Post on 12-Feb-2019
impressão Pedagógica [ 3 ]
[ editorial ]
Direção-Geral: Armindo Vilson AngererArmindo Vilson AngererArmindo Vilson AngererArmindo Vilson AngererArmindo Vilson AngererCEEE: Marta UbedaMarta UbedaMarta UbedaMarta UbedaMarta Ubeda
Revisão: Filippo MandarinoFilippo MandarinoFilippo MandarinoFilippo MandarinoFilippo MandarinoPré-Impressão: Paulo César NiehuesPaulo César NiehuesPaulo César NiehuesPaulo César NiehuesPaulo César Niehues
Capa e Diagramação: Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto
Marketing: Karina LafraiaKarina LafraiaKarina LafraiaKarina LafraiaKarina LafraiaJornalista Responsável: Mariana Branco Mariana Branco Mariana Branco Mariana Branco Mariana Branco
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Editora Gráfica Expoente: Antonio BothAntonio BothAntonio BothAntonio BothAntonio BothFotolitos e Impressão: Editora Gráfica Expoente Ltda.Editora Gráfica Expoente Ltda.Editora Gráfica Expoente Ltda.Editora Gráfica Expoente Ltda.Editora Gráfica Expoente Ltda.
Av. Maringá, 350 – Pinhais-PRAv. Maringá, 350 – Pinhais-PRAv. Maringá, 350 – Pinhais-PRAv. Maringá, 350 – Pinhais-PRAv. Maringá, 350 – Pinhais-PRCEP: 83324-000 – TCEP: 83324-000 – TCEP: 83324-000 – TCEP: 83324-000 – TCEP: 83324-000 – Tel.: 41 3312 43 50el.: 41 3312 43 50el.: 41 3312 43 50el.: 41 3312 43 50el.: 41 3312 43 50
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Tiragem: 20 000 exemplares. exemplares. exemplares. exemplares. exemplares.
Impressão Pedagógica é uma publicação semestral,de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas,
coordenadores e professores, sendo distribuída por mailingpersonalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões
expressas nos artigos assinados.Todos os direitos reservados.
[ expediente ]
[ 04 ] Entrevista: Mozart Neves Ramos,presidente-executivo do movimento TodosPela Educação
[ 08 ] Matéria de capa: conheça osbenefícios dos sistemas de ensino privados
[ 14 ] Leia detalhes sobre o Tema Expoente2009-2010 – “Por um mundo melhor”
[ 20 ] Comportamento: os desafios darelação entre pais e escolas
[ 28] Aprendizagem: as tendências daEducação Física
[ índice ]
Armindo AngererDiretor-GeralGrupo Educacional Expoente
A nova edição da Impressão
Pedagógica está muita rica! Aliás, na
pesquisa que fizemos em 2008,
87,10% das escolas conveniadas
consideraram as matérias
publicadas na revista entre ótimas e
boas. Em 2007, essa mesma
pesquisa apontou um índice de 85%,
o que demonstra claramente que a
equipe de marketing do Expoente e a
assessoria de imprensa vêm
conseguindo manter um alto índice
de satisfação na escolha das
matérias publicadas.
Nesta edição, os temas escolhidos
valorizam a revista como um
instrumento que contribui para o
questionamento da qualidade do
ensino, desenvolvimento
sustentável, o papel dos Sistemas
Integrados de Ensino na Educação
Brasileira e a participação dos pais
no cotidiano escolar, entre tantos
outros aqui presentes.
O importante dessas matérias é
nosso público perceber que temos
procurado buscar apoio de pessoas
que efetivamente estão
comprometidas com a educação. A
entrevista com Mozart Neves
Ramos, presidente-executivo do
movimento Todos pela Educação,
que muito gentilmente tem
colaborado conosco, dá um respaldo
e uma valorização a esse trabalho
que consideramos de valor ímpar.
Quando falamos sobre os Sistemas
Integrados de Ensino, buscamos
também o parecer de pessoas como
Vasco Moretto, Guiomar Namo de
Mello e de várias direções de
escolas que utilizam os Sistemas;
assim a matéria passa a ter uma
valoração que ultrapassa a mera
opinião de quem faz parte do
processo e, portanto, poderia ser
considerado “cúmplice” na formação
de uma opinião.
Na matéria sobre o cotidiano
escolar, a contribuição da Prof.ª
Soraya Sunaga, nossa diretora da
Unidade Expoente Água Verde,
reveste-se de grande valor e
significado, pela experiência
acumulada de 15 anos vivendo o dia-
a-dia no relacionamento entre pais,
alunos, professores e comunidade.
O resumo de tudo é que temos, uma
vez mais, uma revista rica,
contributiva e que cumpre com o seu
papel de servir como aquele algo
mais que cada cliente espera de um
Sistema de Ensino de qualidade.
Tenhamos todos umbom ano de 2009.
[ 4 ] impressão Pedagógica
Educação em proldo desenvolvimento
sustentável
[ entrevista ]
Mozart Neves RamosPresidente-executivo do movimento Todos Pela Educação
“A educação para o desenvolvimento sustentável é um processo em que se aprende a tomar decisões levando
em consideração o futuro a longo prazo, em termos de economia e ecologia para todas as comunidades”. A
afirmação é de Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do movimento Todos Pela Educação, uma aliança formada
por representantes da sociedade civil, da iniciativa privada, de organizações sociais, educadores e gestores públicos
de educação, que tem como objetivo garantir Educação Básica de qualidade para todos os brasileiros até 2022.
Para Ramos, que também foi reitor da Universidade Federal de Pernambuco e Secretário de Educação de Pernambuco,
entre outros títulos, a educação de qualidade é o único instrumento capaz de promover conjuntamente o
desenvolvimento econômico e social. Leia mais detalhes na entrevista a seguir.
Mariana Branco
Impressão Pedagógica - Como podemos definir umaeducação de qualidade?Mozart Neves Ramos - Uma educação de qualidade vai além daaprendizagem escolar, do desempenho dos alunos. Isto énecessário, mas não é suficiente. Trata-se de um processo capazde formar pessoas com valores éticos, autônomos e realizados,de constituir comunidades em torno de compromissos coletivos,numa atmosfera de tolerância e de paz. Para se alcançar umaeducação de qualidade se exige a participação de todos, comodiz um provérbio africano “para se educar uma criança é precisotoda uma aldeia”.
