1º Período - 15 setembro a 15 dezembro (54 aulas) · Apresenta e utiliza regular e adequadamente...

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1º Período - 15 setembro a 15 dezembro (54 aulas)

Unidade 1-Padre António Vieira, Sermão de Santo AntónioContextualização histórico-literária• Objetivos da eloquência (docere, delectare, movere)• Intenção persuasiva e exemplaridade• Crítica social e alegoria• Linguagem, estilo e estrutura

Unidade 2 -Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa• Contextualização histórico-literária• Dimensão patriótica e a sua expressão simbólica• Sebastianismo: História e ficção• Recorte das personagens principais

• Dimensão trágica

Unidade 3-Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição• Sugestão biográfica (Simão e narrador) e construção do herói romântico• Obra como crónica da mudança social• Relações entre personagens• Amor-paixão• Linguagem, estilo e estrutura

2º Período - 3 janeiro a 23 março (46 aulas)

Unidade 4-Eça de Queirós, Os Maias• Contextualização histórico-literária• Representação de espaços sociais e crítica de costumes• Espaços e seu valor simbólico e emotivo• Descrição do real e o papel das sensações• Representações do sentimento e da paixão: diversificação da intriga amorosa• Características trágicas dos protagonistas• Linguagem, estilo e estrutura

3º Período - 9 abril a 15 junho (38 aulas)

Unidade 5-Antero de Quental, Sonetos Completos• Angústia existencial• Configurações do Ideal• Linguagem, estilo e estrutura

Unidade 6- Cesário Verde, Poesia:• Representação da cidade e dos tipos sociais• Deambulação e imaginação: o observador acidental• Perceção sensorial e transfiguração poética do real• Imaginário épico• Linguagem, estilo e estrutura

Conhecimentos 90% Atitudes 10%

Domínio: Oral

(Compreensão / expressão oral)

Modalidades/Instrumentos de

Avaliação: Exposição oral

Exercícios/testes de compreensão

do oral Leitura expressiva

(1 momento de avaliação formal por período)

20%Responsabilidade: É assíduo e pontual;Cumpre as regras da sala de aula;Realiza com empenho todas as tarefas propostas.Organização:Realiza os trabalhos solicitados gerindo o tempo. Apresenta e utiliza regular e adequadamente o material escolar.

Autonomia:

Empenha-se na superação de dificuldades, utilizando os recursos educativos facultados (moodle…);Intervém de forma adequada e pertinente, revelando espírito crítico.

Sociabilidade: Relaciona-se de forma cooperante com os professores e os pares, promovendo um bom clima de trabalho.Revela tolerância e respeito por opiniões diversas.

Domínios:

Leitura; Educação literária; Escrita;

Gramática

Instrumentos de avaliação:

Testes de Avaliação Escrita

(2 momentos formais de avaliação porperíodo)

Outros trabalhos realizados em aula.

60%10%

Critérios de Avaliação – Português – Ensino Secundário

1. Um minuto de leitura- avaliação da oralidade.2. Introdução à História Trágico-Marítima: «As terríveis

aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)».3.O contexto histórico-literário de produção da obra e as características da literatura de viagens e do relato de naufrágio. 4. Exploração comentada dos materiais desta unidade alojados no blogue da professora.

Lições 3 e 418/09/017

1.Um minuto de leitura- avaliação da oralidade.2.Receção das apreciações críticas de documentário.3. Leitura comentada dos textos do manual pertencentes à História trágico-Marítima

— antiepopeia da decadência do Império.4. Campo lexical e campo semântico-retoma.

Lições 5 e 621/09/17

— campo lexical: «Conjunto de palavras associadas, pelo seu

significado, a um determinado domínio conceptual. O conjunto de palavras jogador, árbitro, bola, baliza, equipa, estádio faz parte

do campo lexical de futebol.»in DT

— campo semântico: «Conjunto dos significados que uma

palavra pode ter nos diferentes contextos em que se encontra. Campo semântico de peça: "peça de automóvel", "peça de teatro", "peça de bronze", "és uma boa peça", "uma peça de carne", etc.» In DT

MAS, no DICIONÁRIO DE TERMOS LITERÁRIOS on line organizado por CARLOS CEIA LEMOS:

