perna do UU 22 casas numeradas dc 2 a 44 e de 1 a 43, sendo
2 do tipo A e as demais do tipo P. IJo bloco E situam-se a
creche e fl casas nuneradas de 1 a 7 o de 2 a 8, sendo 2 do ti
po A e as demais do tipo P. Finalmente no bloco F onde si
tuam-se o a nr. az em de gêneros alir entícios, a loja de tecidos
e o açougue existem 8 residências numeradas de 1 a 7 e de 2 a
P, sendo 2 do tipo A e as demais do tipo B.
2. rsP F C iP icaçoes T f a n c / s
A - Residências
1) Fundações —
São de alvenaria de pedra brut--1.
Foi empregada argamassa dn traço 1:8 cimento
e arei c.
2) Estrutura —
2.1 — As estruturas dos prédios são de alvena
ria de tijolo e assoalho de rr.de* ra com taboado dc 3,8 x 23cn
p barrotes do 7,5 x lOcm.
2.2 — Madeira ennregada.
Os barrote*’ são de madeira de lei-ipê.
0 taboado é dc louro.
3) Alvenaria —
As aivenarias de sustentação e vedação internas
e externas são de tijolos maciços com as dimensões indicadas
nas plantas.
3.1 — Foram empregadas argamassa • de traço
1:3:1 cal, areia e barro.
4) Pavimentação —
4.1 — Os andares terreos são pavimentados com
argamassa de cimento e areia.
Foi empregado argamassa de traço 1:2 ci
mento e areia.
5) Revestimentos —
5.1 — 0 revestimento externo dos prédios têm
seu esboço preparado com argamassa 1:5:7:3 cimento, cal,areia
c b.?rro. 0 reboco cora argamassa 1:2:3 cimento, cal e areia.
S.2 — 0 revestimento interno dos prédios têm
seu emboco preparado com argau.ast>a 1:1 cal e barro e o reboco
cor argamassa 1:1 — cal e areia.
5. 3 — Rodapés —
Os rodapés são pintados com tinta a óleo
5.4 — Peitoris —
Todos os peitoris são de madeira ou ci
mento.
5.5 — Todas as so.eiras são de cimento.
6) Carpintaria e marcenaria —
As esquadrias com os respectivos guarneci
mentos são de madeira de lei-ipê.
6.1 — Todas as janelas são de abrir, com duas
folhas e três fftlhas.
6.2 — As portas externas são almofadadas e de
uma folha.
6.3 — As portas internas são de madeira (lou
ro) e de uma folha.
6.4 — As aduelas são de 3cm cor rebaixo de lem
v na expessura das paredes.
6.5 — Os contramarcos obedecem ao desenho de
dnta l h e s .
6.6 — Os alizares obedecem ao desenho de dota-
ühns.
6.7 — Fscada — As escadas são dc radeira dc
lei-ipê.
7) Serralheira —
São cm ferro pintado a óleo obedecendo dese
nho de detalhes.
8) Ferragens —
8.1 — As portas externas são providas de fe
chaduras d e m a r c a importada.
9) Impermeabilização
0 piso dos pavimentos terreos são impermea
bilizados com uma camada de concreto simples.
10) Telhado —
As coberturas são dc tolha cerâmica, tipo
canal, aue repousam em um vigamento dc ipê.
11) Pintura —
11.1 — Bleo.
São pintadas a óleo as esquadrias c ser-
ralheria3.
d i o s .
11.2 — Emulsão.
São pingadas todas as paredes dos pré-
12 ) JnstalaçÒcs liui-culicas —12.1 — Distribuição dc água fria.
Os prédios são abastecidos pelo Serviço
de Aguas e Esgotos da cidade dc Salvador.
12.2 — Reservatório.
Existem dois reservatórios de água que
abastecem ã vila.
12.3 — Rede dc distribuição de água.
Os canos são de ferro galvanizados.
12.4 — Redes do esgotos.
São constituídas de manilhas ccrinicas
v i dradas.
12.5 — Rede de águas pluviais.
As calhas e os condutores de aguas plu
viais são de zinco.
13) Instalações elétricas —
13.1 — Um sistema independente para cada resi-
dôncia.
13.2 — Existe um ouadro geral de distribuição
de luz e fôrça.
13.3 — Tomadas e interruptores.
Foi. previsto um interruptor em cada peça
dos predios.
13.4 — Foram empregados fios e cabos nacionais.
13.5 — Os cômodos são iluminados com luz dire
ta, sendo o ponto colocado no centro do respectivo teto.
14) Viâraçaria —Todos os vidros são da mesma colaração.
Estao providas do vidros lisos, simples,
transparentes, as esquadrias externas.
P - Escola
1) FunãaaÒas —
São de alvenaria de p-dra bruta.
Foi empregada argamassa de traço 1:8 cimento
o. areia.
?) Estrutura —
2.1 — A estrutura do prédio é constituída de
alvenaria de tijolo e assoalho do nadeira com taboado de
3, 8cm x 22,8cm o barrotes dc 7,5om x lOcm.
2.2 — Madeira enpregada.
^s barrote^ são do jnadeira dc lei-ipê.
A madeira do taboado é do louro.
3 ) AIvenaria —
/s alvcr.arias de sustenção e vedação inter
nas e externas são dc tijolos maciços cor as dimensões indi
cadas nas plantas.
3.1 — Foram utilizadas argamassas de traço
1:3:1, cal, areia e barro.
4) Pavimentação —
4.1 — 0 pavimento terreo do edifício é pavi
mentado com ladrilho hidráulico. Ur.a das salas é assoalhada.
4.2 — 0 pavimento superior é inteiramente as
soalhado.
5) PevcBtitnnntos —
5.1 — 0 revestimento externo do prédio tem seu
emboço preparado com argamassa 1:5:7:3, cimento, cal, areia e
barro. 0 reboco con argamassa 1:2:3 cimento, cal e areia.
5.2 — 0 revestimento interno dos prédios têm
seu embôco preparado com argurassa 1:1 cal e barro c o reboco
com argamassa 1:1 cal e areia.
5.3 — As paredes dos sanitários são revestidas
de azulejo branco até a altura regulamentar l,50m.
5.4 — Rodapés.
Os rodapés são pintados com tinta a óleo
5.5 — Peitoris.
Os peitoris são de n a m o r e branco.
5.6 — As soleiras são de mármore branco.
6) Carpintaria e marennaria —
As esquadrias con os respectivos g u a m e c i n o n
tos são dc radr.ira dc lei-ipê.
6.1 — Todas as janelas são de abrir com duas
f o lhas.
6.2 — As portas externas são almofadas c de
duas folhas.
6.3 — As portas internas são do nadeira (lou
ro) e de duas folhas.
6.4 — As aduelas são de 3cm con rebaixo de
l,5cn e na expessura das paredes.
6.5 — Os contranarcos obedeccn ao desenho dn
deta l h e s .
6. 6 — Os alizares obrdecen ao desenho dc deta
lhes .
7) Serralheira —São em forro pintados a óleo obedecendo desenho
de detalhes.
8) Forragens —
8.1 — As portas externas são providas de fe
chaduras de m arca importada.
9) Impcrmcabilizaçao —
0 piso do pavinento terreo é impermeabiliza
do com uma camada de concreto sinples.
10) Telhaâo —
in.1 — A cobertura e dc telha cerâmica, tipo
canal.
10.2 — 0 vigamento do telhado é feito de nadei
ra de lei-ipê.
11) Pintura —
11.1 — tflco
São pintadas a óleo ar. esquadrias e ser
ralheiras .
11.2 — Emulsão
Seo pintadas todas as paredes e tetos do
predio.
12) Instalaço<'8 hidráulicas —
12.1 — Distribuição de agua.
0 predio c abastecido pelo Serviço de
Aguas e Esgotos da cidade dc Salvador.
12.2 — Reservatório
Existen dois reservatórios de agua que
abastecen á vila.
12.3 — Rede dc distribuição dc agua.
Os canos são de forro galvanizados.
12.4 — Redes de esgótos.
£ constituida de nanilhas coránicas vi
dradas .
12.5 — Red. de águas pluviais.
As calhas o os condutores dc águas plu
viais são dc zinco.
13) Ir.3 talaçõcfi rlftricar, —
13.1 — U nt sistena. independente servo ao predio
es colar.
13.2 — 0 quadro peral de distribuição de luz c
fôrea da vilã está localizado numa peça do p r e d i o f> isso des
tinada.
13.3 — Tornadas e interruptores.
Existe ur interruptor en cada peça do
predio.
13.4 — Foran enpregados fios e cabos nacionais.
13.5 — Os conodos são iluninados con luz dire
ta, sendo os pontos colocados locais convenientes dos respec
tivos tetos.
14) Vi dragaría —
Todos os vidros são da nesna coloração.
Estão providas de vidros lisos, sinples ,
transparentes, as esquadrias externas.
C - Cooperativa
1) Fundações —
São de alvenaria de pedra bruta.
Foi empregada argamassa de traço 1:8 c i
mento e areia.
2) Estrutura —
A estrutura do prédio é de alvenaria de
tij ôlo.
3) Alvenaria —
As alvenarias de sustentação e vedação in
ternas e externas são de tijolos naciços cor. as dimensões in
dicadas nas plantas.
3.1 — Foi utilizada argamassa dc traço
1:3:1, cal, areia e barro.
4) Pavimentação —
4.1 — 0 prédio é pavimentado com ladrilho
hidráulico assentado sôbre argamassa de traço 1:5 cimento c
areia.
5) Revestimento —
5.1 — 0 revestimento externo do prédio ter
seu enbôço preparado com argamassa 1:5:7:3 cimento, cal,areia
e ^arro. 0 reboco com argamassa 1:2:3 cimento, cal e areia.
5.2 — 0 revestimento do prédio tem seu er-
hôço preparado com argamassa 1:1 cal e barro e o rebôco con
argamassa 1:1, cal c areia.
Os sanitários e o açougue são reves
tidos de azulejo branco até a altura regulamentar de l,50m.
5.3 — Rodapé. ' — •
0 rodapé é pintado com tinta a éleó.
5.4 — Peitoril.
Todos os peitoris são de cimento.
5.5 — As soleiras são de marmorite.
6) Carpintaria e marcenaria —
As esquadrias com os respectivos guarneci
mentos são de madeira de lei-ipê.
6.1 — As janelas são fixas ou d<j basculhan
tes .
6.2r— As porta= externas são almofadas e
de suas folhas.
6.3 — Os alizares obedecem ao desenho ' de
deta l h e s .
6.4 — Os contranarcos obedecem ao desenho de
d e talhes.
7) Serralhcria —
São em ferro pintado a óleo obedecendo de
senho de detalhes.
B) Ferrager.s —
8.1 — As portas externas são providas de fe
chaduras de marca importada.
9) Impermeabilização —
0 piso ê inpermeabilizado com una canada
de concreto sinples.
10) Telhado —
A cobertura ê de telha cerânica, tipo ca
nal, apoiada sôbrc un vigamento de ipê.
11) rir.tura —
11.1 — tfleo.
Slo pintadas a óleo as esquadrias ,
fôrro e serralherias.
11.2 — Enulsão.
São pintadas tôdas as paredes do pré
dio.
12) Instalações hidráulicas —
12.1 — Distribuição de água.
0 prédio é abastecido pelo Serviço dc
Aguas e Esgotos da cidade de Salvador.
12.2 — Reservatórios.
Dois reservatórios de água abastecem á
vila.
v i d r a d a s ,
12.3 — Rede de distribuição.
Os canos de ferro galvanizado.
12.4 — Rêdc de esgõto.
É constituída dc manilhas cerámicas
12.5 — Rede de águas pluviais.
As calhas e os condutores são de zin-
13) Instalações elétricas —
13.1 — Um sistema independente serve ao nré-
dio.
13.2 — Foi previsto um interruptor em cada
peça do prédio.
13.3 — Foram empregados fios e cabos nacio
nais .
13.4 — Os cômodos são ilumidos com luz dire
ta, sendo os pontos de luz colocados no lugar conveniente do
respectivo teto.
14) Vidraçaria —
Todos os vidros são da mesnn coloração.
Estão providos de vidros lisos, simples,
transparentes, as esquadrias externas.
D - Creche
1) Fundações —
São de alvonaria de pedra bruta.
Foi empregada argamassa de traço 1:8 ci
mento e areia.
2) Es trutura —
A estrutura do prédio é de alvenaria de
tij Ôlo.
3 ) A Ivcnaria —
As alvenarias de sustentação e vedação
internas c externas, são de tijolos maciços com as dimensões
indicadas nas plantas.
3.1 — Argamassa 1:3:1 cal, areia e barro.
4) Pavimentações —
4.1 — T.^cos — São pavimentados com tacos
de "Peroba Rosa” de 21 x 7cm, a entrada, circulação e salão
das crianças.
4.2 — Argamassa utilizada no' sseentamento
dos tacos: 1:5 cimento e areia.
4.3 — Ladrilho hidráulico.
São pavimentadas com êles as demais
dependências do prédio.
5) Pevcetimentoa —
5.1 — 0 revestimento externo do prédio ter.
seu embôco preparado com argamassa 1:5:7:3 cimento, cal,arei a
e berro. 0 reboco com argamassa 1:2:3 cimento, cal e areia.
5.2 — 0 revestimento interno do prédio tem
seu emboco preparado c.j>. argamassa 1:1 cal e barro e o reboco
com argamassa 1:1 cal e areia.
5.3 — São revestidas com azulejo branco
até a altura regulamentar de l,50m tôdas as peças pavimenta
das com ladrilho hidráulico.
5.4 — No assentamento dêlcs erpregou-se ar
gamassa 1:6:1 cimento, c â e areia.
5.5 — Rodapés.