IP - Quais são os maiores desafios para o Brasil atingir ascinco metas do Todos pela Educação?Ramos - Em primeiro lugar, tornar a educação um valor desociedade, e não de governo. É preciso que a sociedadeconsidere a educação o seu bem maior, colocando-a emprimeiro lugar no ranking das prioridades. Mas, infelizmente, noBrasil, a educação encontra-se na 6ª posição no ranking dasprioridades. Em segundo, as descontinuidades das políticaspúblicas é outro entrave para o alcance das cinco metas. Emterceiro lugar, a oferta de educação de qualidade para todosrequer uma geração, portanto, trata-se de um processo de longoprazo. Isto, em geral, não faz parte da cultura do brasileiro,trabalhar no longo prazo. E no contexto das metas em si, a metade aprendizagem é o grande desafio.
impressão Pedagógica [ 5 ]
“O desenvolvimento sustentável é odesenvolvimento que resolve as
necessidades atuais semcomprometer a capacidade das
gerações futuras de tambémsatisfazerem suas próprias
necessidades”
IP - O senhor afirma que “Aeducação é o principal vetorpara o desenvolvimentosustentável”. Como a educaçãopoderá promover odesenvolvimento sustentável?Ramos - O desenvolvimentosustentável é um processomultifacetado – não depende assimunicamente da educação –, mas elarepresenta o pilar central dasestratégias de transformação e depromoção de valores quanto àconduta ética e na busca por umcompromisso coletivo. A educaçãopara o desenvolvimento sustentávelé, por conseguinte, um processoem que se aprende a tomardecisões levando em consideraçãoo futuro a longo prazo, em termosde economia e ecologia para todasas comunidades.
IP - De que forma aeducação voltada aodesenvolvimentosustentável irácontribuir com asgerações futuras?Ramos - Odesenvolvimentosustentável é odesenvolvimento queresolve asnecessidades atuais semcomprometer a capacidade dasgerações futuras de tambémsatisfazerem suas própriasnecessidades. Os valoresfundamentais envolvidos noprocesso educacional para odesenvolvimento sustentável devemincluir, entre outras coisas, orespeito pela dignidade e pelosdireitos humanos de todos ospovos em todo o mundo e ocompromisso com justiça social eeconômica, respeito peladiversidade cultural e compromissode criar local e globalmente umacultura de tolerância, de nãoviolência e de paz.
IP - Na sua opinião, a EducaçãoAmbiental nas escolas tambémé importante? Por quê?Ramos - A educação ambiental éum tema interdisciplinar, muito
trabalhado na sala de aula, quepode ser confirmado quando dasFeiras de Ciências nas escolas.Temas ambientais vinculados àpreservação das florestas, dos riose lagos, ao saneamento básico, àpoluição ambiental e ao cuidadocom o planeta são muitoexplorados na escola. Isto éabsolutamente importante naconstrução de um mundo coletivo,que pensa nas suas decisões dehoje e seus efeitos amanhã. Aeducação ambiental ajuda aconstruir uma sociedade maisciente de seu papel. Penso queesse tema poderia ser umbelo instrumento de articulaçãoentre a escola e a universidade,que anda muito distante daeducação básica.
IP – O Tema Expoente 2009 é“Por um mundo melhor” e,dentre seus subtemas, estão“energias alternativas”,“redução da produção deresíduos” e “reciclagem”. Quala importância das escolastrabalharem estes temas comas crianças?Ramos - Temas como energiarenovável e reciclagem tambémsão importantes. A energia, assimcomo a água, é um temaestratégico quanto ao seu bomuso. O petróleo tem dia e horapara terminar, assim o uso daenergia solar e eólica, como fontede energia limpa, serádeterminante para a qualidade davida no planeta. Despertar asnossas crianças e jovens para aracionalização e bom uso dasatuais fontes de energia poderepresentar uma atitude importante
em prol de um desenvolvimentosustentável. Além do mais, o usodesses temas na educaçãopromove uma melhor compreensãode assuntos vinculados àsdisciplinas de química, física,matemática e biologia, quealgumas vezes podem parecermais complexos do que são.Por exemplo, termologia e ótica,temas estudados na disciplina defísica, podem se tornar bem maisatrativos pelos alunos a partir doestudo da energia solar. Areciclagem de materiais é umbelo exemplo de como a químicapode ajudar na construçãode um mundo mais “limpo”.
IP - As crianças são grandesinfluenciadoras e levamconceitos que aprendem emsala de aula para casa. Qual o
resultado de setrabalhar com elastemas relacionados àsustentabilidade?Ramos - As criançaspodem ser as grandesporta-vozes dasociedade atual e futurana luta por um mundomelhor. Elas são a basede uma nova sociedade,
e assim nada melhor do queconscientizá-las de seu papel,formando futuros cidadãoscomprometidos com odesenvolvimento equilibrado esustentável do planeta. A criançapode influenciar os pais, queinfluenciam a família, que, por suavez, pode influenciar toda umasociedade. É a mudançacomeçando pela base de tudo.
IP - O senhor também afirmaque “o impacto da educação dequalidade para todos seráanalisado em termos de umacultura de paz, renda, saúde eredução de criminalidade”.Esse é o grande desafio daeducação?Ramos - Um estudo de RobertoCavalcanti e Sonia Rocha,intitulado “Vez e Voz aos Pobres:Uma Nova Política Social”,
publicado em 2006, retrataclaramente a relação do papel daeducação no desenvolvimentosocial e econômico, emconsiderando a componenteeducação no Índice do Nível deVida (INV). Por exemplo, em 1970,apenas 5,29% de pessoas pobrespossuíam quatro anos ou mais deestudo, confrontado com 27,44%para os não pobres. Em 2004,esses percentuais passaram para66,30% e 76,97%, respectivamente.Ou seja, o crescimento do INV paraos pobres foi de 7,72% ao ano;para os não pobres, 3,08%! Assim,se o Brasil vencer o desafio daoferta de educação de qualidade
para todos os brasileiros, poderá,em breve, se tornar o grandeprotagonista no cenário mundial.
IP - Por que o senhor afirma quea educação é o únicoinstrumento capaz de alinhardesenvolvimento social com oeconômico?Ramos - Graciela Merino, em seuartigo “A Importância da Educaçãoe da Popularização Científico-Tecnológica como Estratégia deDesenvolvimento Sustentável” trazuma interessante e oportuna tríadede valores estabelecida por CarlosFuentes, escritor mexicano, tendocomo eixo central o conhecimento,
a informação e o desenvolvimentocientífico. A educação de qualidadeé o único instrumento capaz depromover conjuntamente odesenvolvimento econômico esocial. Um ano a mais de estudo navida de uma pessoa aumenta, emmédia, 15% o salário dessa pessoa;ao tempo em que as chances deum filho de um pai analfabeto detambém ser analfabeto são de 32%,enquanto a de um filho de um paicom nível superior esse percentualé de apenas 0,2%!
IP - O Todos Pela Educaçãodefine-se como um projeto deuma nação, sendo uma união de
esforços. Qual o papel doseducadores e das escolas?Ramos - O papel de formarcidadãos, pessoas educadas ecomprometidas com um mundomelhor, de promover o bem-estarcoletivo, onde o conhecimentoexerce a função de construir umpaís mais justo e solidário. Oeducador cria os elementosnecessários a essa transformação ea escola é o ambiente em que oprocesso de transformação sedesenvolve.
