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CURSO ONLINE ATUALIDADES O TJ – SP
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Profa Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br
Olá, amigos, tudo bem?
Meu nome é Virgínia Guimarães e minha relação com os
concursos públicos se iniciou quando me dei conta de que minha única
opção para alcançar o ensino superior seria adentrar numa Universidade
Federal – onde me graduei em História no ano de 2005. Após a
graduação, busquei o mestrado e, mais uma vez, tinha que ser na
Federal onde adentrei em 2006 e me tornei mestre em História do Brasil.
Sou autora do livro, Ex-combatentes do Brasil – entre a História e a
Memória, mas, infelizmente, isso ainda não é cobrado nos concursos
públicos. rsrsrs
Enfim, atualmente, leciono várias disciplinas da área de
humanas em uma faculdade na cidade de Olinda/PE e, desde 2010, dou
aulas de Conhecimentos Gerais, Atualidades e Geografia aqui no site do
Ponto dos Concursos.
Bem, é sempre um grande prazer estar com vocês nesse
caminho, às vezes tão árduo e cheio de sacrifícios, que é o da aprovação!
Sobre a disciplina de atualidades é importante saber que ela é
sempre muito ampla, como vocês mesmo já devem ter percebido, no
entanto, o concurso do Tj trouxe uma cobrança de forma bem inusitada
perto do normalmente é exigido. Calminha, pois essa mudança foi muito
positiva uma vez que ela estabeleceu o prazo dos acontecimentos os
quais ela espera que o candidato esteja a par e isso é maravilhoso. Digo
isso, pois assim podemos ir direto aos assuntos que estão mais em voga
e nos interessam diretamente , sem ficar tendo que divagar sobre as mil
e uma possibilidades de cobrança dentro de política, por exemplo. Como
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a banca só cobra os últimos 6 meses nem precisaremos falar tanto do 11
de setembro ou da crise econômica de 2008 especificamente.
É claro, amigos, que certos acontecimentos pregressos
precisaremos sim abordar, pois eles fazem parte de um contexto
importante de termos domínio. Ainda assim, é apenas pra isso que
falaremos de certos fatos: pra solidificar e ampliar o conhecimento de
fatos importantes e relevantes da atualidade.
Pois então, pessoal, isso abre caminho para a dedicação de
todos e o foco nos estudos, tendo em vista a aprovação neste importante
concurso público, não é mesmo?
Dessa forma, vamos dar mais uma olhadinha no resumidíssimo
edital dessa matéria para compreendermos a seleção de temas que fiz
pras nossas três aulas. :
Nem tem mistério, não é mesmo, amigos? Teremos uma aula
de cada um dos temas citados: política/economia/sociedade, mas não se
enganem com essa aparente pouco matéria, pois são três tópicos muito
abrangentes e isso torna tudo um pouquinho mais complicado. Assim
nosso cronograma ficou assim:
26/09 - Aula Economia
09/10 - Aula Política
23/10 –Aula Sociedade
(04) questões: relacionadas a fatos políticos, econômicos e sociais, ocorridos a partir do primeiro semestre de 2012.
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Atenção hein, pessoal? Nossas aulas serão a cada 15 dias
pra podermos pegar os acontecimentos mais recentes com o seu
desenrolar mais completo!! Já que esse curso é compilado e não
veremos muito dos processos acho ideal termos mais tempo pra
nos atualizar, não é mesmo?
De todo modo, apesar da relativa amplitude dos temas nós os
estudaremos aqui da forma mais objetiva possível, certo? Isso porque
existem alguns assuntos são muito mais prováveis de serem cobrados do
que outros e é, exatamente, em cima desses que nosso curso trabalhará!
Pois bem, acho importante ressaltar que, ao contrário do que
muitos pensam, Atualidades é uma matéria que exige muito estudo! Digo
isso porque muitos concurseiros pensam, por exemplo, que a simples
leitura de jornais pode valer para resolverem as questões, mas o que
tenho visto, cada vez mais, é exatamente o contrário. Acompanhar os
últimos acontecimentos até faz alguma diferença para compreensão da
questão, todavia, o que determina que tenhamos firmeza na opção a ser
marcada é o conhecimento sólido do assunto – e isso, jornais e
noticiários não nos fornecem, pois os abordam de forma muito
superficial.
Nossos assuntos são estudados mesmo!!! Por isso chamamos
esse curso de teoria+exercícios. Minha função aqui não é treinar ninguém
pra ganhar o “Show do milhão” (rsrsrs) e sim prepará-los para responder
as perguntas mais inteligentes possíveis e, isso é o que esperamos da
VUNESP.
Assim, ao final dessas nossas 3 aulas vocês estarão bem mais
seguros para responder as 4 questões de Atualidades que cairão na
prova, então chega de papo e vamos a nossa aula! ;)
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- PANORAMA ECONOMICO
Bem, falar de um panorama geral é algo muito amplo, e, com
toda certeza, não é meu objetivo abordar todas as situações do mundo
numa única aula, ok? De qualquer modo, para compreendermos os
tópicos econômicos mais relevantes do Brasil e do mundo no século XXI,
é preciso começarmos com uma ideia mais geral de como funcionam as
políticas e as economias mundiais, ok?
Temos que pensar, amigos, que todas, absolutamente todas,
as situações políticas, econômicas, sociais e ambientais pelas quais
passamos na atualidade tiveram origem em algum momento e foram
desencadeadas por algum fator pregresso.
Por isso, amigos, para compreender as transformações que
vemos hoje à nossa volta, ou seja, para entender a dinâmica do
processo é imprescindível que conheçamos o próprio processo, as suas
origens e aí então poderemos entender suas consequências.
Um exemplo disso que estou dizendo são as conhecidas revoltas
em alguns países da África do Norte, como o Egito, a Líbia e, mais
recente, a Síria. É praticamente impossível compreendermos a situação
política atual daquela região se não tivermos clareza das disputas em
que esses países estão inseridos? Mas disso nós falaremos na próxima
aula, ok?
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Bom, pra iniciarmos nosso papo queria tocar num assunto que
vocês já devem tirar de letra: a globalização. Apesar de não ser
exatamente um tema atual, ele continua caindo em concursos e é o
ponto de partida para compreendermos muitos aspectos de nossa
economia ainda hoje. Afinal. Como falar da crise econômica na Europa
sem ter compreendido a globalização? Portanto, queridos, eu gostaria de
reforçar um pouco mais alguns conceitos teóricos pra depois fazermos
uma questãozinha que caiu num concurso do ano passado.
Nesse sentido, queria que estivesse bem sólido na cabeça de
vocês que a globalização é
um processo com muitos efeitos, positivo e negativo.
Essas transformações atingiram a TODOS os setores nos
mais diversos aspectos mundiais, sejam econômicos,
sociais, culturais ou políticos.
Estão lembrados disso? Pois então, sem compreender a
globalização quase nada poderia ser compreendido pois ela não diz
respeito apenas à integração, uma vez que ela também acarreta divisão e
exclusão.
A essa altura já podemos entender que a globalização é pedra
fundamental do nosso conhecimento, porque todas as crises mundiais,
políticas e econômicas, passam por este fenômeno. Deste modo, também
podemos conceituar a globalização como sendo:
“um fenômeno de aprofundamento do intercâmbio
político, econômico, social e cultural entre as
diversas nações do planeta, atualmente
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intensificado pelas profundas transformações e
inovações científicas e tecnológicas na área da
comunicação e nos transportes.”
Vocês devem estar se perguntando, porque, afinal de contas,
estou voltando a falar de globalização já que nosso assunto só deve
abarcar os últimos 6 meses, não é?
Pois bem, vimos que a globalização projeta três importantes
processos que seriam os movimentos internacionais de capitais, a
produção capitalista internacionalizada e as ações internacionais
de governo. Destes três aspectos, nos interessa, para a aula de hoje: os
movimentos de capitais.
Isso porque se esses movimentos não existissem toda essa crise
econômica que assola a Europa e alguns países em especial não estaria
existindo
Deste modo, podemos dizer que as ações internacionais de
governo são a conseqüência direta da movimentação internacional
de capitais e da produção internacionalizada, que, somados à
necessidade de intervenção do Estado na economia e em projetos de
cooperação internacional resulta na construção de organizações
“reguladoras”. Deste modo, uma vez que os capitais estão se
movimentando pelo mundo e empresas estão se internacionalizando,
torna-se necessário o surgimento de organizações internacionais, que
se tornaram uma realidade no pós-Segunda Guerra Mundial. Concordam
comigo?
As ações internacionais de governo deram origens a verdadeiros
estados internacionais. Assim, é importante termos bem claro que a
unificação do capital mundial com a força de trabalho mundial resultou
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num sistema que exigia a formação de instituições supranacionais para
regular suas ações, como a ONU, a OMC etc.
A essa altura do campeonato, acho que todos concordamos que
a globalização trouxe uma indiscutível integração da sociedade, cultura e
políticas mundiais. Não quero parecer uma propagandista liberal
levantando aqui uma bandeira pró-globalização, mas o fato é que junto
com ela surgiram sim alguns avanços que não podem ser ignorados.
A globalização das comunicações tem sua face mais visível na
internet, que permite um fluxo de troca de ideias e informações jamais
vista na história da humanidade. Um bom exemplo disso somos nós que
estamos, nesse momento, nos relacionando com pessoas das mais
diversas regiões do Brasil. Em outro momento, quando é que uma pessoa
do interior de Minas Gerais teria aula com uma professora que mora em
Pernambuco? Mas com o advento da internet, cá estamos nós interagindo
e aprendendo além de, obviamente, desfrutar da tecnologia. Assim, é
correto afirmar que o processo de globalização diz respeito à forma como
os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo,
levando em consideração os aspectos que falei acima.
Vejamos como os efeitos da globalização foram cobrados em
provas anteriores e como estão relacionados aos temas de
Atualidades/Conhecimentos gerais!
