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UBERABA – MG – Filemom Escola Superior de Teologia Introdução Bibliográfica Pr. Mateus Duarte Página 1
FEST – Filemom Escola Superior de Teologia “Formando Obreiros Aprovados”
INTRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA
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Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome.
(Salmos 138:2 ACF)
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ABREVIATURAS:
Em índices e citações bíblicas, é comum o uso de abreviaturas para se referir aos
textos bíblicos. Um dos formatos convencionados segue o padrão abaixo:
· Os dois pontos (:) separam o capítulo dos versos; · O hífen (-) indica uma faixa contínua de versos; · A vírgula (,) indica uma seqüência não contínua de versos; · O ponto-e-vírgula (;) inicia um novo capítulo do mesmo livro ou não, se seguido de
nova abreviação. 2 Ts 2:2-12 = Segunda Tessalonicenses, capítulo 2, versículos 2 a 12 Gn 3:1-15 = Gênesis, capítulo 3, versículos 1 a
15. Rm 11:18 = Romanos, capítulo 11,
versículo 18. Dn 9:25, 27; 11:3-43 = Daniel, capítulo 9, versículos 25 e 27; e capítulo 11, versículos 3
a 43. Mt 24-26; Ap 1:1-8 = Mateus, capítulos 24 a 26; Apocalipse, capítulo 1,
versículos 1 a 8.
CAPÍTULOS E VERSÍCULOS:
A divisão da Bíblia em capítulos só veio acontecer no ano de 1250 A. D., pelo
cardeal Hugo de Sancto Caro, monge dominicano. Alguns pesquisadores atribuem essa
divisão também a Stephen Langton, professor da Universidade de Paris e mais tarde
arcebispo da Cantuária, em 1227. Em 1525, Jacob Ben Hayim, na Bíblia Bomberg, em Veneza, havia dividido o Antigo
Testamento em versículos. O Novo Testamento foi dividido em versículos em 1551, por Robert Stephanus, um
impressor de Paris, que publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos
e versículos em 1555.
ALGUNS TERMOS IMPORTANTES E SEUS SIGNIFICADOS:
Antilegômena: (significa: falar contra). São os livros bíblicos que em certa ocasião foram
questionados por alguns. Apócrifos: (significa: escondidos ou duvidosos). Livros não-bíblicos aceitos por alguns, mas rejeitados por outros. Cânon = Do grego "kánon", e do hebraico "kaneh", regra; lista autêntica dos livros considerados como inspirados. Epístolas = Cartas Evangelho = Caminho; boas novas Homologoumena: (significa: falar como um). São os livros bíblicos que foram aceitos por todos e que em momento algum foram questionados.
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Paráfrase = Tradução livre ou solta, onde o objetivo é traduzir “a idéia” e não as palavras; Pseudepígrafos: (significa: falsos escritos). Livros não-bíblicos (não canônicos) rejeitados por todos. Seus escritos se desenvolvem sobre uma base verdadeira, seguindo caminhos fantasiosos; Septuaginta = LXX de Alexandria. Bíblia traduzida para o grego por judeus e gregos de Alexandria, incluindo os livros apócrifos; Sinóticos = Síntese. Os três primeiros evangelhos são chamados de evangelhos sinóticos, pois sintetizam a vida de Jesus; Testamento = Aliança, Pacto, Acordo; Tradução = Transliteração de uma língua para outra; Variantes = Diferenças encontradas nas diferentes cópias de um mesmo texto, mediante
comparação. Elas atestam o grau de pureza de um escrito;
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3 Versão = Tradução da língua original para outra língua.
CURIOSIDADES BÍBLICAS:
· Jó é o livro mais antigo da Bíblia; · Foram usados 3 idiomas na confecção da Bíblia: hebraico, aramaico (A.T.) e grego
(N.T.); · Foi escrita em aproximadamente 1500/1600 anos, por uns 40 autores e contém 66
livros; · Texto áureo da Bíblia: João 3:16; · A "Epístola da Alegria", a carta de Paulo aos Filipenses, foi escrita na prisão e as
expressões de alegria aparecem 21 vezes na epístola; · Quem cortou o cabelo de Sansão não foi Dalila, mas um homem (Juizes 16:19); · O nome mais cumprido e estranho de toda a bíblia é Maer-Salal-Has-Baz - filho de
Isaías (Is 8:3-4); · Davi, além de poeta, músico e cantor foi o inventor de diversos instrumentos
musicais. (Am 6:5);
· O nome "cristão" só aparece três vezes na Bíblia. (At 11:26; At 26:28 e I Pe 4:16); · O capítulo 19 de 2 Reis é idêntico ao 37 de Isaías; · O VT encerra citando a palavra “maldição”, o NT encerra citando “a graça de
Nosso Senhor Jesus Cristo”; · O nome de JESUS consta no primeiro e último versículo do NT; · Israel é considerada a “menina dos olhos de Deus” (Deuteronômio 32:10; Zacarias
2:8); · A Bíblia contém cerca de 3.565.480 letras, 773.692 palavras, 31.173 versículos,
1.189 capítulos e 66 livros;
· O capítulo mais comprido é o Salmo 119; · O mais curto, Salmo 117; · O meio exato da Bíblia é o versículo 8 do Salmo 118; · O versículo mais longo está em Ester 8:9; · O versículo mais curto é: "Não matarás", Êxodo 20:13 (10 letras); · As tábuas da lei foram feitas por Deus e quebradas por Moisés, e depois feitas por
Moisés e reescritas por Deus (Êx 34:1);
· Moisés fez o povo beber o ouro do bezerro da desobediência (Êx 32:19-20); · A arca de Noé media 134 m de comprimento, 23m de largura e 14m de altura; sua
área total nos três pisos era de 9.250 (m²) e um volume total de 43.150 (m³);
· Noé permaneceu na arca 382 dias (Gn 7:9-11; 8:13-19); · Davi foi ungido três vezes obtendo uma gloriosa confirmação (1 Sm 16:13; 2 Sm 2:4;
1 Cr 11:3); · Salomão não era o único sábio, havia mais quatro sábios (1 Rs 4:29-31); · Salomão disse 3.000 provérbios e 1005 cânticos. (1 Rs 4:32); · O Antigo Testamento apresenta 332 profecias literalmente cumpridas na pessoa de
Jesus Cristo;
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· Paulo pregou o maior discurso descrito pela Bíblia (At 20:7-11); · O maior profeta jamais realizou um milagre, contudo foi o pregador mais
convincente (Jo 10:41-42); · O "sermão do monte" poderia ser chamado de "sermão da planície" (Mt 5:1; Lc 6:17); · O Salmo 22 é alfabético - um versículo para cada letra hebraica; · O Salmo 119 tem, em hebraico, 22 seções de oito versículos. Cada uma das seções
inicia com uma letra do alfabeto hebraico, de 22 letras. Dentro das seções, cada
versículo inicia com a letra da seção;
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4 · No livro Lamentação de Jeremias, os capítulos 1, 2 e 4 têm versículos em número de
22 cada, compreendendo as letras do alfabeto hebraico. O capítulo 3 tem 66
versículos, levando cada três deles, em hebraico, a mesma letra do alfabeto;
· A expressão "o caminho de um sábado" corresponde ao caminho permitido no dia de sábado; a distância que ia da extremidade do arraial das tribos ao tabernáculo, quando no deserto, isto é, cerca de 1.200 metros;
· A menor Bíblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas. Este fabuloso exemplar da Bíblia mede 4,5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2 cm
de espessura. Apesar de ser tão pequenina, contém 878 páginas, possui uma série de gravuras ilustrativas e pode ser lida com o auxílio de uma lente;
· A maior Bíblia que se conhece, contém 8.048 páginas, pesa 547 quilos e tem 2,5 metros de espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles, durante dois anos de trabalho ininterrupto. Cada página é uma delgada tábua de 1
metro de altura, em cuja superfície estão gravados os textos; · Para a leitura completa da Bíblia, são necessárias 49 horas, a saber: 38 horas para a
leitura do Velho Testamento e 11 horas para a do Novo Testamento; · Para lê-la audivelmente, em velocidade normal de fala, são necessárias cerca de 71
horas. Se você deseja lê-la em 1 ano, deve ler apenas 4 capítulos por dia;
· Ao comparar as diferentes cópias do texto da Bíblia entre si e com os originais
disponíveis, menos de 1% do texto apresentou dúvidas ou variações, portanto, 99%
do texto da Bíblia é puro. Vale lembrar que o mesmo método (crítica textual) é
usado para avaliar outros documentos históricos, como a Ilíada de Homero, por
exemplo; · Foi a primeira obra impressa por Gutenberg, em seu recém inventado prelo
manual, que dispensava as cópias manuscritas;
· A Bíblia foi escrita e reproduzida em diversos materiais, de acordo com a época e cultura das regiões, utilizando tábuas de barro, peles, papiro e até mesmo cacos de
cerâmica/louças (óstracos); · Com exceção de alguns textos do livro de Esdras e de Daniel, os textos originais do
Antigo Testamento foram escritos em hebraico, uma língua da família das línguas semíticas, caracterizada pela predominância de consoantes;
· A palavra "Hebraico" vem de "Hebrom", região de Canaã que foi habitada pelo
patriarca Abraão em sua peregrinação, vindo da terra de Ur; · Os 39 livros que compõem o Antigo Testamento estavam compilados desde cerca
de 400 a.C., sendo aceitos pelo cânon Judaico, e também pelos Protestantes,
Católicos Ortodoxos, Igreja Católica Russa, e parte da Igreja Católica tradicional; · A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748. A tradução foi feita a partir
da Vulgata Latina e iniciou-se com D. Diniz (1279-1325); · A primeira citação da redondeza da terra confirmava a idéia de Galileu, de um
planeta esférico. Bastava que os descobridores conhecessem a bíblia. (Isaías 40: 22);
· A palavra fé, no Antigo Testamento, é encontrada apenas em Hc 2: 4; · A palavra "DEUS" aparece 2.658 vezes no V.T. e 1.170 vezes no N.T., num total de
3.828 vezes;
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· Há na Bíblia 177 menções ao diabo em seus vários nomes; · Os livros de Ester e Cantares de Salomão não possuem o nome DEUS; · A expressão "Assim diz o Senhor" e equivalentes encontram-se cerca de 3.800 vezes
na Bíblia; · A Vinda do Senhor é referida 1845 vezes na Bíblia, sendo 1.527 no Antigo
Testamento e 318 no Novo Testamento; · A expressão "Não Temas!" é encontrada 366 vezes na Bíblia, o que dá uma para
cada dia do ano e mais uma para os anos bissextos!;
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5 · No Salmo 107 há 4 versículos iguais: 8, 15, 21 e o 31; · Todos os versículos do Salmo 136 terminam da mesma maneira; · Em Êxodo 3.14 Deus, pela primeira vez, revela seu nome: Eu Sou Quem Sou, ou
Yahweh (Jeová) - Este é o nome mais comum de Deus no Velho Testamento, aparecendo cerca de 6.800 vezes na língua original, o Hebraico. Em nossa tradução esse nome vem traduzido por "Senhor" e aparece 1.853 vezes;
· Adão - o homem no Jardim do Éden – o seu nome significa "ser humano"; · À medida que os apóstolos levaram o evangelho pelo mundo, muitas das palavras
do Senhor e muitas reminiscências sobre Ele circulavam oralmente. Uma evidência disso
ocorre quando Paulo, ao falar aos anciãos de Éfeso, empregou uma declaração de
Jesus que não consta de parte alguma dos evangelhos (Atos 20:35).
O livro de Isaías:
· Também conhecido como “o Evangelho do Antigo Testamento”. · É tido como uma miniatura da Bíblia: · Tem 66 capítulos, assim como a Bíblia tem 66 livros. · A primeira seção tem 39 capítulos/livros e corresponde à mensagem do Antigo
Testamento. · A segunda seção tem 27 capítulos/livros tratando do conforto, promessa e
salvação, correspondendo à mensagem do Novo Testamento.
· Assim como o NT termina falando do novo céu e nova terra, o mesmo ocorre no término de Isaías (66:22). O próprio nome Isaías tem semelhança com o significado do nome de Jesus: Isaías
quer dizer Salvação de Jeová e Jesus, Jeová é Salvação.
Algo muito significante é que a Bíblia contém três advertências solenes contra qualquer tentativa de acrescentar palavras ao livro inspirado de Deus e esta significação é grandemente acentuada pelo fato de que a primeira de tais advertências foi escrita pelo primeiro de todos os escritores da Bíblia, enquanto que a terceira foi escrita pelo último dos escritores:
MOISÉS – que teve visão, dada pelo Espírito, do passado desconhecido, escreveu a primeira: Dt 4:2;
SALOMÃO – o homem mais sábio que já viveu, escreveu a segunda: Pv 30:6; JOÃO
– para quem foi dado tão maravilhosa revelação do futuro, escreveu a terceira: Ap 22:18-19.
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De capa a capa a Bíblia é a mensagem do amor de Deus por nós.
Devemos estudá-la diligentemente todos os dias para termos discernimento e crescimento espiritual e vivermos no padrão de Deus, glorificando nosso
Criador e Redentor.
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AS LÍNGUAS E OS MATERIAIS DA BÍBLIA:
A ERA DA ESCRITA:
Parece que a escrita se desenvolveu durante o IV milênio a.C. No II milênio a.C. várias experiências conduziram ao desenvolvimento do alfabeto e de documentos escritos por parte dos fenícios. Tudo isso se completou antes da época de Moisés, que escreveu não antes de mais ou menos 1450 a.C.
Já em 3500 a.C. os sumérios usavam tabuinhas de barro para a escrita cuneiforme, e
registraram, por exemplo, a descrição sumeriana do dilúvio, que teria sido gravada em
2100 a.C. Os egípcios (em 3100 a.C.) apresentavam documentos escritos em hieróglifos
(pictografia). A partir de 2500 a.C. usavam-se textos pictográficos em Biblos (Gebal)
e na Síria. Em Cnosso e em Atchana, grandes centros comerciais, apareceram registros gravados
anteriores à época de Moisés. Outros elementos correspondentes de meados a fins do II
milênio a.C. acrescentam mais evidências de que a escrita já se havia desenvolvido bem
antes da época de Moisés. Em suma, Moisés e os demais autores da Bíblia escreveram numa época em que a
humanidade estava “alfabetizada”, ou melhor, já podia comunicar seus pensamentos por
escrito. AS LÍNGUAS BÍBLICAS EM PARTICULAR:
As línguas utilizadas no registro da revelação de Deus, a Bíblia, vieram das famílias de línguas semíticas e indo-européias. Da família semítica se originaram as línguas básicas do Antigo Testamento, quais sejam, o hebraico e o aramaico (siríaco).
Além dessas línguas, o latim e o grego representam a família indo-européia. De
modo indireto, os fenícios exerceram um papel importante na transmissão da Bíblia, ao
criar o veículo básico que fez que a linguagem escrita fosse menos complicada do que
havia sido até então: inventaram o ALFABETO. AS LÍNGUAS DO ANTIGO TESTAMENTO:
O aramaico era a língua dos sírios, tendo sido usada em todo o período do Antigo Testamento. Durante o século VI a.C., o aramaico tornou-se a língua geral de todo o Oriente Próximo. Seu uso generalizado se refletiu nos nomes geográficos e nos textos bíblicos de Esdras 4:7 – 6:18; 7:12-26, Daniel 2:4 a 7:28. (alguns estudiosos mencionam que o correto é Esdras 4:8 a 8:18 e incluem Jr 10:11).
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O hebraico é a língua principal do Antigo Testamento, especialmente adequada
para a tarefa de criar uma ligação entre a biografia do povo de Deus e o relacionamento do
Senhor com esse povo. O hebraico encaixou-se bem nessa tarefa porque é uma língua
pictórica. Expressa-se mediante metáforas vívidas e audaciosas, capazes de desafiar e
dramatizar a narrativa dos acontecimentos. Além disso, o hebraico é uma língua pessoal.
Apela diretamente ao coração e às emoções, e não apenas à mente e à razão. É uma língua em que a mensagem é mais sentida que meramente pensada. É chamada no A. T. de “língua de Canaã” (Is 19:18) e “língua Judaica” (Is 36:13; 2
Rs 18:26-28). Lê-se da direita para esquerda e o alfabeto compõe-se de 22 letras. AS LÍNGUAS DO NOVO TESTAMENTO:
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7 As línguas semíticas também foram usadas na redação do Novo Testamento. Na
verdade, Jesus e seus discípulos falavam o aramaico, sua língua materna, tendo sido essa a língua falada por toda a Palestina na época. (Mt 27:46).
O hebraico fez sentir mais sua influência mediante expressões idiomáticas, como uma que no português quer dizer “e sucedeu que”. Outro exemplo da influência hebraica no texto grego vemos no emprego de um segundo substantivo, em vez de um adjetivo, a fim de atribuir uma qualidade a algo ou a alguém (1 Ts 1:3).
Além das línguas semíticas a influenciar o N. T., temos as indo-européias, o latim e o grego. O latim influenciou ao emprestar muitas palavras, como “centurião”, “tributo” e “legião”, e pela inscrição trilíngue na cruz (em latim, em hebraico e em grego).
No entanto, a língua em que se escreveu o N. T. foi o grego. Até fins do século XIX,
cria-se que o grego do N. T. (koinê) era a “língua especial” do Espírito Santo, mas a partir
de então, essa língua tem sido identificada como um dos cinco estágios do
desenvolvimento da língua grega. Esse grego koinê era a língua mais amplamente conhecida em todo o mundo do
século I. O alfabeto havia sido tomado dos fenícios. Seus valores culturais e vocabulário cobriam vasta expansão geográfica, vindo a tornar-se a língua oficial dos reinados em que se dividiu o grande império de Alexandre, o Grande, uma língua quase universal.
O aparecimento providencial dessa língua, ao lado de outros desenvolvimentos culturais, políticos, sociais e religiosos, ampla rede de estradas, etc, durante o século I a.C., fica implícito na declaração de Paulo: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4:4 – A.C.F.). . O grego do N. T. adaptou-se de modo adequado à finalidade de interpretar a revelação
de Cristo em linguagem teológica. Tinha recursos lingüísticos especiais para essa tarefa,
por ser um idioma intelectual. Era um idioma da mente, mais que do coração, e os filósofos
atestam isso amplamente. O grego tem precisão técnica de expressão não encontrada no hebraico. Além disso, o grego era uma língua quase universal.
A verdade do A. T. a respeito de Deus foi revelada inicialmente a uma nação, Israel, em sua própria língua, o hebraico.
A revelação completa, dada por Cristo, no Novo Testamento, não veio de forma
tão restrita. Em vez disso, a mensagem de Cristo deveria ser anunciada ao mundo todo: “... em seu nome se pregará o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as
nações, começando por Jerusalém” (Lc 24:47) OS MATERIAIS DA ESCRITA:
Os autores da Bíblia empregaram os mesmos materiais em uso no mundo antigo. O papiro foi usado na antiga Gebal (Biblos) e no Egito, por volta de 2100 a.C. Eram
folhas de uma planta, cuja popa era cortada em tiras que eram colocadas superpostas umas às outras de forma cruzada, coladas, prensadas e depois polidas. Eram escritas de um lado apenas. A cor era amarelada. Foi o material que o apóstolo João usou para escrever o Apocalipse (Ap 5:1) e suas cartas (2 Jo 12).
O velino, o pergaminho e o couro são palavras que designam os vários estágios de
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produção de um material de escrita feito de peles de animais curtida e preparada para a
escrita. Seu uso generalizado vem dos primórdios do Cristianismo, mas já era conhecido
em tempos remotos, pois temos uma menção de Isaías 34:4 sobre um livro que era
enrolado. O pergaminho preparado de modo especial para a escrita era chamado de velo.
Tudo indica que o termo pergaminho derivou o seu nome da cidade Pérgamo, na Ásia
menor, cujo rei, Eumenes II (159 - 197 d. C.), fez uma grande biblioteca para rivalizar com
a de Alexandria no Egito. O Novo Testamento menciona esse material gráfico em 2 Tm
4:13; Ap 6:14. O velino era desconhecido até 200 a.C., pelo que Jeremias teria tido em
mente o couro (Jr 36:23). Outros materiais para a escrita eram o metal (Êx 28:36), a tábua recoberta de cera (Is
30:8; Hc 2:2; Lc 1:63), as pedras preciosas (Êx 39:6-14) e os cacos de louça (óstracos), como
mostra Jó
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8 2:8. O linho era usado no Egito, na Grécia e na Itália, embora não tenhamos indícios de
que tenha sido usado no registro da Bíblia.
A TINTA E OS INSTRUMENTOS DE ESCRITA:
A tinta utilizada pelos escribas era uma mistura de carvão em pó com uma
substância líquida parecida com a goma arábica (Jr 36:18; Ez 9:2; 2 Co 3:3; 2 Jo 12; 3 Jo 13). Para a escrita em papiro e pergaminho, os escribas usavam penas de aves, pincéis
finos e um tipo de caneta feita de madeira porosa e absorvente. Para uso em cera
utilizavam um estilete de metal (Is 30:8). OS TIPOS DA ESCRITA:
Alguns tipos de escrita utilizados nos manuscritos são: a) Uncial: os mais antigos manuscritos gregos só usavam letras maiúsculas desenhadas e sem separação entre palavras. Datam do IV século A. D. b) Cursivo: Era o tipo de escrita onde letras minúsculas eram conectadas com espaço entre
palavras. Datam do IX século A. D. c) Sinais Vocálicos: Mais ou menos ao redor dos anos 500 a 900 d.C., eruditos judeus
chamados Massoretas introduziram um sistema de pontos colocado acima, abaixo e entre
o texto consonantal do Velho Testamento, de forma a marcar a vocalização do texto (Além
disto eles cercaram o texto de uma série de anotações chamadas Massorá, que garantiam a
imutabilidade do texto). Estes pontos, chamados pontos vocálicos, exerceriam a função de
vogais, mas tinham a vantagem de nada acrescentar ou tirar do texto consonantal
inspirado. Este sistema preservou a pronúncia do hebraico que, nesta época, era língua
dos eruditos judeus. Foi o texto hebraico preservado por este grupo de eruditos judeus
que chegou aos dias de hoje. OBS: É conveniente lembrar que nos manuscritos mais antigos não era usado um sistema
de pontuação. O FORMATO DOS MANUSCRITOS (MSS):
Os manuscritos do Antigo Testamento tinham os formatos de livros (códices) e
rolos. Os códices eram feitos de pergaminho cujas folhas tinham normalmente 65 cm de
altura por 55 cm de largura. Os rolos podiam ser de papiro ou pergaminho. Eram presos a
um cabo de madeira para facilitar o manuseio durante a leitura. Era enrolado da direita
para a esquerda. Sua extensão dependia da escrita a ser feita.
O rigor com o qual os judeus transmitiram a Bíblia Hebraica até hoje pode ser visto nas prescrições abaixo, preservadas no Talmude:
“Um rolo de sinagoga deve ser escrito sobre peles de animais limpos, preparadas
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por um judeu, para o uso particular da sinagoga. Estas devem ser unidas mediante tiras
[de couro] retiradas de animais limpos. Cada pele deve conter um certo número de
colunas, igual em toda a extensão do códice. A altura da coluna não deve ser menor do que
48 nem maior do que 60 linhas; e a largura deve ser de 30 letras. Toda a cópia deve ser
primeiro dotada de linhas; e se três palavras forem escritas nela sem uma linha, será sem
valor. A tinta deve ser preta, não vermelha, verde nem de qualquer outra cor e deve ser
preparada de acordo com uma receita definida. Uma cópia autêntica deve ser o modelo do
qual o transcritor não deve desviar-se até nos menores detalhes. Nenhuma palavra, letra e
nem ainda um yod deve ser escrito de memória sem que o escriba não a tenha olhado no
códice que está a sua frente. ... Entre cada consoante deve intervir o espaço de um cabelo
ou de um pavio; entre cada palavra o espaço será de uma consoante estreita; entre cada
novo parashah, ou
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9 secção, o espaço será de nove consoantes; entre cada livro, três linhas. O quinto livro de
Moisés deve terminar exatamente com uma linha, mas os restantes não necessitam
terminar assim. Além disto, o copista deve sentar-se com vestimenta judia completa, lavar
todo o seu corpo, não começar a escrever o nome de Deus com a pena recentemente
molhada na tinta e mesmo que um rei lhe dirigisse a palavra enquanto estava escrevendo
este nome, deve não dar atenção a ele.” A UTILIDADE DA BÍBLIA:
“Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Tm 3:16-17. Examine ainda 1 Coríntios
10:11 e Romanos 15:4. A BÍBLIA É UM LIVRO PARA: ser buscado/examinado (Jo 5:39); crido (Jo 2:22);
lido (1 Tm 4:13); recebido (1 Ts 2:13); confirmado e aceito (At 17:11). A BÍBLIA TEM MUITOS OBJETIVOS: avisar aos crentes (1 Co 10:11);
manifestar o cuidado de Deus (1 Co 9:9, 10); ensinar e instruir (Rm 15:4); aperfeiçoar o
cristão para toda boa obra (2 Tm 3:16-17); fazer o homem sábio para a salvação (2 Tm 3:15);
produzir fé na divindade de Cristo (Jo 20:31); produzir vida eterna (Jo 5:24).
SÍNTESE DA HISTÓRIA BÍBLICA
1. DEUS criou o homem e o colocou no Jardim do Éden
2. O homem pecou e deixou de ser aquilo para o que Deus o tinha destinado. Foi então que Deus pôs em andamento o plano para a salvação do homem e o fez chamando Abraão para que fundasse uma nação, mediante a qual o plano seria executado. 3. A nação não andou nos caminhos do Senhor e foram escravizados no Egito. Após 400 anos, sob a direção de Moisés, o povo foi tirado do Egito de volta à terra prometida de Canaã. A nação tornou-se um grande e poderoso reino. 4. O reino foi dividido no fim do reinado de Salomão: Israel, ao norte, 10 tribos, levada
cativa pela Assíria em 721 a. C., e Judá, ao sul, 2 tribos, levada cativa pela Babilônia no ano
600 a. C. 5. Encerra-se o Antigo Testamento. 400 anos mais tarde cumpre-se a promessa pelo
aparecimento de Jesus, o Messias, a esperança da humanidade, mediante Quem o homem
seria redimido e nascido de novo. Para realizar e consumar sua obra salvadora, Jesus
Cristo MORREU pelo pecado humano, ressuscitou e ordenou que os discípulos saíssem
pelo mundo contando a história de Sua vida e Seu
poder redentor. 6. Assim, obedecendo à ordem, a “grande comissão”, partiram os discípulos por toda
parte, em todas as direções, levando as BOAS NOVAS, alcançando o mundo civilizado
conhecido da época. Assim, com o lançamento da obra da redenção humana, encerra-se o
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Novo Testamento.
A BÍBLIA
“A Bíblia é o Livro de Deus”. A palavra Bíblia (Livros) entrou para as línguas modernas por intermédio do
francês, passando primeiro pelo latim bíblia, com origem no grego biblos (folha de papiro
do século XI a. C preparada para a escrita. Um rolo de papiro tamanho pequeno era
chamado “biblion”, e vários destes era uma “Bíblia”. Portanto “Bíblia” quer dizer coleção
de vários livros. No princípio os livros sagrados não estavam reunidos uns aos outros como os
temos agora em nossa Bíblia. O que tornou isso possível foi a invenção do papel no séc. II
pelos chineses, bem como a invenção do prelo de tipos móveis, em 1450 A. D. por
Guttenberg, tipógrafo alemão. Até então tudo era manuscrito como ocorria anteriormente
com os escribas, de modo laborioso, lento e oneroso.
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10 Com a invenção do papel desapareceram os rolos e a palavra biblos deu origem a
“livro” como se vê em biblioteca, bibliografia, bibliófilo. A primeira pessoa a aplicar o nome “Bíblia” foi João Crisóstomo, grande
reformador e patriarca de Constantinopla, 398-404 A. D.
Teologicamente a Bíblia é a revelação de Deus para a humanidade.
Etimologicamente é uma coleção de livros pequenos, cujo autor é Deus, o Espírito
Santo é seu real intérprete e Jesus Cristo seu TEMA UNIFICADOR, seu assunto central.
Cerca de 40 personagens se envolveram na autoria e compilação dos livros que
compõem a Bíblia Sagrada (1 Pedro 1:20-21). Foram das mais diferentes categorias:
escritores, estadistas, camponeses, reis, vaqueiros, pescadores, cobradores de impostos,
instruídos e ignorantes, judeus e gentios. Cada escritor manifestou seu próprio estilo e
características literárias. Demoraram cerca de aproximadamente 1600 anos para escreverem. 1500 a. C.,
quando Moisés começou a escrever o Pentateuco, no meio do trovão no monte Sinai, até 97
d. C., quando o apóstolo João, ele mesmo um “filho do trovão” (Mc 3:17), escreveu seu
evangelho na Ásia Menor. Os escritores viveram distante uns dos outros, em épocas e condições diferentes,
não se conheceram (na época a comunicação era praticamente impossível) pertenceram às
mais variadas camadas sociais, e tinham cultura e profissões muito diferentes.
Entretanto, há na Bíblia um só plano ou projeto, que de fato mostra a existência de
um só Autor divino, guiando os escritores. A Bíblia é um só livro. Tem um só sistema
doutrinário, um só padrão moral, um só plano de salvação, um só programa das eras. As
diversas narrativas ali encontradas dos mesmos incidentes e ensinamentos não são
contraditórias, mas suplementares. Não há em todo o seu conteúdo uma só contradição, e
um livro sempre dá continuidade ou complementa o outro, apesar das condições em que
foram escritos. Em todo o seu conjunto possui uma harmonia, que só pode ser explicada como
sendo um “MILAGRE”.
A Bíblia é a coleção das exatas palavras dos 66 livros que constituem o seu CÂNON,
sendo: · 24 livros os do cânon judaico do VT (equivalentes aos nossos 39 livros, o mesmo que
hoje é chamado de "Texto Massorético de BEN CHAYyIM" e que, depois da
invenção da Imprensa, foi impresso por Daniel Bomberg, um abastado cristão
veneziano originário da Antuérpia, em 1524-5. A edição da segunda publicação
ficou a cargo de Jacob Ben Chayyim); · 27 livros os do cânon do NT (o mesmo que, depois da invenção da Imprensa, foi
impresso, terminando por ser conhecido pelo nome de TR, ou "Textus Receptus",
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isto é, "O Texto Recebido" [recebido pelas igrejas do século I, das mãos dos homens
inspirados por Deus para escrevê-lo; e, também, recebido pela Reforma, das mãos
das pequeninas igrejas fiéis {perseguidas por Roma} e da Igreja Grega Ortodoxa]).
Não confundir Ben Chayyim com Ben Asher. Não confundir o Texto Massorético de
Ben Chayyim (100% genuíno) com o falso Texto Massorético, de Ben Asher (com
falsificações e também referido como Bíblia Stuttgartensia). Não confundir a Bíblia
Hebraica de Kittel (BHK) 1ª e 2ª edição [1906 e 1912, boas, baseadas no Texto Massorético
de Ben Chayyim] com as BHK edições posteriores, más, baseadas no falso Texto
Massorético, de Ben Asher.