IP - A instituição tambémrecomenda aos educadoresfazerem a sua parte, cabendo
ao professor, por exemplo, nãofaltar, reforçar a autoestimados alunos e incentivar o hábitoda leitura. Estas atitudes nãodeveriam fazer parte docotidiano dos professores?Ramos - Deveriam sim, masinfelizmente, nos dias de hoje, oprofessor vem perdendo acompreensão de seu verdadeiropapel, em função da baixa estimacomo resultado, por sua vez, desua baixa valorização no Brasil, emtermos salariais e de condiçõesinadequadas de trabalho. Se oBrasil não for capaz de criar umambiente de valorização da carreirado magistério atrelado a uma novaatitude do professor, num processode corresponsabilidade social, serádifícil vencer o desafio da oferta deuma educação de qualidade paratodos.
“As crianças podemser as grandesporta-vozes da
sociedade atuale futura na lutapor um mundo
melhor. Elassão a base
de uma novasociedade, eassim nada
melhor do queconscientizá-las
de seu papel,formando futuros
cidadãoscomprometidos
com odesenvolvimento
equilibrado esustentável do
planeta”.[ 6 ] impressão Pedagógica
“A reciclagem de materiais é um belo exemplo de como a química pode ajudar naconstrução de um mundo mais limpo”, Mozart Neves Ramos
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[ Matéria de capa ]
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sobre os sistemas de ensinoMitos e verdades
Mariana Branco
Sistema de ensino engessa?Qual professor ou diretor de escolajá não ouviu essa pergunta? Criadoscom o direcionamento para oscursinhos pré-vestibulares, ossistemas apostilados ainda hojesofrem um certo preconceito.Entretanto, basta uma análisecuidadosa para se perceber oquanto o conceito dos sistemas deensino mudou ao longo dos anos.Sua característica inicial foi sendorevista de acordo com as novastendências de educação. É o queexplica Marta Ubeda M. de Souza,pedagoga, mestre em Educação egerente do Centro de Excelênciaem Educação Expoente (CEEE). “Aprópria forma de se escrever omaterial foi sendo revista. Hoje, osmateriais didáticos estão com umaoutra proposta, uma outra linha eforma de se escrever e editar. Oconceito de que o sistema deensino engessa é passado”, explicaMarta.
Na forma como o materialdidático está atualmenteestruturado, ele facilita o trabalhodos educadores. “O material dápistas para que o professor ampliemuito mais as situações e trabalhecom atividades diversificadas. Eledá condições para se ir muito alémdo que está apresentado em seuconteúdo. Então, ao invés deengessar, o material didáticoproporciona ampliação de novoshorizontes”, enfatiza Marta.
Na opinião de VascoMoretto, Mestre em Didática dasCiências pela Universidade Laval,Québec, Canadá, Licenciado emFísica pela UnB e especialista emavaliação institucional pelaUniversidade Católica de Brasília,os sistemas de ensino são umgrande apoio na formaçãocontinuada aos professores. “Umadas grandes vantagens é dar àescola uma proposta pedagógicaconsistente, com princípiospedagógicos bem definidos”,afirma. Ele também acredita que ossistemas de ensino não “engessam”a educação. “O professor nãoperde sua criatividade, se usar omaterial como mais um instrumentoe não como o único instrumento deensino”, explica.
Para Guiomar Namo deMello, educadora, consultora deprojetos em educação epalestrante, o grande benefício dossistemas de ensino privados estána estrutura curricular. “Com omaterial didático, aquele professorque não tem prática vai naquelepasso a passo até que ele se sintaconfiante e ele mesmo comece adiversificar. E o professor criativo,tendo o material na mão, eleenfeita, amplia, inventa e diversifica.A ideia de que a estruturaçãoengessa ou tira a criatividade doprofessor é uma bobagem”,ressalta Guiomar.
Na opinião da educadora,daqui para frente é possível que ossistemas comecem a se diferenciarem relação à qualidade e enfoque.“A tendência é haver concorrência eas empresas tentarem seaperfeiçoar”, comenta.
Na práticaO avanço dos sistemas de
ensino nos últimos anos tem serefletido em sua utilização cada vezmais intensa nas escolas, em todoo Brasil. A Escola Pirâmide doSaber, de Uruaçu (GO), porexemplo, adota o material didáticoExpoente para seus alunos do 2o
ano ao 9o ano do EnsinoFundamental. Elenir Batista deSantana Martins, diretora docolégio, conta que o materialfacilita o dia-a-dia, sendo um apoioem sala de aula. “Além de ser fontede pesquisa, o material instiga oprofessor a buscar outras fontessobre determinado tema”, analisa.Em relação ao benefício para osalunos, ela afirma: “Aluno semmaterial didático na sala não temrendimento”.
O Colégio Antares, deGoiânia (GO), trabalha com omaterial didático Expoente para osalunos da Educação Infantil ao 5º
ano do Ensino Fundamental. Para adiretora Zélia de Paiva Oliveira, sãomuitos os benefícios dos sistemasde ensino, como a escola trabalharcom um material sempre
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atualizado, de linguagem acessívele que leve os alunos a refletirem.“Esse aspecto está de encontrocom a nossa de proposta de nãoapenas formarmos estudantes, mastambém cidadãos”, explica Zélia. Aeducadora também destaca ainterdisciplinariedade. “Com omaterial do sistema de ensino, umadisciplina ‘casa’ com a outra,diferente do livro didático quetrabalha em tempos diferentes”,analisa.
Outro aspecto relevante paraa diretora do Colégio Antares é queo material didático do Expoenteincentiva a participação dos pais navida escolar dos filhos. “Muitasatividades para casa procuramenvolver a participação dos pais,fazendo com que haja umainteração do aluno com a família.Muitos pais perceberam essanecessidade e se sentemimportantes e estimulados aparticiparem”, comenta Zélia.
Localizado em Gravatá (PE),o Colégio Batista Betânea utiliza oSistema de Ensino Expoente desdesua fundação, há quase seis anos.“A proposta do Expoente vem aoencontro do que sonhávamos parao colégio. Os pais estão satisfeitos
com os materiais didáticos, quetêm uma continuidade, umasequência didática. Além disso,com o sistema de ensino, fica maisfácil trabalhar os conteúdos deforma interdisciplinar. Um mesmoconteúdo pode ser trabalhadopelos professores de História e Arte,por exemplo. O material didáticoproporciona isso”, conta Maria daConceição Carvalho da Silva,coordenadora pedagógica daescola.
A educadora de Pernambucotambém reforça a reflexãoproporcionada pelo materialdidático. “A construção doconhecimento é feita de forma maisatraente e interativa para os alunos,que são incentivados a realizarpesquisas. E o professor tambémnão fica acomodado, pois estásempre em busca de inovações”,comenta.