1) (FUNIVERSA / Auditor Fiscal - Transportes – Seplag-DF /
2011) A imprensa mundial noticiou, em fevereiro de 2011, que a
crise nos países árabes, com destaque para o Egito, pode
intensificar o movimento de elevação dos preços das
commodities, especialmente o do petróleo. A partir dessa
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observação e considerando o cenário econômico global
contemporâneo, assinale a alternativa correta.
(A) Eventuais oscilações no preço do barril de petróleo já não causam
impacto como no passado, tendo em vista a significativa redução de seu
uso na atualidade, com a substituição por outras fontes de energia.
(B) Uma das características essenciais da globalização é a ampliação e a
interdependência dos mercados. Assim, fatos aparentemente isolados e
ocorridos em região determinada podem repercutir na economia mundial.
(C) Crises como a vivida pelo Egito podem interferir na cotação de
produtos no comércio global, mas são incapazes de influir no
comportamento dos mercados financeiros, hoje blindados contra
situações de risco.
(D) Na ordem global dos dias atuais, a mesma liberdade de circulação de
bens e capitais verifica-se na locomoção das pessoas, tanto como turistas
quanto na condição de trabalhadores em busca de novas oportunidades.
(E) Por ser um país emergente, o Brasil insere-se no comércio mundial
como exportador de produtos industrializados, sendo diminuta sua
participação na venda de commodities.
COMENTÁRIOS
A letra A está incorreta. É verdade que se tem, cada vez mais,
se buscado alternativas para substituir o petróleo, entretanto, esse
combustível ainda é largamente usado em todo mundo. Por outro lado,
dizer que as oscilações no preço do petróleo não causam impacto, é
contradizer a realidade que vemos diariamente nas mídias: as oscilações
no preço do petróleo atingem diretamente a economia mundial.
A letra B está correta. A globalização promove a integração e
interconexão de mercados que antes não tinham ligação nenhuma. Assim
sendo, quando ocorre uma crise, pequena ou grande, em um
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determinado lugar, o mercado internacional pode ser afetado
diretamente.
As distancias dos mercados em todo mundo não representam
mais a separação dos mesmos. Há, como foi afirmado, uma
interdependência das economias e mercados mundiais.
A letra C está incorreta. Seria tão bom se os mercados
financeiros estivessem blindados contra crises, não é mesmo? Mas não
estão. Portanto, a crise do Egito não somente interfere como também
condiciona o comportamento dos mercados financeiros internacionais. É o
que podemos constatar facilmente na crise que se expande pela Europa
(principalmente) e pelo mundo como um todo.
A letra D está errada. Ao contrário do que ela afirma, o
deslocamento de trabalhadores pelo mundo sofre rigorosa restrições e
intervenções estatais.
A letra E está incorreta. A exportação de produtos
industrializados no Brasil cresceu, é verdade. Mas, as commodities ainda
ocupam grande espaço na pasta dos produtos brasileiros exportados.
Gabarito: B
2) (FUNVERSA / CEB / 2010)
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A disseminação do McMundo
Em seu livro Jihad versus McWorld, publicado em 1995, Benjamin Barber
foi incrivelmente profético ao descrever nosso mundo complicado, em
que dois cenários aparentemente contraditórios desenrolam-se
simultaneamente: um onde “cultura é lançada contra cultura, pessoas
contra pessoas, tribos contra tribos”, e outro onde “o ímpeto de forças
econômicas, tecnológicas e ecológicas” exigem integração e uniformidade
e hipnotizam as pessoas em todo o planeta com o universo fast de
música, computador, comida, um McMundo unido pela comunicação,
informação, entretenimento e comércio.
(Worldwatch Institute. Citado em Conexões. Lygia Terra, Regina Araújo e
Raul Borges Guimarães. São Paulo: Moderna, 2008.)
A partir das ideias expressas no texto e na figura, assinale a
alternativa incorreta.
a) A intensificação dos fluxos globais de tecnologias, capitais, pessoas e
serviços podem ser entendidos como uma das características da
globalização.
b) Benjamin Barber estabelece, no título de seu livro, uma relação entre
a fé islâmica e o modo de vida das sociedades ocidentais.
c) Uma importante rede de lanchonetes é citada, ainda que de forma
indireta, no texto.
d) O texto menciona apenas aspectos negativos da globalização.
e) A figura que acompanha o texto remete ao extraordinário avanço das
comunicações no mundo atual.
COMENTÁRIOS
A letra A está correta. A globalização é responsável pela
intensificação dos fluxos globais de tecnologias, capitais, pessoas e
serviços. Com a globalização, a sociedade internacional tornou-se muito
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mais interdependente. Como vocês já devem estar cansados de saber
depois de tanto verem isso nesta e na última aula.
A letra B está correta. Essa questão sempre gera dúvidas e
creio que elas estejam diretamente ligadas à complexidade do assunto, já
que, quando entra comparações com o mundo Islâmico sempre ficamos
na dúvida, não é mesmo? ...rs
Mas o grande "X" dessa letra B é entendermos que o simples
fato do autor citar a Jihad no título de seu livro, já indica uma referência
a fé islâmica e que o mesmo ocorre quando ele fala em Mc, posto que, o
McDonald’s é o grande símbolo do modo de vida da sociedade ocidental,
certo?
Assim, ao citar esses dois termos ele já indica a relação entre
esses dois conceitos.
Deste modo, o título do livro – Jihad x McWorld– indica um
choque de culturas, mais especificamente entre a cultura islâmica e a
cultura ocidental. Jihad é um conceito da região islâmica que significa a
busca pessoal pela perfeição. Já no que diz respeito a McWorld, a
referência a que o autor faz é a rede McDonalds, que acabou se tornando
um símbolo do capitalismo e da globalização devido à sua grande
expansão pelo mundo e ainda aos conceitos de rapidez, instantaneidade,
eficiência e padronização (afinal, esses são os pilares da propaganda do
McDonalds!).
A letra C está correta. Conforme comentei, quando o autor fala
em McWorld, a referência é à rede de lanchonetes McDonalds, que se
tornou um verdadeiro símbolo da globalização.
A letra D está errada, é, portanto, a resposta da questão! O
texto faz alusão a aspectos positivos e negativos da globalização. Fica
fácil de visualizarmos isso quando é feita referência a dois cenários
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aparentemente contraditórios. O primeiro cenário (negativo) é onde
ocorre o choque de culturas e “pessoas são lançadas contra pessoas”. O
segundo cenário (positivo), por sua vez, é o que une as pessoas por meio
da comunicação, informação, entretenimento e comércio
A letra E está correta. A figura que acompanha o texto mostra
duas pessoas em lados opostos do globo apertando as mãos, o que
simboliza o estreitamento das distâncias e a facilidade de comunicação
decorrentes da globalização.
Gabarito: D
3) (FMP / Auditor Público Externo – TCE-RS / 2011) Para José
Eduardo Faria, a globalização “transformou radicalmente as
estruturas de dominação política e de apropriação de recursos,
subverteu as noções de tempo e espaço, derrubou barreiras
jurídicas entre nações, revolucionou os sistemas de produção e
modificou estruturalmente as relações trabalhistas.” Nesse
sentido, pode-se afirmar que a globalização significa
fundamentalmente:
(A) transnacionalização de mercados apenas em países desenvolvidos,
não trazendo, portanto, repercussões para governos dos Estados da
Federação brasileira.
(B) comercialização, transnacionalização e produção de gêneros
alimentícios em determinados países do CONESUL e NAFTA.
(C) a habilidade para a mudança devido aos novos avanços tecnológicos
que permitem uma redução do tempo e espaço na comercialização de
produtos oriundos de países do Ocidente.
(D) transnacionalização dos mercados de insumos, produção, capitais,
finanças e consumo, enfatizando uma relação dialética entre o global e o
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local, de tal modo que as relações sociais locais passam a ser definidas
por eventos e atores que operam no âmbito global.
(E) a dominação de países ocidentais por países orientais, podendo ser
considerada a derrocada final do sistema de produção capitalista.
COMENTÁRIOS
A letra A está incorreta porque a globalização é um fenômeno
que engloba todo o mundo, inclusive países em desenvolvimento.
Portanto, quando se afirma que a “globalização significa
fundamentalmente transnacionalização de mercados apenas em países
desenvolvidos”, como está disposto na opção A, está desconsiderando
outros aspectos deste fenômeno. A globalização não se reduz apenas aos
mercados e muito menos apenas aos países desenvolvidos, deste modo,
esta opção está errada.
A opção B também está incorreta. Novamente se limita a
globalização a “comercialização, transnacionalização e produção de
gêneros alimentícios”, incorrendo no erro de reduzir a alguns países do
CONESUL e NAFTA. Como dito acima, a globalização é um fenômeno que
engloba todo o mundo e não está localizado apenas em algumas regiões
ou blocos políticos e econômicos.
A letra C está incorreta. Embora num primeiro momento possa
parecer correto o que está sendo afirmado nesta opção, pois a
globalização realmente cria a habilidade para a mudança devido aos
novos avanços tecnológicos, reduzindo assim o tempo de produção e
aumentando as facilidades de comercialização de produtos em diferentes
partes do mundo. Ela não reduz o espaço, na verdade ela amplia o
espaço de produção e de comercialização. E, por outro lado, embora os
produtos ocidentais estejam mais presentes, pois a maior parte das
multinacionais e transnacionais sejam de países do Ocidente, não
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podemos excluir do processo de globalização produtos de outras partes
do mundo. Assim sendo, a afirmativa torna-se incorreta ao fazer
reduções e limitações que não cabem no significado de globalização.