C. LEXICAL:Conjunto de palavras cuja formação partiu de um radical comum. A composição e derivação são os processos de formação das palavras de um mesmo campo lexical. A noção de campo lexical é sinónima da de família de palavras. Por exemplo, para a palavra carro, podemos formar um campo lexical com as seguintes palavras: carrinha, carrão, carrossel, carruagem, carroça, carripana,… Os campos lexicais não estão fixos numa língua, porque estamos sempre a criar novos lexemas e a mudar a relação entre os lexemas que formam um campo. O conceito de campo lexical foi introduzido nos anos 20 e 30 por linguistas como Trier, Porzig e Weisberger. A diferença entre um campo lexical e um campo semântico, generalizada nos manuais de linguística e crítica literária, não é radical, porque um campo lexical é necessariamente também um campo semântico (de relações significativas), e vice-versa. Daqui resulta que muitos lexicógrafos preferem a designação de campo léxico-semântico.

C. Semântico- conjunto de palavras unidas pelo sentido. Por exemplo, o campo semântico de mãe inclui: mãe-de-família, mãe-de-santo, mãe solteira, terra-mãe, mãe-de-água,… Deve-se evitar a confusão entre campo [...]

Lições 7 e 8 25/09/20171- “ Um minuto de leitura”-avaliação da oralidade.2.Exploração dos materiais alojados no blogue da professora sobre António Vieira e o Sermão de StoAntónio – contextualização histórico-literária.3. Leitura, síntese e compreensão dos textos do manual (pp.15 a 22).4.Sistematização das características do pregador, do sermão como espetáculo e da intenção persuasiva do sermão.

Lições 9 e 1028/09/2017

1.Um minuto de leitura- avaliação da oralidade.2. Entrega e comentário às apreciações críticas.3.As figuras referenciais do Sermão: Santo António (séc.XII-XIII) e Padre António (séc.XVII).4.Audição do capítulo 1 do Sermão.O exórdio e o conceito predicável.

Tpc.pág.26

«Vos estis sal terrae»

Este é o conceito predicável, isto é, a pequena frase retirada do Evangelho de S. Mateus, que servirá de Tema/Tese ao Sermão e, a partir do qual Vieira irá desenvolver a sua argumentação (início do exórdio).

“Vós sois o sal da terra”: os pregadores são o sal, a terra representa os homens.

O sal impede que os alimentos se estraguem;Os pregadores impedem a corrupção;Mas a terra está corrupta/ "estragada"--- de quem é a culpa?

Pode ser atribuída a duas causas: o pregador não prega em condições a palavra de Deus/ a terra não "ouve" a palavra do pregador.O raciocínio é lógico, desenvolvido como se fosse um silogismo: premissas e conclusão. ( Todo o homem é mortal/ Sócrates é homem=» Sócrates é mortal).

Expansão/ amplificação do argumento:Os pregadores não "salgam" porque:não pregam a verdadeira doutrina; ou dizem uma cousa e fazem outra; ou se pregam a si e não a Cristo. A terra não se deixa "salgar" porque:os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber; ou os ouvintes querem antes imitar o que eles[pregadores] fazem, que fazer o que dizem; ouos ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites

Veja-se, então:a construção anafórica, "simétrica", paralelística:" ou é porque.. ou é porque...."*a utilização dos conectores disjuntivo e causal: "ou…ou"; "porque";*a antítese que se gera a partir do desdobramento das hipóteses: os pregadores não pregam/ os ouvintes não "ouvem".

Toda esta argumentação foi desencadeada por uma interrogação retórica:"...qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção?", através da qual capta a atenção do auditório/público, tornando-o interventor do discurso, como que apelando à sua aproximação e presença. Não esquecer que se trata de um discurso de 2ª pessoa ( pronome pessoal, plural: vós).

Lições 11 e 122/10/017

1.Um minuto de leitura- avaliação da oralidade.2.Correção do tpc (manual pág. 26).3.A estrutura do SERMÃO e os objetivos da eloquência( docere, delectare, movere).4. Intenção persuasiva e exemplaridade.5. Crítica social e alegoria.