5.5.1 — Os rodapés da entrada, circulação
e salão das crianças, *ão de madeira dc 7,5 x 2cm, abaulados
na parte superior.
5.5.2 — Uas demais peças pavimentadas com
ladrilho hidráulico as quais são revestidas, de azulejo, o
rodapé é da mesma natureza que o revestimento.
5.5 — Peitoris.
Os peitoris são de cimento.
5. 7 — Soleiras .
As soleiras são de marmorite.
Foram assentados com ar0 amassa 1:3
cimento e areia.
6) Carpintaria - marcenaria —
As esquadrias com os respectivos guarne
cimentos são de madeira de lei-ipe, com a expessura mínima de
3cm.
6.1 — As janelas são basculhantes.
6.2 — As portas externas são almofadadas
e com duas folhas.
6.3 — Os contramarcos obedecem desenho do
d e talhes.
6.4 — Os alizares obedecem deeenho de de
talhes .
7) Serralheria —
São cm ferro pintado obcde-ccndo aos de
senhos de detalhes.
3) Fcrrag^ne —
As portas externas são providas de fe
chaduras d c narea importada.
9) Impermeabilização —
0 piso e inperneahilizado por uma canada
do concreto simples.
10) Telhado —
A cobertura é de telha cerâmica, "france
s ? " .
0 viganonto do telhado é dc madeira de
lei-ipe.
11) Pintura —
11.1 — Cleo.
São pintadas a óleo as esquadrias
externas, as serralherias e o fôrro.
11.2 — Emulsão.
São pintadas tôdas as paredes do
prêdio.
12) Ir.stalaçao hidráulica —
0 prédio é abastecido pelo Serviço dc
íguas e Esgotos da cidade de Salvador.
12.1 — Rede de distribuição.
Cs canos são de ferro galvanizado.
12.2 — Rede de esgoto.
Constituída de manilhas cerânicas vi
d r adas.
12.3 — Aparelhos sanitários.
A louça sanitária é nacional, b ran
ca, da. narca "Hervy" e "Celite" , os respectivos pertences
são de netal niquelado.
12.4 — Gabinete nédico.
U m lavatório.
12.5 — Sala de ananentação.
Quatro lavatórios (narca Hervy)
Urra banheira para criança.
12.6 — Lectário
Vi.- '. Duâs pias de ferro esmaltado com re¿
pectivas mesas de marmorite.
12 .'7 — Lavanderia.
Un tanque para lavagem de roupa.
Um lavatorio.
Um banheiro.
Um vaso sanitario.
12.8 — Sala de banho das crianças.
Dois lavatorios.
Duas banheiras para crianças.
Um vaso sanitario (marca celite).
13) Ir.ctalações elétricas —
13.1 — Um sistema independente serve ao pré
dio.
peça do predio.
13.2 — Tomadas e interruptores.
Foi previsto um interruptor em cada
13.3 — Foram utilizados fios e cabos nacio-
13.4 — Os cômodos são iluminados cora luz
direta, sendo o ponto c dLocado no lugar conveniente do res
pectivo teto.
14) Vidraçaria —
Todos os vidros são da mesma coloração.
Estão providas de vidros lisos , simples ,
transparentes, as esquadrias externas.
r r r . 3 1 . 1 . 5 8 .
Casas da Villa OperariaR U A D O F U N D O n A V I L L A
O O :■ i' t. Uo o n oo' 7?
r. H E X o A
T A B F L f. S
DEMONSTRATIVO DOS QUOCIENTES COMPARATIVOS DO COKIDITO PATRIMONIAL COMÍAf AÇÃO ENTRE 0 CAPITAL DE TERCEIROS I 0 CAPITAL PR0PRIO
CARANTIA DE C A P ITA IS DR TRRCRIR05 1 1 0 - 1 1 7 )
AN05 AT190 IEA L PA9SIT0 REAL PAT .LtQ UIDO P8 il 100PL
119) 3. 141.9131300 141.9139300 3.000.0009000 47,301694 4.180.0331962 1. 180.0339962 3.000.0009000 ) 9 , ) )1893 8.798.7061080 2 .063.3389863 6.733.1479213 30,631896 11.343.3311893 1.447.1119140 9.898.4409753 14,611897 9.203.2231900 3.862.9439030 3.342.2809870 72,301898 13.970.6229630 4 .916.3499910 11.034.0729740 44 ,471898 13.320.9369710 2 .181.8439330 11.339.1119360 19,241900 13.698.9369920 933.6679060 12.763.2899860 7,331901 16.313.9319230 3.348.4989460 12.967.4329770 27.361902 13.646.3339430 1 .943.7309980 13.700.6049470 14.201903 13.340.3939360 1 .617.1119880 13.923.4816480 11,611904 14.061.9089170 1.260.7339470 12.801.1729700 9 ,841903 13.337.4029720 2 .163.3239810 11.172.0769910 19,381906 12.449.8229920 1.739.3739800 10.690.2479120 16,431907 13.063.0079020 2 .134.6319230 10.930.3758790 19,331908 13.133.3309080 3. 142. 5029100 10.013.0279980 31,381909 12.709.7699090 2.392.3578240 10.317.2119830 23,181910 12.227.1939080 1 .856.0709610 10.317.1249470 17,891911 12.066.3039120 1.500.3049300 10.366.0009820 14,191912 12.268.1309270 1 .350.5889740 10.917.5419530 12,371913 12.816.9409820 1 .614.3689680 11.202.3729140 14.411914 13.816.7049310 2.319.5389100 11.497.1669210 20,171913 14.162.4289210 2.423.9609780 11.738.4679430 20,641916 14.811.4109990 2 .636.0029920 12.173.4089070 21,631917 13.82?.7409140 3.087.9109160 12.734.8299980 24,241918 16.726.0069630 2 .428.8299440 14.297.2379210 16,981919 13.294.0289140 1.871.3509510 13.422.6779630 13,941920 16.083.4689230 1 .177.0079380 14.908.4609850 7.891921 16.984.6319300 1.074.0969800 15.910.3349300 6,731922 17.738.0189820 1.103.2389590 16.832.7809230 6 ,631923 18.094.4709170 1.169.7479310 16.894.7229860 6,921924 19.183.3219440 1.622.5139780 17.361.0079660 9 ,231923 20.372.7399620 2.007.6549400 18.383.1058220 10,931926 21.293.7019470 1.830.9699830 19.444.7316640 9 ,311927 21.131.8909330 1.906.7299990 19.225.1609560 9 .911926 19.333.2349940 1.287.3149960 18.267.7399980 7,041929 17.130.3209440 695.7049640 16.434.6156800 4 ,221930 16.686.0469720 1.013.8619410 13.872.1838310 6 ,461931 19.311.6649430 1.288.7329290 16.222.9328140 20,271932 19.913.0369260 3.189.2679480 16.723.7689780 19,071933 19.697.2329330 2 .722.0009910 16.973.2316440 1 6 ,0 )1934 21.493.1349380 3 .322.6109010 18.172.5446370 32,911933 21.480.0049040 3.912.4559760 17.367.5489280 22,271936 22.899.6109320 4.377.1659930 18.322.4446390 24,981937 24.042.9669710 3 .105.6919170 1 « .937.2739540 26,931938 23.187.8139330 4 .180.1439400 19.007.6729130 21,991939 2 Í .9 9 0 .8089120 4 .193.4379240 18.797.3709880 22,311940 19. 266. 1468400 2 .433.2119720 16.812.9369660 16,391941 17.341.7919920 1 .688.3029300 13.833.4899420 10,631942 1 8 .733.480,41 2 .30 9 .2 11 ,8 0 16.246 .268 ,61 13,641943 22.626 .242 ,92 3.163 .194 ,40 1 9 .4 63 .048 ,32 16,231944 2 1 .1 34 .963 ,03 3 .271 .681 .00 17 .8 6 3 .28 2 ,03 11,321943 31 .090 .119 ,80 3 .993 .863 ,70 27 .0 9 4 .23 6 ,10 14,731946 44 .207 .937 ,60 7 .33 1 .1 33 ,3 0 3 6 .8 7 6 .80 4 ,10 19,881947 3 1 .8 01 .890 ,60 8 .46 7 .2 83 ,3 0 4 3 .3 34 .603 ,30 19,341948 8 4 .638 .066 ,90 10 .008 .363 ,00 7 4 .6 49 .703 ,90 13,411949 4 8 .6 1 7 .86 8 ,30 1 6 .318 .521 ,60 30 .299 .346 ,90 60,461930 113 .732 .616 ,20 36. 130. 319,20 7 9 .6 2 2 .29 7 ,00 43,381951 143 .001 .633 .90 37 .763 .368 ,20 8 3 .2 36 .267 ,70 67,771932 180 .866 .791 ,80 80.063 .773 ,60 100 .803 .018 ,20 7 9 ,6 )1953 9 1 .2 1 3 .21 3 ,00 31 .944 .696 ,20 3 9 .2 6 6 .51 8 ,00 33,901934 104.033# 316,00 33 .926 .805 ,60 68 .1 0 6 .71 0 ,70 32,731933 137 .337 .412 ,30 5 4 .2 14 .728 ,60 8 3 .3 6 2 .66 3 ,70 63,031936 1 61 .006 .970 ,80 6 0 .333 .521 ,30 100 .673 .449 ,50 39,931937 1 97 .166 .374 ,80 106 .196 .001 ,30 90 .9 7 0 .37 3 ,30 116,741938 214 .091 .062 ,10 122 .130 .592 ,10 1 1 .9 4 0 .49 0 ,00 132,861939 2 30 .361 .374 ,70 130 .666 .491 ,00 9 9 .6 9 4 .88 3 ,70 130,831960 306 .687 .602 ,60 1 12 .244 .722 ,50 1 94 .443 .060 ,10 37,731961 3 6 2 .310.423,8Q 153 .897 .432 ,10 406 .6 12 .9 91 ,0 0 37,661962 601 .422 .341 ,40 216 .173 .615 ,50 383 .246 .723 ,90 56,931963 1 .38 7 .4 77 .3 96 .6 0 4 72 .941 .504 ,70 914 .3 33 .8 91 ,9 0 31,711964 3 .38 3 .7 64 .7 46 ,0 0 1 .49 3 .0 30 .7 85 ,0 0 1 .6 6 8 .7 )3 .9 6 3 ,0 0 79,161963 3 .379 .218 .967 2 .697 .274 .906 2 .68 1 .9 44 .0 6 100,371966 9 .213 .679 .710 5 .65 6 .5 54 .2 73 3 .3 3 9 .3 2 3 .4 ) 138,921967 11.102 .073 ,99 6 .21 0 .053 ,97 4 .89 2 .0 18 ,0 2 126,941968 17.387 .369 ,23 11 .693 .343 ,26 3 .6 9 2 .0 2 5 ,9 7 203,471969 17 .380 .366 .60 1 2 .143 .963 .82 3 .2 3 4 .4 0 0 ,7 6 232,041970 2 3 .6 73 .668 .30 1 9 .3 28 .008 ,74 6 .3 4 3 .6 3 9 ,3 6 )0 4 ,391971 23 .460 .166 .62 23 .734 .101 ,11 (2 .2 7 3 .9 ) ) ,1 9 )1972 18.261 .232 ,47 2 4 .4 20 .735 ,33 (6 .1 5 9 .4 8 3 ,0 6 )1973 38 .077 .390 ,80 34.371 .493 ,91 3 .7 0 3 .8 96 ,8 9 927,48
«OTAI OS ALCARISMOS IN TRE PARENTRSRS S IG N IF IC A N RESOLTADOS REOATIVOS. RM 1*71 • 1*72 AS O H IO A - Ç ÍE S (PA SSIVO REAL) SUPERARAM OS D IRX ITO S (ATIVO R EA L)
P O N T E i C R I N - R R L A T 0 R 1 O S E B A L A N Ç O S A N D A I S 1 S Í J - 1 Í 7 J .
