Post on 10-Aug-2015
DPOC
• Doença caracterizada por obstrução progressiva e parcialmente reversível das vias aéreas e diminuição do fluxo aéreo expiratório, podendo ser acompanhada de hiperatividade brônquica.
DPOC• 1)Bronquite crônica: Caracteriza-se pela presença de tosse e produção de
expectoração por pelo menos 3 meses em cada um de 2 anos consecutivos, não resultando de outra causa aparente;
2)Enfisema: Caracteriza-se por aumento anormal dos espaços
aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhado por alterações destrutivas das paredes alveolares.
Epidemiologia• Predomínio nos homens;
• Incidência aumenta com a progressão da idade;
• Tendência de diminuir a mortalidade por DCV, observa-se o contrário no DPOC;
• 6º causa de morte no Brasil e a 3º causa de internação hospitalar;
Fatores de Risco
• TABAGISMO;
• Poluição atmosférica;
• Exposição ocupacional;
• Infecções;• Alcoolismo;
• História familiar enfisema por deficiência de alfa-1-antitripsina;
Fisiopatologia• Obstrução vias aéreas (hipersecreção / obstrução
pequenas vias aéreas).• Destruição parênquima.• Anomalias vasculares pulmonares (espessamento
vasos).
HIPOXEMIA/HIPERCAPNIA
HIPERTENSÃO PULMONAR COR PULMONALE
Enfisema Bronquite Crônica
Perda da retração eslática
Colapso das viasrespiratórias
Secreção Edema
tônus musculaturalisa
OBSTRUÇÃO BRÔQUICA
FLUXO EXPIRATÓRIO
Tipo patológico - Enfisema• Centro-acinar: a destruição do parênquima localiza-se na região
central do ácino ou lóbulo pulmonar; relacionado ao tabagismo ( mais comum); predomina nos lobos superiores;
• Pan acinar: destruição uniforme de todo o lóbulo, acompanhado de
fenômenos obstrutivos e aumento volumétrico do pulmão;
Deficiência genética de alfa-1-antitripsina;
Enfisema proteolítico
• Deficiência de alfa-1-antitripsina;• 3% dos portadores de enfisema possuem essa deficiência;• Indivíduos com idade <55anos;• História marcante familiar;• Sem relação com o tabagismo;
Exame físico
• Pletora facial;• Tórax em tonel;• Edema de MMII, turgência jugular;• Prolongamento da fase expiratória;• Contração da musculatura abdominal na
expiração;
Pink Puffers
• Longilíneo;• Fácies angustiada;• Magro;• Tórax em tonel;• Dispnéia expiratória;• Sem sinais de cor
pulmonale e hipóxia significativa;
• MV;
Blue Bloater
• Brevilíneo;• Obesos;• Pletora facial;• Respiração ruidosa com estertores;• Hipoxemia;• Cor pulmonale;
Diagnóstico
• Clínico:
Tosse crônica + expectoração + dispnéia + história de exposição aos fatores de risco.
• Exames complementares:
GASOMETRIA ARTERIAL -hipóxia (desequilíbrio da V/Q);
- hipercapnia (aumento da PaCO2);
- de - - de HCO2 (insuf. resp. crônica)
Raio-X de tórax
• RAIO X
• Permite caracterizar a presença de:
• ENFISEMA - hiperinsuflação pulmonar, hipertransparência, bolhas de enfisema.
• BRONQUITE CRÔNICA: - espessamento de paredes brônquicas e infiltração ao longo de feixes broncovasculares.
.
•
Raio-X de tórax
• Bronquítico Crônico
Normal;
Reforço da trama broncovascular;
Imagens tubulares principalmente nas regiões hilobasais;
Discreta insuflação pulmonar;
Espirometria
• Padrão-ouro (diagnóstico e estadiamento);• Padrão obstrutivo:
A espirometria também é utilizada para avaliar a gravidade
da obstrução das vias aéreas e para monitorizar o tratamento. O fluxo expiratório máximo (a velocidade máxima com que o ar é expirado) pode ser medido com o auxílio de um medidor de fluxo máximo portátil. Esse teste é utilizado para a monitorização domiciliar da gravidade. Geralmente, as velocidades do fluxo máximo são menores entre 4 e 6 horas da manhã e maiores às 4 horas da tarde..
ECG
• Alterações de cor pulmonale:
#onda p alta e pontiaguda; #desvio do eixo para direita; #BRD; #arritmias;
Outros exames complementares
• Hemograma: policitemia;• Gasometria arterial:
♦Hipoxemia e hipercapnia;
♦Acidose respiratória crônica com aumento compensatório do bicarbonato;
• TC:
útil para o diagnóstico diferencial;
Diagnóstico diferencial entre asma e dpoc
• Dpoc Asma
• -início da meia idade Início precoce(frequentemente • -progressão lenta na infância)• dos sintomas Sintomas matinais e noturnos.• -história de tabagismo Alergia, rinite alérgica• longo prazo História familiar de asma• Dispnéia durante o Grande parte reversível• Exercício• Grande parte irreversível.