Apesar de toda oposição, a Bíblia é o livro mais antigo, mais famoso e mais lido do
mundo. Escrito em mais de 2000 línguas e dialetos, já atravessou 3.000 anos. É também o
livro de maior circulação em todo o mundo. Em 1996 foram distribuídas 20 milhões de
Bíblias em todo o mundo; só no Brasil foram quase 7 milhões e na China circulam cerca de
3 milhões. Por tudo isso, podemos dizer, sem medo de errar que a Bíblia tem origem
sobre-humana!
Os nomes mais comuns dados à Bíblia são: Livro do Senhor (Is 34:16); Palavra de Deus
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11 (Mc 7:13; Jo 10:35; Hb 4:12); As Escrituras ou Sagradas Escrituras (Mt 21:42; Lc 4:21; Jo 7:38,
42; Rm 1:2; Rm 4:3; Gl 4:30); A Verdade (Jo 17:17; Rm 15:8); Lei (Sl 119); Lc 10:26; Mt 5:18);
Mandamentos (Sl 119); A Lei e os Profetas (Mt 5:17; Lc 16:16); A Lei de Moisés (Lc 24:44);
Oráculos de Deus (Rm 3:2).
A MENSAGEM SINGULAR DA BÍBLIA
Entre a Bíblia e os outros escritos religiosos e filosóficos existe um abismo
intransponível. Certamente valores como a verdade, a honestidade, e justiça e o
altruísmo são comuns aos melhores escritos da humanidade. Nisso a Bíblia se identifica com todos os outros. Mas o que dizer do Deus apresentado pela Bíblia? Que contraste com a energia impessoal do Hinduísmo ou com os frágeis e grotescos deuses dos panteões greco-romanos! Deus se apresenta em toda a Sua majestade e grandeza: santo, justo, fiel, onipotente e onisciente; perfeito em amor e misericórdia, imutável em todos os Seus atributos.
O próprio mistério da Trindade demonstra um Deus maior que nossa razão. O
homem, na Bíblia, é retratado no seu melhor e no seu pior estado. Enquanto na Filosofia o
homem é deificado como senhor do seu próprio destino, na Bíblia o homem é criatura de
Deus, pecador e dependente. Enquanto em algumas crendices o homem é parte de um jogo de dados cósmicos,
joguete nas mãos de forças poderosas, na Bíblia o homem é criado por Deus com dignidade e sentido na História.
O caminho bíblico para a salvação vai de encontro à idéia arraigada, no espírito humano, de que cada um deve promover a sua própria salvação. Na Bíblia, a salvação é um presente que não pode ser comprado, mas recebido com gratidão.
O perdão dos pecados não ocorre por cerimônias vazias, mas mediante a morte do
Filho de Deus na cruz, no lugar dos pecadores. O destino final, na Bíblia, não é a
aniquilação da personalidade, nem um paraíso de prazeres carnais, mas a comunhão com
Deus por toda a eternidade. E isto somente para aqueles que um dia aceitaram o caminho
oferecido por Deus. Nenhum homem conceberia a idéia de um inferno de sofrimento eterno.
A unidade da Bíblia é sem paralelo. Nunca em qualquer outro lugar, se uniram tantos
tratados diferentes, históricos, biográficos, éticos, proféticos e poéticos, para perfazer um
livro. Assim como todas as pedras lavradas e as tábuas de madeira compõem um edifício
ou, melhor ainda, como todos os ossos, músculos e ligamentos se combinam em um corpo,
assim é com a Bíblia.
A Bíblia se opõe a certos conceitos filosóficos do mundo, e refuta-os:
1) Ateísmo
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2) Politeísmo 3) Materialismo 4) Panteísmo 5) A eternidade da matéria (Gn 1:1).
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DIVISÃO DOS LIVROS:
Nós, cristãos (igreja), agrupamos os 39 livros do Antigo Testamento em:
· 5 da Lei (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt), formando o Pentateuco; · 12 históricos (Js, Jz, Rt, 1 e 2Sm, 1 e 2Rs, 1 e 2Cr, Ed, Ne, Et); · 5 poéticos (Jó, Sl, Pv, Ec, Ct); · 5 profetas maiores (Is, Jr, Lm, Ez, Dn); · 12 profetas menores (Os, Jl, Am, Ob, Jn, Mq, Na, Hc, Sf, Ag, Zc, Ml).
A Tanakh (o A. T. dos judeus) e a divisão de Flávio Josefo (Lc 24:44)
TEXTO MASSORÉTICO FLÁVIO JOSEFO - 22 livros (a distribuição é hipotética) TORÁH Gn, Ex, Lv, Nm, Dt = 5 Gn, Ex, Lv, Nm, Dt = 5 (A Lei) NEBI'IM Profetas anteriores - Js, Jz, Sm, Rs = 4 Js, Jz-Rt, Sm, Rs. Is, Jr-Lm, Ez, XII, Dn, (Profetas) Profetas posteriores - Is, Jr, Ez, XII = 4 Ec, Es-Ne, Et, Cr = 13 KEThUBhIM Poesia e sabedoria - Sl, Jó, Pv = 3 Poesia e sabedoria - Sl, Pv, Jó, Ct = 4 (Escritos) Gr. "Megilloth" - Rt, Ct, Ec, Lm, Et = 5 Hagiographa História - Dn, Ed-Ne, Cr = 3 OBSERVAÇÕES: a) Os Profetas e os Escritos também eram conhecidos pelos nomes dos seus primeiros livros, “Isaías” e “Salmos”, respectivamente. b) Profetas Posteriores porque exerceram o ministério no período compreendido entre os
cativeiros Assírio e Babilônico até o retorno dos judeus à Palestina, após 70 anos sob o
domínio babilônico.
c) Os livros históricos são de autores que não eram profetas oficiais, mas que possuíam o dom de profecia. d) O Rolo dos Doze – XII inclui os livros de: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. e) Os Cinco rolos (Megilloth) são cada um usado na ocasião de uma festa específica:
Cantares na Páscoa; Rute no Pentecostes; Lamentações no dia 9 do mês Abibe (no aniversário da
destruição de Jerusalém); Eclesiastes na Festa dos Tabernáculos; Ester na Festa de Purim. f) O primeiro livro da Escritura hebraica é Gênesis e o último Crônicas (Mt 23:35; Gn 4:8; 2 Cr 24:20-22).
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g) No Cânon hebraico, como no nosso Cânon, os livros não estão em ordem cronológica. h) São 24 livros, visto que os seguintes livros são assim considerados: Samuel (engloba 1 e 2 Sm), Crônicas (engloba 1 e 2 Cr), Reis (engloba 1 e 2 Rs), Os Doze (são contados como um só livro), Esdras (inclui Neemias). i) Flávio Josefo, historiador judeu reduziu os 24 livros para 22 livros, em correspondência
às 22 letras do alfabeto hebraico, combinando Rute com Juizes e Lamentações com
Jeremias. j) O Novo Testamento menciona uma divisão tripla do Antigo Testamento: "A Lei, os Profetas e os Salmos" (Lucas 24:44). k) Jesus Cristo mencionou estas 3 divisões do V. T. em Lc 11:49-51, Lc 24:44 e Mt 23:34-36.
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13 l) O livro de Eclesiástico (apócrifo), escrito em cerca de 130 antes de Cristo fala em "a lei, os
profetas e os outros escritos". Confira Mateus 23:35 e Lucas 11:51 que refletem o arranjo da
Bíblia Hebraica.
“O Novo Testamento está no Antigo Testamento ocultado, e o
Antigo Testamento, no Novo Testamento revelado”.
Os 27 livros do Novo Testamento são:
· (BIOGRAFIA) 4 Evangelhos (Mt, Mc, Lc, Jo); · (HISTÓRIA) 1 histórico (At); · (DOUTRINA) 21 epístolas. São elas:
a) 9 a igrejas locais (Rm, 1 e 2 Co, Gl, Ef, Fp, Cl, 1 e 2 Ts); b) 6 pastorais (1 e 2 Tm, Tt, Fm, 2 e 3 Jo); c) 6 universais (Hb, Tg, 1 e 2 Pe, 1 Jo, Jd).
· (PROFECIA) 1 profético (Ap).
Os crentes anteriores a Cristo olhavam adiante com grande expectativa (1 Pe 1:11-
12), ao passo que os crentes de nossos dias vêem em Cristo a concretização dos
planos de Deus.
DIVISÃO CRISTOCÊNTRICA
A Bíblia pode ser dividida na estrutura geral e cristocêntrica. Isso se baseia nos
ensinos do próprio Jesus, cerca de cinco vezes no Novo Testamento (Mt 5:17; Lc 24:27; Jo
5:39; Hb 10:7). Sim, Cristo é o centro e o coração da Bíblia, porque o Antigo Testamento descreve
uma nação e o Novo Testamento descreve um HOMEM. Toda a Bíblia se converge para
Cristo, como deixa claro João 20:31. CRISTO é a nossa Palavra Viva (Apocalipse 19:13) que percorre todas as páginas
das Sagradas Escrituras. Examine ainda Lc 24:44. Considerando CRISTO como o tema
central da Bíblia, toda ela poderá ficar resumida assim: ANTIGO TESTAMENTO: LEI: Fundamento da chegada de Cristo. HISTÓRIA: Preparação para a chegada de Cristo.
POESIA: Anelo pela chegada de Cristo. PROFECIA: Certeza da chegada de Cristo. OBS: de uma forma geral, todo o A. T. trata da preparação para o advento de Cristo.
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NOVO TESTAMENTO: EVANGELHOS: Manifestação de Cristo ao mundo, como Redentor. ATOS: Propagação de Cristo, por meio da igreja. EPÍSTOLAS: Explanação, interpretação e aplicação de Cristo. São os detalhes da
doutrina. APOCALIPSE: Consumação de todas as coisas em Cristo. OBS: O N. T. trata da manifestação de Jesus Cristo.
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14 Desta forma, tendo CRISTO como TEMA CENTRAL, podemos resumir todo o Antigo
Testamento numa frase: JESUS VIRÁ, e o Novo Testamento noutra frase: JESUS JÁ
VEIO (é claro, como Redentor). Assim, as Escrituras sem a pessoa de JESUS seriam como a
física sem a
matéria e o matemático sem os números. Já imaginou um cristão sem a Bíblia?
BREVE ANÁLISE DOS LIVROS DA BÍBLIA
I - ANTIGO TESTAMENTO: TRÊS PENSAMENTOS BÁSICOS DO ANTIGO TESTAMENTO: 1. A Promessa de Deus a Abraão - “todas as nações seriam abençoadas” 2. O Concerto de Deus com a Nação Hebraica - Se O servissem fielmente, prosperariam.
Em estabelecer a nação hebraica, o objetivo FINAL de Deus foi trazer CRISTO ao mundo. O
objetivo IMEDIATO de Deus foi estabelecer, em terra idólatra, em preparação para a vinda
de Cristo, a idéia de que há UM só Deus vivo e verdadeiro.A bênção dessa nação se
comunicaria ao mundo. 3. A Promessa de Deus a Davi - “que sua família reinaria para sempre...” PORTANTO, CONCLUÍMOS QUE: 1. A nação hebraica foi estabelecida para que, por ela, o mundo inteiro fosse abençoado: A nação messiânica.
2. O meio pelo qual a benção da nação hebraica se comunicaria ao mundo seria a família de Davi:
A família messiânica. 3. O modo pelo qual a bênção da família de Davi se comunicaria ao mundo seria o grande
Rei que nasceria dela: O MESSIAS. O ANTIGO TESTAMENTO É DIVIDIDO EM QUATRO PARTES: 1 – Pentateuco, Livros da Lei ou Torah – são 5 livros: Gênesis – Como a palavra bem indica, é o livro dos princípios: do céu e da terra, das ilhas e dos mares, dos animais e do homem. Com Abraão, temos o começo de uma raça, um povo, uma revelação divina particular e finalmente uma igreja. Êxodo – Relata o povo de Deus escravizado no Egito e a grande libertação divina, usando a instrumentalidade de Moisés. Levítico – Leis acerca da moralidade, limpeza, alimento,
sacrifícios, etc. Números – Relata a peregrinação de Israel,
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quarenta anos pelo deserto. Deuteronômio – Repetição das leis. 2 – Livros Históricos – são 12 livros: Josué – Trata da conquista de Canaã. O milagre da passagem do rio Jordão, a queda das muralhas de Jericó, a vitória sobre as sete nações Cananéias, a divisão da terra prometida e, finalmente, a morte de Josué com cento e dez anos. Juízes – Várias libertações através dos quinze juízes. Rute – A linda história de Rute, uma ascendente de Davi e de Jesus Cristo.
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15 1 e 2 Samuel – Relatam a história de Samuel, da implantação da monarquia, sendo Saul o primeiro rei ungido por Samuel. Samuel como o último juiz e a história de Davi. 1 e 2 Reis – Relatam a edificação do Templo de Jerusalém, a divisão do reino. Ministério de Elias e Eliseu. Ainda em II Reis está relatado o cativeiro do Reino do Norte pelos exércitos assírios, e do Sul com o poderio Caldeu de Nabucodonossor. 1 e 2 Crônicas – Registram os reinados de Davi, Salomão e dos reis de Judá até a época do
cativeiro babilônico. Esdras – Relata o retorno de Judá do cativeiro babilônico com Zorobabel e a reconstrução do templo de Jerusalém. Neemias – Relata a história da reedificação das muralhas de Jerusalém. Ester – Relata a libertação dos judeus por Ester e o estabelecimento da festa de Purim. Divide-se em quatro períodos da História de Israel: a) Teocracia (Juízes) b) Monarquia (Saul, Davi, Salomão) c) Divisão do Reino e Cativeiro (Judá, Israel) d) Período pós-cativeiro 3 – Livros Poéticos – são 5 livros: Jó – Sofrimento, paciência e libertação de Jó. Salmos – Cânticos espirituais, proclamações, poemas e orações.
Provérbios – Dissertações sobre sabedoria, temperança, justiça,
etc. Eclesiastes – Reflexões sobre a vida, deveres e obrigações
perante Deus.
Cantares de Salomão – Descreve o amor de Salomão pela jovem sulamita, simbolizando o
amor de Jesus pela igreja. 4 – Profetas – são 17 livros: a) Profetas Maiores – são 5 livros: Isaías – Muitas profecias messiânicas. É considerado o profeta da redenção. O livro contém maldições pronunciadas sobre as nações pecadoras. Jeremias – Tem por tema a reincidência, o cativeiro e a restauração dos judeus. Jeremias é
considerado “o profeta chorão”. Lamentações – Clamores de Jeremias, lamentando as aflições de Israel. Ezequiel – Um livro que contém muitas metáforas para descrever a condição, exaltação e a glória futura do povo de Deus. Daniel – Visões apocalípticas. b) Profetas Menores – são 12 livros:
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Oséias – Relata a apostasia de Israel, caracterizada como adultério espiritual. Contém muitas metáforas que descrevem os pecados do povo. Joel – Descreve o arrependimento de Judá e as bênçãos. “O Dia do Senhor” é enfatizado como um dia de juízo e também de bênçãos. Amós – Através de visões, o profeta reformador denuncia o egoísmo e o pecado. Obadias – A condenação de Edom e a libertação de Israel. Jonas – Relata a história de Jonas, o missionário que relutou para levar a mensagem de
Deus à cidade de Nínive. O mais bem sucedido dentre os profetas. Um dos profetas que
pregou o arrependimento ao povo. O povo arrependeu-se e o profeta ficou triste e desejou
a morte.
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16 Miquéias – Condição moral de Israel e Judá. Também prediz o estabelecimento do reino
messiânico. Naum – A destruição de Nínive e a libertação de Judá da opressão assíria. Habacuque – O grande questionamento do profeta a Deus. Como pode Deus ser justo e
permitir que uma nação pecadora oprima Israel. Contém uma das mais belas orações da
Bíblia. Sofonias – Ameaças e visão da glória futura de Israel. Ageu – Repreende o povo por negligenciar a construção do segundo templo e promete a volta da glória de Deus. Zacarias – Através de visões, profetiza o triunfo final do reino de Deus. Zacarias ajudou a animar os judeus a reconstruírem o templo. Foi contemporâneo de Ageu. Malaquias – Descrições que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do Messias.
SÃO OS LIVROS PROFÉTICOS DE ACORDO COM AS DUAS GRANDES CRISES DO POVO JUDEU:
CRISE CRISE DURANTE APÓS ASSÍRIA BABILÔNICA CATIVEIRO CATIVEIRO
BABILÔNICO BABILÔNICO
Joel Sofonias Daniel Ageu Amós Habacuque Ezequiel Zacarias Jonas Jeremias Malaquias Oséias Lamentações Isaías Obadias Miquéias
Naum
Terminamos o Velho Testamento com a palavra "maldição". Até aqui Cristo foi
prometido, mas não visto. A Esperança era prevista, mas não obtida.
Por quase 400 anos, Deus não chamou nenhum profeta para dizer "assim diz o
Senhor". Em todo este tempo (de 397 a. C. até 6 a. C.), nenhum escritor inspirado apareceu. Por isso este tempo é chamado: "Os
Anos Silenciosos". “O Período Intertestamentário” ou "O Período Negro".
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II - NOVO TESTAMENTO:
O Velho Testamento mostra o problema, mas não revela completamente a solução; Já o Novo Testamento dá a resposta ao problema e aponta a solução:
JESUS CRISTO!
O NOVO TESTAMENTO TAMBÉM TEM QUATRO DIVISÕES: 1 – Os Evangelhos ou Biográficos:
· Mateus, Marcos, Lucas e João - Tratam do nascimento, vida, obra, morte,
ressurreição e ascensão de Um Homem chamado Jesus, O Filho de Deus, O Messias
Prometido a Israel.
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17 A questão central é a carreira terrena de Jesus Cristo.
Os temas e as datas dos Evangelhos:
Mateus: O Prometido está - veja as Suas qualificações Marcos: Assim Ele trabalhou - veja o Seu poder
Lucas: Assim Ele era - veja a Sua natureza João: Assim Ele é - veja a Sua divindade
Mateus (40-55 d. C.): foi escrito para os JUDEUS . Faz conexão com o Velho Testamento
(as Escrituras Hebraicas). Revela o Messias como o REI prometido do Velho Testamento
aos Judeus, O soberano que veio ordenar e reinar (autoridade Mt 1:1; 16:16-19; 28:18-20). O Novo
Testamento é o cumprimento do Velho - note logo no começo do Novo Testamento o que
diz Mateus 1:22. É por isso que Deus diz em Mateus: "Este é o meu amado Filho em quem
me comprazo: escutai-O" (17:5). É o evangelho que mais traz profecias. Marcos (57-63 d. C.): foi escrito para o povo ROMANO. Representa o Messias como o
SERVO Fiel e Obediente de Deus, Aquele que veio servir e sofrer (Mc 10:45). Não traz
genealogia, pois para o servo, isso não conta. Marcos é um Judeu-Gentio (João Marcos),
cujo nome faz conexão com o judeu e o gentio. Relata mais milagres, pois os romanos se
interessavam mais por ações que palavras. Lucas (63 d. C.): foi escrito para os GREGOS. Relata o Messias como o homem perfeito, o FILHO DO HOMEM, Aquele que veio repartir e compadecer-se (Lc 19:10). Os gregos
gostavam de tudo detalhado. Lucas tem genealogia, mostrando que Jesus é perfeito.
Mesmo tentado na carne, Ele continuou perfeito. Lucas era um médico e um gentio. João (90 d. C.): foi escrito para TODO O MUNDO, com o propósito de levar o homem a
Cristo. João apresenta Jesus como o FILHO DE DEUS, Aquele que veio revelar e redimir
(Jo 1:1-4; 20:31). Tudo no evangelho de João ilustra e demonstra seu relacionamento com o
Pai. É onde Jesus trata mais a Deus como Pai (Abba Pai).
Os sinópticos diferem, do Evangelho de João, nas seguintes maneiras: Mateus, Marcos e Lucas João Os fatos da vida exterior de Cristo A vida intima de Cristo Os aspectos da sua vida humana A vida divina de Cristo Os seus discursos públicos Os discursos pessoais O ministério na Galiléia O ministério na Judéia
Assim, os quatro relatam os tipos mostrados em Ezequiel 1.10 e em Apocalipse 4.6-
8, ilustrando os quatro animais "no meio do trono, e ao redor do trono" com a semelhança
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de: · leão (Mateus - rei), · bezerro (Marcos – servo), · rosto como de homem (Lucas - filho do homem) e · semelhante a uma águia voando (João - filho de Deus).
A crítica está cada vez mais voltando ao ponto de vista tradicional quanto à data e autoria
de diversos livros. Há razão para crermos que os Evangelhos Sinóticos foram escritos na
ordem: Mateus, Lucas e Marcos. Orígenes freqüentemente os cita nessa ordem e Clemente
de Alexandria, antes dele, coloca os Evangelhos que contêm genealogias primeiro, com
base na tradição que ele
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18 recebeu dos “antigos antes dele”. De acordo com Euzébio, H. E., Vi. Xiv. Esta opinião é
reforçada pela consideração de que os Evangelhos surgiram das circunstâncias e ocasiões
da época. (Palestras em Teologia Sistemática, Henry Clarence Thiessen (Ed. Batista
Regular, pág 58). 2 – Histórico:
Atos dos Apóstolos - Propagação do Evangelho. Trata dos resultados da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, com a propagação das “Boas Novas”, por impulso e
liderança do Espírito Santo, começando em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os
confins da terra. 3 – Epístolas: Os fundadores das igrejas, freqüentemente impossibilitados de visitá-las pessoalmente, desejavam entrar em contato com seus convertidos no propósito de aconselhá-los, repreendê-los e instruí-los. Assim surgiram as Epístolas. (Circulação das epístolas: 1 Ts 5:27; Cl 4:16; 1 Pe 1:1-2; 2 Pe 3:14-16; Ap 1:3)
· Epístolas Paulinas – a) 9 dirigidas a igrejas: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas,
Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses; b) 4 dirigidas a indivíduos: 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom.
· Epístolas Gerais – a) 1 dirigida a um povo: Hebreus; b) 7 universais: Tiago, 1 e 2
Pedro, 1, 2 e 3 João, Judas. OBS: Fp, Ef, Cl e Fm são chamadas epístolas da prisão, escritas em Roma. As cartas apresentam a teologia para a Igreja. A essência do que Deus tem para a Igreja
está nas Cartas. Elas foram escritas para orientar, instruir e exortar os crentes a viverem
uma vida cristã plena, frutífera, operosa, abundante, VITORIOSA. Leia! Medite !!! 4 – Profético:
Apocalipse – Revelação, Consumação e Juízo de Deus. Um novo Céu e uma nova Terra.
Cada livro da Bíblia deve ser estudado convenientemente para que o seu ensino seja
aprendido, retido na mente e no coração, colocando os princípios em prática.
A BÍBLIA É INSPIRADA
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SIGNIFICADO DA INSPIRAÇÃO:
O Espírito de Deus de tal modo guiou e superintendeu os escritores da Bíblia,
mesmo fazendo uso das suas características pessoais, que os seus originais (e os Textos
Massorético e Texto Recebido, miraculosamente preservados por Deus sem nenhuma
falha, e traduzidos fielmente na Almeida Original e na Trinitariana) são a única e
completa, plena, verbal, infalível e inerrável, autoritativa corporificação de TUDO o que
Deus quis comunicar ao homem. Assim, cada palavra da Bíblia é literalmente de Deus e
é a única base para doutrina.
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19 Inspiração é o poder estendido pelo Espírito Santo, mas não sabemos exatamente
como esse poder operou. É limitado aos autores da Escritura Sagrada. Isto EXCLUI todos os outros livros “sacros” por não serem inspirados; também nega autoridade final a todas as igrejas, concílios eclesiásticos, credos e clérigos.
É essencialmente “orientação”. Isto é, o Espírito Santo supervisionou a seleção dos materiais
a serem usados e das palavras a serem empregadas por escrito. Finalmente, Ele preservou os autores de todos os erros e omissões.
Temos na Bíblia, portanto, a Palavra de Deus verbalmente inspirada.
Talvez a melhor definição de inspiração seja a de L. Gaussen: “aquele inexplicável
poder que o Espírito divino estendeu antigamente aos autores das Sagradas Escrituras,
para que fossem dirigidos mesmo no emprego das palavras que usaram, e para preservá-
los de qualquer engano ou omissão”.
O mais próximo que conseguimos chegar da inspiração é chamando-a de
“orientação”. Observamos, além disso, que a inspiração se estende às palavras, não
simplesmente aos pensamentos e conceitos. Se se estendesse simplesmente aos últimos,
ficaríamos sem saber se os escritores entenderam exatamente o que Deus disse, se se
lembraram exatamente do que Ele disse, e se eles tinham capacidade para expressar os
pensamentos de Deus com exatidão.
A Bíblia é um livro divino-humano: humano porque, escrito por homens, manifesta
sentimentos e pensamentos humanos, às vezes em desacordo com os de Deus (ver, por
exemplo, os discursos dos amigos de Jó); divino, porque é obra de homens a quem a
Palavra de Deus foi revelada.
Isso se deu naturalmente, de modos diversos: ora os escritores simplesmente
registravam fatos históricos; ora registravam as mensagens que profetas e apóstolos
recebiam de Deus; ora refletiam intimamente sobre coisas de Deus e Este usava seus
pensamentos para levar Sua mensagem aos homens; ora eram guiados por Deus a escrever
palavras revestidas de sentido mais profundo do que eles próprios sabiam (1 Pe 1:10-12; cf.
Dn 8:15; 12:8-12).
Embora a Bíblia seja inspirada por Deus (2 Pe 1.20-21; 2 Tm 3.16-17; Ap 1.1-3), a
participação do homem na recepção da revelação assumiu várias formas: ocasionalmente,
o escritor bíblico recebeu um “ditado” divino para escrever (Lv 26.46); outras vezes o
escritor teve que estudar antes de escrever (Dn 9.2; Lc 1.1-4); eles se utilizavam de outros
livros inspirados ou não (Nm 21.14; Js 10.13; 2 Sm 1.18; 1 Cr 29.29; etc); ocasionalmente
descreviam visões, sonhos ou aparições que testemunharam (Is 6, Jr 24; Dn 7-12; Ap 1-22);
vários autores puderam escrever seu testemunho pessoal, pois foram testemunhas
oculares dos eventos que relatam (Josué 24.26. João 19.35; 21.24; 1 Jo 1.1-4; 2 Pe 1.16-18);
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também citaram documentos antigos, que tinham à sua disposição (Daniel 4; 2 Crônicas
36.23; Esdras 1.2-4; 7.11-26; etc); compuseram, como artistas, poesia e outras manifestações
da sabedoria (Salmos, Provérbios, etc). O Deus que soprou o fôlego de vida nos seres viventes é o mesmo que soprou Sua
Palavra nas consciências dos Seus profetas.
Assim a Bíblia, obra de autores humanos, é, contudo, de natureza divina e isso num sentido mais elevado do que o que se dá ao fazer referência a outras obras que se
costumam dizer “inspiradas”. É-lhe aplicado em 2 Tm 3:16 um adjetivo que significa <<insuflado por Deus>> (cf. Gn 2:7); seus escritores são chamados <<homens impelidos (ou “carregados”) pelo Espírito Santo>> (2 Pe 1:20-21; cf. Ap. 19:9; 22:6; 2 Sm 23:2).
Os profetas estavam tão cônscios da responsabilidade de entregar a mensagem de
Deus que muitas vezes pediam a Deus que os poupasse desse peso.
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20 Os escritores do Novo Testamento também reconhecem ter sido guiados pelo
Espírito Santo para registrar novas revelações de Deus. De acordo com a promessa do
próprio Jesus, o Espírito Santo lembraria de tudo o que Ele havia ensinado e os guiaria a
toda a Verdade (Jo 16:13).
A aceitação da Bíblia como Palavra de Deus não é matéria de prova científica e sim de
fé. Isso não quer dizer que tomamos atitude irracional ou sem fundamento. Antes,
nossa atitude se baseia no testemunho de Jesus, a respeito do Antigo Testamento.
De certo modo, podemos compará-la à nossa fé em Jesus Cristo como Filho unigênito de Deus, a qual não depende, em última análise, de provas humanas de Sua divindade, e sim, de um ato de fé.
A experiência cristã tem confirmado que de fato Deus se revela aos homens
através de TODA a Bíblia, ainda que o faça com maior nitidez em certas partes (João, por
exemplo) do que em outras que são, por assim dizer, periféricas em relação à suprema
revelação em Jesus Cristo. Cremos que Deus inspirou alguém a registrar palavras de homens que estavam
enganados, como por exemplo, dos consoladores de Jó, cujos argumentos o próprio Deus refutou. Não é que o Evangelho segundo João seja <<mais inspirado>> do que Eclesiastes, por exemplo; antes, é que, naquele, Deus estava concedendo a João a mais suprema e plena revelação de Deus; ao passo que, em Eclesiastes, fornecia o registro das últimas tentativas humanas para conseguir a felicidade <<debaixo do sol>>.
Outrossim, mesmo que algumas partes da Bíblia pareçam não trazer mensagem de Deus para nós, em nossa situação atual, é muito possível que tenham falado, ou que ainda venham a falar, a outras pessoas em situações diferentes.
Basta lembrarmos, por exemplo, como o livro do Apocalipse tem revivido, vez após vez, para cristãos que sofriam de perseguição.
Devemos lembrar também, que a própria Bíblia não nos autoriza a dividi-la em partes, mas, antes, considerá-la um todo orgânico, tendo cada livro um papel a desempenhar na obra total (2 Tm 3:16).
A própria Bíblia clama ser a Palavra de Deus. O termo “inspiração” é o termo
teológico tirado da Bíblia que expressa a verdade que a Bíblia é a Palavra de Deus. Para
entendermos a inspiração, devemos olhar para dois versículos clássicos das Escrituras:
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir,
para corrigir, para instruir em justiça;” (2 Tm 3:16) É importante frisarmos que a Bíblia é inspirada e não os escritores. Se fosse o contrário, tudo aquilo que eles escrevessem, de uma forma geral, seria Bíblia...
A palavra inspiração é “theopneutos”, que significa “theo” = Deus, e “pneutos” = assoprar. A palavra Hebraica é “nehemiah” e é usado somente uma vez no Velho
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Testamento em Jó 32:8. O versículo está dizendo que Deus assoprou nos escritores da Bíblia que escreveram assim as próprias Palavras de Deus.
A próxima passagem é: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1:21)
Literalmente o que o versículo está dizendo é que a inspiração é o processo pelo
qual o Espírito Santo “se moveu” ou dirigiu os escritores das Escrituras para que o que
eles escrevessem não fossem suas palavras, mas a própria Palavra de Deus. Deus nos está
dizendo que Ele é o Autor da Bíblia, e não o homem.
