Post on 05-Jul-2018
As diretrizes de formatação de manuscritos da FAAL estão baseadas no livro “Office Acadêmico – Manual para edição de Trabalhos Acadêmicos
segundo as Normas da ABNT utilizando o programa Microsoft Word” (ROMANATO, 2010).
Este é um arquivo que servirá de base já formatada para o desenvolvimento do
projeto de iniciação científica.
Esta página deverá ser selecionada e deletada antes do arquivo ser impresso e
entregue.
O arquivo contém comentários em toda sua extensão.
OBS: Caso não esteja vendo os comentários, siga a instrução da imagem a seguir.
Estes comentários e realces também deverão ser deletados antes da impressão e
da entrega do projeto.
FAAL — FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ARTES DE LIMEIRAPROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
TÍTULOSubtítulo
NOME DO ALUNO
LIMEIRA/SP20__
NOME DO ALUNO
TÍTULOSubtítulo
Projeto apresentado ao Comitê Científico da Faculdade de Administração e Artes de Limeira (FAAL) para ingresso no Programa de Iniciação Científica da FAAL (PIC-FAAL).Orientador: Prof. (a)Curso: Semestre:
LIMEIRA/SP20__
NOME DO ALUNOTÍTULOSubtítulo
Pareceres:
________________________________________
Profª. ___________________________
________________________________________
Profº. __________________________
________________________________________
Profº. __________________________
3
TÍTULO: SubtítuloTÍTULO EM INGLÊS: SUBSTÍTULO EM INGLÊS
Nome do aluno1
Nome do orientador2
RESUMO
Segundo a ABNT NBR 6028:2003, o resumo é um elemento obrigatório que deve
resumir o conteúdo do trabalho em um ÚNICO PARÁGRAFO (sem distância da
margem), com alinhamento justificado contendo até 250 palavras. No RESUMO,
deverá constar o objetivo da pesquisa, a metodologia adotada, quais procedimentos
foram/serão utilizados para o desenvolvimento da pesquisa, seus aportes teóricos e
breve apresentação ou indicação do que se espera dos resultados. Logo abaixo dele
devem vir as palavras-chave representativas do conteúdo do trabalho escolhidas
pelo autor, iniciadas em letra maiúscula e separadas entre si por (ponto final ou
ponto-e-vírgula). Recomenda-se usar de 3 a 5 palavras-chave; procure usar termos
diferentes dos utilizados no título do trabalho.
Palavras-chave: Palavra 1. Palavra 2. Palavra 3. Palavra 4. Palavra 5.
ABSTRACT
Elemento obrigatório que consiste na tradução do resumo para uma língua
estrangeira, mantendo a mesma formatação. A mais comum é o inglês. Para
maiores informações, consulte o livro “Office Acadêmico – Manual para edição de
Trabalhos Acadêmicos segundo as Normas da ABNT utilizando o programa
Microsoft Word” (ROMANATO, 2010, p. 57-58).
Keywords: Word 1. Word 2. Word 3. Word 4. Word 5.
Nota de rodapé
1
2 Paródia é uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma obra conhecida.
4
OBS.: A NBR 6022:2003 (Informação e documentação – Artigo em publicação periódica científica impressa – Apresentação) NÃO EXIGE que seções primárias tenham que vir em novas páginas, ou seja, entre o final de uma seção e uma nova deve haver APENAS duas linhas.
O TRABALHO COMPLETO, INCLUINDO AS PÁGINAS DE CAPA E APRESENTAÇÃO, NÃO DEVERÁ EXCEDER O NÚMERO DE 20 PÁGINAS.
1 INTRODUÇÃO
A INTRODUÇÃO é a parte do texto onde devem constar elementos como a
justificativa, os objetivos geral e específicos da pesquisa, delimitação do assunto
tratado, as hipóteses e todo elementos que necessário para situar o tema do
trabalho, redigidos em um texto coeso.
Os números de página aparecem na parte superior e à direita da página. A
primeira página a ser numerada é a página da introdução. A capa não é contada.
Este arquivo já está formatado segundo estas orientações.
Para um título aparecer automaticamente no sumário, digite o título, selecione-
o e clique em “Título 1” na aba “estilos” (ao lado direito da página ou no menu
“Página Inicial – Estilo”), se for um título de seção primária. Clique em “Título 2” se
for título de seção secundária e assim por diante.
