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Ecossistema e Biodiversidade
Profª. Biol. Drª. Luiza Chomenko
17 de março de 2005
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A INTERFACE DOS RECURSOS HIDRICOS COM A CONSERVAÇÃO
DA BIODIVERSIDADE
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ÁGUA – um bem comum a todos!
SERÁ?
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O destino dos mananciais
USO PANORAMA MUNDIAL
Doméstico 8%
Industrial 23%
Agrícola 69%
In: revista Amanhã, 1997
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Cada ambiente contém elementos
que dão as características
específicas àquele local.
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Com isto se constituem os
ecossistemas que são o resultado da
interação dos recursos biológicos, físicos e químicos.
10O RS é constituído basicamente por três
grandes biomas.
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Mapa das regiões
hidrográficas
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Mapa das bacias
hidrográficas
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Mapa das regiões
fitoecológicas
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Mapa do relevo
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Mapa morfológico
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Em função de suas características, o RS abriga uma gama imensa de elementos bióticos, e com isto
também propiciando usos variados.
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Principais áreas de produção agrícola
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Principais áreas de produção agrícola
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Principais áreas de pecuária
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A grande DIVERSIDADE do RS que se observa em termos de recursos
naturais NATIVOS também, possibilita uma diversificação do
uso do espaço territorial para outros usos... aproveitando suas inúmeras
potencialidades, MAS TAMBÉM INDUZINDO A GRANDES
CONFLITOS.
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Os impactos decorrentes das ações humanas têm efeitos sobre os
recursos naturais, mas as conseqüências não ficam restritas apenas àqueles, mas aos próprios
seres que os causaram.
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PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
“ausência de evidência
NÃO SIGNIFICA
evidência de ausência”
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Papai, é verdade que
nossos ancestrais viviam em árvores?
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Mapa das áreas prioritárias para
conservação
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Os sete elementos da gestão dos
assuntos ambientais1) As instituições e as leis: Quem faz e obriga a que se respeitem
as normas jurídicas sobre o uso dos recursos naturais?
Quais são estas normas e que penas existem para quem não as cumpra?
Quem resolve estas controvérsias?
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2) Os direitos de participação e representação:
Como pode o público incidir sobre as leis que danifiquem os recursos naturais, ou então impugná-las?
Os sete elementos da gestão dos
assuntos ambientais
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Como fazer quando quem representa a alguém, utiliza os recursos naturais ou depende deles, quando a decisão sobre estes recursos são uma realidade?
Os sete elementos da gestão dos
assuntos ambientais
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3) Nível de autoridade:Em que nível ou âmbito – local,
regional, nacional ou internacional – reside a autoridade que controla os recursos?
Os sete elementos da gestão dos
assuntos ambientais
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4) Responsabilidade e transparência:Como e perante quem responde por
suas decisões quem controla e maneja os recursos naturais?
A adoção das decisões aberta a eventuais investigações?
Os sete elementos da gestão dos
assuntos ambientais
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5) Os direitos de propriedade e manutenção:
Quem é o proprietário de um recurso natural ou tem o direito legal de controlá-lo?
Os sete elementos da gestão dos
assuntos ambientais
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6) Os mercados e fluxos financeiros:Como influem as práticas financeiras,
as políticas econômicas e o comportamento do mercado sobre as autoridades que administram os recursos naturais?
Os sete elementos da gestão dos
assuntos ambientais
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7) Ciência e risco:Como se incorporam a ecologia e a
sociologia nas decisões sobre o uso dos recursos naturais de forma que se reduzam os riscos para os seres humanos e os ecossistemas, e se identifiquem novas oportunidades?
Os sete elementos da gestão dos
assuntos ambientais
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3º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE DISCIPLINAS ETNOBOTÂNICAS COM
ÊNFASE EM ETNOMEDICINA E ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Canoas, Rio Grande do SulSet/ 2004
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A BIODIVERSIDADE E SUAS INTERFACES COM O
DESENVOLVIMENTO DE UMA NAÇÃO
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Ao se tratar do uso de biodiversidade (BD) como elemento básico na questão relacionada com saúde humana, imediatamente vem à mente a questão da qualidade de vida, (...)
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(...) e neste contexto urge se avaliem todas interfaces existentes, incluindo-se aquilo que se costuma denominar “conhecimento tradicional”, podendo neste caso afirmar que a BD pertence tanto ao domínio do natural como do cultural.