Correção do tpc da pág.26 colocada no blogue

Tpc- pp. 30 e 31

Crítica social:Vieira – observador crítico

A figura de Padre António Vieira destaca-se […] no

panorama literário, histórico-cultural e mesmo político do

nosso século XVII. […]

Vieira, espírito atento à realidade do seu tempo e que a

vida colocou próximo das esferas do poder, dá-nos abundantes

e valiosas informações sobre factos políticos, meandros

diplomáticos, bastidores de decisões governativas; e sobretudo

lança o seu olhar agudo e crítico, emitindo pareceres,

propondo medidas, dando conselhos, relatando a sua própria

atuação no plano político.

RETOMA DA AULA ANTERIOR…

Vieira – defensor dos índios

Depois de chegar ao Brasil, […] Vieira

descobre que, em 1653, mais de dois

milhões de índios haviam sido mortos em

quatro décadas de colonização. Quando em

1654 volta ao reino, […] não pode deixar de

denunciar tantas atrocidades.

Os colonos exploravam de uma

forma desumana os índios. […] Vieira

defendia os seus direitos e pretendia a

abolição de leis que os tornavam cativos. A

palavra era a sua maior arma. […]

Padre António Vieira convertendoos índios do Brasil, c. 1841, gravurade C. Legrand.

Escolhendo como auditório os peixes, à semelhança do

ocorrido outrora com Santo António, em Itália, já que os homens

(neste caso os colonos de São Luís do Maranhão, em 1663)

parecem ser maus ouvintes e não aceitar a pregação, Vieira elabora

uma ampla alegoria em que se propõe louvar, por um lado, e

criticar, por outro, os peixes (atribuindo-lhes qualidades que não

encontra nos homens, no primeiro caso, e criticando-lhes os

defeitos comuns aos mesmos homens, no segundo caso).

O que preocupa Vieira são os comportamentos errados doshomens, contra quem, afinal, este sermão constitui uma vigorosadiatribe.

Amélia Pinto Pais, História da Literatura em Portugal – Uma perspetiva didática,

vol. 1, Porto, Areal Editores, 2004, p. 221.

Alegoria

Aproveitando o facto de a 13 de junho ser o dia

de Santo António […] pronuncia o célebre Sermão de

Santo António aos peixes, que deixou enraivecidos os

espíritos por aquelas paragens […]. O tema do sermão

é a denúncia das atrocidades que os índios sofrem às

mãos dos […] colonos. Toda a crítica é feita sob a forma

de alegoria, na qual os peixes simbolizam os vícios dos

homens.

Fernanda Carrilho, O Sermão de Santo António aos Peixes de Padre António Vieira,

Lisboa, Texto Editores, 2008, pp. 47-58.

Lições 13 e 149/10/17

1. Um minuto de leitura- avaliação da oralidade.2. Registo escrito no caderno de aspetos técnicos relacionados com o Sermão.3.Coesão textual-coesão lexical.4.Leitura de excertos dos cap.II e III do Sermão de StoAntónio, seguida de compreensão de leitura de texto. ( pp.30 e 31).

Lições 15 e 1612/10/171.” Um minuto de leitura” –avaliação da oralidade2.Correção dos exercícios do manual da pág. 30 e 31.3. Mecanismos de coesão referencial- pronominalização, anáfora e catáfora.4. Correção dos exercícios das pp. 33 e 34.5. Coesão frásica.

O PADRE ANTÓNIO VIEIRA e a SUA DIATRIBECONTRA…..

Tpc para 16/10/017*visionar o vídeo “O Imperador da Língua portuguesa” alojado no blogue da professora! Tirar notas.

Cap.II - LOUVORES AOS PEIXES EM GERAL (pp.30)

1.Os peixes foram as 1ºas criaturas a serem criadas por Deus; são as maiores e mais numerosas; bons ouvintes

e obedientes; são melhores do que os homens; não sedomam nem domesticam.

2. Os homens são acusados de serem piores que os peixes( Ex.de Sto António e de Jonas); além disso, a sua corrupção contagia quem com eles conviver…

3. Trata-se de um alusão aos índios que querem manter-se longe dos homens civilizados

4. Exemplos: lenda de Sto António, episódio bíblico de Jonas, Dilúvio .

A Baleia azul é o maior animal do planeta. Pode atingir mais de 30 metros de comprimento e pesar mais de 160 toneladas. O som que emitem pode percorrer 150 quilómetros …O maior elefante já registado, morto Angola, em 1965,tinha 12 toneladas e 4,2 metros de altura…

GRAMÁTICA no TEXTO

1. Apócope do e; alteração do ditongo au em o; síncope do d intervocálico; posterior epêntese do v e alteração da vogal o em ou.

