10 Habilidades Emocionais Que as Crianças Precisam Desenvolver

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10 habilidades emocionais que as crianças precisam desenvolver...

Autoconfiança

Ressaltar as qualidades do seu filho e mostrar que você acredita na capacidade dele é a

chave para que ele faça o mesmo. Na hora de repreendê-lo, por exemplo, foque no

comportamento ruim em vez de rotulá-lo. “É preciso censurar o fato e não quem o

praticou. Se eu digo a uma criança que ela é teimosa, ela vai acreditar nisso e se tornar

mais teimosa”, explica Edimara de Lima, psicopedagoga e diretora da Prima Escola

Montessori, em São Paulo. Reforce o que for positivo, mas não elogie sempre, só por

elogiar, para não criar uma postura arrogante nem uma pessoa que não saberá lidar

com críticas. No dia a dia, mostre que ele pode contar com seu apoio para realizar

tarefas simples, como escovar os dentes, mas, ao mesmo tempo, dê autonomia para que

ele aprenda a fazer sozinho e encontre a sua própria maneira.

Como criar uma criança sem mimá-la

Coragem

Ter medo de algo que não conhecemos ou não conseguimos entender é natural, e até

esperado. Toda criança já teve medo do escuro ou do bicho papão. Para ajudar seu filho

a encarar esses e muitos outros receios que vão surgir (do vestibular, de aprender a

dirigir e até de conhecer a sogra), dê espaço para que ele expresse e entenda o que

está sentindo. Uma boa dica é usar livros e filmes que falem sobre esses medos. O

primeiro dia na escola pode parecer assustador, mas depois que ele enfrentar as

primeiras horas e se acostumar com a classe vai perceber que está tudo bem, e que ele

nem precisava ter ficado com tanto medo. “A coragem é essencial para que possamos

aceitar desafios, ir atrás dos nossos objetivos, aprender coisas novas e defender os

nossos valores”, afirma Steven Brion-Meisels, educador que há mais de 35 anos

trabalha com o tema e é professor da Escola Superior de Educação de Harvard, da

Lesley University (ambas nos EUA) e da Universidade de Los Andes (Bogotá,

Colômbia).

Paciência

“Tá chegando?” Quantas vezes você já ouviu isso durante uma viagem longa? Aprender

que não podemos controlar tudo e que é preciso saber esperar não é fácil nem para

nós, adultos, imagine então para uma criança que está ansiosa, entediada ou ainda não

entende totalmente a passagem do tempo. Mas as filas de banco e as salas de espera de

consultórios médicos são apenas algumas das situações que vão exigir do seu filho

paciência. Mostre para ele que cada coisa tem o seu tempo. Um jogo em família ou uma

conversa na mesa de jantar são bons exemplos de situações cotidianas em que cada um

precisa esperar a sua vez, seja para jogar ou para falar e ser ouvido.leia também

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Persistência

Quando estiver aprendendo a andar, seu filho vai se desequilibrar e cair, e por isso

mesmo precisa do seu apoio e incentivo para perceber que um pouco de treino e muita

persistência vão garantir seus primeiros passos. E esse é apenas um dos muitos

desafios que ele vai enfrentar, então não caia na tentação de fazer tudo por ele. “O

estímulo positivo é importante. Mostre que o fato de ele não ter sucesso naquele

momento, naquela atividade específica, não quer dizer que ele nunca vai conseguir

vencer o desafio”, diz Quézia Bombonatto, terapeuta familiar e presidente da

Associação Brasileira de Psicopedagogia. Só assim ele vai poder traçar metas e superar

os obstáculos para alcançar seus objetivos sem desistir no meio do caminho.

Tolerância

Quando vai para a escola, seu filho entra em contato com dezenas de outras crianças

com realidades e comportamentos diversos e muitas vezes totalmente diferentes de

tudo que ele conhece. Aprender a aceitar essas diferenças é o começo do caminho para

uma convivência tranquila e harmoniosa com o outro. “É importante criar

oportunidades de interações mais cooperativas, como jogos coletivos, para que a

criança comece a conhecer tanto as regras quanto as necessidades dos outros”, afirma

o psicólogo Ricardo Franco de Lima, especializado em Neurologia Infantil. E os seus

modelos também contam muito para o desenvolvimento da tolerância do seu filho. Ele

só vai aprender a compreender o outro se vir os pais fazendo isso no dia a dia. Quer um

exemplo? Sua atitude com os mais velhos é que vai ajudá-lo a ter paciência com os avós

e com o irmão mais novo.leia também

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Autoconhecimento

Quem sou eu? Eu gosto disso ou prefiro aquilo? Essas indagações só vão passar pela

cabeça do seu filho por volta dos 3 anos. É quando ele vai começar a se questionar, a se

perceber e, claro, a expressar suas vontades, agora com motivos e razões mais

consistentes. Aos poucos, ele vai se conhecer melhor e isso será fundamental para que

ele pense e aja com mais segurança, respeitando o que sente. Também é o primeiro

passo para se relacionar com as pessoas à sua volta. “A criança aprende primeiro a se

relacionar com ela mesma, a entender o que sente, para depois transferir esse

conhecimento para a relação com o outro”, diz a psicopedagoga Quézia Bombonatto.

