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N* 223 S. Paulo, 30 de Setembro de 1916 ANNO VI
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S. Paulo, 30 de Setembro de 1916Numero 223 Wm Revista lllustrada
de Importância: : : : : evidente
WmmCaixa do Correio. 1026
RUA 15 DE NOVEMBRO, 50-B
BELLAS ESPERANÇASFartos de enthusiasmo e de since-
ridade foram os nossos applausos áeloqüente voz de Olavo Bilac, quando,ha cerca de um anno, o magno poeta,num discurso patriótico, proferido naFaculdade de Direito de São Pauio,despertava a mocidade brazileira paraentregar-lhe, confiante e animado, umahonrosa parcella do nobre trabalho peladefeza nacional.
De lá até hoje, quasi sem soluçãode continuidade, aqui e ali, tem ope-rado o nosso maior poeta, alliado aoutros extremosos filhos do Brazil,notadamente a Miguel Calmon e Pe-dro Lessa, incentivando a gente pa-tricia para com todas as veras do seucoração dedicar-se á obra de defezanacional, recebendo a instrucção mi-litar e cultivando o civismo.
Esse proveitoso labor de Bilac jádeu os primeiros fructos, áureos emagnificos, e delle provem, em grandeparte, a ida pressurosa dos moços bra-zileiros ao quartel general de cadaregião, alistando-se como voluntáriosespecjaes para receberem as liçõesdos instructores militares, dando aosoutros uma sensação altamente ani-madora, quando se lhes apresentamtrazendo ás costas a farda do nossoexercito, como que lembrando não terainda desapparecido do coração damocidade a compreensão nitida e ele-vada do que seja o patriotismo.
Por todo o Brazil, nota-se que essapropaganda, necessária e empolgante,generaliza se e intensifica-se, mere-cendo de cultos e incultos franca sym-pathia e sentidos carinhos.
No seio da nossa juventude, estu-diosa e sonhadora, agora palpita, for-temente, talvez mais do que nunca,a verdadeira vontade de ser bastante
útil a esse regenerador movimento quepretende fazer de cada um de nós umvaloroso defensor da integridade doBrazil, cultuando as suas tradições?zelando os seus créditos, impulsionandoo seu progresso, inflammando a sua férepublicana!
Os moços brazileiros que ouvem asorações daquelle vate primoroso e pa-triota doutri nador, escutando tambémo que lhes dieta o coração ardente eradiante de brazileiros, são para anossa Pátria, que lhes confia o seufuturo, trevoso ou risonho, feliz ouinditoso, de lutas ou de paz, as maisencantadoras, as mais certas, as maisbellas esperanças!
O sr. Souza Dantas, ministrointerino do Exterior, está em SãoPaulo.
Que traz s. excia. á nossa capital ?Uma visita amistosa ao sr. dr. AltinoArantes, que fez annos hontem.
Depois de felicitar o illustre presi-dente do Estado, de quem recebeucarinhoso acolhimento, s. excia. fez...politica.
E quando virá o sr. Ruy Barbosadesfazer a impressão que aqui deixaráo sr. Souza Dantas?
TROVASs&gFi8!£if
Reforçados a cacau,Lessa e Fontes — que parelha !Levaram ao WencesláuO contracto pela orelha.
O invejoso e o linguarudo,Pensam ter sempre razão..O invejoso sobretudoE? contra o Fontes — Carvão.
ALTINO ARANTES-000-
Transcorreu, hontem, a data nata-licia do ex.mo sr. dr. Altino Arantes,presidente do Estado de São Paulo.
S. ex.oia' que pertence á nova ge-ração dos nossos políticos, goza deconceituada reputação na sociedadepaulista, em que conta numerososamigos e admiradores; politico leal-doso, s. ex.ciíl tem verdadeira influen-cia no seio do P. R. P. do que é umdos chefes mais prestimosos.