A letra D é a opção correta! Vejamos uma descrição do que vem
a ser Globalização: “Globalização é um fenômeno de aprofundamento do
intercâmbio político, econômico, social e cultural entre as diversas nações
do planeta atualmente intensificado pelas profundas transformações e
inovações científicas e tecnológicas na área da comunicação e nos
transportes.” Podemos perceber que se trata de um fenômeno bastante
amplo, que interconecta aspectos políticos, sociais e culturais. Quando a
afirmativa diz que a globalização se caracteriza pela transnacionalização
de mercados (...) e enfatiza uma relação dialética do local com o global,
está afirmando exatamente essa extensa conexão promovida pela
Globalização. Portanto, essa é a opção correta para responder à questão
proposta.
A letra E está errada, pois afirma que existe uma dominação
dos países Orientais sobre os países Ocidentais (foi, inclusive, escrita de
forma a tentar confundir o leitor). Afirma ainda que ela pode ser
considerada a derrocada do sistema capitalista. Dois erros gritantes.
Primeiro porque a maior dominação é dos países Ocidentais sobre os
Orientais. E em segundo lugar, porque a globalização fortaleceu e
continua fortalecendo o capitalismo e não o leva à derrocada.
Gabarito: D
A GLOBALIZAÇÃO E A ECONOMIA
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Bem, queridos, agora que já relembramos os principais pontos
sobre globalização precisamos saber o que isso tem a ver com os fatos
econômicos recentes, não é mesmo?
Se eu pedisse pra você me dizer o que lhe vem a cabeça
quando pensa em fato econômico atual o que você diria? Certamente a
crise econômica mundial e suas sérias conseqüências na Europa seria
uma das primeiras lembranças, acertei?
Pois então, como poderemos compreender essa crise sem ter
uma boa compreensão do fenômeno que permite com que um “erro
econômico” ocorrido nos EUA atinja todo o mundo? Ou ainda que uma
crise na economia grega desestabilize toda zona do euro? Aliás, você
sabe como se formou essa zona?
BLOCOS REGIONAIS - Generalidades
Conforme já vimos, a integração econômica e política é uma
consequência da globalização. Após a Segunda Guerra Mundial, os
países se deram conta de que se unissem forças, eles teriam muito maior
voz no cenário internacional do que se agissem isoladamente.
Concomitante a isso, começam a proliferar organizações internacionais,
as quais materializam a ideia de que problemas em comum da
humanidade deveriam ser enfrentados pela cooperação internacional.
E por que estou falando isso agora? Porque é ai que se encontra
a sementinha que possibilitou o surgimento dos blocos econômicos que
conhecemos hoje.
Se a integração e cooperação entre os países tiveram início por
motivações eminentemente políticas, podemos estar certo de que depois
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também se evidenciaram no campo econômico. Deste modo, surgiram os
blocos regionais, que tiveram seu embrião na Europa e depois se
espalharam às outras regiões do planeta. E foi essa expansão que
originou o que hoje conhecemos como acordos preferenciais e blocos
regionais, dentre os quais destacamos a União Europeia, o NAFTA e o
MERCOSUL.
Pessoal, quando falo de blocos regionais, há uma tendência de
vocês pensarem que são todos uma coisa só, não é mesmo? Entretanto,
eles possuem diferentes estágios de integração.
Segundo Bela Balassa, criador da teoria da integração regional,
existem os seguintes estágios de integração econômica:
Área de Livre Comércio: caracteriza-se pela livre circulação de
mercadorias e serviços. Dizer que há livre circulação de mercadorias
significa que o substancial do comércio (a maior parte do fluxo de
mercadorias) circula sem pagar impostos de importação (direitos
aduaneiros) entre os países do bloco.
A livre circulação de serviços, por sua vez, fica caracterizada
quando não há restrições à prestação de serviços dentro do bloco. Nesse
sentido, um médico do país A poderia fazer consultas normalmente no
país B, sem qualquer restrição. Ou então, uma empresa de A poderia
instalar-se e prestar serviços de extração de petróleo no país B. Tudo
isso, é claro, se A e B fossem integrantes da área de livre comércio.
Na prática, o que se verifica é que a completa liberalização do
comércio de mercadorias e serviços é algo muito difícil de ser alcançado.
Como exemplo de área de livre comércio, citamos o NAFTA.
União Aduaneira: Na união aduaneira, além da livre circulação
de mercadorias e serviços, haveria harmonização da política comercial
em relação a terceiros países. Assim, os países-membros desse bloco
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comercial estabeleceriam as mesmas regras alfandegárias em relação aos
não-membros. Em outras palavras, as normas de comércio exterior
seriam essencialmente as mesmas em todos os países, aplicando-se,
inclusive, uma Tarifa Externa Comum (TEC).
A Tarifa Externa Comum (TEC) é uma tabela que estabelece as
alíquotas do imposto de importação para os produtos importados de
terceiros países. Imagine que o país A, B e C forme uma união aduaneira.
Nesse caso, há livre circulação de mercadorias entre eles (no comércio
regional não incide imposto de importação) e, ainda, cobram o mesmo
imposto de importação em relação a terceiros países. Como exemplos de
uniões aduaneiras citamos, o MERCOSUL e a Comunidade Andina.
Mercado Comum: possui, cumulativamente, as características
da união aduaneira somadas à livre circulação dos fatores de produção.
Assim, não há restrições ao movimento de capitais e de pessoas.
Para que seja possível a livre circulação de fatores de produção,
é necessário, todavia, a harmonização das políticas previdenciária,
trabalhista e de capitais entre os integrantes do bloco. Vale ressaltar que,
no mercado comum, existirá, assim como na união aduaneira, uma
harmonização da política comercial intrabloco (comércio livre de barreiras
entre seus integrantes) e extrabloco (regras de comércio exterior
unificadas, incluindo tributação).
União Econômica: caracteriza-se pela harmonização das
políticas econômicas dos países-membros.
Integração Econômica Total: caracteriza-se pela
equalização das políticas econômicas.
“Mas, professora, qual a diferença entre harmonização e
equalização de políticas econômicas?”
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Para ficar bem fácil de visualizar, pensemos num quadro. Nesse
quadro, foi pintada uma imagem cuja simples admiração lhe traz uma
sensação de bem estar. Muito provavelmente, essa tela está repleta de
cores que se harmonizam, ou seja, possui cores que combinam entre si.
Apesar de diferentes, uma vez juntas num mesmo contexto, elas não
interferem uma na outra, resultando numa diversidade que se combina,
que se harmoniza.
Por outro lado, se pretendermos que essa tela
fique equalizada, usaríamos uma cor só e ela estaria preenchida
totalmente por apenas uma cor, ou seja, em qualquer ponto da tela, as
cores utilizadas seriam exatamente iguais, tal como um quadro negro.
Assim, elas também não se agrediriam, pelo simples fato de serem
absolutamente iguais.
No caso das políticas econômicas é a mesma coisa! Elas estarão
em harmonia quando, apesar de diferentes, não ferirem ou influenciarem
negativamente uma na atuação da outra. Em contrapartida, elas estarão
equalizadas quando a política adotada em um país for também adotada
em outra. Pra ficar mais claro fiz um esqueminha que permite vocês
visualizarem bem melhor a diferença entre essas organizações que
confundem tanto a cabecinha de vocês...rs
1. Área de livre comércio: livre circulação de mercadorias e serviços;
2. União aduaneira: livre circulação de mercadorias e serviços + política comum de comércio internacional em relação a terceiros países com TEC;
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3. Mercado comum: livre circulação de mercadorias e serviços + política comum de comércio internacional em relação a terceiros países com TEC + livre circulação dos fatores de produção
4. União Econômica: livre circulação de mercadorias e serviços + política comum de comércio internacional em relação a terceiros países com TEC + livre circulação dos fatores de produção + HARMONIZAÇÃO das políticas econômicas entre os países membros 5. Integração econômica total: livre circulação de mercadorias e serviços + política comum de comércio internacional em relação a terceiros países com TEC + livre circulação dos fatores de produção + EQUALIZAÇÃO das políticas econômicas entre os países membros
Agora acho que ficou mais claro, né??Caso contrário voltem ao
fórum ok?
Mas já que falamos em blocos econômicos vamso entender um
pouco mais do bloco econômico mais famoso do momento: a União
européia
União Européia
Bem, para compreender esse bloco que não sai dos telejornais
devido a crise que o acomete precisamos compreender um pouco mais o
que é e como se originou esse bloco, não é mesmo? Para isso, vamos
fazer uma pequena regressão histórica? Por favor, não se assustem, eu
juro que é pequena mesmo!!!rsrs
Bem, a origem do fenômeno integracionista no continente
europeu remonta ao período pós-guerra e à constituição de uma união
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aduaneira formada por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, que ficou
conhecida como BENELUX. Passados alguns anos, surgiu a Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço (CECA), cujo objetivo era a integração das
indústrias do carvão e do aço dos países europeus ocidentais. Em 1957,
esse bloco evoluiu para a Comunidade Econômica Europeia (CEE),
também chamada de Mercado Comum Europeu.
No ano de 1992, as ambições integracionistas europeias deram
origem ao Tratado de Maastricht, constitutivo da União Europeia. Dentre
todos os blocos regionais, a UE é o que se encontra atualmente no
estágio mais avançado de integração.
Como grande pilares do Tratado de Maastricht podemos citar a
união econômica e monetária dos Estados-membros (moeda única), a
definição e a execução de uma política externa e de segurança comum, a
cooperação em matéria jurídica e a criação de uma cidadania europeia.
A moeda única (euro) é uma das grandes marcas da União
Europeia, concretizando a ideia de uma união monetária. A adoção do
euro como moeda oficial por parte de um membro da União Europeia
exige, em conformidade com o Tratado de Maastricht, certo grau de
amadurecimento econômico. Assim, é necessário que haja uma
estabilidade de preços – baixo índice de inflação – sustentabilidade das
finanças públicas – inexistência de déficits fiscais excessivos – flutuações
da taxa de câmbio dentro de margens normais e baixas taxas de juros de
longo prazo.