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21 Será que cada palavrinha da Bíblia é inspirada? O que Jesus disse acerca deste assunto? Vamos lá ver, o que nosso Senhor falou:
“Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas
de TODA a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4:4)
Que sublime afirmação do Mestre, onde Ele claramente nos diz que TODAS (não
somente algumas, não somente as que constam nos “melhores e mais antigos
manuscritos”, nem as que têm certa preferência da crítica textual), mas sim que todas as
palavras que saem da boca de Deus são alimento para o homem. Ou que dizer acerca do
cumprimento cabal da lei, declarado por Jesus:
“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um
til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5:18)
Ora aqui Jesus nos diz que TUDO o que está na lei, será cumprido. Existem
versículos que claramente proíbem acrescentar, ou diminuir, o que quer que seja – Ap
22:18-19 (lembre-se que uma vírgula numa frase pode alterar totalmente o sentido da
mesma). Se o próprio Espírito Santo supervisionou a entrega e o registro da revelação, Ele,
sendo Deus onipresente, onisciente e onipotente, garantiu que isto seria feito sem erros. De imediato, as pessoas dizem que a Bíblia é um livro de homens. Em outras
palavras, falha e imperfeita. Por mais sinceros, eruditos e criteriosos que fossem os
profetas, eles ainda estavam sujeitos às limitações da sua época e do seu conhecimento.
Como poderiam deixar de errar? É natural, assim, esperar que a Bíblia apresente erros gritantes em questões
filosóficas, científicas, literárias ou históricas. Os milagres, por exemplo, são vistos como
lendas da Antigüidade, tão verdadeiros e históricos quanto Branca de Neve e os Sete
Anões. De fato, tais conclusões seriam inevitáveis se o fator sobrenatural fosse descartado.
Mas, se o Espírito Santo, sendo o mesmo Deus, estava por trás da produção da Bíblia,
então é perfeitamente admissível que homens falhos fossem instrumentos para transmitir
informações infalíveis. E foi exatamente isso o que ocorreu.
Note:
- Inspiração é um mistério. - Inspiração é essencialmente proteção contra erros, como se Deus dissesse “As verdades que Eu quero transmitir, você as escreverá com as suas palavras, mas Eu vou guiá-lo para você não deixar de escrever toda e só a verdade que Eu quero que seja escrita, e não
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errar nem sequer uma letrinha ou o menor sinal de acentuação.” - Plenária significa palavra por palavra, e não apenas os pensamentos principais. - Verbal significa palavra por palavra, e não apenas os pensamentos principais. - Toda a Bíblia é igualmente inspirada, mas não igualmente importante (Jo 3:16 versus Jz 3:16). - Cada palavra é inspirada, mas só é autoritativa: a) no seu contexto; b) quando é de Deus [diretamente ou pelos Seus profetas] e não o registro (inspirado, infalível!) das mentiras do Diabo, demônios, ou homens. - Inspiração não exclui o uso de fontes extra-Bíblicas: At 17:28; Tt 1:12; Jd 14-15. - Inspiração não exige mesmos detalhes no relato de um mesmo evento: Mt 27:37 +
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22 Mc 15:26 + Lc 23:38 + Jo 19:19. - A inspiração está terminada: Ap 22:18-19. E só abrangeu a Bíblia.
Distinção entre inspiração e autoridade:
Algo deve ser dito a respeito da distinção entre inspiração e autoridade. Geralmente
as duas são idênticas, de modo que aquilo que é inspirado, tem também autoridade com
respeito ao ensino e à conduta, mas, ocasionalmente, não é isso o que acontece. Por
exemplo: o que Satanás disse para Eva foi registrado por inspiração, mas não é a verdade
(Gn 3:4-5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt 16:22), a declaração de Gamaliel ao
concílio (At 5:38-39); textos retirados do contexto, que assumem um significado totalmente
diferente de quando inseridos no contexto, etc. A BÍBLIA, REGISTRO MERECEDOR DE CONFIANÇA
A Bíblia é uma revelação de Deus absolutamente fidedigna. Essa afirmativa baseia-
se na atitude de Jesus para com o Antigo Testamento e no testemunho da Bíblia a Seu
próprio respeito (Mt 5:17-18; Mc 7:1-13; 12:35-37; Jo 5:39-47; 10:34-36; 1 Co 14:37-38; Ef 3:3). A Bíblia não tem a pretensão de ser uma enciclopédia infalível de informações sobre
todos os assuntos e, por isso, não nos fornece a resposta a todas as perguntas que
possamos fazer a respeito do mundo a nosso redor. (NEM TUDO NOS É REVELADO!).
As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos
pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as
palavras desta lei. (Dt 29:29).
Ela é escrita na linguagem do povo e não com a terminologia e exatidão científicas do nosso século. De fato, seria tolice esperar que o fosse, e se, por algum milagre, isso fosse conseguido, o livro se tornaria incompreensível para a maioria de nós, para todos os que nos precederam e, dentro de pouco tempo, se tornaria arcaica.
A Bíblia registra uma revelação progressiva de Deus através de muitos séculos e a
povos vários. Não devemos, portanto, tomar suas afirmações isoladamente, mas
considerá-la à luz do todo. Não podemos basear nossas crenças em versículos isolados,
destacados de seu contexto.
LEMBRE-SE: Texto fora de contexto é pretexto para heresias!
É inegável que a moderna ciência da Arqueologia muito tem feito no sentido de confirmar a exatidão da história registrada na Bíblia. Muito raramente, e em assuntos de pequena importância, põe um ponto de interrogação ao lado do registro bíblico.
Uma vez que a Bíblia registra uma revelação que se deu através da história, podemos sentir satisfação em saber que o esboço histórico apresentado na Bíblia é capaz
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de tanta confirmação arqueológica. Muitos problemas que se alegam existir na Bíblia, devem-se à nossa falta de saber
interpretá-la corretamente. Às vezes procuramos, por exemplo, informações literais em
passagens que devem ser tomadas como poéticas.
Através de uma compreensão integral da Bíblia, podemos descobrir que muitas
discrepâncias desaparecem ou são de somenos importância, no que se refere à verdade
da Bíblia, vista como um todo.
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TERMOS RELACIONADOS COM A INSPIRAÇÃO: A) A REVELAÇÃO DE DEUS:
“REVELAÇÃO É AQUELE ATO DE DEUS PELO QUAL ELE MESMO SE
DESCERRA E COMUNICA VERDADE À MENTE, MANIFESTANDO ÀS SUAS
CRIATURAS AQUILO QUE NÃO PODERIA SER CONHECIDO DE NENHUM
OUTRO MODO”.
A NECESSIDADE DA REVELAÇÃO:
Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo
aos seus servos, os profetas. (Amós 3:7)
Será possível ao homem, finito e limitado como é, em sua capacidade e em seu entendimento, compreender a grandeza do Deus infinito?
Por si mesmo, é evidente que não. A não ser que Deus se revele ao homem, este não pode conhecê-Lo.
Chega-se, portanto, à conclusão de que Deus se revelou às suas criaturas.
· A REVELAÇÃO DE DEUS DIVIDE-SE EM GERAL E ESPECIAL: • Revelação geral de Deus: É endereçada e acessível a TODA criatura inteligente, e tem
por objetivo persuadir a alma a buscar o verdadeiro Deus. Ela ocorre:
· Na Natureza: JÓ 12:7-9; SL 8:1, 3; 19:1-3; IS 40:12-14, 26; AT 14:15-17; RM 1:19-23,
2:14-15. SUA FINALIDADE É INCITAR O HOMEM A BUSCAR O DEUS
VERDADEIRO, PARA RECEBER MAIS LUZ. DEIXA O HOMEM INESCUSÁVEL, MAS É INSUFICIENTE PARA SALVAÇÃO. ALGUMAS VERDADES CONTIDAS NAS RELIGIÕES PAGÃS DERIVAM-SE DESSA FONTE DE REVELAÇÃO. É, CONTUDO, INSUFICIENTE. SE REVELA A GRANDEZA, A SABEDORIA E O PODER DE DEUS, NADA DIZ DO INTERESSE QUE ELE TEM NO HOMEM PECADOR, NEM SE ESTE PODE SE SALVAR.
· Na História DE NAÇÕES TAIS COMO O EGITO, ASSÍRIA, ETC. EMBORA DEUS
POSSA USAR UMA NAÇÃO MAIS ÍMPIA PARA CASTIGAR UMA MENOS
ÍMPIA, AO FINAL TRATARÁ A MAIS ÍMPIA COM MAIOR SEVERIDADE (HC
1:1-2:20). E, MUITÍSSIMO MAIS, NA ESPANTOSA HISTÓRIA DA “PULGUINHA”
ISRAEL. DT 28:10; SL 75:6-8; PV 14:34; AT 17:2-4; RM 13:1. ESSE POVO
ACREDITAVA QUE DEUS, A QUEM CONHECIA POR NOME DE JAVÉ OU
JEOVÁ, AGIA NA SUA VIDA INDIVIDUAL E NACIONAL (SL 78); QUE LHE
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FALAVA POR MEIO DE PROFETAS (1 SM 3; IS 6; OS 1; AM 7:14-17),
REVELANDO-LHES QUE SEU CARÁTER ERA DE JUSTIÇA E AMOR (IS 6:3; AM
5:6-27; DT 7:8; JR 31:3; OS 11:1); QUE ISRAEL ERA SEU POVO ESCOLHIDO (DT
7:7-26; JR 7:23; 13:11) E QUE DELE DEUS RECLAMAVA NÃO SÓ O CULTO,
COMO TAMBÉM A JUSTIÇA E O AMOR EM SUA VIDA SOCIAL E NACIONAL
(AM 5:21-24; IS 1:27; MQ 6:8). ESSE DEUS ERA SENHOR DA CRIAÇÃO (IS 40;
42:5; AM 5:8) E REI MORAL DA HISTÓRIA (DT 28; JZ 2; AM 5:14). HAVERIA, UM
DIA, DE JULGAR O MUNDO E ESTABELECER UM REINO DE JUSTIÇA. SEU
PROPÓSITO FINAL PARA OS HOMENS ERA, PORTANTO,
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24 A SALVAÇÃO E, PARA ESSE FIM, ESCOLHERA A ISRAEL PARA SEU SERVO, O QUAL DEVERIA LEVAR TODOS OS HOMENS À RELIGIÃO VERDADEIRA. COMO, PORÉM, ISRAEL ESTAVA PREJUDICADO PELO SEU PECADO, PARA EXECUTAR A TAREFA, DEUS PROMETERA LEVANTAR, FUTURAMENTE, UM LIBERTADOR, CHAMADO, ORA DE REI, NA SUCESSÃO DE DAVI, ORA DE SERVO DO SENHOR (IS 2:1-4; 9:1-7; 42:1-9; 49:1-6; 50:4- 9; 52:13; 53:12; JR 31:31-40; 33:14-16; EZ 34:37). ESTA REVELAÇÃO JÁ É MAIS EXPLÍCITA E INFORMATIVA DO CARÁTER PESSOAL DE DEUS, DO QUE A REVELAÇÃO ATRAVÉS DA NATUREZA. CONTUDO, É TAMBÉM INCOMPLETA.
Na Consciência: A Lei gravada nos corações,"uma espiã de Deus em nosso peito," "uma
embaixadora de Deus em nossa alma," como os puritanos costumavam chamá-la.
Rm 2:14-16. É a presença no homem desta ciência do que é certo e errado, deste algo
discriminativo e impulsivo que constitui a revelação de Deus. Não é auto-imposta,
como fica evidenciado pelo fato de que o homem freqüentemente se livraria de suas
opiniões se pudesse; é o reflexo de Deus na alma. Na nossa consciência temos outra
revelação de Deus. Suas proibições e ordens, suas decisões e impulsos não teriam
qualquer autoridade real sobre nós se não sentíssemos que na consciência temos de
alguma forma a realidade, algo em nossa natureza que, todavia, está acima dessa
natureza. Em outras palavras, ela revela o fato de que há uma lei absoluta do certo e
do errado no universo e de que há um Legislador Supremo que encarna esta lei em
Sua própria pessoa e conduta. • Revelação especial de Deus: ABRANGE OS ATOS DE DEUS PELOS QUAIS ELE SE FEZ CONHECER E À SUA VERDADE, EM OCASIÕES ESPECIAIS E A PESSOAS ESPECÍFICAS, MAS QUASE SEMPRE PARA O BENEFÍCIO DE TODOS.
É NECESSÁRIA PORQUE O HOMEM NÃO RESPONDEU À REVELAÇÃO
GERAL. RM 1:20-23,25; 1 CO 1:21; 2:8. ELA OCORRE:
Em Jesus Cristo, A SUPREMA REVELAÇÃO DE DEUS (CL 1:15; 2:9; HB 1:3), NECESSÁRIA PORQUE O HOMEM NÃO RESPONDEU ÀS OUTRAS HB 1:1-3.
CRISTO É A MELHOR PROVA DA: EXISTÊNCIA, NATUREZA, E VONTADE DE
DEUS! A vinda de Jesus Cristo foi a manifestação suprema e o pleno cumprimento
da Revelação que Deus começara a fazer de Sua Pessoa, na vida de Israel. Jesus
afirmou expressamente que Ele era Aquele de quem os profetas falavam (Mt 5:17;
Lc 24:44). Referia-se a Si mesmo como o Filho de Deus (Mt 11:25-27) e atribuía às
Suas próprias palavras a autoridade de Deus (Mc 2:1-12; 13:31; 14:62). Além das
Suas palavras, o caráter e as ações de Cristo deviam ser considerados manifestações
de Deus aos homens. Disso eram sinais: Seus milagres e Suas obras poderosas (Lc
12:54-56; Jo 3:2; 14:11). Toda a Sua vida demonstrara o amor que caracteriza a Deus
(Mc 2:17; 10:21, 45; Lc 19:1-10; Jo 3:16). Sua morte coroou Sua vida de abnegação em
favor dos homens (Mc 14:22- 24) e Sua ressurreição e ascensão declararam que Deus
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se agradara da obra de Seu Filho e O tinha exaltado (At 3:14-26; Rm 1:4). Seus
discípulos passaram o restante de suas vidas anunciando-O como Aquele que
verdadeiramente revelava Deus aos homens e lhes restabelecia a relação adequada
com Ele. As provas impressionantes de Sua influência nas vidas humanas, a partir
de então, são outras tantas confirmações de Sua pretensão de revelar Deus aos
homens. Essa Revelação, na qual Deus se fez homem, na Pessoa de Seu Filho Jesus
Cristo, é uma Revelação pessoal, perfeita e que não se repete. No sentido mais
completo, Jesus Cristo é a PALAVRA DE DEUS aos homens (Jo 1:1-18; Hb 1:1-2).
É evidente, portanto, que ninguém pode conhecer a Deus, senão por Jesus Cristo (Jo
1:18; Mt 11:27).
Nas Experiências Pessoais de Certos Homens: Enoque e Noé andaram com Deus (Gn 5:21-24; 6:9); Deus falou a Noé (Gn 6:13; 7:1; 9:1); a Abraão (Gn 12:1-3); a Isaque
(Gn 26:24); a Jacó (Gn 28:13; 35:1); a José (Gn 37:5-11); a Moisés (Êx 3:3-10; 12:1); a
Josué (Js 1:1); a Gideão (Jz 6:25); a Samuel (1 Sm 3:2-4); a Davi (1 Sm 23:9-12); a Elias
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25 (1 Rs 17:2-4); a Isaías (Is 6:8), etc. Da mesma maneira, no N. T. Deus falou a Jesus (Mt 3:16-17; Jo 12:27-28); a Pedro, Tiago e João (Mc 9:7); a Felipe (At 8:29); a Paulo
(At 9:4-6; 18:9); e a Ananias (At 9:10). Nas experiências de nós, crentes da dispensação da graça.
· EM MILAGRES: eventos fora do usual e natural, realizando uma obra útil,
revelando a presença e poder de Deus, visando trazer homens a Cristo (Jo 20:30-31).
Êx 4:2-5 (Deus transformou vara em cobra) contraste Êx 7:1-2 (imitação,
desmascarada). Milagres podem ser: a) de intensificação (exemplo: dilúvio) ou “tempo exato” (terremoto na crucificação) de fenômenos naturais (praga de saraiva e fogo); a força de Sansão, etc. b) de alteração das leis naturais (multiplicação dos pães, florescimento da vara de Arão,
obtenção de água da rocha, cura dos doentes, ressurreição de mortos). Se alguém quiser contestar a existência de milagres, lembre- lhe que a pergunta certa é
“as testemunhas são absolutamente confiáveis?” e não “o evento é naturalmente
possível?”. Demonstre a historicidade da ressurreição de JESUS CRISTO. Mostre que
se ele crer na ressurreição e no Ressurreto Homem-Deus, aceitará todos os milagres da
Bíblia. Fale de respostas às orações.
· Em Profecias-predição de eventos, só possível pela comunicação direta da parte de
Deus Is 44:28-45:1 (Ciro). Se alguém quiser contestar a existência de profecias,
mostre-lhe que se ele crer no Profetizado Emanuel, aceitará todas as profecias da
Bíblia.
Mostre-lhe as profecias cumpridas em Cristo:
· Ele deveria ser nascido de uma virgem (Is 7:14; Mt 1:23); · da semente de Abraão (Gn 12:3; Gl 3:8); · da Tribo de Judá (Gn 49:10; Hb 7:14); · da linhagem de Davi (Sl 110:1; Rm 1:3); · deveria nascer em Belém (Mq 5:2; Mt 2:6); · ser ungido pelo Espírito (Is 61:1-2; Lc 4:18-19); · entrar em Jerusalém montado em um asno (Zc 9:9; Mt 21:4-5); · ser traído por um amigo (Sl 41:9; Jo 13:18); · ser vendido por trinta moedas de prata (Zc 11:12-13; Mt 26:15; 27:9-10); · ser abandonado por seus discípulos (Zc 13:7; Mt 26:31, 56); · ter suas mãos e pés traspassados, mas não ter nenhum osso quebrado (Sl 22:16;
34:20; Jo 19:36; 20:20, 25); · os homens iriam dar-lhe fel e vinagre a beber (Sl 69:21; Mt 27:34);
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· repartir Suas vestes e lançar sortes sobre Sua túnica (Sl 22:18; Mt 27:35); · Ele seria abandonado por Deus (Sl 22:1; Mt 27:46); · enterrado com os ricos (Is 53:9; Mt 27:57-60); · Ele iria surgir dos mortos (Sl 16:8-11; At 2:27); · subir às alturas (Sl 68:18; Ef 4:8); · e se assentar à mão direita do Pai (Sl 110:1; Mt 22:43-45).
Será que não temos nestas predições que já foram cumpridas uma forte prova do
fato que Deus Se revelou por profecia? E se Ele o fez nestas predições, o que nos impede
de crer que O fez em outras também?
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Em profecias-enunciação de verdades “assopradas” pelo Espírito Santo” 2 Tm 3:16;
2 Pe 1:20-21. · Nas Escrituras, QUE REÚNEM TODA A REVELAÇÃO QUE DEUS QUIS QUE
FICASSE INERRANTEMENTE CORPORIFICADA, SENDO A BASE PARA TODAS AS DISCIPLINAS DA TEOLOGIA. Se a suprema revelação de Deus é Jesus Cristo, surge o problema: como então pode Deus revelar-se a nós, que vivemos dois milênios depois de Cristo? Não estando
Jesus visivelmente entre nós, ficamos privados da possibilidade de alcançar a plena revelação de Deus? A resposta a essas perguntas é que existe ainda outra forma de revelação. É que o
Espírito de Deus capacitou homens a darem testemunho escrito da revelação que
receberam, de modo a poderem interpretá-la e transmiti-la às gerações posteriores.
Assim, podemos chegar ao conhecimento da revelação de Deus na Natureza, na
História, etc, e em Jesus Cristo, através do registro que dela temos em mãos, na
BÍBLIA, e pelo qual Deus fala hoje aos homens. Desse modo, Jesus Cristo se revela ainda aos homens. Ele não é uma extinta Figura
do passado, mas o FILHO VIVO DE DEUS, de maneira que os cristãos que vivem
em eras posteriores à Sua crucificação podem afirmar que O conhecem e têm
comunhão com Ele.
Uma vez que é a Bíblia o meio pelo qual seguramente Deus se revela hoje aos
homens, devemos examinar com algum cuidado seu caráter, sua suficiência e a
confiança que merece como revelação de Deus (2 Tm 3:15; Hb 1:1).
MÉTODOS DE REVELAÇÃO:
POR ANJOS GN 18 (3 ANJOS, ABRAÃO, SODOMA); COM VOZ ALTA GN 3:9-19
(PUNINDO A QUEDA); COM VOZ SUAVE 1 RS 19:11, 12 (A ELIAS); SL 32:8; PELA
NATUREZA SL 19:1-3; POR UM JUMENTO NM 22:28 (BALAÃO); POR SONHOS GN
28:12 (ESCADA DE JACÓ); EM VISÕES GN 46:2; AT 10:3-6 (PEDRO E CORNÉLIO);
LIVRO DE APOCALIPSE; CRISTOFANIAS ÊX 3:2 (O ANJO NA SARÇA). A Revelação de Deus no Antigo Testamento é uma revelação com as seguintes características:
a) É uma revelação autoritária - Jo 5:39; Lc 19:19-31. b) É uma revelação verídica - Jo 10:35; Is 34:16. c) É uma revelação progressiva - Hb 1:1, 2. d) É uma revelação parcial - Hb 1:1, 2; Cl 2:17; Hb 10:1. B. A ILUMINAÇÃO:
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“É AQUELE MÉTODO USADO PELO ESPÍRITO SANTO PARA DERRAMAR LUZ
DIVINA SOBRE TODO O HOMEM QUE O BUSQUE, AO SER ESTE HOMEM
EXPOSTO À PALAVRA DE DEUS.” • A iluminação se faz necessária por causa das cegueiras: natural 1 Co 2:14; induzida pelo
Diabo 2 Co 4:3-4; induzida pela carne 1 Co 3:1; Hb 5:12-14; 2 Pe 1:19. • Só com a iluminação é que pecadores são salvos (Sl 119:30; 146:8) e crentes são
fortalecidos (Sl 119:105; 1 Co 2:10; 2 Co 4:6).
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27 • Antes de iluminar, o Espírito Santo procura por sinceridade do homem (Dt 4:29; Hb
11:6) e diligente estudo do crente (At 17:11; 2 Tm 2:15; 1 Pe 2:2). • O Espírito Santo sempre tem que usar um crente (que O tem) para iluminar o descrente
(que não O tem) At 8:31. C. COMPARAÇÃO REVELAÇÃO-INSPIRAÇÃO-ILUMINAÇÃO: Revelação: comunicação da verdade. Inspiração: registro da verdade. Iluminação: entendimento da verdade.
---inspiração--- >
DEUS ---revelação--- > Homem BÍBLIA
<--- iluminação---
Podemos ter revelação sem inspiração , como tem sido o caso de muitas pessoas
piedosas no passado e como fica claro pelo fato de João ter ouvido as vozes dos sete
trovões, apesar de não lhe ter sido permitido escrever o que eles disseram (Ap 10:3-4). Podemos também encontrar inspiração sem revelação, como quando os escritores
registram o que viram com seus próprios olhos e descobriram pela pesquisa (1 Jo 1:1-4; Lc
1:1-4). A iluminação geralmente acompanha a inspiração ou está incluída nela, mas nem
sempre, conforme pode ser visto em 1 Pe 1:11-12.
TEORIAS ANTIBÍBLICAS SOBRE A INSPIRAÇÃO
A) TEORIA MECANISTA, OU DO DITADO = “Deus usou homens como meros
amanuenses”.
Esta teoria ignora diferenças de estilo entre os escritores; ignora que Deus não usou
robôs inanimados nem psicografistas (“pneumografistas”) talvez até inconscientes do que
escreviam, mas usou, sim, homens com personalidades distintas; e ignora que a Bíblia é
ambos 100% divina e 100% humana, respeitando a personalidade e estilo de cada escritor!
2Pe 1:21. Deus usou as personalidades e modos de expressão peculiares a cada escritor:
“somente” os protegeu do menor erro, desvio, omissão, e excesso. Inspiração é basicamente essa proteção.
B) TEORIA DA INSPIRAÇÃO NATURAL = “a inspiração da Bíblia é só momentos de
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superioridade do homem natural, como Beethoven na “Sinfonia Inacabada”. 2 Pe 1:20-21.
Assim, cometem o erro de pensar que: “o Salmo 23 não é mais inspirado que o
grande hino ‘Rude Cruz’; o Sermão do Monte não é mais inspirado que ‘Pecadores nas
Mãos de um Deus Irado’, de Jonathan Edwards; a História do Filho Pródigo não é mais
inspirada que ‘O Peregrino’, de John Bunyan, etc.” C) TEORIA DA INSPIRAÇÃO PARCIAL, dinâmica = “A Bíblia só é inspirada no
espiritual e essencial, não na História, Ciência, etc. e no que achamos ‘secundário’.” 2 Tm 3:16; Jo 3:12.
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O que é essencial? aquilo que você gosta??!!! Isto é puro subjetivismo louco! Como
crer o maior (o espiritual, invisível, eterno) de quem não creio o menor (material, tangível,
efêmero)? (Jo 3:12). “A teoria dinâmica não explica, nem mesmo tenta explicar, como os escritores poderiam
estar possuídos de conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentença e serem
rebaixados a um nível muito inferior na seguinte. Ela não nos dá a psicologia daquele
estado de espírito que pode se pronunciar infalivelmente sobre matérias de doutrina,
enquanto que se desvia a respeito dos fatos mais simples da história. Ela não tenta analisar
a relação existente entre as mentes Divina e humana, que produz tais resultados.” (Marcus
Dods, em A Bíblia: Sua Origem e Natureza, 1912, pág. 122)
D) TEORIA DA INSPIRAÇÃO SÓ DO PENSAMENTO PRINCIPAL, Não das palavras em si (Sl 138:2; Mt 5:18; 1 Co 2:13; 2 Tm 3:16). E) TEORIA DO “ENCONTRO MÍSTICO” = “AQUELES QUE TIVERAM ‘ENCONTROS’
(EXPERIÊNCIAS EMOCIONAIS) COM DEUS ESCREVERAM A VERDADE SEM A SUA PROTEÇÃO, MUITO MISTURADA COM MITOS E IMAGINAÇÕES. HOJE, A BÍBLIA NÃO É, MAS CONTÉM A PALAVRA DE DEUS, QUE EU DESCUBRO QUANDO, NUM
‘ENCONTRO’ (» NIRVANA), PERCEBO O QUE DEUS TEM POR BAIXO DOS MITOS BÍBLICOS. SÓ ENTÃO, ELA TORNA-SE A SUA PALAVRA, PARA MIM.”
ISTO É PURO SUBJETIVISMO LOUCO, LEVANDO ÀS MAIS DISPARATADAS
CONCLUSÕES! 2 Tm 3:16
PROVAS DA INSPIRAÇÃO PLENÁRIA, VERBAL, INFALÍVEL
A Bíblia é inspirada (“assoprada para dentro do homem”) por Deus: Ver a seção: “A
Bíblia é a corporificação da revelação de Deus”.
· ESTA INSPIRAÇÃO É: a) Por Deus (!): At 1:16; 2 Tm 3:16-17; Hb 10:15-17; 2 Pe 1:20-21. b) Verbal (= palavra por palavra, e não apenas os pensamentos principais): Sl 138:2; Mt 4:4-5; 5:17-18; 22:32; 1 Co 2:13; Gl 3:16. c) Plenária (= toda ela, de capa a capa, sobre todo e qualquer assunto): 2 Tm 3:16-17. d) Infalível e inerrável (= não contém nenhum erro, é incapaz de errar e de falhar): Mt
5:18; Jo 10:35b.
· A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO PLENÁRIA, VERBAL E INFALÍVEL DA
BÍBLIA É ASSEGURADA POR:
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a) O caráter de Deus: IRIA O DEUS PERFEITO, ETERNO E IMUTÁVEL, CONSENTIR
QUE AS SUAS REVELAÇÕES FOSSEM EXPRESSAS IMPERFEITA E FALIVELMENTE
PELOS SEUS PROFETAS? ISTO É INIMAGINÁVEL! b) O caráter e declarações da Bíblia: b.1) (Ver: “O caráter transcendente da Bíblia”). A BÍBLIA TEM UNIDADE, CONTEÚDO E
PADRÃO MORAL, INCOMPARAVELMENTE SUPERIORES A TODOS OS OUTROS
LIVROS.
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29 b.2) (Ver: “Declarações da Bíblia sobre si mesma”). A BÍBLIA É ABSOLUTAMENTE
CONFIÁVEL EM TUDO O QUE PODE SER CHECADO, ENTÃO DEVEMOS ACEITAR O
QUE DIZ DE SI MESMA: b.3) A Bíblia clama ser a plenária, verbal e infalível Palavra de Deus:
· Explicitamente em Sl 138:2; 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20-21. - As peculiaridades do sistema mosaico ficam claras à luz de uma revelação progressiva.
A Lei a Graça e a doutrina do Espírito Santo estão interligadas ao propósito
dispensacional de Deus.
· Mais de 3800 vezes em frases diretas como “Assim diz o Senhor” no V. T.: Êx 14:1;
Is 43:1; Ez 1:3. · No reconhecimento de um escritor/livro por outro: 2 Rs 17:13; Sl 19:7; 33:4; 119:89;
Is 8:20; Gl 3:10; 1 Pe 1:23; At 1:16; 28:25; 1 Pe 1:10-11. Pedro reconheceu a inspiração
dos escritos de Paulo 2 Pe 3:15-16. Pedro e Paulo reconhecem a inspiração de todo o
restante das Escrituras. 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20.
Cristo ensinou que a Bíblia é infalivelmente inspirada (Jo 10:35b; Mt 4:4; 5:17- 18;
22:32) e também eterna e perfeitamente preservada por Deus (Mt 4:4; 5:18; 24:35 [= Lc 21:33];
Lc 16:17) OBJEÇÕES À INSPIRAÇÃO PLENÁRIA E VERBAL: A) ALEGAM QUE HÁ “RECONHECIMENTO DE NÃO INSPIRAÇÃO”: BASTA UM BOM EXAME DO CONTEXTO (OU UM PERFEITO ENTENDIMENTO DOS IDIOMAS E
DOS MANUSCRITOS PELOS QUAIS DEUS PRESERVOU INFALIVELMENTE SUA
PALAVRA: TEXTO MASSORÉTICO E TEXTO RECEBIDO). EXEMPLO: EM 1 CO 7:12, 25. PAULO, QUE ESTAVA SÓ REPETINDO MT 5:31-32; 19:3-9 (DIVÓRCIO), AGORA
INTRODUZ UM MANDAMENTO IGUALMENTE INSPIRADO (COMPARE: 1 CO 7:40). B) ALEGAM QUE HÁ “CITAÇÕES EXPRESSANDO ERROS”: SÃO SÓ CITAÇÕES
(FIÉIS!) DE ERRADOS E/OU MENTIROSOS HOMENS (SL 10:4) OU DO DIABO (GN 2:4-
5). C) “ERROS HISTÓRICO-CIENTÍFICOS”: BASTA LEMBRARMOS QUE: • Assim como os cientistas usam expressões “pôr-do-sol”, “quatro cantos da terra” (por
serem referenciais cômodos, de fácil entendimento), a Bíblia usa a linguagem das
aparências, em certas passagens, etc.; Ademais, a Bíblia é 100% exata, mas não é formal,
matemática. • A Bíblia só relata fragmentos da verdade Jo 20:30-31. • Relatos distintos podem se complementar (CONTRADIZER!) OU PODEM
ENFATIZAR DIFERENTES ASPECTOS DOS EVENTOS OU DOUTRINAS.