O Colégio Batista Betâneaainda valoriza o uso do PortalEscola Interativa, disponível peloSistema de Ensino Expoente. “Esteinstrumento de auxílio pedagógicoé maravilhoso para o professor epara o aluno. As atividades onlineajudam o educador a inovar emsala de aula”, afirma Maria da
Conceição. A coordenadorapedagógica acrescenta que aescola também explora o tema doExpoente presente nas capas econteúdos dos materiais didáticos.“No ano passado, trabalhamos comValores e, este ano, estamosexplorando o tema Por um mundomelhor. Assim, em toda primeiraaula de quarta-feira, destinamos de20 a 30 minutos à reflexão dosalunos sobre o tema. Em março,por exemplo, discutimos oconsumo consciente”, explica.
O Colégio Christus, comquatro unidades em Fortaleza (CE),utiliza o material didático Expoentedirecionado aos alunos do Nível IIIda Educação Infantil. Raquel RochaEisele, coordenadora pedagógicada escola (da Educação Infantil à 4ª
série do Ensino Fundamental),elogia o apoio pedagógicooferecido pelo Expoente. “Nasvisitas da área pedagógica, porexemplo, recebemos novas idéias epropostas, que são trabalhadas emsala de aula junto com o materialdidático. Essa troca de experiênciacontribui para o crescimento dosnossos professores”, informaRaquel. Para a educadora, aparceria da área pedagógica dosistema de ensino é muitoimportante. “Somos ouvidos,tiramos dúvidas e nos sentimosamparados “, explica. Raquel aindaacrescenta que o material didáticooferece liberdade para as criançascriarem.
Já a Escola Prisma, de Feirade Santana (BA), tem 498 alunos,sendo que o Sistema de EnsinoExpoente atende a todos osestudantes, da Educação Infantil ao9º ano do Ensino Fundamental.Segundo Cláudia MarquesFigueiredo, diretora da escola, oExpoente tem contribuído de formasignificativa com o colégio, poisestá em perfeita consonância comaquilo em que a instituição acreditapara a educação: a formação de
Com o material didático, o aluno tem acesso a conteúdos atualizados e trabalhados de forma interdisciplinar
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VVVVVantagens dos sistemasantagens dos sistemasantagens dos sistemasantagens dos sistemasantagens dos sistemasestruturados de ensinoestruturados de ensinoestruturados de ensinoestruturados de ensinoestruturados de ensino
Disciplinas integradas e planejadas em cada volume bimestral,sendo que todas as disciplinas seguem os princípios da mesmaconcepção pedagógica;
As aulas são mais dinâmicas, proporcionam o aprofundamento dosconteúdos e diversificação de atividades;
O material do professor contém orientações didáticas e tambémsugestões para o educador complementar o trabalho compesquisas e dinâmicas com os alunos;
Os professores recebem capacitação contínua e assessoriapedagógica pela equipe responsável pelo desenvolvimento dosmateriais didáticos.
cidadãos críticos e valorosos para asociedade. “O processo de reflexãoque o sistema apresenta paraeducadores e educandos, nosdiversos níveis a que atende, fazuma grande diferença e se destacade outros materiais pela sua formade conduzir questionamentos,reflexões, discussões e as tomadasde decisões com segurança etranquilidade inerentes a cadasegmento”, analisa Cláudia. “AEscola Prisma encontrou umaparceira que ‘fala a mesma língua’,que completa nossa linha depensamento em relação àqualidade da educação e quesempre nos dá o suporte queprecisamos, seja no aspectopedagógico, com uma consultoriade qualidade, seja no comercial,com um atendimento deexcelência”, completa a diretora.
Grande diferencialMarta Ubeda ressalta que
são vários os benefícios de umsistema de ensino, sendo que oprincipal é a unidade. “Existe umaestruturação harmônica, uma “linhamelódica” entre as disciplinas. Umcorpo de autores escrevedeterminados materiais e osanalistas pedagógicos fazem essaleitura, obtendo a visão do todo.Dessa forma, conseguimosconciliar e traçar uma linha deorganização, de linguagens,atividades e metodologia; tudopara dar uma unidade ao material.Quando o aluno recebe o materialdidático, ele sente a unidade entreas disciplinas de tal forma que temuma visão integral do todo.E os professores têm uma base,trabalham em prol de objetivoscomuns e com uma visãointerligada, seguindo os princípiosda mesma concepçãopedagógica”, detalha.Já em livro didático isso nãoacontece. São vários autoresescrevendo, cada um no
Materiais didáticos de sistemas de ensinoestimulam a reflexão do aluno
seu estilo, na sua visão. “O alunofica com uma visão fragmentada”,explica Marta.
Outra vantagem dos sistemasde ensino é que todas as escolasde uma mesma rede estarãotrabalhando em sintonia, seguindoa mesma linha curricular. “Dessaforma, se o aluno sair de umaescola e for para outra da mesmarede, ele não terá perda. Nãohaverá nenhum aspecto que tragaprejuízo pedagógico”, explicaMarta.
Outros aspectosSegundo Moretto, os
sistemas de ensino permitem aoscoordenadores e diretoresacompanharem a atividade docentecom mais segurança. “Em caso denecessidade, os gestores escolarestêm um suporte constante dossistemas de ensino para a formaçãocontinuada de seus professores”,comenta.
Em geral, os sistemas deensino também incluem diversosserviços às escolas conveniadas.No trabalho de apoio ao corpodocente, destaque para arealização de capacitações eassessoria pedagógica durantetodo o período do convênio. Por
meio desse trabalho, as escolasrecebem novos conhecimentos eatualizações pedagógicas,trocam experiências e semantêm bem informadas sobrea metodologia do sistema deensino adotado por elas.
Outro serviço refere-se aoapoio de portais educacionais, quelevam conteúdos pedagógicos aprofessores, pais e alunos.
Fonte: Centro de Excelência em Educação Expoente.
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“Por um mundo melhor”“Por um mundo melhor”“Por um mundo melhor”“Por um mundo melhor”“Por um mundo melhor”no Portal Escola Interativano Portal Escola Interativano Portal Escola Interativano Portal Escola Interativano Portal Escola Interativa
O canal Por um mundo melhor, relacionado ao
Tema Expoente 2009, está disponível na página
principal do Portal Escola Interativa
(www.escolainterativa.com.br). Basta clicar no
banner eletrônico “Por um mundo melhor”
e acessar explicações detalhadas sobre o tema.
Há informações sobre os 12 eixos (subtemas),
apresentação para pais e professores,
calendário 2009 (com possibilidade de
download) e dicas
de sites sobre
sustentabilidade e
responsabilidade
social.
Entre no portal e
confira!