1.1. Laudatório ( relativo a louvor) e laudativo (o mesmo que laudatório) chegaram ao Português por via erudita; enquanto louvar chegou por via popular.1.2.a) depreciação, desdém, exortação, admoestação b) lisonja, bajulação, adulação2.1. São os únicos que não se deixam domesticar

2.2

2.2

2.3.gaiola, cadeia, piozes, cepo, trela, jugo, vara e espora, presos e encerrados com grades de ferro.

3- corrigir oralmente4.1.As – propriedades(referente)As- pregações (referente)Uma-propriedade (referente)Outra-propriedade (referente)O-bem (referente)Dele-do mal (referente)

4.2.A dupla expressão« louvar o bem»/repreender o mal» é reiterada, acrescentando a cada membro da expressão a sua finalidade. Esta repetição, ao mesmo tempo que reafirma, clarifica o grande objetivo do Pregador que, afinal, é a linha estruturadora do sermão.5. Corrigir oralmente

Lições 17 e 1816/10/17

1. “ Um minuto de leitura”- avaliação da oralidade.2. Realização de um teste de compreensão do oral;3. Referente e cadeia de referência.4. Leitura do excerto do cap.III, seguida de compreensão ,

sistematização e registo das ideias do texto. Gramática no texto.

Tpc: Preparação da leitura do cap.IV e realização dos exercícios das pp.37 e 38.

RETOMAR NESTA AULA “Gramática no texto” pág. 31

KOFI ANNAN nasceu no Gana, em 1938, e é uma das figuras de maior relevo quando se fala em Pacifismo Mundial. Durante uma década (1997-2007) foi Secretário-Geral das Nações Unidas, o sétimo a ascender ao egrégio posto.Em 2001, KOFI ANNAN foi distinguido com o Nobel da Paz pelo seu trabalho por um mundo melhor organizado e mais pacífico. Ao conceder-lhe o Prémio, o Comité afirmou que ele "se distinguiu por dar uma nova vida à Organização".

Por referente, entende-se a entidade extralinguística

que é identificada por um nome comum especificado por um artigo definido ou um demonstrativo («a maçã», «esta/essa/aquela maçã»), por um pronome pessoal (eu, tu, ele/ela, etc.) ou por um nome próprio (Raquel, João, Maria, etc.).

Por exemplo, num contexto concreto, vejo uma maçã e, num enunciado, digo «esta maçã». Quando digo «eu falo», refiro-me a mim próprio como enunciador. Quando digo «o João canta», refiro-me a uma pessoa que conheço e se chama João. Os referentes tendem, portanto, a variar em função das pessoas que falam e dos contextos em que falam.

[cap.III ] LEITURA DO TEXTO – LOUVORES AOS PEIXES ( em particular)

1.1.Segundo o orador , discorrer sobre as qualidades de todos seria “ infinita matéria”, por isso só referirá alguns.

2. Neste cap. dedicado aos louvores de alguns peixes e a propósito do 1º exemplo, o Peixe de Tobias, cujas entranhas curam a cegueira e cujo coração afasta os demónios, o orador regressa ao exemplo de Sto Antºque, segundo ele, tinha também qualidades curativas para a cegueira do pecado e para afastar as tentações dos demónios.

2.1. Do mesmo modo que Sto António, Vieira prega aos moradores do Maranhão e invectiva-os a verem as suas entranhas ,pois elas curam a cegueira do pecado, tal como as entranhas de Sto António tinham o poder de “ alumiar e curar a cegueira”(ll 42-43).

3. O orador apela aos peixes, no sentido de crescerem e de se multiplicarem, porque são o sustento dos pobres ( ex. da sardinha, usada

como argumento).Vieira coloca-se, inequivocamente do lado dos pobres.

[cap.III ] LEITURA DO TEXTO – LOUVORES AOS PEIXES ( em particular)

4.São muitos os recursos expressivos – um fogode artifício estilístico- que Vieira utiliza na sua elaboradíssima prosa barroca. Alguns exemplos:*comparação- (ll.34-35)” se a este peixe o vestiram de burel, e o ataram com uma corda, pareceria um retrato marítimo de Santo António.”*metáfora- (ll45-47)” o Peixe abriu a boca contra quem se lavava, e Santo António abria a sua contra os que não se queriam lavar.”*Interrogação retórica- (ll.33 e 34) ” Um Peixe de tão bom coração, e de tão proveitoso fel, quem o não louvará muito?”*apóstrofe-(l. 63)” Crescei, peixes, crescei e multiplicai“.

(cont.) LEITURA DO TEXTO – LOUVORES AOS PEIXES ( em particular)

4.São muitos os recursos estilísticos que Vieira utiliza na sua elaboradíssima prosa barroca, a saber: a lítotes…A lítotes é uma ironia da dissimulação com valor perifrástico, que consiste em obter um grau superlativo pela negação do contrário.Ex:” não sem inveja”= com inveja; “não vos louvo”= desaprovo, “ não poucas vezes”= muitas vezes…

Lições 19 e 2019/10/017

1. “Um minuto de leitura”- avaliação da oralidade.2. Leitura e compreensão do cap. IV. Resolução oral dos

exercícios de leitura e gramática do texto (pp. 37 e 38).3. Recursos expressivos: gradações, lítotes, apóstrofes.4. Oficina de escrita: apreciação crítica de documentário.

RETOMAR EXERCÍCIO da pág.34 (gramática de texto)

Elabora um texto de apreciação crítica sobre o episódio nº8 da série “A Alma e a Gente”: Padre António Vieira, o imperador da palavra

portuguesa, da autoria do professor José Hermano Saraiva. O teu texto deve ter entre 200 a 300 palavras. Introdução

(apresentação do tema,/assunto em análise, referência ao título, autoria, género, objetivos…)[1 parágrafo]

Desenvolvimento(elucidação evidente e fundamentada do tema, da peça, do objeto com apreciação valorativa e linguagem subjetiva, apoiada em exemplos ilustrativos…)

[2 ou mais parágrafos]

Conclusão (ex.: síntese dos aspetos referidos, impacto do visionamento, modificações que operou …)[1 parágrafo

1.1.

1.2 corrigir oralmente2. Corrigir oralmente

Gramática no texto ( pág.34)

21 e 2223/10/017

1.Continuação da exploração do cap. IV.2.Realização dos exercícios das pp.37 e 38.3. Recursos expressivos em destaque: gradação, anáfora, antítese, simetria, enumeração.4. Polissemia do verbo “comer”.

Damos o nome de COESÃO TEXTUAL aos processos que, na superfície do texto, permitem retomar explicitamente informação anterior e articulá-la com a que se lhe segue.A coesão lexical

Por substituição – este procedimento manifesta-se na substituição de uma palavra (ou expressão mais longa) por um termo que, no texto, lhe é equivalente.Ex: Pois a boa Farrusca, já maior do que eu, tudo sofria, ganindo contente, como se lhe prodigalizasse mimos.Crescemos juntos. Se a cadela me acompanhava, a minha mãe não tinha cuidados.

Por repetição- a repetição é outro processo de retomar elementos já conhecidos e assegurar a unidade do texto.Veja-se o exemplo seguinte:

Do que me lembro é dos arcos em vez de portas e de umas janelas que pareciam desviadas dos seus respetivos lugares. Os arcos abriam umas lojas não sei de quê, apenas fixei os seus fundos negros.

Por pronominalização -um nome ou até um conjunto de frases podem estar representados por um pronome:

Sentiu um corpo molhado encostar-se-lhe às pernas. Estendeu a mão e afagou o lombo encharcado do cão. Também este escapara.

CONTINUAÇÃO DA LEITURA DO CAP.IV

«Antes, porém, que vos

vades, assim como

ouvistes os vossos

louvores, ouvi também

agora as vossas

repreensões.»

Cap. IV pág.35-37

Vades – 2ª pessoa do plural do verbo IR no Presente do Conjuntivo: que eu vá, que tu vás, que ele vá, que nós vamos, que vós vades, que eles vão.

1.Aponta o objetivo do Pregador ao fazer as

repreensões aos Peixes

– Se não conseguir corrigir os defeitos dos

peixes (homens), o sermão poderá, ao

menos, contribuir para acordar as

consciências, para perturbar o espírito

dos pecadores.

Leitura do texto Cap.IV- Repreensões aos peixes(em geral)

2. Identifica o primeiro e

grande defeito dos

Peixes, enunciado no 1º parág. e o

que o torna mais grave?

• O primeiro grande defeito dos peixes écomerem-se uns aos outros, e este defeito éagravado pelo facto de os peixes grandes sealimentarem dos pequenos, o que faz comque sejam necessários muitos peixinhos parasatisfazer poucas bocas.

2.1.Ao longo deste capítulo, esse

defeito geral vai sendo amplificado

e desdobrado em outros com ele

relacionados. Exemplifica-os.

Os grandes comem os pequenos (l.5); andam sempre à procura de como se hão de comer ( l.24): comem os mortos ( comem-no, entre outros, os herdeiros, os testamenteiros, os credores, a mulher, o coveiro, o padre).

3.Explica o início do 2º parágrafo,

tendo em conta o contexto

histórico e geográfico em que o

sermão foi proferido.

Sabendo que, a propósito do defeito de os homens se comerem uns aos outros, os colonos pensariam imediatamente nos rituais antropofágicos atribuídos aos índios, o orador afirma que se está a referir aos brancos, pois “ muito mais se comem os brancos” e os “homens comem-se vivos”(l.35).

4.Indica os outros defeitos

apontados, referindo aquilo que os

origina.

A ignorância e a cegueira

originadas pela vaidade.

5.Quem pesca as vidas a todos os

homens do Maranhão, e com quê?

São os vendedores de vaidades

que atraem os moradores do

Maranhão e os fazem gastar aquilo

que ganham com o esforço das s/

vidas.

6.Neste capítulo, o sermão apresenta

um tom mais enérgico e combativo,

sustentado em recursos expressivos

muito eficazes.

Anáfora- comem-no…comem-

no…comem-no[…] (ll.26 e 27)

Gradação -come-o sangrador, que lhe

tirou o sangue, come-o a mesma

mulher, que de má vontade lhe dá para

mortalha o lençol mais velho da casa,

come-o o que lhe abre a cova[ll.28-30]

Antítese- não só de dia, senão também

de noite, às claras e às escuras (ll.67.68).

Esclarece o sentido do verbo

«COMER» nesta passagem.

• «Comem-no os

herdeiros, comem-no

os testamenteiros,

comem-no os

legatários, comem-no

os credores; comem-

no os oficiais dos

órfãos, e os dos

defuntos e ausentes;

come-o o médico que

o curou. […]»

• O verbo «comer»

tem, aqui, o

sentido de explorar

monetariamente,

de procurar lucrar à

custa de um

defunto

endinheirado.

Explicita os referentes dos

dois deíticos sublinhados.

• «Vós virais os olhos para os matos e para o sertão? Para cá, para cá; para a cidade é que haveis de olhar. Cuidais que só os Tapuias se comem uns aos outros? Muito maior açougue é o de cá, muito mais se comem os brancos.»

• O deítico pessoal

«Vós» tem como referente OS PEIXES (embora tenha como alvo OS HOMENS).

• O deítico espacial«cá» designa a cidade brasileira onde se encontram: S. LUÍS DOMARANHÃO.

9. Modifica as formas verbais

sublinhadas, de forma a que as frases

correspondam a uma realização atual

da língua portuguesa.

• «Se fora pelo

contrário, era

menos mal. Se os

pequenos

comeram os

grandes, bastara

um grande para

muitos pequenos»

• Se fosse pelo

contrário, seria

menos mal. Se os

pequenos

comessem os

grandes, bastaria

um grande para

muitos pequenos.

Identifica o tempo e o modo dos

verbos utilizados.

• Fora

• Comeram

• Bastara

– pretérito mais-que-

perfeito simples do

indicativo

• Era

– Pretérito imperfeito

do indicativo

• Fosse

• Comessem

–pretérito imperfeito do conjuntivo

• Seria

• Bastaria

–condicional simples

«Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os

pequenos.»

a) ainda que

se bem que

c) como também

• A locução

conjuncional b)

sublinhada

equivale a:

«Não só vos comeis uns aos

outros, senão que os grandes

comem os pequenos.»

• Divide e

classifica

as

orações.

• «Não só vos comeis uns

aos outros»

–ORAÇÃO COORDENADA

• «senão que os grandes

comem os pequenos.»

–ORAÇÃO COORDENADA

COPULATIVA

23 e 2426/10/017

0.”Um minuto de leitura”- avaliação da oralidade.

1.Conclusão da correção dos exercícios das pp.37 e 38.2. Audição do cap.V do Sermão de Sto António aos peixes dito na voz de ArY dos Santos.3. Exploração oral de uma imagem e sua interpretação.4. A deixis (pág.377 do manual).

25 e 2630/10/017

0.Um minuto de leitura-avaliação da oralidade.1.Correção do tpc (pp.46 e 47 do manual).2.Leitura do cap.VI do Sermão.3.Visão global do sermão (pp.49-53).4. Entrega comentada das apreciações críticas.

1.O roncador- o arrogantePegador- o parasita, o oportunistaVoador- o ambiciosoPolvo- o traidor; o hipócrita

2. O arrogante (peixe que ronca) é o que se autoapregoa, exibindo a sua soberba. São os poderosos e os que se julgam sábios, que se atrevem a comparar-se com Deus.O oportunista ( Pegador- peixe que se pega aos costados de um peixe grande) é o que se atrela aos poderosos para colher benefícios.

Leitura do texto- cap. V, pág.46

O ambicioso (Voador- peixe que voa) é o que quer ir além da sua natural condição.

2.1.Os exemplos de arrogância de São Pedro, de Golias e da dupla Caifás- Pilatos.S.Pedro, por se ter gabado de que nunca negaria Cristo e ter mentido; Golias por ser um gigante que se apregoava invencível e foi vencido por um jovem pastor; Caifás e Pilatos, pela sua arrogância baseada no saber e no poder, respetivamente.

2.2.O orador assume uma atitude muito crítica em relação a todos. Aos roncadores (l.3), que lhe provocam o riso e a ira, aconselha-os a medirem-se e a verem como são ridículos e a calarem-se e a imitarem Sto António.Aos Pegadores (l.53), aconselha-os a não se colarem aos grandes, pois quando um grande morre, arrasta consigo muitos pequenos…2.3. Provérbio: “ Quem quer mais do que lhe convém, perde o que quer e o que tem”(ll.164-165).Este provérbio sintetiza a lição contida na alegoria do voador e o seu uso adequa-se à intenção do orador em fazer-se compreender pelo auditório, utilizando os mais variados recursos, quer eruditos, quer populares ( caso dos provérbios…).

3.1. O Polvo parece um monge, uma estrela, a própria brandura e mansidão e, por isso, aparenta santidade, beleza e bondade.

3.2. Na sua essência, o Polvo é um traidor , o maior traidor do mar, porque se esconde, mudando de cor, para, com malícia, atacar.

3.3.A completa desconformidade entre o que o Polvo mostra ser e aquilo que é de verdade faz com que os outros sejam enganados…apanhando-os desprevenidos, ataca-os em segurança.

4. Anáfora – (ll.207-211)o Polvo com aquele […] parece a mesma brandura, a mesma mansidão…Interrogação retórica- “ E daqui que sucede?”(l.220)Metáfora - “ o Polvo dos próprios braços faz as cordas”(l.225)Comparação – “ O Polvo parece um monge”(l.207-208)Antítese - “ Traçou a traição às escuras, mas executou-a muito às claras” (ll 226-227)Apóstrofe – “Vejo, peixes, que pelo conhecimento”(ll.23-240)

Gramática no texto ( pág. 48)

1. Pouco há- recentementeAgora- neste momentoQuando- no momento em que

2.A expressão “Pouco há”, referindo um momento passado exige um tempo pretérito / neste caso o pret. Imperfeito (“nadavas”); o advérbio “agora” exige o presente do indicativo (jazes”); o advérbio “ quando”, neste contexto, diz respeito ao passado, numa ação simultânea, pelo que exige o pret. imperfeito (“estava “ e “nadava”).

Gramática no texto ( pág. 48)

3.O texto combina momentos do passado e do presente, o que se verifica logo na primeira frase. Na segunda frase, verifica-se uma sequência do passado/ presente e futuro. Na terceira frase, de novo o contraste passado/presente. Na quarta frase, são usados apenas tempos pretéritos (o imperfeito para marcar um estado anterior e o perfeito para marcar a alteração verificada).4.antes, depois, quando. 5.Em 1º lugar; seguindo-se; em 2º lugar; seguidos; por último.