Incentive seu filho a perceber quais são suas preferências, pergunte, peça para ele

explicar, conte as suas próprias histórias. Sempre ofereça opções e pergunte de qual

ele gosta mais e o porquê.

Controle dos impulsos

Uma sala vazia, uma criança de quatro anos e um marshmallow. A proposta é simples:

ela pode comer o doce ou esperar e ganhar mais um, ficando com dois. Esse teste foi

criado por um pesquisador da Universidade de Stanford (EUA) há mais de 50 anos para

analisar quais crianças eram capazes de controlar suas emoções para conseguir conter

seus impulsos.

O estudo voltou a analisar as mesmas crianças anos depois, no ensino médio, e aquelas

que resistiram à tentação de comer o primeiro marshmallow por cerca de 20 minutos

tinham um desempenho escolar maior do que as que comeram. Isso porque elas sabiam

adiar a satisfação para ter uma recompensa. “Querer não é errado, mas nem sempre é

possível ter o que queremos, por isso é tão importante controlar o desejo e as reações

frente aos impulsos”, diz o psicoterapeuta Iuri Capelatto. Em casa, terá dias que ele vai

querer comer correndo para ganhar logo a sobremesa. Mas ensine que ele deve,

primeiro, esperar todos acabarem o jantar.

Resistência às frustrações

“Dizer não é a maior prova de amor que um pai pode dar”, afirma a psicóloga Ceres de

Araújo. É assim, com pequenas doses de frustração, que seu filho vai aprender a lidar

com as adversidades e a superar os problemas sem se deixar abater. Isso é o que os

especialistas chamam de resiliência, ou seja, a capacidade de sobreviver às dificuldades

e usá-las como fonte de crescimento e aprendizado. Se ele não souber lidar com

pequenos “nãos”, como “aí não pode”, “é hora de ir embora”, “esse brinquedo é caro

demais”, terá mais dificuldade de aceitar e superar o não do chefe ou da namorada, por

exemplo. E tentar poupá-lo só vai atrapalhar. “Os pais precisam parar de confundir

felicidade com satisfação de desejos. As crianças precisam ter contato com pequenas

impossibilidades para poder lidar com as maiores depois”, completa a psicopedagoga

Edimara. Portanto, não se culpe por ter de dizer não a ele de vez em quando. Isso só

fará bem para todos vocês!leia também

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Comunicação

Conversar sobre o que seu filho fez durante o dia é um estímulo para que ele aprenda a

organizar as ideias e transformá-las em frases de uma forma que os outros possam

compreender. Provavelmente a primeira resposta será “legal”, mas não desista! Fazer

outras perguntas ou até falar sobre o seu dia também pode ajudar. Afinal, de nada vai

adiantar ele ter boas ideias se não conseguir contá-las aos outros. “Outras atividades

que favorecem a interação verbal também são importantes, como contar e recontar

histórias, interpretar essas mesmas histórias e ler um livro junto com os filhos”, diz o

psicólogo Ricardo Franco de Lima. Mas mesmo antes de aprender a falar, o bebê já se

comunica por meio de gestos e precisa ser estimulado a verbalizar. Se ele apontar para

um objeto, por exemplo, em vez de entregá-lo prontamente, pergunte o que ele quer,

fale o nome do objeto e dê um tempo para ele tentar articular alguns sons. Depois que

ele aprender a ler e escrever, procure ensiná-lo também que, além da linguagem do

bate-papo com os amigos, será importante para a vida que ele saiba o português

formal, por mais complicado que isso possa parecer.

Empatia

Até por volta dos 2 anos, a criança só consegue ver as coisas a partir da sua

perspectiva. A partir dessa idade ela já consegue se colocar no lugar do outro e pode

começar a exercitar plenamente a empatia. “Para que seu filho entenda o que outra

pessoa está sentindo, ele precisa de ajuda para reconhecer, nomear e expressar suas

próprias emoções, bem como as consequências das suas ações”, diz o psicólogo Ricardo

de Franco Lima. Diante de um conflito, pergunte por que ele agiu assim, o que pensou e

sentiu e incentive-o a imaginar o que o outro está sentindo também, levantando

possibilidades, mas deixando que ele mesmo crie maneiras de resolver a briga.