Post on 07-Dec-2014
FACULDADE IPIRANGA
TÉCNICO EM RADIOLOGIA
PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
PROFª TNR.: DANIELE SABATE
Vias de administração
de medicamentos
Por: Profª Ma.: Glenda Ferreira
CONCEITO
Gastrointestinal - Oral ou bucal. - Sublingual. - Gástrica. - Retal. - Duodenal. Respiratória. Vaginal. Cutânea.
Ocular. Nasal Auricular Parenteral
- intramuscular (IM) - subcutânea (SC) - - intradérmica (ID) - Endovenosa (EV)
É o processo de preparo e introdução de substância
química no organismo humano, visanda a obtenção de efeito
terapêutico ou diagnóstica.
BOAS PRÁTICAS NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Toda prescrição de medicamento deve conter: data; nome
do paciente; registro; enfermaria; leito; idade; nome do
medicamento; dosagem; via de administração; freqüência;
assinatura do médico.
Nunca administrar medicamento sem rótulo. Verificar
data de validade do medicamento. Não administrar
medicamentos preparados por outras pessoas.
Inteirar-se sobre as diversas drogas, para conhecer
cuidados específicos ao administrá-las:
• diluição: formas, tempo de validade;
• ingestão com líquidos.
• Horário: antes, durante ou após as refeições;
• incompatibilidade ou não de mistura de drogas;
BOAS PRÁTICAS NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Identificar a seringa ou recipiente de via oral: quarto; leito;
via; nome do medicamento.
Após a administração do medicamento checar a prescrição
imediatamente, evitando administração dobrada do
medicamento.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA GASTRINTESTINAL
VIA ORAL
CONCEITO: É a administração de medicamentos pela boca.
FORMAS DE APRESENTAÇÃO FORMA LÍQUIDA xarope •
suspensão • elixir • emulsão • outros
FORMA SÓLIDA comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas,
pastilhas outros.
Contra-indicações
Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes.
Em casos de vômito.
Quando o paciente está em jejum para cirurgia ou exame
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA GASTRINTESTINAL
VIA ORAL
Cuidados Importantes: O copo graduado tem as seguintes medidas (sistema caseiro): 15ml = 1 colher de sopa 10ml = 1 colher de sobremesa 5ml = 1 colher de chá 3ml = 1 colher de café 15ml = 1 medida adulta 5ml = 1 medida infantil
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA GASTRINTESTINAL
CONCEITO: consiste em colocar o medicamento sob a língua do paciente.
Procedimentos e Cuidados Específicos
1. Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares.
2. Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orientá-lo para não deglutir a saliva até dissolver o medicamento, a fim de obter o efeito desejado.
3. Não administrar por VIA ORAL porque o suco gástrico inativa a ação do medicamento.
4. A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral.
VIA SUBLINGUAL
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA GASTRINTESTINAL
CONCEITO: É a introdução do medicamento através da sonda gástrica.
Procedimentos e Cuidados Específicos
1. Colocar o paciente em posição elevada para evitar aspiração, exceto quando contra-indicado.
2. Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com estetoscópio e aspiração do suco gástrico.
VIA GÁSTRICA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA GASTRINTESTINAL
É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso.
Observações
- Colocar o paciente em decúbito lateral expondo somente a área necessária para a introdução do medicamento.
- Afastar a prega interglútea, com auxílio do papel higiênico, para melhor visualização do ânus.
- Lubrificar as extremidades de sondas quando estas forem utilizadas.
- Introduzir o produto além do esfíncter anal delicadamente.
- O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio, desde que seja esclarecido e orientado.
- Em se tratando de criança, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório.
VIA RETAL
CONCEITO
É a introdução e absorção de medicamentos
no canal vaginal. O medicamento pode ser
introduzido sob a forma de:
1. Tampões, supositórios, comprimidos.
2. Óvulos.
3. Lavagens e irrigação.
4. Cremes ou gel.
VIA VAGINAL
CONCEITO
É a aplicação de medicamentos na pele. Sua
ação pode ser local ou geral. Ex.: pomadas, anti-
sépticos.
OBJETIVO
Obter ação local, principalmente, e sistêmica,
eventualmente
VIA TÓPICA
CONCEITO
Consiste em levar à mucosa nasal um
medicamento líquido. Com a finalidade de facilitar
a drenagem de secreções e a aeração.
É a aplicação de colírio ou pomada na
conjuntiva ocular.
VIA NASAL
VIA OCULAR
CONCEITO
É a introdução de medicamento no canal
auditivo.
OBJETIVOS
Prevenir ou tratar processos inflamatórios e
infecciosos.
