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Ensino da Histria e Cultura Afro- Brasileira e Africana: professores paranaenses falando sobre a implementao da lei nas aulas de matemtica Josiane de Ftima Kolodzieiski 1

GD5 Histria da Matemtica e Cultura Resumo OBrasilumpasdegrandemiscigenaoepluralidadeculturaletemcomopredominncia,segundoos ltimosdadosdocensorealizadopeloIBGEem2010,pessoasquesedeclararampardosounegros.No campopoltico,depoisdemuitaslutas,osmovimentossociaisnegrosconseguiramqueem9dejaneirode 2003, o Presidente da Repblica sancionasse a implementao da Lei 10.639/03 que trata da obrigatoriedade do ensino da Histria e Cultura Afro- Brasileira e Africana paraser desenvolvidas por instituies pblicas e privadasemtodoopas,quedevercontemplaratividadesnasdiversasdisciplinasdocurrculo,coma finalidade de conhecer e valorizar a cultura de quem construiu um Brasil, juntamente com os imigrantes que aquichegaram.Nestaperspectivaapresentepesquisavisadescrevercomoseconstituiuhistoricamentea implementao da Lei 10.639/03 (que completou dez anos em janeiro de 2013) e como o ensino de Histria e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem se concretizado nos espaos escolares, em particular na disciplina de matemtica.Acoletadedadosserfeitaatravsdedocumentosoficiaisededepoimentosdosprofessores queatuamemdiversasinstnciasdaSecretariadeEstadodaEducao(SEED)noParan.Asentrevistas sero conduzidas na perspectiva da Histria Oral temtica e o resultado do trabalho se constituir como fonte para novas pesquisas sobre o tema. Palavras-chaves:EducaoMatemtica-Polticaspblicas.HistriaeCulturaAfro-Brasileirae Africana. Ensino aprendizagem. Introduo Pluralidade Cultural e Educao Matemtica Apopulaobrasileiraseconstituipormuitosimigrantesoriundosdevriospases,com diferentes etnias, o que coloca os indivduos de grupos diferenciados em contato um com o outro,eisso,muitasvezes,levaaspessoas-pornoentenderaculturadooutroa desenvolver atitudes de preconceito e discriminao que permeiem essas relaes entre os grupos. Para viver a democracia na forma mais legtima necessrio que os indivduos na sociedadeaprendamarespeitarasdiferentesculturasqueformamseupas,eombito escolarumdoslocaisparaoconhecimentoeaaprendizagemsobreessadiversidade

1MestrandadoProgramadePs-GraduaoemEducaoemCinciaseemMatemtica,Universidade Federal do Paran, email: josianekold@yahoo.com.br. Orientador: Prof. Dr. Carlos Roberto Vianna. cultural. Pelo conhecimento os indivduos aprendem o respeitar os direitos de igualdade do seusemelhante,aprendemavalorizarasdiferentesculturasqueformamasociedadedo pas e podem superar o preconceito que resultado da ignorncia.NestesentidoDias(2011)argumentaacercadequaldeveseropapelsocialdaescolana formaodosindivduoseavalorizaodasdiferentesculturasCabeescolaconstituir elementosquepossamrompercomoimaginrionegativosobreosdiferentesgrupos tnicos, que reitera a suposta culpa atribuda a estes pela discriminao e pela desigualdade social.Referindo-se tambm ao espao escolar Rosa (2008), apresenta em sua discusso referindo-seaestecomoumlugarondeseencontramindivduoscomcaractersticas prprias e diferentes um do outro, no qual a educao e a cultura se produzem em meio a estas caractersticas. Aescolaofereceumlugarinstitucionalparaummtodo,emconvvio.Ondese desenvolvaumaposturaintencionaldeinquietaoedepensamentocrtico. Usandoaheranadetonsefundamentoseducativosquesederamesedo, ancestralmente,emambientesno-escolares,formandoumaposturaintegral.E que, chegados escola, parecem carecer deexplcitainteno edejustificativa, decompreender ainstituioem queesto eo carter darepresentao sociale poltica que lhes envolve, que organiza o arranjo entre a cultura que chega e a escolaquerecebe.