História dos Povos IndígenaHistória dos Povos IndígenaHistória dos Povos IndígenaHistória dos Povos IndígenaHistória dos Povos Indígenae Afro-Brasileiroe Afro-Brasileiroe Afro-Brasileiroe Afro-Brasileiroe Afro-Brasileiro
O Expoente lança este ano a coleção A História dosPovos Indígena e Afro-Brasileiro. Em dois volumes, omaterial complementar é direcionado aos alunos do
EnsinoFundamental II.A publicaçãoapresenta oconteúdo deforma gradativa,mostrando àscrianças aevolução dacultura afro-brasileira e
indígena. “O livrofaz uma associação do momento atual com
o passado, fazendo um paralelo entre estes doistempos. As atividades são variadas e incluem aspectoslúdicos e imagens. A proposta é que o livro sejaprazeroso e ao mesmo tempo instrutivo em relação àaprendizagem”, explica o autor Sérgio Brandão, que éescritor, autor de mais de 50 livros, professor epsicólogo. A publicação já foi escrita de acordo comas novas regras ortográficas.
Coleção “Coleção “Coleção “Coleção “Coleção “A Educação FísicaA Educação FísicaA Educação FísicaA Educação FísicaA Educação Físicana Educação Infantil”na Educação Infantil”na Educação Infantil”na Educação Infantil”na Educação Infantil”
A publicação apresenta atividades agrupadas por
objetivos específicos, sempre respeitando as
características individuais da criança. A coleção é
dividida para crianças de 3 a 4 anos (volume 1),
para crianças de 4 a 5 anos (volume 2) e para
crianças de 5 a 6 anos (volume 3) e ainda
acompanha um livro
sobre cantigas
de roda,
músicas para
reconhecimento
do corpo músicas
sobredatas
comemorativas.
[ fique por dentro ]
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Inovações nos materiaisInovações nos materiaisInovações nos materiaisInovações nos materiaisInovações nos materiaisdo Expoentedo Expoentedo Expoentedo Expoentedo Expoente
O Sistema de Ensino Expoente lança este ano o
novo material didático do 3º ano do Ensino
Fundamental, que foi totalmente reformulado e já
está adequado à Reforma Ortográfica. Outra
novidade é a reformulação dos
materiais da 1ª série do Ensino
Médio, bem como a
atualização dos materiais
complementares que
acompanham essa série, e
que também foram
adequados à Reforma
Ortográfica. São eles:
Sustentabilidade, Metodo-
logia Científica: Primeiros
Passos, e o material de Arte I.
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TTTTTabela do Novoabela do Novoabela do Novoabela do Novoabela do NovoAcordo OrtográficoAcordo OrtográficoAcordo OrtográficoAcordo OrtográficoAcordo Ortográfico
A entrada em vigor do Acordo Ortográfico da LínguaPortuguesa, no início do ano, é um dos assuntos maisabordados atualmente nas escolas. Visando facilitar oentendimento das novas regras da ortografia, oExpoente preparou uma tabela, que pode ser usadapor alunos e professores. A tabela será enviadagratuitamente às escolas conveniadas, juntamente aovolume II do materialdidático. A tabela tambémestá disponível na páginaprincipal do portal EscolaInterativa, no banner “A novareforma ortográfica”.
Sucesso na linha deSucesso na linha deSucesso na linha deSucesso na linha deSucesso na linha dePré-Pré-Pré-Pré-Pré-VVVVVestibularestibularestibularestibularestibular
O Expodicas, material de apoio para o Pré-Vestibular,foi totalmente atualizado ereformulado para o ano de2009. Com layout ediagramação novos, seuconteúdo foi adaptado àmudança ortográfica dalíngua portuguesa. O materialreforça os assuntos maisimportantes das disciplinastrabalhadas no vestibular.
História e CulturaHistória e CulturaHistória e CulturaHistória e CulturaHistória e CulturaAfro-Brasileira e IndígenaAfro-Brasileira e IndígenaAfro-Brasileira e IndígenaAfro-Brasileira e IndígenaAfro-Brasileira e Indígena
A coleção História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
é direcionada aos alunos do Ensino Médio. De autoria
de André Marcos de Paula e Silva, os livros resgatam
as contribuições de afrodescendentes e indígenas na
formação da sociedade e da
população brasileira,
recuperando a
memória histórica e
reafirmando suas
identidades étnicas.
Encontros TEncontros TEncontros TEncontros TEncontros Temáticos noemáticos noemáticos noemáticos noemáticos noPortal escola InterativaPortal escola InterativaPortal escola InterativaPortal escola InterativaPortal escola Interativa
Dentre os canais disponíveis no portal Escola Interativa
(www.escolainterativa.com.br)
está um espaço
dedicado aos
Encontros Temáticos
Expoente.
É possível verificar
a programação
e o calendário
dos eventos para
2009, além de
conferir fotos e
materiais dos
encontros de anos anteriores.
Neste ano, os Encontros Temáticos têm
como tema principal Por um mundo melhor, o
Tema Expoente 2009-2010, relacionado à
sustentabilidade e ao consumo
consciente.
Entrevista do mêsEntrevista do mêsEntrevista do mêsEntrevista do mêsEntrevista do mêsUm dos destaques do portal Escola Interativa é a“Entrevista do mês”. Por meio deste canal, oseducadores podem conhecer um pouco maissobre o Grupo Expoente e seusgestores e sobre as escolasconveniadas ao Sistema deEnsino Expoente. É possívelacessar a todas as entrevistasde 2008 e as entrevistas jádivulgadas este ano.
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[ 14 ] impressão Pedagógica
Todos juntos porum mundo melhor
[ artigo ]
Marta Ubeda M. de Souza*
mas, por meio da educação,
podemos sim transformar nosso
mundo em um mundo melhor, seja
este “mundo” representado por sua
escola, seu município, seu estado,
seu país ou o Planeta Terra. É o que
acredita o Grupo Educacional
Expoente, que elegeu para seu
Tema 2009-2010 o título “Por um
mundo melhor”.
Relacionado à
sustentabilidade e ao consumo
consciente, o tema será trabalhado
com base em 12 eixos (veja a
seguir). Nossa proposta é levar às
escolas conveniadas ao nosso
sistema de ensino o conceito de
Educação Ambiental, pautado de
forma estratégica, organizada e
interdisciplinar, durante todo o ano
letivo.
O tema está
presente nas capas e
conteúdos do
material didático, nas
agendas escolares,
em materiais
complementares e em
materiais de apoio aos professores,
além de também estar presente nas
oficinas e palestras dos Encontros
Temáticos (leia detalhes sobre os
encontros na reportagem “Encontros
Temáticos em clima do Tema
Expoente 2009”, também nesta
edição). Os assuntos são
trabalhados com a visão do todo,
mas com abordagens diferentes,
apresentando informações e
atividades que sejam
compreensíveis para a realidade de
cada faixa etária, da Educação
Infantil ao Ensino Médio.