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• A Bíblia foi por Deus infalivelmente inspirada e preservada (através do Texto
Massorético e do Texto Recebido), palavra por palavra, til por til, mas os tradutores mais
fiéis e tremendamente cuidadosos podem aqui e acolá ter sido algo menos que perfeitos... • A verdadeira ciência se limita a fatos da observação ou experimentação (a Teoria da
Evolução, das Camadas Geológicas, da Astrofísica, etc., não o fazem, resultam de meras
suposições loucas!).
• Cientistas hoje admitem que a luz apareceu antes do sol. D) “APARENTES CONTRADIÇÕES”: SEMPRE TÊM EXPLICAÇÕES, SE PRESTARMOS
MUITA ATENÇÃO. EXEMPLOS: · NM 25:9 VERSUS 1 CO 10:8 (DIFERENTES NÚMEROS DE MORTOS PELA PRAGA):
NM NÃO SE LIMITOU A 1 SÓ DIA! · LC 6:17 VERSUS MT 5:1 (O SERMÃO FOI NO MONTE OU EM LUGAR PLANO?): 2
SERMÕES, SENDO 1 PARA OS DISCÍPULOS, OUTRO PARA O POVO. OU 1 SERMÃO,
EM
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30 LUGAR PLANO NO MEIO DO MONTE? A PLANURA EM LC 6:17 ERA
PROVAVELMENTE NA MESMA MONTANHA MENCIONADA EM MT 5:1. MT 20:29 VERSUS MC 10:46 + LC 18:35 (1 OU 2 CEGOS? NA ENTRADA OU SAÍDA
DE JERICÓ?): 2 CEGOS NA ENTRADA, 1 NA SAÍDA. PROVAVELMENTE, FORAM OS 2 CEGOS CURADOS ENTRE JERICÓ VELHA E JERICÓ NOVA, SENDO QUE MC E LC MENCIONAM SOMENTE O MAIS NOTÁVEL.
MT 8:5-13 VERSUS LC 7:1-10: CENTURIÃO DE CAFARNAUM COM SERVO MORIBUNDO: OUVIU FALAR DE JESUS -> ENVIOU ANCIÃOS JUDEUS PARA
CHAMÁ-LO -> ENVIOU AMIGOS -> FOI ELE MESMO -> CREU -> VOLTOU ->
CONSTATOU MILAGRE. OBS: 2 Rs 8:26 versus 2 Cr 22:2
1 Rs 4:26 versus 2 Cr 9:25 – (Apresentar estudo mostrando que não são erros) E) “ERROS EM PROFECIAS”: ESSES APARENTES ‘ERROS’ SÃO MÁS
INTERPRETAÇÕES DAS PROFECIAS, OU PROFECIAS AINDA A SEREM CUMPRIDAS
(DN 2, 7, 9, 11, 12; ZC 12-14; A MAIOR PARTE DO LIVRO DE APOCALIPSE). NEM
PAULO, NEM TIAGO, NEM PEDRO ENSINARAM QUE CRISTO VIRIA
IMEDIATAMENTE, MAS SIMPLESMENTE, QUE ELE PODERIA VIR A QUALQUER
HORA (II CO 5:4; I TS 4:15-17; TG 5:9; 2 PE 3:4, 8, 9). F) “IMPOSSIBILIDADE CIENTÍFICA DE MILAGRES”: (VER O ITEM “A REVELAÇÃO
ESPECIAL DE DEUS”). QUANDO A EXISTÊNCIA DO DEUS TODO-PODEROSO É
ACEITA, ENTÃO NÃO HÁ PROBLEMA EM SE ACEITAR A SUA INTERVENÇÃO
SOBRENATURAL (E COERENTE CONSIGO MESMO): SE, QUANDO, COMO, E ONDE
ELE O DESEJE. G) “ERROS NA CITAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE SI PRÓPRIA”: Às vezes, os escritores
do Novo Testamento simplesmente expressam suas idéias com palavras emprestadas de uma passagem do Velho Testamento, sem a pretensão de interpretar a passagem (Rm 10:6-8, cf. Dt 30:12-14). Às vezes eles destacam um elemento típico em uma passagem que não tem geralmente sido reconhecido como típico (Mt 2:14, cf. Os 11:1). Às vezes, dão crédito a uma profecia mais recente, quando eles realmente estão citando uma forma mais antiga da
mesma (Mt 27:9, cf. Zc 11:13). Às vezes eles combinam duas citações em uma só, e atribuem o todo ao autor mais proeminente (Mc 1:2-3). ADEMAIS, O AUTOR (O ESPÍRITO SANTO) DE TODA A BÍBLIA TEM TODO O DIREITO DE RE-EXPRESSAR-SE E RE-EXPLICAR-SE CONFORME SEU DESEJO SOBERANO. H) “IMORALIDADE DOS HOMENS”: É REGISTRADA; HONESTAMENTE (!); MAS
NUNCA É SANCIONADA. Ex: a bebedeira de Noé (Gn 9:20-27), o incesto de Ló (Gn
19:30-38), a falsidade de Jacó (Gn 27:19-24), o adultério de Davi (2 Sm 11:1-4), a poligamia
de Salomão (1 Rs 11:1-3, cf. Dt 17:17), a severidade de Ester (Et 9:12-14), as negações de
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Pedro (Mt 26:69-75). OBS: APARENTES SANÇÕES À IMORALIDADE SÃO SANÇÕES SÓ A UMA VIRTUDE
ACOMPANHANTE: EXEMPLOS: I) DIVÓRCIO (DT 24:1 VERSUS MT 5:31-32 + 19:7-9), ETC: FORAM
TOLERADOS/DISCIPLINADOS COMO UM BEM RELATIVO, NUNCA
RECOMENDADOS COMO UM BEM ABSOLUTO. II) A MATANÇA DOS CANANEUS (DT 7:1-2; 20:16-18), OS SALMOS IMPRECATÓRIOS
(35, 69, 109, 137), ETC: MOSTRAM UM DEUS SOBERANO, SANTO, E JUSTO, QUE PODE
USAR HOMENS PARA EXECUTAR SEUS DESÍGNIOS.
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31 Strong diz que os salmos imprecatórios são “não a ebulição de ódio pessoal, mas a
expressão de indignação judiciosa contra os inimigos de Deus”, e que a destruição dos
cananitas “foi simplesmente cirurgia benevolente que amputou um membro pútrido, e
assim salvou a vida religiosa da nação hebraica e do mundo posterior”.
A BÍBLIA É A CORPORIFICAÇÃO DA REVELAÇÃO DE DEUS:
DECLARAÇÕES DA PRÓPRIA BÍBLIA: A Bíblia é absolutamente genuína e confiável em tudo que podemos checar com fatos (ver
seções “genuinidade” e “confiabilidade da Bíblia”)!
Portanto, como é natural até nas relações diplomáticas e comerciais, somos
justificados em aceitar o que ela diz de si mesma, declarando-se no V. T. (mais de 3800
vezes: Êx 14:1; Is 43:1; Ez 1:3) e no N. T. (1 Co 14:37; Gl 1:11-12; Hb 2:1-4; 2 Pe 3:2; 1 Jo 5:10;
Ap 22:18-19) como a corporificação da revelação de Deus. 2 Tm 3:16-17; 2 Pe 1:20-21.
ARGUMENTOS:
a) ARGUMENTO “A PRIORI” (prova que tem que haver uma Bíblia Divina, mas ainda
não prova que é a nossa): O homem é depravado e não pode ir a Deus. Deus é bom, amor, misericórdia,
graça, ... Portanto, esperar-se-ia que Deus se revelasse e corporificasse Sua revelação.
b) ARGUMENTO DA ANALOGIA : (EXIGE HAVER UMA BÍBLIA DIVINA, MAS
AINDA NÃO PROVA QUE É A NOSSA):
HOMENS ± “BONS” COMUNICAM VERDADES AOS QUE A NECESSITAM.
DEUS É INFINITAMENTE BOM AT 14:15-17. PORTANTO, SEGURAMENTE DEUS SE
REVELOU E CORPORIFICOU SUA REVELAÇÃO.
c) A SINGULAR E ESPANTOSA INDESTRUTIBILIDADE DA BÍBLIA :
O tempo não afeta Bíblia. É o livro mais antigo do mundo e ao mesmo tempo o
mais moderno. Em mais de 20 séculos o homem não pôde melhorá-la. Se a Bíblia fosse de
origem humana em 20 séculos ela já estaria superada, ou seja, desatualizada.
Uma vez que o homem moderno se farta de tanto saber, era de se esperar que já
tivesse produzido uma Bíblia melhor! Para o salvo isto é uma evidência da Bíblia como a
Palavra imutável de Deus.
Mesmo sob a mais tenaz/variada, violenta/sutil perseguição já vista, a Bíblia nunca foi destruída! Portanto ela tem que ser divina.
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(“Os malhos se amassam-despedaçam, mas a bigorna permanece”). O ataque satânico contra a palavra de Deus remonta o Jardim do Éden. A primeira
intervenção de Satanás na História foi adulterando e pondo dúvida na Palavra de Deus:
nascia a primeira Bíblia na Linguagem de Hoje! O primeiro pecado de Eva foi o de aceitar
a suposta palavra de Deus "modernizada" da boca do Diabo.
"ORA, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus
tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse?: Não comereis de toda a
árvore do jardim?" (Gn 3:1 - ACF)
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32 Repare que quem fica a ganhar com esta controvérsia Bibliológica, é o pai da
mentira; e não o povo de Deus. Séculos mais tarde, Satanás recorreu novamente às Escrituras para tentar o Mestre
Jesus em Mateus 4:1-11. Os imperadores romanos descobriram que os cristãos baseavam sua crença nas
Escrituras. Conseqüentemente, buscaram suprimi-las ou exterminá-las. O mais notável foi
Dioclécio que, através de um decreto real em 303 A. D., ordenou que todos os exemplares
da Bíblia fossem queimados. Ele havia matado tantos cristãos e destruído tantas Bíblias
que, quando os cristãos ficaram quietos por algum tempo e permaneceram escondidos, ele
achou que havia realmente conseguido eliminar as Escrituras. Ele fez com que em uma
medalha fosse gravada a seguinte inscrição: “A religião cristã está destruída e o culto aos
deuses restaurado”. Entretanto, não demorou muito para que Constantino subisse ao
trono e fizesse do cristianismo a religião oficial. O que diria Dioclécio se pudesse voltar a
terra e ver como a Bíblia tem prosseguido em sua missão mundial! Durante os dois séculos em que o Papado teve poder absoluto na Europa Ocidental
(1073-1294), os estudiosos passaram a colocar o credo acima da Bíblia. Enquanto que a
maioria deles ainda procurava o apoio das Escrituras para o credo, alguns deles se
apegavam a revelações posteriores, transmitidas apenas pela tradição, e não tão
dependentes nos ensinamentos da Bíblia. Fisher diz que durante este período: “a leitura da
Bíblia por parte dos leigos ficou sujeita a tantas restrições, especialmente após a ascensão
ao poder dos Valdenses, que, se não era absolutamente proibida, era vista com graves
suspeitas”. (George P. Fisher, História da Igreja Cristã, pg. 219). Muitos meios foram usados para que a Bíblia ficasse restrita ao pequeno círculo dos
sacerdotes, padres, bispos e papas. Dentre as medidas para conter o avanço da Palavra de Deus, estão as seguintes:
1) Em 1229, o Concílio de Toulouse (França), o mesmo que criou a diabólica
Inquisição, determinou: “Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo
Testamento... Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no
vernáculo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros
subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente
destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e
qualquer que os abrigar será severamente punido.” (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX,
Anno Chr. 1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os
albigenses. Em “Acts of Inquisition, Philip Van Limborch, History of the Inquisition, cap.
08, temos a seguinte declaração conciliar: “Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que
algumas pessoas indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que
distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelho para seus
próprios propósitos... (elas sabem que) a pregação e explanação da Bíblia são
absolutamente proibidas aos membros leigos”. 2) No Concílio de Constança, em 1415, o santo Wycliffe, protestante, foi
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postumamente condenado como “o pestilento canalha de abominável heresia, que inventou uma nova tradução das Escrituras em sua língua materna”.
3) O Papa Pio IX, em sua encíclica “Quanta cura”, em 8 de dezembro de 1866, emitiu uma lista de oito erros sob dez diferentes títulos. Sob o título IV ele diz: “Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas devem ser destruídas através de todos os meios possíveis”.
4) Em 1546 Roma decretou: “a Tradição tem autoridade igual à da Bíblia”. Esse dogma está em voga até hoje, até porque existe o dogma da “infalibilidade papal”. Ora, se os dogmas, bulas, decretos papais e resoluções outras possuem autoridade igual à das Sagradas Escrituras, os católicos não precisam buscar verdades na Palavra de Deus.
5) O Papa Júlio III, preocupado com os rumos que sua Igreja estava tomando, ou
seja, perdendo prestígio e poder diante do número cada vez maior de “irmãos separados”
ou “’cristãos novos” ou “protestantes” (apesar dos massacres), convocou três bispos, dos mais sábios, e
lhes confiou a missão de estudarem com cuidado o problema e apresentarem as sugestões
cabíveis. Ao final dos estudos, aqueles bispos apresentaram ao papa um documento
intitulado “DIREÇÕES CONCERNENTES AOS MÉTODOS ADEQUADOS A
FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA”. Tal
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33 documento está arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fólio B, número 1088, vol. 2, págs 641 a 650. O trecho final desse ofício é o seguinte:
“Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade, deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a atenção e cuidado de permitir o menos que seja possível a leitura do Evangelho, especialmente na língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição. O pouco dele que se costuma ler na Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso não devia ser permitido a ninguém.
Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de Vossa
Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais interesses declinarão. Em
suma, aquele livro (a Bíblia) mais do que qualquer outro tem levantado contra nós esses
torvelinhos e tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente destruídos.
De fato, se alguém o examinar cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a
nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina dele, e em outras até contrária a ele; o
que se o povo souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e
ódio geral. Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande
cuidado, para não provocar tumultos” - Assinam Bolonie, 20 Octobis 1553 - Vicentius De
Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus. Durante a época da Reforma, quando a Bíblia foi traduzida para a língua do povo, a
igreja Católica Romana impôs severas restrições à sua leitura, alegando que as pessoas
eram incapazes de interpretá-la. Tinha-se que obter permissão para lê-la, mas mesmo
quando essa permissão era dada, era com a condição de que o leitor não tentasse
interpretá-la por si só. Muitos deram suas vidas pela simples razão de serem seguidores
de Cristo e colocarem sua confiança nas Escrituras. Newman diz: “Um esforço persistente foi feito pelos romanizantes para eliminar a
Bíblia inglesa. Em 1543, um decreto foi passado proibindo terminantemente o uso da
versão de Tyndale, e qualquer leitura das Escrituras em assembléias, sem a permissão
real”. (A. H. Newman, Um Manual da História da Igreja, pág. 262). A princípio, foram
feitas tentativas de proibir a impressão de sua Bíblia; e quando ele finalmente publicou seu
Novo Testamento em Worms, teve que despachá-lo para a Inglaterra em engradados de
mercadorias. Quando os livros chegaram à Inglaterra, foram comprados em grandes
quantidades pelas autoridades eclesiásticas e queimados em Londres, Oxford e Antuérpia.
Dos 18.000 exemplares que se estima terem sido impressos entre 1525-1528, sabe-se que
apenas dois fragmentos restaram. É interessante notar, com respeito ao que foi acima citado, que Voltaire, o famoso
infiel francês que morreu em 1778, predisse que em 100 anos, a partir de sua época, o
cristianismo estaria extinto. Mas, em vez disso, apenas 25 anos após sua morte, a
Sociedade Bíblica Inglesa e Estrangeira foi fundada, e as mesmas impressoras que haviam
imprimido a literatura infiel de Voltaire têm sido usadas, desde então, para imprimir a
Bíblia! Como se pode ver, nem decreto imperial, nem restrições papais, nem destruição
eclesiástica, conseguiram exterminar a Bíblia. Quanto maiores os esforços feitos para levar
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a cabo tal destruição, maior tem sido a circulação da Bíblia. Todos esses maléficos expedientes usados para eliminar, alterar ou suprimir as
Sagradas Escrituras não conseguiram êxito. A Bíblia é o livro mais vendido e mais lido em
todo o mundo e está traduzido para quase 2.000 línguas e dialetos. Só no Brasil são
vendidos por ano mais de quatro milhões de bíblias, afora uns 150 milhões de livros com
pequenos trechos (bíblias incompletas). Os reflexos desses expedientes, ou seja, as tentativas de algemar a Palavra de Deus,
ainda hoje são sentidos. No Brasil são poucos os católicos que se dedicam à leitura da
Bíblia. Regra geral, se contentam “com o pouco que lhes são oferecido na missa”, e
enquanto se contentam com esse pouco (como sugeriram aqueles bispos ao papa, item 5
retro) continuam errando. “ERRAIS, NÃO CONHECENDO AS ESCRITURAS, NEM O
PODER DE DEUS”. (Mateus 22.29) Com o passar dos séculos, o ataque satânico ficou mais bem elaborado, usando
supostos crentes e sociedades Bíblicas. Nasciam as "versões", com textos manipulados e com técnicas de tradução traidoras do texto original como é o caso da equivalência
dinâmica. Veremos porque a versão King James, conhecida como a “Versão do Rei Tiago”
(e sua equivalente no português – A Almeida Corrigida FIEL) é muitíssimo superior às versões modernas as quais devem ser rejeitadas pelos crentes sérios.
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34 A mais recente tentativa de roubar a autoridade da Bíblia é o esforço modernista
para degradá-la até o nível de todos os outros antigos livros religiosos. Se a Bíblia tem que
estar em circulação, então tem que ser demonstrado que ela não tem autoridade sobrenatural. Os crentes verdadeiros, entretanto, reconhecem logo este estratagema de
Satanás, e apesar de tudo que é feito para enfraquecer as Escrituras, a Bíblia é hoje encontrada em mais de 1000 línguas no mundo. O fator da indestrutibilidade da Bíblia
pesa fortemente em favor de ser ela a incorporação de uma revelação divina.
“Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e
nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dEle.” (Ec 3:14 - ACF)
Pink diz: “Quando pensamos no fato da Bíblia ter sido objeto especial de infindável
perseguição, a maravilha da sua sobrevivência se transforma em milagre... Por dois mil
anos, o ódio do homem pela Bíblia tem sido persistente, determinado, incansável e
assassino. Todo esforço possível tem sido feito para corroer a fé na inspiração e autoridade
da Bíblia, e inúmeras operações têm sido levadas a efeito para fazê-la desaparecer.
Decretos imperiais têm sido passados ordenando que todas as cópias existentes da Bíblia
fossem destruídas, e quando essa medida não conseguiu exterminar e aniquilar a Palavra
de Deus, ordens foram dadas para que qualquer pessoa que fosse encontrada com uma
cópia das Escrituras fosse morta. O próprio fato de ter a Bíblia sido o alvo de tão
incansável perseguição, nos faz ficar maravilhados diante de tal fenômeno”. (Arthur W.
Pink, The Divine Inspiration of the Bible – págs. 113/114.
No tempo de Esdras, parecia que todas as Bíblias tinham sido destruídas, mas
logo se acharam 2 cópias, preservadas por Deus, e logo havia incontáveis Bíblias! Na casa do ateu Voltaire, que apregoava: “Deus morreu”, hoje funciona grande
impressora de Bíblias! Etc. TRANSCENDENTE CARÁTER a) O padrão moral da Bíblia é tão inatingível e condenador, que não pode ser, senão
Divino (Êx 20; Lv 20:7; Mt 5:21-22, 27-28 [ou 20-48]; Tg 2:10). Contraste com outros “livros
sagrados” (Os deuses grego-romanos, os dos egípcios, cananeus, tupis-guaranis...! b) A unidade única e perfeita da Bíblia prova: seu autor é Deus.
Embora escrita por uns 40 homens, de umas 19 ocupações diferentes, em 11 países, durante pelo menos 1500 anos, em uns 10 gêneros literários, escritores não conhecendo muitos ou todos os outros, a Bíblia é clara e espantosamente UM livro!
Que contraste com os “outros livros sagrados”, que essencialmente são coleções de
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material heterogêneo, sem começo, meio ou fim, inúmeras vezes discordantes! OBSERVAÇÕES: 1) O sentido de cada palavra ou conceito é sempre o da sua primeira menção (“amor” Gn 22:2 + Jo 3:16); Os “tipos” ou “sombras” do V. T. casam perfeitamente com o “Corpo” no N. T. (serpente de bronze Nm 21:6 + Jo 3:14-15; Cordeiro pascal)! 2) O 1o e o último livro da Bíblia se encaixam de modo assombroso !!!:
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35 GÊNESIS APOCALIPSE
Gn 1:1 céu e terra, temporários Ap 21:1 novo céu e nova terra, eternos 1:27-28 primeiro Adão (com esposa, no21:9 último Adão (com a noiva, na cidade de Deus), jardim do Éden), reina sobre a terra reina sobre universo 1:10 mares 21:1 “e o mar não mais existe” 1:5, 16 sol e lua, dia e noite 21:23 nenhum sol, lua, nem noite; o Cordeiro é o eterno
sol, luz, dia! 3:22 a árvore da vida é negada aos caídos 22:2 folhas da árvore da vida darão saúde e cura às
nações 3:17 “maldita é a terra” 22:3 não existirá mais maldição 3:1 aparece Satanás, para atormentar o20:10 desaparece Satanás, para ser atormentado ele homem, temporariamente mesmo, para sempre. 7:12 a antiga terra foi punida pelo dilúvio 21:1 (+2Pe 3:6-12) a nova terra será purificada pelo
fogo 2:10 lar à beira de rio 22:1 lar eterno à beira de rio 19 Deus retira cidade terrestre, Sodoma, do21:1 Deus traz cidade celestial, a Nova Jerusalém, dos solo céus 23:2 Abraão chora por esposa, morta 21:4 Deus enxugará todas lágrimas da noiva (cada
salvo, eternamente vivo) 50:1-3 Gn termina com um crente, morto,21:4 Ap termina com todos crentes, vivos, de pé na jazendo no Egito, num caixão eternidade, reinando para sempre.
c) A precisão histórica da Bíblia é única e perfeita!
No final do século XIX alguns pseudo-cientistas ridicularizaram a Bíblia, afirmando
que continha “centenas de disparates históricos”. Mas, com o extraordinário avanço da
Arqueologia, os zombadores têm sido sufocados por cada pá dos escavadores.
Tem sido comprovado, por exemplo: · A universalidade da crença num dilúvio universal (Épico de Gilgamesh; nativos
da Nova Guiné, etc.); · A existência e súbita destruição (2000 a. C.) das populosas Sodoma e Gomorra
(sob o Mar Morto?); · Os tijolos sem palha e a morte dos primogênitos, no Egito; · Os muros de Jericó caídos para fora (!);
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· Um arrependimento para monoteísmo em Nínive; · A existência de Dario; · A seqüência dos reis das nações citadas; etc.
SUPERNATURAL PRECISÃO CIENTÍFICA:
A Terra é um esferóide Is 40:22 suspenso no vazio Jó 26:7. A primeira Lei da Termodinâmica Hb 4:3, 10 e a segunda das mais universais leis
da ciência Sl 102:26 (serão abolidas Ap 21:1-5); Vida só vem de vida, e do mesmo tipo Gn
1:21. (Vide quadro abaixo).
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36 Integridade topográfica e geográfica:
As descobertas arqueológicas provam que os povos, os lugares e os eventos
mencionados nas Escrituras são encontrados justamente onde as escrituras os localizam no local exato e sob as circunstâncias geográficas exatas, descritas na Bíblia.
“O Dr. Kyle diz que os viajantes não precisam de outro guia além da Bíblia quando
descem pela costa do mar vermelho, ao longo seguido no Êxodo, onde a topografia
corresponde exatamente à que é dada no relato Bíblico”. OBSERVAÇÕES: a) O objetivo de Deus na Bíblia não foi o de nos dar um livro texto científico perfeito e
completo, abrangendo Física, Astronomia, Biologia, etc. Mas sempre que o Criador fala da
Sua criação, o faz de modo infalível e perfeito. Alguns exemplos:
Texto na Bíblia Fato científico implicado pela Ciência do homem: Bíblia
Is 40:22
A Terra é esférica
540 a. C.: um grego conjeturou; foi rejeitado. 15?? Magalhães demonstrou.
Jó 26:7
A Terra paira no espaço
1687 Newton explicou como a gravidade do sol
era equilibrada pela força centrífuga da rotação da terra.
Gn
15:15As estrelas são incontáveis
150 d. C. Ptolomeu errou: “há exatamente 1056 (Jr 33:22; Hb estrelas”. Outros erraram, mas cada vez chegam
11:12) mais perto de reconhecer o que Deus disse.
2Sm 22:16; Jn 2:6 Há montanhas e canyons
no1880 Oceanografia surgiu, chumbadas leito do mar descobriram.
Gn 7:11;
8:2;Há fontes d’água no leito
do1948 Batiscafos descobriram Pv 8:28 mar
Sl 8:8
Há correntes, caminhos no mar
186? Matthew Fontaine Maury, ministro
da Marinha americana, movido pela Bíblia, descobre correntes, premiando quem achasse garrafas semeadas por navios.
Jó 26:8; 36:27-28;A água segue “ciclo17??
Cientistas entenderam
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37:16; 38:25-27;hidrológico” Sl 135:7; Ec 1:6-7 (mar®nuvem®chuva®rio®mar )
Gn 1:21; 6:19 Vida só vem de vida. E
da1862 Pasteur mostrou que moscas não se mesma espécie “geravam espontaneamente”: vida só vem de vida. 1865 Mendel provou: vida só vem da mesma espécie. Lv 17:11
A vida da carne está no sangue 18?? Abandonou-se o conceito de que
“sangue excessivo é a raiz de todas as
doenças”, que matou milhões de pessoas (por
exemplo: George Washington), com
sangrias!... Gn 2:1-3; Sl 33:6-“No universo, nada se cria,177? Lavoisier formula a 1ª Lei da
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37 9; 102:25; Hb nada se perde. Tudo apenas seTermodinâmica, uma das 2 leis mais universais da
4:3,10 transforma” ciência
Sl 102:26; Rm“Em tudo há aumento da18?? É formulada a 2ª Lei da Termodinâmica, uma 8:18-23; Hb 1:10- entropia, da degradação, dodas 2 leis mais universais da ciência
12 caos, da morte do universo”
Is 65:17; 66:22;A 2ª Lei da Termodinâmica, aSó assim o universo permanecerá eternamente 2Pd 3:13; Ap tendência à degradação, não 21:1-5 existirá na nova criação, que, assim, será perfeita, eterna, eternamente perfeita
Lv 13, 14 Há contágios. A prevenção é - No tempo de Moisés, o Papiro Ebers (“o máximo
total quarentena (doençasd
a ciência”) receitava: sangue de lagarto, dente de passageiras) e isolamentoporco, carne e banha podres, cera de ouvido de (doenças como a lepra) porco, excrementos humanos, etc. - Só houve vitória contra a lepra, etc., obedecendo- se à Bíblia.
Dt 23:12-13 Isolar e dar rapidíssimo sumiçoaté 1790: todos excrementos eram lançados e aos excrementos ficavam nas ruas, mesmo nas capitais e côrtes!
Lv 7:22-27 Evitar certas carnes e misturas 1960: descoberto que causam colesterol, etc.
Lv 15:7, etc. Purificação (meticulosa!) pelaaté 1900: até cirurgiões eram sujos, não água praticavam/ensinavam higiene, 17% das grávidas que entravam no melhor hospital do mundo (em Viena) morriam de infecção! Ainda hoje, purificação salva mais que todos os remédios juntos.
Gn 17:12 Circuncisão ao 8º dia 1946: descobriu-se que circuncisão controla câncer cervical. Depois, que, até o 5º dia de vida, a criança não produz vitamina K, e a circuncisão traria perigosa hemorragia. Do 7º dia em diante a
produção de vitamina K normaliza-se. No 8º dia, o nível de protombina alcança o máximo de toda a vida. O dia ideal.
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b) Contraste com os disparates da falsa ciência:
1. A Biblioteca do Louvre tem 7 km de livros científicos obsoletos! 99,99...% de
todos os livros científicos com mais de 50 anos estão estufados de erros, hoje unanimemente reconhecidos.
2. Em 1861, a Academia Francesa de Ciência listou 51 “fatos científicos
indiscutíveis que fazem a Bíblia inaceitável.”. Hoje, esses 51 “fatos” é que são
ridicularizados pela própria ciência! c) Contraste com os inúmeros disparates científicos presentes em todos os outros livros
ditos sagrados:
1. O livro dos Vedas ensina: a Lua está 50000 léguas mais alta que o Sol, e brilha por sua própria luz; ... ; a Terra é chata, triangular, e composta de 7 camadas: a 1ª de mel, a 2ª de açúcar, a 3ª
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38 de manteiga, a 4ª de vinho, etc., tudo sobre as cabeças de incontáveis elefantes, os quais, ao tropeçarem, provocam terremotos!!!
2. Livro dos Egípcios: um gigantesco ovo foi chocado, mas tendo asas, fugiu, e
depois dividiu-se, redividiu-se, etc., formando o universo. O sol é um mero reflexo da luz
da Terra. Os homens surgiram de vermezinhos brancos que pululam no lodo deixado pela
inundação do Nilo.