COMPANHIA FMPrtKIO IN D U STR IA L DO NORTE DEMONSTRATIVO DOS QUOCIENTES COMPARATIVOS DO CONJUNTO PATRIM O NIAL
COMPARAÇÃO ENTRE O CA P ITA L DE TERCEIRO S E O ATIVO REAL APLICAÇÃO DE CA PITA L DE TERCEIRO S
1B9J-197JPR « 100
ANOS ATIVO REAL PASSIVO REAL PA T .L ÍQ U ID O
1893 3. 141.9131300 141.913*300 3 .00 0 .0 00 *0 00 45,161894 4 .180 .0539962 l . 180.033^962 3 .00 0 .0 00 *0 00 2 8 ,2 )189 5 8 .79 8 .7 0 6 *0 8 0 2 .06 3 .5 58 *8 65 6 .73 5 .1 47 *2 15 2 ) , 451846 11 .345 .5511893 1 .4 4 ?.1 1 1 *1 4 0 9 .89 8 .4 4 0 *7 5 3 12,75189? o . 205.2251900 3 .86 2 .9 45 *0 30 5 .34 2 .2 80 *8 70 41,961898 15.970.6221650 4 .91 6 .5 49 *9 10 1 1 .054 .0728 740 50,781849 13 .520.9569710 2 .18 1 .8 45 *3 50 1 1 .3 3 9 .11 1*36 0 1 6 ,1 )1900 1 3 .6 9 8 .95 6*92 0 935 .667*060 1 2 .7 6 3 .28 9*86 0 68 , )01901 16.515.9311230 3 .54 8 .4 98 *4 60 12.967 .4328770 21 ,481902 15.646 .3551450 1 .94 5 .7 50 *9 80 13 .7 0 0 .60 4*47 0 1 2 ,4 )19*3 1 5 .5 4 0 .5 *39 360 1 .61 7 .1 11 *8 80 1 3 .9 2 3 .48 1*48 0 10,401904 1 4 .0 6 1 .9 0 8 S170 1 .26 0 .7 35 *4 70 1 2 .8 0 1 .17 2*70 0 8 ,961905 1 3 .3 3 ?.40 21 7 20 2 .16 5 .3 25 *8 10 1 1 .1 7 2 .07 6*91 0 16,231906 12.449 .8221920 1 .75 9 .5 75 *8 00 1 0 .6 9 0 .24 7*12 0 14,1319*7 13.065 .0071020 2. 134.631 *230 1 0 .9 3 0 .37 5*79 0 16,341908 1 3 .155.5301080 3 .14 2 .5 02 *1 00 1 0 .0 1 3 .02 7*98 0 23,881 00« 1 2 .7 *0 .76 91 09 0 2 .39 2 .5 57 *2 40 1 0 .3 1 7 .21 1*85 0 18,821910 12.227 .1951080 1 .85 6 .0 70 *6 10 1 0 .3 7 1 .124S470 13,171911 1 2 .0 6 6 .3 0 5 J120 1 .50 0 .3 04 *3 00 1 0 .5 6 6 .00 0*82 0 12,431912 1 2 .2 6 8 .130S270 1 .350 .588*740 1 0 .9 1 7 .54 1*53 0 11,00191 3 1 2 .8 1 *.94 01 »20 1 .61 4 .3 68 *6 80 1 1 .2 0 2 .57 2*14 0 12,591914 13. 816. 704*310 2 .31 9 .5 38 *1 00 1 1 .4 9 7 .16 6*21 0 16,781915 1 4 .1 6 ?.42 81 2 10 2 .42 3 .9 60 *7 80 1 1 .7 3 8 .46 7*43 0 17,111916 14 .811.4101990 2 .63 6 .0 02 *9 20 1 2 .1 7 5 .408S070 17,791917 1 5 .8 ? 2 .7401140 3 .08 7 .9 10 *1 60 12 .7 3 4 .82 9*98 0 19,511®18 1 6 .7 ? 6 .066965* 2 .42 8 .8 29 *4 40 14 .2 9 7 .23 7*21 0 14,521 OJQ 1 5 .? 0 4 .0 ? 8*14* 1 .87 1 .3 5**5 10 13 .4 2 2 .67 7*63 0 12,231920 16 .085.4681230 l . 177. 007*380 1 4 .9 0 8 .460S 850 7 ,311921 16.984.6319300 1 .074 .096*800 1 5 .9 1 0 .53 4*50 0 6 ,321 9?2 17.758.0181820 1 .105 .238*590 1 6 .6 5 2 .78 0*23 0 6 ,2219?^ 1 8 .0 64 .470*170 1 .16 9 .7 47 *3 10 1 6 .8 9 4 .7 2 ?*8 6 0 6 ,471924 1 9 .1 8 3 . 521S 440 1 .62 2 .5 13 *7 80 17 .5 6 1 .00 7*66 0 8 ,431925 2 0 .3 7 ?.7 5 9 *6 2 * 2 .0 *7 .6 5 4 *4 0 0 1 8 .3 6 5 .1 *5 *2 2 0 9 ,851926 2 1 .2 9 5 .70 1*47 0 1 .85 0 .9 69 *8 30 1 9 .4 4 4 .73 1*64 0 8 ,691927 21 .1 3 1 .89 0*55 0 1 .906 .729*990 19.225.1608560 9 ,021928 19.555.2541940 1 .287 .514*960 1 8 .2 6 7 .73 9*98 0 6 ,581929 1 7 .1 5 0 .3 ? * * 4 40 695.704*640 1 6 .4 5 4 .61 5*80 0 4 ,0519 3* 1 6. 686. 046* 7?0 1 .013 .861*410 1 5 .6 7 2 .18 5*31 0 6 ,071931 19 .511 .664*430 3 .288 .732*290 1 6 .2 2 2 .93 2*14 0 16,851932 19.913.0361260 3. 189.267*480 1 6 .7 2 3 .76 8*78 0 16,011933 1 9 .6 9 7 .732S350 2.7 2 2 .000*910 16 .9 75 . 231*440 13,811«34 21 .4 9 5 .15 3*38 0 5 .32 2 .6 10 *0 10 1 6 .1 7 2 .54 4*37 0 24 ,761935 2 1 .4 8 0 .00 4*04 0 3 .912 .455*760 1 7 .5 6 7 .54 8*28 0 18,211036 ? ? .8 9 9 .6 1 0 *3 2 0 4 .57 7 .1 65 *9 30 1 8 .3 2 2 .44 4*39 0 19,981937 2 4 .0 4 2 .96 6*71 0 5 .10 5 .6 91 *1 70 1 8 .9 3 7 .27 5*54 0 2 1 ,2 31938 23. 187. 815* 530 4 .18 0 .1 43 *4 00 1 9 .0 0 7 .67 2*13 0 18,021930 2 2 .9 9 0 .80 8*12 0 4 .19 3 .4 37 *2 40 1 8 .7 9 7 .37 0*88 0 18,2310AO 1 0.2 6 6 .14 8*40 0 2 .45 3 .2 11 *7 20 1 6 .8 1 2 .9 3 6 *6 8 * 12 ,7 310*1 1 7 .5 4 1 .79 1*92 0 1 .68 8 .3 02 *5 00 1 5 .8 5 3 .48 9*42 0 9 ,621942 1 8 .7 5 5 .48 0 .41 2. 5 *9 .2 1 1 .8 0 1 6 .2 4 6 .2 6 8 ,6 1 1 3 , )71943 2 2 .6 2 6 .2 4 2 .9 2 3 .1 6 3 .1 9 4 .4 0 1 9 .4 6 3 .0 4 8 ,5 2 13 ,901944 2 1 .1 3 4 .9 6 3 .0 3 3 .2 7 1 .6 8 1 .0 0 1 7 .8 6 3 .2 8 2 ,0 3 13 ,471945 3 1 .* 9 0 .1 1 9 .8 0 3 .9 9 5 .8 6 3 ,7 0 2 7 .0 9 4 .2 5 6 ,1 0 12.851946 4 4 .2 0 7 .9 3 7 ,6 0 7 .3 3 1 .1 3 3 .5 0 3 6 .8 7 6 .8 0 4 ,1 0 16,581947 5 1 .8 * 1 .8 9 0 .6 0 8 .4 6 7 .2 8 5 .3 0 4 3 .3 3 4 .6 0 5 ,3 0 16 ,34• 948 8 4 .6 5 8 .0 6 6 ,9 0 1 0 .0 0 8 .3 6 3 .0 0 7 4 .6 4 9 .7 0 3 ,9 0 11 ,821949 4 8 .6 1 7 .8 6 8 ,5 0 1 8 .3 1 8 .52 1 .60 3 0 .2 9 9 .3 4 6 ,9 0 37,671950 1 15 .7 5 2 .6 1 6 ,2 0 3 6 .1 3 0 .3 1 9 .2 0 7 9 .6 2 2 .2 9 7 ,0 0 31,211951 1 4 3 .0 0 1 .6 3 5 ,9 0 5 7 .7 6 3 .3 6 8 .2 0 8 5 .2 3 8 .2 6 7 ,7 0 4 0 , 391952 1 80 .8 66 .7 91 ,8 0 8 0 .0 6 3 .7 7 3 ,6 0 1 0 0 .8 0 3 .0 1 8 ,2 0 44 ,261953 9 1 .2 1 3 .2 1 5 ,0 0 3 1 .9 4 4 .6 9 6 ,2 0 5 9 .2 6 8 .5 1 8 ,8 0 35,021954 1 0 4 .0 33 .5 16 .3 0 3 5 .9 2 6 .80 5 ,60 6 8 .1 0 6 .7 1 0 ,7 0 3 4 ,3 )1955 1 37 .5 57 .4 12 ,3 0 5 4 .2 1 4 .7 2 8 .6 0 8 3 .3 4 2 .6 8 3 ,7 0 ) 9 ,411956 1 6 1 .0 0 6 .9 7 0 ,8 0 6 0 .3 3 3 .5 2 1 ,3 0 1 00 .6 7 3 .4 4 9 ,5 0 )7 ,4 71957 1 97 .1 66 .5 74 ,8 0 1 06 .1 96 .0 01 ,3 0 9 0 .9 7 0 .5 7 3 ,5 0 5 ) , 861958 2 14 .0 9 1 .0 8 2 .1 0 1 22 .1 50 .5 92 ,1 0 9 1 .9 4 0 .4 9 0 ,0 0 5 7 ,0 51959 2 50 .5 6 1 .3 7 4 .7 0 1 50 .6 6 6 .4 9 1 ,0 0 9 9 .8 9 4 .8 8 3 ,7 0 6 0 ,1 )1960 3 06 .6 87 .8 02 .6 0 1 12 .2 4 4 .7 2 2 ,5 0 1 9 4 .4 4 3 .0 8 0 ,1 0 ) 6 ,591961 5 6 2 .5 10 .4 23 ,8 0 1 53 .8 97 .4 32 ,8 0 4 0 8 .6 1 2 .9 9 1 ,0 0 2 7 ,3 51962 6 01 .4 2 2 .3 4 1 .4 0 2 18 .1 7 5 .6 1 5 ,5 0 3 8 3 .2 4 6 .7 2 5 ,9 0 56 ,271963 1 .3 8 7 .4 7 7 .3 9 6 ,6 * 4 7 2 .9 4 1 .5 0 4 ,7 0 9 1 4 .5 3 5 .8 9 1 ,9 0 34 ,081964 3 .3 8 3 .7 6 4 .7 4 8 ,0 0 1 .4 9 5 .0 3 0 .7 8 5 ,0 0 1 .8 8 8 .7 3 3 .9 6 3 ,0 0 4 4 ,1 81965 5 .37 9 .2 18 ,9 67 2 .6 9 7 .2 7 4 .9 0 5 2 .6 8 1 .9 4 4 .0 6 1 50 ,141966 9 .2 1 5 .8 7 9 ,7 1 0 5 .6 5 6 .5 5 4 .2 7 3 3 .5 5 9 .3 2 5 .4 )7 6 1 ,3 71967 1 1 .1 0 2 .0 7 3 ,9 9 6 .2 1 0 .0 5 5 ,9 7 4 .8 9 2 .0 1 8 ,0 2 5 5 ,9 )1968 1 7 .3 8 7 .3 6 9 ,2 3 1 1 .6 9 5 .3 4 3 ,2 6 5 .6 9 2 .0 2 5 ,9 7 67 ,2 61969 1 7 .3 8 0 .3 8 6 ,6 0 12. 145 .9 85 .8 2 5 .2 )4 .4 0 0 ,7 8 69 ,881970 2 5 .6 7 3 .6 6 8 ,3 0 1 9 .3 2 8 .0 0 8 ,7 4 6 .3 4 5 .6 5 9 ,5 6 7 5 ,2 81971 2 3 .4 6 0 .1 6 8 ,6 2 2 5 .7 )4 .1 0 1 ,8 1 (2 .2 7 3 .9 3 3 ,1 9 ) 109,691972 1 8 .2 6 1 .2 5 2 ,4 7 2 4 .4 2 0 .7 3 5 ,5 3 (6 .1 5 9 .4 8 3 ,0 6 ) 1 )3 ,7 21973 3 8 .0 7 7 .3 9 0 ,8 0 3 4 .3 7 1 .4 9 3 ,9 1 3 .7 0 5 .8 9 6 ,8 9 90 ,25
P O N T E I C E I N , R E L A T Ó R I O S E B A L A N Ç O S A N U A I S 1 8 9 J - 1 9 7 3
DEMONSTRATIVO DOS QUOCIENTES COMPARATIVOS DO CONJUNTO PATRIM ONIAL COMPARAÇÃO ENTRE O CA PITA L PRÓPRIO E O ATIVO IM O BILIZADO
IM O BILIZAÇÃO DO CA PITA L PR0PRIO119 3-1973
ATIVO SO LV lN C lA A I x 100ANOS PA T .L ÍQ U ID O IM OBILIZADO SU P . / D fP . ---- n -