De forma contínua,
o tema permeia todo o trabalho
do professor em sala de aula.
Assim, servirá de guia, além de
proporcionar aos professores
orientações para um
embasamento teórico
* Marta Ubeda é gerente do Centro de Excelência
em Educação Expoente e mestre em Educação.
Tem formação em Pedagogia, especialização em
Educação Empreendedora e Formação de
Professores em Educação a Distância.
Imagine se todas as pessoas,
desde a infância, consumissem de
forma consciente. Imagine se todas
as crianças, jovens e adultos
agissem em prol de um meio
ambiente sustentável. Imagine se
todas as escolas ensinassem seus
alunos a criar um mundo melhor.
Com certeza, a realidade seria bem
diferente. Pode parecer utopia,
impressão Pedagógica [ 15 ]
e prático, de forma que
os educadores tenham
uma visão geral sobre
os cuidados com o
meio ambiente.
Para este
importante trabalho,
firmamos uma parceria
com Berenice Gehlen
Adams, educadora com
grande experiência em
Educação Ambiental e
fundadora do Projeto
Apoema de Educação
Ambiental. A parceria
envolveu a elaboração de materiais
de apoio ao professor, com textos
e sugestões de atividades
interdisciplinares. Foram
produzidos dois volumes: um da
Educação Infantil ao 5.º ano do
Ensino Fundamental e outro do 6.º
ano do Ensino Fundamental
ao Ensino Médio, já enviados às
escolas conveniadas. Também esse
material estará disponível
no Portal Escola Interativa
(www.escolainterativa.com.br).
Um aspecto fundamental
do tema “Por um mundo melhor”
é seu objetivo prático de provocar
uma mudança de comportamento
em relação a nosso papel
individual e coletivo no futuro do
planeta e da humanidade. O tema
também irá mostrar que os recursos
naturais não são inesgotáveis e que
sua preservação está interligada às
nossas atitudes diárias. Tudo o que
usamos e descartamos em casa, na
escola, no trabalho ou em qualquer
lugar gera algum tipo de impacto
econômico, social e ambiental.
A sistematização do temaA sistematização do temaA sistematização do temaA sistematização do temaA sistematização do tema“Por um mundo melhor” envolve 12 eixos:“Por um mundo melhor” envolve 12 eixos:“Por um mundo melhor” envolve 12 eixos:“Por um mundo melhor” envolve 12 eixos:“Por um mundo melhor” envolve 12 eixos:
1 – O que está acontecendo com o planeta
2 – Consumo: consciência e decisão
3 – A origem dos produtos
4 – Como reduzir a produção de resíduos
5 – Reutilize o máximo possível
6 – Reciclar: o poder da transformação
7 – Água: o recurso mais precioso do planeta
8 – A energia que move o mundo
9 – Transporte: em busca de alternativas sustentáveis
10 – Alimentos: produção e consumo
11 – Pequenas ações, grandes resultados
12 – Eu faço a diferença, e você?
Queremos
mostrar aos
educadores,
estudantes e seus
familiares que
pequenas ações
realizadas por um
grande número de
pessoas são capazes
de promover grandes
transformações.E a
possibilidade de
trabalharmos com as
crianças, que se
envolvem com mais
facilidade, permite formarmos
cidadãos com atitudes
conscientes.É importante
conscientizarmos os alunos de
que o futuro é hoje e tudo o
que fizermos terá reflexos
no amanhã.
Materiais de apoio ao professor
[ 16 ] impressão Pedagógica
[ conveniadas ]
[ 16 ] impressão Pedagógica
Cultura indígenaensinada com seriedade
Projetos que encantameducadores, alunos e pais semprefazem parte da realidade doColégio Saber, de Jundiaí (SP). Nãofoi diferente com o Projeto Índios –Pluralidade Cultural, realizado noano passado com os alunos do 1º.ao 3º. ano do Ensino Fundamental.Por meio do projeto, os estudantesvivenciaram de perto a realidadedos índios da tribo Kariri-Xocó.
A proposta envolveu umamplo trabalho, desde estudos epesquisas sobre os tipos de aldeiase tribos indígenas até um passeioem que os alunos conheceram uma
aldeia modelo, localizada emCabreúva (SP). “As criançasvisualizaram como é um dia naaldeia e comeram comidas típicas.O passeio foi inesquecível”, contaThays Vieira Araújo Rodrigues,coordenadora pedagógica daescola.
Thays acrescenta que cadaturma ficou responsável por umtema: comidas típicas, artesanato,vestimentas e vocabulário. Merecedestaque a criação do PequenoDicionário Tupi-Guarani, elaboradoem sala de aula e também com aajuda dos índios.
O resultado completo doprojeto, realizado por professores ealunos, foi apresentado aos pais emum evento especial, em um sábadode julho de 2008. Na ocasião, osestudantes fizeram a exposição finalde seus trabalhos. Os alunos do 3º.ano montaram uma aldeia artificial,com comidas e artesanato.
O evento também contoucom a visita dos índios da triboKariri-Xocó. “Os alunos gostaramtanto de visitar a aldeia modelo quesurgiu a ideia de levar os índios atéa escola”, comenta a coordenadorapedagógica.
Este ano será cheio denovidades para o ColégioCandelária, de Indaiatuba (SP). Há51 anos no mercado, a escola viveum momento de mudança, em queestá reformulando seus processosorganizacionais e implantandonovos projetos nas áreaspedagógicas e de psicologiaescolar. A escola possuiaproximadamente 900 alunos,atendendo desde a EducaçãoInfantil até o Ensino Médio. “Etemos ainda o ensino técnico deContabilidade, no períodonoturno”, acrescenta Karla VignoliViegas Barreira, diretora dainstituição.
Expansão curricularEm psicologia escolar, um
projeto sobre sexualidade foiimplantado e o projeto deorientação vocacional foireformulado e aprimorado. Oprojeto de orientação vocacional édestinado aos alunos do EnsinoMédio. Neste caso, os alunosparticipam de dinâmicas, assistempalestras, visitam a feira deprofissões da Universidade Estadualde Campinas (Unicamp) e, noterceiro ano, fazem testesvocacionais.
Outra novidade é a aberturade atividades extraclasse, comoaula de canto (Coral), e aimplantação de equipes esportivas
para competição. “Além disso,estamos ampliando trabalhosrelacionados à informática. Osalunos do 9º ano do EnsinoFundamental, por exemplo,estão produzindo um blogrelacionado à aprendizagem dasaulas de Língua Portuguesa”,informa a diretora.
Ainda em relação à internet,Karla informa que a escola estáprogramando lançar esteano seu primeiro site, que éatualmente prioridade. “Estamosenvolvendo os alunos nesseprocesso, pois a participaçãodos estudantes é muitoimportante”, relata.