Facilitar a saída do cerúmen e corpo estranho.
VIA AURICULAR
CONCEITO
É a administração de um agente terapêutico por outra via que não seja a do trato alimentar (aparelho digestivo).
Vantagens Absorção mais rápida e completa.
Maior precisão em determinar a dose desejada.
Obtenção de resultados mais seguros.
Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos.
VIA PARENTERAL
Conceito
É a introdução de pequena quantidade de medicamento entre a pele e o tecido subcutâneo
Finalidade
Teste de sensibilidade alérgica e aplicação de vacinas.
A angulação da agulha deve ser mínima com relação ao tecido.
Área de aplicação
Na face interna do antebraço ou região escapular, locais
onde a pilosidade é menor e oferece acesso fácil à leitura
da reação aos alérgenos.
A vacina BCG intradérmíca é aplicada na área de
inserção inferior do deltóide direito.
Volume suportado
Até 0,5ml
VIA INTRADÉRMICA (ID)
Conceito
É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme.
Finalidade
Terapêutica lenta, contínua e segura pela tela subcutânea.
A angulação da agulha deve ser de 45° com relação ao tecido.
Certas vacinas, drogas como a insulina têm indicação
específica por esta via.
Volume suportado
Até 2ml
VIA SUBCUTÂNEO
ÁREAS DE APLICAÇÃO
Os locais mais adequados para aplicação são aqueles
afastados das articulações nervos e grandes vasos
sanguíneos :
- partes externas e superiores dos braços;
- laterais e frontais das coxas;
- Região abdominal;
- costas (logo acima da cintura).
VIA SUBCUTÂNEO
É a introdução de medicamentos nas camadas
musculares, com finalidade terapêutica de efeito relativamente
rápido.
Por ser um procedimento invasivo, os seguintes aspectos devem
ser avaliados:
Volume a ser injetado;
Medicação a ser administrada;
Técnica de administração;
Seleção do local e dispositivos;
Idade do paciente, entre outros.
1. Conceito:
Administração de medicamentos por via
intramuscular
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
a) Músculo Vasto lateral:
Músculo localizado na região antero-
lateral da coxa, não se evidenciando nessa
região grandes vasos sanguíneos e nervos.
É o local de escolha para aplicar injeções
IM nos lactentes, já que representa a maior
massa muscular dessa faixa etária.
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
a) Músculo Vasto lateral:
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
b) Região Glútea: ÁREA VENTRO-GLUTEA
É localizado colocando-se a palma da mão esquerda no
quadril direito do paciente e localizar com o dedo indicador
a espinha ilíaca ântero-posterior.
Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca,
espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do
fêmur. A injeção é aplicada no centro do V formado pelos
dedos indicador e médio.
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
b) Região Glútea: ÁREA VENTRO-GLUTEA
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
b) Região Glútea: ÁREA VENTRO-GLUTEA
O paciente pode ajudar a relaxar o músculo direcionando os
dedos do pé para dentro ao adotar o decúbito ventral, para
auxiliar a redução da dor.
É um excelente local para aplicação de injeções
intramusculares, pois não há grandes vasos sangüíneos que
podem ser lesados e seu tecido adiposo é menos espesso que o
do glúteo.
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
b) Região Glútea: ÁREA VENTRO-GLUTEA
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
b) Região Glútea: ÁREA DORSO-GLUTEA
O paciente deve ser colocado
em decúbito ventral em uma
superfície plana. O local é
delimitado desenhando-se uma
linha imaginária que vai da
espinha ilíaca póstero-superior até
o trocanter maior do fêmur.
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
b) Região Glútea: ÁREA DORSO-GLUTEA
É contra-indicada em crianças que não deambulam até
pelo menos 1 ano.
O quadrante lateral-superior do glúteo é uma região muito
ampla e que contém vasos e nervos na sua porção medial, que
poderiam se lesados.
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
b) Região Glútea: ÁREA DORSO-GLUTEA
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
c) Músculo Deltóide
O local da injeção no deltóide é
identificado traçando-se uma linha
imaginária através das axilas.
O músculo deltóide é um músculo
pequeno, com vasos e nervos que
devido a sua superficialidade tem
maior probabilidade de serem
lesados.
2. Locais para administração
IM:
Administração de medicamentos por via intramuscular
c) Músculo Deltóide
3. Tamanho da seringa e Volume do
medicamento
VOLUME
O volume máximo a ser injetado tem sido baseado no
tamanho do músculo, composição, oleosidade e tolerância do
paciente.
Existem evidências que a utilização de volumes menores
auxilia a absorção e diminui reações adversas ao medicamento.