199 ) 3 .000 .0001000 1 .4 1 8 .3 9 4 $ ) )2 1 .581 .4158668 47 .291 89 4 3 .000 .0001000 2 .7 2 9 .444S872 270.5558128 90.991995 6 .735 .1471215 5 .975 .1081100 760 .0 )98115 99.721 996 9 .89 9 .4 40 8 753 7 .171 .0908460 2 .72 7 .)5 08 29 0 72,451997 3 .342 .2909970 ).9 7 0 .4 6 91 52 0 l . )7 1 .8 1 1 $ )5 0 74,521999 11 .054.0728740 19.988.0668540 66.0068200 99 ,401R99 11.339.1119360 1 1 . 764 . 3571 333 425.2458975 105.751900 12.763.2999860 1 1 .9 40 .5 )59080 822.7548780 9 5 ,5 51901 12.967.4329770 1 2 .2 1 ).020$180 754.4128590 94 .191902 13.700.6048470 12 .777 .23 3$ 360 923.3719110 9 5 ,2 «190 ) 13 .923.4818480 12.921.039$300 1 .002 .4429190 92.801904 1 2.801.1728700 1 2 .1 0 1 .626$950 699.5459750 94,541905 11.172 .0761910 10.708.2748540 463.9028370 95 .951 90f. 10.690.2478120 10.509.7748540 180.4728580 99,511907 10.930.3758790 10.518.8718140 411,5048650 9 9 .2 41909 1 0.013.0278980 10.539.2298670 ( 526 .2018690) 105,261909 10.317.2118830 1 0 .3 4 1 .253$540 ( 224 .0438690) 102,171910 10.371.1248470 1 0 .4 5 ) .267$290 ( 92.1429820) 100,791911 1 0.566.0008820 1 0 .)5 4 .789$ 790 211.2118030 99 ,0 01912 10.917.5418530 1 0 . )4 2 .055$ 310 575.4868020 9 4 ,7 51913 11.202.5728140 10.489.2118640 713.3608500 95 ,6 51914 11.497.1668210 10.651.7168730 845.4491490 92 ,6519 IS 11.739.4678430 1 0 .6 8 4 .757$000 1 .05 3 .7 10 94 )0 9 1 ,0 21916 12.175.4088070 1 0 .7 6 3 .251$300 1 .412 .1568770 99,401917 1 2.734.8298980 11.400.07 2$ 200 1 .3 )4 .7 5 7 8 7 8 0 89,52191* 1 4.297.2378210 1 1 .9 0 2 .367$280 2 . ) 9 4 . 86989)0 95,251919 1 3.422.6778630 11.591.3048620 1 .8 3 1 .)7 )$0 10 86,561920 14 .909.4608850 11.280.8418510 ).6 2 7 .6 1 9 8 )4 0 75 ,671921 1 5.910.5348500 10.562.0168600 5 .548 .5178900 6 6 ,5 81922 1 6.652.7908230 1 0 .7 7 7 .946$440 5 .97 4 .8 5 )8 79 0 6 4 ,7 21923 16 .894.7228 860 10.483.3748940 6 .4 1 1 .)4 7 8 9 20 62,051924 17.561.0078660 11.778.4938960 5 .79 2 .5 1 )8 70 0 67,071923 1 8.365.1058220 10.951.0718760 7 .4 1 4 .0 ))8 4 6 0 59,651926 19.444.7311640 11.019.7348220 8 .424 .9978420 56,671927 19.225.1608360 1 0 .9 2 4 .734$750 8 . ) 0 0 . 4258810 56,851929 19 .267.7398980 10.480.5068760 7 .7 8 7 .2 5 )8 2 2 0 57,571929 16.454.6158800 1 0 .8 18 .2838 )80 5 .6 5 6 . ))2 8 4 2 0 65,751930 1 5.672.1858310 10.748.6678940 4 .925 .5178370 68 ,581931 16.222.9328140 1 0 .7 4 5 .5 )1 80 5 0 5 .477 .4018090 66,241932 16.723.7688780 1 0 .7 )4 . )15$690 5 .98 9 .4 5 )8 09 0 64,191933 1 6.973.2318440 10.702.040$390 6 .2 7 ).1 9 1 8 0 5 0 63,051934 1 6.172.5448370 10.737.8208910 5 .5 )4 .7 2 )8 4 6 0 65,781933 17 .567.5488280 10.692.4788730 6 .87 5 .0 6 9 8 5 )0 60,861936 1 8.322.4448390 10.371.2418080 7 .7 5 1 .2 0 )8 3 1 0 57,701937 18.937.2758540 10.351.2388680 8 .3 8 6 .0 )6 8 8 6 0 55,721938 19.007.6728130 10.707.3478280 8 . )0 0 .5248850 56,551939 1 8.797.3708880 10.879.9008780 7 .917 .470$100 57,881940 16 .812.9368680 11.104.1318180 5 .708 .8058500 66,051941 1 5.853.4891420 12.122.6448080 5 .730 .8458540 76,471942 16. 246. 26 8,61 1 1 .1 4 0 .30 5 .38 5 .1 0 5 .9 6 3 ,0 3 68,57194 3 1 9 .4 6 3 .04 8 ,32 1 1 .2 2 1 .11 9 ,38 9 .2 4 1 .9 2 9 .1 4 57,651944 1 7 .8 6 3 .2 8 2 ,0 3 11. 265.621 ,24 6 .3 9 7 .6 6 0 .7 9 65 ,071943 2 7 .0 9 4 .2 5 6 ,1 0 9 .6 0 9 .9 7 2 ,8 4 1 7 .4 8 4 .28 3 .26 55,471946 3 6 .8 7 6 .8 0 4 ,1 0 9 .9 6 7 .1 4 5 ,3 4 2 6 .9 0 9 .63 9 .76 27 ,051947 4 3 .3 3 4 .6 0 5 ,3 0 1 9 .5 8 3 .71 6 ,64 2 3 .7 5 0 .8 8 8 .6 6 45 ,191949 7 4 .6 4 9 .7 0 3 ,9 0 26 .3 9 7 .93 2 ,72 4 8 .2 5 1 .7 7 1 ,1 9 35,561949 3 0 .2 9 9 .3 4 6 ,9 0 3 1 .2 9 ).9 2 0 ,6 0 (9 9 4 .5 7 5 ,7 0 ) 105 ,281930 7 9 .6 2 2 .29 7 ,00 3 4 .4 8 9 .60 5 ,40 4 5 .1 )2 .6 9 1 .6 0 45 ,3 21931 8 5 .2 3 8 .2 6 7 ,7 0 4 2 .4 0 9 .)6 0 ,10 4 2 .9 2 8 .9 0 7 .6 0 49 ,7 51932 1 0 0 .8 03 .0 18 ,2 0 6 9 .0 7 2 .95 8 ,90 ) l . 7 )0 .0 5 9 ,5 0 69,521933 3 9 .2 6 8 .5 1 8 ,8 0 4 4 .5 0 0 .69 9 ,50 1 4 .7 6 7 .8 2 9 .)0 75,081934 6 8 .1 0 6 .7 1 0 ,7 0 4 9 .9 9 7 .96 7 ,80 1 8 .1 1 8 .7 4 2 ,9 0 75,401933 9 3 .3 4 2 .68 3 .70 62. 2 8 ) . ) 2 l ,80 2 1 .0 5 9 .5 6 1 ,9 0 74 ,751936 1 00 .6 73 .4 49 ,5 0 9 0 .0 9 5 .00 4 .20 1 0 .5 7 9 .4 4 5 ,5 0 99,491957 9 0 .9 7 0 .5 7 3 ,5 0 9 1 .2 1 1 .99 6 ,00 ( 2 4 1 .4 2 2 ,5 0 ) 100,271939 9 1 .9 4 0 .4 9 0 ,0 0 9 2 .2 1 6 .15 2 .80 ( 2 7 5 .6 6 2 ,8 0 ) 100 ,501939 9 9 .8 9 4 .9 8 3 ,7 0 9 7 .2 9 3 .68 6 ,60 2 .6 0 1 .1 9 7 ,1 0 9 7 ,4 01960 1 9 4 .4 43 .0 80 ,1 0 1 6 3 .0 9 ) . ) 7 2 , )0 51 . ) 4 9 . 707,90 95 ,9 91961 409 .612 .991 ,00 2 3 1 .0 11 .1 62 ,4 0 1 57 .6 01 .9 29 ,6 0 811962 383 .2 46 .7 25 ,9 0 3 0 7 .8 72 .6 24 ,5 0 7 5 .5 7 4 .1 0 1 ,4 0 90 ,551963 9 14 .5 35 .8 91 ,9 0 4 1 1 .4 84 .1 14 ,0 0 5 05 .0 5 1 .7 7 7 ,9 0 44,991964 1 .8 8 8 .7 3 3 .9 6 3 ,0 0 1 .9 2 4 .)7 4 .S 8 4 ,0 0 6 4 .5 5 9 .5 7 9 ,0 0 96 ,591965 2 .68 1 .9 44 .0 61 4 .0 0 2 .8 2 8 .2 4 4 ( l . 5 2 0 .9 8 4 .1 8 )) 149,251966 3 .55 9 .3 25 .4 37 6 .4 1 7 .4 9 6 . 199 (2 .8 5 8 .1 7 0 .7 6 2 ) 180 ,501967 4 .8 9 2 .0 1 8 ,0 2 8 .1 8 7 .2 9 0 ,)7 0 .2 9 5 .2 7 2 ,5 5 ) 167 ,561969 5 .*9 2 .0 2 5 ,9 7 1 0 .9 6 2 .08 2 ,44 (5 .2 7 0 .0 5 6 ,4 7 ) 192,591969 5 .2 3 4 .4 0 0 ,7 8 1 ).6 0 8 .6 7 4 ,8 7 (8 .2 7 4 .2 7 4 ,0 9 ) 160,751970 6 .3 4 5 .6 5 9 ,5 6 1 7 .7 )4 .0 6 9 ,5 7 (1 1 .5 8 8 .4 1 0 ,0 1 ) 279 ,471971 (2 .2 7 3 .9 3 3 ,1 9 ) 1 4 .2 9 9 .66 8 .18 (1 2 .0 2 5 .7 5 4 ,9 9 )1972 (6 .1 5 9 .4 8 3 ,0 6 ) 4 .2 0 7 . )5 1 .65 (1 .9 5 2 .1 5 1 ,4 1 )1973 ) .7 0 3 .8 9 6 ,8 9 2 9 .5 6 4 .41 5 .84 (2 5 .9 5 9 .5 1 9 .9 5 ) 797,77
NOTA: OS ALCARISMOS ENTRE PARENTESESL ÍQ U ID O .
SICN1P1CAM QUE 0 ATIVO IM 0 9 IL IZ A D 0 SUPEROU
PONTE : C E IN - RELATÓRIOS E BALANÇOS ANUAIS 1 8 9 )- 1 9 7 ).
T A I E L A - 1 2
DEMONSTRATIVO DOS QUO CIINTES COMPARATIVOS 00 CONJUNTO PATR IM O NIAL CO WAIAÇÀO ENTRE 0 IM O BIL IZAD O E 0 ATIVO REAL
IMOBILXZAÇÀO DO ATIVO REAL 1893-197)
ATIVO ATIVOATIVO REAL IM O BIL IZA D O CIRCULANTE
601 1. 31 3. 3
.1 41 .9 1 3*30 0
.180 .0331962
.7 98 .7 0 6*08 0
.3 45 .5 5 1*89 3
.2 05 .2 2 5*90 0
.9 70 .6 2 2*65 0
.5 20 .9 5 6*71 0
.6 98 .9 5 6*92 0
.5 15 .9 3 1*23 0
.6 4 6 .3 5 5 **5 0
.5 40 . 593* 360
.0 61 .9 0 8*17 0
.3 37 .4 0 2*72 0
.4 4 * .6 2 2 * *2 0
.0 65 .0 0 7*02 0
.1 55 .5 3 0*08 0
.7 09 .7 6 9*09 0
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.0 66 .3 0 5*12 0
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.8 16 .7 0 4*31 0
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.8 11 .4 1 0*99 0
. *22 . 740* 140
.7 26 .0 6 6*65 0
.2 94 .0 2 8*14 0
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.2 95 .7 0 1*47 0
.1 31 .8 9 0*55 0
.5 55 .2 5 4*94 0
. 150. 320*440
.6 86 .0 4 6*72 0
.5 11 .6 6 4*43 0 ,9 13 .0 3 6*26 0 , 697. 232* 350 , 495. 154* 380 ,4 80 .004*040 , 899. 610* 320 ,0 42 .966*710 , 1 87.81 5* 530 .9 90 .808*120 . 266. 148*400 , 541 .741*920 . 755. 480, 41 .6 2 6 .2 4 2 .9 2 1 3 4 .9 63 ,0 3
.0 9 0 .1 1 9 ,8 0 ,2 0 7 .9 3 7 .6 0 ,8 0 1 .8 9 0 ,6 06 5 8 .0 66 .9 0
, 617. 868, 50 , 752.616 .200 0 1 .6 3 5 .9 08 66 .7 91 .8 0
,2 1 3 .2 1 5 ,0 0033 .5 16 .3 0
.5 5 7 .4 1 2 ,3 0 ,0 0 6 .9 7 0 ,8 0 , 1 6 6 .S74 .80 ,0 9 1 .0 8 2 ,1 0 ,5 6 1 .3 7 4 ,7 0 .6 8 7 .8 0 2 ,6 0 .5 1 0 .4 2 3 ,8 0 ,4 2 2 .3 4 1 ,4 04 77 .3 9 6 .6 0 7 64 .7 48 .0 0 218.967 2 15 .879 .710 102 .073 .49 387 .3 69 ,2 33 80 .386 .60673 .6 68 .3 0 4 60 .1 68 .6 2 2 6 1 .2 52 .4 7077 .3 90 .8 0
.4 18 .5 8 4*33 2
.7 7 9 .4 *4 *8 7 2
.9 75 .1 0 8*10 0
.1 71 .0 9 0*46 0
.9 70 .4 6 9*52 0
.9 88 .0 6 6*54 0
. 764. 357*335
. 940. 535*080
. 213 .020*180
.7 77 .2 3 3*36 0
.9 21 . 039* 300
.1 01 .6 2 6*95 0
.7 08 .2 7 4*54 0
.5w *.774»54w
.5 18 .8 7 1*14 0
.5 39 .2 2 9*67 0
.5 41 .2 5 5*54 0
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.76 3 .251*300
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. 777 .946*440
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.7 0 7 . 347* 280
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.1 04 .1 3 1*18 0
.1 22 .6 4 4*08 0
.1 4 0 .3 0 5 ,5 8
.2 2 1 .1 1 9 ,3 8
.2 6 5 .6 2 1 ,2 4
.6 0 9 .9 7 2 .8 4
.9 6 7 .1 4 5 ,3 4
.3 8 3 .7 1 6 .6 4
.3 9 7 .9 3 2 .7 2
.2 9 3 .9 2 0 .6 0
.4 8 9 .6 0 5 .4 0
.4 0 9 .3 6 0 .1 0
.6 7 2 .9 5 8 .9 0
.5 0 0 .6 8 9 .5 0
.9 8 7 .9 6 7 ,8 0
. 283. 321 ,80
.0 9 5 .0 0 4 ,2 0
.2 1 1 .9 9 6 ,0 0
.2 1 6 .1 5 2 .8 0
.2 9 3 .6 8 6 .8 0
.0 9 3 .3 7 2 .3 0
.0 1 1 .1 6 2 .4 0
.8 7 2 .6 2 4 .3 0
.4 8 4 .1 1 4 .0 0
.3 7 4 .5 8 4 .0 0
.8 28 .2 4 4
.4 17 . 496. 199
.1 8 7 .2 9 0 ,3 7
.9 6 2 .0 8 2 ,4 4
.6 0 8 .6 7 4 ,8 7
.7 3 4 .0 6 9 ,3 7
.2 9 9 .6 6 8 ,1 8
.2 0 7 .3 3 1 ,6 3
. 3 64 .4 15 ,8 4
1 .721 1 .4 502 . 823 4 .1743. 234 4 .982 1 .756 1 .758 4 .3022 .869 2 .619 l .960 2. 629 1 .940 2 .346 2 .616 2 .168 1 .773 1.711 1 .926 2. 327 3 .136 3 .477 4 .048 4 .422 4 .823 3 .702 4 .804 6 .4226 .980 7.5817 .405 9 .421
10.275 10.207
9 .074 6 . 332 5 .937 8 . 766 9 .178 8 .995