O texto deve ser digitado na cor preta utilizar fonte tamanho 12, Times New
Roman ou Arial, com entrelinhas de 1,5 (exceto as citações com mais de 3 linhas ver
no tópico a seguir).
As notas de rodapé, legendas de ilustrações e tabelas devem ser digitadas em
Fonte 10 e espaçamento simples.
Vamos ver abaixo, como usar ilustrações dentro do texto. Podem ser
desenhos, esquemas, quadros, fotografias, gráficos, mapas, imagens retiradas da
internet, dentre outros. Segundo a ABNT NBR 14724:2011 a identificação das
ilustrações aparece na parte superior, composta pela palavra designativa (figura,
mapa, fluxograma, etc.) seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto,
em números arábicos, travessão e o respectivo título. Após a lustração, na parte
inferior, deve-se indicar a fonte consultada (elemento obrigatório, mesmo que seja
5
produção do próprio autor), legenda, notas e outras informações que sejam
necessárias. Exemplo:Figura 1 – Montagem de foto
.Fonte – ROMANATO, 2009, p.91.
Para as figuras serem enumeradas automaticamente, clique com o botão
direito na figura, em seguida vá no ícone “Inserir Legenda”. Escolha o rótulo
adequado (figura, equação, tabela) e a posição (que deve ser ACIMA do objeto
selecionado) e dê OK.
Utilizando o recurso de inserir legenda automática, será possível criar uma lista
de figuras, assim como se faz com o sumário. Esta lista de figuras é utilizada em
todos os tipos de manuscrito, com exceção dos artigos.
As formulas (1 e 2) podem ser destacadas do texto para facilitar a leitura, se
necessário pode-se numerá-las com algarismos arábicos entre parênteses alinhados
à direita. Para as fórmulas é permitida uma entrelinha (e fonte) maior para comportar
os expoentes e índices. Exemplos:
a x2+bx+c=0 (1)
x=−b±√b2−4ac2a
(2)
Vamos ver a seguir, como fazer tabelas. Essas, devem seguir as Normas de
apresentação tabular do IBGE, disponíveis em:
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS - RJ/normastabular.pdf
6
Fique atento para a formatação e conteúdo de tabelas que é DIFERENTE de
quadros. Os dados são tratados estatisticamente e organizados em uma tabela
aberta na lateral, sendo que um quadro é todo fechado nas laterais.
Exemplo:
Tabela 1 - Produção de cana de açúcar em São José – SP
Ano Produção(1000 t)
2000 3.1262001 3.5982002 3.1062003 3.5092004 3.897
Fonte – Fictícia (2011)
Os trabalhos devem ser impressos em papel branco, tamanho A4. A parte Pré-
Textual (da capa até o sumário) deve ser impressa somente no anverso (frente). Já
a parte textual (Introdução e Justificativa, Objetivos ou questões de pesquisa,
Metodologia e Procedimentos de Pesquisa, Referencial Teórico e Cronograma e
Exequibilidade) e pós-textual (Referências, glossário, anexos, apêndices) do
trabalho pode ser impressa no anverso (frente) e verso.
2 OBJETIVOS OU QUESTÕES DE PESQUISA
Como já foi mencionado no pré-projeto, os tópicos dos objetivos deverão ser
convertidos em nomes dos capítulos, abrindo quantas seções forem necessárias,
como pode-se observar no exemplo de artigo no final deste artigo.
Estes objetivos transformados em capítulos, configurarão o desenvolvimento
do trabalho.
Neste, também deverá ser apresentada uma síntese das referências
fundamentais consultadas (evidenciar a relevância da proposta e demonstrar
familiaridade com o tema proposto e com a literatura pertinente).
Estas ligações com o referencial teórico poderão aparecer no desenvolvimento
do projeto em forma de citações diretas ou indiretas.
7
2.1 Citações
Para formatar uma citação de mais de três linhas, digite o parágrafo que vai ser
a citação, selecione-o e clique no estilo “Citação” na aba “Estilos”. O arquivo já está
formatado para se adequar automaticamente para recuo de 4 cm, espaçamento
simples e tamanho de fonte 10. Entre a citação e os parágrafos de antes e depois
devem ser separados por uma linha.
Não somente a comunicação se fez assim universal no espaço. Como também, com novos recursos técnicos, se estendeu através do tempo, podendo o homem em uma simples sessão de cinema visualizar as civilizações ao longo da história, como sucedem nos grandes espetáculos modernos em que a cultura antiga é apresentada de forma nem sequer sonhada pelos mais ambiciosos historiadores do passado. (TEIXEIRA, 1963, p. 144).