O euro (€) é provavelmente a realização mais tangível da União
Européia, já que a moeda única é partilhada por 16 países (2009), que
representam mais de dois terços da população da União. E outros ainda
irão adotar o Euro, assim que as suas economias estejam preparadas.
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Todas as notas e moedas em euros podem ser usadas nos
países onde o euro é aceite. Enquanto as notas são sempre iguais, as
moedas têm uma face comum e outra que ostenta um símbolo nacional
do país emissor.
Países da União Europeia que usam o euro: Alemanha, Áustria,
Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França,
Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.
Atualmente, fazem parte da União Europeia 27 membros,
havendo ainda três outros Estados em processo de adesão: Macedônia,
Turquia e Croácia. O processo de adesão à União Europeia consiste em
preparar os países candidatos para cumprirem as obrigações decorrentes
da qualidade de Estado membro. Assim, para a adesão ao bloco, exige-se
o cumprimento dos requisitos conhecidos como critérios de Copenhague,
que consistem em requisitos políticos, econômicos e de aplicação da
legislação européia.
Quando a União Europeia foi efetivamente criada pelo Tratado
de Maastricht em 1992, ela era integrada por apenas 12 membros. Hoje
são mais de 27 membros, o que reclama um aperfeiçoamento da
estrutura dessa instituição. Dessa forma, o Tratado de Lisboa foi assinado
em dezembro de 2007 pelos 27 Estados-membros da União Europeia com
vistas a dotar a União Europeia de uma estrutura institucional e jurídica
que lhe permita fazer frente aos desafios atuais.
Dentre as principais mudanças a serem introduzidas pelo
Tratado de Lisboa podemos citar:
� Melhoria do processo de tomada de decisão no âmbito da
União Europeia;
� Reforça a democracia através da atribuição de um papel
mais importante ao Parlamento Europeu (maior número de
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matérias sujeitas ao processo de co-decisão) e aos parlamentos
nacionais;
� Criação da figura de um presidente estável da União, eleito
por um período de dois anos e meio, renovável uma vez;
� Criação do cargo de Alto Representante da União para
Relações Exteriores e a Política de Segurança, que será
simultaneamente vice-presidente da Comissão Europeia;
� Possibilidade de que um grupo de 1 milhão de cidadãos da União
Europeia, de um número significativo de Estados dirija-se
diretamente à Comissão Europeia para solicitar a apresentação de
uma proposta legislativa (iniciativa popular);
� Possibilidade dos Estados de abandonar a União.
Em 1º de dezembro de 2009, o Tratado de Lisboa entrou em
vigor, após a ratificação por todos os 27 membros da União Européia.
Esse processo de ratificação não foi, todavia, realizado de forma
tranquila.
As maiores dificuldades foram na ratificação pela Irlanda, que
em virtude de especificidades de sua legislação, teve que submeter o
Tratado de Lisboa a referendo popular. Na primeira vez em que ele foi
submetido a esse processo, os irlandeses responderam de forma
negativa. Somente em uma segunda oportunidade o Tratado de Lisboa
foi aceito pela população irlandesa.
A União Europeia, apesar de ser um bloco que atingiu elevado
nível de integração, ainda apresenta fortes assimetrias internas. Isso
ficou particularmente evidente com o ingresso em 2004 e 2007 de 12
(doze) novos membros à União. Dentre estes, 10 (dez) são países do
Leste Europeu, oriundos do antigo bloco socialista, o que evidencia uma
significativa mudança política nos destinos da região.
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Recentemente, o fato que mais chama a atenção e que tem
aparecido como objeto de cobrança em provas de
Atualidades/Conhecimentos Gerais é a crise financeira atravessada por
países europeus pois apesar de fazerem de tudo para ter o melhor
sistema econômico possível, a união européia foi duramente atingida pela
crise e somente na Espanha, 52,9% dos jovens não têm emprego.
Portanto o mercado de trabalho na zona do euro atingiu, em julho, um
recorde negativo. Os dois países que registraram as piores taxas de
desemprego na zona do euro foram Grécia e Espanha, ambos duramente
atingidos pela crise da dívida.
Vejamos a seguir algumas questões sobre a União Européia!
4(ESAF/ MI-2012)A formação de blocos de países é uma
característica marcante da ordem global contemporânea. A União
Europeia (UE) é, provavelmente, o melhor exemplo de superação
de históricas divergências para o êxito do projeto integracionista.
No que se refere à UE e aos seus mais recentes problemas,
assinale a opção correta
Ao liderarem o processo de criação da UE, Alemanha e França
reafirmaram os laços da histórica aliança que os une, fato
decisivo para assegurar o isolamento do Reino Unido no contexto
continenta
b) A atual crise a envolver a UE é essencialmente financeira,
colocando em sério risco a estabilidade do euro, moeda única
adotada por todos os países integrantes do bloco.
c) Com o objetivo de superar a atual crise e depois de difíceis
negociações, os países da UE decidiram que as respectivas
Constituições nacionais deverão incluir a obrigatoriedade de
orçamentos equilibrados.
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d) A exclusão da zona do euro de países com economia em crise,
como Grécia, Itália, Portugal e Espanha, foi uma saída radical
entendida como necessária para salvar o projeto integracionista
europeu.
e) Demonstrando absoluta maturidade política e compreensão
acerca da gravidade da situação, a opinião pública dos países em
crise econômica, a exemplo da grega e da portuguesa, apoiou as
medidas de austeridade propostas.
Comentários
Vejam que essa questão caiu agorinha, a muito pouco tempo
Bem, amigos, vejamos o que está errada em cada uma das
questões, já que apenas uma está correta, como afirma o enunciado
A letra A está errada, pois o Reino Unido faz parte SIM da União
Européia, mas muita gente se confundi com isso pelo fato deles não
terem adotado o euro como moeda.
A letra B também está errada, pois como vimos no caso do
Reino Unido (que ainda possui a libra esterlina) nem todos os países do
bloco adotaram o Euro como prática monetária oficial.
A letra C é a alternativa correta, pois no mês de Abril de 2012
os líderes europeus adotaram numa reunião extraordinário da Comissão
Européia, um novo tratado orçamentário para reforçar a disciplina
comum, implementando a "regra de ouro", que impõe o equilíbrio das
contas. Essa regra nada mais é do que os países se comprometendo a ter
orçamentos equilibrados ou com superávit, ou seja, chegar a médio prazo
a um déficit estrutural (fora de elementos excepcionais e do serviço da
dívida) de um máximo de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Os
países que tiverem uma dívida global moderada, abaixo de 60% do PIB,
terão direito a um déficit estrutural tolerado de 1%.
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O tratado prevê uma correção automática em caso de desvio da
meta, com a obrigação de adotar medidas corretivas durante um certo
tempo. Deste modo, pessoal, um país que violar esta regra ficará mais
facilmente exposto a sanções quase automáticas. Mas o importante
mesmo, é saber que a regra de ouro deverá ficar preferencialmente
inscrita na Constituição de cada país, ainda que não seja uma obrigação.
Um texto de lei basta se seu valor jurídico garantir que não será
questionada de forma recorrente.
A letra D está errada, pois não houve nenhuma exclusão de país
da Zona do Eur.
A letra E está errada. Há muitos protestos contra as medidas de
austeridade, principalmente na Grécia.
5(CESPE / Analista de Empresa de Comunicação Pública -
Advocacia – EBC / 2011) Atualmente, o euro, moeda adotada em
todos os países integrantes da União Europeia, passa por crise de
grande dimensão, principalmente em razão da instabilidade
econômica em alguns países do bloco, como Grécia, Portugal e,
em especial, Rússia.
COMENTÁRIOS
Afirmativa incorreta. Existem alguns erros que invalidam a
afirmação apresentada. Primeiro erro: não são todos os 27 países que
fazem parte da União Europeia (UE) que adotaram o euro. Exemplos de
membros da UE que não adotam atualmente o euro: Bulgária,
Dinamarca, Suécia, entre outros. Segundo erro: a Rússia não faz parte
nem da UE, nem da zona euro.
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De resto, como já vimos acima, o euro realmente passa por
crise propiciada principalmente pela instabilidade econômica e dívidas
públicas de alguns países. Entre eles estão Portugal, Espanha, Itália,
principalmente, Grécia, o que apresenta crise mais agravada até agora.
Gabarito: Errado
5(FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) BRUXELAS − Os
líderes da União Europeia ordenaram a "liberação até o início de
julho" do novo pacote de socorro para [o país] e prometeram
fazer "o que for necessário" para manter a estabilidade cambial,
de acordo com um esboço da declaração da cúpula do grupo
realizada nesta quinta-feira, 23. [junho/2011] "Os chefes de
Estado e de governo da zona do euro pediram aos ministros das
Finanças para completarem o trabalho sobre esses elementos
para permitir a implementação até o início de julho", destacou o
documento, fazendo referência a um "financiamento adicional",
após o empréstimo de € 110 bilhões concedido no ano passado
[ao país].
(http://economia.estadao.com.br/noticias/not_72976.htm)
O país a que se refere a notícia acima é
(A) a Alemanha.
(B) a Ucrânia.
(C) o Reino Unido.
(D) a Grécia.
(E) a República Checa.
COMENTÁRIOS
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A letra D, Grécia, é a resposta correta. Como pudemos observar
em questões anteriores e também ao longo da aula, não resta dúvida que
esta questão faz referência à Grécia, não é mesmo?
Gabarito: D
6) (CESPE / Escriturário – BRB / 2011) Mesmo após a aprovação
do pacote fiscal, a União Européia se recusou a conceder novos
empréstimos aos gregos, dado o caráter contraproducente desse
tipo de medida, que poderia incentivar outros países a contrair
dívidas sem condições de honrá-las no futuro.
COMENTÁRIOS
Afirmativa errada. Ao contrário do que diz a afirmação, os
líderes da União Européia fizeram sim novas concessões de empréstimos
à Grécia. Portanto, quando a questão diz que a UE recusou novos
empréstimo, torna a afirmativa incorreta.