[...]AEducaodependedaconvivnciasocial.Do encontro. Da co-laborao, do acon-tecer. ( ROSA, 2008, p. 126-129) Otemaqueretrataapluralidadeculturalexpressaaimportnciadesevalorizaros diferentesgrupossociaisqueestopresentesnoBrasil,asuaetniaecultura,favorecendo ao educando o conhecimento sobre grande a miscigenao do Pas que at por vez ou outra exclui e descrimina o individuo da sociedade, um pas complexo s vezes contraditrio, um pasesuasmultifaces.Aabordagemdessatemticatrazorientaescomafinalidadede entenderadiversidadetnicaecultural,noqualoBrasilestinserido,entendendoas relaesdedesigualdades,deformapossibilitarconhecerasvriasetniaseculturas, aprendendoavalorizaressasdiferenas,poisavalorizaodesseselementosnoquer dizerquesetenhaqueaderirformadeviverdooutro,esimaprenderarespeitara maneira em que o outro se expressa, o modo de representar a sua cultura, os seus costumes sem descrimin-lo. Segundo os Parmetros Curriculares Nacionais da Pluralidade Cultural: Aafirmaodadiversidadetraofundamentalnaconstruodeumaidentidade nacional que se pe e repe permanentemente, tendo a tica como elemento definidor das relaes sociais e interpessoais. (BRASIL, 1997, p. 121). Entretantoimportantesalientaraquiqueadesigualdadeaqueserefereotemaversasobrediversidadesculturais,enodesigualdadesocioeconmica(que,todavia,no ignoradaumavezqueasculturasseconstroememmeiosdesigualdadessociaise socioeconmicas),assimcomofatoqueasingularidadedessasdiferenasculturais geradaaolongodahistrianoprocessodeconstruodasociedade,conformeadecada grupo social. E as produes culturais no ocorrem fora deste contexto, mas sem em meio aessadesigualdadequeseinterligacomasrelaesdepodereexploraodosfatores sociais, econmicos e polticos. Sendo que tanto a discriminao como as desigualdades sociais, promovem de certa forma atofatdicaexclusosocial,poisambassoexcludenteseimpossibilitamaos indivduos o acesso as produes culturais. Santana(2010)emsuateseretrataanecessidadedeaproximaroeducandododiferente paraaformaosocialecultural,sendoquetangenosomenteaumaououtrareado, mas se amplia a todas as demais reas conhecimento: [...]faz-senecessriaumaconscinciasocialeculturalbaseadanumaanlise temporal da realidade brasileira, em que se garantam condies para que o aluno reconheaasiprpriocomoumanecessidadebsicadesobrevivncia,eao outro, como um diferente, na construo de sua prpria realidade, conhecendo e interagindocomsuaprpriaculturaeinterculturalidades.[...]essecicloentre ensinar e aprender um empreendimento coletivo de vrias mos e vem tentando construir em diversos mbitos das instituies sociais umaprtica metodolgica que aproxime as diferenas culturais abrangendo todas as reas do conhecimento cientfico como estratgia de combate ao preconceito e discriminao cultural. (SANTANA, 2010, p. 60-61). Eamatemticacomocinciafazpartedacriaohumanaecadapovo,cadacivilizao criouasuaprpriamaneiradecontar,medir,eensinarosseusdescendentesessacincia denominada de exata. Ao olharmos para o passado ancestral de cada povo e compararmos com a matemtica da atualidade poderemos ver o quanto esta se transformou ao longo dos tempos.Assimcomoasdemaiscincias,amatemticafazpartedeconhecimentoeda aprendizagemdosindivduosaolongodavidaescolar,assimelatambmpodeser ensinadaparaalmdosnmeros,frmulasedemonstraesetambmelemento importanteparacomporaaprendizagemdadiversidadedecultura.Usaramatemtica como um aliado e ruptura de paradigmas que promovam o conhecimento das culturas, pois todoindivduoqueviveemsociedadeprodutordecultura,nestecontextoSilva argumenta quando diz que : OusodaMatemticacomoinstrumentocapazdeauxiliarnaconstruoda conscincia crtica do indivduo, necessria s lutas pelas transformaes sociais, umdeles;ocompromissoealutapeloreconhecimentodosvalores socioculturais,dastcnicasedasprticasdasminoriasrepresentamoutro orientador relevante; e o compromisso com a educao transformadora, na busca deumasociedadejustaeigualitria,tambmtemsidodeimportnciacrucial.