Para realizar citações diretas ou indiretas consulte o livro “Office Acadêmico”
(ROMANATO, 2010, p. 103-107) ou o site <http://www2.uesb.br/biblioteca/wp-
content/uploads/2016/05/NBR-10520-CITA%C3%87%C3%95ES.pdf>.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este tópico deve ser nomeado como CONSIDERAÇÕES DA PESQUISA,
enquanto o trabalho não é finalizado, em que deve apresentar considerações
preliminares sobre os resultados da pesquisa, pode apresentar (ressaltar) as
experiências adquiridas, os fatores que facilitaram o desenvolvimento da Pesquisa e
os que dificultaram, apontando caminhos (ou estratégias) para evitar estes últimos
e/ou superá-los.
Quando a pesquisa for finalizada, este tópico deverá ser nomeado como
CONSIDERAÇÕES FINAIS ou CONCLUSÃO, em que o(a) aluno(a), além das
considerações sobre os resultados finais da pesquisa, pode apresentar (ressaltar) as
experiências adquiridas, os fatores que facilitaram o desenvolvimento da Pesquisa e
os que dificultaram, apontando caminhos (ou estratégias) para evitar estes últimos
e/ou superá-los. Ao final, ainda, pode sugerir, a outros Pesquisadores, a
continuidade e/ou aprofundamento da Pesquisa.
8
APÊNDICE A – TÍTULO
Nos apêndices são colocados textos ou documentos desenvolvidos pelo autor,
que de alguma forma complementam o trabalho, como questionários, entrevistas,
fotografias, tabelas, etc., por exemplo
São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos
respectivos títulos.
Note que no sumário não tem numeração... Logo no estilo fica apenas título no
sumário...
ANEXO A – TÍTULO
Nos anexos são colocados textos ou documentos NÃO desenvolvidos pelo
autor, mas que podem auxiliar na fundamentação e/ou comprovação do que foi
argumentado no trabalho, como transcrição de leis, gráficos, tabelas, etc., por
exemplo.
São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos
respectivos títulos.
Note que no sumário não tem numeração... Logo no estilo fica apenas título no
sumário...
REFERÊNCIAS
Referências são a relação de todos os livros, periódicos, sites, enfim, fontes de
pesquisas que se pretende utilizar na elaboração do manuscrito.
As referências devem ser elaboradas de acordo com a norma ABNT NBR
6023:2002.
Abaixo seguem algumas instruções de como fazer as referências. Caso precise
de mais informações, você pode consultar a apresentação sobre esta norma em <
http://www.usjt.br/arq.urb/arquivos/abntnbr6023.pdf>.
Segundo a ABNT NBR 14724:2005, as referências, ao final do trabalho, devem
estar alinhadas à esquerda e ser separadas entre si por dois espaços simples.
A seguir exemplos de referências:
9
ANDRÉ, Marli. (org.) O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. Campinas: Papirus, 2001.
BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. São Paulo: Makron Books, 2000.
CAMPOS, R. A. Arte pensamento. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
ECO, Humberto. Como se Faz uma Tese. São Paulo: Editora Perspectiva, 1989.
ROMANATO, Daniella. Office Acadêmico: Manual para edição de Trabalhos Acadêmicos segundo as normas da ABNT utilizando o programa Microsoft Word. Campinas: Ed. Komedi, 2010.
TESSLER, Élida; BRITES, Blanca. O meio como ponto zero – Metodologia de pesquisa em Artes Plásticas. Porto Alegre : Editora UFRGS, 2002.
ZAMBONI, Silvio. Pesquisa em Arte: Um paralelo entre Arte e Ciência. São Paulo: Editora Autores Associados, 2001.
EXEMPLO DE ARTIGO MONTADO À PARTIR DO PRÉ-PROJETO
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ARTES DE LIMEIRA - FAALLICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
MUSEU NA ESCOLA
DANIELLA ROMANATO
LIMEIRA2014
2
MUSEU NA ESCOLADANIELLA ROMANATO3
RESUMO
O projeto “Museu na escola” visa o incentivo aos professores na adoção de
metodologias de ensino-aprendizagem que possam complementar os conteúdos
programáticos determinados pelas escolas de ensino público, a fim de estimular
também aos alunos a conhecer novas possibilidades de conhecer a história da arte.