ASSOMBROSA (!) PRECISÃO PROFÉTICA (para mim [o autor deste estudo], este é o argumento esmagador): A Bíblia é singular - tem
muitas centenas de profecias detalhadas e “impossíveis”, mas todas as que deviam ser
cumpridas o foram literalmente! Is 46:9-10; 2 Pe 1:19: a. Profecias sobre centenas de nações: Exemplos: Tiro destruída Ez 26:4-5, 14, mas Egito só
humilhada, rebaixada Ez 29:15; tão minuciosas são as correspondências de Dn 11 (534 a.C.)
com a História, que anti-supernaturalistas, sem prova nenhuma, o picham como mera
História, escrita após 168 a.C., relatando fatos que já teriam ocorrido “no passado” !!!... b. Profecias sobre o milagre da indestrutibilidade de Israel: (TODAS AS OUTRAS NAÇÕES ESPALHADAS DESAPARECERAM!) Gn 12:1-3; 15:5 versus Jr 30:11; Lv 26:44; Is 11:11-12; Jr 31:35-36; 46:28; Ez 37:21; Mt 24:34; Rm 11:1-5; 25-32. c. Profecias sobre a História de Israel: Israel teve profetizada sua dispersão (Lv 26:33; Dt
28:15, 64-65 (ou 15-68); Jr 15:4; 16:13; 24:9; Os 3:4; 9:17). Primeiro seria dispersa só a parte
de Israel (1 Rs 14:15; Is 7:6-8; Os 1:6-8). Depois, Judá seria dispersa (Is 39:6; Jr 25:9- 12). 70
(Setenta) anos depois, Judá seria parcialmente restaurada (Mq 1:6-9 versus Jr 29:10-14). Até
o nome de Ciro, o rei Persa que restauraria Judá, foi previsto com 120 anos de
antecedência !!! (Is 44:28-45:1). d. Profecias sobre a seqüência dos impérios mundiais (Dn 7); e. Profecias sobre a 1ª vinda de Cristo, todas (mais de 90 explícitas) literalmente
cumpridas!: montado num jumento (Zc 9:9-10), entrada em Jerusalém em “6 de Abril de
32” (Dn 9:24-26 + calendário). Por exemplo: Em cerca de 538 a. C. ( Dn 9:24-27), Daniel, o profeta, predisse
que Jesus viria como o Salvador e Príncipe prometido para Israel exatamente 483 anos
depois que o imperador persa desse aos judeus permissão para reconstruir a cidade de
Jerusalém que estava em ruínas nesta época. Essa profecia foi clara e definitivamente
cumprida no tempo exato; espantosos detalhes da crucificação (Sl 22:14-18); ossos (Sl
34:20); fel (Sl 69:21); transpassado (Is 53:4-6; Zc 12:10); ressurreição (Sl 16:10; 30:3, 9; 40:1-2;
Is 53:1; Os 6:2). f. Profecias sobre os últimos dias [do domínio dos gentios sobre o local do templo Lc 21:24]: Uniformitarianismo evolucionista 2 Pe 3:3-4. Tremendas: multiplicação das viagens e
ciência Dn 12:4; disparidade e tensão sócio-econômica Tg 5:1-6; degradação moral Lc
17:26- 37; 2 Tm 3:1-7; apostasia religiosa 2 Pe 2:1; 3:3-4; 2 Tm 3:7; 4:4; demonismo Mt 24:24;
1 Tm 4:1. OS SINAIS DE: CATACLISMAS E TRIBULAÇÕES Mt 24:3-8; o progresso do
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conhecimento e das viagens nos últimos tempos (Dn 12:4); CONFEDERAÇÃO DE DEZ
DEDOS-NAÇÕES REVIVENDO O IMPÉRIO ROMANO Dn 7:19-24; RUSSOS E ÁRABES
JUNTANDO-SE CONTRA ISRAEL Ez 28:1-6; ENORME EXÉRCITO ORIENTAL,
CONTRA ISRAEL Ap 16:12. g. Análise probabilística:
A probabilidade composta de apenas (!) as profecias do primeiro advento
(nascimento de Jesus Cristo) terem se cumprido por acaso é muitíssimo menor que
1/10300, comparável a um macaco, brincando, por acaso (!) acertar na primeira tentativa o
número telefônico do presidente de cada país no mundo !!! A probabilidade de Mq 5:2 ter acertado o local do nascimento de Jesus Cristo por
acaso é de (1/12 tribos) x (1/200 cidades em Judá) = 1/2.400; tomemo-la apenas como
1/2.000. A probabilidade de Dn 9:24-26 ter acertado a data de entrada de Cristo em
Jerusalém por acaso é de 1/(2.500 anos x 365 dias) =
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39 1/900.000. A probabilidade composta desses 2 eventos é de (1/2.000) x (1/900.000) =
(1/1.800.000.000). A BÍBLIA É GENUÍNA (Autêntica)
(cada livro foi escrito pela pessoa e na época que lhe são tradicionalmente atribuídos, não
foi falsificado, não é espúrio, forjado, corrompido) OBS: Tradição firme entre os fiéis e conservadores judeus e os crentes: (tradição indisputada
quanto à genuinidade e quanto aos autores, conforme abaixo indicados. Só há variação
quanto a alguns pouquíssimos anos da data exata de alguns dos livros): A LEI – O PENTATEUCO (Torah) FOI ESCRITA POR MOISÉS (SÉCULO XV a. C.): Gn (1491 a.C.), Ex (1491 a.C.), Lv (1490 a.C.), Nm (1451 a.C.), e Dt (1451 a.C.), foram
escritos por Moisés.
Possibilidade: já na época de Hammurabi se escrevia; Moisés pode ter recebido todo
o livro de Gênesis por revelação direta de Deus; ou ter compilado os tabletes escritos
diretamente por Deus (a partir de 1:1), e aqueles, divinamente inspirados, escritos por
Adão (a partir de 2:4), Noé (de 5:1); Sem (10:1); Abraão (11:10); Isaque (25:12); Jacó (37:2); e
José (50:6). PROVAS:
· NO PENTATEUCO: Êx 17:14 + 24:4; 34:27-28. · NO V. T.: Js 8:31; 23:6; 1 Rs 2:3; 2 Rs 14:6; Ne 13:1; Dn 9:11. · POR CRISTO: Mt 8:4; Lc 16:29; 24:27; Jo 5:45-47. · NO N.T.: At 15:21; 1 Co 9:9; Hb 9:19.
O AUTOR, OBVIAMENTE, FOI TESTEMUNHA OCULAR DO ÊXODO. COSTUMES
E PALAVRAS SÃO DO EGITO, 2000 a. C.
A descendência abençoada de Noé - seu filho Sem:
Noé tinha três filhos: Sem, Cão e Jafé, que depois de deixarem a arca, foram para
diferentes regiões. Sem permaneceu na Ásia, Cão foi para a África e Jafé para a Europa. De Sem nasceu um povo que continuou explorando as terras imediatas ao berço da
civilização. Desse povo é que descende o grande amigo de Deus – Abraão, “o pai dos hebreus”.
Sem foi o INTERMEDIÁRIO: nasceu 120 anos antes do dilúvio, conheceu a Noé, seu pai, a Lameque, seu avô (que conviveu com Adão 50 anos) e a Matusalém, seu bisavô (que conviveu com Adão por 250 anos).
Noé viveu até ao tempo de Abraão e Sem chegou a alcançar o tempo de Jacó. Esses
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fatos demonstram a maneira pela qual os conhecimentos históricos do princípio da raça
foram comunicados às gerações posteriores.
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40 OS PROFETAS (NEBHIIM = “Isaías”):
Js 1427 a.C. Josué. Js 24:26. Eleazar ou seu filho Finéias podem, inspirados,
ter concluído 24:29-33. Jz 1080! a.C., tempoSamuel. Jz 19:1; 21:25 // 1:21; 2 Sm 5:6-8.
de Saul
1 Sm 1-24 1060 a.C. Samuel. 1 Cr 29:29 1 Sm 25, 2 Sm1018 a.C. Natan + Gad. 1 Cr 29:29
fim 1 Rs 1-11 1004 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Jeremias ou seu conservador, contemporâneo), selecionados por Jeremias ou seu
Jeremias, 590) a.C. contemporâneo. 1 Rs 12-fim 897 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Jeremias ou seu conservador, contemporâneo), selecionados por Jeremias ou seu
Jeremias, 590) a.C. contemporâneo. 2 Rs Is
1004 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Jeremias ou seu conservador, contemporâneo), selecionados por Jeremias ou seu Jeremias, 590) a.C. contemporâneo. 698 a.C. Isaías. 2 Cr 32:32 // 2 Cr 26:22 // Is 1:1 // Mt 8:17 + Is 53:4; Lc
4:17-19 + Is 61:1; Jo 12:38-41 + Is 53:1 + 6:10. Cristo atestou a genuinidade de Is.
Jr 588 a.C. Jeremias. Jr 30:2; 51:60; Baruque foi seu amanuense Jr 36 +
45:1.
Ez 574 a.C. Ezequiel. 24:2; 43:11
Hc 626 a.C. Habacuque. 2:2
Os 740 a.C. Oséias
Jl 800 a.C. Joel
Am 787 a.C. Amós
Ob 587 a.C. Obadias
Jn 862 a.C. Jonas
Mq 750 a.C. Miquéias
Na 713 a.C. Naum
Sf 630 a.C. Sofonias
Ag 520 a.C. Ageu
Zc 520 a.C. Zacarias
Ml 397 a.C. Malaquias
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OS ESCRITOS (KETHUBHIM = Hagiographa = “Salmos”):
±73 Salmos por Davi (2 Cr 35:4); 2 por Salomão, 12 por Asafe;
Sl diversas datas, de 1491 a ± 480 a.C. 11 pelos filhos de Coré; 1 por Etan; 1 por Moisés; 50 anônimos.
Salomão: Pv 1-24 ele escreveu e publicou; Pv 25 a 29 foram
Pv 1-29 1000 a.C.
copiados dos seus escritos, pelos servos de Ezequias, ± 700
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41 Jó Ct Rt
Lm Ec
a.C.; Pv 30 foi escrito por Agur, mas Salomão, inspirado, o selecionou como inspirado, e o publicou; Pv 31 foi escrito por “Rei Lemuel” , mas Salomão, inspirado, também o selecionou
como inspirado e publicou; ou, mais provável porque não há
registro deste “Rei Lemuel”, provavelmente ele é Salomão.
Lemuel (= “Dedicado a Deus”) seria carinhoso “apelido”
usado só pela mãe ao lhe falar, e perdido com o tempo.
Antes da
Lei.Jó . Não se refere à Lei, nem sequer a Abraão e à aliança
Provavelmente +- abraâmica, deve ser o livro mais antigo da Bíblia, pode ser mais 2000 a. C. ! antigo que os mais antigos hieróglifos! Algo da sabedoria do mundo pré-diluviano pode ter sido transmitida a Jó.
1013 a.C. Salomão. Ct 1:1.
1060 a.C. Contemp.Samuel .
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de Davi. Rt 4:22
588 a.C. Jeremias.
975 a.C. Salomão (Ec 1:1, 16; 2:4-11), não obstante alguns pequenos problemas lingüísticos.
Et Dn Ed Ne
509 a.C. 607 - 534 a.C. 457 a.C. 434 a.C.
Mordecai. Mas (ao menos cap. 10) pode ter sido escrito
por judeu seu contemporâneo e com acesso às crônicas
dos reis da Média e da Pérsia Et 2:23; 9:20; 10:2-4. Daniel. 7:2; 8:1,15; 9:2; 10:2; 12:4; Mt 24:15. Esdras. 7:28 + 7:1 Neemias. 1:1.
1 Cr 2 Cr 1-9 2 Cr 10-fim
Até 1015 (ou,Cronistas (ou, menos conservador, Esdras), selecionados por menos conservador,Esdras. 1, 2 Rs lidam com os aspectos proféticos da história, antes de Esdras 450-1,2 Cr com os sacerdotais.
425 a.C.) 1004 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Esdras), selecionados por conservador, antesEsdras. 1, 2 Rs lidam com os aspectos proféticos da história, de Esdras 450-4251,2 Cr com os sacerdotais. a.C.) 623 a.C.
O NOVO TESTAMENTO:
Mt Mc
Lc
Jó At Rm
38 (ou, pouco Mateus, em Grego, na Judéia (ou, pouco conservador, fora da Judéia, após conservador: deixar a Palestina para pregar aos gregos, e após escrever este evangelho em
50) Aramaico, em 45 d.C.) 65 ou (67 a João Marcos.
68), de Roma 58 (ou 63), da Lucas, o médico amado
Grécia 85-90, da Ásia João 21:24. Alguns, inconformados com a ênfase na divindade de Cristo, Menor afirmam que é espúrio e escrito após 160 ou mesmo 200 d.C. Mas não têm fatos, só maus desejos. A descoberta do Papiro 52, com fragmento do capítulo 18 e
datado de somente 120 d.C., destrói a teoria.
64, da Grécia Lucas. 58, de Corinto Paulo. As pequenas mudanças de estilo nas epístolas pastorais são esperáveis!...
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42
1 Co 56, de Éfeso Idem. Idem. 2 Co 57, da Idem. Idem.
Macedônia Gl 52, de Corinto Idem. Idem.
ou Macedônia
Ef 61, de Roma Idem. Idem.
Fp 62, de Roma Idem. Idem.
Cl 62, de Roma Idem. Idem.
1 Ts 52, de Corinto Idem. Idem.
2 Ts 52, de Corinto Idem. Idem. 1 Tm 64, da Idem. Idem.
Macedônia
2 Tm 65, de Roma Idem. Idem. Tt 64, da Idem Macedônia ou
Grécia
Fl 62, de Roma Idem. Idem. Hb 63, de Roma. Anônimo. Ninguém (Apolo, etc.) é mais provável que Paulo (Hb 13:23;
2 Pe 3:15); apoio da mais antiga e respeitável tradição. Tg 49!, de Tiago. Um dos pelo menos 7 filhos de Maria, irmão de Jesus. É a mais antiga
Jerusalém das epístolas! 1 Pe 64, de Roma Pedro. Silvanus pode ter ajudado no estilo de 1 Pe (ler 5:12), daí as pequenas
diferenças quanto 2 Pe.
2 Pe 65, de Roma Pedro. Idem. Jd 66, local Judas. Um dos pelo menos 7 filhos de Maria, irmão de Jesus.
indeterminado
1 Jo 69, da Judéia João. Pequenas diferenças de estilo são esperáveis, ou semelhantes às de Pedro.
2 Jo 69, de Éfeso João. Pequenas diferenças de estilo são esperáveis, ou semelhantes às de Pedro.
3 Jo 69, de Éfeso João. Pequenas diferenças de estilo são esperáveis, ou semelhantes às de Pedro.
Ap 96, de Patmos João. Pequenas diferenças de estilo são esperáveis, ou semelhantes às de Pedro. OBS: Note que (Mt) foi escrito por Mateus, em grego. Alguns, inconformados com a
ênfase na divindade de Jesus Cristo, afirmam que (Jo) é espúrio e escrito após 200 d. C.,
mas não têm sequer uma prova, só maus desejos (O Papiro 52, datado de 120, com trechos
de João 18, esmigalha seus desejos. Hebreus (Hb) foi escrito em 63, anonimamente (Por
Paulo, cremos!). (1 Pe) pode ter recebido o auxílio gramatical de Silvanus; pequenas
diferenças no estilo de Pedro são esperáveis pelos tempos (Ou mesmo “amanuenses-
dialogadores” diferentes).
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A BÍBLIA É CONFIÁVEL, VERÍDICA [Um livro é confiável se relata veridicamente tudo aquilo de que trata]. O ANTIGO TESTAMENTO É CONFIÁVEL:
a) Os fatos da História, da Arqueologia, da Geografia e Topografia, sempre
concordam assombrosamente com a Bíblia! TODAS AS TEORIAS DESDENHADORAS
DA BÍBLIA TÊM SIDO DESTRUÍDAS PELOS FATOS.
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Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de Samaria, mas “o rei da Assíria”,
que sabemos ter sido Sargom II, carregou o povo para a Assíria (II Reis 17:3-6). A história mostra que ele reinou de 722-705 a. C. Ele é mencionado pelo nome apenas uma vez na Bíblia (Is 20:1). Nem Belsazar (Dn 5), nem Dario, o Medo (Dn 6), são mais considerados como personagens fictícios.
Os hieróglifos egípcios indicam que a escrita já era conhecida mais de mil anos
antes de Abraão. A arqueologia também confirma o fato de Israel ter vivido no Egito,
que o povo foi escravo naquela terra e que ele finalmente saiu daquele país. O
pesquisador John Garstang, dá a data do êxodo como 1447 a. C. Os Hititas, cuja
existência era posta em dúvida até recentemente, foram mostrados como tendo sido um
povo poderoso na Ásia Menor e na Palestina, na mesma época indicada na Bíblia. Descobertas arqueológicas também confirmam a veracidade do Novo
Testamento. Quirino (Lucas 2:2) foi governador da Síria duas vezes (16-12 e 6-4 a. C.),
sendo que Lucas se refere a esse último período. “Lisânias, o Tetrarca” é mencionado
em uma inscrição no local de Abilene na época a que Lucas se refere. Uma inscrição em
Listra registra a dedicação da estátua a Zeus (Júpiter) e Hermes (Mercúrio), o que mostra
que esses deuses eram colocados na mesma classe no culto local, conforme insinuado
em Atos 14:12. Uma inscrição de Pafos faz referência ao “procônsul Paulo”, que já foi
identificado como o Sérgio Paulo de Atos 13:7. OS TABLETES DE EBLA CONFIRMARAM A EXISTÊNCIA DE SODOMA E
GOMORRA, ETC.; ARQUEÓLOGOS MODERNOS TAPARAM AS BOCAS DOS QUE
ZOMBAVAM DA REALIDADE DE DARIO!; ETC. Os Manuscritos do Mar Morto:
No ano de 1947, um pastor beduíno árabe, chamado Muhammad ad Dib, descobriu por acaso, nas cavernas de Qumram, próximo ao Mar Morto, a mais preciosa coleção de Manuscritos do Velho Testamento. Foram encontrados cerca de 823 manuscritos, sendo que a maior parte é de livros bíblicos ou relacionados.
Essas descobertas trouxeram à luz textos que confirmam a exatidão da transmissão textual do Antigo Testamento. É muito conhecido o caso do famoso Rolo do livro de Isaías, chamado 1QIsª, datado de 150-100 a.C., que era cerca de 1000 anos mais velho que os mais antigos manuscritos até então existentes!
Os Manuscritos do Mar Morto foram escondidos nas cavernas de Qumram pelos
essênios - seita ascética judaica, durante a segunda revolução dos judeus contra os
romanos em 132-135 d.C. Os Manuscritos de Qumram são os mais antigos do mundo,
conhecidos até o momento. De todos os livros do Antigo Testamento foram encontrados em Qumram
manuscritos exceto do livro de Ester. Um famoso teólogo do início do século XIX, F. C. Baur, dizia que o evangelho de
João só tinha sido escrito por volta do ano 160 d.C., negando a origem apostólica do
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documento. Mas no século XX já se descobriu um fragmento do evangelho de João, no
Egito, datado de 125 d.C., derrubando completamente a teoria daquele "erudito". Este
papiro (tecnicamente conhecido como Papiro 52), contém poucos versos do evangelho de
João (18.31-33, 37-38), mas era o texto mais antigo do Novo Testamento que conhecíamos e
mostra que o evangelho que havia sido escrito depois de 90 d.C. já tinha alcançado uma
cidade do Egito em menos de 35 anos! É desta forma que as descobertas recentes
confirmam o relato e o texto da Bíblia.
b) Cristo onisciente reconheceu integralmente a inspiração do V.T.: Mt 5:17-18; Lc 24:27, 44-45; Jo 10:35b.
Ele endossou um grande número de ensinamentos, como verdadeiros: a criação do
universo por Deus (Mc 13:19); a criação direta do homem (Mt 19:4-5); a personalidade de
Satanás e seu
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44 caráter maligno (Jo 8:44); a destruição do mundo por um dilúvio (Lc 17:26-27); a destruição
de Sodoma e Gomorra e livramento de Ló (Lc 17:28-30); a revelação de Deus na sarça a
Moisés (Mc 12:26); Moisés como sendo o autor do Pentateuco (Mt 8:4; 19:7-8; Mc 7:10;
12:26; Jo 7:22-23, Jo 5:47); o maná no deserto (Jo 6:32); a existência do tabernáculo (Lc 6:3-4);
Jonas dentro da baleia (Mt 12:39-40); a unidade de Isaías (Mt 8:17; Lc 4:17-18).
Em muito mais que 180 dos 1800 versos onde Jesus Cristo fala, Ele cita o V.T. ! O NOVO TESTAMENTO É CONFIÁVEL:
Seus escritores eram competentes, qualificados (humana e divinamente falando).
Eles (inclusive Paulo) foram testemunhas oculares de todo o ministério, morte e
ressurreição de Cristo, aprendendo diretamente dEle (Lucas foi companheiro de Paulo,
fidelíssimo registrador do que viu, e também do que os apóstolos viram e lhe ensinaram
diretamente. Marcos foi o intérprete de Pedro, segundo Papias e Irineu. Tiago e Judas
eram irmãos do Senhor). Eram honestos (mesmo até o ponto de darem suas vidas!). Foram
investidos pelo Espírito Santo. Seus escritos harmonizam-se perfeitamente uns com os
outros, e sempre concordam com os fatos da História e da experiência. (As “aparentes contradições entre Paulo e Tiago): Eles somente falam de pontos de vista
complementares: o que Deus vê e que os homens vêem; a verdadeira fé, que resulta em
obras e a fé falsa, que nada produz. Há progresso no desenrolar da doutrina dos
evangelhos para as epístolas e diferentes ênfases na revelação dos ensinos (por
exemplo: do divórcio; dos cultos e adoração; etc.), mas nunca contradição!
Os registros do N. T. estão de acordo com a História: o recenseamento quando
Quirino era governador da Síria (Lc 2:2); os Atos de Herodes o Grande (Mt 2:16-18); de
Herodes Antipas (Mt 14:1-12), de Agripa I (At 12:1); de Gálio (At 18:12-17); Agripa II (At
25:13 – 26:32), etc.
A BÍBLIA É CANÔNICA
[Um livro é canônico quando, desde o seu primeiro dia, foi aceito pelo povo de Deus como
divinamente inspirado, como realmente o é (Ver o item “Inspiração”)].
CÂNON do grego "kánon", e do hebraico "kaneh", regra; lista autêntica dos livros
considerados como inspirados. SIGNIFICAVA ORIGINALMENTE “VARA DE MEDIR, DEPOIS “NORMA OU
REGRA” (Gl 6:16), E HOJE SIGNIFICA “CATÁLOGO DE UMA REVELAÇÃO
COMPLETA E DIVINA”.
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A PALAVRA CÂNON ACHA-SE EM TRÊS PASSAGENS DO N. T.: GL 6:16, FP
3:16 E 2 CO 10:13-17.
A inspiração diz respeito à ação divina no ato de escrever o material,
garantindo o resultado. Já a canonização do Texto diz respeito à ação humana, reconhecendo a qualidade
divina daquele material. A “CANONIZAÇÃO” DE UM LIVRO NÃO SIGNIFICA QUE HOMENS LHE CONCEDERAM AUTORIDADE E INSPIRAÇÃO DIVINA, MAS SIM QUE
HOMENS FORMALMENTE OFICIALIZARAM O QUE SEMPRE FOI RECONHECIDO
[EM OUTRAS BASES, SUFICIENTES].
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45 Esse processo de reconhecimento se deu no seio da comunidade da Fé — a
comunidade hebraica, quanto ao A.T., e a comunidade cristã, quanto ao N.T. A canonização tem tudo a ver com a preservação do Texto, pois, a comunidade da
Fé só iria se preocupar em transmitir e proteger os livros "canônicos", tidos como inspirados. A parte humana na transmissão do Texto fica patente, mas será que houve ação divina também, protegendo o Texto (a exata redação do Texto)?
Se o Criador quis que Sua revelação chegasse intacta, ou pelo menos de forma
íntegra e confiável, até o século XX e seguintes, fatalmente teria que vigiar o processo da
transmissão através dos séculos. Teria que proibir a perda irrecuperável de qualquer parte
genuína, bem como a inserção indetectável de material espúrio. (Ver item Preservação, a
seguir). A DIFERENÇA ENTRE OS LIVROS CANÔNICOS E OUTROS ESCRITOS RELIGIOSOS:
Nem todos os escritos religiosos dos judeus eram considerados canônicos pela
comunidade de crentes. É óbvio que havia certa importância religiosa em alguns livros
primitivos como o livro dos justos (Js 10:13), o livro das guerras do Senhor (Nm 21:14) e
outros (1 Rs 11:41). Os livros apócrifos dos judeus, escritos após o encerramento do
período do Antigo Testamento (400 a. C.), têm significado religioso definido, mas jamais
foram considerados canônicos pelo judaísmo oficial. A diferença essencial entre escritos canônicos e não-canônicos é que aqueles são
normativos (têm autoridade), ao passo que estes não são autorizados. Os livros inspirados
exercem autoridade sobre os crentes; os não-inspirados poderão ter algum valor
devocional ou para a edificação espiritual, mas jamais devem ser usados para definir ou
delimitar doutrinas. Os livros canônicos fornecem o critério para a descoberta da verdade, mediante o
qual todos os demais livros (não-canônicos) devem ser avaliados e julgados. Nenhum
artigo de fé deve basear-se em documento não-canônico, não importando o valor religioso
desse texto. Os livros divinamente inspirados e autorizados são o único fundamento para a
doutrina. Ainda que determinada verdade canônica receba algum apoio complementar da parte de livros não-canônicos, tal verdade de modo algum confere valor canônico a tais livros. Esse apoio terá sido puramente histórico, destituído de valor teológico autorizado.
A verdade transmitida pelas Escrituras Sagradas, e por nenhum outro meio, é que
constitui cânon ou fundamento das verdades da fé. A FORMAÇÃO DO CÂNON DO V. T. :
O Cânon do Antigo Testamento foi formado num espaço de -/+ 1046 anos - de Moisés a Esdras. Moisés escreveu as primeiras palavras do Pentateuco por volta de 1491 a.C. O cânon das Escrituras do V. T. foi encerrado por Esdras e seus companheiros piedosos, que formaram a Grande Sinagoga, cerca de 445 anos a. C.
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Os livros do Antigo Testamento formaram o Cânon de maneira lenta e gradual, à medida que iam sendo credenciados, como inspirados por Deus, perante o povo comum, seus líderes, seus profetas e sacerdotes.
A história da formação do Velho Testamento começa com Moisés, que recebeu a
revelação divina em várias formas e depois a transcreveu em livros. Ele redigiu-os usando
livros, tradição oral, oráculos recebidos diretamente de Deus, além do fato de que
participou de toda a história narrada entre Êxodo e Deuteronômio. Ele recebeu ordens
expressas de escrever (Êxodo 17:14; 24:4, 7; 34:27-28). Relatou os acontecimentos da época
(Nm 33:2). No fim de sua vida, com os cinco primeiros livros praticamente terminados, já tinha
perfeita percepção de que estes livros tornar-se-iam normativos para o povo: seriam “o
Livro da Lei”, os cinco primeiros livros (Pentateuco) [Dt 28:58, 61; 29:20-29; 30:10; 31:9-13,
19, 22, 24-26]. Devemos lembrar que Moisés viveu com o povo de Israel por quarenta anos no
deserto, e teria não somente tempo, mas conhecimento e condições para escrever. Durante a época de Moisés e depois dele, outros profetas continuaram sua obra oral
e escrita (Nm 12:6; Dt 18:15-22; 34:10; Jz 4:4; 6:8). Os sacerdotes e levitas foram
encarregados de guardar,
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46 colecionar e copiar os livros do V. T. O tabernáculo e depois, o templo, eram o centro de
reunião dos materiais inspirados (Dt 17:18-20; 31:9-13, 24-29; 1 Sm 10:25; 2 Rs 22:8; 23:24; Js
24:26). Os livros estavam disponíveis aos líderes da nação e do sacerdócio. Caso eles
fossem também profetas, como era o caso de Josué, eles também acabariam por escrever
algo ou até uma obra inteira que seria incorporada à coleção de livros sagrados (Josué 1:8;
24:26). O período da conquista da terra de Canaã e também dos Juízes, evidencia a
presença dos livros pela prática dos seus ensinos: a aliança foi lembrada (Jz 2:1-5) e alguns
rituais foram praticados (Jz 13:2-7,13-14). Samuel, como “primeiro profeta”, tratou de dar impulso à historiografia profética (1
Samuel 10:25; 1 Crônicas 29:29). Os profetas foram os historiadores de Israel: eles
narravam os acontecimentos, privilegiando os assuntos que interessavam ao
desenvolvimento dos propósitos de Deus para o seu povo (2 Crônicas 9:29; 12:15; 13:22;
20:34; 26:22; 32:32; 33:18, 19) No período dos reis e profetas, bastante material já estava centralizado no templo
de Jerusalém (2 Crônicas 34:14-18; Jeremias 36). Os reis Davi, Salomão, Josias, Ezequias e os vários profetas são escritores ou divulgadores dos livros bíblicos. Os reis deviam sempre obedecer a lei (2 Reis 14:6).
Os textos de alguns livros foram sendo compilados durante o período dos reis. A
frase final do Salmo 72.20 mostra que houve uma época em que a coleção dos Salmos
terminava ali. Depois ela foi ampliada. Da mesma forma Provérbios 25.1, mostram que o
livro de Provérbios foi ampliado. Todas estas compilações a amplificações dos livros
ocorreram dentro da inspiração divina, através do Espírito Santo.
Os profetas pregaram e escreveram suas obras (Is 30:8; Jr 25:13; 29:1; 30:2, 36:1-32;
51:60-64; Ez 43:11; Hc 2:2; Dn 7:1; 2 Cr 21:12). Eles sabiam que estavam deixando suas
obras para o futuro e até enviaram-nas para outros lugares (Jr 29:1; 36:1-8; 51:60-61; 2 Cr
21:12). Liam, citavam e usavam as obras uns do outros (Is 2:1-5 e Mq 4:1-5 / Jr 26:18 cita
Mq 3:12), atestando a existência da coleção de livros inspirados (Dn 9:2). Entendiam que
seus livros tornar-se-iam obra de referência e consulta no futuro (Is 34:16; Dn 12:4). Este material inspirado foi levado ao exílio e à dispersão (Dn 9:2), quando os judeus
foram deportados da Palestina. Talvez tenha sido trazido de volta por aqueles que iriam
iniciar a religião dos samaritanos (2 Rs 17:24-41). Mas, o grande retorno da lei à Palestina
ocorreu com Esdras, sacerdote e grande escriba (Ed 7; Ne 8-10). O oficio de Esdras como
sacerdote e levita mostra que, no Velho Testamento, os sacerdotes eram os que
centralizaram e preservaram o Velho Testamento. Os últimos profetas a escreverem Ageu, Zacarias e Malaquias tiveram suas obras
reconhecidas e incorporadas no Velho Testamento, assim também, os últimos livros
históricos tais como Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
Nos últimos anos do período incluso no Cânon, cinco grandes homens de Deus
viveram simultaneamente numa época de profundo despertamento religioso, a saber:
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Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias e Malaquias, sendo dos cinco, Esdras o mais hábil e
versátil. Foi este poderoso sacerdote-escriba que, segundo a tradição judaica, presidiu a
chamada Grande Sinagoga, que selecionou e preservou os rolos sagrados, determinando,
dessa maneira, o Cânon das Escrituras do Antigo Testamento (Ed 7:10, 14). A Esdras é
atribuído também a tríplice divisão do Cânon hebraico (A Lei, Os Profetas e os Escritos). Ao encerramento do V. T. (isto é, ao terminar de ser escrito o seu último livro
[Neemias ou Malaquias] no século V antes de Cristo) foi reconhecido por TODOS os crentes fiéis que o cânon do V. T. (isto é, a coleção dos 39 livros que o constituem) estava encerrado para sempre, e incluía o livro de que falamos.
Depois do acima referido encerramento do V. T., tudo isto acima dito (e que sempre
foi o consenso entre os crentes fiéis) foi meramente RECONHECIDO, reconhecido e
declarado OFICIALMENTE e por TODOS, sob o comando de Esdras, em cerca do ano
quatrocentos e poucos a. C.
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O VELHO TESTAMENTO é canônico, porque sempre foi reconhecido como inspirado
por Deus: • A Lei: sempre foi reconhecida como canônica: Dt 17:18-20; 31:10-13, 24-26; Js 1:8; 1 Rs
11:38; 2 Rs 22:8; 23:1-2; Ne 1:7-9; Ed 3:2. • Profetas/Escritos: sempre foram reconhecidos como canônicos: 2 Rs 17:13; Dn 9:2; Mt
22:29; 23:35; Lc 24:44; Jo 5:39; 10:35; 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20-21. - Objeção: As 3 divisões do V.T. (Lei, Profetas, Escritos) implicam 3 “campanhas humanas concedendo autoridade”. - Refutação: Não há sequer uma prova disto! As divisões são pelas naturezas dos
assuntos/escritores. Em Israel o divino tornava-se aceito, e não o aceito tornava-se
divino! 2 Rs 22:8; 23:1-2; Ne 8:1-3 não são outorgamentos, mas sim reconhecimentos da inspiração divina.
