3.3 a produção cultural humanismo e renascimento

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H U M A N I S M O E R E N A S C I M E N T O

3.3 A PRODUÇÃO CULTURAL

Rafael,

A Escola de Atenas

DISTINÇÃO SOCIAL E MECENATO

A nobreza cortesã e a

burguesia enriquecida,

como símbolo de

afirmação social:

• apostaram no

embelezamento dos

palácios

• apoio aos artistas e

intelectuais

Palácio Farnese, Roma

Leonardo da Vinci -

Nascido como filho ilegítimo de

um notário, Piero da Vinci, e de

uma camponesa, Caterina, em

Vinci, na região da Florença, foi

educado no ateliê do famoso

pintor florentino, Verrocchio.

Passou a maior parte do início de

sua vida profissional ao serviço

de Ludovico Sforza (Ludovico il

Moro), em Milão; trabalhou

posteriormente em Veneza,

Roma e Bolonha, e passou seus

últimos dias em França, numa

casa que lhe foi presenteada

pelo rei Francisco I.

A OSTENTAÇÃO DAS ELITES CORTESÃS E BURGUESA

• Os séculos XV e XVI, foram

séculos de grande crescimento económico;

Sectores (nobreza e

burguesia) ligados ao

comércio e à finança

enriqueceram;

• Vão desenvolver formas de

exteriorizar a sua riqueza e

ascensão social: luxo, conforto, festas, o apoio à

cultura (mecenato);Veronese, As bodas de Canãa

Ler Doc.1A/B pag. 42

• As elites rodeavam-se de luxo

e ostentação: belos palácios,

roupas sumptuosas, banquetes

faustosos, etc.;

• Praticavam o mecenato;

• Uma das cortes mais famosa

foi a dos Médicis em Florença;

• A festa privada torna-se o

espaço privilegiado de divertimento dos ricos

(banquetes, bailes, teatro,

jogo, etc.); Mecenato: proteção da arte e

da cultura.

Lourenço de Médicis

A OSTENTAÇÃO DAS ELITES CORTESÃS E BURGUESA

Civilidade – conjunto de regras de

comportamento que o indivíduo

deveria respeitar na sua vida

pública. Surgem no século XV, com

a publicação de vários livros de

cortesia e boas maneiras.

• Baltazar Castiglione (1478-

1529) idealizou um cortesão

que deveria ser reconhecido pela sua nobreza, porte,

elegância, bom dançarino,

músico e cantor, delicadeza,

de maneiras, amante das

letras e das artes, bom

cavaleiro, ou seja, o Homem

Ideal do Renascimento.

Retrato de Baltazar Castiglione, por Rafael

A OSTENTAÇÃO DAS ELITES CORTESÃS E BURGUESA

O ESTATUTO DE PRESTÍGIO DOS INTELECTUAIS E ARTISTAS

• Nobres, burgueses, monarcas e

membros do clero fizeram

encomendas aos artistas e

intelectuais (projetos de arte,

obras literárias, estudos, etc.);

• A prática do mecenato era

uma forma de imortalizar o

nome das elites;

• O estatuto social do artista e do

intelectual torna-se mais

importante pois são

prestigiados e considerados;

• Os artistas passam a assinar as

suas obras, distinguindo-se do

anonimato dos artistas

medievais.

Auto-retrato de Albrecht Durer

Ler Doc.5B – pag. 45

PORTUGAL – 2ª DINASTIA

Nome CognomeNascimento /

Morte

D. João I O de Boa Memória 1357 - 1433

D. Duarte O Eloquente 1391 - 1438

D. Afonso V O Africano 1432 - 1481

D. João II O Príncipe Perfeito 1455 - 1495

D. Manuel O Venturoso 1469 - 1521

D. João III O Piedoso 1502 - 1557

D. Sebastião O Desejado 1554 - 1578

D. Henrique O Casto 1512 - 1580

PORTUGAL: O AMBIENTE CULTURAL DA CORTE RÉGIA

• O ambiente cultural português foi

influenciado pelo processo de

centralização do poder real;