A situação grega ainda é bastante indefinida. A princípio tinha
sido aprovado um pacote de ajuda financeira ao país, mas a situação
grega não deu sinal de melhoras durante todo ano de 2011. Mesmo
tendo adotado medidas de austeridade para economizar, como por
exemplo, o congelamento dos salários do setor público e o aumento de
impostos, a situação do país ainda não tinha apresentado sinal de
melhoras. Nesse sentido, novas negociações foram feitas para tentar
obter mais ajuda tanto da UE quanto do FMI. Mas, as implicações para a
sociedade na Grécia são enormes, uma vez que a ajuda vem
acompanhada de uma série de exigências e restrições que devem ser
obedecidas. Tais medidas de austeridade acabaram levando
manifestantes às ruas, essas manifestações continuam ainda agora em
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janeiro numa clara demonstração de contrariedade da população contra
as exigências do FMI e da UE.
Gabarito: Errado
Bem, pessoal, agora que já compreendemos bem o que é essa
tal União Européia já podemos entender bem melhor como a crise que
acomete um país da zona do euro acaba afetando praticamente todos os
outros, não é mesmo?
Mas, pra ficar ainda mais claro é preciso, vamos precisar
compreender a origem de toda essa crise, pois, ainda que poucas
pessoas se lembrem em 2008 tivemos uma das piores crises econômicas
já vivenciadas.
CRISE FINANCEIRA MUNDIAL
Hoje em dia, sempre quando ligamos a TV só ouvimos falar em
crise financeira, não é mesmo? Portanto, esse é um assunto fatalmente
importante pra nossa disciplina e, por isso, vamos analisar as últimas
que balaram – e ainda abalam – tanto a economia mundial, ok?
A economia mundial atingiu meados de 2009 afundada na pior
crise desde o fim da Segunda Guerra Mundial, afetando de uma só vez os
Estados Unidos, a Europa Ocidental e o Japão. Em outras palavras, a
crise econômica afetou os principais pólos econômicos mundiais, os quais
sofreram redução drástica em suas atividades produtivas.
Nos países da União Europeia, onde a moeda utilizada é o euro,
os principais índices econômicos mostraram que a queda nas atividades
econômicas foi acima de 20%, o que resultou em dolorosos meses de
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retração econômica. Do mesmo modo, os EUA cruzam a mais extensa
depressão em 64 anos. Ora, num mundo economicamente integrado
como o nosso, a queda das atividades nos países da União Europeia
certamente afetará o Brasil, que deixará de exportar laranjas, ou a
Argentina, que perderá a venda de carne, por exemplo.
Tudo bem! Que a crise afetou o mundo inteiro, não é novidade
pra ninguém. Mas afinal, como ela começou?
A grande responsável pelo desencadeamento desta crise
econômica foi a falência do mercado imobiliário dos EUA, que ficou
conhecida como o estouro da “bolha imobiliária”.
Em agosto de 2007, duas grandes companhias de financiamento
de imóveis norte-americanas quebraram e foi ai que tudo começou. Essas
empresas faliram porque a maioria das pessoas que haviam tomado
empréstimos para comprar casas não estava conseguindo arcar com os
custos das prestações, que encareciam a cada dia devido ao aumento da
taxa de juros. Aproximadamente um ano depois, diversos bancos norte-
americanos, que possuíam boa parte de seu patrimônio composto de
papéis baseados nesses empréstimos que não estavam sendo pagos
foram arruinados também. Atravessando sérias dificuldades financeiras,
esses bancos pararam de contribuir para a execução de atividades em-
presariais, o que atacou diretamente a economia dos EUA. E ai vocês
podem querer saber: como uma forte crise lá pode ter tanta força no
restante do mundo?
Vocês se lembram que eu tinha falado antes da hegemonia
capitalista americana? Pois bem, como os EUA são responsáveis por pelo
menos um quarto da produção mundial, todo o mercado internacional
sofreu as consequências de sua crise.
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Mas, pessoal, é claro que isso foi só uma descrição sumária de
alguns dos principais elementos da crise mundial em questão que, como
todas as anteriores, possuem muitas peculiaridades. Essa, por exemplo,
pouco tempo depois de seu início, começou a ser comparada à crise de
1929 devido, justamente, ao aspecto global da turbulência financeira.
Pensem agora sobre alguns dados da crise de 1929. É claro que
os detalhes daquela crise possivelmente não nos venha à mente nesse
momento, mas com certeza nos lembramos do choque mundial
proporcionado por ela, não é mesmo?
Naquela ocasião, mais de 9 mil bancos e 85 mil empresas
faliram e a cotação de suas ações despencou. Além disso, os salários se
reduziram e o desemprego atingiu os maiores índices da História. A
situação só começou a melhorar quando o presidente Franklin Roosevelt
assumiu a presidência dos EUA e colocou em prática, como vimos acima,
um plano de reformas econômicas e sociais que intervieram diretamente
na economia americana.
Só para melhor exemplificar, Roosevelt criou: frentes de
trabalho, mecanismos de controle de crédito, um banco para financiar as
exportações, fixou salários mínimos, limitou a jornada de trabalho e
ampliou o sistema de previdência social. E só a partir da intervenção do
Estado na Economia, ao contrário do que prega o neoliberalismo, é que o
mundo foi gradualmente se recuperando daquela crise mundial.
Se naquela época, quando as economias do mundo nem
estavam ainda tão interligadas como atualmente, já houve caos mundial,
imagina agora, não é? E o Brasil, como fica nossa economia diante desta
crise?
Em outros tempos, certamente o Brasil seria muito mais
castigado do que foi agora, quando esteve relativamente preservado.
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Isso se deu porque, atualmente, as exportações brasileiras para o
mercado dos Estados Unidos representam menos de 20% do nosso total
de exportações. Todavia, o que num primeiro momento pode parecer
vantagem não é exatamente uma! Mas, por que não? Vocês poderiam
dizer: “Ora, ainda restam 80% das exportações para serem vendidas
para diferentes países do mundo, então dos males o menor!” Essa lógica
seria perfeita se os outros países do mundo não estivessem fortemente
vinculados à economia norte-americana! Mas vocês sabem que essa não
é a realidade! Dessa forma, pessoal, tal como um dominó enfileirado, a
queda da primeira peça leva à queda sequencial das outras que se
posicionam atrás dela.
“Ué, mas então eu não entendi! Os EUA em crise, os outros
países exportadores em crise, como o Brasil pode não ter sido afetado
tão fortemente pela recessão?”
Pra não ficarmos falando de números e nos atermos ao que é
mais importante, precisamos compreender que o nosso sistema
financeiro é bem regulamentado e suas regras de financiamento são
muito mais rígidas do que as existentes em outros países. Pensem em
como é complicado e burocrático financiar uma casa própria no Brasil!
Toda essa burocracia existe para contribuir com as financeiras, que
exigem todo tipo de documentação para comprovar que o cidadão é
capaz de arcar com aquela despesa, para evitar ao máximo o número de
calotes – ao contrário dos EUA onde o crédito imobiliário é extremamente
fácil.
Além disso, o governo brasileiro tomou medidas que
estimulassem o consumo interno, como por exemplo, a redução de IPI
em uma série de produtos. Tenho certeza que todos vocês se cansaram
de ver propagandas na TV sobre vendas de carros e de toda a linha
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branca (fogões, geladeiras, etc.) com redução de IPI, não é? Essa foi
justamente uma das estratégias adotadas pelo Brasil para diminuir o
impacto da crise no mercado interno, o que, de certa forma, deu certo!
Infelizmente, essas medidas não foram suficientes para evitar
que a crise mundial chegasse ao Brasil. Elas diminuíram sua força, mas
não conseguiram impedir totalmente que seu impacto fosse sentido por
aqui.
Por possuir como uma das bases da economia nacional a
exportação de mercadorias, principalmente para países ricos, não poderia
ser diferente e também tivemos nossas vendas afetadas. Vamos dar uma
olhada em como esse assunto já foi cobrado em prova.
7(CESPE / IRB / 2010) Acerca da atual crise econômica
internacional, julgue C ou E.
I – Além de envolver grandes bancos e o sistema financeiro
internacional, a crise atual tem sido considerada uma crise de
paradigmas, em particular da certeza de que os mercados podem
autorregular-se e recuperar o equilíbrio automaticamente,
dispensando a intervenção do Estado.
II – Diante da crise, as instituições de Bretton Woods não
conseguiram propor soluções concretas por ocasião da reunião de
Cúpula do G 20 realizada em Londres em 2009.
III – Como membro do G-20, o Brasil insistiu na necessidade de
se prover a economia mundial com créditos para o
desenvolvimento, incrementar a regulação financeira,
desenvolver políticas anticíclicas e combater os paraísos fiscais.
IV – Apesar de discordar da resistência de países ricos em
realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o
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Banco Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em
2009.
Marque a alternativa
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se todos os itens estiverem errados.
c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.
d) se somente os itens I, II e IV estiverem corretos.
e) se somente o item I estiver correto.
COMENTÁRIOS
Pessoal, apesar dessa questão ser de 2010 ela continua muito
atual justamente por ter sido o estopim de tudo o que ainda hoje vemos
na Europa, sobretudo!
A primeira assertiva está correta. Que a recente crise econômica
envolveu grandes bancos e o sistema financeiro internacional nós já
temos certeza, não é mesmo? Todavia, para entender o porquê essa
crise representou também uma quebra de paradigmas, é preciso saber
qual era a crença econômica dominante.
Desde o Consenso de Washington, as políticas neoliberais são
preponderantes e, com elas, a crença de que o mercado tem capacidade
para autorregular-se. Todavia, diante da crise, economistas e governos
se viram diante de um beco sem saída. Eles perceberam que o Estado
não poderia ficar inerte e deveria intervir para estimular a economia, o
que representou uma quebra dos paradigmas neoliberais.