[ 16 ] impressão Pedagógica
impressão Pedagógica [ 17 ]
Solidariedadese aprende na escola
[ conveniadas ]
impressão Pedagógica [ 17 ]
Um dos projetos maisbonitos da prática de amor aopróximo é o Projeto Solidariedade,vivenciado pelos alunos do ColégioIdeal, em Santa Bárbara d’Oeste,no interior de São Paulo. Esteprojeto tem dois segmentos: oCofrinho Solidário e CampanhasSolidárias, desenvolvidos há 13anos.
O Cofrinho Solidário é umtrabalho feito com os alunos daEducação Infantil ao 5º ano, sob aorientação da coordenadorapedagógica Maibi Leni de Castro, etem como objetivos: ensinar emMatemática os alunos a se tornaremconsumidores conscientes,aprendendo a economizar, lidarcom cédulas, moedas e seusvalores, e realizando as operaçõesmatemáticas com dinheiro. “Alémda prática da alegria que o mesmopode nos proporcionar e quepodemos proporcionar às outraspessoas”, informa a escola.
Desde o início do ano, osalunos devem, uma vez porsemana, levar R$ 2,00 paradepositar no seu cofrinho que ficano armário da professora e, alémdisso, podem depositar qualquerquantia que recebam de parentesou amigos.
Na Páscoa, os alunospraticam a Páscoa Solidária,retirando do cofrinho a sua primeiradoação, que é revertida na comprade ovos de páscoa que sãodistribuídos às crianças de
entidades assistenciais dacidade. Segundo ocolégio, “é lindo poderobservar a alegriaestampada no rostinhotanto da criança que dá,como no rostinho dacriança que recebe”.
A aprendizagemcontinua com a disciplinade Arte, principalmente naépoca do Dia das Mães e dos Pais,quando as crianças novamenteretiram o dinheiro do cofrinho paraa compra dos materiais que serãoutilizados na confecção dospresentes dos pais.
Na Semana da Criança, emoutubro, acompanhadas pelas pro-fessoras, as crianças vão à loja deR$ 1,99 com uma importânciaretirada do cofrinho para comprardois presentes iguais: um para ela eoutro que é destinado às criançascarentes das entidades assistenciaisda cidade.
A cada campanha realizada,professora e alunos fazem um levan-tamento do dinheiro do cofrinho eo saldo é apresentado aos pais pormeio da agenda. No final do ano, ocofrinho é devolvido e, com odinheiro nele contido, a criançacompra o seu presente de Natal.
Ainda com os alunos da Edu-cação Infantil ao 5º ano, há aCampanha do Leite. Em maio,crianças e mães participam dagincana do Dia das Mães, arreca-dando litros de leite e a série
vencedora recebe uma medalha.Em 2008, foram arrecadados2.182 litros, distribuídos entrecinco entidades.
Os alunos do 6º ano doEnsino Fundamental ao 3º doEnsino Médio, sob a orientação dacoordenadora Maria Inêz Begiato,também participam dinamicamentedesse projeto, visitando instituiçõessociais, como creches e asilos, econfeccionando objetos nas aulasde Arte, que são entregues àscrianças e idosos, como bonecos,colares e quadros.
Além dessa disciplina, aFilosofia também é envolvida noprojeto. “O professor mostra aosalunos a importância de se estar emcontato com pessoas que precisamde ajuda, ressaltando que a velhiceé uma trajetória de vida que precisaser valorizada pelos mais novos”,explica Maria Inêz. Já no segundosemestre, os alunos se envolvemem gincanas para a arrecadação demantimentos e fraldas que sãoentregues às instituições sociais.“Ser um aluno Ideal é ser solidário eparticipativo!”, informa a escola.
Sala de aula do Colégio Ideal: escola incentiva a solidariedade
[ 18 ] impressão Pedagógica
Imigração Japonesa
[ conveniadas ]
Colégio estuda 100 anos da
O Colégio Garcia Yago, de
São Paulo (SP), realizou no ano
passado o projeto “100 anos da
imigração japonesa”, envolvendo
professores, alunos e pais. O
sucesso e aceitação do projeto foi
tão grande que um dos seus
resultados foi a aproximação entre
as comunidades escolar e
japonesa.
A diretora da
escola, Nilma Luciana
de Freitas Fortes,
conta que o projeto
ocorreu durante todo
o ano e se encerrou
na Feira Cultural do
colégio, em
setembro. O projeto
envolveu os alunos da
Educação Infantil ao 4º ano do
Ensino Fundamental, sendo que
cada turma ficou responsável por
um tema relacionado à cultura
japonesa. “Os alunos da Educação
Infantil, por exemplo, aprenderam
sobre a técnica de Shiatsu, que foi
colocada em prática em sala de
aula, nos colegas de classe. Já
durante a Feira Cultural, foi a vez
dos alunos aplicarem a técnica nos
pais”, conta Nilma.
Entretanto, os pais ficaram
envolvidos com o projeto desde o
início e não apenas no evento.
“Eles fizeram pesquisas na internet
com os filhos e também foram
convidados a levá-los para
conhecer um templo budista,
localizado na Grande São Paulo”,
relata a diretora.
Outro tema abordado
durante o projeto foi a importância
da Cerimônia do Chá para os
japoneses, projeto que foi
apresentado na Feira Cultural pelos
estudantes do 3º ano do Ensino
Fundamental. Já os alunos da
Educação Infantil apresentaram no
evento uma dança típica
relacionada à época da colheita do
arroz. “A dança é para que haja
fartura no período da colheita.
Nossa professora foi pessoalmente
a uma comunidade japonesa para
conhecer essa dança”, explica
Nilma. Além da exposição dos
projetos dos alunos e das
apresentações de dança, a Feira
Cultural também contou com
comidas típicas da culinária
japonesa.
Tema 2009Neste ano, os alunos do
Colégio Garcia Yago irão aprender
sobre sustentabilidade
e consumo consciente,
pois, desta vez, o tema
da escola será “Por um
mundo consciente” e,
assim como no ano
passado, o projeto
será realizado durante
todo o ano letivo, com
encerramento
programado para a
Feira Cultural. “Os pais já estão
informados sobre o tema que está
sendo trabalhado em sala de aula e
também em sintonia com as datas
comemorativas. No Carnaval, por
exemplo, fizemos uma lembrança
de Carnaval (guarda-chuva da
dança do frevo, de Pernambuco)
com caixas de leite, em referência à
reciclagem”, informa a diretora.
“Pegamos uma carona no Tema
Expoente 2009 e vamos trabalhá-lo
como nosso projeto principal do
ano”, completa Nilma.