10.857 10.787 12.328 13.49112.480 12.110
8. 162 5 .419 7 .613
11.4059 .869
21.480 34.240 32.218 58. 260 17.323 8 1 .263
100.592 111.793 *6 .7 1 2 54.043 75.274 70.911
105.954 121.874 153.267 143.394 311.499 293.549 975 .993
.3 59 .3 9 0
.3 76 .3 9 0 2 .798 1 .914 6 .42 5 3.771 7 .939 9 .16 0
14.033 8 .31 2
.328*968
. *09*090
. 597*980
. 461*433
.756*380
. 556*1 10
.599*373
.4 21 *84 0
.9 11*050 .122*090 .554*060 . 281* 220 . 128*180 .048*380 .133*880 .300*410 .513*550 .927* 790 .515*330 .074*760 .729*180 .487*580 .471*210 .459*690 .667*940 .694*370 .723*520 .624*720 .614*700 .072* 380 .095*230 .027*480 .68 7$ 860 .967*250 . 155*800 .7 4 8 !1 8 0 .0 37*060 .378*780 .133*380 .720*570 . 1411460 .3 33*470 .525*240.344*240.728*030 . 468* 250 .4 07*340 .017*220 . 147*840 .1 7 4 ,8 3 .1 2 3 ,3 4 .3 41 ,7 4 .146 ,46 .7 9 2 .2 6 .1 7 3 .9 6 .13 4 .18 .947 ,90 .010 .80 .2 7 3 .8 0 .8 3 2 ,9 0 . 525 .50 .5 4 8 .5 0 .0 9 0 ,5 0 .9 6 6 ,4 0 .5 7 8 .8 0 .9 2 9 ,3 0 .6 8 7 ,9 0 .4 3 0 ,3 0 .2 6 1 ,4 0 .7 1 6 ,9 0 .2 8 2 ,6 0 .1 6 4 ,0 0 . 723.3 83 .3 1 1 .7 8 3 ,6 2 . 286, .7 1 1 ,.5 9 8 ,7 . 500, .8 8 0 ,8 .9 7 4 ,9
F O N T E : CEI N - RELATÕRIOS E IALANÇOf ANUAIS 189 3-1973-
T A B E L A 1 2 - A COMPANHIA EMPÓEIO IND08TR1AL DO NOBTE
ptHONSTEATtVO DO» QDOCIE1TE8 COMPARATIVOS DO COHJDHTO PATRIMONIAL
ÇOMPARAÇlO EH H E A CONTA MAQü IN X r IQ g Q ATIVO IH O U L IIA D O ____________
l » n - 197 3
AMOS ATIVOIMOBILIZADO m a q u in ír io IMÓVEIS HAQ * 100
ÂT "1893 1.411.5841332 493.9459282 922.6399050 34,961194 2.729.4449872 1.053.5649202 1.673.8809670 38,671893 3.973.1081100 2.338.0869440 3.637.0219660 39,131896 7.171.0909460 3.439.3669930 3.731.7239530 47,961897 3.970.4699520 1.392.6349270 2.577.8356250 33,071198 10.988.0669340 5.704.1329180 3.263.9349360 31,911899 11.764.3379333 6.424.3509860 3.340.0069473 34,611900 11.940.5339080 6.399 .9449600 3.340.5909480 35,271901 12.213.0209180 6.859.1749700 3.353.6459460 56,161902 12.777.2338 360 7.410.1329880 5 .367 . 1009460 37,991903 12.921.0399300 7.333.1389820 5.365.9009480 58,471904 12.101.6269950 7.219.2769710 4.662 .3509240 59 .661905 10.708.2749540 6.708.2749540 4.200.0009000 61 .301906 10.509.7749540 6.309.7749540 4.000.0009000 61,941907 10.318.8719140 6.311.4249540 4.007.4469600 61,901908 10.339.2299670 6.510.7879270 4.026.4429400 61,781909 10.541.2359540 6.512.8559540 4.028.4009000 61,761910 10.453.2679290 6.524.8679290 3.928.4009000 62,421911 10.354.7899790 6.526.3899790 3.826.4009000 63,031912 10.342.0359510 6 .473 .005 .510 3.869.0509000 62,591913 10.489.2119640 6.600.8759340 3.868.3369300 62,931 9 U 10.651.7169730 6.647.3809330 4.004.3369400 62 ,411913 10.684.7579000 6.670.3579800 4.014.3999200 62 ,421916 10.763.2519300 6.709.2999700 4.053.9519600 62,331917 11.400.0729200 7.199.3459200 4.200.7279000 63,151918 11.902.3679280 7.670.1569880 4.232.2109400 64 ,441919 11.391.3049620 7.353.9649820 4.237.3399800 63,441920 11.280.6419510 7.042.8369710 4.238.0049600 62,431921 10.562.0169600 6.324.0119800 4.236.0049600 59 ,881922 10.777.9469440 6.539.9418640 4.238.0049600 60,671923 10.483.3749940 6.188.5279440 4.294.8479500 59.031924 11.778.4939160 7.408.6019960 4. 369.8919200 62 .691923 10.951.0719760 6.393.6609460 4.557.3919300 56,381926 11.019.7349220 6.494.1299320 4.525.6049900 58.931927 10.924.7349750 6.599 .8039350 4.324.9319400 60,411926 10.480.5069760 5.749.0739720 4.731.4339040 54,831929 10.818.2839380 5.867.2369340 4.951 .0479040 54,231930 10.748.6679940 5.789.6919900 4.958.9769240 53,661931 10.745.5319050 5.779.6449810 4.965.6869240 53,791932 10.734.3159690 5.787.7069830 4.946 .608 .660 53 ,921933 10.702.0409390 5.791.6599250 4.910.3819140 54,111934 10.637.8209910 5.756.3379130 4.881.4639760 54,111935 10.692.4779930 5.836.6949370 4.853.7849380 54,581936 10.371.2419080 5.819.4369240 4.731.6049840 35,231937 10.351.2389680 5.931.5539340 4.619.6839140 56,211938 10.707.3479280 6.090.2579240 4.617.0909040 56.871939 10.879.9009780 6.107.3999340 4.772.3019440 56,131940 11.104.1311180 6.166.6459440 4.937.4659740 55,331941 11.122.6441080 6. 177.0419640 4.945.6029440 35,531942 1 1 .1 40.305,58 6 .194 .703 ,14 4.943 .602 ,44 33,601943 1 1 .221.119.38 6.275 .092 .14 4 .946 .027 ,24 55,921944 1 1 .265.621,24 6 .276 .188 .24 4 .98 9 .433 ,00 55,711945 4 .60 9 .4 72 ,8 4 4 .640 .280 .14 4.96 9 .6 92 ,7 0 48,281946 9 .96 7 .1 43 ,3 4 4 .930 .614 ,04 5.036 .531 ,30 49,461947 1 9 .583.716,64 12.671.686,44 6.71 2 .0 30 ,2 0 63,721948 2 6 .3 9 7 .93 2 ,72 18.906.403,02 7.491 .527 ,70 71,621949 3 1 .2 9 3.92 0,60 23.013.572,40 8.278 .348 ,20 73,541930 3 4 .4 8 9.60 5,40 25.129.724,80 9. 359.860,60 72,861951 4 2 .4 0 9 .36 0 ,10 33.049.479,50 9.35 9 .8 80 ,6 0 77,921952 69.0 7 2 .95 8 ,90 43.100.138,50 25.972.820,40 62,401933 44.5 0 0 .68 9 ,50 22.073.463,60 22.427.225,90 49,601934 49.9 8 7 .96 7 ,80 27.560.714,90 22.427.225,90 55,131955 62.2 8 3 .32 1 ,80 37.685.247,60 24.396.074,00 60,501936 9 0 .0 9 5 .00 4 ,20 57.166.768,20 32.926.216,00 63,431957 9 1 .2 1 1 .99 6 ,00 58.283.780,00 32.928.216,00 63,8919 58 9 2 .2 1 6 .15 2 ,80 59.152.460,90 33.063.691,90 64,141939 97 .2 9 3 .68 6 ,80 64.229.994,90 33.063.691,90 66,011960 1 63 .093 .372 ,30 130.029.660,40 33.063.691,90 79,721961 251 .0 11 .1 62 ,4 0 195.468.705,20 33.542.457,20 77,871962 307 .8 72 .6 24 ,3 0 242.622.148,80 65.250.473,70 78,601963 411 .4 84 .1 14 ,0 0 339.699.850,40 71.784.263,60 82,331964 .8 2 4 .3 7 4 .5 8 4 ,0 0 1 .34 8 .528 .306 ,00 475.846.278,00 73,911965 4 .002 .828 .244 3 .199.652.289 803.173.933 79,931966 6 .41 7 .4 96 .1 99 3.422 .411 .635 953.064.364 84,491967 8 .1 8 7 .2 90 ,3 7 6.826 .732 ,11 1 .36 0 .358 ,26 83,381968 10.962.082,44 10.649.048,44 113.034,00 98,961969 13.608.674,87 13.493.209,83 113.465,04 99,131970 17 .7 34.069,37 15.582.731,09 2.13 1 .3 38 ,4 8 87,861971 1 4 .2 99.668,18 12.098.648,07 2.201 ,020 ,11 84,601972 4 .2 0 7 ,3 31 ,6 3 4 .04 2 .2 04 ,9 8 165.146,67 96,071973 2 9 .5 6 4.41 3,84 20» 792. 130.73 6 .772 .285 ,11 70,32
rO lTEx CE1N, RELATÓRIOS E IALAHÇOS ANÜAI» 1893-1973
T A I t l A - l J
COMPANHIA EMPÖRIO IN D U 3 T IIA L DO NORTE - D ESPESA S E LUCROS COM A PRODUÇÃO VENDIDA 1895-1973
ANOS V A L O R d e s p e s a s
A R S O L U T O Z
L U C R OA B S O L U T O X
1893 1 9 :2 0 )11 20 4 0 :8 )1 88 37 2 1 2 ,6 ) 117 :9288774 614,111894 8 6 9 :6 4 )1 )7 0 806:0368760 92 ,6 8 265:7688362 30,561 895 2 .4 6 2 :4 0 )1 8 )5 1 .932 :8318932 78,49 6 )6 :5 5 4 8 6 9 ) 25,841 896 3 . )6 7 : 849S 7 )0 2.904 : 900$6 80 86,25 495:5668750 14,651897 3 .76 6 :4 08 17 65 3 .470 : 540$ 280 92,14 417:8118065 11,091898 4 .41 0 :9 00 17 60 4. 101 :859$820 92,99 686:2041760 15,371 899 4 .1 7 3 :1 9 2 8 )0 0 3 .688:096$170 8 8 , )7 576 :2468870 13 ,801900 4 .8 )8 :8 2 1 1 0 7 0 3.798 : 9 58$ 9 70 78,51 1 .214 :1238320 23 ,091901 3 .5 0 7 :643$830 2 .976 :6988740 84,86 744 tl30 8 33 0 21,211902 3. 834: 897$ 110 2 .938 :1688870 7 4 ,(1 970(3638100 25 ,301905 3 .985 :3518680 3.177 :5798720 8 0 ,1 ) 86111328620 21 ,751904 3 .842 :6298250 3 .169 :7748110 • 2 ,49 762:3918230 19,841905 2. 9 5 2 :)87$ 820 2 . 4 4 ) : )858590 82,7$ 57918738610 19,641906 2 .7 9 3 :970$260 2 . ) 8 7 :2468060 85,44 466 :7468760 16,701907 3 .3 5 4 :861$O90 2.8 78 : 8308970 85,81 332:7408730 13 ,681908 2. 8 ) ) : 8 50$180 2. 633:176$ 390 92,91 220:0098910 7 ,761909 3 .6 4 4 :7 9 3 $ l30 3 .015 :485$ 700 8 2 ,7 ) 703:7628350 * 19,301910 3. 861 : 721$ 300 3 .3 1 9 :969$6S0 85,97 559:9108330 16,691911 4 .0 1 6 :6 6 1 $ 6 70 3 .2 5 3 :840$080 81,00 767 :3778110 19,101912 3 .086 :8698210 3.292 :3168590 82,57 698:3031330 17,311913 3 . )1 8: 5838420 2 .914 :5638290 87,82 408:0608660 12,291914 2 .54 7 :2 52 14 30 2 .392 :6028660 93,92 168:8188970 6 ,621915 3 .58 4 :5 13 81 20 3. 