Palavras-chave: Didática; Escola pública; História da Arte.
1 INTRODUÇÃO
Os museus são ambientes públicos que promovem a cultura e a educação,
porém nem sempre é possível acessá-los.
Sabe-se da importância do acesso à cultura, principalmente, para a formação
das crianças. O problema é que em escolas públicas, por exemplo, conseguir uma
excursão para outra cidade para visitar uma exposição é praticamente impossível.
Desta forma, surge o questionamento de como fazer para que crianças do
ensino fundamental de uma escola estadual vejam uma exposição.
Este projeto propõe que uma das possibilidades de mostrar uma exposição a
estes alunos é levando uma exposição de arte para dentro da escola utilizando
réplicas impressas. Acredita-se que o projeto é importante para que, de alguma
forma, estas crianças possam ter contato com arte “verdadeira”.
Para este projeto foi escolhida a exposição “História em Quadrões” do
cartunista Maurício de Sousa, realizada no MUBE em São Paulo em julho de 2009.
O artista escolheu obras famosas do Brasil e do Mundo para fazer Paródias através
da Turma da Mônica.
A exposição foi escolhida por considerá-la atrativa para crianças que não estão
acostumadas a ver exposições de arte.
3
3
Além disso, as histórias em quadrinhos da Turma da Mônica são bastante
conhecidas pelas crianças e são importantes recursos didáticos que podem ser
utilizados em sala de aula para trabalhar diferentes aspectos da vida humana. Como
os personagens também são crianças é comum que os alunos se identifiquem com
alguns deles.
O projeto visa, além de levar uma exposição para dentro da escola que seja
atrativa para crianças que não estão acostumadas a ver exposições de arte,
promover uma interação em que as crianças possam realizar atividades de
observação e reprodução, parodiando4 as obras através de desenhos, como é feito
nos grandes museus do mundo.
Por fim, intenciona-se a montagem um painel expositivo com os desenhos
realizados pelas crianças para que seja feita a eleição do trabalho mais criativo, que
deverá ser premiado com um livro de história da arte.
2 ARTE, HISTÓRIA E CULTURA
A arte é cultura. É fruto de sujeitos que expressam sua visão de mundo, visão
esta que está atrelada a concepções, princípios, espaços, tempos, vivências. O
contato com a arte de diversos períodos históricos e de outros lugares e regiões
amplia a visão de mundo, enriquece o repertório estético, favorece a criação de
vínculos com realidades diversas e assim propicia uma cultura de tolerância, de
valorização da diversidade, de respeito mútuo, podendo contribuir para uma cultura
de paz.
O conhecimento da arte produzida em sua própria cultura permite ao sujeito
conhecer-se a si mesmo, percebendo-se como ser histórico que mantém conexões
com o passado, que é capaz de intervir modificando o futuro, que toma consciência
de suas concepções e idéias, podendo escolher criticamente seus princípios,
superar preconceitos e agir socialmente para transformar a sociedade da qual faz
parte.
Pensando desta forma, optou-se por fazer um projeto que aproximasse os
alunos da arte e consequentemente da história. Através das artes é possível
entender melhor a História do Mundo, já que cada obra retrata um momento de sua
4
4
época, ambientando-nos naquele contexto tão difícil de ser imaginado se não
tivéssemos as artes.
3 DIDÁTICA E METODOLOGIA DE ENSINO
A didática é a área da Pedagogia, consequentemente da licenciatura, que se
preocupa com o ensinar.
Segundo Libâneo (1994, p.52):
[...] didática define-se como mediação escolar dos objetivos e conteúdos do ensino, a didática investiga as condições e formas que vigoram no ensino e, ao mesmo tempo, os fatores reais (sociais, políticos, culturais, psicossociais) condicionantes das relações entre docência e aprendizagem. Ou seja, destacando a instrução e o ensino como elementos primordiais do processo pedagógico escolar, traduz objetivos sociais e políticos em objetivos de ensino, seleciona e organiza os conteúdos e métodos e, ao estabelecer as conexões entre ensino e aprendizagem, indica princípios e diretrizes que irão regular a ação didática [...].
Neste mesmo sentido Haydt expressa que (2008, p.13):
[...] a didática é uma seção ou ramo específico da pedagogia e se refere aos conteúdos do ensino e aos processos próprios para a construção do conhecimento. Enquanto a pedagogia pode ser conceituada como ciência e a arte da educação, a didática é definida como ciência e a arte do ensino.