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O atual modelo de desenvolvimento, globalizado, apresenta algumas características que levam à necessidade de serem identificadas as ações capazes de causar alterações sobre os meios biótico, abiótico e antrópico. (...)
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(...) No que tange as avaliações de efeitos decorrentes de atividades humanas, estas devem contemplar impactos e riscos, positivos e negativos - reais e potenciais -, (...)
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(...) devendo ser analisado o contexto de inserção das atividades em relação a distintos aspectos, imediatos e aqueles que poderão ocorrer em distintos lapsos de tempo, com influência espacial local, regional ou global, quer sejam de formas, diretas ou indiretas.
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BIODIVERSIDADE BIOLÓGICA significaa variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendodentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendoainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.
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MATERIAL GENÉTICO significa todo material de origem vegetal, animal, microbiana ou outra que contenha unidades funcionais de hereditariedade.
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RECURSO GENÉTICO significa material genético de valor real ou potencial.
In: MMA, 2000 - Conv.
biodiversidade, art. 2º
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De acordo com FAO, 1999, ao se atuar com biotecnologia, os aspectos de BIOSSEGURANÇA, se referem ao (...)
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"uso sadio e sustentável, em termos de meio ambiente, de produtos biotecnológicos e aplicações para a saúde humana, biodiversidade e sustentabilidade ambiental, como suporte ao aumento da segurança alimentar global. (...)
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(...) Fazem-se necessários desenvolver mecanismos que permitam assegurar que não haverá danos à saúde humana e feitos danosos ao meio ambiente."
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Por outro lado é importante considerar que na CDB , art. 19 - 2º : Cada parte contratante deve adotar todas as medidas possíveis para promover e antecipar acesso prioritário , em base justa e eqüitativa das Partes Contratantes, (...)
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(...) especialmente países em desenvolvimento, aos resultados e benefícios derivados de biotecnologias baseadas em recursos genéticos, providos por essas Partes Contratantes. Esse acesso deve ser de comum acordo.
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A harmonização dos aspectos econômicos, ambientais, sociais e culturais, é uma fonte de bons negócios para as sociedades que se preocupem em fazer uma correta avaliação destes aspectos. (...)
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(...) Esta forma de atuação é baseada no respeito aos aspectos legais, à educação, incluindo-se neste caso o livre e completo acesso à INFORMAÇÃO, e principalmente com o uso da ética no que diz respeito a todos elementos constituintes do ambiente de uma nação, (...)
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(...) independente de suas posições na escala social, humana ou mesmo ambiental (portanto com AMPLO respeito aos recursos naturais).
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Como foi referido anteriormente, o conceito de biodiversidade, de acordo com a Conv. da diversidade biológica significa o conjunto de organismos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, (...)
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(...) marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, e entre ecossistemas.
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Avaliando-se conhecimentos disponíveis no quotidiano no meio rural, e percorrendo-se as ruas das cidades muitas vezes se encontram pessoas que vivem da venda de produtos colhidos na natureza (ervas, raízes, ou infusões feitas a partir de animais/ plantas).
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Este hábito vem ao encontro daquilo que se costuma referir como saberes ditos “TRADICIONAIS”, levando à situação referida por Diegues e Arruda (in: BRASIL- MMA, 2001) em que (...)
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(...) “as populações tradicionais não só convivem com a biodiversidade, mas nomeiam e classificam as espécies segundo suas próprias categorias e nomes...
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Uma outra diferença é que essa diversidade da vida não é tida como “recurso natural”, mas como um conjunto de seres vivos, detentor de um valor de uso e de um valor simbólico, integrado numacomplexa cosmologia.”
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O emprego de produtos derivados de animais ou plantas como tratamento para males e doenças é um conhecimento tradicional, conhecido desde milhares de anos, a partir do momento em que (...)
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(...) o ser humano saiu à busca de elementos da natureza que servissem para seu sustento e sobrevivência, e ocasionalmente vinha a descobrir elementos que podiam auxiliar em seus sofrimentos, promovendo algumas vezes cura destes.
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A PERCEPÇÃO humana sobre temas da natureza, VEM SENDO
MODIFICADA NO DECORRER DOS SÉCULOS :
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“Esta noite o alferesme perguntou sequeria participar deseu almoço e me mandou trazer carne assada, de tal modo dura que, mau grado meus esforços, foi impossível mastigar um pedacinho sequer. Limitei-me a chupar o suco, jogando disfarçadamente, a carne sob o girau. ... (...)