- Objeção: Ec e Ct ainda eram duvidados por alguns até depois do Concílio de Jamnia (90 d.C.), portanto o cânon do V.T. ainda estava em aberto até cerca de 200 d.C.. - Refutação: Exigindo unanimidade absoluta, o que você quer é nunca ter um cânon
autoritativo e final! Os eruditos judeus sempre mantiveram que, já em 445 a.C., no reino
de Artaxerxes Longânimo, Esdras “juntou, ordenou e publicou” o V.T. na sua forma final,
como o conhecemos. Josephus (80 d.C.) corrobora isto e usa cânon e divisões Massoréticas.
Esdras é chamado de “o escriba” (Ne 8:1, 4, 9, 13; 12:26, 36), “escriba versado na lei de
Moisés” (Ed 7:6), e “o escriba das palavras dos mandamentos e dos estatutos do Senhor
sobre Israel” (Ed 7:11). - Objeção: os apócrifos figuram na Septuaginta. - Refutação: Mas nunca no cânon judaico!
CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS DO V. T. :
Estudiosos de eras posteriores, nem sempre totalmente conscientes dos fatos a respeito da aceitação original do cânon, tornavam a levantar dúvidas sobre certos livros.
Com isso, surgiu a terminologia técnica, conforme vemos abaixo: 1 - HOMOLOGOUMENA: (significa: falar como um). São os livros bíblicos que foram
aceitos por todos.
A canonicidade de alguns livros jamais foi desafiada por nenhum dos grandes rabis da comunidade judaica. Desde que alguns livros foram aceitos pelo povo de Deus como documentos produzidos pela mão dos profetas de Deus, continuaram a ser reconhecidos
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como detentores de inspiração e de autoridade divina pelas gerações posteriores. Trinta e quatro dos 39 livros do Antigo Testamento podem ser classificados como
“homologoumena”. Os cinco excluíveis seriam: Cantares de Salomão, Eclesiastes, Ester,
Ezequiel e Provérbios. 2 - ANTILEGOMENA: (significa: falar contra). São os livros bíblicos que em certa ocasião
foram questionados por alguns.
A canonicidade de 5 livros do Antigo Testamento foi questionada numa ou noutra
época, por algum mestre do judaísmo: Cantares de Salomão, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e
Provérbios. Cada um deles tornou-se controvertido por razões diferentes; todavia, no fim
prevaleceu a autoridade divina de todos os cinco livros.
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48 Cantares de Salomão: Alguns estudiosos da escola de Shammai consideravam esse
cântico sensual em sua essência. Porém, é mais provável que a pureza e a nobreza do
casamento façam parte do propósito essencial desse livro. É preciso ver esse livro da
perspectiva espiritual correta. Eclesiastes: Alguns objetaram que esse livro parece cético. Alguns até o chamam de “O Cântico do ceticismo”. Qualquer pessoa que procure a máxima satisfação “debaixo do sol”, com toda a certeza há de sentir as mesmas frustrações sofridas por Salomão, visto que a felicidade eterna não se encontra neste mundo temporal.
Além do mais, a conclusão e o ensino genérico desse livro estão longe de ser céticos.
Depois “de tudo o que se tem ouvido”, o leitor é admoestado: “a conclusão é: Teme a
Deus, e guarda os seus mandamentos, pois isto é todo o dever do homem” (Ec 12:13). Assim como o livro Cantares de Salomão, o problema básico é de interpretação do
texto e não de canonização ou inspiração. Ester: Pela ausência do nome de Deus nesse livro, alguns pensaram que ele não fosse
inspirado. Perguntavam como podia um livro ser Palavra de Deus, se nem ao menos
trazia o seu nome.
Porém, uma coisa é certa: a ausência do nome de Deus é compensada pela presença de Deus na preservação de seu povo.
O fato de Deus haver concedido grande livramento, como narra o livro, serve de
fundamento e razão da festa judaica do Purim (Et 9:26-28). Basta este fato para demonstrar
a autoridade atribuída ao livro, dentro do judaísmo. Ezequiel: Alguns na escola rabínica pensavam que esse livro era antimosaico em seu
ensino. Achavam que o livro não estava em harmonia com a lei mosaica. No entanto, essa
tese não prevaleceu e demonstrou mais uma vez ser uma questão de interpretação e não
de inspiração. Provérbios: Achavam-no um livro contraditório (Pv 26:4-5). Achavam contraditório o
leitor ser exortado a responder e ao mesmo tempo não responder. Todavia, o sentido aqui
é que há ocasiões em que o tolo deve receber resposta de acordo com sua tolice, e em
outras ocasiões isso não deve ocorrer. Porém, nenhuma “contradição” ficou demonstrada
em nenhuma outra passagem de Provérbios. OBS: É importante frisar que a Bíblia em momento algum é contraditória, pois é a Palavra
de Deus (infalível). O que “parece” contradição é erro de interpretação humana. 3 - PSEUDEPÍGRAFOS: (significa: falsos escritos). Livros não-bíblicos rejeitados por todos.
Grande número de documentos religiosos espúrios que circulavam entre a antiga comunidade judaica são conhecidos como “pseudepígrafos”. Nem tudo nesses escritos é
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falso. De fato, a maior parte desses documentos surgiu de dentro de um contexto de fantasia ou tradição religiosa, possivelmente com raízes em alguma verdade. Com freqüência, a origem desses escritos estava na especulação espiritual, a respeito de algo que não ficou bem explicado nas Escrituras canônicas.
As tradições especulativas a respeito do patriarca Enoque, por exemplo, sem
dúvida são a raiz do livro de Enoque. De maneira semelhante, a curiosidade a respeito da
morte e da glorificação de Moisés, sem dúvida acha-se por trás da obra Assunção de Moisés. No entanto, essa especulação não significa que não exista verdade nenhuma nesses
livros. Ao contrário, o Novo Testamento refere-se a verdades implantadas nesses dois livros (vide Jd 14,15) e chega a aludir à penitência de Janes e Jambres (2 Tm 3:8). Entretanto, esses livros não são dotados de autoridade, como Escrituras inspiradas.
Paulo também citou alguns poetas não-cristãos, como Arato (At 17:28), Menânder
(1 Co 15:33) e Epimênides (Tt 1:12). Trata-se tão somente de verdades verificáveis,
contidas em livros que em si mesmos, nenhuma autoridade divina têm. É importante que
nos lembremos que
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49 Paulo cita apenas aquela faceta da verdade, e não o livro pagão como um todo, como
conceito a que Deus atribuiu autoridade e fez constar no Novo Testamento.
A verdade é sempre verdade, não importa onde se encontre, quer pronunciada por
um poeta pagão, quer por um profeta pagão (Nm 24:17), por um animal irracional e mudo
(Nm 22:28) ou mesmo por um demônio (At 16:17).
É possível que o fato mais perigoso a respeito desses falsos escritos
(pseudepígrafos) é que alguns elementos da verdade são apresentados com palavras de
autoridade divina, num contexto de fantasias religiosas que, em geral, contêm heresias
teológicas. A infundada reivindicação de autoridade divina, o caráter altamente fantasioso dos
acontecimentos e os ensinos questionáveis (e até mesmo heréticos) levaram os pais do
judaísmo a considera-los espúrios (pseudepígrafos). São eles: Lendários: O livro do Jubileu; Epístola de Aristéias; O livro de Adão e Eva; O martírio de Isaías
Apocalípticos: 1 Enoque; Testamento dos doze patriarcas; O oráculo sibilino; Assunção de
Moisés; 2 Enoque, ou O livro dos segredos de Enoque; 2 Baruque, ou O apocalipse siríaco de
Baruque (*); 3 Baruque, ou O apocalipse grego de Baruque. Didáticos: 3 Macabeus; 4 Macabeus; Pirque Abote; A história de Aicar. Poéticos: Salmos de Salomão; Salmo 151 (consta na Septuaginta). Históricos: Fragmentos de uma obra de Sadoque OBS: a) 1 Baruque está relacionado entre os apócrifos. b) Há outros livros, sendo que alguns foram descobertos entre os manuscritos do Mar
Morto, tais como: Gênesis apócrifo e Guerra dos filhos da luz contra os filhos das trevas, dentre
outros. 4 - APÓCRIFOS: (significa: escondidos ou duvidosos). Livros não-bíblicos aceitos por
alguns, mas rejeitados por outros. Pelos católicos romanos são conhecidos como
Deuterocanônicos.
Na realidade, os sentidos da palavra apocrypha refletem o problema que se manifesta nas duas concepções de sua canonicidade. No grego clássico, a palavra apocrypha significava “oculto” ou “difícil de entender”. Posteriormente, tomou o sentido
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de esotérico, ou algo que só os iniciados podem entender, não os de fora. Pela época de Ireneu e Jerônimo (séc. III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado
aos livros não-canônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram classificados previamente como “pseudepígrafos”.
Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos judaicos não-canônicos originários do período intertestamentário.
O Novo Testamento jamais cita um livro apócrifo indicando-o como inspirado. As
alusões a tais livros não lhes emprestam autoridade, assim como as alusões a poetas
pagãos não lhes conferem inspiração divina. Aliás, desde que o N.T. faz citações de quase
todos os livros canônicos do A.T. e atesta o conteúdo e os limites desse Testamento
(omitindo os apócrifos) parece estar claro que o N.T. indubitavelmente exclui os apócrifos
do cânon hebraico.
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50 Os apócrifos não foram aceitos pelos judeus palestinos, zelosos preservadores dos
ensinos bíblicos que não estiveram sujeitos às influências helenizantes dos judeus de
Alexandria, muitos dos quais (mas não todos) acatavam tais livros como de origem divina,
como Palavra de Deus. Aliás, toda a problemática de aceitação da canonicidade desses livros envolve
exatamente o grande centro da cultura grega no Oriente, a cidade de Alexandria. Os
judeus ali sofreram grande influência da filosofia grega, e houve até um destacado
intelectual judeu, Filo, que se empenhou por fundir o judaísmo com os conceitos gregos,
que o empolgavam. Jesus Cristo referiu-se à Bíblia Sagrada na Sua oração sacerdotal a Seu Pai dizendo:
“Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade” (João 17:17). Como poderiam obras cheias de conceitos que se chocam com os claros ensinos de apóstolos e profetas, além de
crendices supersticiosas, lendas, inexatidões históricas e até mentiras qualificar-se como essa verdade de divina inspiração?
O Concílio de Trento, 1546, reagiu a Lutero, canonizando os livros apócrifos, com o
voto de 53 prelados sem conhecimentos históricos destacados sobre documentos orientais,
encontrando oposição de grandes homens como o cardeal Polo que afirmou que assim
agira o Concílio a fim de dar maior ênfase às diferenças entre católicos romanos e os
evangélicos. Outro destacado líder católico, Tanner afirmou que a Igreja Católica Romana
encontrou nesses livros o seu próprio espírito (apud Introdução ao Antigo Testamento, Dr.
Donaldo D. Turner, IBB). A ação do Concílio não foi apenas polêmica, foi também prejudicial, visto que nem
todos os 14 (15) livros apócrifos foram aceitos pelo Concílio. A Oração de Manassés e 1 e 2 Esdras [3 e 4 Esdras dos católicos romanos; a versão
de Douai denomina 1 e 2 Esdras, respectivamente, os livros canônicos de Esdras (1 Ed) e Neemias (2 Ed)] foram rejeitados.
A rejeição de 2 Esdras é particularmente suspeita, porque contém um versículo muito forte contra a oração pelos mortos (2 Esdras 7.105). Aliás, algum escriba medieval havia cortado essa seção dos manuscritos latinos de 2 Esdras, sendo conhecida pelos manuscritos árabes, até ser reencontrada outra vez em latim por Robert L. Bentley, em 1874, numa biblioteca de Amiens, na França.
O cânon do Antigo Testamento até a época de Neemias compreendia 22 (ou 24)
livros em hebraico, que, nas bíblias dos cristãos, seriam 39, como já se verificara por volta
do século IV a.C. As objeções de menor monta a partir dessa época não mudaram o
conteúdo do cânon. Foram os livros chamados apócrifos, escritos depois dessa época, que obtiveram
grande circulação entre os cristãos, por causa da influência da tradução grega de
Alexandria (Septuaginta). Com exceção de 2 Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias
e Mateus (o chamado “período intertestamentário”) e compreendem especificamente dois ou três séculos antes de Cristo.
No entanto, até a época da Reforma Protestante esses livros não eram considerados
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canônicos. A canonização que receberam no Concílio de Trento não recebeu o apoio da
história. A decisão desse concílio foi polêmica e eivada de preconceito.
Isto quer dizer que estes livros não eram acessíveis a todos e: a) Jamais foram incluídos no cânon pelas autoridades reconhecidas: As maiores e mais
reconhecidas nunca reconheceram os apócrifos: Esdras (o profeta, que “juntou, ordenou e
publicou” o V. T. na sua forma final e como o conhecemos); os fariseus; Josephus (o
historiador judeu, provavelmente o maior historiador de todos os tempos); os pais da
igreja primitiva; etc. b) JAMAIS FORAM ACEITOS PELOS JUDEUS. c) SÓ EM 08 DE ABRIL DE 1546, NO CONCÍLIO DE TRENTO, A IGREJA ROMANA OS DECLAROU CANÔNICOS, MAS SÓ EM REAÇÃO À REFORMA. d) JAMAIS FORAM CITADOS POR JESUS CRISTO OU POR NENHUM OUTRO ESCRITOR DA BÍBLIA. (Judas cita dois pseudepígrafos, mas não parece ceder-lhes declaradamente o conceito de inspirados). e) NENHUM LIVRO APÓCRIFO ALEGA SER INSPIRADO (NA REALIDADE, ALGUNS
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51 DELES CLAMAM NÃO SER INSPIRADOS! MACABEUS 15:38. f) ALGUNS APÓCRIFOS TÊM INCONTORNÁVEIS ERROS HISTÓRICOS E
GEOGRÁFICOS. g) ALGUNS APÓCRIFOS ENSINAM DOUTRINAS FALSAS E QUE CONTRADIZEM A
BÍBLIA COMO UM TODO (MACABEUS 12:43-46 ENSINA QUE PODEMOS E DEVEMOS
ORAR PELOS MORTOS, A BÍBLIA COMO UM TODO ENSINA QUE NÃO ADIANTA).
RAZÕES DA REJEIÇÃO:
· O Velho Testamento já estava produzido; · A maioria dos apócrifos foi produzida em grego; · Rejeição pelos judeus da cultura gentia; · Prevaleceu para os judeus o cânon palestiniano;
A postura protestante: a Bíblia produziu a Igreja. Postura católica: a Igreja produziu a
Bíblia, e também a Tradição. Inclusive as nivela. Por isso, pode acrescentar e tirar.
Não é a Bíblia protestante que tem livros a menos. A Bíblia católica é que tem livros
a mais. Foi a Igreja Católica quem os acrescentou. LOCALIZAÇÃO HISTÓRICA :
Os apócrifos foram produzidos entre o 3o e 1o século a. C., com o cânon já definido, no período intertestamentário, com exceção de 2 Esdras (escrito em 100 d. C.).
A cultura gentia os assimilou (o cânon de Alexandria). O historiador Josefo, os judeus e a Igreja cristã rejeitaram.
A LXX (Septuaginta) os incluiu como adendo (seguindo o cânon alexandrino). No Concílio de Cártago, em 397 d. C. foram considerados próprios para a leitura. O Concílio Geral de Calcedônia, 451 d. C., os negou.
Foram colocados no cânon em uma sessão em 08 de Abril de 1546, no Concílio de Trento, com 5 cardeais e 48 bispos, apenas, e não foi por unanimidade.
Em 1827, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira os excluiu da Bíblia (não
editando nem mesmo como adendo). Desde então esta é a postura protestante. COMO OS APÓCRIFOS FORAM APROVADOS:
A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 08 de Abril de 1546 como meio de
combater a Reforma protestante. Nessa época os protestantes combatiam violentamente as
doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras, etc. Os
romanistas viam nos apócrifos base para tais doutrinas, e apelaram para eles aprovando-
os como canônicos. Houve prós e contras dentro dessa própria igreja, como também depois. Nesse
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tempo os jesuítas exerciam muita influência no clero. Os debates sobre os apócrifos
motivaram ataques dos dominicanos contra os franciscanos. O biblicista católico John L.
Mackenzie em seu "Dicionário Bíblico" sob o verbete, Cânone, comenta que no Concílio de
Trento houve várias "controvérsias notadamente candentes" sobre a aprovação dos
apócrifos. Mas o cardeal Pallavacini, em sua "História Eclesiástica" declara mais
nitidamente que em pleno Concílio, 40 bispos dos 49 presentes travaram luta corporal,
agarrado às barbas e batinas uns dos outros... Foi nesse ambiente "ESPIRITUAL", que os apócrifos foram aprovados. A primeira
edição da Bíblia (“versão”) católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com
autorização do papa Clemente VIII. Os Reformadores protestantes publicaram a Bíblia
com os apócrifos, colocando-os entre o Antigo e Novo Testamentos, não como livros
inspirados, mas bons para a leitura e de valor literário histórico. Isto continuou até 1629.
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VULGATA DE JERÔNIMO :
O arranjo da Vulgata (versão latina oficial da Igreja católica romana, completa em 450 antes de Cristo, mas aceita plenamente em cerca de 650 antes de Cristo), em geral, segue a LXX, só que 1 e 2 Esdras são iguais a Esdras e Neemias, e as partes apócrifas (3 e 4 Esdras), tanto como a Oração de Manassés, são colocados no fim do Novo Testamento. Os Profetas Maiores são colocados antes dos Profetas Menores.
Quando Jerônimo traduziu a Vulgata, incluiu os apócrifos oriundos da Septuaginta,
através da antiga versão latina de 170, porque lhe foi ordenado, mas indicou que os
mesmos não poderiam ser base de doutrinas. Os livros são: 1 Esdras, 2 Esdras, Tobias, Judite, Adição a Ester, Sabedoria de Salomão,
Eclesiástico, Baruque, Adições a Daniel (Cântico dos 3 Rapazes, História de Susana e Bel e
o Dragão), Oração de Manassés, 1 Macabeus, 2 Macabeus. A Bíblia protestante segue a mesma ordem tópica do arranjo da Vulgata, só que omite
todas as partes apócrifas... Na ordem, a Bíblia protestante segue a Vulgata, no conteúdo, segue a Hebraica.
A VERSÃO CATÓLICO-ROMANA :
Seguindo a Vulgata que traduziu da LXX (Septuaginta), com exceção de Oração de Manassés, o cânon católico incorporou os apócrifos após a Reforma. Quando a Vulgata os inseriu, distinguiu-os dos outros, que chamou de canônicos. Aos apócrifos chamou de deuterocanônicos, isto é, livros do “segundo cânon” (eclesiásticos).
Na versão de edição Católico-Romana há um total de 73 livros, sendo 7 apócrifos,
além de 4 acréscimos ou apêndices a livros canônicos, sendo assim um total de 11 escritos
apócrifos: São os seguintes os livros apócrifos que constam da versão Romana:
Tobias (após Esdras); Judite (após Tobias); Sabedoria de Salomão (após Cantares);
Eclesiástico (após Sabedoria de Salomão); Baruque – incluindo a Epístola a Jeremias (após
Lamentações); 1 Macabeus (após Ester); 2 Macabeus (após 1 Macabeus). São os seguintes os apêndices apócrifos:
Acréscimos a Ester (Et 10:4 – 16:24); acréscimos a Daniel: (Cântico dos três rapazes –
Dn 3:24-90; História de Suzana – Dn 13; Bel e o Dragão – Dn 14). Alguns erros ensinados pelos apócrifos: Livros canônicos:
1 - Narração de anjo mentindo sobre sua origem. Tobias 5:1-9 Isaías 63:8; Oséias 4:2
2 - Diz que se deve negar o pão aos ímpios. Eclesiástico 12:4-6 Provérbios 25:21-22
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3 - Uma mulher jejuando toda a sua vida. Judite 8:5-6 Mateus 4:1-2
4 - Deus dá espada para Simeão matar siquemitas, Judite 9:2 Gênesis 34:30; 49:5-7
5 - Dar esmola purifica do pecado. Tobias 12:9 e Eclesiástico 3:30 1 Pedro 1:18-19
6 - Queimar fígado de peixe expulsa demônios. Tobias 6:6-8 Atos 16:18
7 - Nabucodonossor foi rei da Assíria, em Nínive. Judite 1:1 Daniel 1:1
8 - Honrar o pai traz o perdão dos pecados. Eclesiástico 3:3 1 Pedro 1:18-19
9 - Ensino de magia e superstição. Tobias 2:9 e 10; 6:5-8; 11:7-16 Tiago 5:14-16
10 - Antíoco morre de três maneiras. 1 Macabeus 6:16; 2 Macabeus 1:16; Isaías 63:8; Mateus 5:37
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53
9:28
11 - Recomenda a oferta pelos mortos. 2 Macabeus 12:42-45 Eclesiastes 9:5-6
12 - Ensino do purgatório ou imortalidade da alma. Sabedoria 3:14 1 João 1:7; Hebreus 9:27
13 - O suicídio é justificado e louvado. 2 Macabeus 14:41-46 Êxodo 20:13 O ESTUDO DAS ESCRITURAS E A SEPTUAGINTA:
A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersão
dos judeus por todo o império greco-macedônico. Pelo ano 300 antes de Cristo, a colônia
de judeus na cidade de Alexandria, Egito, era numerosa, forte e fluente. Morrendo
Alexandre, seu domínio dividiu-se em quatro ramos, ficando o Egito sob a dinastia dos
Ptolomeus. Com o advento da sinagoga, o estudo e a interpretação das Escrituras começou a
ganhar importância sobremodo independente, ocupando o centro da vida religiosa
judaica. Foi nessa época de propagação popular das Escrituras que o Rei Ptolomeu II,
Filadelfo, rei do Egito (Tempo dos Filadelfos: 284-247 a. C.), grande amante das letras, preocupou-se em enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Com este objetivo, muitos livros foram traduzidos para o grego.
Naturalmente, as Escrituras Sagradas do povo hebreu foram levadas em conta, apreciando-se também a grande importância que teria a tradução da Bíblia de seus antepassados da Palestina para os judeus cuja língua vernácula era o grego.
Portanto, mandou em 277 a. C., traduzir a Torah para o grego, em Alexandria, a partir da proposta de Demétrio Falerus, Diretor da Biblioteca de Alexandria.
A ordem de tradução foi enviada a Eleazar, o Sumo Sacerdote. Segundo um relato
de Josefo, Sumo Sacerdote de Jerusalém, Eleazar enviou uma embaixada de 72 tradutores
a Alexandria, com um valioso manuscrito do Velho Testamento, do qual traduziram o
Pentateuco. No começo só o Pentateuco foi traduzido. A tradução continuou depois, não se
completando senão no ano 150 antes de Cristo. Esta tradução, que se conhece com o nome de Septuaginta ou Versão dos Setenta (por terem sido 70, em número redondo, seus tradutores), foi aceita pelo Sinédrio judaico de Alexandria; mas, não havendo tanto zelo ali como na Palestina e devido às tendências helenistas contemporâneas, os tradutores alexandrinos fizeram adições e alterações e, finalmente, sete dos Livros Apócrifos foram acrescentados ao texto grego como Apêndice do Velho Testamento.
Os estudiosos acham que foram unidos à Bíblia, por serem guardados juntamente com os rolos de livros canônicos, e quando foram iniciados os Códices, isto é, a escrituração da Bíblia inteira em um só volume, alguns escribas copiaram certos rolos apócrifos juntamente com os rolos canônicos.
Todos estes livros, com exceção de Judite, Eclesiástico, Baruque e 1 Macabeus, estavam escritos em grego (sendo Baruque em hebraico e Tobias em aramaico), e a maioria deles foi escrita muitíssimos anos depois de o profeta Malaquias, o último dos profetas da Dispensação antiga, escrever o livro que leva o seu nome.
O que se pode concluir daí é que, quando a Septuaginta era copiada, alguns livros
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não canônicos para os judeus eram também copiados. Isso também poderia ter ocorrido por ignorância quanto aos livros verdadeiramente canônicos.
Pessoas não afeiçoadas ao judaísmo ou mesmo desinteressadas em distinguir livros
canônicos dos não canônicos tinham por igual valor todos os livros, fossem eles
originalmente recebidos como sagrados pelos judeus ou não. Mesmo aqueles que não
tinham os demais livros judaicos como canônicos certamente também copiavam estes
livros, não por considerá-los sagrados, mas apenas para serem lidos. Por que não copiar
livros tão antigos e interessantes? Estes livros, entretanto, têm a importância de refletir o estado do povo judeu e o
caráter de sua vida intelectual e religiosa durante as várias épocas que representam,
particularmente, a do período chamado intertestamentário (entre Malaquias e João Batista,
de 400 anos); é, talvez, por estas razões que os tradutores os juntaram ao texto grego da
Bíblia, mas os judeus da Palestina nunca os aceitaram no cânon de seus livros sagrados.
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54 Essa tradução nos explica porque foram acrescentados os livros apócrifos à
Septuaginta - para tê-los na Biblioteca de Alexandria como literatura da nação israelita. Parece que o prólogo de Eclesiástico refere-se à Septuaginta. As cópias, completas
ou quase completas, mais antigas que temos desta versão são do século IV, e foram
confeccionadas por cristãos. Elas têm todos os livros da Bíblia hebraica e alguns dos livros
apócrifos. Isto levou alguns a teorizarem a existência de dois “cânones” do Velho Testamento,
um palestiniano e outro alexandrino. Tal teoria, porém, cai por terra quando se observa o
conteúdo dos grandes manuscritos da Septuaginta do quarto e quinto séculos. Eles têm os seguintes livros apócrifos e pseudo-epígrafos:
Nome do Manuscrito Sigla de Apócrifos Pseudo-epígrafos presentes identificação omitidos Vaticano B 1 e 2 Mc 1 Ed Sinaitico alefh Bar 4 Mc
Alexandrino A nenhum 1 Ed, 3 e 4 Mc
A tabela mostra que os grandes manuscritos cristãos da Septuaginta, embora tivessem todos os livros da Bíblia Hebraica, não tinham os apócrifos com constância e até tinham alguns livros que ninguém, nem mesmo a igreja romana, tenta incluir na Bíblia.
Isto é suficiente para mostrar que não havia consenso sobre que livros adicionar na Septuaginta. A omissão de vários dos apócrifos e a inclusão de livros que ninguém nunca aceitou como inspirados, ajuda a ver que não havia uma “lista oficial” de livros em Alexandria que era diferente da “lista oficial” da Judéia.
Antes de mais nada, é bom lembrar de novo que as cópias encadernadas da
Septuaginta que temos hoje são oriundas dos cristãos e não dos judeus. O fato das cópias
da Septuaginta incluir e omitir apócrifos e pseudo-epígrafos mostra que a colocação destes livros numa só encadernação com os inspirados não era indicação de sua aceitação no
“cânon” bíblico. Além disto, a igreja lia estas obras, mas considerava-as secundárias. Não
há nada que pudesse ser chamado de "cânon alexandrino".
Filon e Josefo, que utilizavam quase exclusivamente esta versão grega, sempre defenderam o cânon da Bíblia hebraica.
Flávio Josefo (aprox. 90 d.C.) disse: "Não temos dezenas de milhares de livros em desarmonia e conflitos, mas só vinte e
dois contendo o registro de toda a história, que , conforme se crê com justiça, são divinos.
Cinco são de Moisés, que referem tudo o que aconteceu até a sua morte, durante perto de
três mil anos, e a seqüência dos descendentes de Adão. Os profetas que sucederam este
admirável legislador, escreveram em treze livros tudo o que se passou depois de sua
morte até o reinado de Artaxerxes, filho de Xerxes, rei dos Persas, e os quatro outros livros
contêm hinos e cânticos feitos em louvor de Deus e preceitos para os costumes. Escreveu-
se também tudo o que se passou desde Artaxerxes até os nossos dias, mas como não se
teve, como antes, uma seqüência de profetas, não se lhes dá o mesmo crédito que aos
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outros livros de que acabo de falar e pelos tais temos tal respeito que ninguém jamais foi
tão atrevido para tentar tirar ou acrescentar ou mesmo modificar-lhe a mínima coisa. Nós
os consideramos como divinos, chamamo-los assim ..." (Contra Ápio 1.8). Josefo fala apenas de 22 livros porque os judeus dividiam seus livros de modo
diferente do nosso. Suas Bíblias tinham 22 ou 24 livros, mas estes são exatamente iguais aos 39 livros da Bíblia atual.
Josefo reconhece as 3 divisões do cânon e os mesmos livros da Bíblia Hebraica (22).
Na opinião dele, nenhum livro canônico foi escrito depois do reinado de Artaxerxes (462-
424 a.C.) e ainda afirma que, durante estes séculos, desde Artaxerxes, nada foi alterado nos
livros sagrados. Embora Josefo conhecesse os livros do período interbíblico, não os
considerava canônicos. Embora fosse um leitor da Septuaginta, não cria que os chamados
apócrifos fizessem parte da Bíblia.
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Porém, vejam esta citação:
A LXX nunca existiu! Foi Orígenes que fabricou a dita obra (quinta coluna da sua Hexapla - a partir da falsificação conhecida por "Carta de Aristeas") para corromper a igreja com os livros
apócrifos dos alegoristas e mais tarde dos IDÓLATRAS do catolicismo, adotando-a na tradução que veio a ser chamada "A Vulgata" de Jerônimo. Jesus NUNCA fez qualquer referência a tal FANTASMA de versão, nem iria
desonrar as Escrituras do Velho Testamento, cotando a suposta tradução com os
livros apócrifos pós-Malaquias. O Espírito Santo jamais inspiraria uma versão "milagrosa", como é chamada pelos eruditos não se sabe de quê, levada a cabo por 72
tradutores de 12 tribos que tinham desaparecido do mundo físico. Enfim, uma lenda
para crianças da instrução primária! (Ler o livro "The Mythological Septuagint", do Dr.
Peter S. Ruckman). Fim da citação.
Pode a existência da Septuaginta ser uma fabricação usada contra a Palavra de Deus
e ser outro exemplo da agressão satânica de longa data contra as Escrituras? Este é um
assunto importante que merece estudo. Em um documento lido em uma reunião da
prestigiosa Deacan Society de Burgon, 10-11 de julho de 1996, Dr. Kirk D. DiVietro focaliza
afiadamente o assunto: “Você pode perguntar, Por que, afinal, você está trilhando por esta estrada? O que
ela significa para mim? Ela significa muito para você. A própria autoridade de sua Bíblia
está em jogo. A Septuaginta não é uma tradução literal. Utiliza freqüentemente a teoria de
"equivalência dinâmica" de tradução. Às vezes passa malabarismos fantásticos, não-
literais, inexatos do hebraico. Se nós aceitamos a alegação de que a LXX foi aceita por Jesus
e os escritores das Sagradas Escrituras como a Palavra autorizada de Deus, então nós
temos que dissolver esta sociedade, e nos unir ao clube de semana da Bíblia moderna... Se
Jesus e os escritores de Escritura aceitaram esta como Escritura autorizada, então a
inspiração plena, verbal da Escritura é irrelevante. Se Jesus e os escritores de Escritura
aceitassem esta como Escritura autorizada, então a doutrina de preservação é um
vexame.” Veja essa outra citação: “A tradução foi realizada indubitavelmente durante o 3º e 2º séculos a. C., e é
pretendido ter sido acabada já no tempo de Ptolemy II Philadelphus, de acordo com a
denominada Carta de Aristeas para Philocrates (c. 130 - 100 a. C.). De acordo com a Carta
de Aristeas, o bibliotecário da Alexandria persuadiu Ptolemy II Philadelphus para traduzir
a Torá para o grego para uso pelos judeus da Alexandria. A carta menciona que foram
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selecionados seis tradutores de cada uma das 12 tribos e que eles completaram a tradução
em apenas 72 dias. Enquanto os detalhes desta história são indubitavelmente fictícios, o
núcleo de fato contido nisto parece ser que o Pentateuco foi traduzido para o grego em
algum dia durante a primeira metade do 3º século a. C. Durante os próximos dois séculos
o remanescente do VT foi traduzido, como também algum livro apócrifo e não-canônico.”
[Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, and John Rhea. editors. Wycliff Bible Encyclopedia,
vol. 2 (Chicago: Moody Press, 1975), "Versions, Ancient And Medieval," by William E.
Nix.] Unger escreve: "Os mais velhos e mais importantes manuscritos da Septuaginta são
os seguintes: (a) Códice Vaticanus (b) Códice Alexandrinus... (c) Códice Sinaiticus ". Duas
coisas golpearão o leitor perspicaz imediatamente. Estes são manuscritos que não são mais
antigos do que o quarto século d. C. Além disso, eles são os manuscritos corruptos nos
quais o Texto notório de Westcott-Hort é baseado. Se estes são "os mais velhos e mais
importante dos manuscritos" da Septuaginta, nós temos que concluir que os mesmos não
são muito velhos e eles não são muito bons. [Merrill F. Unger, Unger's Bible Dictionary
(Chicago: Moody Press 1957),p.1149f.]
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56 Jones traz o quadro em aguçado enfoque ao escrever: “Constantemente nos é falado
que Vaticanus... e Sinaiticus são os mais velhos manuscritos gregos existentes,
conseqüentemente os mais fidedignos e os melhores; que eles são de fato a Bíblia. Ainda o
Texto Grego Novo que substituiu o Textus Receptus representa nas mentes da vasta
maioria dos estudiosos o empreendimento privado de apenas dois homens, dois muito
religiosos, embora homens não convertidos, Westcott e Hort. Estes homens fundaram a
“Bíblia” deles baseada quase que exclusivamente na quinta coluna do Velho Testamento
de Orígenes e no Novo Testamento editado pelo mesmo. As leituras do Novo Testamento
deles é derivado quase que exclusivamente sobre apenas cinco manuscritos,
principalmente sobre apenas um só - Vaticanus B. Além disso, deve ser visto que o
testemunho destes dois manuscritos corrompidos é (sic) quase que o único responsável
para todos os erros introduzidos nas Sagradas Escrituras, em ambos os testamentos, isto
através dos críticos modernos!” LIVROS APÓCRIFOS DA SEPTUAGINTA: 3 Esdras, 4 Esdras, Oração de Azarias
(Cântico dos Três Rapazes), Tobias, Adições a Ester, A Sabedoria de Salomão, Eclesiástico
(Também chamado de Sabedoria de Jesus, filho de Siraque), Baruque, A Carta de Jeremias,
Os acréscimos de Daniel, A Oração de Manassés, 1 Macabeus, 2 Macabeus, Judite. A REIVINDICAÇÃO DE QUE JESUS USOU A SEPTUAGINTA:
D. A. Waite desafia a contenção que Jesus citou da Septuaginta. Em Mateus 5:18
Jesus falou sobre a Lei e disse: "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra
passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido."
Nosso Senhor falou do "i" e do "til", as menores partes das letras hebraicas. Quão pequeno?
Bem, o "i" se refere à letra hebraica “yodh” que é do tamanho de uma apóstrofe. Esta é
um terço da altura das outras letras hebraicas. O "til" se refere aos chifres, ou extensões
minúsculas, de algumas letras hebraicas, como o “daleth”, algo parecido com o golpe
vertical do lábio em nosso “m” ou “n". Isto excluiria uma Bíblia grega. Além disso, o
Novo Testamento se refere a uma divisão tripartite do Velho Testamento - lei, profetas e
salmos (Lucas 24:27, 44). Os manuscritos do Velho Testamento grego são, porém,
entremeados com escritos apócrifos, nunca reconhecidos como "escritura" pelos rabinos,
ou por Cristo ou pelos apóstolos. Waite também nos refere para Mateus 23:35 como sendo apropriada a esta
discussão: “para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra,
desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste
entre o santuário e o altar". Ele escreve: Por esta referência, o Senhor pretendeu responsabilizar os Escribas e os Fariseus por
todo o sangue de pessoas inocentes derramado do VT inteiro. Abel se acha em Gênesis,
mas Zacarias se acha em II Crônicas 24:20-22. Se você olha sua Bíblia hebraica, você
achará II Crônicas no último livro (i.é, o último livro na terceira seção, os escritos). Se, por
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outro lado, você olha em sua edição da Septuaginta, tal como publicada pela Sociedade
Bíblica Americana, 1949, Terceira Edição, editada por Alfred Rahlfs, você vê que ela
termina com Daniel seguida por "Bel e o Dragão" !! Isto é prova clara que Nosso Salvador
usava o Velho testamento hebraico e não o grego. (Ver Lucas 11:51). Esta é uma observação significante. A frase, "Abel até Zacarias," é apenas outro
modo de declarar, "do início ao fim". Jesus não disse, "de Abel até Bel e o Dragão". MAS O NOVO TESTAMENTO NÃO CITA DA LXX?
Uma citação no NT de uma passagem do VT, que não é automaticamente uma
citação literal do Texto Massorético, não implica necessariamente que o escritor dO Novo
Testamento estava usando uma versão diferente do Texto Massorético. Em Ef 4:8, por
exemplo, o apóstolo Paulo cita
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57 Salmo 68:18 (67:18 na LXX), mas a citação não concorda nem com o Texto Massorético nem com a LXX.
Quando citações no NT variam do Texto Massorético hebraico do VT não implica necessariamente o uso da LXX. Os escritores do NT, escrevendo debaixo da inspiração do Espírito Santo, sentiram-se livres para levar a passagem do VT a dar um significado mais completo a eles revelado pelo Espírito Santo.
DiVietro afirma: Seria errado presumir que Jesus usou a Septuaginta. Qualquer liberdade que Ele
praticou com o texto das Escrituras hebraicas, Ele o fez como seu Autor, não como seu
crítico. Estaria, também, errado presumir que os escritores do Novo Testamento usaram
a Septuaginta como o Velho Testamento autorizado deles. Suas formas características de
tradução fornecem nenhuma defesa da prática moderna de tradução de paráfrase e ou equivalência dinâmica. As leituras aberrantes da LXX não deveriam ser elevadas sobre
as leituras do Texto Massorético. FORMAÇÃO DO CÂNON DO NOVO TESTAMENTO:
A história do cânon do N.T. difere da do A.T. em vários aspectos. Primeiro: o cristianismo foi desde o começo uma religião internacional e não restrita
a um só povo (como no caso do A.T.), não havia comunidade profética fechada que
recebesse os livros inspirados e os coligisse (colecionasse) em determinado lugar. Por isso,
o processo mediante o qual todos os escritos apostólicos se tornassem universalmente
aceitos levou muitos séculos. Felizmente, há mais manuscritos do Novo Testamento do
que do Antigo Testamento. Segundo: uma vez que as discussões resultaram no reconhecimento dos 27 livros
canônicos do N. T. , não mais houve movimentos dentro do cristianismo, no sentido de acrescentar ou eliminar livros.
O cânon do N. T. encontrou acordo geral no seio da igreja universal. Não há N. T.
com apócrifos. O CÂNON DO N.T. DEU-SE DE FORMA PROGRESSIVA:
Desde o início havia escritos falsos, não-apostólicos, em circulação (Lc 1:1-4; 2 Ts 2:20; 2 Ts 3:17).
No início da igreja primitiva (século I), havia um processo seletivo em operação. Toda e qualquer palavra a respeito de Cristo, oral ou escrita, era submetida ao ensino dos apóstolos (1 Jo 1:3; 2 Pe 1:16).
Era o “cânon vivo” das testemunhas oculares, mediante o qual os escritos vieram a ser reconhecidos.
Os primeiros cristãos (igrejas) iam recebendo, lendo e colecionando as cartas apostólicas, cheias de autoridade divina, lançando assim o alicerce de uma coleção crescente de documentos inspirados (Cl 4:16; 1 Ts 5:27). As igrejas, assim, estavam envolvidas em um processo iniciante de canonização.
Os cristãos eram admoestados a ler continuamente as Escrituras (1 Tm 4:11,13). A
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única maneira pela qual se poderia realizar isso no seio de um número crescente de igrejas era fazer cópias, de tal sorte que cada igreja ou grupo de igrejas tivesse sua própria compilação de escritos autorizados.
Essa aceitação original de um livro, o qual era autorizadamente lido nas igrejas, teria importância crucial para o reconhecimento posterior de um livro canônico.
Assim, o processo de canonização desde o início da igreja estava em andamento. As
primeiras igrejas foram exortadas a selecionar apenas os escritos apostólicos fidedignos.
Desde que determinado livro fosse examinado e dado por autêntico, fosse pela assinatura,
fosse pelo emissário apostólico, era lido na igreja e depois circulava entre os crentes de
outras igrejas.
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58 As coletâneas desses escritos apostólicos começaram a tomar forma nos tempos dos
apóstolos. Pelo final do século I, todos os 27 livros do N. T. haviam sido recebidos e
reconhecidos pelas igrejas cristãs. O cânon estava completo, e todos os livros haviam sido reconhecidos pelos crentes de outros lugares.
Por causa da multiplicidade dos falsos escritos e da falta de acesso imediato às condições relacionadas ao recebimento inicial de um livro, o debate a respeito do cânon prosseguiu durante vários séculos, até que a igreja universal finalmente reconheceu a canonicidade dos 27 livros do N. T.
Logo após a primeira geração, passada a era apostólica, todos os livros do N. T. haviam sido citados por algum pai da igreja, como dotados de autoridade. Por sinal, dentro de 200 anos depois do século I, quase todos os versículos do N. T. haviam sido citados em um ou mais das mais de 36 mil citações dos pais da igreja.
Uma tradução do N. T. (Antiga siríaca) circulou na Síria pelo fim do século IV, representando um texto que datava do século II e incluía os livros do N. T., exceto 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.
Atanásio, o Pai da Ortodoxia, relaciona com clareza todos os 27 livros do N. T. como canônicos (Cartas, 3,267,5).
Resumindo: o processo de coligir os escritos apostólicos confiáveis iniciou-se nos
tempos do N. T. No século II houve exame desses escritos mediante a citação da
autoridade divina de cada um dos 27 livros do N. T. No século III, as dúvidas e as objeções
a respeito de determinados livros prosseguiram, culminando nas decisões dos pais da
igreja e dos concílios influentes do século IV. FATORES QUE INFLUENCIARAM A IGREJA NO CÂNON DO N. T.:
Alguns fatores influenciaram para que a igreja primitiva definisse de vez a lista dos livros canônicos do N. T.
Márcion ou Marcião foi um herege gnóstico (150) que, entre outras coisas, fez uma lista de livros a serem aceitos. Rejeitou todo o Velho Testamento por considerá-lo obra de um “deus inferior”. Sua lista de livros bíblicos inclui: uma versão resumida de Lucas (retirando os primeiros capítulos por serem muito judaicos) e mais dez epístolas de Paulo (as chamadas “Pastorais” não foram aceitas por serem-lhe contrárias, assim como todas as outras). Chamou “Efésios” de “Laodicenses”.
Sua rejeição dos livros bíblicos forçou as igrejas a tomarem uma posição explícita sobre estes livros. De fato, a rejeição dos livros prova que já havia um consenso, mas a igreja tornou-se mais consciente deste consenso na luta contra a heresia.
Na segunda metade do segundo século o Novo Testamento já é considerado par do Antigo. Começam os comentários, trabalhos literários e traduções do Novo Testamento. As traduções para o latim antigo e para o siríaco neste período já incluem todo o Novo Testamento, exceto 2 Pedro na versão siríaca.
A heresia de Marcião e de Montano, bem como os movimentos gnósticos contribuíram para a aceleração do processo de reconhecimento dos livros inspirados, uma vez que Marcião negava muitos livros; Montano alegava ter novas revelações; e os
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gnósticos buscaram produzir sua literatura “superior”. Outros fatores que influenciaram foram as perseguições do imperador romano
Diocleciano (302-305). De acordo com o historiador cristão Eusébio, houve um edito
imperial da parte de Diocleciano (303), ordenando que “as Escrituras fossem destruídas
pelo fogo”. A perseguição motivou um exame sério da questão dos livros canônicos, quais
eram realmente canônicos e deveriam ser preservados? É sabido que já traiçoeiramente se insinuavam uma ou outra corrupção da Palavra
de Deus, mesmo durante a vida dos apóstolos, no século I.
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59 Livros falsificados quer totalmente (como a de Hermas, de Barnabé, etc.), quer
parcialmente, já tentavam se insinuar nas igrejas, mesmo durante a vida dos apóstolos!
Que ousadia! “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos
de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.” (2 Coríntios
2:17). “Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por
espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.” (2 Tessalonicenses. 2:2).
Mas ninguém pode deixar de ver e se esquivar de reconhecer que todas estas
corrupções do século I e todas as poucas corrupções subseqüentes foram totalmente
rejeitadas pela massa das igrejas! Particularmente, os textoS dos pouquíssimos
manuscritos alexandrinos (séculos IV em diante) em que todo o TC se edifica foram
totalmente rejeitados pelo total da enorme massa das igrejas e jamais foram copiados e
usados para qualquer coisa. (Usamos o plural "textoS" porque cada um destes manuscritos
alexandrinos difere terrivelmente dos outros, em muitos milhares de pontos! Diferem mais
entre si do que diferem do TR !!!...). Podemos resumir dizendo que a grande maioria dos livros do N. T. jamais sofreu
polêmicas quanto à sua inspiração, desde o início. Certos livros não-canônicos, que gozavam de grande prestígio, que eram muito usados e que tinham sido incluídos em listas provisórias de livros inspirados, foram tidos como valiosos para emprego devocional e homilético, mas nunca obtiveram reconhecimento canônico por parte da igreja.
Só os 27 livros do N. T. são tidos e aceitos como genuinamente apostólicos e
encontraram lugar no cânon do Novo Testamento.
Assim, podemos dizer que, logo no mais tenro início, no primeiro e segundo século do Cristianismo, ocorreu a canonização (no sentido de "reconhecimento informal e consensual, pela grande massa das igrejas locais fiéis"): a) tanto de quais os 27 LIVROS que compunham o NT; b) como também de quais as PALAVRAS exatas que compunham cada um destes 27 livros.
Também podemos dizer que, ao final do século IV, ocorreu a canonização (no sentido de "declaração formal e oficial da grande massa de igrejas locais, mesmo que já não totalmente locais e nem todas fiéis, posto que o Romanismo já se desenvolvia, Roma já se impunha, ainda que o Romanismo ainda tivesse muito em que degenerar"): a) tanto de quais os 27 LIVROS que compunham o NT; b) como também de quais as PALAVRAS exatas que compunham cada um destes 27 livros.
CRITÉRIOS PARA SE RECONHECER A CANONICIDADE DE UM LIVRO:
Quatro princípios gerais ajudaram a determinar que livros deveriam ser aceitos como canônicos:
a) Apostolicidade: foi escrito por um apóstolo, ou, senão, tinha o autor do livro um
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relacionamento tal com um apóstolo, de modo a elevar seu livro ao nível dos livros apostólicos? (At 4:13 mostra a credibilidade dos apóstolos).
b) Conteúdo: era o conteúdo de um dado livro de tal natureza espiritual que lhe desse
o direito a esta categoria? Esse teste eliminou muitos livros apócrifos ou pseudo-
apócrifos. c) Universalidade: era o livro recebido universalmente pela igreja? d) Inspiração: mostrava o livro evidência de ter sido divinamente inspirado? Era o
teste final. Tudo tinha que cair diante dele.
Da mesma forma que a apostolicidade é provada, também é provada a
canonicidade dos livros do Novo Testamento, tal como se prova a autoria dos renomados
escritores mundiais cujas obras trazem seus nomes.
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60 A consciência cristã, dominada pelo Espírito, discerniu entre o puro e o impuro.
Cumpre ressaltar que tal realização não se deve nem à própria Igreja, mas que ela
aconteceu obedecendo aos mesmos processos da canonização do Velho Testamento. Isto é,
cada livro foi se impondo e falando por si mesmo com suas provas internas e externas até
que, em determinado tempo, foi reconhecido pelas autoridades eclesiásticas e pelos Pais
da Igreja como possuindo autoridade apostólica, não havendo a intervenção de Concílios. Os livros apareceram primeiramente separados, em épocas e localidades diferentes.
Foram guardados com carinho pelas Igrejas e aceitos como apostólicos. Eram lidos nas
assembléias cristãs, em reuniões devocionais, inspirativas e doutrinárias. Ao encerramento do N. T. (isto é, ao terminar de ser escrito o livro de Apocalipse,
em cerca do ano 96 depois de Cristo) foi reconhecido por TODOS os crentes fiéis que o
cânon do N. T. (isto é a coleção de 27 livros que o constituem) estava encerrado para
sempre, e incluía o livro de que falamos; [claro, sempre houve, há e haverá um pequeno
grupo de descrentes em algum livro, sempre há e haverá os infiéis, os agentes que o Diabo
sempre introduz para levantar dúvidas a princípio leves e sutis, depois mais pesadas]; Algo depois do acima referido encerramento do N. T., tudo isto acima dito (e que
sempre foi o consenso entre os crentes fiéis) foi meramente RECONHECIDO, reconhecido
e declarado OFICIALMENTE e por TODOS, mesmo sob a coordenação / comando do
distorcedor Romanismo incipiente, no III Concílio de Cártago, em 397 d. C. Desde os primeiros séculos foi reconhecido e desde a Reforma foi re-confirmado o
cânon dos CONTEÚDOS (as Exatas PALAVRAS) dos Livros da Bíblia.
Portanto, o assunto está encerrado, fechado !!! (2 Pe 1:3; Jd 3) O NOVO TESTAMENTO é canônico, uma vez que todos os seus livros, e somente eles, foram desde o início universalmente reconhecidos como inspirados, PORQUE:
· FORAM ESCRITOS PELOS APÓSTOLOS (OU SUAS SEGUNDAS PESSOAS) Cl 1:1-2.
· FORAM UNIVERSAL E ESPONTANEAMENTE ACEITOS 1 Ts 2:13. · FORAM ACEITOS PELOS “PAIS DA IGREJA” (FILHOS OU NETOS ESPIRITUAIS
DOS APÓSTOLOS, POR QUEM FORAM ENSINADOS, DIRETAMENTE.
EXEMPLO: POLICARPO, FILHO NA FÉ DE JOÃO). · TÊM CONTEÚDO EVIDENTEMENTE INSPIRADO, EDIFICANTE, ESPIRITUAL,
HARMÔNICO COM TODA A BÍBLIA.
É notável o fato de não termos tido interferência da autoridade da igreja na
constituição de um cânone; nenhum concílio discutiu esse assunto; nenhuma decisão
formal foi tomada. O Cânone parece ter se formado sozinho... Lembremo-nos que esta
não-interferência de autoridade constitui um tópico valioso de evidência quanto à
genuinidade dos quatro evangelhos; pois assim parece que não foi devido a qualquer
autoridade adventícia, mas sim a seu próprio peso, que desbancaram todos os seus rivais.
(George Salmon – Uma Introdução Histórica ao Estudo dos Livros do Novo Testamento,
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1888, pág. 121).
É bom que fique claro, que certos livros do Novo Testamento foram considerados canônicos independentemente de se conhecer quem os escreveu. O exemplo clássico que temos disso é a Carta aos Hebreus.
Muitos dos debates que ainda perduram até hoje sobre livros do Novo Testamento,
não se ligam à sua canonicidade, mas à sua autoria. OBS: a) Em 200 d.C. só um pequeno punhado de cristãos [pelo menos na aparência] ainda tinha
algumas pequenas dúvidas sobre os livros: Hb (“quem escreveu”), 2 e 3 Jo (“não seriam
só cartas para uso
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61 pessoal dos endereçados?”), 2 Pe (“será um pseudo-epígrafo [autor usando nome de outrem, respeitado]?”), Tg (“será que contradiz Paulo?”), Jd (“será que quis implicar que
o livro de Enoque era inspirado mas foi perdido?”) ou Ap (“será mesmo João que o escreveu? os símbolos não são misteriosos demais?”). b) Em 397 d. C. o N.T., tal qual o temos hoje, foi oficialmente reconhecido no Concílio de
Cártago, para o Ocidente. Em 500 d. C., o foi no Oriente. Finalmente, também podemos dizer que, após a invenção da Imprensa, e no início do
século XVI, com o maravilhoso movimento de Deus trazendo a inigualada Reforma,
ocorreu a RE-confirmação do Cânon dos conteúdos (as exatas PALAVRAS) dos 39 livros
do V. T. e 27 do N. T. (por UNANIMIDADE de TODAS as igrejas "protestantes" de
TODAS as nações raças e povos !!!). Desde os primeiros séculos e desde a Reforma está definitiva e completamente fechado
o Cânon das exatas PALAVRAS das Escrituras, em Hebraico-Aramaico e em Grego,
tanto quanto está fechado o Cânon de quais são os 66 LIVROS que formam a Bíblia!
(2Pe 1:3; Jd 3)
É tão impensável e intolerável levantarmos dúvidas (seja através de colchetes ou de
notas de rodapé, seja direta e expressamente) sobre uma sequer das palavras do Texto
Massorético de Ben Chayyim, mais o Textus Receptus (mais particularmente, aquele usado
pela Bíblia KJV-1611), omitirmos ou modificarmos tal palavra, quanto fazermos a mesma
coisa em relação a um dos livros da Bíblia!
A Bíblia foi escrita e seus livros reunidos num conjunto que foi transmitido, através
dos séculos até os nossos dias. Através de cópias feitas à mão, os textos bíblicos do Velho e
do Novo Testamentos foram transmitidos e preservados até invenção da imprensa. Em 1516, um humanista conhecido como Desidério Erasmo ou Erasmo de
Rotherdan, publicou o primeiro Novo Testamento em grego, encerrando o período de
transmissão manuscrita do N. T. e iniciando uma verdadeira "febre" de publicação de
textos gregos do Novo Testamento. Foi com base nestes textos gregos que, mais tarde, as
traduções bíblicas foram reiniciadas e a palavra de Deus divulgada cada vez mais.
(Tecnicamente, o primeiro Novo Testamento Grego foi impresso pelo cardeal Ximenes de
Cisneros mas, como a obra aguardava o término da impressão do texto do Velho
Testamento para ser distribuída, a obra de Erasmo é considerada a primeira).
CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS DO N. T. :
1 - HOMOLOGOUMENA: (significa: falar como um). São os livros bíblicos que foram
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aceitos por todos.
Em geral, 20 dos 27 livros do N. T. foram aceitos por todos. Exceto: Hebreus, Tiago,
2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. Outros três livros, Filemom, 1 Pedro e 1 João,
foram omitidos, não questionados. 2 - ANTILEGOMENA: (significa: falar contra). São os livros bíblicos que em certa ocasião
foram questionados por alguns.
De acordo com o historiador cristão Eusébio, houve 7 livros cuja autenticidade foi
questionada por alguns dos pais da igreja, e por isso ainda não haviam obtido
reconhecimento universal por volta do século IV.
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62 Isso não significa que não haviam tido aceitação inicial por parte das comunidades
apostólicas e subapostólicas. Tampouco, o fato de terem sido questionados, em certa
época, por alguns estudiosos, é indício de que sua presença no cânon seja menos firme que
os demais livros. Ao contrário, o problema básico a respeito da aceitação da maioria desses livros não
era sua inspiração ou falta de inspiração, mas sim, a falta de comunicação entre o Oriente e o Ocidente a respeito de sua autoridade divina.
São eles: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. Hebreus: foi basicamente a anonimidade do autor que suscitou dúvidas. Por isso, o livro
permaneceu sob suspeição para os cristãos do Oriente, que não sabiam que os crentes do Ocidente o haviam aceito como autorizado e inspirado.
Outro fator que influenciou foi o fato de que os montanistas heréticos terem
recorrido a Hebreus em apoio a algumas de suas concepções errôneas, o que fez demorar sua aceitação nos círculos ortodoxos.
Ao redor do século IV, no entanto, sob a influência de Jerônimo e Agostinho, esse
livro encontrou lugar permanente no cânon. Tiago: sua veracidade e autoria foram desafiadas. Os primeiros leitores atestaram que era
o Tiago, irmão de Jesus (At 15 e Gl 1). Todavia, a igreja ocidental não teve acesso a essa
informação. Também houve a questão do aparente conflito com o ensino de Paulo sobre a
justificação pela fé somente. No entanto, sua aceitação como canônico baseia-se na
compreensão de sua compatibilidade essencial com os ensinos paulinos. 2 Pedro: foi a carta que mais ocasionou dúvidas quanto à sua autenticidade. Isso deveu-se
à dessemelhança de estilo com a primeira carta de Pedro. As diferenças, porém, podem ser
explicadas facilmente, por causa do emprego de um escriba em 1 Pedro, o que não ocorreu
em 2 Pedro (vide 1 Pe 5:12). 2 e 3 João: o fato do seu questionamento foi porque o escritor se identificou apenas como
“o presbítero” e, além da anonimidade, sua circulação foi limitada. Porém, a semelhança
de estilo e de mensagem com 1 João, que já havia sido aceita, mostrou ser óbvio que 2 e 3
João vieram também do apóstolo João. Judas: a confiabilidade desse livro foi questionada por alguns. A contestação centrava-se nas referências ao livro pseudepígrafo de Enoque (Jd 14, 15) e numa possível referência ao
livro Assunção de Moisés (Jd 9). Porém, suas citações não são diferentes das citações feitas
por Paulo de poetas não-cristãos (At 17:28; 1 Co 15:33; Tt 1:12). O que Judas fez foi citar um
fragmento de verdade encravada naqueles livros e não dizer que eles têm autoridade divina. Sua canonicidade foi reconhecida pelos primeiros pais da igreja (Ireneu, Clemente
de Alexandria, Tertuliano). O Papiro Bodmer (P72), recentemente descoberto, confirma o uso de Judas ao lado de 2 Pedro, na igreja copta do século III. Apocalipse: A doutrina do milenarismo (Ap 20) foi o ponto central da controvérsia, que
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durou até fins do século IV. Como os montanistas heréticos agregaram seus ensinos
heréticos ao livro de Apocalipse, no século III, a aceitação definitiva desse livro acabou
sofrendo uma demora. A partir do momento em que se tornou evidente que esse livro
estava sendo mal usado pelas seitas, embora tivesse sido escrito por intermédio de João
(Ap 1:4; 22:8-9), e não dentre os hereges, assegurou-se o lugar definitivo no cânon sagrado. RESUMO: Alguns pais da igreja haviam se posicionado contra esses livros, por causa da
falta de comunicação, ou por causa de más interpretações desses livros antilegomena. A
partir do momento em que a verdade passou a ser do conhecimento de todos, tais livros
foram aceitos plena e
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63 definitivamente, passando para o cânon sagrado, da forma exata como haviam sido
reconhecidos pelos cristãos primitivos desde o início. 3 - PSEUDEPÍGRAFOS: (significa: falsos escritos). Livros não-bíblicos rejeitados por todos.
Durante os séculos II e III, numerosos livros espúrios e heréticos surgiram (escritos falsos). A corrente principal do cristianismo seguia Eusébio, que os chamou de livros
“totalmente absurdos e ímpios”. Esses livros têm apenas interesse histórico. O conteúdo deles resume-se em ensinos
heréticos, eivados de erros gnósticos (seita filosófica que arrogava para si conhecimento
especial dos mistérios divinos), docéticos (ensinavam a divindade de Cristo, mas negavam
sua humanidade, alegando que Ele só tinha a aparência de ser humano) e ascéticos (os
monofisistas ascéticos ensinavam que Cristo tinha uma única natureza, uma fusão do
divino com o humano). Tais livros revelavam desmedida fantasia religiosa. Evidenciavam uma curiosidade
para descobrir mistérios não revelados nos livros canônicos (como a infância de Jesus). Eles, na maior parte, não haviam sido aceitos pelos pais primitivos e ortodoxos da
igreja, nem pelas igrejas, não sendo, portanto, considerados canônicos. O número exato desses livros é difícil de apurar. Por volta do século XIX, Fótio
havia relacionado cerca de 280 obras. Depois apareceram outras. São eles: Evangelhos: O Evangelho de Tomé, O Evangelho dos ebionitas, O Evangelho de Pedro, O
Proto-Evangelho de Tiago, O Evangelho dos egípcios, O Evangelho arábico da infância, O
Evangelho de Nicodemos, O Evangelho do carpinteiro José, A História do carpinteiro José,
O passamento de Maria, O Evangelho da natividade de Maria, O Evangelho de um
Pseudo-Mateus, Evangelho dos doze, de Barnabé, de Bartolomeu, dos hebreus, de
Marcião, de André, de Matias, de Pedro, de Filipe. Atos: Os Atos de Pedro, Os Atos de João, Os Atos de André, Os Atos de Tomé, Os Atos de
Paulo, Atos de Matias, de Filipe, de Tadeu. Epístolas: A Carta atribuída a nosso Senhor, A Carta perdida aos coríntios, As (Seis)
Cartas de Paulo a Sêneca, A Carta de Paulo aos laodicenses (também pode ser considerado
entre os apócrifos). Apocalipses: de Pedro (também pode ser considerado entre os apócrifos), de Paulo, de
Tomé, de Estêvão, Segundo apocalipse de Tiago, Apocalipse de Messos, de Dositeu. (os 3
últimos foram descobertos em 1946, em Nag-Hammadi, no Egito). Outras obras: Livro secreto de João, Tradições de Matias, Diálogo do Salvador. (também
descobertos em 1946, em Nag-Hammadi, no Egito).
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4 - APÓCRIFOS: (significa: escondidos ou duvidosos). Livros não-bíblicos aceitos por
alguns, mas rejeitados por outros.
Esses livros gozavam de grande estima pelo menos da parte de um pai da igreja. Tiveram, quando muito, o que Alexander Souter chamou de “canonicidade temporal e local”. Haviam sido aceitos por um número limitado de cristãos, durante um tempo limitado, mas nunca receberam um reconhecimento amplo ou permanente.