Cultor das letras jurídicas, inicioua sua vida publica na comarca deBatataes, onde nasceu, ali advogandodurante a sua primeira mocidade, con-quistando, pela robusta intelligenciae pelo saber que possue, merecidos eavultados triumphos. Eleito deputadofederal, passou pelo Congresso daRepublica trabalhando e estudando asmais serias questões que naquella e-poça se discutiram na câmara, pro-duzindo três magistraes discursos comqué obteve a justa fama de perfeitoparlamentar. Depois, secretario doInterior, nos governos AlbuquerqueLins e Rodrigues Alves, s. ex.cift re-velou-se um administrador progressis-ta, criterioso e honesto. Hoje, á frentedos destinos do primeiro Estado doBrazil, que lhe foram confiados pelaquasi unanimidade do eleitorado pau-lista, vem cumprindo as patrióticaspromessas exaradas no seu applaudidoprogramma do governo.
Ao inclyto paulista as sinceras ho-menagens d' O Pirralho.
Telegrammas...por fio e sem fio
ÁLVARO DE GARVALHO
Cesteiro que faz um cesto faz um centoBio — O senador Epitacio Pessoa rece-
beu uma carta anonyma dizendo mal doprofessor Adalgiso Pereira, a quem o sr.Camillo de Hollanda, futuro presidente daParahyba, convidou para reformar a instruc-ção publica daquelle Estado do Norte. Osr. Camillo de .Hollanda, sabendo dessa carta,afflrmou ao seu chefe, o senador parahybano,que não esperava do referido professor umaingratidão, embora conhecesse o seu incor-recto procedimento no caso da ultima sue-cessão presidencial de São Paulo.
O dr. Afranio Peixoto conferenciou como sr. Epitacio Pessoa para pedir que s. ex.cianão se opponha á nomeação do sr. AdalgisoPereira.
—o—
Um que não quer ou não pode casarBio — Carece de fundamento a noticia de
haver o snr. João do Eio contractado casa-mento com a sra. Isadora Duncan.
— o-
" Comendo " e almoçando — Eio — Osnr. Tavares da Lyra, ministro da viação,ofereceu um lauto almoço ao snr. FontesJúnior, senador paulista, não se alludindonos brindes trocados ao suecesso da nego-ciata com o governo federal para o fome-cimento de carvão á Central do Brazil.
A saudação de honra foi feita pelo snr.Arrojado Lisboa ao honesto snr. WencesláoBraz.
—o—
A pedido de diversos ... — Batataes —Partirá para essa capital, nos primeiros diasde outubro, o tenente Américo Alves Fer-reira que, agora, augmentou o seu apreciadorepertório de mágicas.
Advogado e juiz — Kibeirão Preto —O dr. Luiz Gomes serviu de juiz na ulti-
ma partida de foot-ball.
—o—
Mais uma Magdalena arrependida —São Simão — O dr. Leonidas Barreto an-nuncia para o dia 1.° de outubro um grandecomicio, em que s. s. lançará a candidaturado snr. conselheiro Eodrigues Alves á pre-sidencia da Republica.
(Dos iiobsos correspondentes)
0 sr. deputado Álvaro de Carvalho,prestigioso leader da bancada paulistana câmara federal, fez annos a 23de setembro.
Politico dos mais distinetos e dosáe maior destaque no Partido Repu-blicano Paulista, s. ex.cia a quem oseu Estado natal deve considerávelsomma de bons serviços, tendo umbrilhante e zelado passado de homempublico, é um dos raros brazileirospara os quaes olhamos com segurasesperanças de vel-os cada vez maisimpulsionar a querida obra de en-grandecimento do Brazil, a que s.ex.cia extremece e dedica as suas me-lhores actividades.
Aos muitos parabéns que recebeuo eminente parlamentar, juntamos,embora tardiamente, as nossas melho-res felicitações.
Gafas a Catfantonhas
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Zezé e Chiquinho, d'aprh nature,por mr. Brito.
No BelvedereComo está chie a Lili!Pudera, ella agora só compra na
CASA ORLANDO!