• A prática do mecenato (D. João II,

D. Manuel, D. João III) serviu para:

o Financiar bolsas de estudo em

Itália, França e Flandres para

estudantes portugueses

o Em 1547, D. João III, funda o

Colégio das Artes (Coimbra),

para o ensino das Línguas

Clássicas, Filosofia e Gramática.

o atrair intelectuais e artistas à

Corte portuguesa;

D. João II

D. Manuel I

D. João III

Casamento de D. Manuel I - 1518, Garcia

Fernandes

PORTUGAL: O AMBIENTE CULTURAL DA CORTE RÉGIA

• Principais artistas e intelectuais

que viveram na corte

portuguesa: • Damião de Góis (humanista);

• Gil Vicente (dramaturgo);

• Nicolau Clenardo (pedagogo);

• Programa de obras e

construções patrocinados pelos

monarcas portuguesesque se

destinavam a celebrar a

grandeza do Rei e da corte:• Mosteiro da Batalha, Jerónimos,

• Torre de Belém,

• Convento de Cristo,

• Paço da Ribeira, etc.

Damião de Góis em desenho

de Albrecht Dürer

Torre de Belém

Mosteiro dos JerónimosConvento de Cristo, Tomar

PORTUGAL: O AMBIENTE CULTURAL DA CORTE RÉGIA

A encenação do poder – as

grandes festas:

• Casamento de D. Afonso,

filho de D. João II, com a princesa Isabel, filha dos

reis católicos;

• Embaixada D. Manuel ao

Papa Leão X em 1514

Casamento, em 1452, de D. Leonor, Infanta de Portugal,

com Frederico III, Imperador da Alemanha

PORTUGAL: O AMBIENTE CULTURAL DA CORTE RÉGIA

OS CAMINHOS ABERTOS PELOS

HUMANISTAS

• Os Humanistas, artistas e intelectuais do Renascimento, abriram novos caminhos para o pensamento, a arte e a cultura;

• Defendiam a excelência do Homem que dotado de livre-arbítrio podia escolher o seu próprio destino

• Assim se formou uma nova mentalidade com o Homem no centro do mundo e das preocupações humanas: o antropocentrismo substituiu o teocentrismo.

Humanista – É um intelectual (letrado) dos séculos XV e XVI.

Baseia o seu saber no estudo da Antiguidade Clássica (Roma e

Grécia). Procura conciliar os valores da civilização grega e

romana com os valores do cristianismo. Defendem uma cultura

antropocentrista e os valores do individualismo.

Antropocentrismo

O Homem passou a estar no centro do Universo e

das preocupações humanas. Tudo é feito à

medida do Homem, para o bem-estar do Homem

e para a sua valorização.

Deus escolheu o Homem […] e,

colocando-o no centro do Mundo disse-

lhe: […]. És tu que segundo os teus

desejos e o teu discernimento, podes

escolher […].

Pico della Mirandola, Sobre a dignidade do

Homem, 1486

OS NOVOS VALORES DO HUMANISMO/

RENASCIMENTO

OS CAMINHOS ABERTOS PELOS

HUMANISTAS

Valorização da Antiguidade Clássica

• Uma das características

fundamentais dos humanistas é a

inspiração nos modelos clássicos

(Grécia e Roma).

• A ideia não é imitar os antigos mas

inspirar-se na cultura clássica para

inovar, recriar e transformar;

• O estudo dos clássicos não é um

fim mas um instrumento para

ajudar os humanistas a

desenvolverem a sua

modernidade;

OS CAMINHOS ABERTOS PELOS

HUMANISTAS

“Eu canto as armas e o herói, que,

impelido pelos fados, veio primeiro dasplagas de Tróia à Itália e ao litoral Lavínio;ele foi muito perseguido, tanto em terracomo no mar, pela força dos deuses, epela ira lembrada da cruel Juno; e sofreutambém muitos trabalhos na guerra,enquanto fundasse uma cidade, etransferisse os seus deuses para o Lácio,donde surgiram a raça latina, e os chefesAlbanos e as muralhas da soberba Roma.