O termo didática surgiu com o significado de “arte de ensinar”. A tentativa de
evitar o monopólio do saber para poucos deu ênfase à novas possibilidades
explicando que o indivíduo era capaz de compreender o mundo que o cerca
(HAYDT, 2008). A didática, portanto, auxiliaria o aluno a aprender melhor,
oferecendo diversidade ao ensino.
Segundo Libâneo (1994, p.33) “A didática e as metodologias específicas das
disciplinas, apoiando-se em conhecimentos pedagógicos, são disciplinas que
orientam a ação docente partindo das situações concretas em que se realiza o
ensino”.
Cabe ao professor, ao definir suas práticas pedagógicas, preocupar-se com
metodologias, recursos e estratégias que, articulados com as atividades em sala de
aula tornem possível o crescente processo de aprendizagem dos alunos. Outro
aspecto importante e que:
5
[...] o professor deve compreender e aprender que sua didática faz parte de um todo, base teórica, ações práticas, visão crítica e política, organização e planejamento, etc., e que essas dimensões devem caminhar juntas, pois a caracterizam e visam um significado real ao seu corpo, norteando seu trabalho (BARADEL, 2007, p. 14).
Portanto, ensinar e aprender consiste em um único processo e a metodologia
de ensino é aspecto que deve ser considerado. Libâneo (1994, p. 53) expressa que:
[...] a metodologia compreende o estudo de métodos, é o conjunto dos procedimentos de investigação das diferentes ciências quanto aos seus fundamentos e validade, distinguindo das técnicas que são a aplicação específicas dos métodos. A metodologia pode ser geral (ex., métodos tradicionais, métodos ativos, métodos da descoberta, método de solução de problemas etc.) ou específica, seja a que se refere aos procedimentos de ensino e estudo das disciplinas do currículo (alfabetização, matemática, história etc.), seja a que se refere a setores da educação escolar ou extraescolar (educação de adultos, educação especial, educação sindical etc.).
O professor pode seguir os mais variados métodos de ensino e oferecer a seus
alunos uma diversidade experiências de aprendizagem, por isso ensinar e aprender
é um processo que enfatiza a relação de professor e aluno (HAYDT, 2008).
Nesse sentido, o ensino está centralizado no professor, em suas capacidades
de instruir, comunicar conhecimentos, guiar, orientar, etc. “O ensino é uma ação
deliberada e organizada. Ensinar é a atividade pela qual o professor, através de
métodos adequados, orienta a aprendizagem dos alunos”. (HAYDT, 2008, p.12).
Em vista disso, propiciar aos alunos aulas mais atrativas não e tarefa fácil para
os professores.
As estratégias que o professor utiliza para atingir os objetivos de aprendizagem
podem incluir diferentes recursos (informática, histórias em quadrinhos, audiovisuais,
entre outros), tais recursos são chamados de métodos didáticos, técnicas
pedagógicas ou metodologias de sala de aula. Ao utilizar as Histórias em
Quadrinhos (HQs) na educação é importante mencionarmos que:
[...] sua aplicação como recurso pedagógico, não existem regras para a sua utilização no âmbito educativo, mas é preciso ter um pouco de conhecimento e criatividade por parte do professor para uma melhor aplicação deste instrumento educativo na sala de aula, sem falar que a seleção do material é de inteira responsabilidade sua. O docente deve ter um planejamento, conhecimento e desenvolvimento de seu trabalho nas atividades que utilizarem as histórias em quadrinhos, independente da
6
disciplina ministrada e, buscar estabelecer objetivos que sejam adequados às necessidades e as características do corpo discente da sala de aula, visto que isto é fundamental para a capacidade de compreensão dos alunos e de conhecimento do conteúdo aplicado [...] (ARAÚJO, COSTA e COSTA, 2008, p.33).
Compreender os componentes da ação didática e metodologia de ensino é
essencial para o trabalho do docente, para a mediação do conteúdo aos alunos.
Portanto durante sua intervenção em sala de aula o professor deve:
[...] por meio de sua interação com a classe, ajudar o aluno a transformar sua curiosidade em esforço cognitivo e passar de um conhecimento confuso, sincrético, fragmentado, a um saber organizado e preciso (HAYDT, 2008, p.57).