( SILVA, 2008, p. 71). Oconhecimentomatemtico,asabstraeseconjecturasqueoindivduoelaboraparaa construodossaberesestointimamenteligadascomocontextosocialnoqualestese encontra.Comoasconstantesmudanasdasociedadeeanecessidadedeintroduziras diversidadesgeraramanecessidadedeumareflexo,nosentidodetrazerparaombito escolarumensinoquepossibilitasseavalorizaodasrazesafricanasea interdisciplinaridade contribuindo para a formao do cidado.Nadisciplinadematemticamuitosprofessorestmdificuldadesrelacionaramatemtica com a histria e cultura africana e de inserir essa temtica em sala de aula, pois estes no tiveramemsuaformaoacadmicadisciplinasrelacionadasnessestemas,que fornecessemsubsdiosnecessriosparasetrabalharcomoassuntoemquesto.Dao interesseporconhecercomoesteensinovemsendodesenvolvido,ecomoseconstituiua implementao da Lei 10.639/03 nos espaos escolares do Estado do Paran na disciplina dematemtica.Indaga-seainda:comoqueosprofessoresdematemticaestofazendo essainclusodemaneiraqueprivilegiecontedosmatemticoseumaaprendizagem significativa? A Finalidade da Pesquisa Algumas etapas da pesquisa so: Analisar como seconstituiu a implementao daLei 10639/03 que trata de incluiroensinodaHistriaeCulturaAfro-BrasileiraeAfricana, ministrados no mbito de todo o currculo escolar em especial como esta se deu na disciplina matemtica no Estado do Paran. Conhecerosobstculosenfrentadospeloseducadoresdeincluirotema aliadas a matemtica, como as estratgias que favoreceram a aprendizagem dos conceitos e procedimentos matemticos nesta incluso. Investigaraspossibilidadesdeensinoaprendizagemquesurgiram ensinando uma matemtica para alm dos contedos programticos, fazendo uma abordagem interdisciplinar relacionando o ensino da Histria e Cultura Afro-BrasileiraeAfricanaaomesmotempoabordandocontedos matemticos. EstetrabalhodepesquisatambmsejustificapelofatodequeoParanfoiumdos primeiros na implementao da lei aps sua promulgao e sano, procurando mostrar de como se foi construindo essa trajetria durante esses anos de maneira que contemple a Lei 10.639/03, como essas atividades foram sendo desenvolvidas relacionando a matemtica e oensinodeHistriaeCulturaAfro-BrasileiraeAfricana,deformaquecontribua significativamente para o ensino aprendizagem da matemtica, possibilitando tambm uma compreenso do contexto da Histria da Cultura Africana.Fundamentao Terica Depois de muitas lutas os movimentos sociais negros conseguiram que em 9 de janeiro de 2003, que o Presidente da Repblica sancionasse a implementao da Lei 10.639/2203 que trata da obrigatoriedade de incluir o tema de ensino da Histria e Cultura Afro- Brasileira e Africanaparaserdesenvolvidasporinstituiespblicaseprivadasemtodoopas,que dever contemplar atividades interdisciplinares pelas diversas disciplinas do currculo, com afinalidadedeconhecerevalorizaraculturadequemconstruiuumBrasil,juntamente com os imigrantes que aqui chegaram. OdecretodeLei10.639/03quetratadainserodoscontedosdeHistriaeCultura Afro-Brasileira nos currculos escolares diz no seu: Art26-A.Nosestabelecimentosdeensinofundamentalemdio,oficiaise particulares,torne-seobrigatriooensinosobreHistriaeCulturaAfro-Brasileira.[...]2oscontedosreferentesHistriaeCulturaAfro-Brasileira seroministradosnombitoescolardetodoocurrculoescolar[...]