Vida provincianaDas «Memórias sentimentaes
de João Miramar1».
Eu molhara os olhos ao rever ogrande monte acorcundado e verde,que, pela sua fôrma de tambor bar-baro, dera o nome de Caxambú ávillasinha que abriga.
No pateo da «gare», atada á pontada fita vermelha de caminho, que sedesenvolve até ás ruas habitadas,abraçámos, eu e mamãe, duas velhassob chalés pretos. Eram as parentas.
Tomámos quartos no casarão do«Paiace Hotel», que, por ser tempode repouso, entre as duas estaçõ?s doanno, estava. deserto e parecia maior,
Todas as manhans, eu acompanhavamamãe ás fontes. Demais^ visitava, acavallo, os amigos que me haviamconhecido creança e que me repetiamhistorias de papae, nas salas nuas dasfazendas, antes do almoço nacional delombo e tutu de feijão. PeJa toscacancella, via-se o terreiro batido desol, onde vaccas paravam. A' noite,o meu quarto, onde a luz da velamovia grandes sombras, parecia-medeseommunal.
E tomara o habito de esperar, átarde, como se espera um amigo, otrem que chegava sempre em atrazo,sob um pennacho recurvo de fagulhas.
Uma vez. o dia morreu sob a chu-varada larga que batia os campos.Só ás 8 horas ouvi o apito longínquoannunciando o comboio. Esperei, ájanella do meu quarto, até vêr pas-sarem, patinhando na lama, á luz,que jorrava do alto dos postes, ostrolys rústicos e os carreiros de hotel,na volta da procura inútil de hospedes.
Oswald Andrade.
Entre juizes:Já encontraste o Elyseu? Veio,
de Ribeirão Preto, certo de ser mi-nistro na vaga do Sette? Elle estácontando com o Quinzinho da Cunhae toda gente politica da sua comarca.
Vi-o e disse-me isso mesmo; masnão creio, pois o Altino acha que oAdolpho Mello não deve ser preteridomais uma vez.
<^fe=—|f O PIREALHO
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ULTIMA PAGINADos "POEMAS DE AÇO"
6u já quiz ser, no ardor da minha üida antiga,Cid Campeador, Roldão, Percenal, Don Quichote...Já quiz, do alto de um sonho e dentro da loriga,oêr o mundo atraoê*z das frestas do barbdfe.
Sobre um urco alazão, que o xairél d'aço abriga,
quantas vezes, entregue ao corcooear do trote,
julguei sentir, na confusão da horda inimiga,
ranger a arma de Islam na tarja do mangóte!
ITlas meu arnez foi um gibâo de oelludilho;
minha arma, uma guitarra ardente e gemedorae o meu grito de guerra, um tremulo estribilho.
~r-^^ C/
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— Porque eu nada mais fui que um pobre trooador,
que andou cantando o sol de uma cabeça loira,
pelo "Casfello no flr" de um derradeiro amor!
GUILHERME DE ALMEIDA.
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. n ill I Vu ¦¦!
VAE OU NÃO VAE?-eS^S^
Vae ou náo vae? pergunta um trouxa ao donoDa ex-prefeitura da encrencada Pinda.E respondeu o doutor: ella é tão linda,.Merece uni César seu gostoso Urano.
D. Manoel, diz o néscio, não tem somnoNão perde tempo, e pensa em ver aindaVosmccê, a dar pulos na berlinda,Com a maestria feliz de um velho mono.
Na berlinda? Jamais. Aposto cincoPacotes gordos, em moeda antiga,Como a rasteira no Prefeito eu finco.
Tudo que eu tenho aposto, é slnecura,Posso apostar... que em breve a chave amigaA's minhas mãos virá, da Prefeitura.
CHICO DÜNGA.
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CARTAS AO JACINTHO-offlffio-
Meu caro
Sem duvida nenhuma São Pauloprogride intelectualmente. É verdadeque esse progresso é devido a umexiguo numero de abnegados e sóse faz sentir no meio de um grupopequeno a cuja frente está a figurasympathica e intelligente de AmadeuAmaral, entretanto já é um grandeconsolo, porque o movimento que orase está operando, por menos que re-presente é sempre uma promessa, umaesperança, para todos quantos se de-dicam ás letras e ás artes.
