Literatura Visual II Fernanda Machado. Poesia, Neologismo e Ambiguidade.

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Literatura Visual IIFernanda Machado

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Poesia, Neologismo e Ambiguidade

Uma definição para poesia?

Nós reconhecemos uma poesia quando vemos uma

Poesia é “uma distorção estética proposital da língua padrão'

Um definição pouco nítida

A poesia em língua de sinais é a forma “definitiva”da sinalização estética, na qual a forma de linguagem usada é tão importante quanto – ou até mais importante – que a mensagem. Como tantas poesias em qualquer língua, a poesia em língua de sinais é um modo raro de expressar idéias de forma sucinta, através de meio de uma linguaem “artística”sofisticada.

Desvio e Realce

A linguagem poética se desvia – e ainda viola ss normas da línguagem cotidiana. Esse desvio cria um “realce”, que serve para reforçar a signgicação do poema. ( em outras palavras, nós notamos a linguagem poética porque ela é estranha.) Leech, 1969)

Poesia ou prosa ou nenhuma?

A poesia é uma construição cultural Nossa distinção entre prosa e poesia é artificial Definida por: Forma, Tema Função

Isso é um poesia sinalizada?

Pelo tema ou pelo contéudo? Pelo uso de certos elementos da língua? E quanto às músicas sinalizadas?

A poesia em língua de sinais é um fusão de língua, imagens visuais e dança

Não tem comparação direta com a poesia em línguas orais

Não é fácil determinar quais elementos são essencialmente “textuais”e quais estão relacionados performance

Como você consegue distinguir um de uma

história? Você não consegue mas… Na poesia, eventos ou idéias entendem a ser expressos mais

metaforicamene e com maior atenção à língua As histórias são mais propensas a expressar evento ou ideias de forma

realista e mais literal que os poemas Os poemas usam mais sinais alterado que as histórias Os poemas usam sinais que são alterados de formas mais diferentes

originais e criativas do que se vê nas histórias Nas histórias, o tempo e o movimento dos sinais mostram a maneira

como as coisas se movimentam de verdade. Na poesia, isso é interno ao poema e usado mais para expressar perspectivas metafóricas e para aumentar o impacto emcional (ex. Árvore de Natal)

As duas grandes questões da poesia

Qual a natureza do mundo? E como nós deveriamos viver nele?

Então, os poetas Surdos se perguntam, em paráfrase “Qual a natureza do mundo Surdo? E como as pessoas Surdas deveriam viver nele?

Para que serve a poesia em língua de sinais?

A poesia é um jogo ou um ‘luxo’ linguístico e seu proposito pode ser simplesmente o prazer – atrair os sentidos e as emoções. A poesia é para a língua o que os doces são para a alimentação

Mostrar às pessoas ouvintes a beleza e a complexidade da língua de sinais e ensiná-las a respeitar a cultura surda, provando a elas que poesia em língua de sinais é possivel

Para ensinar as crianças surdas o mesmo Para as pessoas Surdas expressaram suas emoções e entenderam um

pouco mais a si mesma e seu mundo “A necessidade de auto-identidade por meio do trabalho criativo” Para fortalecer a comunidade surda pela articulação da Cultura Surda e

reconfimração dos valores comunitários e culturais

Elementos da forma

Seleção intencional de vocabulário de sinais que compartilhem parametros similares;

Uso criativo de sinais classificadores; Troca de papéis; Uso seletivo do espaço, direção do olhar, expressão

facial e outros aspectos não-manuais; Repetição, ritmo e tempo dos sinais

Destacando a linguagem

A linguagem pode ser tornar óbvia quando o poeta quebra as regras da língua

Uma forma de quaebrasr as regras é criar palavras sinais que ninguém jamais viu antes

Isso chama atenção para a linguagem Permite que o poeta crie esquemas rítmicos Cria um significado adicional usando poucas palavras

Quebrando as regras

O poema pode utilizar configurações de mão não permitidas ou um configuração “errada” para um determinado vocábulario.

Os sinais podem deixar o espaço de sinalização ou serem usados em locações não permitidas

A fixação do olhar pode ser diferente daquilo que o público espera

Homenagem do INES, Vanessa Lesser

Neologismo

Neologismo – criação de novas palavras - modifica um sinal já existente para fazê-lo se adaptar à

estrutura do poema; Produz sinais totalmente novos; Faz emprestimos do inglês ( “Encontro de Amor”, Nelson Pimenta) Cria metáfora (ex. Vôo sobre Rio de Janeiro, de Fernanda

Machado)Na LIBRAS é altamente visual e divertido

Sinais produtivos

Muitos sinais novos em poemas snao visuais como “sinais classificadores”

A troca de papéis ( e toda a criatividade por trás da caracterização)

Novo usos de classificadores é importante – ex. Brincando com espaço e tamanho

Banana, de Paul Scott, carrinho, etc…

Ambiguidade

Dois sinais lexicais produtivos Um sinal produtivo Dois sinais produtivos são normalmente usados –

porque o tamenho e o significado exato estão especificados dentro do sinal.

"Encontro de Amor”, Nelson Pimenta

Para assistir

Use o poema “O Cinco sentidos”, de Nelson Pimenta

Quais sinais aqui quebram as regras de formação de sinais na Libras?

Que proporção de sinais aqui você diria que são “itens lexicais produtivos”?

De seus neologismos, quantos são usos incomuns ou mofificações de sinais produtivos?

De seus sinais produtivos, que aspectos ele usa para aumentar o efeito poetico?