1 36 : 635$860 87,50 486 :0108720 13,551916 5 .60 7 :5 18 87 30 5 .0 9 6 :5 70$ 7 40 89,45 617:2498040 10,831917 6 .47 6 :4 85 81 80 5. 771 : 2318760 89,11 723:3828640 11,17191« 8 .4 6 0 : 336$ 4 10 7 .6 9 9 :7 4 1 S 180 91 ,01 801:1118390 9 ,661919 6 . )1 2 : 201$ 220 5 .4 9 7 :724$280 8 7 ,2 ) 821:9588060 13 ,041 920 8 .3 2 0 :1)9$290 6 .21 6 : 15 7$ 8 7 0 74,71 2. 116:4418490 25 .4 31921 6 .87 6 :1 36 X 04 0 5 .570 :7958990 81,01 1 .506 :3938830 19,001922 7 .3 2 3 :6 9 1 *1 9 0 5.767 :1348180 7 8,74 l . 568*5781700 21,41192 ) 2 .234 :9588570 797 :19 l$940 )5 ,67 1 .439 :6678830 64,411924 2 .28 9 :5 25 88 00 9 4 9 :572$080 41,47 l . 339:9538720 38,521925 ).6 4 7 :0 2 2 8 0 2 0 1 .070 :834$200 2 9 , )6 2 .60 4 :3 04 85 50 71,4019 2* 7 .8 1 5 :524S970 1 .0 4 ) : 84 3$720 37,07 1 .653 :6838670 6 5 ,8 31927 2 .8 9 3 : )56$630 1 .4 0 0 :786$520 48,41 1 .573 :7528910 34,59192» 1 .737 :5768500 1 .02 0 :8 2 3$ 640 58,75 732:1998840 42 ,1 31929 381 : 4588ÇIO 1 . 324 : 59 3$ 570 347,24 -193* 658 :2278410 f 5 3 :*08$060 9 9 , 34 314 :1 9 )8 95 0 47 ,731931 1 .6 )7 :0 9 2 8 9 1 0 700: 14 5$ 010 48,26 907:1258110 55,4119)2 1 . 6 24 :*97$ 140 7 2 3 :785$250 44 ,51 978 :1508610 60 ,191933 9 2 5 :491$160 533:4801560 57,64 488:1568950 52,761034 1. ) 6 8: 610$ 650 520:6788620 38,04 1 .080 :8748620 6 8 ,5 81935 1. 581 : 4 11 $2 50 534:0888540 38,80 1 .010 :1978210 73, 121936 1 .5 1 ):2 6 4 $ 1 6 0 A 14: 8828990 40 ,76 1 .07 7 :6 44 84 10 71,2119)7 1. )07 : 514 $6 )0 55O :874$ 860 4 2 ,1 ) 1 .05 7 :4 82 88 60 79,3410)9 1 .4 9 8 :9 1 5 8 5 )0 676:8001020 41,81 1 .1 )2 :1 0 4 8 6 1 0 75,3219)9 1.201 : 0 388600 6 4 0 :748$020 55 , )4 976 :0598080 81,261940 1 .027 : 8548190 591: 0498 380 57,69 6 81 :3 )1 8 4 1 0 66 ,301941 1 .70 4 :7 16 86 20 597:4488800 )5 ,04 1 .2 9 8 : )B28900 76,161942 4 .5 3 0 .0 1 4 ,7 6 9 1 3 .2 3 ),6 0 20,16 2 .3 8 7 .8 0 ),5 2 32,71194 ) 5 .4 5 1 .1 8 4 ,3 4 1 .31 6 .1 45 ,3 0 24,14 4 .5 5 1 .5 8 6 ,8 4 79,821944 4 .7 9 7 .1 2 9 ,4 3 1 .6 7 6 .9 6 8 ,6 0 )4 ,94 ).3 8 5 .6 9 5 ,6 5 70,371945 1 1 .9 65 . 105,81 2 .0 4 9 .1 3 7 ,6 0 17,12 1 0 .5 4 2 .0 0 9 ,2 1 6 6 ,6 31946 1 5 .0 8 2 .7 8 0 ,4 0 4 .9 3 8 .3 3 5 ,8 0 )2 ,74 1 0 .8 8 6 .5 2 4 ,3 0 72 ,171947 1 3 .4 7 2 .6 2 ),1 0 4 .6 5 2 .3 9 2 ,1 0 ) 4 , 5 ) 9 .8 7 4 .6 0 9 ,6 0 7 3 ,2 91948 « .9 4 1 .2 8 7 ,8 0 4. 1 88.040 , 70 42,12 6 .3 9 7 .3 1 4 ,3 0 6 4 ,3 51949 1 5 .6 )4 .4 0 5 ,6 0 1 5 .3 1 2 .95 9 ,00 97,94 6 .3 8 1 .3 8 7 ,5 0 40,811950 9 .5 8 7 .2 8 1 ,2 0 6 .1 5 0 .7 5 2 ,5 0 64,15 4 .1 2 0 .9 4 0 ,1 0 4 2 ,9 81951 3 1 .8 9 4 .1 0 3 .4 0 2 9 .1 6 6 .68 0 ,90 91 ,44 5 .5 8 5 .3 3 3 ,9 0 25 ,8 01952 5 6 .0 1 6 .7 6 7 ,2 0 6 1 .4 6 5 .20 9 ,10 109,72 2 .6 4 2 .7 6 4 ,2 0 4 ,71105 ) 6 6 .8 3 3 .6 2 8 ,6 0 6 4 .9 1 3 .91 9 ,90 97 ,12 4 .7 3 9 .9 9 4 ,4 0 7 ,0 91954 8 3 .1 7 2 .4 7 0 ,3 0 7 0 .3 9 3 .90 3 ,30 8 4 ,6 ) 1 3 .6 5 2 .9 0 0 ,2 0 18 ,791955 1 1 1 .1 9 8 .2 9 6 ,2 0 9 7 .8 2 5 .5 6 9 ,6 0 87,97 1 9 .9 5 0 .2 4 5 ,2 0 17,921956 1 0 0 .7 7 6 .1 0 8 ,1 0 9 7 .9 9 9 .41 4 ,80 97,14 1 8 .8 5 6 .7 8 9 ,0 0 18 ,6 91957 8 4 .4 7 1 .3 2 8 ,2 0 97. 425. 150, 50 1 1 5 ,5 ) •1958 ) S . 7 54 .5 8 4 ,4 0 3 8 .1 1 6 .7 )7 ,8 0 106,60 2 .0 5 9 .4 9 3 ,2 0 5 ,761959 4 4 .2 4 2 .3 7 3 ,5 0 4 2 .2 3 6 .9 8 5 ,7 0 95,46 5 .5 )2 .7 0 6 .1 0 12 ,0 5I9 60 1 1 4 .8 7 1 .8 8 6 ,5 0 7 6 .8 9 1 .6 1 0 ,7 0 67,01 3 9 .0 9 6 .8 2 8 ,3 0 34 ,031961 1 41 .8 8 8 .0 7 8 ,7 0 1 0 8 .1 59 .5 01 ,5 0 76,22 5 8 .9 5 7 .4 4 7 ,)0 27,431962 3 2 5 .5 8 2 .0 5 7 ,6 0 2 4 2 .2 50 .6 48 .6 0 74 ,40 9 0 . 1 ) 7 . ) 8 4 , 70 27 ,68196 ) 4 7 2 .1 1 1 .7 1 2 ,)0 3 80 .7 42 .7 02 ,5 0 80,64 9 6 .5 4 5 .4 6 4 ,1 0 20,441964 8 60 .6 0 0 .2 5 5 ,9 0 7 58 .2 42 .0 88 ,2 0 88,10 1 5 7 .8 2 1 ,2 3 3 ,0 0 16,331965 9 2 1 .6 2 4 .5 7 ) 1 .04 4 .1 48 .0 31 115,29 • ~1966 7 5 5 .9 )8 .5 1 ) 1. 196 ..581. 122 158,29 • •i» o 7 I . 7 5 7 .3 6 C ,72 2 .1 5 5 .4 6 3 ,7 5 122,65 • •1968 2 .0 2 ).9 5 1 ,3 8 3 .4 )6 .8 6 9 ,2 5 169,81 • -1969 6 .3 5 8 .7 1 0 ,1 4 8 .2 4 7 .9 1 6 ,3 3 129,71 ■ •1970 7 .3 5 4 .8 2 7 ,9 4 1 0 .5 8 1 .40 1 ,24 145,87 “ -1971 8 .7 1 ) .8 6 ) ,2 1 1 2 .6 7 5 .10 5 ,87 145,45 “ •1972 1 .6 2 ).0 4 3 ,2 4 4 .4 4 9 .9 1 1 ,6 4 274,17 - •197) 4 .7 2 5 .5 7 4 ,2 7 7 .5 5 3 .7 4 4 ,4 ) 159,82
PO NTES: L IV R O S DE BALAHÇOS DA COMPANHIA EMPÖRIO IN D U STR IA L DO NORTE 1893-1934 PONTES* * 5 a S IE M R L IIA S G ER A IS DE A C IO N ISTA S 1898-1974
T A B E L A - 14
C O M P A N H I A EM POR IO IND US T R IA L DO NOR TE
OPER ÁR I O S T E AR E S E FUSOS 1896 - 1968
ANO OP E R ÁR I O S TEARES FUSOS
1896 69 7 899189 9 i. 206 17.1441905 25.0001910 1. 300 1 . 288 31.0001931 1. 2591935 1. 4001936 1.5001937 1. 5001944 1.352 1. 300 26.9281951 1. 303 31.1841958 8111968 492 (AUT.) 18.672
FONTES: CEIN - R EL A TÕR IOS 18 96 -1969
CETE X - In d iu tf i-L a T e x t i l k l g o d o e i n a . Min. do T r a b a lho, In d ú s t r i a c Comércio. Rio, 1946, p. 317-
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COMPANHIA EMPÓRIO INDUSTRIAL DO NORTE - PARTICIPAÇÃO DAS DESPFSAS COM FABRICAÇÃO (MÃO DE OBRA)NOTOTAL DAS DESPESAS 1693-1948
T A B E L A - 15
V A L O R D A P R O D U Ç Ã O
D E S P E S A S ( T O T A L ) A B S O L U T O Z
F A B R I C A Ç Ã O ( M Ã O D E O B R ATO
I A B S O L U T O Z
40:831*8 37 80 6.0365760
212,6392 ,68 145:671$7 80 16,75
1 .932:831$132 78,49 3 9 5 :422$490 16 ,052 .9 04 :800*680 86,25 497:120$310 14 ,763. 470: 540$ 280 92 ,14 576 : 9 3 3$ 040 15 ,314 . 1 0 1 :859$820 12 ,99 624:439$950 14 ,153 .688:096$170 88,37 7 5 0 : 367$050 17,983.798 :1585170 78,51 9 5 4 : 286$480 19,722.976 :698$740 84 ,86 786 :699$ 590 22 ,422 . 9 3 8 : 168$870 76,61 938:769$180 24 ,473.177 :5715720 80,13 1 . 0 4 2 : 137$900 26 ,2 83. 169 : 7745110 82,47 9 7 4 : 162$280 25 ,3 52 . 44 3: 38 5$ 59 0 82,76 8 7 7 : 885$480 29 ,7 32.3 87 :246$060 85,44 903: 844$700 32, 352 . 8 7 8 : 830$170 85,81 984 : 074$400 29 ,3 32 .6 33 :176$390 92 ,91 91 5 : 7 35$400 32.313 .0 15 :485$700 82,7 3 1 . 0 2 8 : 296$300 28,213 .3 19 :969*650 85,77 1 .0 1 0 :94 3 * 1 0 0 26 .1 73 . 2 5 3 : 84n$080 81 , 0 0 1 .0 3 2 :86 1 * 2 0 0 25,713 . 2 9 2 : 316$510 82,57 1 .0 2 0 :77 2 * 2 1 0 2 5 ,6 02 .9 14 :563$290 87,82 987 :5 47*500 29 ,7 52 . 392:602$6 60 93,92 858 :9 57*500 33,723.136 :635$ 860 87,50 964 :0 73*100 2 6 ,8 95.09 6:570$740 89,45 1 .0 1 1 :85 0 * 2 0 0 17,755 .7 71 :231*760 89,11 1 .0 0 6 :62 5 * 2 0 0 15 ,547.6 99 :741$180 91,01 993 :3 56*000 11, 745 . 4 9 7 : 724$280 87,23 868 :0 15*600 13 ,7 76 .216 :157$87 0 74,71 1 .0 6 5 :91 2 * 7 0 0 12,815 . 5 7 0 : 795$990 81 , 01 1 .0 4 7 :88 2 * 8 0 0 15 ,2 35 . 7 6 7 : 134$180 78,74 1 .0 73 :88 3 * 3 0 0 14 ,6 6
797:391*940 35,67 279 :4 35*020 12 ,509 4 9 : 572$080 41,47 338 :8 95*570 14 ,8 0
1.0 70 :834$200 29,36 342 :7 47*300 9 , 391 .043 :843*720 37 ,07 400 :2 04*500 14,211. 400: 786$ 520 48,41 4 0 1 :521*750 13,871 . 0 2 0 : 8 2 3$640 58,75 4 0 8 :6 04*120 23 ,511 .324 :593$570 347,24 3 52 :9 43*710 92 .52
6 5 3 : 898$060 99,34 271 :8 14*660 41 ,29790: 14 5$010 48,26 2 7 7 :2 01*020 16 ,9 372 3 : 285$250 44 ,51 363: 264*800 2 2 ,3 5533:480$560 57 ,64 381 : 853*730 4 1 ,2 65 2 0 :67S$620 38,04 340 :7 10*550 24 ,8 95 36 : 088$ 5 40 38 ,80 4 4 0 :8 41*550 31 .91616:882$190 4 0 ,7 6 5 1 2 :0 83*000 3 3 ,845 50: 874$ 860 42 ,1 3 4 7 5 :3 14*060 36 ,356 2 6 : 800$020 41,81 424 :0 9 2 *2 0 0 2 8 ,2 96 4 0 : 748$020 55 ,34 266 :4 9 7 *5 0 0 22 .18593:049$ 380 57 ,69 2 8 7 :6 72*780 2 7 .9 8597 : 448$a00 35,04 2 7 7 :2 40*400 16 ,24
9 13 .2 3 3 .6 0 20 ,16 3 3 9 .5 7 8 ,3 0 7 ,491 .3 1 6 .1 4 5 ,3 0 24 ,14 3 4 2 .3 0 0 .2 0 6 ,2 71 . 6 7 6 . 9 6 8 ,60 34 ,94 3 4 7 .4 5 8 ,4 0 7 .2 42 .0 4 9 . 1 3 7 , 6 0 17,12 4 4 6 .2 8 2 ,8 0 1 .7 34 .9 3 8 . 3 3 5 , 8 0 32 . 74 8 4 1 : 0 1 5 ,6 0 5 ,5 74 .6 5 2 . 3 9 2 , 1 0 34 ,53 8 1 1 : 1 1 6 ,4 0 6 , 0 24 .1 8 8 . 0 4 0 , 7 0 42 ,1 2 8 7 5 :0 8 1 ,3 0 8 ,80