Musa lembra-me as causas, porque adivindade ofendida, ou por que crimetendo mágoa, a rainha dos deusesobrigou um varão ilustre pela sua piedadea correr tanto perigos, a enfrentar tantostrabalhos”.

Vergílio - Eneida (Livro I, 1-11)

As armas e os Barões assinalados

Que da Ocidental praia LusitanaPor mares nunca de antes navegadosPassaram ainda além da Taprobana,Em perigos e guerras esforçadosMais do que prometia a força humana,E entre gente remota edificaramNovo Reino, que tanto sublimaram;(...)

Cessem do sábio Grego e do TroianoAs navegações grandes que fizeram;Cale-se de Alexandro e de TrajanoA fama das vitórias que tiveram;Que eu canto o peito ilustre Lusitano,A quem Neptuno e Marte obedeceram.Cesse tudo o que a Musa antiga canta,Que outro valor mais alto se alevanta.

Camões – Os Lusíadas (Canto I, estrofe 1,3)

OS CAMINHOS ABERTOS PELOS

HUMANISTAS

OS CAMINHOS ABERTOS PELOS

HUMANISTAS

• Os humanistas estudaram o grego e o

latim para poderem estudar os autores

clássicos;

• Recuperaram as Sagradas Escrituras

leram o Novo Testamento e o Antigo

Testamento (hebraico), e corrigiram os

erros das traduções medievais;

• O ensino fomentou o conhecimento da

Antiguidade (estudo do grego, latim,

hebraico, literatura, história, filosofia).

• Receberam o nome de studia

humanitatis (humanidades), porque se

consideravam áreas de ensino

fundamentais para a formação moral

do ser humano.

• A imprensa contribui para a divulgação

dos autores clássicos.

OS CAMINHOS ABERTOS PELOS

HUMANISTAS

Santo Agostinho, afresco de Botticelli,

igreja florentina de Ognissanti, 1480

A afirmação das línguas nacionais e a

consciência da modernidade

• Os Humanistas desenvolvem um movimento

de afirmação das línguas nacionais;

• Dante Alighieri (1265-1321), foi um dos

percursores, escreveu grande parte da sua

obra em italiano e não em latim;

• Os humanistas escreveram grande parte da

sua obra nas respetivas línguas nacionais e isto

permitiu que mais pessoas lessem as suas obras

e conhecessem as suas ideias;

• Há uma maior difusão da cultura na época do

Renascimento.

• Os humanistas tinham consciência do seu

valor e inovação. Tinham consciência da sua

modernidade.

OS CAMINHOS ABERTOS PELOS

HUMANISTAS

Dante Alighieri

François Rabelais

Sir Thomas More

Nicolau Maquiavel

Erasmo de Roterdão

Giovanni Boccaccio

Ler Doc.13 – pag.50

PRODUÇÃO LITERÁRIA HUMANISTA

• Dante Alighieri • Picco de la

Mirandola

• Baltasar Castiglione

• Nicolau Maquiavel

• Boccaccio

• Leonardo da Vinci

• A Divina Comédia

• Sobre a dignidade do Homem

• O Cortesão

• O Príncipe

• Decameron

• os seus trabalhos escritos só foram publicados na actualidade

Literatura

Literatura

Tratados de política

Literatura

Pintura, arquitectura,

escultura, física,

anatomia...

Itália

PRODUÇÃO LITERÁRIA HUMANISTA

França• Rabelais

Países Baixos• Erasmo de

Roterdão

Inglaterra• Thomas More

• William Shakespeare

Espanha• Miguel de

Cervantes

• Gargântua e Pantagruel

• Elogio da Loucura

• Utopia

• Romeu e Julieta, Hamlet, Rei Lear, Macbeth, Henrique V…

• D. Quixote

Literatura

Crítica social

Literatura

Literatura, crítica

social

Teatro, poesia

Romance de

cavalaria

PRODUÇÃO LITERÁRIA HUMANISTA

• Luís Vaz de Camões

• Fernão Mendes Pinto

• Garcia de Orta

• João de Barros• Duarte Pacheco

Pereira

• António Ferreira

• Pedro Nunes

• Damião de Góis

• Garcia de Resende

• Gabriel Pereira• André de Resende

• Os Lusíadas, Éclogas e Canções, Sonetos...