Eram considerados mais importantes que os pseudepígrafos e faziam parte das
bibliotecas devocionais e homiléticas das igrejas primitivas, pelas seguintes razões:
revelam os ensinos da
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64 igreja do século II; fornecem documentação da aceitação dos 27 livros canônicos do N.T.;
fornecem informações históricas a respeito da igreja primitiva, quanto à sua doutrina e
liturgia. São eles: Epístola do Pseudo-Barnabé; Epístola aos coríntios; Homilia antiga (chamada
“Segunda epístola de Clemente); O pastor, de Hermas (foi o livro não-canônico mais
popular da igreja primitiva); O didaquê (ou “Ensino dos doze apóstolos”); Apocalipse de
Pedro; Atos de Paulo e de Tecla; Carta aos laodicenses; Evangelho segundo os hebreus;
Epístola de policarpo aos filipenses; Sete epístolas de Inácio (este teria sido discípulo de
João, mas não reivindica para si autoridade divina). A BÍBLIA É PRESERVADA, ATRAVÉS DO “TEXTO RECEBIDO”
(da “Almeida Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original”, da Sociedade Bíblica
Trinitariana do Brasil)
Deus jurou e realmente PRESERVOU Suas palavras, de um modo absolutamente PERFEITO, de maneira que cada palavra do Texto (em Hebraico-Aramaico e em Grego) por Ele preservado e que eu tenho agora escrito em papel, nas minhas mãos, é plenária, exclusiva, inerrável, infalível e verbalmente a própria Palavra eterna do próprio Deus!
Esta preservação só requereu a infalível PROVIDÊNCIA de Deus, não Seu milagre
contínuo. Falamos de TEXTO , de PALAVRAS, não de suas representações, nem de
manuscritos e outros meios físicos. 1 Cr 16:15; Sl 12:6-7; 19:7-8; 33:1; 100:5; 111:7-8; 117:2;
119:89,152,160; 138:2b; Is 40:8; 59:21; Mt 4:4; 5:18; 24:35; Lc 4:4; 16:17; 21:33; Jo 10:35b; 16:12-
13; 1 Pe 1:23,25; Ap 22:18-19. A canonização tem tudo a ver com a preservação do Texto, pois, a comunidade da
Fé só iria se preocupar em transmitir e proteger os livros "canônicos", tidos como
inspirados. A parte humana na transmissão do Texto fica patente, mas será que houve
ação divina também, protegendo o Texto (a exata redação do Texto)? (Rever item A Bíblia
é Canônica). Os próprios autores humanos sabiam que estavam escrevendo "as Palavras de Deus".
Os líderes cristãos do 1º século e do 2º século (e 3º, 4º, etc.) utilizaram e citaram material neotestamentário lado a lado com material do A.T. como sendo Palavra de Deus.
Entendendo, como entenderam, que estavam lidando com coisa sagrada, iriam zelar por essa Palavra, vigiando o processo da transmissão.
Dispomos de declarações cabais dessa preocupação a partir do próprio N. T. (Ap
22:18-19). Justino Mártir (150 d. C.) escreveu que era costume nas congregações
cristãs, quer na cidade quer no campo, ler tanto o N. T. como o A. T. cada Domingo.
Resulta dali que tinham que existir cópias, muitas cópias (não se pode ler sem livro), e teriam que ser cópias boas (os usuários seriam exigentes).
Embora o processo de copiar à mão resulte em erros sem querer, muitas vezes, no início seria possível verificar qualquer cópia contra o Autógrafo (documento original), e
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principalmente nas regiões mais próximas da igreja detentora do Autógrafo. Tudo indica que pelo menos 18 e talvez até 24 dos 27 Autógrafos (2/3 a 8/9) se
encontravam na região Egéia (Grécia e Ásia Menor). Foi exatamente nessa área que a Igreja mais prosperou, e ela se tornou o eixo da
Igreja até o 4º século (pelo menos). [lembrar que Jerusalém foi saqueada em 70 d. C., e
provavelmente quaisquer Autógrafos ali existentes foram levados para a Antioquia, ou
ainda mais longe]. Foi também nessa área que a língua Grega foi mais usada, e durante mais tempo —
foi a língua oficial do império bizantino (transmissão exata de qualquer texto é possível unicamente na língua original).
A Ásia Menor foi caracterizada também por uma mentalidade conservadora quanto
ao Texto Sagrado; na Antioquia surgiu uma "escola" de interpretação literalista (por
formação um literalista é obrigado a se preocupar com a exata redação do texto, pois sua
interpretação se prende a ela). Quer dizer que até o ano 300 d. C. tinha um fluxo cada vez maior de cópias boas,
fidedignas emanando da região Egéia para o mundo cristão, precisamente porque aquela
região reunia todos os requisitos para se impor à confiança da Igreja, quanto ao Texto
Sagrado (em contraste, no Egito a igreja era fraca, herética, não se usava Grego, não havia
nenhum Autógrafo [fatalmente o texto ali
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UBERABA – MG – Filemom Escola Superior de Teologia Introdução Bibliográfica Pr. Mateus Duarte Página 129
65 existente sempre seria de 2ª mão, no mínimo], grassava uma mentalidade alegorista — enfim, o Egito seria um dos últimos lugares onde procurar um texto bom).
Aí houve a campanha de Diocleciano (303 d. C.), visando destruir os MSS
(manuscritos) do N. T. Sendo que a perseguição mais ferrenha se deu exatamente na
região Egéia, teria sido uma oportunidade perfeita para os tipos de texto existentes no
Egito e na Itália conquistarem espaço maior no fluxo da transmissão do Texto e fossem
considerados aceitáveis ou viáveis. Mas não
aconteceu; os grandes pergaminhos , B e D não têm "filhos" — ninguém quis copiar semelhante texto.
Aliás, podemos deduzir que a campanha de Diocleciano teve um efeito
purificador na transmissão. Grosso modo, os MSS menos preciosos e respeitados seriam
os primeiros a serem entregues à destruição; já os exemplares mais cotados e respeitados
seriam protegidos a qualquer custo, e uma vez que a perseguição passou serviriam de
base para suprir as igrejas com cópias boas novamente.
O movimento Donatista girou em torno da punição merecida pelas pessoas que entregaram seus MSS (entre outras coisas). Obviamente muitos não os entregaram, e os que entregaram foram discriminados.
É geralmente reconhecido por eruditos de todas as linhas teóricas que a partir do 4º
século o fluxo da transmissão do Texto foi tranqüilamente dominado por um tipo de texto,
geralmente conhecido por "Bizantino" em nossos dias. "Bizantino" porque esse império
abrangeu exatamente a região Egéia, a região que reunia todas as qualificações necessárias
para garantir a transmissão fiel do Texto. Até hoje as "Igrejas Ortodoxas" do oriente
utilizam esse tipo de texto. Lá pelo 9º século houve um "movimento" (parece que foi mais ou menos
espontâneo) no sentido de mudar o estilo de grafia de letras maiúsculas (unciais) para
cursivas (minúsculas). Os exemplares antigos eram copiados na nova "roupagem" e
aparentemente grande número desses antigos foram destruídos (ou reciclados, daí os
"palimpsestos", manuscritos apagados e escritos por cima).
Dos MSS gregos existentes hoje (do N. T.), uns 95% trazem o texto "Bizantino" e
os outros 5% são um tanto heterogêneos (o erudito Frederic Wisse fez uma comparação
minuciosa de 1.386 MSS gregos nos capítulos 1, 10 e 20 de Lucas e chegou à conclusão
de que apenas oito deles representavam o tipo de texto egípcio, geralmente chamado
"Alexandrino" em nossos dias — 8 contra 1.375 !!!).
Cabem aqui algumas ressalvas: A mera antiguidade de um MS não garante nada quanto à sua qualidade. Aliás,
devemos perguntar: como poderia um MS sobreviver fisicamente durante mais de 1.500
anos? Teria que ficar no desuso e ainda num clima seco. Como todos os MSS mais antigos estão cheios de erros cabais, tudo indica que foram reprovados no seu tempo — certo é que não foram copiados, a julgar pelos MSS existentes.
Como é que não dispomos de MS tipicamente "Bizantino" de antes do 5º século?
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Qualquer MS digno de uso seria usado e gasto por esse uso. Assim, seria estranho
encontrar um MS bom com tanta idade. Os MSS fidedignos foram intensamente usados e
copiados, e acabados, mas o texto (ou redação) que traziam foi preservado através das
sucessivas gerações de cópias. A idéia de que teria havido um congresso ou concílio no 4º século que "normalizou"
o texto do N. T. carece de qualquer sustentação histórica. No caso da Vulgata Latina, que na hipótese seria análogo (o papa tentou impor a nova tradução), não resultou o consenso que existe entre os MSS "Bizantinos".
Como é que a grande maioria dos eruditos dos últimos cem anos tem preferido o
texto "Alexandrino" e desprezado o texto "Bizantino"? A resposta está nas pressuposições
e no terreno espiritual (por exemplo, nenhum dos cinco redatores responsáveis pelo texto
eclético ora em voga acredita que o N. T. seja inspirado por Deus, e o próprio Senhor Jesus
adverte que a neutralidade no terreno espiritual não existe [Lc 11:23]).
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66
Resumindo, os livros neotestamentários foram reconhecidos como "Bíblia" desde
o início, e através das décadas e dos séculos as gerações sucessivas de crentes zelaram
pela transmissão fiel desses livros. O Texto nunca se "perdeu". Nos primeiros 200 anos,
era sempre possível constatar a exata redação de qualquer livro. A preservação divina operou durante os séculos todos de tal modo que ainda hoje
podemos ter certeza razoável, com base em critérios objetivos, da exata redação original do N. T.
E daí? Daí, uma preservação tamanha, uma preservação semelhante, abrangendo
tantos séculos de transmissão à mão, e passando por tantas tribulações — uma
preservação assim é simplesmente miraculosa! É uma prova aparente da atuação divina,
que vale dizer também que Deus abonou a escolha da Igreja, o Cânon.
O argumento mais contundente e convincente a favor do exato Cânon que a Igreja vem defendendo através dos séculos é exatamente a preservação miraculosa desse
Cânon. Essa preservação é igualmente um forte argumento a favor da inspiração do Texto.
É o argumento lógico.
Se o Criador fosse dar uma revelação à nossa raça, deveria também preservá-la.
Constatamos que Ele a preservou, com efeito. Porque Ele cuidou tanto de preservar esse
Texto, e só esse Texto? Presumivelmente porque Ele tinha interesse especial nesse Texto. Deus não só inspirou, mas também preservou Sua Palavra incessante-inerrável-
infalível-verbalmente, da forma mais perfeita e absoluta. Vejamos:
· Salmos 12:6-7-- As palavras do SENHOR são palavras PURAS, [como] prata
refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes. (7) Tu os GUARDARÁS,
SENHOR, desta geração os livrarás [PRESERVARÁS] PARA SEMPRE. (Também
pode [e deve!] ser traduzido “Tu as GUARDARÁS, ... as PRESERVARÁS ...”,
referindo-se às palavras de Deus!)
· Salmos 19:7-- A lei do SENHOR é PERFEITA, e refrigera a alma; o testemunho do
SENHOR é FIEL, e dá sabedoria aos símplices. (8) Os preceitos do Senhor são
RETOS e alegram o coração; o mandamento do Senhor é PURO e ilumina os olhos. · Salmos 119:89-- [lamed:] PARA SEMPRE, ó SENHOR, a tua palavra PERMANECE
[está estabelecida] no céu.
Salmos 138:2-- ... engrandeceste a tua PALAVRA acima de todo o teu nome
(! Que inspiração verbal, i.é, palavra por palavra!). Isaías 40:8-- Seca-se a erva e cai a flor, porém a PALAVRA de nosso Deus subsiste
ETERNAMENTE. · Mateus 4:4-- ... Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de TODA a
PALAVRA que sai da boca de Deus. · Mateus 5:18-- ... até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da
lei, sem que tudo seja cumprido.
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· Mateus 24:35-- O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras NÃO HÃO DE PASSAR.
· Lucas 16:17-- E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.
Este volume é a escrita do Deus vivo: cada letra foi escrita por um dedo Todo-
poderoso; cada palavra saiu dos lábios eternos, cada frase foi ditada pelo Espírito Santo.
Ainda que Moisés tenha sido usado para escrever suas histórias com sua ardente pluma,
Deus guiou essa pluma. Pode ser que Davi tenha tocado sua harpa, fazendo que doces e
melodiosos salmos brotassem de seus dedos, porém Deus movia Suas mãos sobre as
cordas vivas de sua harpa de ouro. Pode ser que Salomão que tenha cantado os Cânticos
de amor ou pronunciado palavras de sabedoria consumada,
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67 porém Deus dirigiu seus lábios, e fez eloqüente ao Pregador. Se sigo o trovejador Naum, quando seus cavalos aram as águas, ou a Habacuque quando vê as tendas de Cusã em aflição; se leio Malaquias, quando a terra está ardendo como um forno; se passo para as serenas páginas de João, que nos falam de amor, ou para os severos e fogosos capítulos de Pedro, que falam do fogo que devora os inimigos de Deus, ou para Judas, que lança anátemas contra os adversários de Deus; em todas partes vejo que é Deus quem fala.
É a voz de Deus, não do homem; as palavras são as palavras de Deus, as palavras
do Eterno, do Invisível, do Todo-poderoso, do Jeová desta terra. Esta Bíblia é a Bíblia de
Deus; e quando a vejo, parece que ouço uma voz que surge dela, dizendo: “Sou o livro de
Deus; homem, leia-me. Sou a escrita de Deus: abra minhas folhas, porque foram escritas
por Deus; leia-as, porque Ele é meu autor, e O verá visível e manifesto em todas as partes”.
“[Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa
estranha” (Oséias 8:12). (Retirado do Sermão do Reverendo C. H. Spurgeon: A Bíblia (The
Bible ) - Um Sermão (Nº 0015) - Pregado na Manhã de Domingo, 18 de Março de 1855, no
Exeter Hall, Strand— Londres —Inglaterra).
Deus preservou Sua palavra de modo tão maravilhoso, somente através dos
Textos Massoréticos (V.T.) e do Texto Recebido (N.T.)
ANTIGO TESTAMENTO:
Cuidados extremos dos copistas garantiram que mesmo hoje apenas 1 de cada 1580
letras do V. T. tenha variante, mesmo que esta variante seja totalmente improvável! E nenhum desses casos tem o menor dos menores efeitos em nenhuma doutrina!
Nenhuma letra, sequer, podia ser escrita de memória: o escriba tinha que ter uma cópia autêntica sob seus olhos, e tinha que ler supercuidadosamente e pronunciar bem alto cada palavra, tanto antes como depois de copiá-la!
Cada jovem escriba era advertido pelo escriba ancião: “Acautela-te de como fazes teu trabalho, porque este é o trabalho do céu, não aconteça que tu omitas ou insiras uma letra e assim te tornes o destruidor do mundo!” (mundo = humanidade).
Cada palavra e cada letra era contada, e se UMA letra tivesse sido omitida ou
inserida, ou se UMA letra tocasse uma outra letra, a página era imediatamente (!) destruída
(!); três erros numa página condenavam todo o manuscrito!
NOVO TESTAMENTO:
Há cerca de 6000 manuscritos em Grego. Compare:
“Texto Recebido” (Impresso por Erasmus,“Textos Críticos” (Impressos por Westcott e Hort,
Stephen, Beza, Elzevir, etc., a partir de 1516) etc., a partir de 1881)
São cerca de 95% dos manuscritos em Grego São cerca de 5% dos manuscritos em Grego São absolutamente consistentes entre si São absolutamente inconsistentes entre si (e, até,
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cada um consigo próprio) Vieram de igrejas firmes Vieram de igrejas introdutoras de heresias
(Alexandria) Únicos textos adotados pelas igrejas fiéis eSó recentemente descobertos / adotados pelos
instruídas, sempre, antes e após a Reforma. liberais e modernistas, que os chamam “mais
antigos e melhores textos”. Das cerca de 140.000 palavras do N.T. em Grego, os T.C. omitem/alteram/adicionam cerca de 10.000. Dos 200 casos que examinei [o autor], os T.C. sempre (!) diminuem a inspiração das
Escrituras, a divindade de Cristo, Seu sangue, Seu nascimento virginal, a natureza vicária da
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68 Sua morte, a Trindade, outras doutrinas cardinais. Agora, responda: Em que Texto está
evidenciado o sutil e destruidor dedo do Diabo? Ef 6:12.
Por tudo isto, e: - por ser impensável que Deus tenha falhado seu juramento de incessante-inerrável-verbalmente preservar Sua Palavra; - por ser impensável que ela não reinou, reine e reinará em uso pelas igrejas fiéis através
dos séculos e até a eternidade; - por ser impensável que Deus deixou uma versão “imperfeita” reinar entre os fiéis, para
só neste século (só em 1958 na língua Portuguesa!, com a “Atualizada”) restaurar uma
versão “melhor, mas ainda não absolutamente indubitável em cada letra, afinal ninguém
realmente muito erudito e inteligente pode ter certeza absoluta de cada palavra de um
livro passado por mãos humanas...” Temos que concluir que: - O único e verdadeiro N.T., plena-verbal-infalivelmente inspirado e preservado por Deus, é o do Texto Recebido. - Assim, o crente que quiser ser ao máximo fiel à Palavra de Deus não tem senão duas
versões em Português a escolher: - “Almeida Revista e Corrigida”, mais antiga e tradicional; e - “Almeida Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original” (“Trinitariana”), que é ainda
melhor que a anterior. Ambas as versões mencionadas são as traduzidas fielmente somente do Texto Recebido.
Todas as outras versões “protestantes” mesmo tidas como “conservadoras”
(Contemporânea, Atualizada, “de acordo com os melhores textos”, NVI, etc.) são
baseadas nos Textos Críticos e devem ser rejeitadas pelo crente que quiser ser ao
máximo fiel a Deus.
Os autógrafos originais de todos os livros do Novo Testamento não existem mais.
Eram feitos de papiro e este material não resistia aos séculos em condições normais de uso.
O que temos hoje, são cópias destes originais. O fato dos originais não existirem não deve
assustar ninguém. Até mesmo a obra de Camões, "Os Lusíadas", só é preservada por cinco
cópias e não há o original. Mesmo assim, ninguém duvida de que temos a obra como Camões a escreveu com
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sua própria mão. A famosa “Ilíada” de Homero é atestada por 643 manuscritos, sendo que
o mais antigo manuscrito completo é do século treze! As tragédias gregas de Eurípides são
atestadas por aproximadamente 330 manuscritos.
A SUFICIÊNCIA DA BÍBLIA (Sl 119:89-104; Lc 16:29-31)
Faz parte integrante da fé evangélica a convicção de que a igreja nada pode
acrescentar à Bíblia e de que todas as suas doutrinas devem ser testadas pela sua
fidelidade às Escrituras. Embora valendo-nos da erudição dos expositores, nem por isso devemos aceitar
deles, ou de quem quer que seja, qualquer opinião que esteja em conflito com o sentido
claro da própria Bíblia (At 17:11) – pois cremos que esta nunca se contradiz.
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69 Em última análise, devemos depender da unção do mesmo Espírito de Deus que
inspirou os escritores (Jo 16:13; 1 Co 2:10-14; 1 Jo 2:27). Para tanto, havemos de
<<permanecer Nele>>, a fim de sabermos o que é que nos diz o Deus que <<falou aos
profetas>> (Jo 6:63; 2 Co 3:6).
“Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Timóteo 3:16-17
A AUTORIDADE SUPREMA DAS ESCRITURAS
A igreja primitiva recebia a Bíblia como a autoridade final. Gaussen diz: “Com exceção unicamente de Theodore de Mopsuestia, tem sido impossível
encontrar, ao longo dos oito primeiros séculos do cristianismo, um único doutor que tenha
negado a inspiração plena das Escrituras, a menos que fosse no seio das mais violentas
heresias que têm atormentado a igreja cristã; isso equivale a dizer, entre os gnósticos, os
maniqueístas, os anomistas e os maometanos”. L. Gaussen, Theopneustia (Chicago: The
Bible Institute Colportage Ass’n n. D.) pág. 139 e segs. (Palestras em Teologia Sistemática –
Henry Clarence Thiessen, pg. 45). A autoridade suprema das Escrituras também é uma doutrina puritano-
presbiteriana. A ela os puritanos tiveram que apelar freqüentemente na luta que foram obrigados a travar contra as imposições litúrgicas da Igreja Anglicana.
A Confissão de Fé de Westminster professa a referida doutrina em três parágrafos
do seu primeiro capítulo. No quarto parágrafo, ela trata da origem ou fundamento da
autoridade das Escrituras:
“A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não
depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus
(a mesma verdade) que é o seu Autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a Palavra
de Deus”.
O décimo e último parágrafo desse capítulo confere às Escrituras (a voz do Espírito
Santo) a palavra final para toda e qualquer questão religiosa, reconhecendo-a como
supremo tribunal de recursos em matéria de fé e prática: “O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas, e
por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos
antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares; o Juiz
Supremo, em cuja sentença nos devemos firmar, não pode ser outro senão o Espírito
Santo falando na Escritura”.
Mas, visto que Cristo nos fala agora pelo seu Espírito por meio das Escrituras (Hb 1:1), e que as revelações da criação e da consciência não são nem perfeitas e nem
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suficientes por causa da queda, que corrompeu tanto uma como outra, a palavra final, suficiente e autoritativa de Deus para esta dispensação são as Escrituras Sagradas.
O fato é que, por procederem de Deus, as Escrituras reivindicam atributos divinos:
são perfeitas, fiéis, retas, puras, duram para sempre, verdadeiras, justas (Sl 19:7- 9) e santas
(2 Tm 3.15). Cf. também Salmo 119:39, 43, 62, 75, 86, 89, 106, 137, 138, 142, 144, 160, 164,
172, Mateus 24:34; João 17:17; Tiago 1:18; Hebreus 4:12 e 1 Pedro 1:23, 25.
Que autoridade teria Paulo para exortar aos gálatas no sentido de rejeitarem
qualquer evangelho que fosse além do evangelho que ele lhes havia anunciado, ainda que
viesse a ser
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70 pregado por anjos? Só há uma resposta razoável: ele sabia que o evangelho por ele
anunciado não era segundo o homem; porque não o havia aprendido de homem algum,
mas mediante revelação de Jesus Cristo (Gl 1:8-12).
Jesus também atesta a autoridade suprema das Escrituras: pelo modo como a usa,
para estabelecer qualquer controvérsia: "está escrito" (exemplos: Mt 4:4, 6, 7, 10; etc.), e
ao afirmar explicitamente a autoridade das mesmas, dizendo em João 10:35 que "a
Escritura não pode falhar." A fé reformado-puritana reconhece a autoridade de todo o conteúdo das Escrituras,
e sua plena suficiência e suprema autoridade em matéria de fé e práticas eclesiásticas. Tão importante foi a redescoberta destas doutrinas pelos Reformadores, que se
pode afirmar que, da aplicação prática das mesmas, decorreu, em grande parte, a
profunda reforma doutrinária, eclesiástica e litúrgica que deu origem às igrejas
protestantes. Todas as doutrinas foram submetidas à autoridade das Escrituras. Todos os
elementos de culto, cerimônias e práticas eclesiásticas foram submetidos ao escrutínio da
Palavra de Deus. A própria vida (trabalho, lazer, educação, casamento, etc.) foi avaliada
pelo ensino suficiente e autoritativo das Escrituras. Muito entulho doutrinário teve que ser
rejeitado. Muitas tradições e práticas religiosas acumuladas no curso dos séculos foram
reprovadas quando submetidas ao teste da suficiência e da autoridade suprema das
Escrituras. E a profunda reforma religiosa do século XVI foi assim empreendida.
Pergunta-se: Qual a maneira mais convincente de demonstrar a autoridade de
um leão? Resposta: solte-o e verás... É assim com a Bíblia também...
CONCLUSÃO
Mas muito tempo já se passou desde então. O evangelicalismo moderno recebeu,
especialmente do século passado, um legado teológico, eclesiástico e litúrgico que precisa
ser urgentemente submetido ao teste da doutrina reformada da autoridade suprema das
Escrituras. É tempo de reconsiderar as implicações desta doutrina. É tempo de reavaliar a
nossa fé, nossas práticas eclesiásticas e nossas próprias vidas à luz desta doutrina. Afinal,
admitimos que a Igreja reformada deve estar sempre se reformando — não pela
conformação constante às últimas novidades, mas pelo retorno e conformação contínuos
ao ensino das Escrituras. Lema da Reforma: “Eclésia Reformata Semper Reformanda” (a igreja deve sempre estar
aberta para ser corrigida por Deus, arrepender-se dos seus pecados e reformar-se em
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conformidade com o ensino das Escrituras). (Ap 2:5, 16, 21; 3:3, 19).
No atual clima de relativismo, a opinião parece ser o único referencial para o que a pessoa deve crer ou praticar. Dentro desse contexto, o aborto e o homossexualismo devem ser analisados por critérios puramente pragmáticos. O fato de Deus ter revelado os limites da sexualidade humana e o respeito pela vida não é mais válido para o homem moderno. Ele não acredita que Deus tenha falado.
Entretanto, para os evangélicos que aceitam a Bíblia como a Palavra de Deus, pesa a responsabilidade de levar essa convicção a sério. Não obstante, é triste notar que, também neste caso, a teoria está longe da prática.
Hoje em dia, supostas revelações místicas têm mais autoridade do que a clara
exposição da Bíblia. Cremos em idéias jamais ensinadas pelos profetas, por Jesus ou pelos
apóstolos: regressão
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71 psicológica, decreto, entre outras coisas que jamais foram ensinadas na Bíblia. Então, por
que as praticamos? [O motivo é] Por que funcionam? [O motivo é] Por que atraem as
pessoas? “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. (1 Tm
4:1 - A.C.F.) “Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para
enganarem, se for possível, até os escolhidos”. (Mc 13:22 - A.C.F.)
Assumir a autoridade da Bíblia implica enfatizar aquilo que ela enfatiza. Em nome
da relevância, estamos assimilando filosofias da época atual e saímos à busca de textos
fora de contexto para justificá-las.
A partir do instante em que aceitamos a autoridade da Bíblia, somos chamados
pela força da Palavra a nos submetermos à autoridade de Deus. Se Ele, o Criador, de
fato se revelou aos homens através de palavras, tal revelação tem a força de lei para as
Suas criaturas. Como Soberano do Universo, Deus tem o direito de exigir plena obediência às
Suas ordens e fazer valer Sua autoridade através de justo julgamento. Deus, sendo
onisciente e eterno, faz da Sua Palavra autoridade para todas as áreas da vida humana,
sejam elas espirituais, morais, intelectuais e físicas.
Uma pregação teocêntrica enfatizará a mensagem da Bíblia. Certamente, ela não é
popular. Nunca o foi. Se o crescimento numérico fosse o critério para a verdade, Jesus não
teria tido muito sucesso na Sua vida terrena, pois até alguns dos Seus discípulos mais
próximos O abandonaram quando Ele começou a expor todas as implicações do
discipulado. Se cremos na Bíblia como a Palavra de Deus, devemos pregá-la, quer ouçam
quer deixem de ouvir.
O povo de Deus abandona as águas cristalinas da verdade para beber nas cisternas
furadas e apodrecidas do erro. O remédio de Deus parece ser mais amargo, porém
é eficaz!
Sabendo que a nossa natureza pecaminosa nos impulsiona em direção ao erro e ao
pecado, conhecendo o engano e a corrupção do nosso próprio coração, reconhecendo os
dias difíceis pelos quais passa o evangelicalismo moderno (particularmente no Brasil), e a
ojeriza doutrinária, a exegese superficial e a ignorância histórica que em grande parte
caracterizam o evangelicalismo moderno no nosso país, não temos o direito de assumir
que nossa fé e práticas eclesiásticas sejam corretas, simplesmente por serem geralmente
assim consideradas. É necessário submeter nossa fé e práticas eclesiásticas à autoridade
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suprema das Escrituras. Assim fazendo, não é improvável que nós, à semelhança dos Reformadores,
também tenhamos que rejeitar considerável entulho teológico, eclesiástico e litúrgico
acumulados nos últimos séculos. Não é improvável que venhamos a nos surpreender, ao
descobrir um evangelicalismo profundamente tradicionalista, subjetivo e racionalista. Mas
não é improvável também que venhamos a presenciar uma nova e profunda reforma
religiosa em nosso país. Que assim seja!
Oh! quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.
Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio do que os meus inimigos; pois estão sempre comigo.
Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a
minha meditação.
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72 Entendo mais do que os antigos; porque guardo os teus preceitos.
Desviei os meus pés de todo caminho mau, para guardar a tua
palavra. Não me apartei dos teus juízos, pois tu me ensinaste. Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar, mais doces do que o mel à
minha boca. Pelos teus mandamentos alcancei entendimento; por isso odeio todo
falso caminho.
Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
(Salmos 119-97-105) FONTES DE CONSULTAS
· Bíblia Almeida Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original - SBTB · Estudo: BIBLIOLOGIA - A DOUTRINA DA BÍBLIA (por Hélio Menezes Silva, em
Set/97, para a Igreja Batista Fundamentalista de Campina Grande), retirado do site: http://solascriptura-tt.org/
· Estudo: A BÍBLIA SAGRADA - O Livro dos Livros - O milagre de Deus para a
humanidade. (Pr. Emídio Viana) · Livro: Palestras em Teologia Sistemática – Henry Clarence Rhiessen – Editora
Batista Regular.
· Pequena Enciclopédia Bíblia – Orlando Boyer – Ed. Vida. · Livro: Introdução Bíblica (Como a Bíblia chegou até nós) – Norman Geisler e
William Nix, Ed. Vida.
· Estudo: Creio na Inspiração da Bíblia: por Deus, totalmente, infalível, inerrável,
cada palavra (Humberto Rafeiro, outubro 2002, retirado do site:
http://solascriptura-tt.org/) · Estudo: O Período Entre os Testamentos e O Novo Testamento - Missionário Calvin
Gardner
· Pesquisa de Teologia Bíblica do Antigo Testamento - Produção Teológica no
Período Intertestamentário - Prof.: Rev.: Isaías Cavalcanti. Sem.: Josias Macedo
Baraúna Jr., Seminário Teológico Presbiteriano do Rio de Janeiro, 1998. · Texto: A CANONICIDADE DO NOVO TESTAMENTO - Wilbur (Gilberto) Norman
Pickering. · Texto: Como posso ter certeza de que a Bíblia está falando a verdade? - Autores:
Henry Morris e Martin Clark, adaptado do livro dos mesmos A Bíblia tem a resposta,
publicado por Master Books, 1987. Texto suprido para a Eden Communications
com a permissão de Master Books. (http://www.solascriptura-tt.org/) · Texto: Formação do Cânon do Novo Testamento - Augusto Bello de Souza Filho · Texto: "Bíblia - Preservação Perfeita Ou Restauração Insegura? Ou "O Cânon das
Palavras Está Perfeito e Fechado, Parem de Mexer com Elas!", retirado do site: http://solascriptura-tt.org/
· Estudo: A DOUTRINA REFORMADA DA AUTORIDADE SUPREMA DAS ESCRITURAS
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Paulo Anglada
(http://www2.uol.com.br/bibliaworld/igreja/estudos/doutr001.htm) · Texto: Fidelidade de Transmissão dos Textos Bíblicos; Quais Manuscritos? -
Waldemar Janzen, 17 junho 2001-
http://apologetic.freeyellow.com/FidelTextos.htm · Texto: Mitos Sobre a Septuaguinta e Traduções Modernas - por Dr. Larry
Spargimino - Traduzido para o português por Waldemar Janzen - (http://apologetic.waetech.com.br/Septuaginta.htm).
· Texto: A MENSAGEM QUE VEIO DO CÉU - Rev. Jorge Issao Noda - Revista Raio
de Luz - Ano 28 – Edição 111 - Outubro de 1998.