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(...)Assim eis umhomem que apenas senutre de carne, a carnede dureza notável,mora em mísera choupana de sete passos por cinco, não tendo outro prazer além do FUMO E DO MATE e é oficial de milicia. Mostra-se, na verdade, muito satisfeito; mas é de esperar-se que uma tal existência deva reconduzir necessariamente à barbárie de um povo tão resignado...
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(...) Limitar suas habilidades a saber montar a cavalo e seus costumes a comer carne é reduzi-lo à condição de indígenas e distanciá-los da civilização, que nos fazendo conhecer uma multidão de prazeres nos força a trabalhar, (...)
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(...) a exercer nossaINTELIGÊNCIA PARACONQUISTÁ-LOS e por isso a aperfeiçoar-nos, pois é , unicamente pelo exercício de nossa inteligência que nos aperfeiçoamos.
(In Saint Hilaire, na viagem ao RS, 7.fev.1821).
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Atualmente a utilização de elementos da natureza é uma forma absolutamente aceita e inclusive disputada em mercados mundiais que descobriram as essenciais da natureza ... os “REMÉDIOS VIVOS”
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CONSIDERANDO-SE ESTA “FARMACIA NATURAL”, NENHUM
PAÍS DE COMPARA AO BRASIL.
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Ao mesmo tempo que cada dia mais se descobrem novos usos, MAIS se cometem atrocidades para degradar a natureza e destruir grande parte de seus elementos constituintes.
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SIMON & KOTLER,2004, afirmam que oséculo XXI é o séculoda biotecnologia, e queao mesmo tempo que imensas oportunidades globais surgem, cada vez mais, as empresas e demais envolvidos enfrentam desafios sem precedentes na construção e sustentação de suas marcas no mercado atual em constante mudança.
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Estes aspectosimplicam em que asinstituições (privadas/oficiais), deixem de ser meras vendedoras de produtos, para assumir o papel de parceiras, oferecendo uma imensa oferta de serviços e informações. Este fato relacionado com o emprego de recursos bióticos, para fins biotecnológicos, (...)
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(...) traz uma nova realidade, com a qual muitas vezes as comunidades envolvidas, não tem a menor familiaridade, podendo levá-los a situações de perdas reais de suas potencialidades.
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É necessária a expansão de discussões que sejam levadas a maior quantidade possível de pessoas/ instituições , de forma que se identifiquem os usos efetivos dos RN, seus usos potenciais, e inclusive o resgate de hábitos e culturas que vem sendo dizimados através dos ditos (...)
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(...) “processos de evolução e desenvolvimento econômicos”, que são, muitas vezes, trazidos por agentes externos àquelas realidades.
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De acordo com RIFKINS, 1999, a “BIOTECNOLOGIA é uma industria extrativa. Ela pode “garimpar” material genético, mas NÃO PODE CRIÁ-LO DE NOVO. Dependendo, exclusivamente do estoque natural de sementes – como fonte de matéria prima.
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Assim sendo, “tanto o progresso, quanto a lucratividade das industrias de biotecnologia dependem de sua habilidade em compreender e manipular a diversidade biológica.”
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Concluiu-se então que a “BD pertence tanto ao domínio do natural como do cultural, mas é a cultura , como conhecimento, que permite às populações tradicionais entendê-la, representá-la mentalmente, retirar suas espécies e colocar outras , enriquecendo-a com freqüência.”
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Considerando-se, segundo inúmeros autores, que o Brasil é detentor de mais de 20% das espécies do planeta, e também ressaltando o fato de ser dono da maior diversidade genética vegetal, com cerca de 55.000 espécies catalogadas de um total estimado entre 350.000 e 550.00 espécies, (...)
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(...) pode-se imediatamente pressupor o imenso potencial de substânciasbioativas existentes o que vem provocando inúmeras situações de retiradas ilegais de materiais biológicosdo país (através de situações oficiais, legais, mas também constantemente através de processos de biopirataria), (...)
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(...) possibilitando desta forma que muitos países venham a proceder o registro de patentes, com direitos de propriedade industrial sobre compostos/ produtos, que têm sido utilizados desde muitos séculos por populações tradicionais no Brasil, sem que estas tenham quaisquer benefícios.