É neste contexto que as histórias em quadrinhos devem ser consideradas,
mesmo no caso deste artigo que as traz em forma de exposição dos “Quadrões”
idealizados pelo cartunista Maurício de Sousa, em que transformou seus
personagens das histórias em quadrinhos em personagens retratados nos mais
importantes quadros da história da arte.
4 O PAPEL DO PROFESSOR DE ARTES NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Segundo Saviani, o docente é um produtor de conhecimento nesta área em
sala de aula:
[...] tendo em vista o papel que lhe cabe desempenhar no processo de produção do conhecimento nos alunos, necessita não apenas dominar esses conhecimentos específicos, mas também os processos, as formas através das quais os conhecimentos específicos se produzem no âmbito do trabalho pedagógico que se desenvolve no interior da escola. (SAVIANI, 1987, p. 131)
Na escola pública é fato que os professores têm que seguir os cadernos
fornecidos pelos órgãos públicos, mas o importante é entender que é possível
adaptar atividades a este contexto para tornar o processo de ensino-aprendizagem
mais prazeroso, e, consequentemente, mais efetivo.
7
Se o professor, principalmente de artes, ficar preso somente aos recursos
fornecidos (livros, material de artes, verbas, etc.), isto vale também para o ensino
particular, ele estará deixando de cumprir seu papel incentivador, de encorajador
para a iniciativa própria do estudante na busca pelo novo.
Todo conhecimento começa na busca incessante do desconhecido ou na
curiosidade do ser, é aí que evoluímos como seres pensantes, permeando esse
conhecimento com a cultura e os valores éticos, que são elementos imprescindíveis
na escola e na ação educativa como um todo.
5 MUSEU NA ESCOLA
A partir da visita feita ao MUBE em julho de 2009 na exposição “História em
Quadrões” e das fotos tiradas no local, foi possível ter em mãos material suficiente
para pensar em desenvolver uma exposição na Escola Estadual Prof. Joaquim
Antônio Ladeira, na cidade de Louveira, utilizando reproduções em impressões
coloridas para que todos os alunos pudessem ter acesso ao trabalho do artista.
Figura 2 – Quadrões
Na exposição, os “quadrões” tinham ao seu lado a imagem da obra original, seguidas de suas
principais informações. Fonte: Do autor (2009).Inspirado nos trabalhos expostos, segundo o painel inicial da exposição (Figura
2), o projeto “Museu na Escola” quer incentivar a participação dos alunos a realizar o
sonho de Maurício de Sousa: o de ver crianças e jovens desenhando e reproduzindo
obras de arte.
8
Figura 3 – Painel de entrada
Painel de entrada da exposição com as palavras do próprio Maurício de Sousa. Fonte: Do autor (2009).
Assim, três obras serão expostas, sem terem sido parodiadas, para que os
alunos façam seus desenhos, interpretando estas obras e criando suas paródias,
usando também a Turma da Mônica.
6 O PROJETO
6.1 A Participação dos alunos
Os alunos poderão fazer seus desenhos utilizando qualquer material como
sulfite, lápis de cor, giz de cêra, tinta, etc.
Os trabalhos realizados pelos alunos serão fixados nos murais, e ao final da
exposição será eleito o melhor trabalho, que deverá ser aquele que melhor
interpretar aquele determinado momento histórico traduzido em uma paródia
CRIATIVA, utilizando, também, os personagens da turma da Mônica.
Na história pode-se observar que os padrões de beleza mudaram de tempos
em tempos, e na verdade não existe bonito ou feito, existe o DIFERENTE, o
CRIATIVO.
9
6.2 Obras escolhidas para o projeto
A exposição constará de 13 réplicas dos quadros, além das imagens e
informações das obras originais, como foi apresentado na exposição do MUBE em
2009.
Todas as informações estarão montadas em folhas de papel A3 e impressas
em cores, como os exemplos a seguir (Figura 3).
Figura 4 – Obras “originais.
Fonte: Do autor (2009).
A partir das obras “originais”, sugere-se, então, três obras que não foram
transformadas em “quadrões” por Maurício de Sousa, para que os alunos possam
criar suas paródias, usando, também, os personagens da turma da Mônica.
10
Figura 5 – Obras escolhidas
Obras escolhidas com suas respectivas informações. Fonte: Do autor (2009).
6.3 Duração da Exposição
A exposição ficará no pátio da escola por 5 dias (23 a 27/11).