. (PARAN, 2008, p. 5). AsDiretrizesCurricularesNacionais,aDeliberao04/06,dizemseuartigotrazemem seu contexto em seu artigo 2 que: OProjetoPoltico-Pedaggicodasinstituiesdeensinodevergarantirquea organizaodoscontedosdetodasasdisciplinasdamatrizcurricular contemple, obrigatoriamente,ao longo do ano letivo, aHistriaeCulturaAfro-BrasileiraeAfricananaperspectivadeproporcionaraosalunosumaeducao compatvelcomumasociedadedemocrtica,multiculturalepluritnica. (PARAN, 2006, p. 7). Dessaformarelevantequeasinstituiesdeensinopromovamatividadesquetratem sobre a pluralidade cultural e queestas sejam parte integrante docurrculo, pois atravs docurrculoqueseconfiguramoselementosdossaberes,competncias,sucessoeat mesmo o fracasso.Silva (2010), ao fazer suas consideraes sobre o currculo aborda a relao existente entre cultura,conhecimentoeconstruodasidentidadesecomoasrelaesculturaisesociais se interligam e da importncia destas fazerem parte do currculo, pois a cada dia surgem na sociedade novas analogias culturais e sociais, o mundo em que se vive encontra sempre em transformaes,emumtempoondeosmenosprivilegiadossoexploradospelasmassas dopoder,emtempoondesevaexclusoeexploraodealgunsembenefcioauma minoria.Emumtempoondesevampliadaaspossibilidades,emtempodesupremacia dos indivduos frente a algumas situaes.SegundoSilva(2010)aculturavaialmdomododevidaeseuscostumes,ela fundamentalmente,prticadesignificaodeformaqueelapassacompreenderomundo social, de formaa transform-lo. E a identidadeassim como a cultura no um elemento finalizado,esimobjetodeumaincessanteconstruo.Deformaqueadiferenacultural no se estabelece de forma isolada e autnoma, mas sim est relacionada com os processos deexcluso,devigilncia,defronteiras,deestratgias,dediviso.Noqualasdiferenas queseestabelecemnososimtricaseestointimamenteligadasasrelaesdepoder. Elaresultadodeumprocessodeconstruo,eocurrculocomoformasignificantese interligaaformaodasidentidadessociais,emmeioaoprocessoderepresentao,do incluiredeexcluir,dasrelaesdepoder,ondeseformaasidentidadessociaisque dividem a sociedade. Etrazeressasquestesdapluralidadeculturalcomoformadeconhecimentocoma finalidadedemudanadaatualconjunturadedesigualdadessociaisentreapopulao negraebranca,visandoextinguiropreconceitoaindaexistente,sendoqueumadas melhoresformasdeextirparcomessetipodepreconceitoatravsdatrocade conhecimentosentreospovos.OensinodeHistriaeCulturaAfro-BrasileiraeAfricana comintuitodevalorizaodonegro,dasuahistriaecultura,assimcomoseestudame valorizam as demais culturas asiticas e europeias. E sobre este ponto de vista que a matemtica deve atuar como um meio para contribuir para a mudana. E como diz D' Ambrosio: Amatemticaimpscomfortepresenaemtodasasreasdoconhecimentoe emtodasasaesdomundomoderno.Suapresenanofuturosercertamente intensificada, mas no da forma praticada hoje. Ser sem dvida, parte integrante dos instrumentos comunicativos, analticos e materiais. A aquisio dinmica da Matemticaintegradanossaberesefazeresdofuturodependendodeoferecer aos alunos experincias enriquecedoras. Cabe ao professor do futuro idealizador, organizador e facilitar essas experincias (D'Ambrosio, 2005, p. 46). AssriesfinaisdoEnsinoFundamentalnaabordagemdaorigemdossistemasde numerao, os nmeros, contagem, medida, o professor ao ensinar contempla muitas vezes ahistriaeculturadascivilizaesegpcia,romana,maiaeentreoutras.Dessamesma maneiraquandoosalunosiniciamaaprendizagemdecontagemseaprendeumpoucode histria,assimtambmsepoderelacionarahistriaeaculturaafricanavalorizandoa culturadesteecontribuindoparaamudanadasociedadeatravsdoestudodas