Dessa forma, o que a crise mostrou empiricamente? Ela
mostrou que, mesmo no capitalismo financeiro, que se baseia no poder
das empresas e capitais privados, a economia ainda precisa da ajuda do
Estado pra não entrar em colapso. Deste modo, a certeza de que os
mercados podiam se autorregular independentemente da intervenção do
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Estado se evapora, desembocando sim numa crise do paradigma liberal.
Voltamos, portanto, às ideias keynesianas de intervenção estatal.
A segunda assertiva está correta. Para compreendermos este
item, há três informações importantes que devemos saber:
1 – O que é Bretton Woods?
2 – O que é o G20?
3 – O que foi estabelecido no último encontro do G20 em 2009?
Bem, amigos, no início de nossa aula, já vimos que Bretton
Woods foi o nome dado a uma conferência realizada quase ao final da
Segunda Guerra com o objetivo de conduzir a política econômica
mundial. Por ter sido o primeiro modelo de uma ordem econômica
totalmente negociada para reger as relações entre Estados ele foi
responsável pela criação de instituições que regulassem seus objetivos:
FMI e BIRD.
Bom, outro ponto importante para que respondêssemos
corretamente essa pergunta era compreender o que é o G20. O G20 foi
criado em 1999 ao término de uma década marcada por agitações
econômicas na Ásia, México e Rússia. Ele foi instituído como forma dos
países ricos reconhecerem a importância dos países emergentes, que se
apresentaram capazes de colocar os mercados em risco com suas
inconstâncias.
Assim, pessoal, a verdade é que não há regras formais para se
adentrar no G20, mas é nítida a intenção de se reunir num mesmo grupo
os países mais desenvolvidos e os que estão em desenvolvimento.
“Ok, professora! Mas esses países se juntam e fazem o quê,
afinal?”
Então, quando se reúnem os representantes da equipe que
compõem o G20, seus dirigentes debatem os mais diversos temas de
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interesse comum, como assuntos orçamentários, monetários, comerciais,
energéticos, soluções para o crescimento e formas de combater o
financiamento ao terrorismo.
Por exemplo, na reunião do G20 ocorrida em abril de 2009, em
Londres, o foco principal foi a crise financeira. Durante o encontro,
representantes de vários países solicitaram medidas que respondessem à
depressão econômica global. Isso significou que todos os países do G20
se dispuseram a se empenhar em estabilizar o sistema financeiro e
difundir os fundamentos de uma economia sustentável. Para isso seria
necessário resguardar o livre comércio e evitar o aumento do
protecionismo, ponto em que todos os países se manifestaram a favor e
se propuseram a tomar medidas concretas. Apesar dessa decisão, não
foram adotadas medidas concretas pelas instituições de Bretton Woods,
ou seja, a assertiva está correta.
A terceira assertiva está correta. Como membro do G20, o
Brasil esteve na presidência rotativa da organização e, em 2008,
apresentou como pontos de discussão a competição nos mercados
financeiros, desenvolvimento econômico e elementos fiscais de
crescimento e desenvolvimento. Assim, é correto afirmar que o Brasil
insistiu sim na necessidade de prover a economia mundial com créditos
para seu desenvolvimento.
O Brasil também se posicionou a favor do aumento da rigidez na
regulação financeira. Conforme o próprio ministro da fazenda Guido
Mantega afirmou, a falta de regulação no mercado financeiro dos EUA foi
a raiz da crise econômica global.
A quarta assertiva está correta. Muito se noticiou na mídia no
ano passado que o Brasil havia, pela primeira vez, emprestado dinheiro
ao FMI, vocês se lembram? Na verdade, o Brasil se tornou um credor do
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FMI ao comprar US$10 bilhões em notas dessa organização
internacional. É como se o Brasil tivesse dado dinheiro ao FMI e em
troca recebeu essas notas, que nada mais são do que papéis que dão
direito ao recebimento de valores!
Gabarito: A
CRISE EUROPEIA
Creio que, justamente por ser a mais atual, essa é a crise que
mais nos interessa por ter maior probabilidade de ser cobrada, já que
quando se fala em Europa vem logo à mente a crise financeira e a
turbulências de mercado pela qual a maioria dos países daquele
continente está passando. Mas, daí vem a pergunta: por que a Europa
passa por uma crise?
Bem, pessoal, o fato é que a crise tem um caráter tão sério que
líderes das maiores economias mundiais deram início em novembro do
ano passado - em Cannes, na França - à tentativa de resolver uma das
crises mais profundas do capitalismo.
A reunião do G20, o grupo dos países mais desenvolvidos
ocorreu num contexto em que União Europeia e Estados Unidos se viram
novamente afetados pelo baixo crescimento, um problema iniciado em
2008 e que ganhou novos contornos.
Se na crise de 2008 os bancos estavam no centro do impasse,
agora o problema é outro... Agora, a capacidade dos Estados pagarem
suas dívidas soberanas é que foi colocada em questão. Deste modo,
podemos dizer que é a origem dos recursos que outrora socorreram as
instituições financeiras e ajudaram a reaquecer a economia que, neste
momento, concentra as maiores preocupações.
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Assim, podemos entender que formação da crise na zona do
euro aconteceu, fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns
países, como a Grécia, gastaram mais dinheiro do conseguiram arrecadar
por meio de impostos nos últimos anos. Para se financiar, passaram,
então, a acumular dívidas. Assim, a relação do endividamento sobre PIB
de muitas nações do continente ultrapassou significativamente o limite de
60% estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a zona do
euro (veremos isso mais à frente, ok?).
No caso da economia grega, a razão dívida/PIB é mais que o
dobro deste limite. A desconfiança de que os governos da região teriam
dificuldade para honrar suas dívidas fez com que os investidores
passassem a temer possuir ações, bem como títulos públicos e privados
europeus.
Os principais países que enfrentam a situação de crise são:
Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha – que formam o chamado
grupo dos PIIGS. Estes países são os que se encontram em posição mais
delicada dentro da zona do euro, exatamente porque foram os que
atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se
endividaram excessivamente.
Além de possuírem elevada relação dívida/PIB, estes países
possuem pesados déficits orçamentários ante o tamanho de suas
economias. Como não possuem sobras de recursos (chamado superávit),
entraram no radar da desconfiança dos investidores.
Outro dia tive uma pergunta interessante no fórum sobre essa
crise que gostaria de partilhar com vocês. A aluna perguntou por que a
crise na Grécia era a que tinha mais visibilidade na mídia já que não era
o único país que enfrentava dificuldade?
Já pensaram sobre isso?
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Acho que vou deixar vocês curiosos e só respondo no fórum de
novo...rsrsrs
Vejamos como esses assuntos aparecem nas prova! :-P
8(CESGRANRIO/ Escriturário- BB / 2012 ) Em novembro de 2011, o
governo da Grécia desistiu de convocar um referendo popular, cedendo à
pressão dos líderes europeus preocupados com o futuro do continente.
Esse referendo popular decidiria sobre a(o)
(A) presença das forças militares da OTAN na Europa
(B) pacote de socorro financeiro do resto da Europa
(C) efeito político da Primavera Árabe na economia grega
(D) aliança estratégica com os países dos Bálcãs
(E) ajuda humanitária oferecida pelas Nações Unidas
COMENTÁRIOS
Bem, pessoal essa questão aqui é bem recente pois foi cobrada
na prova do BB deste ano, portanto, está bem fresquinha.
A alternativa correta é a letra B. No último dia do mês de
outubro do ano passado, o primeiro-ministro da Grécia, George
Papandreou, surpreendeu a todos anunciando que iria convocar um
referendo sobre a adoção das medidas anticrise aprovadas pelos líderes
da União Europeia.
Papandreou, no entanto, defendia a necessidade do referendo
afirmando que este era um assunto que determinava o futuro do país e,
portanto, o cidadão tem a primeira palavra. O último referendo realizado
na Grécia tinha ocorrido em 1974, quando a monarquia foi abolida,
meses depois do colapso da ditadura militar.
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Todavia, após forte pressão da União Europeia, o referendo
popular foi cancelado e o pacote de medidas de austeridade fiscal para
combater a crise econômica que afeta o país foi aprovado depois de
intensos debates entre os países da zona do euro.
Gabarito: B
10(CESPE / Escriturário – BRB / 2011 / com adaptações) Com
referência à aprovação, em junho de 2011, e à repercussão, na
Europa, do conjunto de medidas econômicas e fiscais proposto
pela Grécia para conter a crise econômica no país, julgue os itens
a seguir.
I – Mesmo após a aprovação do pacote fiscal, a União Européia se
recusou a conceder novos empréstimos aos gregos, dado o caráter
contraproducente desse tipo de medida, que poderia incentivar outros
países a contrair dívidas sem condições de honrá-las no futuro.
II – A população da Grécia reagiu à aprovação das medidas de contenção
da crise propostas pelo governo, promovendo greve geral e
manifestações políticas nas ruas da capital do país, Atenas.
III – O aprofundamento da crise na Grécia deveu-se à recusa do governo
local em adotar o euro como moeda nacional, fato que impediu esse país
de se beneficiar do ciclo de crescimento econômico europeu da primeira
década do século XXI.
IV – Além da Grécia, outros países europeus, como Espanha, Itália,
Portugal e Irlanda, também podem ser afetados pela crise econômica, em
razão das dificuldades que eles enfrentam para pagar suas dívidas
públicas.
Marque a alternativa correta
a) EECC
b) ECCE
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c) ECEC
d) CCCC
e) CCEE
COMENTÁRIOS
A afirmativa I está errada. Ao contrário do que diz a afirmação,
os líderes da União Europeia fizeram sim novas concessões de
empréstimos à Grécia. Portanto, quando a questão diz que a UE recusou
novos empréstimo, torna a afirmativa incorreta.