• Peregrinação

• Os Colóquios dos Simples e Drogas da Índia

• Roteiros da Ásia

• Esmeraldo de Situ Orbis

• A Castro

• (inventou o NÓNIO, foi matemático e astrónomo)

• (embaixador em vários países da Europa e feitor em Antuérpia, conheceu Erasmo e Lutero...)

• Cancioneiro

Poesia épica e lírica

Literatura de viagens

Tratados de medicina e

farmacopeia

Literatura de viagens

Teatro

Matemática,

Astronomia...

Crítica social

Correspondência

Literatura (poesia)

Portugal

Coloquei-te no centro do Mundo paraque, daí, pudesses facilmente observar ascoisas. […] És tu que, pela tua livre vontade,podes escolher o teu próprio modelo e aforma de te realizares. Pela tua vontade,poderás descer às formas degradadas davida, que são animais. Pela tua vontade,conseguirás alcançar as formas maiselevadas que são divinas.

Pico della Mirandola, Sobre a dignidade do Homem, 1486

Individualismo

O Homem tem capacidade para escolher e decidir

por si próprio, para pensar por si próprio e passa a valorizar-se e a acreditar nas suas capacidades.

OS NOVOS VALORES DO HUMANISMO/

RENASCIMENTO

Classicismo

Gosto pela cultura clássica: pelas línguas grega e

latina, pelos pensadores clássicos, pela arte e

literatura clássica, pelos valores clássicos que

valorizam o Homem.

No nosso tempo, todas as matérias nos

interessam. Aprendemos grego (sem o

qual ninguém se pode considerar sábio),

hebraico e latim. Considero indispensável

que aprendas estas línguas.

Rabelais, Cartas de Gargântua

a Pantagruel, 1534

OS NOVOS VALORES DO HUMANISMO/

RENASCIMENTO

Naturalismo

Interesse pelo estudo da Natureza física e humana

em todos os seus aspectos.

[…]. Quanto à Natureza, quero que a estudes

cuidadosamente: deves conhecer os peixes que

enchem os mares e as aves que voam nos céus; as

árvores de todas as florestas e as ervas de todos os

campos; os metais ocultos no ventre da Terra e as

pedras preciosas de todos os continentes.

[…] Depois, mais cuidadosamente ainda, estuda os

livros dos médicos gregos, árabes e latinos […] e

através da prática da anatomia, procura conhecer esse

outro mundo que é o homem.

Rabelais, Cartas de Gargântua a Pantagruel, 1534

OS NOVOS VALORES DO HUMANISMO/

RENASCIMENTO

Experiencialismo

Necessidade de comprovar pela observação epela experiência qualquer facto antes de o aceitarcomo válido; valorização do aspecto prático doconhecimento.

Nunca os nossos antepassados […]

imaginaram que viria o tempo em que o

Ocidente conheceria o Oriente como agora

conhece. Os escritores antigos escreveram

sobre isso tantas fábulas que se pensava ser

impossível navegar até ao Oriente. […] Como a

experiência é a mãe de todas as coisas, por

ela soubemos radicalmente a verdade.

Duarte Pacheco Pereira, Esmeraldo de Situ Orbis,

1505

OS NOVOS VALORES DO HUMANISMO/

RENASCIMENTO

Espírito crítico

O Homem passa a pensar por si próprio, a

questionar a sociedade e o mundo que o rodeia,

em vez de o aceitar como um dado adquirido. Até

o saber tradicional passa a ser questionado.