A leitura de versos, de peças thea-traes, de contos e as conferências queultimamente esse pequeno grupo vempromovendo já constitue um passolargo, já é mesmo um triumpho nummeio mais ou menos refractario ásletras como é o nosso.
Eu sei, meu caro, por experiênciaprópria, como é difficil nesta terratrabalhar em prol de tudo quanto nãoofferece vantagens pecuniárias, seicomo lutam os que procuram avivaro enthusiasmo por um ideal quasiinattingivel, como é o de congregaresforços e reunir aptidões em tornoda causa ingrata das artes e das letras.
Mesmo entre os que cultivam asletras ha um desanimo triste, umainércia estúpida e revoltante de modoa fazer abortar toda e qualquer ini-ciativa e arrefecer o enthusiasmo maisardente e valoroso.
A gente cá do Pirralho, não vaenisto jactancia nenhuma, tem sempretrabalhado o mais que poude em proldo alevantado ideal de dar incrementoás letras e ás artes.
Mas que de vezes não se sentiutristemente abatida com a falta decompanheiros que secundassem a suaacção ou pelo menos não fizessembruxolear o fogo do seu enthusiasmo...
Mas agora parece que a cousa quertomar um novo aspecto e quem sabesi ao mesmo tempo que se opera ne-ste Estado a regeneração moral, ope-rar-se-á também a regeneração intel-lectual?
É o que eu espero e desejo arden-temente.
Totó.
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"PIRRALHO" SOCIAL Poeta e avô Mais uma vez, abraçamos o bom amigod' 0 Pirralho.
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^ llitrjMM» i
A nossa sociedade que\ sempre reclama distrac-I ções, achando que em S.
Paulo ha pouco em quese divertir, teve um se-tembro farto de entrete-nimentos.
O Municipal e o SãoJosé estiveram sempre oc-
Jcupados
por finos artistas,applaudidos por platéasquasi sempre cheias.
Jàfc. AlC itè.
Não poucos salões de ricas residências seabriram neste mez, fazendo-se nelles bôamusica e interessantes palestras.
2ÍC álrl AlC
Começa o calor. . . e pela cidade todagente se apresenta, durante o dia, de vestesclaras e leves.
Até as noites teem sido quentes e algu-mas de temperatura insuportável.
&. zlc ücNo freqüentado belvedere da Avenida
Paulista continuam, sempre attraentes, aselegantes reuniões do Trianon.
As nossas graciosas patricias já se habi-tuaram a comparecer ao chá-concerto quereúne o meio chie de São Paulo.
^Sc ^c zicO dr. Jacomino Define, clinico nesta ca-
pitai e festejado homem de lettras, fezannos no dia 26.
Ao nosso talentoso collaborador foramfeitas muitas e francas manifestações desympathia, recebendo innumeros parabéns.
Abraçamol-o, desejando-lhe todas as feli-cidades.
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Na ultima quinta-feira, realizou-se, nestacapital, o casamento do talentoso advogadosr. dr. Raul Corrêa da Silva com a pren-dada senhorita Bisoleta, dilecta filha do sr.Faustino da Costa, zeloso funecionario mu-nicipal.
*!¦'¦¦¦¦'-' ^^MÔ!ff:*t"'^>*'íií*^o? ' * ~"~ '¦¦¦" ¦'-'">¦'
JVlaeio Teixeifa e seuslindos netinhos
Os actos civil e religioso realizaram-sena residência dos pães da nnbente, á ruaVasco da Gama n. 29, testemunhando os,por parte da noiva os srs. c.el JoaquimFonseca e dr. Ernesto Goulart Penteado esras. Maria Correia da Silva e m.mo Joa-quim Correia da Silva, e por parte do noivoo sr. Oscar Martins Correia e senhora e osr. Antônio Joaquim de Oliveira e senhora.