Como vimos anteriormente a situação grega ainda é bastante
indefinida e o país está lutando para sair da complicada situação em que
se encontra, muitas vezes sacrificando sua própria população.
A assertiva II está correta. Como já foi dito em questões
anteriores, para tentar resolver a situação financeira grega foram
aplicadas medidas de austeridade, até como uma forma de atender às
exigências da UE e FMI.
Mas, a população da Grécia não aceitou, nem tem aceitado,
essas imposições de forma tranquila. Uma das formas encontradas para
mostrar o descontentamento foi por meio de greves organizadas em
várias partes da Grécia e que continuam sendo noticiadas ainda agora.
Exemplo claro deste tipo de manifestação, ocorreu há um ano
atrás no dia 20 de setembro de 2011, quando houve uma greve que
paralisou os transportes públicos em Atenas, afetando também muitos
vôos, já que os controladores aéreos aderiram ao movimento. A
manifestação foi um protesto contra a fusão de diversas empresas do
setor de transportes e pela demissão ou aposentadoria antecipada de
muitos trabalhadores, medidas adotadas em nome dos acordos
internacionais feitos a partir da ajuda financeira que o país vem
recebendo. Deste modo, pessoal, a afirmativa está realmente certa.
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A afirmativa III está incorreta. O erro da afirmativa está no fato
de dizer que o governo grego se negou a adotar o euro como moeda
corrente. Na verdade, a Grécia foi o primeiro país a aderir ao euro (em
2001) depois de sua introdução na Europa, em 1999.
O que realmente levou o país à situação em que hoje se
encontra foram os altos gastos que a Grécia teve na última década.
Principalmente devido aos gastos públicos e salários do funcionalismo.
Para tentar resolver a situação recorreu a empréstimos pesados, o que
fazia a dívida externa do país crescer vertiginosamente. Em 2009, em
plena crise mundial de crédito, os cofres públicos gregos eram
esvaziados, não tendo receitas suficientes para cobri-los.
O crescimento da dívida externa da Grécia deixou os
investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país, fazendo com
que os juros da dívida aumentassem muito. Para tentar resolver a
situação, em abril de 2010, a Grécia entrou com pedido oficial de ajuda
na União Européia e no FMI. Mas, sua situação continua se agravando de
lá para cá.
A afirmativa IV está certa. É isso mesmo, além da Grécia,
outros países da zona do euro estão passando por dificuldades,
principalmente no que se refere às dívidas públicas. O caso mais grave é
o da Itália, tendo um estoque de dívida mais elevado, mas outras
regiões, como Espanha, Irlanda, Portugal, Chipre e mais recentemente, a
França também correm o risco de serem afetadas pela crise.
Em julho a taxa de juros dos títulos da dívida pública dos
governos italiano e espanhol subiu, levando o Banco Central Europeu
(BCE) a procurar formas de reverter a situação. No caso francês, a
preocupação diz respeito à exposição dos bancos deste país à “periferia”
da zona do euro, principalmente Grécia e Itália e suas dificuldades.
a n t e n o r j o s ? g i o n g o 2 3 2 6 8 2 5 5 9 4 9
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Houve uma queda nos preços das ações destes bancos franceses,
similares aos declínios sofridos pelos bancos italianos.
Gabarito: C
Bem, pessoal, depois de falar tanto da Grécia acho que nem
precisaremos esperar o fórum para saber que ela tem maior visibilidade
porque além da crise econômica que se instalou no país, temos ali
também uma grave crise política e social o que torna qualquer medida
“anticrise” mais difícil de ser efetivada, não é mesmo? Por isso ela causa
maior medo aos órgãos internacionais e repercutem tanto na imprensa,
entenderam?
MERCOSUL
Bem, meus amigos, não podíamos encerrar essa aula sem falar
de um dos maiores rebuliços econômicos deste ano: a entrada da
Venezuela no Mercosul, não é mesmo? Ainda que estejamos num estágio
muito diferente da União européia já demos alguns passos importantes
para, quem sabe um dia, atingir o nível de liberalização e
homogeneização econômica que eles possuem.
Portanto, não podemos esquecer que temos, aqui bem pertinho
de nós, um importante mercado do qual fazemos parte e que assume ,
cada vez mais, uma enorme importância pra todos nós: o MERCOSUL.
O MERCOSUL é um bloco regional constituído por Brasil,
Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela (desde 31 de julho de 2012)
que tem por objetivo formar um mercado comum. Esse estágio de
integração pressupõe a livre circulação de mercadorias e serviços entre
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seus membros, uma política comercial comum em relação a terceiros
países e a livre circulação dos fatores de produção.
As origens do MERCOSUL estão na Declaração de Iguaçu, que
formalizou a cooperação econômica entre Brasil e Argentina no ano de
1985. Posteriormente, Fernando Collor de Melo e Carlos Menem
assinaram em 1990 a Ata de Buenos Aires, visando à integração
econômica entre esses dois países. Em 1991, com a assinatura do
Tratado de Assunção e a entrada de Uruguai e Paraguai no bloco, surge o
MERCOSUL.
Ainda falta muito para o MERCOSUL atingir objetivo de
constituição de um mercado comum, pois há uma série de dificuldades
políticas e institucionais que impedem o aprofundamento da integração
regional. Em primeiro lugar, os países que integram o MERCOSUL são
economicamente muito heterogêneos. Enquanto o Brasil e Argentina
possuem economias maduras, o Paraguai ainda é uma economia bem
frágil. Em termos políticos, o Brasil goza de maior prestígio no cenário
internacional e sua política externa tem objetivos ambiciosos, como
conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
No que diz respeito às dificuldades institucionais do
MERCOSUL, ressalto que não existe nesse bloco regional um órgão
supranacional com capacidade legislativa. Isso dificulta a produção
normativa no âmbito do MERCOSUL, enfraquecendo, por conseguinte, a
segurança jurídica. Para que uma norma tenha vigor no âmbito do
MERCOSUL, ela deve ser aprovada pelos seus quatro países-membros.
Quanto às práticas protecionistas adotadas entre seus
membros, é incontroverso dizer que elas recrudesceram nos últimos
tempos. Principalmente no comércio entre Brasil e Argentina, o que se
percebe é uma verdadeira “troca de gentilezas” entre esses países.
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Todavia, apesar de todas essas dificuldades para a consolidação
da integração entre os seus integrantes, a corrente de comércio do Brasil
com o bloco intensificou-se nos últimos anos.
O Brasil tem dado grande prioridade ao fortalecimento do
MERCOSUL. Isso se deve, conforme já comentei anteriormente, às
ambições da política externa brasileira, cujo objetivo é conseguir um
assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Para isso, o
Brasil almeja ser visto pelo mundo como um autêntico líder e promotor
da estabilidade regional.
A criação do FOCEM (Fundo para Convergência Estrutural) e do
Parlamento do MERCOSUL foram, nesse sentido, iniciativas apoiadas pelo
Brasil. O FOCEM é um fundo destinado a apoiar projetos de infra-
estrutura das economias menores e das regiões menos desenvolvidas do
MERCOSUL, visando, acima de tudo, a redução das assimetrias regionais.
O Parlamento do MERCOSUL, por sua vez, representa um passo no
caminho do aprofundamento do processo de integração. Como principais
funções, o Parlasul busca agilizar o processo de incorporação de normas
do MERCOSUL ao ordenamento jurídico de seus membros bem como
fortalecer a cooperação inter-parlamentar.
Outra iniciativa que pretende aprofundar a integração no âmbito
do MERCOSUL é o Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), que já
permite hoje que Brasil e Argentina utilizem em suas relações comerciais
recíprocas o peso e o real. Existe a possibilidade, ainda não transformada
em realidade, de que esse sistema seja estendido a todas as relações
comerciais entre os países do MERCOSUL.
Vamos resolver uma questão sobre o MERCOSUL?
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11(CESPE/STM/2011) Em março de 2010, a Venezuela passou a
integrar, como membro pleno, o MERCOSUL.
COMENTÁRIOS
Essa é uma questão que hoje poderia deixar o candidato em dúvida pelo
simples fato de que AGORA, EM JULHO DE 2012, essa afirmação ficou
correta, já que a Venezuela passou mesmo a integrar o MERCOSUL. O
único país membro do bloco que se opunha a entrada da Venezuela no
era o Paraguai, que, com seu afastamento depois da crise política que
assolou o país e que veremos na próxima aula, até as próximas eleições
democráticas não teve como impedir que essa aliança se concretizasse.
12(CESPE / IRB / 2010) Após a aprovação, pelo Senado Federal,
em dezembro de 2009, do protocolo de adesão da Venezuela ao
MERCOSUL, resta apenas a ratificação por parte do Paraguai para
que o processo de incorporação daquele país à União Aduaneira
seja concluído, ratificação essa que tende a ser facilitada pelo
fato de o Paraguai fazer parte da chamada aliança bolivariana,
dado o perfil político de esquerda do Presidente Fernando Lugo.
COMENTÁRIOS
Essa é uma questão um pouco complicada de explicarmos hoje uma vez
que ela foi construída no momento em que a Venezuela ainda não fazia
parte do MERCOSUL – o que só ocorreu no dia 31 de julho deste ano,
quando o Paraguai foi suspenso do bloco! Portanto, podemos entender
que realmente, a efetiva adesão da Venezuela ao MERCOSUL somente
dependia da aprovação do Paraguai. Todavia, ao contrário do que afirma
a questão, a ratificação paraguaia do Protocolo de Adesão não seria algo
tão fácil assim. Muito pelo contrário, o Congresso paraguaio, nunca foi a
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favor do ingresso desse país no MERCOSUL. Portanto, a questão está
errada.
Gabarito: Errado
____________________________________________________
Bem, queridos, acho que por hoje ficaremos por aqui, espero que tudo
tenha ficado claro, mas caso fique alguma dúvida não hesitem em
consultar o nosso fórum, ok?