Se alguém julgar que falo com mais atrevimento do

que verdade, venha inspeccionar comigo as vidas

humanas […]. Este mete no ventre tudo quanto ganha,

poucos dias depois, passa fome. Aquele não vê a

felicidade senão no sono e no ócio. […] Os

negociantes mentem, roubam, defraudam, enganam e

consideram-se pessoas muito importantes, porque

andam com os dedos cheios de anéis de ouro. […]

Erasmo de Roterdão, Elogio da Loucura, 1511

OS NOVOS VALORES DO HUMANISMO/

RENASCIMENTO

Utopia

Crítica social feita através da construção/imaginação

de sociedades perfeitas inexistentes. Os autores

renascentistas imaginavam sociedades centradas nos

valores humanos onde predominava o racionalismo, a

igualdade, a fraternidade , a tolerância e paz espíritual.

Na Utopia, não se usa moeda nas transações; […] O ouro e a prata não

têm com efeito virtude, emprego ou propriedade cuja privação constitua

inconveniente natural e verdadeiro. Foi a loucura humana que lhes deu

tamanho valor por serem raros. […] E assim os utopianos definem a

virtude: viver conforme a natureza. Deus, ao criar o homem não lhes deu

outro destino. […] Procurar a Felicidade sem violar as leis é próprio da

sabedoria; […] calcar aos pés a felicidade de outrem para realizar a própria

é uma ação injusta.

Thomas More, A Utopia, 1516

OS NOVOS VALORES DO HUMANISMO/

RENASCIMENTO

EM SÍNTESE…

• Os valores do Humanismo

/ Renascimento são:

* Antropocentrismo

* Individualismo

* Classicismo

* Naturalismo

* Experiencialismo

* Espírito crítico

* Utopia

O Homem do

Renascimento

era um Homem

com uma nova

mentalidade,

curioso, crítico,

multifacetado.

O RENASCIMENTO3.3 A reinvenção das formas artísticas – imitação e

superação dos modelos clássicos

LOCALIZAÇÃO ESPÁCIO TEMPORAL

• O Renascimento nasceu em Itália;

• A partir de Itália expandiu-se para o resto da Europa;

• Vigorou entre os séculos XV e XVI.

POR QUÊ EM ITÁLIA?

• Porque Itália reunia algumas condições favoráveis:

- A Itália estava dividida em vários estados e

alguns deles eram muito ricos e prósperos;

- Alguns desses estados rivalizavam entre si;

- Havia muitos mecenas (homens ricos que

ajudavam os artistas);

- Havia inúmeros vestígios da arte greco-

romana e bibliotecas com cópias de

manuscritos da Antiguidade.

A ARTE RENASCENTISTA

• Dois grandes focos da arte renascentista em Itália:

- Florença (século XV)

- Roma (século XVI)

Sob o mecenato dos

Médicis

Sob o mecenato dos Papas

ARQUITECTURA

• Grande precursor: Brunelleschi;

• Inspiração: arquitectura clássica – Classicismo

• Tipo de edifícios: - Igrejas

- Palácios

- Bibliotecas

- Hospitais

- Arcadas

- Fontes

Ordem

Proporção

Elementos estruturais e decorativos

CARACTERÍSTICAS DA ARQUITECTURA

• Horizontalidade (definida pelos

frisos, pelas

cornijas e

balaustradas);

• Simetria

(equilíbrio,

proporção,

harmonia);Basílica de S. Pedro, Vaticano, Roma

Elementos estruturais:

colunas ou pilastras das ordens clássicas (coríntia e compósita), abóbada de berço, arco de volta perfeita, frontão triangular ou semicircular, tirantes de metal, cúpula, aletas.

CARACTERÍSTICAS DA ARQUITECTURA

Igreja da Graça, Évora

Aleta

Frontão

triangular

Friso

Arco de

volta

perfeita

Abóbada de

berço

Cornija

Balaustrada

Pilastra

CARACTERÍSTICAS DA ARQUITECTURA

• Elementos

decorativos:

frontões por cima

de portas e janelas,

balaustradas,

cornijas,

decoração

naturalista

(conchas, florões,

grinaldas de flores).

CARACTERÍSTICAS DA ARQUITECTURA

PINTURAGRANDES INOVAÇÕES

• Flandres

Descoberta da pintura a

óleo (atribuída a Van Eyck).

Contribui para dar à

composição mais

vivacidade, mais brilho,

maior durabilidade.