^ ±ÍC ±<-C
João Brito, muito querido e apreciadocaricaturista, festejou o seu feliz natal a25 deste mez.
A um grupo de amigos Íntimos e admiradores, oftereceu o anniversariante um lautojantar, trocando-se á sobre-meza amistososbrindes.
_SL _a_ JL
Consorciaram-se, a 28 de setembro, o dr.José Ferraz da Motta e m.lle Nadir, filhado sr. dr. Carlos Meyer, clinico nesta ca-pitai.
O acto religioso foi paranymphado peloexmo. sr. dr. Altino Arantes, presidente doEstado, rn.™° Francisca Gomes Netto, depu-tado Fausto Ferraz e senhora. Testemunha-ram o casamento civil o sr. dr. Gomes Nettoe senhora e o sr. deputado Alcântara Ma-chado e senhora.
Leitura de versos
Numa das salas da redacção d'"0Estado de São Paulo" o fino poetaGuilherme de Almeida, que é umadas glorias d' 0 Pirralho, leu a suacollecção de versos intitulada «Nós»,actualmente no prelo.
Á leitura compareceu grande nu-mero de homens de letras e jornalis-tas e todos ficaram vivamente im-pressionados com aquelles versos sim-pies, cheios de ingênua emoção, ins-pirados num grande affecto e traba-lhados por um artista, que emboranovo, é senhor dos mais difficeis se-gredos e das mais finas subtilezas doverso.
Ao caro e brilhante poeta as nos-sas carinhosas felicitações e os nossosvibrantes applausos.
Digam o que disserem, o que é certoque a casa que melhor executa con-fecções, quer seja em costumes oufantasias é indiscutivelmente a
CASA ORLANDO
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A urucubaca do CorreiopMtmilMfWNMWMMlii»
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Nem o prédio resiste ás desordens da administração•ac
CRIVOS & CRAVOS dos eleitorados do Bom Retiro, Lapae SanfAnna. Mas esse homem temmesmo eleitores?
Quem não conhece o dr. Luiz Ser-gio Tomaz?
A figurinha magra, enfezadita eesquisitamente enroupada do segundojuiz de paz do Bom Retiro é semprevista no Triângulo, no Fórum e, an-tigamente, nos corredores da Facul-dade de Direito e nos salões do Insti-tuto Histórico, para onde o carregou,com ignorados fins, o seu ex-compa-nheiro de escriptorio o dr. Alfredo deToledo.
Agora, aproximando-se as eleiçõesmunicipaes, o dr. Luiz Sérgio estápreoccupado com a sua candidaturaa vereador, pelo que vem cabalandocomo gente grande. S. s. esperançavaser incluído na chapa official e se dizassediado pelos mais graduados chefesdo situacionismo que lhe pedem paranão pleitear esse cargo electivo. Maso dr. Luiz Sérgio insiste em ser can-didato e garante que prejudicará umdos candidatos do partido dominante,elegendo-se com os avultados votos
*
Outro desilludido — o dr. Diogo deMello a quem o capitão Marcello roeua corda, não trabalhando junto ao sr.Rodolpho Miranda para fazer vereadoraquelle escripturario do Thesouro.
O dr. Diogo deixará de ser compa-nheiro do contador dos Correios, pas-sando-se para a facção politica quetem a chefia do Director do GrupoEscolar do Braz.
VE o Piedade ?
Desta vez entrará. Água molkem pedra dura tanto bate até qtce fura.
Qual, bom amigo, não fosse a adhe-são e o Piedade ficaria vendo a ve-reança por um óculo.
¦ ¦ i
O dr. Ricardo Gonçalves, festejadopoeta e intelligente politico, deve serum dos candidatos mais votados no
próximo pleito, e é por isto que o dr.Marrey Júnior, muito vaidoso e muitopopular, desde agora trabalha paravêr o seu nome suffragado por maiseleitores do que o do seu talentosocollega.