Durante este período, os professores de artes de todas as séries deverão
levar seus alunos para visitar a exposição e nela receber informações do processo
de criação do artista e do que é uma paródia. A partir disso, os alunos deverão ser
incentivados durante a aula e fora dela, a fazer suas próprias paródias das três
obras sugeridas, não deixando de utilizar os personagens da turma da Mônica.
Todos os desenhos realizados serão fixados em murais juntamente aos
murais com as obras originais para que todos possam admirar os trabalhos
realizados e votar no melhor trabalho.
Ao final, após a votação, o melhor trabalho será anunciado e seu autor será
premiado.
6.4 Premiação
O melhor trabalho deverá ser escolhido por sua criatividade na interpretação
da obra, de seu momento histórico e da paródia criada com os personagens da
turma da Mônica.
Ao melhor trabalho será dado um livro de História da Arte.
11
7 CONCLUSÃO
Em resumo, o artigo discutiu sobre a possibilidade de levar um “museu” para a
escola, que, além de contemplar a disciplina de artes, também agrega
conhecimentos pertinentes às disciplinas de história (devido aos períodos e fatos
históricos retratados nas obras) e português (devido ao entendimento do termo
“paródia”), ou seja, discutiu-se, fundamentalmente, sobre arte, história, cultura,
didática, metodologia e, essencialmente, a carreira docente.
Por isso, para finalizar esta discussão me aproprio das palavras da arte-
educadora, Miriam Celeste Martins que fala sobre a paixão de lecionar e a
necessidade de ir além dos horizontes:
Pensar o processo de ensinar e aprender arte, ancorado na mediação docente, parece evidenciar, portanto, as intrincadas relações entre os aprendizes - com seus saberes, desejos, necessidades, interesses e resistências, assim como as intrincadas relações do objeto de conhecimento que queremos tornar ensinável e aprendido. Neste sentido, trabalhar conceitos, conteúdos e procedimentos e propor tarefas, é trabalhar a "fogueirinha" do desejo do aprender do aprendiz. E não se pode trabalhar com fogo sem muito cuidado. É preciso preparar o caminho para que esta labareda vá, aos poucos, se fortalecendo. Se isto não ocorrer, corre-se o risco de incendiar. Incêndio que para alguns pode paralisar na resistência ou no cumprimento mecânico; para outros, alienar pelo não entendimento da proposta. Assim, conteúdos e tarefas só são significativas quando o educador consegue direcionar seu fogo para o mesmo foco em que o educando arde. E, o educador, não pode deixar sua fogueirinha se apagar, pois sem ela será muito difícil provocar a construção do conhecimento, para si mesmo e para o aprendiz. (...) Afinal, a paisagem humana não deveria ter limites, mas horizontes! (MARTINS apud BARBOSA, 2008, p. 58-59)
MUSEUM IN SCHOOL
ABSTRACT
The "Museum in School" project aims to encourage teachers to adopt teaching-
learning methodologies that can complement the program content determined by
public schools, in order to stimulate students to learn about new possibilities of
knowing the history of art.
Keywords: Didactics; Public school; History of Art.
12
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Gustavo Cunho; COSTA, Mauricio Alves; COSTA, Evânio Bezerra. As histórias em quadrinhos na educação: possibilidades de um recurso Didático-Pedagógico. Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes. Uberlândia, n. 2, p. 26-27. Julho/dezembro 2008. Disponível em: http://www.mel.ileel.ufu.br/pet/amargem/amargem2/estudos/MARGEM1-E31.pdf.> acesso em agosto de 2011.
BARADEL, Carina de Barros. Didática: contribuições teóricas e concepções de professores. 2007. 65 fls. Monografia (Graduação em Pedagogia) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Bauru, 2007.
BARBOSA, Ana Mae. Inquietação e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2008.
BECKETT, Wendy. História da pintura. São Paulo: Editora Ática, 1997.
GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 2008.
JASON, Horst W. História da Arte. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.
LIBANEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
OLIVEIRA, Fátima Ferreira. A linguagem das Histórias em Quadrinhos. IFEUSP Programa de Pós-Graduação 1o semestre de 2008. Seminários de Estudos em Epistemologia e Didática (SEED) Disponívelemhttp://www.educarede.org.br/educa/img_conteudo/File/CV_132/Hist_rias_em_quadrinhos.pdf> Acesso em 25 de Janeiro de 2011.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. São Paulo: Ed. Ática, 2007.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 1999.
SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. São Paulo: Autores associados, 1987.