Até daqui a 15 dias!!
Abraços e bons estudos
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LISTA DE QUESTÕES 1) (FUNIVERSA / Auditor Fiscal - Transportes – Seplag-DF /
2011) A imprensa mundial noticiou, em fevereiro de 2011, que a
crise nos países árabes, com destaque para o Egito, pode
intensificar o movimento de elevação dos preços das
commodities, especialmente o do petróleo. A partir dessa
observação e considerando o cenário econômico global
contemporâneo, assinale a alternativa correta.
(A) Eventuais oscilações no preço do barril de petróleo já não causam
impacto como no passado, tendo em vista a significativa redução de seu
uso na atualidade, com a substituição por outras fontes de energia.
(B) Uma das características essenciais da globalização é a ampliação e a
interdependência dos mercados. Assim, fatos aparentemente isolados e
ocorridos em região determinada podem repercutir na economia mundial.
(C) Crises como a vivida pelo Egito podem interferir na cotação de
produtos no comércio global, mas são incapazes de influir no
comportamento dos mercados financeiros, hoje blindados contra
situações de risco.
(D) Na ordem global dos dias atuais, a mesma liberdade de circulação de
bens e capitais verifica-se na locomoção das pessoas, tanto como turistas
quanto na condição de trabalhadores em busca de novas oportunidades.
(E) Por ser um país emergente, o Brasil insere-se no comércio mundial
como exportador de produtos industrializados, sendo diminuta sua
participação na venda de commodities.
2) (FUNVERSA / CEB / 2010)
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A disseminação do McMundo
Em seu livro Jihad versus McWorld, publicado em 1995, Benjamin Barber
foi incrivelmente profético ao descrever nosso mundo complicado, em
que dois cenários aparentemente contraditórios desenrolam-se
simultaneamente: um onde “cultura é lançada contra cultura, pessoas
contra pessoas, tribos contra tribos”, e outro onde “o ímpeto de forças
econômicas, tecnológicas e ecológicas” exigem integração e uniformidade
e hipnotizam as pessoas em todo o planeta com o universo fast de
música, computador, comida, um McMundo unido pela comunicação,
informação, entretenimento e comércio.
(Worldwatch Institute. Citado em Conexões. Lygia Terra, Regina Araújo e
Raul Borges Guimarães. São Paulo: Moderna, 2008.)
A partir das ideias expressas no texto e na figura, assinale a
alternativa incorreta.
a) A intensificação dos fluxos globais de tecnologias, capitais, pessoas e
serviços podem ser entendidos como uma das características da
globalização.
b) Benjamin Barber estabelece, no título de seu livro, uma relação entre
a fé islâmica e o modo de vida das sociedades ocidentais.
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c) Uma importante rede de lanchonetes é citada, ainda que de forma
indireta, no texto.
d) O texto menciona apenas aspectos negativos da globalização.
e) A figura que acompanha o texto remete ao extraordinário avanço das
comunicações no mundo atual.
3) (FMP / Auditor Público Externo – TCE-RS / 2011) Para José
Eduardo Faria, a globalização “transformou radicalmente as
estruturas de dominação política e de apropriação de recursos,
subverteu as noções de tempo e espaço, derrubou barreiras
jurídicas entre nações, revolucionou os sistemas de produção e
modificou estruturalmente as relações trabalhistas.” Nesse
sentido, pode-se afirmar que a globalização significa
fundamentalmente:
(A) transnacionalização de mercados apenas em países desenvolvidos,
não trazendo, portanto, repercussões para governos dos Estados da
Federação brasileira.
(B) comercialização, transnacionalização e produção de gêneros
alimentícios em determinados países do CONESUL e NAFTA.
(C) a habilidade para a mudança devido aos novos avanços tecnológicos
que permitem uma redução do tempo e espaço na comercialização de
produtos oriundos de países do Ocidente.
(D) transnacionalização dos mercados de insumos, produção, capitais,
finanças e consumo, enfatizando uma relação dialética entre o global e o
local, de tal modo que as relações sociais locais passam a ser definidas
por eventos e atores que operam no âmbito global.
(E) a dominação de países ocidentais por países orientais, podendo ser
considerada a derrocada final do sistema de produção capitalista.
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4(ESAF/ MI/2012)A formação de blocos de países é uma
característica marcante da ordem global contemporânea. A União
Europeia (UE) é, provavelmente, o melhor exemplo de superação
de históricas divergências para o êxito do projeto integracionista.
No que se refere à UE e aos seus mais recentes problemas,
assinale a opção correta
5(CESPE / Analista de Empresa de Comunicação Pública -
Advocacia – EBC / 2011) Atualmente, o euro, moeda adotada em
todos os países integrantes da União Europeia, passa por crise de
grande dimensão, principalmente em razão da instabilidade
econômica em alguns países do bloco, como Grécia, Portugal e,
em especial, Rússia.
6(FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) BRUXELAS − Os
líderes da União Europeia ordenaram a "liberação até o início de
julho" do novo pacote de socorro para [o país] e prometeram
fazer "o que for necessário" para manter a estabilidade cambial,
de acordo com um esboço da declaração da cúpula do grupo
realizada nesta quinta-feira, 23. [junho/2011] "Os chefes de
Estado e de governo da zona do euro pediram aos ministros das
Finanças para completarem o trabalho sobre esses elementos
para permitir a implementação até o início de julho", destacou o
documento, fazendo referência a um "financiamento adicional",
após o empréstimo de € 110 bilhões concedido no ano passado
[ao país].
(http://economia.estadao.com.br/noticias/not_72976.htm)
O país a que se refere a notícia acima é
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(A) a Alemanha.
(B) a Ucrânia.
(C) o Reino Unido.
(D) a Grécia.
(E) a República Checa.
7) (CESPE / Escriturário – BRB / 2011) Mesmo após a aprovação
do pacote fiscal, a União Européia se recusou a conceder novos
empréstimos aos gregos, dado o caráter contraproducente desse
tipo de medida, que poderia incentivar outros países a contrair
dívidas sem condições de honrá-las no futuro.
8(CESPE / IRB / 2010) Acerca da atual crise econômica
internacional, julgue C ou E.
I – Além de envolver grandes bancos e o sistema financeiro
internacional, a crise atual tem sido considerada uma crise de
paradigmas, em particular da certeza de que os mercados podem
autorregular-se e recuperar o equilíbrio automaticamente,
dispensando a intervenção do Estado.
II – Diante da crise, as instituições de Bretton Woods não
conseguiram propor soluções concretas por ocasião da reunião de
Cúpula do G 20 realizada em Londres em 2009.
III – Como membro do G-20, o Brasil insistiu na necessidade de
se prover a economia mundial com créditos para o
desenvolvimento, incrementar a regulação financeira,
desenvolver políticas anticíclicas e combater os paraísos fiscais.
IV – Apesar de discordar da resistência de países ricos em
realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o
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Banco Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em
2009.
Marque a alternativa
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se todos os itens estiverem errados.
c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.
d) se somente os itens I, II e IV estiverem corretos.
e) se somente o item I estiver correto.
9(CESGRANRIO/ Escriturário- BB / 2012 ) Em novembro de 2011, o
governo da Grécia desistiu de convocar um referendo popular, cedendo à
pressão dos líderes europeus preocupados com o futuro do continente.
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(D) aliança estratégica com os países dos Bálcãs
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10(CESPE / Escriturário – BRB / 2011 / com adaptações) Com
referência à aprovação, em junho de 2011, e à repercussão, na
Europa, do conjunto de medidas econômicas e fiscais proposto
pela Grécia para conter a crise econômica no país, julgue os itens
a seguir.
I – Mesmo após a aprovação do pacote fiscal, a União Européia se
recusou a conceder novos empréstimos aos gregos, dado o caráter
contraproducente desse tipo de medida, que poderia incentivar outros
países a contrair dívidas sem condições de honrá-las no futuro.
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II – A população da Grécia reagiu à aprovação das medidas de contenção
da crise propostas pelo governo, promovendo greve geral e
manifestações políticas nas ruas da capital do país, Atenas.
III – O aprofundamento da crise na Grécia deveu-se à recusa do governo
local em adotar o euro como moeda nacional, fato que impediu esse país
de se beneficiar do ciclo de crescimento econômico europeu da primeira
década do século XXI.
IV – Além da Grécia, outros países europeus, como Espanha, Itália,
Portugal e Irlanda, também podem ser afetados pela crise econômica, em
razão das dificuldades que eles enfrentam para pagar suas dívidas
públicas.
Marque a alternativa correta
a) EECC
b) ECCE
c) ECEC
d) CCCC
e) CCEE
11(CESPE/STM/2011) Em março de 2010, a Venezuela passou a
integrar, como membro pleno, o MERCOSUL.
12(CESPE / IRB / 2010) Após a aprovação, pelo Senado Federal,
em dezembro de 2009, do protocolo de adesão da Venezuela ao
MERCOSUL, resta apenas a ratificação por parte do Paraguai para
que o processo de incorporação daquele país à União Aduaneira
seja concluído, ratificação essa que tende a ser facilitada pelo
fato de o Paraguai fazer parte da chamada aliança bolivariana,
dado o perfil político de esquerda do Presidente Fernando Lugo.
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Gabarito
1. B 2. D 3. D 4. C
5. ERRADO 6. D 7. ERRADO 8. A
9. B 10. C 11.ERRADO 12.ERRADO
Bibliografia consultada GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contemporânea. São
Paulo: Atlas, 2009.
MAGNOLI, Demétrio. Geografia para ensino Médio. São Paulo: Atual,
2008.
ROSS, Jurandir Sanches (org). Geografia do Brasil. - 6ª- edição - São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2008.
_____________. O Espaço dividido: os dois circuitos da Economia
urbana dos países subdesenvolvidos. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2008.
SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas. Globalização e
território na América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2005.