curiosidades, das diferenas, da reflexo, da histria e da cultura africana.Nesse sentido as Orientaes e Aes para a Educao das Relaes tnico-Raciais (2006), declaram que: Amatemticafazpartedacultura,portantodeveserumaprendizadoem contextosituado do particular ao universal. Para a populao negra, em especial, necessrio tornar o ensino da Matemtica vivo, respeitando a cultura local com base na histria e cultura dos povos, quando e como vivem, como comem, como se vestem, como rezam, como resolvem as questes cotidianas que envolvem os conhecimentos matemticos ( p. 194). Nestesentido,aabordagemdapesquisatercomobasedecomoseconstituiua implantaodaleiquetratadaobrigatoriedadedoensinodaHistriaeCulturaAfro- BrasileiraeAfricanaporessesdezanosaliadoaoscontedosmatemticos,esuas contribuiesparaumaaprendizagemsignificativaquecontribuaparaoensinotantoda matemtica como para o ensino da Cultura e Histria Africana. Metodologia Este trabalho de pesquisa tem por objetivo criar fontes mediantes o uso da metodologia da HistriaOral,tendocomotemadeinvestigaoomodocomoseconstituiua implementaodaHistriaeCulturaAfro-BrasileiraeAfricananosespaosescolaresda rede estadual de ensino, seus obstculose contribuies ao aliar um tema que diz respeito sdiversidadescomamatemtica.Nestesentidoapesquisavisaconheceras contribuies,comrefernciaosobjetivospropostosdeincluiroensinodeHistriae Cultura Afro- Brasileira e Africana nos estabelecimentos de ensino e como este se deu na disciplina de matemtica. O Desenvolvimento da pesquisa e a Histria Oral como perspectiva A histria oral como metodologia de trabalho, segundo Portelli (2010), possibilita construir ahistriadotempopassadoetraz-laparaotempopresente,constituindonumaprtica significativa para entender os fatos como ocorrem, como o processo de desdobramento das relaes sociais e culturais. A pesquisa ocorrer com as seguintes etapas:- Estudo terico e anlise dos documentos da legislao federal sobre o ensino da Histria e Cultura Afro- Brasileira e Africana na educao bsica; -VerificaodecomooEstadodoParanincentivouaimplementaodaleinasescolas paranaenses,pordocumentosediretrizeselaboradaspeloestadoemespecficocomoest ocorrendo essa insero do tema nas aulas de matemtica; -EntrevistascomprofessoresdeMatemticadaredeestadualdeensinodoParanpara obter os seus discursos sobre como que a lei se efetivou nos espaos escolares e as relaes que estes fizeram envolvendo conhecimento matemtico e a cultura africana. - Transcrio, ou seja, passagem daquilo que foi registrado em forma de gravao para um registro escrito.-Textualizao,queconsistenummelhoramentodotexto,daredaotranscrita,desde com a devida autorizao do entrevistado/e ou colaborador. Alinguagemoral,porsuavez,pressupeainvestigaodashistriasoraisem diferentespocasecontextos,comotransmissorasdeumadeterminadacultura, tendoemvistapreservarereinventarvalores,normasecostumesnointerior daquele grupo social. Da a sua relevncia para a configurao de nossa memria e identidade. (BRASIL, 1997, p.134). Poisatravsdosrelatosdessesprofessoresqueseconhecerarelaoqueestesvm fazendoparaquepossibilitealmdaaprendizagemdamatemticaoensinodeHistriae Cultura Afro- Brasileira e Africana. Referncias ALBUQUERQUE Jr, Durval M. Histria:a arte de inventar o passado. Ensaios de Teoria da Histria. Bauru, SP: Edusc, 2007. BRASIL,SecretariadeEducaoFundamental.ParmetrosCurricularesNacionais. Pluralidade Cultural. Braslia: MEC/SEF, 1997. DAMBROSIO,Ubiratan.Etnomatemtica:Eloentreastradieseamodernidade2. ed. 1 reimp - Belo Horizonte: Autntica, 2005. DIAS, Karina de Arajo. 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