1B9 3 19 :2 03*1201 894 869 :6 43*3701895 2. 462: 403* 8351896 3 .3 6 7 :8 4 9 * 7 3 01897 3 . 7 6 6 : 408$7651898 4 . 4 10í 900* 7601899 4 .1 7 3 : 1 9 2 $ 3001900 4. 838: 82 1$0701901 3. 507 : 643$8301902 3. 834: 897$1101903 3. 965 :351 $6 801904 3.84 2: 629$2501905 2 .9 5 2 :38 7 $ 8 2 01906 2. 79 3: 970$2601907 3. 354: 861$0901908 2 .8 3 3 :85 9 $ 1 8 01909 3. 644: 79 3$ 1 301910 3. 861 : 72 1$ 3001911 4 . 0 1 6 : 661$6701912 3 .9 8 6 :8 6 9 * 2 1 01 91 3 3 . 3 1 8 : 583$4201914 2 . 5 4 7 : 252$4301915 3 .5 84 :513$1201916 5 . 6 9 7 : 518$7301917 6 .4 7 6 :48 5 $ 1 8 01918 8 . 4 6 0 : 336$4101919 6 . 3 1 2 : 201$2201920 8 . 3 2 0 : 139$2901921 6 . 876: 136$ 04 01922 7. 32 3: 69 1$1901923 2. 234:1 5 8$ 5 /O1924 2 .2 8 9 :5 2 5 $ 8001925 3 .6 4 7 :02 2 $ 0 2 01926 2. 81 5: 524$ 8701927 2 . 8 9 3 : 356$6301928 1 . 7 3 7 : 576$5001929 3 8 l :4 5 8 $ 0 1 01930 6 58 :7 27*4101931 1 .6 3 7 :0 9 2 * 9 1 01 932 1 .6 2 4 : 8 9 7 * 1 4 01933 9 25 :4 91*1601934 1 .3 6 8 : 6 1 0 * 6 5 01935 1 .3 8 1 :41 1 * 2 5 01 936 1 .5 1 3 : 2 6 4 * 1 6 01937 1 . 307: 51 4*6301938 1 .4 98 : 9 35* 3301939 1 . 201 :038*6001940 1 .0 2 7 :8 5 4 * 1 9 01941 1 .7 0 4 :7 1 6 * 6 2 01942 4 .5 3 0 . 0 1 4 , 7 61943 5 .4 5 1 . 1 8 4 , 3 41944 4 .7 9 7 . 1 2 9 , 4 31945 1 1 .9 6 5 .1 0 5 , 8 11946 1 5 .0 8 2 .7 8 0 , 4 01947 1 3 .4 7 2 .6 2 3 . 1 01948 9 .9 4 1 . 2 8 7 , 8 0
NOTA- AS DFSPFSAS COM FABRICAÇÃO ISCLUEM DF MANEIRA PREDOMINANTE (90X) OS SALOIOS PACOS Â MÃO DE OBRA FABRIL PROPRIAMENTE DITA. EXCLUINDO-SF O PESSOAL SUPFRIOR E O PESSOAL ADMINISTRATIVO.
FONTE: CEIN - RELATÓRIOS E BALANÇOS ANUAIS.
t a p e i , a - i s aCOMPA VII TA FMPfiRTO IK D U S T R I A L DO NORTE - P A R T IC I P A Ç Ã O DAS D E S P E S A S COM MANVTEVCÃO HO TOTAL DAS
D E S P E S A S - 1 893/ 1932
ANOSV A L O R D A
P R O D U Ç Ã O
D E S P E S A S ( T O T A L ) MANCTEMÇÃO: , M A Q U IN X R IO , C O M B U S T ÍV E I S E L U B R I F I C A S T E S
A B S O L U T O r. A B S 0 L U T OT
! 1 .
1 1 9 :2 03$120 40 :8 3 1 $ 8 3 7 21 2 ,6 3I
1 poj, 86 0 : 64 3$ 3 7 9 8 0 6 :0 36 $ 7 60 9 2 ,6 8 20 431*4 5 0 2 .3 41 = 05 2 .4 6 2 :4 03$ 835 1 . 9 3 2 : 8 3 1 * 9 3 2 7 8 ,4 9 67 6 4 8$1521 «96 3. 367 :8 40$ 730 2 . 9 0 4 : 800$680 86 ,25 102 66 5 *5 0 0 3.<141 »07 3 . 7 6 6 : 4 0 8 * 7 6 5 3 .4 70$ 5 4 0 $ 2 80 9 2 ,1 4 157 5 14*790 4 ,1 R1 «98 4 . 4 1 0 : 0 0 0$760 4 . 1 0 1 : 8 5 9 * 8 2 0 9 2 ,9 9 197 313*910 4 ,471 890 4 . 1 73: 10 2$ 300 3 .6 8 8 : 0 9 6 $ 1 7 0 88 .371 0 0 0 4 . 8 3 8 : 8 2 1 * 0 7 0 3 . 7 9 8 : 958$970 78 ,5 11 o n j 3. 507 : 64 1*830 2 .9 7 6 : 698$ 740 8« . 8 6 258 7 76*010 7 . 171902 3. 834: 89 7$ 110 2 . 9 38 :1 6 8 $ 8 70 76 .6 1 270 885*350 7 ,0 f>1903 3. 9 *5 : 35 1 $ 6 80 3 . 1 7 7 : 579$720 8 0 ,1 3 345 811*6 10 * . 721904 3 . 8 4 2 : 6 2 0 Í2 5 0 3 . 169 :7 7 4 $ 1 1 0 82 .49 196 7 6 8 $ 6 70 5 .1 21905 2 . 9 5 2 : 387$ 820 2 . 4 4 3 : 3 85$ 590 82 .76 177 147*310 6 . 0 01 006 2 .7 9 3 : 97 0$ 260 2 . 3 8 7 : 246$0 60 85 ,44 186 761*8 80 6 , #« 81007 3 . 3 5 4 : 8 61 $ 090 2 . 8 7 8 : 8 30$970 85 .81 1 84 241*120 5 ,4 *>1908 2 .8 3 3 : 8 5 0 $ 1 8 0 2 . 6 3 3 : 1 7 6 $ 3 9 0 92 ,9 1 1 88 678*860 6 .651909 3. 644: 793$ 130 3 . 0 1 5 : 4 8 5 * 7 0 0 82 ,73 2 16 7 1 8 $ 6 1 0 5 .9 41910 3. 861 : 72 1$ 300 3 . 3 1 9 : 9 6 9 * 6 5 0 85 ,97 202 2 7 4 $9 30 5 ,2 31911 4 . 0 1 6 : 6 6 l $ 6 7 0 3 . 2 5 3 : 8 4 0 * 0 8 0 81 , 0 0 177 556$020 4 ,4 21912 3 . 9 8 6 : 869$ 2 10 3. 292: 31 6*5 90 82 ,5 7 203 8 8 7 $ 8 5 0 5 .111913 3. 31 8 : 5 8 3$4 20 2. 914: 56 3* 290 87 , 82 213 0 8 4 $ 4 4 0 6 . 4 21914 2 . 5 4 7 : 252$430 2 . 3 9 2 : 6 0 2 * 6 6 0 9 3 ,9 2 168 2 56$ 290 6 ,601915 3 . 5 8 4 : 5 1 3$120 3. 1 36: 635* 860 87 ,50 334 003*550 9 ,311916 5 . 6 9 7 : 518$730 5 . 0 9 6 : 5 7 0 * 7 4 0 89 ,4 5 527 883*1 80 9 ,2 61917 6 .4 7 6 : 4 8 5 $ 1 8 0 5. 771 : 231* 760 89 ,1 1 702 749* 370 1 0 , 331918 8 . 460 : 336$ 410 7 . 6 9 9 : 7 4 1 * 1 8 0 91 ,01 751 942*280 8 , 8 8
1920 8 . 3 2 0 : 1 3 9 1 2 9 0 6 . 2 1 6 : 157* 870 74 ,7 1 446 515*7 30 7 .081921 6 .8 7 6 : 1 3 6 * 0 4 0 5 . 5 7 0 : 79S* 9 90 81 . 0 1 726 136*1 40 10 . 561922 7 . 3 2 3 : 6 9 1 1 1 9 0 5 . 7 6 7 : 1 3 4 * 1 8 0 78 , 74 717 204*1 90 9 .7 91923 2 .2 3 4 :9 581570 79 7 :3 9 1 * 9 4 0 35 ,6 7 16 877*9 00 0 ,7 51924 2 . 2 8 9 : 5 2 5 1 8 0 0 9 4 9 :5 7 2 * 0 8 0 4 1 ,4 7 25 805*200 1 , 1 2
192$ 3 . 6 4 7 : 0 2 2 * 0 2 0 1 . 0 7 0 : 8 3 4 * 2 0 0 29 ,3 6 41 753*3 00 1 . u1926 2 . 8 1 5 : 5 2 4 1 8 7 0 1 .0 4 3 : 8 4 3 * 7 2 0 37 ,07 58 369*7 00 2 ,0 71927 2 .8 9 3 : 3 5 6 * 6 3 0 1 . 400 : 786*5 20 48 ,4 1 40 055*3 0 0 1 , 381928 1 . 7 3 7 : 5 7 6 * 5 0 0 1 . 0 2 0 : 8 2 3 * 6 4 0 58 ,7 5 32 427*760 1 , 8 6
1 929 3 8 1 :4 5 8 * 0 1 0 1 . 324: 593*570 347 ,24 15 431*700 4 ,04
1930 6 5 8 :2 2 7 * 4 1 0 6 5 3 :8 9 8 * 0 6 0 9 9 ,3 4 6 04 5*900 0 .9 11931 1 . 6 3 7 : 0 9 2 * 9 1 0 7 9 0 :1 4 5 * 0 1 0 4 8 ,2 6 271 384* 540 16 ,5 7
1932 1 . 6 2 4 : 8 9 7 * 1 4 0 7 2 3 :2 8 5 * 2 5 0 44 ,51 164 323*0 30 1 0 , 1 1
NOTA: MANUTENÇÃO INCLUI: MAQUINARIOS, COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES.FONTF.: CFIN — RELATÓRIOS E BALANÇOS AMUAIS
ANOS
1893189418951896189718981899190019011902190319041905190619071908190919101911191219131914191519161917191819191920192119221923192419251926192719281929
RIA EMPÓRIO INDUSTRIAL DO NORTE - PARTICIPAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA NO TOTAL DAS DESPESAS
1893-1930
T A B E L A - 15 B
A L 0 R D A
R 0 D U Ç Ã 0
D E S P E S A S ( T O T A L ) M A T É R I A P I I M A
A B S O L U T O Z A B S O L U T O Z
19:203*120 40:831*837 212,63 13:437*900 69,97
869:643*370 806:036*760 92 ,68 510:796*240 58,73
2.462:403*835 1.932:831*132 78,49 1.156:715*020 48,19
3.367:849*730 2.904:800*680 86 .25 1 . 826 : 226*220 54 ,22
3.766:408*765 3.470:540*280 92 ,14 1.915:295*090 50,85
4.410:900*760 4.101:859*820 12 ,99 2.416:427*060 54 ,78
4.173:192*300 3.688:096*170 88,37 2.028:582*560 48,61
4.838:821*070 3.798:158*170 78,51 2.271:467*710 46,94
3.507:643*830 2.976:698*740 84 ,86 1.434:550*770 40 ,89
3.834:897*110 2.938:168*870 76,61 1.248:722*670 32 ,563.965:351*680 3.177:571*720 80,13 1.376:813*100 34,72
3.842:629*250 3. 169:774*110 82,47 1.622:733*030 42,23
2.952:387*820 2.443:385*590 82 , 76 1.033:046*760 34,99
2.793:970*260 2.387:246*060 85,44 959 :070* 810 34 ,32
3.354:861*090 2.878:830*170 85 .81 1.364:716*500 40.67
2.833:859*180 2.633:176*390 92,91 1.174:760*200 41,45
3.644:793*130 3.015:485*700 82,73 1.367:947*680 37,53
3. 861: 721*300 3.319:969*650 85 ,77 1.748:739*970 45,28
4.016:661*670 3.253:840*080 81 ,00 1 . 699 : 638* 110 42,31
3.986:869*210 3.292:316*510 82 ,57 1.590:901*220 39 ,903.318:583*420 2.914:563*290 87 ,82 1.252:273*680 37,73
2.547:252*430 2.392:602*660 93,92 984:567*840 38,65
3.584:513*120 3. 136:635*860 87 ,50 1.345:997*570 37,55
5.697:518*730 5.096:570*740 89 ,45 3.032:025*810 53,216.476:485*180 5.771:231*760 89,11 3.521:524*120 54, 37
8.460:336*410 7.699:741*180 91 ,01 5.251:146*250 62,06
6.312:201*220 5.497:724*280 87,23 3.659:133*220 58,06
8.320:139*290 6.216:157*870 74 ,71 3.763:901*730 45,236.876:136*040 5.570:795*990 81,01 2.610:200*320 37,96
7.323:691*190 5.767:134*180 78,74 3.074:692*730 41,98
2.234:158*570 797:391*940 35 ,67 392:617*080 17 ,56
2.289:525*800 949:572*080 41,47 438:364*470 19,14
3.647:022*020 1.070:834*200 29,36 596:394*060 16 ,35
2.815:524*870 1.043:84 3*720 37,07 526:615*200 18,70
2.893:356*630 1.400:786*520 48,41 812:362*650 28 ,07
1.737:576*500 1.020:823*640 58,75 460:432*590 26 ,49
381:458*010 1.324:593*570 347,24 383:666*850 105,57658:227*410 653:898*060 99,34 192:469*690 29 ,24
A MATÉRIA PRIMA, ALÉM DO A L GO O XO , IHCLUI OS PIOS IMPORTADOS NOS PRIMEIROS ANOS.