Flandres

Itália

Dois grandes focos de pintura

Uma grande

inovação

• Itália (várias inovações)

Aplicação da lei da perspectivaà pintura, o que permite:

- criar a ilusão de profundidade/ tridimensionalidade;

- dar à composição um aspecto de total equilíbrio (distribuição ordenada das formas).

Outra grande

inovação

PINTURAGRANDES INOVAÇÕES

• Técnica do “sfumato”, provavelmente atribuída a da Vinci: confere à pintura um aspecto mais suave na transição da cor escura para a cor clara;

• Técnica do “modelato”: consiste na aplicação de camadas muito finas de tinta, que se vão sobrepondo sobre a mesma superfície, produzindo um efeito de brilho e transparência.

Leonardo da Vinci, A Virgem

com o Menino e Santa Ana

PINTURAGRANDES INOVAÇÕES

CARACTERÍSTICAS DA PINTURA

• Naturalismo (presença de elementos naturais: paisagem, árvores, rios, rochedos…);

• Racionalismo (a composição parece enquadrar-se num esquema geométrico, geralmente uma pirâmide ou triângulo);

• Equilíbrio (distribuição equilibrada das formas, dos volumes);

• Aplicação da lei da perspectiva (profundidade);

• Presença de elementos arquitectónicos (pontes, arcos, edifícios…).

Rafael, Madona no prado, 1505

Van Eyck, A Virgem e o Chanceler Rolin, 1485

Da Vinci, A Virgem dos Rochedos, 1506

PINTURA

Sandro Botticelli, Primavera

PINTURA

Miguel Ângelo

Capela Sistina, VaticanoO fresco

O RETRATO

• Inicialmente:

- Busto tendo como fundo uma janela ou uma paisagem (Monalisa, da Vinci);

Depois:

- Retrato a ¾ com fundo escuro. Mais realista (Retrato de Homem, Antonello da Messina).

ESCULTURA

• Realismo/naturalismo: grande semelhança com o real, perfeito conhecimento do corpo humano (revela conhecimentos de anatomia);

• Dinamismo: sensação de movimento (nas pregas da roupa, na contracção dos músculos, na posição do corpo…);

• Expressividade: captação de sentimentos/ emoções (angústia, tristeza, êxtase, tranquilidade, …);

Miguel Ângelo, David

Características

• Racionalismo: recurso a esquemas compositivos geometricamente simples como o triângulo (Pietà) ou linhas/ contornos que acompanham o movimento do corpo (David);

• Harmonia/ equilíbrio/ proporção: recurso aos cânones clássicos (ex: cabeça = 1/7 da altura total do corpo).

Miguel Ângelo, Pietà

ESCULTURA

OS TEMAS NA PINTURA E NA ESCULTURA

• O Homem (enquanto ser humano e

indivíduo);

• Figuras mitológicas (O nascimento de

Vénus, Primavera, Júpiter…);

• Temas religiosos (Nossa Senhora, Menino

Jesus, santos, a Criação…).

O RENASCIMENTO EM PORTUGAL

Claustro do Convento de Cristo, Tomar

Claustro da Sé de

Viseu

Igreja da Misericórdia, Guimarães Igreja dos Grilos, Porto

Quando o gótico-

manuelino se

encontra com o

renascimento

Convento de Cristo, Tomar

PORTUGAL: A PERSISTÊNCIA DO GÓTICO E O MANUELINO

Em Portugal, o Gótico prevaleceu até ao

século XVI.

Mantém-se a estrutura gótica (altura dos

edifícios, a cobertura em abóbada de

cruzamento de ogivas,…);

…e adoptam-se novos elementos

decorativos, inspirados nos Descobrimentos: o

manuelino.

• a esfera armilar;

• os símbolos heráldicos;

• a cruz da ordem de Cristo;

• elementos naturalistas

(algas, conchas…);

• cordas (simples ou

entrelaçadas, nós).

Os elementos decorativos

são, essencialmente:

Janela do Convento de Cristo,

Tomar

Torre de Belém, Lisboa

Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa