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14-07-2014
Revista de Imprensa14-07-2014
1. (PT) - Jornal de Notícias, 14/07/2014, IPATIMUP desvenda o cancro há 25 anos 1
2. (PT) - Jornal de Notícias, 12/07/2014, Figura do dia - António Ferreira 5
3. (PT) - Jornal de Notícias, 12/07/2014, Ministério cede às exigências da Administração do S. João 6
4. (PT) - Correio da Manhã, 13/07/2014, Lixo hospitalar sem tratamento 9
5. (PT) - Diário do Minho, 11/07/2014, BE quer saber em que ponto está a inspeção ao Hospital de Braga 10
6. (PT) - Jornal de Notícias, 12/07/2014, Depois das escolas, centros de saúde a caminho das Câmaras 11
7. (PT) - Jornal de Notícias, 12/07/2014, Oitenta médicos acusados de corrupção e luvas 12
8. (PT) - Diário de Notícias, 12/07/2014, Frigoríficos e férias na praia foram ofertas para 80 médicos 14
9. (PT) - Público, 13/07/2014, Modelo de emergência por técnicos foi suspenso 16
10. (PT) - Jornal de Notícias, 12/07/2014, Tribunal proíbe novas competências dos técnicos do INEM 17
11. (PT) - Jornal de Notícias, 14/07/2014, Número de testes rápidos do VIH cai pelo quinto ano 18
12. (PT) - Diário de Notícias, 12/07/2014, Bebé com VIH não ficou curado mas caso ajuda a tratar doença 19
13. (PT) - Correio da Manhã, 13/07/2014, OMS recomenda toma 21
14. (PT) - Correio da Manhã, 14/07/2014, E greve à fraude, não? 22
15. (PT) - Expresso, 12/07/2014, Ministro recusa reuniões extra com os médicos 23
16. (PT) - Diário de Notícias, 12/07/2014, Porque evita o ministro debates com a OM? 24
17. (PT) - Expresso, 12/07/2014, Luditas e médicos 25
18. (PT) - Diário de Notícias, 11/07/2014, A ´finesse´ do verde finório e modernaço 26
19. (PT) - Público - 2, 13/07/2014, Utilizador (ou vítima) de um serviço 27
20. (PT) - Público, 14/07/2014, O estado da nação e alguns debates necessários 28
21. (PT) - i, 12/07/2014, Happy. Canção da moda é uma arma para conversar no consultório 29
22. (PT) - Expresso - Emprego, 12/07/2014, Novo hospital contraria fuga de especialistas 31
23. (PT) - Correio da Manhã, 13/07/2014, PPP da saúde com aumento de 166% 33
24. (PT) - Diário Económico, 14/07/2014, ADSE sugere tecto nos descontos da Função Pública e garante terexcedente
35
25. (PT) - Diário Económico, 14/07/2014, Comissão quer fazer alteração profunda nas deduções de IRS 36
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BE quer saber em que ponto está a inspeção ao Hospital de Braga
O Bloco de Esquerda quer saber o «ponto de si-tuação» da inspeção global ao Hospital de Braga apro-vada em julho de 2013 e denuncia «relatos» de ca-sos de «mau atendimen-to» naquela unidade hospi-talar. Assinado pelos depu-tados João Semedo e He-lena Pinto, o texto relata ainda um episódio de ale-gada negligência ocorrido
no Hospital de Braga du-rante o qual uma utente, enfermeira reformada, in-sulinodependente esteve dois dias internada no ser-viço de urgências sem que lhe tenha sido administra-da insulina, apesar, afirma o texto, da mulher o ter so-licitado. Além do episódio da não-administração de insulina, a mesma utente terá tido alta «sem que lhe
tivesse sido diagnosticada a fratura na bacia de que pa-decia» tendo sido «depois atendida numa outra unida-de hospitalar». Por isso, Se-medo e Pinto perguntam a Paulo Macedo «qual o pon-to de situação da inspeção global ao Hospital de Bra-ga», determinada em julho de 2013 e «quando vai ser divulgado o relatório des-ta inspeção».
O Hospital de Braga rea-giu ao Diário do Minho
indicando que, no alegado caso de mau atendimento, «não é possível averiguar o caso relatado por falta de informação». Quanto à inspeção, o hospital diz que as informações deve-rão ser pedidas à Inspe-ção Geral das Atividades em Saúde.
Redação/Lusa
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O Tribunal Administrativo do Círcu-
lo de Lisboa deu razão à Ordem dos
Enfermeiros e impediu provisoria-
mente os técnicos de ambulância
de emergência de administrar me-
dicamentos e aplicar técnicas inva-
sivas para estabilização da vítima
antes do transporte para unidade
hospitalar.
A Ordem dos Enfermeiros (OE)
interpôs uma providência caute-
lar para impedir que o Ministério
da Saúde e o Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM) puses-
sem em prática um modelo de emer-
gência pré-hospitalar assente nos
técnicos de ambulância de emer-
gência (TAE).
Em comunicado, a OE dá conta
de que o Tribunal Administrativo de
Círculo de Lisboa deu razão à provi-
dência de suspensão. Os TAE fi cam
assim impedidos, até Setembro, de
administrar medicamentos por via
endovenosa e/ou intraóssea, e tam-
bém de aplicar técnicas invasivas,
como o acesso venoso.
Segundo a Ordem, foi entendi-
mento do tribunal que o INEM “não
assegurou as devidas condições para
o reconhecimento de novas compe-
tências aos TAE”, considerando que
“estes técnicos não estão habilitados
a praticar estes actos”. A OE diz ain-
da que o tribunal decretou que, caso
o presidente do INEM não acate a
decisão, lhe seja aplicada uma san-
ção compulsória.
Em reacção, o Sindicato dos
Enfermeiros Portugueses acusou
ontem o Ministério da Saúde de
economicismo com o modelo de
emergência pré-hospitalar, em que
técnicos de ambulância substituem
os profi ssionais da enfermagem na
prestação do suporte básico de vi-
da a vítimas. Guadalupe Simões, da
direcção do SEP, disse à Lusa que “é
um absurdo” o Ministério da Saúde
ter optado pelo actual modelo, ago-
ra suspenso provisoriamente.
“Estamos perante um Ministério
da Saúde com uma perspectiva de
fazer cortes na área da saúde de uma
forma sistemática. Fica mais barato
substituir técnicos qualifi cados por
TAE”, sustentou. Lusa
Modelo de emergência por técnicos foi suspenso
Saúde
Ordem dos Enfermeiros tinha interposto uma providência cautelar. Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa deu-lhe razão
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Corte: 1 de 1ID: 54808704 13-07-2014 | 2Qualquer pessoa que utilize “bens ou serviços, públicos ou privados”, é um “utente”, diz o dicionário. Mas, verdade verdadinha, não é qualquer pessoa que pode utilizar os “privados”, mesmo que ainda assim continue a ser um “utente”. E também pode acontecer que, ao querer usar os “públicos”, o “utilizador” seja informado de que estão em greve. Se já esperou três anos por uma consulta ou cirurgia,
o “usuário” pode aguardar mais uns dias. Já os fornecedores de “bens e serviços” aos “utentes” podem ser privados e continuar a ser públicos, às vezes até em vários locais e ao mesmo tempo. Como alguns médicos do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que estão a ser investigados pela Inspecção-Geral de Saúde pelo seu dom da ubiquidade. E esqueçamos por agora ligações a
laboratórios ou prescrições indevidas.Não se pode saber se foram “doutores” deste tipo que fizeram greve nos dias 8 e 9 de Julho em defesa do Serviço Nacional de Saúde, mas constou que ficaram garantidos os serviços aos “utentes” do privado. A Federação Nacional dos Médicos, que convocou o protesto, falou numa adesão de 70% a 90% a nível nacional, mas o Ministério da
Saúde considerou estar-se perante uma “impossibilidade aritmética”, apontando para percentagens de 27% a 30%.Estas diferenças de contagem pouco importam “àquele que usa ou que tem o direito de usar” um serviço. No caso, assistência médica. Mesmo com uma grande “probabilidade aritmética” de o “utente” entrar e sair do consultório sem que o médico chegue a olhar para a sua cara. Rita Pimenta
UTENTEUTILIZADOR (OU VÍTIMA) DE UM SERVIÇO
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O estado da nação e alguns debates necessários
1. Um escândalo de índole
aparentemente criminosa
alegadamente envolve certos
médicos, farmácias e doentes,
que através de faturas falsas,
aquisição fi ctícia de aparelhos
complementares de terapêutica
e outros expedientes lesaram
fi scalmente o Estado, que os
comparticipava.
As despesas públicas foram parar ou a
contas bancárias ou a gastos em espécie
em viagens de férias. A fraude no SNS
remete desde logo obviamente para
um problema ético, daqueles que não
percebem, ou não querem perceber, que
roubar o Estado é ir aos bolsos dos seus
concidadãos, através de mais impostos.
Há depois um problema de falta de
transparência e de pouco cruzamento
de dados. O problema combate-se com
mais recursos fi nanceiros e humanos das
instituições que investigam e interpõem
processos (Polícia Judiciária e Ministério
Público) bem como com legislação
adequada.
2. Em todas as profi ssões —
farmacêuticos, médicos, contabilistas ou
banqueiros — haverá sempre gente honesta
e desonesta. A questão é saber como é que
uma sociedade se organiza para maximizar
as atividades produtivas, no privado e no
público, e desincentivar comportamentos
rentistas e corruptos. Há que investir
em mais transparência, fi scalização,
regulação, legislação adequada e meios
de investigação criminal. Neste campo,
Portugal não tem uma legislação adequada
de criminalização do enriquecimento
ilícito. Se a tivesse — não confi nada a
titulares de cargos políticos (ver Decreto
37/XII aprovado na AR, resultante dos
projetos aprovados do PSD/CDS, BE e
PCP em 2011 para depois ser declarada
inconstitucional em 2012), mas a todos os
cidadãos — casos como o referido acima
seriam menos frequentes. Os argumentos
em torno da presunção de inocência
e dos meios de prova, que impediram
a viabilidade da constitucionalidade,
poderiam ter sido contornados se
houvesse vontade política.
3. O caso do BES não parece ser um
caso de polícia, o mesmo já não parece
suceder com algumas pessoas ocupando
lugares-chave nas suas holdings e que
emigraram para locais incertos. O que
há de relevante neste caso já foi dito e
redito (concordo com o Nicolau Santos
no Expresso de 12 de julho). O BES parece
estar pouco exposto aos problemas do
grupo e, segundo Carlos Costa, está
solvente e de momento cumpre os rácios
de capital. Se a União Bancária já estivesse
completa, tudo seria mais simples, pois
estariam mais bem salvaguardados
todos os depósitos. Convém recordar
apenas que o IGCP detém uma almofada
fi nanceira muito signifi cativa, cujos juros
todos estamos a pagar, e que inclui verbas
para recapitalização da banca (ainda
emprestados pela troika), mas que nas
últimas comunicações aos investidores tem
sido referido que será signifi cativamente
reduzida em 2015. Esperemos que
efetivamente sejam os ativos do Grupo
Espírito Santo a ser alienados para fazer
face às responsabilidades, e que o Estado
não tenha de colocar dinheiro público no
BES. Assim, a almofada fi nanceira pode
e deve ser reduzida em 2015 conforme
previsto.
4. É importante iniciar alguns debates
públicos. Um deles em torno do Relatório
sobre a Fiscalidade Verde coordenado por
Jorge Vasconcelos.
É de saudar a
relação, muitas
vezes inexistente
neste Governo,
entre fi nanças e
ambiente. Nunca
é de mais repetir
que as fi nanças não
são um objetivo
de per si, mas um
instrumento de
política económica.
Para que as
propostas inscritas
no relatório,
melhoradas pela
discussão pública,
sejam vertidas
em legislação,
é necessário
combater
uma coligação negativa em torno da
argumentação de que “se trata apenas
de um relatório técnico”, e de que vai
“fazer aumentar os impostos” ou “afetar
negativamente o turismo”. Importa
clarifi car que a proposta assume uma
neutralidade fi scal, isto é, que o aumento
de impostos é compensado por benefícios
fi scais. Concordo com a introdução de
benefícios em sede de IRS com as despesas
em passes sociais, ou com o subsídio ao
abate de veículos automóveis, bem como
com o imposto sobre tarifas aéreas, que
permite alguma exportação fi scal para não
residentes. Sugiro que parte das receitas
obtidas seja aplicada em incentivos à
natalidade, em sede de IRS. Isto permitiria
alargar a base política parlamentar de
sustentação da proposta. Uma coisa é
certa, tributar mais o carbono vai ter a
oposição dos lóbis dos que benefi ciam
direta ou indiretamente dos poluentes da
atmosfera. Mas o ambiente e as gerações
futuras agradecerão.
5. Outro debate essencial é em torno
do sobre-endividamento, do Estado, das
empresas e dos consumidores, que é um
obstáculo ao crescimento económico, pois
leva a políticas orçamentais recessivas
de redução do défi ce (cortes de despesa
e/ou aumento de impostos), difi culta o
investimento e torna mais difícil o acesso
ao crédito a empresas e particulares. O
sobre-endividamento destes últimos,
associado à queda do valor dos seus ativos
(habitação) e à queda dos rendimentos,
difi culta a retoma do consumo privado.
As causas desse foram as baixas taxas de
juro, a desregulamentação no acesso ao
crédito e um sistema fi scal que incentiva as
empresas a endividarem-se mais do que a
reforçar os seus capitais próprios. São cada
vez mais as vozes nos fora internacionais
Paulo Trigo PereiraCidadania activa
Professor do ISEG/UTLEscreve mensalmente ao domingo(excepcionalmente, é desta vez publicado na edição de segunda-feira)
(Krugman, Stiglitz, Rogoff , etc.) que pugnam
por uma renegociação da dívida soberana
dos países periféricos, o que, tendo já sido
parcialmente efetivada por este Governo,
na opinião de muitos não é sufi ciente.
Esta semana saiu mais um contributo para
esse debate da autoria de Ricardo Cabral
et al. (Um programa sustentável para a
reestruturação da dívida portuguesa). É um
relatório extenso que merece ser lido e
discutido, pela quantidade de informação
e de refl exão que fornece. Concordo com
grande parte do diagnóstico, mas não com
as soluções preconizadas. Mais tarde ou
mais cedo, chegará o dia em que teremos
de arranjar uma solução para o problema
das dívidas soberanas (apenas parte do
problema), que é europeu, para além de ser
nacional. Talvez por isso Hans Werner Sinn,
em artigo do Project Syndicate, sugira uma
conferência europeia de credores e uma
maior fl exibilidade na possibilidade de optar
por estar ou sair do euro. Quando chegar
esse debate, deveremos estar preparados
para ele, lendo e rebatendo os argumentos
daqueles com quem discordamos, e não
enfi ando a cabeça na areia.
6. Um terceiro debate necessário, que
deveria envolver, entre outros, cidadãos
e organizações da sociedade civil,
economistas e constitucionalistas, prende-
se com o alcance e as implicações dos
acórdãos do Tribunal Constitucional em
termos de cortes salariais e de pensões.
Talvez não fosse despiciendo que os
economistas percebessem os argumentos
jurídicos e que os constitucionalistas
percebessem os argumentos económicos.
Seja qual for, a margem de manobra para
os cortes de despesa tem de ser conhecida.
De momento parece existir um não-
diálogo que em nada favorece os acórdãos
do Constitucional nem a capacidade de
governação.
7. Entretanto, a nação continua, com
um Governo em suspenso da decisão do
Constitucional, uma oposição à procura
da sua identidade, um Presidente à
procura de compromissos e cidadãos
e empresas a fazerem pela vida. E o
tempo passa. Estamos a escassos três
meses da apresentação do Orçamento
do Estado na Assembleia da República,
com inúmeros organismos internacionais
a opinar, de forma contrária (!), sobre
o que devemos fazer (OCDE, Comissão,
Conselho de Ministros das Finanças).
Talvez não fosse má ideia pensarmos nós
mesmos como nos queremos governar.
Compromissos políticos, obviamente só
depois das eleições legislativas, como
alguns defenderam, e bem, no Conselho
de Estado.
Talvez não fosse má ideia pensarmos nós mesmos como nos queremos governar
ENRIC VIVES-RUBIO
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A ADSE sugere que seja fixado umtecto máximo nas contribuições queos trabalhadores e aposentados daFunção Pública fazem para estesubsistema de saúde. A ideia constado relatório de actividades de 2013.“Identifica-se um grupo de 35 milbeneficiários que são obrigados auma contribuição por um valorelevado que podem justificar afixação cumulativa de valoreslimites de contribuição”, refere odocumento da instituição lideradapor Luís Manuel Pires.De acordo com os dados referidospelo relatório, cerca de 35 milbeneficiários da ADSE(aproximadamente 4% do universoanalisado) descontavam mais de 80euros por mês.Em 2013, o desconto dostrabalhadores e pensionistasaumentou de 1,5% para 2,25% emAgosto. Uma contribuição queincide sobre o salário e a pensão eque não tem nenhum tecto nominal.A ideia de criar um limite máximopara os descontos ajuda a ”atingirum equilíbrio no esforço financeirode contribuição do beneficiário, demodo a preservar a dimensão douniverso de beneficiários, uma dasvantagens relevantes da ADSE”,justifica a direcção desta entidade.
Ou seja, evitar desistências. Atéporque “a contribuição anual dotrabalhador é um valor de referênciapara estabelecer uma comparaçãocom os prémios das entidades queoferecem seguros de saúde”.Ao mesmo tempo que sugere umtecto para os descontos dostrabalhadores, a ADSE garante queo sistema já era autossustentávelem 2013 e continuará a ser em 2014.“Mantendo-se o actual
enquadramento remuneratório dostrabalhadores em funções públicas,incluindo o valor das pensões, e nãohavendo alterações extraordináriasnas inscrições de beneficiários, hácondições de assumir que a ADSEserá autossustentávelfinanceiramente em 2014 e, ainda,beneficiará de um superavit parafinanciar o ano de 2015”, diz o planode actividades da ADSE para esteano. O plano de tesouraria revelaque o subsistema de saúde terá umsaldo positivo de 65 milhões deeuros este ano, já contabilizando os60 milhões de euros transferidospara o Ministério da Saúde.Já em 2013, a ADSE fechou o anocom um excedente que permitiu“reservar receitas para financiar osprimeiros meses de 2014”. Nesseano, a ADSE foi paga em 14 meses eas taxas sofreram alterações.Em Janeiro de 2014, osbeneficiários passaram a descontar2,5% e, em Junho, as contribuiçõessubiram de novo, desta vez, para3,5%. O Presidente da Repúblicavetou a primeira versão destedecreto, por considerar que a taxade 3,5% era demasiado elevada,indo além do necessário paragarantir a sustentabilidade dosistema. O Governo manteve a sua
proposta, na qual os descontos dasentidades empregadorespermanecem em 1,25%.
Número de beneficiárioscaiu 3,2%Em 2013, “a regularizaçãoinformática de registos com asituação de óbito”, a perda dedireitos por parte de filhos maioresde idade e o fim de contrato deprofessores provocou uma reduçãode 3,2% no número debeneficiários, para quase 1,3 milhõesde pessoas. Apesar de 1.821trabalhadores terem aderido aosprogramas de rescisão por mútuoacordo, 82% mantiveram a ADSE.De acordo com o relatório, 428trabalhadores renunciaram aosubsistema em 2013. A quebra nonúmero de beneficiários contribuiupara uma subida de 5,6% no customédio por pessoa (para 354,6euros). Isto apesar de os custostotais terem caído 7,1%, para 449,6milhões de euros. A quebra vaicontinuar em 2014. Esta reduçãoresulta, sobretudo, de a ADSE terdeixado de suportar a facturaçãodas farmácias localizadas noContinente desde Maio de 2013. Estadespesa passou para o Ministério daSaúde. C.O.S. e M.M.O.
ADSE sugere tecto nos descontos daFunção Pública e garante ter excedenteContas A ADSE prevê um excedente para 2014 que permitirá financiar parte das despesas de 2015. Já no anopassado, antes do aumento das contribuições para 3,5%, a ADSE tinha conseguido um saldo positivo.
BENEFICIÁRIOS
82%Esta é a percentagem detrabalhadores que rescindiu com oEstado mas manteve a ADSE.
1.290.816Este é o total de beneficiários daADSE que se divide entretrabalhadores no activo, familiarese aposentados.
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Tiragem: 17456
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 3
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Corte: 1 de 2ID: 54816485 14-07-2014
O sistema de dedução das despesas de saúde, educação, habitação, entre outras, será profundamente modificado. Asimplificação do IRS é um dos objectivos da reforma proposta pela comissão liderada pelo fiscalista Rui Duarte Morais.
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O relatório doanteprojecto será
entregue nos próximosdias ao secretário deEstado dos Assuntos
Fiscais, Paulo Núncio.