Ê- aguardada com anciedade, nas ro-das forenses, a lista que o Tribunalde Justiça tem de organisar para deaccordo com essa lista ser feita a no-meação para ministro da Câmara Civil,de onde se retira, pela aposentadoria,o sr. Rodrigues Sette.
Poucos são os juizes que não pre-tendem essa nomeação, e é quasi certoque na «lista de merecimento» viráincluído o nome do sr. dr. AdolphoMello, que, assim terá jnsto accessona magistratura, indo para o Tribunalda rua Brigadeiro Tobias.
*
O dr. Sebastião Lobo, que occupa,ha longos annos e com zelo, a 2.apromotoria da capital será o futurojuiz das execuções criminaes.
O PIRRALHO C
*
Se o dr. José Arantes, conceituadoadvogado em Batataes, persistir emquerer se encarreirar na magistratura,será s. s. o substituto do dr. SebastiãoLobo, a quem succederá, na 2.a pro-motoria, bem dignamente, fazendo ajustiça publica de São Paulo acqui-sição de um defensor intelligente elaborioso.
*
Como vae Santos? perguntavacerto senador a um cabo eleitoral davisinha cidade.
Quem sabe? Eu não sei e poristo quero ou vil o para orientar-me.Não sabe o sr. que o dr. Galeão querter maioria na próxima câmara e queo sr. Azevedo Júnior se julga o únicochefe de prestigio, contrariando assimos desejos do Carvalhal?
— Esteja com o Azevedo Júnior, aquem já disse poder contar com você.
Lúlú.
Pirralho carteiroMlle. Ruth. Campinas.A casa que actualmente mais se
recomenta, pelo bom gosto e perfeiçãoem confecções de luxo é a Casa Or-lando, Praça da Republica, 16.
M.lle Elza, a mais feiticeira das assíduasfreqüentadoras do Theatro São Paulo, va-porosa e fascinante, se aprecia muito a arteeinematographica, mais aprecia as flores deque ella cuida com invejável carinho, nomagnífico jardim da sua aprazível vi venda.
Quem a vê empolgada na platéa do SãoPaulo, acompanhando com os seus vivos eintelligentes olhares as longas scenas queformam um drama sentimental e passam natela branca do cinema, não a encontra me-nos empolgada quando, approximando-se dosférteis canteiros que enfeitam com as maislindas flores a entrada da sua residênciam.lle Elza ultima ou corrige, com o melhorgosto e a melhor graça, os arranjos execu-tados pelo profissional que zela aquelle jar-dim encantador.
Se a tudo que aprecia e se dedica merecetamanhos cuidados, que desvelos e carinhosnão fruem, emanados de m.lle Elza, todosos entes a quem a sua amizade e o seu amorfelicitam e orgulham ?
OS ANIMAES PERANTE A MUSICA-00-
Segundo a paciente demonstração de um,medico, expendida num jornal estrangeiroos animaes teem a voz mais ou menos musi-cal, sendo o cavallo o que entre todos osoutros irracionaes possue melhores qualida-des de cantor, pois que, relinchando, percor-re uma gamma chromatica, sem falhar umúnico meio tom.
O burro, com sua voz tão antipathica, fazoitavas perfeitas quando zurra, tanto assimque o compositor Haydn o copiou positiva-mente no seu quarteto 78.
O macaco produz um verdadeiro canto, e-mittindo sons que abrangem uma oitava desons musicaes, subindo e descendo a gammapor meios tons*
O ladrar do cão não é um som naturalmas, sim — curiosa affirmaçãol — uma vozque elle adquiriu através dos séculos e se-culos pela domesticidade, pretendendo-se queainda não parará por ahi, e mesmo que, tal-vez, uma pequena operação consiga pol-o af aliar!
Instantâneos a lápis
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ESTATÜARIO crA GUILHERME AMARAL
Talha primeiro a pedra áspera e rude,nálgum recanto escuro da floresta,desgastando lhe aresta porarestaantes de dar lhe mythica attitude.