CEIN -- RELATÓRIOS E BALAHÇOS ANUAIS.
T A B E L A “ 16
EQUIPAMENTO FA B RI L DA CIA. EMPÕRIO INDUSTRIAL DO NORTE - 1969
QUANT. E Q U I P A M E N T O M A R C A A N O
SALA DE ABERTURA
A bridor aliraentador de 24" acoplado cora abridor de fita A bridor de fardos de 30"Exaustor de poeiraEsteira aliraentadora de 24 pesC arreg ad e ir a automática com condensador e aspirador coe batedor porcupino Abridor VerticalU I tra-Cleaner cora 6 orgaos de lirapeza, caixa de reserva cora célula fo t o * e 1etricaA bri d or duplo com orgaos de lirapeza de 3 facas - 24" D istri bu i do r de três vias cora linha pneumática Batedores acabadores cora orgao de lirapeza Kirschner con aumento na caixa de reserva Abridor de pavio Abridor de anel
PlattPlatt
PlattPlatt
PlattPlattPlatt
PlattPlattPlatt
19491949
19491949
196619491949
194919491949
C A R D A S
Cardas de alta produção com 40", guarnição rigida coo e£ tripagem automática para latas de 20x42", com cross-roll e purificador de veu.Flatts Eureka.Sistema Parks-Cramer para aspir.açao superior Sistema Park-Craoer para aspiraçao inferior
PlattParki-CramerParks-Cramer
196619661967
2212
PENTEADEIRAS
Reunideiras para formação de rolos de fita coo 9" PlattLaminadeiras para fornaçao de rolos de manta com 10 1/2" PlattPenteadeiras tipo Wasmith de 12" de diâmetro Platt
1954 1954 19 54
11
2
PASSADORES
Passadores cada ura com 4 saídas, diâmetro rolo de entrega13/8" para latas 12x18" - la. passagem PlattsPassadores cada un com 4 saídas diâmetro rolo de entrega13/8 para latas 12x18" - 2a. passagem PlattsPassadores Cloble de alta produção para latas 20x42" PlattsPassadores Globle de alta produção para latas 18x42" Platts
MAÇAROQUEIRAS
M a ç o r o q u e i r as coo 120 fusos cada para bobinas de 10x5", com gaiolas para latas de 18x42", diâmetro do rolo dianteiro 1"" PlattMaçoroqueiras MS-2 com 112 fusos cada para bobinas 11x5 1/2, trem de estirageo S.K.F. Platt
1954
195419661966
1948
1966
f i l a t O r i o s
Filatõrios Superspinner coo 320 fusos cada, anel de 2", trem de estiragem SKF-PK 220, equipado com Pneunafil.14 máquinas com alça de 9" e 11 oáquinas com alça de 10". FilatÕrios com 304 fusos cada, anel..., trem de estura- geo de 4x4, equipado com Pneumafil, alça de 8 1/4.
Filatõrios de 304 fusos cada, anel..., trem de estiragem 4x4, equipado com Pneumafil, alça 8 1/4.Filatõrios com 320 fusos cada, reformado pela Sussen, a- nel..., trem de estiragem SKF PK 211, equipado cora Pneu- maf i 1, alça d e ...
Maqu in a para retificar rolinhos. Dronsfield n? 218
ENROLADORES
Enroladores Au t oconer com 50 fusos cada, atador para cada 10 fusos, automático, velocidade de 1.200 raetros por minu to .Enroladores Leesona 44 com 100 fusos cada Enroladores Schlafhorst com 84 fusos cada.
Platt
Platt
Platt
Platt
Dronsfield
S c h lafhorst Leesona Schlafhorst
1966
1948
1938
1948 -Re formado p/Sus sen em 1963 1966
1968
1962
URDIDEIRAS
Ur d id e ir a Schlafhorst EZD de alta produção com gaiola para 520 fusos, pente vai e vemUrdideira Schlafhorst convencional coo gaiola para 520 fusosU rd ideira seccional
Sch 1afhorst
Schlafhors t
1962
R ETORCEDEIRAS
Rctorcedeiras reformadas p/Sussen, com 316 fusos cada,anel 2" alça 9"
TINTURARIA DE FIOS
Aparelhos para tingir Thics, alta pressão e alta tenperatura para tingioento até 100 K g s . de materialAparelho para tingir Obernaier KAMGD-8 alta pressão e altatemperatura para tingioento ate 100 Kgs. de naterialLavatório ThiesSecador Thies ADLTCozinhador ThiesSecador ADLV 1.000
Thi es
Oberoai er Thies Thies Thi es Obermaier
19S4-Ref orma
1955
1964 1955 1955 19551965
ENGOMADEIRAS
F.ngooadeira Cocker con 7 cilindros sendo 3 T e f l o n i z a d o ,con controles de temperatura, dos cilindros e cocho de goma Ta^ lor, cozinhador autooatico Taylor, controle de uaidade He-neywel1Engooadeira Hibbert H-32 Camara de ar quente, com controle de tenperatura e pressao.
Cocker
Hibbert
1965
1951
T A r. K *. A - 16 A
EQUIPAMENTO FABRIL OA CIA- EMPÕRIO INDUSTPIAL ÜO NORTE - 1969
QÜANT. E Q U I P A M E N T O M A R C A A N 0
E SPTLADF. I PA S
J o E s p u l a d e i r a s H a c o b j > ^ a com 24 fusos cada H ac ob a -
12 F s p u l a d e i r a s H o n e g e r com 6 (usos cada H o n eg er 1968
2
A T A D E I R A S
A c a d e i r a i U s t e r m o d e l o I p a ra u rd uoe U ster 1967
4.02
T E C E L A G E M
T ear es Howa t ip o s NY3P. e NY4B , a u t o m á t i c o s , troc a lançadei^ ra, l a r g ur a no p e n t e 44", 180 rpm. Howa 1962
90 Te ar e s X a d r e z T o y o d a CM2, a u to m á t i c o s , t roc a l a n ç ad e ir a , l a r g ur a no p e n t e 44" , 155 rpm. T o y o d a 1965
210 M a q u i n e t a s Y a m a d a c a p a c i d a d e p a r a 16 q u a d ro s Y a m a d a 19654,0 D i s p o s i t i v o s p a ra r o lo d up l o How a 19661 M á q u i n a p a r a r e t i f i c a r p en te s E x c e l s i o r 19681 M á q u i n a p a r a r e t i f i c a r l a nç a d e i r a s S t a u b 1 i 1968
\
S A L A P AN O CRU
R e v i s a d e i r a s p a ra te ci dos com l arg u ra de 100 cm, t ampa p l á s t i c a i l u m i n a d a , c o n s t r u ç ã o p r ó p r i a _ .
1
A C A B A M E N T O
N a v a l h a d e i r a M e n s c h n e r tipo SSA, a u t o m á t i c a , com d i s p ô s ^ tivo p a r a l i m p ez a de o u r e l a s de x a d r e z e s , l a r g u r a 220 cm, a c o p l a d a com m á q u i n a de c o s t u r a M e r r o w M e n s c h n e r 1965
11
C h a m u s c a d e i r a W a l f e r O s t h o f f tipo 30/6M e r c e r i z a d e i r a Klei n e ve f e r s tipo S M - A 1 p a r a t eci do s com l a r g u r a de 240 cm. K l e i n e w e f e r s 1953
2
2
A u t o c l a v e s p a ra c o z i n h a m e n t o com c a p a c i d a d e p a ra 2. 00 0 Kgs.
cadaBarca s p a ra l a var t ec id o s em c o rd a j u n t a s a 8 t an qu e s la- C .B r i n k o r d
1d r i l h a d o sC a l a n d r a d ' a g u a ti po K . 20 / 2
Send eK l e i n e w e f ers 1953
1 F l a n e l a d e i r a M o n f o r t s RR 30 /S p a r a tec i do s com 220 cm Mon f or ts
1 S e c a d e i r a de t a mb o r com 8 c i l i n d r o s de aço i n o x i d á v e l T e x i m a
1 S e c a d e i r a B e r n a u e r de ar q u e n t e Ber nau er
0
1
J i g g e r s a b e r t o s p a r a t e c i do s de 120 cm s en d o 3 O b e r m a i e r 3 T e x i m a , 3 G a b r i e l V e n d a r a m i n i R 1 IM UTR a m e u s e H. K r a n t z S o h n e com f o u l a r d a c o p l a d o p a ra t e c i dos até 160 cm. K ra n tz 1955
1 R a m e u s e T e x i m a com 4 c a m p os , f o u l a r d a c o p l a d o p a ra t e c i dos até 140 cm. T e x i m a 1962
11
1
F o u l a r d p a r a t i n g i m e n t oC a l a n d r a de f r i c ç ã o Dr. R a m i n s c h de 5 c i l i n d ro s , com va- r i a d o r de v e l o c i d a d e
E S T A M P A R I A
M á q u i n a de e s t a m p a r a q u a d r o s St or k p a r a 8 cores, l a r gu ra 110 cm. S t ork 1962
1
2
E q u i p a m e n t o a u x i l i a r p ar a e s t a m p a r i a :m a q u i n a de f o t o g r a far, m á q u i n a p a r a q u a d r o s , s e c a d o r , e m es a de teste. P o l i m e r i z a d e i r a
E X P E D I Ç Ã O
D o b r a d e i r as M e n s c h n e r
1 E nf es tadei ra M en s chner
1 E n r o l a d e i r a Mens chn er1 E n r o l ade i ra S t a . C 1 ar a
11111111111
O F I C I N A M E C Â N I C A
T o r n o W i l k i n s o n L i s t e r de 4 ,0 0 de c o m p r i m e n t o T o r n o I m or M I N - 1,50 m et r o s T o r n o N a r d i n i - 2,7 0 m et r os F u r a d e i r a M o v i b a s e de 1" a 0 P l a i n aS e r r a I t a t i a i a F u r a d e i r a M a u a de 1/2 a 0 C o r r a d e i r a 5 S /1 0 F u r a d n i r n F or m en s i 8F r e z a de S o c i e d a d e de M á q u i n a s e M o t o r e s Ltda. C a l d e i r a C B C - 6 - 3 V P . c o m p a c t a C a l d e i r a A T R - 150 ra*
CBC 19611 CBC -
2
E L E T R I C I D A D E
A rede e l é t r i c a é c o m p l e t a m e n t e n o va e m b u t i d a em ele t r o d u t o s .T r a n s f o r m a d o r e s A SE A 500 KVA A SE A
2 T r a n s f o r m a d o r e s A S EA 300 KVA A S EA
1111
C O N T R O L E DE Q U A L I D A D E
A p a r e l h o U s t e r par a m e di r r e g u l a r i d a d e de fio A p a r e l h o M i c r o n a i r e p ar a m e d i r f i n u r a de al go d ao A p a r e l h o F i b r o g r a f o p a r a m e d i r c o m p r i m e n t o de f ib ra A p a r e l h o S h i r l e y p ar a m e d i r i mp u r e s a s do al go d ao PL AT T 1959
111
D i n a m o m e t r o p a r a m e ad as D i n a m o m e t r o p a r a fio s in gel oA p a r e l h o P r e s s l e y p a ra r e s i s t ê n c i a da fi br a J .M .D OE B R IC H 1957
C l I M A T I Z A Ç Ã O
As s a l a s d e F i a ç a o e T e c e l a g e m e s t ã o e q u i p a d a s c o m
a p a r e l h o s T e x a i r p a r a c l i m a t i z a ç a o do m e i o a m b i e n t e .
F O N T E : CEIN , DEPT. DE C O N T A B I L I D A D E .
ERRATA:
A numeração das páginas contem diversos erros, ser. contudo
prejudicar a continuidade do texto:
Da página 109 passa-se para a 120
Da página 140 passa-se para a 142
Da página 152 Dassa-se para a 154 (Tabelas)
Da página 183 passa-se para a 185
Da página 214 passa-se para a 216
Da pãgir.a 223 passa-se nara a 225
Da página 228 nassa-se para a 230
Há duas páginas diversas coi?, o número 167 o que se repete
para a página 2 30.
0 Anexo 1 tem como fonte os Livros de Registro de Ações da
CEIN e o Anexo 2 c arquivo e a obra citada de Péricles Ma_
dureira de Pinho. A fonte do Anexo 3 e o Aroúivo da CEIN.