Paula Cravina de Sousapaula.cravina@economico.pt
A comissão do IRS propõe uma alteraçãoprofunda ao actual sistema de deduçõesde que os contribuintes podem usufruir.Em causa está a simplificação do regimedas deduções de despesas de saúde, edu-cação ou com a casa, por exemplo, apu-rou o Diário Económico.
Actualmente o sistema de deduções écomplexo com limites para cada tipo dedespesa e a que acrescem ainda tectosglobais aos abatimentos que variam comos rendimentos dos contribuintes.
A título de exemplo, os contribuintespodem deduzir até 10% das despesas desaúde com um limite de 838,44 euros e15% dos juros suportados com a comprade casa com um limite de 296 euros. Masestes abatimentos têm ainda tectos quevariam consoante os rendimentos: quemganha entre sete mil euros e 20 mil eurospor ano só pode deduzir 1.250 euros. Jáquem ganha a partir de 80 mil euros nãotem direito a fazer deduções (ver tabela).
O objectivo é, então, reformular com-pletamente o regime actual, no sentido dasua simplificação e de uma maior adesão àrealidade e às despesas dos contribuintes.E haverá contribuintes com um montantereduzido de imposto a pagar por não te-rem despesas suficientes e que poderãosair beneficiados com o novo sistema.
É que poucos aproveitam as deduçõesexistentes. Por um lado, e segundo as es-tatísticas da Autoridade Tributária eAduaneira (AT) relativas a 2012, mais demetade das famílias (52,8%) não pagamimposto por terem rendimentos muitobaixos e, por outro, é necessário fazerdespesas avultadas para ter direito ao li-mite máximo das deduções. Tomandonovamente o exemplo da saúde, é precisogastar mais de 8.384,4 euros por ano parater direito aos 838,44 euros de dedução.Contudo, de acordo com os dados dispo-
Comissão quer fazer alteraçãoprofunda nas deduções de IRS
níveis, cada família só aproveitou de57,9 euros em deduções na saúde em2012: a despesa associada àquele abati-mento foi de 204 milhões de euros para3,5 milhões de agregados familiares.
A simplificação do IRS é um dos ob-jectivos centrais da reforma propostapela comissão de IRS liderada pelo fisca-lista Rui Duarte Morais e que foi nomea-da em Março deste ano e é uma das ne-cessidades mais referidas pelos críticos.
DEDUÇÕES DE SAÚDE
Deduçõesde saúdeEm 2012, as deduções dasdespesas de saúde caíram66,5% para os 204milhões de euros. Cadafamília usufruiu, em média,de apenas 57,9 euros.
LIMITES DAS DEDUÇÕESÀ COLECTA
Sistema actual de deduções é complexocom limites para cada tipo de despesa.
Rendimento colectável Limite
Até sete mil euros Sem limite
Mais de 7000 a 20000 1250
Mais de 20000 a 40000 1000
Mais de 40000 a 80000 500
Mais de 80000 0
Fonte: Autoridade Tributária e Aduaneira
Os rendimentos prediais e a tributaçãoseparada dos casais casados também de-verão merecer a atenção da comissão.
A redução de taxas ficará, no entan-to, de fora. O Governo tem-se mostra-do dividido quanto à oportunidade dedescer as taxas de IRS. Apesar de aOCDE e de o Eurogrupo terem reco-mendado uma descida da carga fiscalsobre o trabalho, o primeiro-ministro,Pedro Passos Coelho, e a ministra dasFinanças, Maria Luís Albuquerque,têm-se mostrado reticentes em fazê--lo. Já o vice-primeiro-ministro, PauloPortas, tem insistido na possibilidadede descer o imposto já no próximo ano.
O relatório do anteprojecto será entre-gue nos próximos dias ao secretário deEstado dos Assuntos Fiscais, Paulo Nún-cio e entrará depois em período de con-sulta pública. Em Setembro será entregueo projecto final que será analisado emOutubro pelo Governo, à margem do Or-çamento do Estado para 2015, tal como játinha acontecido com a reforma do IRC. ■
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Tiragem: 17456
País: Portugal
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Deduções de IRS vãosofrer reforma profundaA Comissão do IRS propõe uma alteração profunda ao actual sistema de deduções das despesas de saúde,educação, habitação, entre outras. Relatório do anteprojecto será entregue esta semana ao Governo. ➥ P3
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