Delineia um perfil, que nos illude,afilalhe o nariz, aliza a testa,o torso, os olhos cava... surge lestauma estatua de vicio onde virtude...
Olha-a emfim extasiado, embevecidoo artista nas bellezas da esculptura:"Porque nao fallas?" brada num rugido,.,
E cego, pela forma que o tortura,desce um golpe... desfaz-se n'um gemidoaos pes do creador a creatura.
LEÃO D'EÇA.
Terra incógnita é o ultimo livropublicado pelo fecundo e scintillantepoeta Mucio Teixeira, cuja obra litte-raria tantos louros tem conquistado»
Dedicando-se á poesia theosophica,de que é o devotado iniciador no Bra-zil, reuniu nesse livro quasi setentaproducções, em versos magníficos ecaprichosamente burilados, precedidosde um minucioso estudo sobre a suaindividualidade, firmado pelo seu ta-lentoso filho o sr. Álvaro Teixeira.
No próximo numero, o nosso criticoliterário melhor dirá do poema Terraincógnita com que o venerando vatemais enriqueceu as letras pátrias.
Certo, porem, o governo do Estadoescolherá para substituir aquelle il-lustre ministro um juiz honrado e di-gno, e é de esperar que a nomeaçãorecaia no sr. dr. Adolpho Mello, da1.» vara criminal da comarca de SãoPaulo. Este integro magistrado, queconta vinte e quatro annos de relê-vantes e optimos serviços á justiçadeste Estado, é incontestavelmente,pela sua fulgurante intelligencia esolida cultura jurídica um dos maisadmirados ornamentos da magistratu-ra paulista.
No Tribunal de Justiça, pelapróxima semana, haverá uma vagade ministro com a aposentadoria dosr. dr. Rodrigues Sette.
Não faltam candidatos com mere-cimentos ou sem mérito, quasi todosbem protegidos, pleiteando a nomeaçãopara esse elevado cargo da nossamagistratura.
Os fazendeiros teem fé,De accordo com a opinião,Que sahirá todo o caféCom a chegada do carvão.
Arbitrum elegantorumNos tempos de Cezar era Petronio
o mais elegante.Nos tempos modernos, são todos os
que vestem as confecções executadaspela CASA ORLANDO.
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Os RAIDS dos ZEPPELINS sobre Londres
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O effeito moral
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"Pirralho" Carteiro^SL^
General Dantas xrBarreto — Depois do 7= u\seu primeiro discurso ' yno senado quando fa-lará v. excia.? A ratada desastrada estréaninguém esquece, paragáudio do ministro ZéBezerra que affirmaaos freqüentadores dasecretaria da PraiaVermelha ser pronun-ciado o segundo dis-curso de v. excia. quando se publicar o Estra-
primeiro capitulo.Se o Estrago, da lavra do autor da Con-
dessa Hermmia, nunca entrar no prólo v.excia, continuará mudo no senado! E émelhor...
M.He Mimosa — Continue a enviar-nosas lindas flores que, gentilmente, destinaao nosso gabinete de trabalho para adornodelicado e de gosto. As ultimas rosas ecravinas foram as mais bellas aqui recebi-das. Obrigadinhos.
Isaac Cerquinho — Quando realizas aviagem? Parabéns pelo eloqüente discursodo dia 20. Escreve-nos.
M.me I, X. —¦ V. excia. está attendida.
IW.He Elza — Não pode ser o que deseja.Guardamos a sua cartinha, sentindo nãopoder ser outra a resposta. Desculpe-nos.
Dr. Carlos Augusto de Castro — ODomingues realizou o negocio sobre quelhe escreveu. Saudades.
«Pequenina Segunda — As suas cartas
ao Dolor devem ser endereçadas para Gua-xupé.
MARCELLO,Administrador interino
Soldado que está na guerraTendo um minuto de folga
Em vez de comer o lunch
Fuma dez cigarros 01 ga
Acção combinada austro-aliemã
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