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Cabe ressaltar mais uma vez que a própria CDB (1992), ressaltou inúmeras vezes a necessidade do respeito e da conservação dos elementos da biodiversidade, “em conformidade com sua legislação nacional, respeitar, preservar e manter o conhecimento, inovações e práticas das comunidades locais e populações indígenas, (...)
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(...) com estilo de vidatradicionais relevantes à conservação e à utilização sustentável da diversidade biológica e incentivar sua mais ampla aplicação com a aprovação e a participação dos detentores desse conhecimento, inovações e práticas; e encorajar a repartição eqüitativa dos benefícios oriundos da utilização desse conhecimento, inovações e prática.”
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BIOTECNOLOGIAS/ BIOPATENTES/ BIOPIRATARIA
1) O que concede a alguém o direito de ser dono de genes existentes na natureza?
2) Os genes são mercadorias? até as humana? Um ser vivo, ou parte dele, podem pertencer a alguém para fins industriais e comerciais ?
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3) A patente de geneshumanos poderiaestabelecer uma novaforma de escravidão,agora de caráter mais definitivo?
4) A quem pertence o patrimônio hereditário de cada espécie?
5) Os países que guardam a biodiversidade nativa devem ser vistos como guardiões ou como proprietários dessa biodiversidade ?
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6) A utilização de genes, inclusive para modificações, precisa ser normatizada respeitando o seu lugar de origem?
7) Os genomas são patrimônios comuns da humanidade? E, se forem, eles devem servir de modo comum a todos povos?
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8) Por que uma parte, minoritária, da humanidade deseja ser a proprietaria de genes? Essa parcela da humanidade merece ser a guardiã das biotecnologias que permitem controlar e recombinar genomas?
In: Oliveira, F. 1995.
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A Flora Nativa
A flora do Rio Grande do Sul é relativamente bem estudada quanto a sua composição, embora ainda hajam grandes lacunas no conhecimento. Já foram registradas:
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Grupos Espécies
Árvores, arbustos e ervas
5000
Samambaias e musgos 500
Algas microscópicas >2000
(In:Velez, 2002)
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A FLORA DO RS
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A Fauna Nativa
A fauna apresenta alguns grupos mais bem conhecidos quanto a sua composição, embora faltem informações básicas para a grande maioria. Já foram registradas:
(In:: Velez 2002)
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Grupos Espécies
Peixes 200
Anfíbios 80
Aves 624
Répteis 110
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Mamíferos 150
Esponjas água-doce 24
Esponjas marinhas 27
Moluscos 550
Aranhas 500
100
A FAUNA DO RS
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Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul
Editores
Carla S. Fontana/PUCRS
Glayson A. Bencke/FZBRS
Roberto E. Reis/PUCRS
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Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de
Extinção no Rio Grande do Sul
Espécies ameaçadas no RS:Mamíferos: 33Aves: 128Répteis: 17Anfíbios: 10
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EditoresCarla S. Fontana/PUCRS
Glayson A. Bencke/FZBRS
Roberto E. Reis/PUCRS
Peixes: 28Insetos: 18Crustáceos: 7Moluscos: 17Esponjas: 3TOTAL: 261
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Número de espécies de vertebrados extintos ou ameaçados de extinção ocorrentes no Rio Grande do Sul, em nível regional (Decr. Estadual 41.672, de 11.06.2002), nacional (IN 03/03 MMA, de 27.5.2003), e global (Red List da IUCN, 2003).
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RS Brasil (IBAMA)
IUCN 2003
Peixes 28 -- --
Anfíbios 10 2 --
Répteis 17 8 8
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RS Brasil (IBAMA)
IUCN 2003
Aves 128 37 30
Mamíferos 33 21 12
TOTAL 216 68 50
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Finalmente, pode-se, sem dúvida, afirmar que o grande desafio deste século que inicia, é identificar os pontos fortes e os frágeis dos ecossistemas, e desta forma tentando conciliar as demandas crescentes dos seres humanos e o limite de suporte dos ambientes que os sustentam. (...)
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(...) Outrossim cada vez mais fica caracterizada a situação da necessidade de serem levados em conta nos programas de combate às doenças em seres humanos, aspectos de conservação da qualidadeambiental e dos benefícios oriundosda manutenção e adequado uso de seres bióticos envolvidos, (...)
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(...) os quais são uma fonte constante de novas formas de melhoria da saúde humana e conseqüentemente do desenvolvimento de uma nação.
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