Tratamento
• Objetivos:
1)Prevenir a progressão da doença;
2)Aliviar os sintomas;
3)Melhorar a condição da saúde;
4)Prevenir e tratar as complicações e exacerbações.
Tratamento
• Varia de acordo com a gravidade da doença ( sintomas, limitação do fluxo aéreo, frequência e gravidade das exacerbações, complicações, as comorbidades);
• Medidas educacionais;• Broncodilatadores;• Corticóides;• Oxigenioterapia;• Transplante de pulmão;• Cirurgia redutora pulmonar
• Redução dos fatores de risco ( TABAGISMO );• Dieta pobre em carboidrato;• Protetor de mucosa gástrica;• Exercícios físicos;• Fisioterapia respiratória;• Vacinas;
Tratamento
Broncodilatadores
• Principal terapia no tratamento de manutenção do DPOC;
• Preferência pela via inalatória;• A combinação de drogas com diferentes
mecanismos e duração de ação pode aumentar a eficácia e diminuir a incidência dos efeitos colaterais;
Beta-2-agonista MetilxantinasAnticolinérgicos
Beta-2-agonistas• Liga ao receptor beta 2 da célula ativação da
adeniciclase conversão do ATP em AMPc através da proteína cinase A reduz o tônus muscular;
• VEF1s, capacidade inspiratória, volume residual Dispnéia e na tolerância das atividades físicas;
Curta ação Longa ação
Início de ação quase imediato;
Duração: 4-6h;
Posologia: até 4 vezes/dia;
Alívio sintomático;
Duração: 8-12h;
2vezes/dia;
Profilaxia no controle da doença;
Fenoterol(Berotec) Salbutamol
(Aerolin)
Terbutalina(Brycanil)
Salmeterol
Formoterol(Foradil)
Beta-2-agonistas – Efeitos colaterais
• Tremores;• Taquicardia;• Hipocalemia;• Agitação;• Hiperglicemia• Arritmias;
Anticolinérgicos
• Bloqueio dos receptores colinérgicos inibindo a broncoconstrição reflexa colinérgica BRONCODILATAÇÃO;
Brometo de ipratrópio (Atrovent)
Pico de ação:30-90 min;Duração:4-6h;
Brometo de tiotrópio (Spiriva)
Duração: 24h;
Anticolinérgicos – Efeitos colaterais
• Boca seca;
• Tosse;
• Irritação da garganta;
Metilxantinas
• Broncodilatadores adicionais no DPOC, porém menos eficazes e com a desvantagem de agir mais lentamente;
• Inibem a fosfodiesterase com subseqüente aumento da concentração de AMPc intracelular e relaxando a musculatura lisa brônquica;
Metilxantinas
• Efeitos colaterais:Sintomas GI;
Cefaléia;
Insônia;
Arritmias;
Convulsões;
Teofilina
Duração de ação: 12h;
Aminofilina
Duração de ação: 6h
Corticóides
• Indicações:
Melhora sintomática e uma resposta espirométrica documentada aos corticóides inalados;
Estádio IIb e exarcebações repetidas;
Agudizações do DPOC;
• Uso inalatório é superior ao sistêmico;• Podem aliviar os sintomas, mas não modifica o
declínio a longo prazo no VEF1s;
Oxigênio
• PaO2 < 55 mmHg ou SaO2<88;• 55 mmHg < PaO2 < 60mmHg ou SaO2 >
88mmHg e evidência de hipertensão pulmonar, ICC ou eritrocitose;
• Fluxo deve ser no máximo 1-2l/min;
O objetivo da oxigenoterapia a longo prazo é aumentar a condição de base da PaO2 para pelo menos 60mmHg e/ou produzir SaO2 em pelo menos 90%. O que preservará a função vital do órgão.
Exacerbações do DPOC
• Etiologia:
Infecção respiratória (H. influenzae, S. pneumoniae, M. catarrhalis);
Hiperreatividade brônquica;
Drogas depressoras do centro respiratório;
ICC...
Tratamento domiciliar• Broncodilatadores: dose e/ou frequência da
terapia;
• Corticóides: ♦Prednisona;
• Antibióticos: ♦ tosse, dispnéia;
♦ do volume da expectoração e alteração na cor;
◊Opções: Amoxicilina-clavulanato, cefalosporina de 2º ou 3º geração, macrolídio, quinolonas respiratórias;
• Oxigênio: manter SaO2 entre 90-92%;
Conclusão• O DPOC consiste em uma doença que leva à obstrução
progressiva e parcialmente reversível das vias aéreas e diminuição do fluxo aéreo expiratório, podendo ser acompanhada de hiperatividade brônquica.
• Corresponde a 6º causa de morte no Brasil e a 3º causa de internação hospitalar.
• Sua incidência vem crescendo na população feminina e se não forem implantadas novas medidas anti-tabagismo a taxa de mortalidade por DPOC só aumentará nos próximos anos.
• A forma mais fácil de prevenção é a abstenção do tabaco e por isso faz-se necessário a implementação de MEDIDAS anti-tabaco em todo o mundo, principalmente na população adolescente e adultos-jovens.