Em adultos, recomenda-se dividir em 2 injeções a dose
volumes que excedem 3 ml.
TAMANHO DA SERINGA
Quanto ao tamanho da seringa, esta deve ser compatível
com o volume do medicamento a ser administrado.
Administração de medicamentos por via intramuscular
4. Comprimento da
agulha
É necessário considerar o tipo de medicamento, o volume de
solução e o músculo selecionado.
Administração de medicamentos por via intramuscular
4. Comprimento da
agulha
É necessário considerar o tipo de medicamento, o volume de
solução e o músculo selecionado.
Administração de medicamentos por via intramuscular
5. Particularidades quanto a técnica de
administração
Pacientes idosos e edemaciados: apresentam menor
massa muscular.
Prega na pele: o pinçamento do músculo, pode auxiliar
durante o procedimento, em pacientes idosos e edemaciados ou
que tenham pouca massa muscular, expondo melhor o músculo
para a injeção.
No entanto, esta técnica aumenta o risco do medicamento
ser administrado no subcutâneo, principalmente, quando uma
agulha menor estiver sendo utilizada.
Administração de medicamentos por via intramuscular
5. Particularidades quanto a técnica de
administração
Técnica Z: reduz a dor e o escape da medicação no local da
entrada da agulha.
A técnica consiste em: esticar a pele para baixo ou para o
lado do local onde se pretende aplicar a injeção, até o final da
administração do medicamento.
Esta ação move os tecidos cutâneo e subcutâneo por
aproximadamente 1 a 2 cm. Após a retirada da agulha a pele é
liberada de modo que volte a posição inicial, cobrindo o orifício
de entrada da agulha e impedindo a saída do líquido injetado.
Administração de medicamentos por via intramuscular
5. Particularidades quanto a técnica de
administração
Ângulo de aplicação: as aplicações IM devem ser
realizadas em ângulo de 90ᴼ a fim de garantir que a agulha
atinja o músculo, reduzindo dessa maneira a dor.
Aspiração: após a injeção no músculo, deve-se proceder a
aspiração antes da administração.
Quando a agulha é erroneamente posicionada em um vaso
sanguíneo, o medicamento pode ser administrado pela via
intravenosa, podendo causar um êmbolo, como resultado dos
componentes químicos do fármaco injetado. Em caso de retorno
venosos, a seringa deve ser descartada e o medicamento deve
ser preparado novamente.
Administração de medicamentos por via intramuscular
5. Particularidades quanto a técnica de
administração
Velocidade: a injeção do medicamento deve ser feita a uma
velocidade de 1 ml a cada dez segundos. Essa velocidade tempo
à fibras musculares para que se expandam e absorvam a
solução.
Compressão local: deve-se aplicar leve compressão local
uma vez que a massagem pode ocasionar o escape o fármaco do
local de aplicação para o tecido circunvizinho, irritando-o.
Administração de medicamentos por via intramuscular
6. Complicações
Lesões causadas pela ação mecânica da agulha: causam
trauma direto no nervo, contração do membro secundária a
reação local e dano direto fibra nervosa pela neurotoxicidade
química do agente introduzido. Os pacientes podem nestes
casos podem tornarem-se portadores de paralisia e
apresentarem alteração da sensibilidade de membros, além de
diminuição da força motora.
Administração de medicamentos por via intramuscular
6. Complicações
Volume maior que o determinado como limite for
injetado: poderá comprimir vasos e nervos decorrendo em dor
e aumento da temperatura local, hiperemia, além de outras
reações mais graves como necrose e alteração da sensibilidade e
mobilidade do membro.
Injeções repetidas em um mesmo local: aumentam a
probabilidade de reações tanto pela invasão mecânica da agulha
quanto pelas características e volume da medicação depositada
no músculo. O rodízio de locais de aplicação poupa o paciente
evitando dores e hematomas causados por repetidas injeções em
uma mesma região.
Administração de medicamentos por via intramuscular
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO.
Administração de medicamentos por via intramuscular. São Paulo,
2010.
MENESES, A. S.; MARQUES I. R. - Proposta de um modelo de
delimitação geométrica para a injeção ventro-glútea. Revista
Brasileira de Enfermagem, Brasília, v.60, n.5, set./out. 2007.
RANGEL, S. M; CASSIANI, S. H. De B. Administração de
medicamentos injetáveis por via intramuscular: conhecimento
dos ocupacionais de farmácias. Rev.Esc.Enf.USP, v. 34, n. 2,
p..138-44, jun. 2000.
BIBLIOGRAFIA