Alunos demonstram a importância da Cerimônia do Chá
impressão Pedagógica [ 19 ]impressão Pedagógica [ 19 ]
[ conveniadas ]
Dom Felipecomemora 10 anos de atuação
Situado na zona leste de SãoPaulo, no bairro de Itaquera, oColégio Dom Felipe nasceu em1999 para atender umareivindicação da comunidade quetinha filhos saindo da escola deEducação Infantil Paraíso
Encantado, cujo trabalho saciavaos anseios das mães, visto que oespaço oferecia conforto,segurança, muita organização e,principalmente, um trabalhopautado na filosofia do afeto, daresponsabilidade, na competênciae na contínua preocupação paraaprimorar o cotidiano.
Após 11 anos de muitainsistência e interesse dos pais, oEnsino Fundamental foi iniciado. Aequipe de professores abraçou acausa com entusiasmo, pois tinhacomo aliado e forte norteador dotrabalho o Sistema de EnsinoExpoente, com o encaminhamentode proposta sócio-
interacionista, promovendo temasatualizados e atividadesdiversificadas, dando a autonomiapara promover a criação doprofessor.
Atualmente, o Colégio DomFelipe já é reconhecido como uma
entidade educacional devanguarda, por meio de seusprojetos pedagógicos semprevoltados para a construção esolidificação dos valoreshumanos, abraçando a inclusão,promovendo o enriquecimentodo currículo escolar com aulasde Espanhol desde o 1° ano doEnsino Fundamental, assimcomo Informática, Robótica eFilosofia.
Este ano, toda acomunidade do ColégioDom Felipe está em festa,pois a escola comemora 10anos de atuação, trabalhoque é apontado comoreferência educacional emItaquera. “Todos estão emfesta, pois a contribuição decada aluno (amigo trazendo amigo)foi tornando esse espaço estudantilgeneroso, vibrante e aconchegante,no qual vir para a escola é umprazer, afastar-se dela gera saudadee deixá-la após a formatura gera oagradecimento, o reconhecimentoe a certeza de se ter feito a melhoropção no ato da matrícula”,
comenta Shirley Mauriz Ferreira,diretora da escola. “Todo esseencantamento se dá por conta deuma equipe docente e gestorapreocupada com suas metas, comsua responsabilidade política esocial, primando por lapidar a artede ensinar a cada encontro, a cadamomento”, completa Shirley.
A escola informa que, comorgulho, está formando cidadãosque, ao terminarem o EnsinoMédio, darão ao colégio aalegria de entrar em umafaculdade publicamentereconhecida. “Esperamos queos profissionais futuros reflitam
a formação que aqui receberame imitem seus professores amigos,trabalhando para se realizarem,para proporcionar a qualidadede um trabalho que somenteos responsáveis, competentes,idealizadores e bonsempreendedores de suasvidas são capazes”, finaliza adiretora.
[ 20 ] impressão Pedagógica
Desafios na relaçãofamília e escola
[ comportamento ]
Há muitos anos, a formação
da família brasileira vem sofrendo
modificações significativas, que
também afetam a relação entre pais
e escola. Um dos aspectos que
mais se tem debatido é o papel de
cada uma dessas instituições.
Para os pais, a escola
precisa assumir grande parte das
responsabilidades na educação de
seus filhos. Já para as escolas, os
pais acabam delegando ao colégio
suas responsabilidades e deveres,
mostrando desinteresse pela vida
escolar. No meio desse impasse,
estão crianças e jovens, alguns,
cada vez mais indisciplinados.
Entretanto, a relação entre
família e escola pode ser muito
mais fácil e prazerosa. Para atingir
esse objetivo, é fundamental que a
escola promova uma reflexão
contínua sobre essa relação e
busque um diálogo permanente
com os pais.
Um exemplo de esforço
para uma melhor relação entre
escola e família ocorre em
Salvador (BA), no Colégio
Bom Jesus. A diretora da escola,
Jane Russel Cardoso de Sena,
afirma que muitos pais não
compreendem a nobreza e a
grandiosidade da parceria.
“Existem aqueles que são
realmente parceiros da escola, mas
eles não são a maioria”, conta a
diretora.
Apesar dessa realidade, o
Colégio Bom Jesus tem colocado
em prática diversas ações, para
tornar a escola mais atraente e
interessante aos pais. “Buscamos
fazer reuniões alegres e dinâmicas.
Elas incluem sorteios de brindes
aos pais mais comprometidos e
aos que nunca faltam às reuniões,
por exemplo. Também enviamos
convites atrativos, que chamem a
atenção”, relata Jane. “Precisamos
ser criativos. É muito difícil motivar
uma clientela de poder aquisitivo
baixo, de pais que precisam
levantar às cinco horas da manhã e
retornar às 19 horas, cansados,
para no dia seguinte cumprir a
mesma jornada”, acrescenta.
Esforço conjunto entre pais e escolas contribui para o hábito da leitura e maior interesse pela aprendizagem por parte dos jovens
Mariana Branco
[ 20 ] impressão Pedagógica
impressão Pedagógica [ 21 ]impressão Pedagógica [ 21 ]
acompanhamento das tarefas
escolares, permissividade e defesa
dos erros dos filhos. Outro aspecto
é a falta de tempo dos pais e, neste
aspecto, vale criatividade e
flexibilidade para atendê-los. “Em
nosso colégio, fazíamos reuniões à
noite, mas muitos pais não
participavam. Então, como
trabalhamos com três trimestres,
buscamos fazer reuniões em turnos
diferentes para cada trimestre: pela
manhã, à tarde e à noite. Também
fazemos atendimento individual e
agendado no horário em que o pai
pode estar presente”, conta Jane.
Maior aproximaçãoMas não adianta querer uma
maior participação dos pais se a
escola apenas solicita reuniões para
falar sobre problemas. “Se a escola
chama os pais apenas para relatar
problemas, não vai haver pai no
mundo que passe a se identificar
com essa escola, visualizando-a
como uma instituição educacional
boa e adequada”, comenta
Vasconcelos.
É preciso criar empatia. O
Colégio Bom Jesus, por exemplo,
convida os pais para contar que o
filho é um bom aluno, tem notas
maravilhosas e que possui
potencialidades que precisam ser
incentivadas, como cantar, pintar,
dançar e desenhar. E a
aproximação também ocorre de
outras formas. “Promovemos
palestras educativas, feiras
comerciais com os pais, torneio de
dominó entre pais e moradores da
comunidade, e feira literária, por
meio da qual os pais estudam com
os filhos, produzindo em conjunto
maquetes e textos”, relata a
diretora.
Vasconcelos sugere ainda a
criação de um Observatório Escolar
de Ética e Cidadania. Permanente,
ele seria formado por professores,
pais, alunos e funcionários da
escola, e discutiria diversas
questões, não apenas as
necessidades individuais dos
alunos. “O observatório poderia
envolver palestras de sensibilização,
atividades artísticas culturais de
interesse dos alunos e dos pais,
com o propósito de mostrar a
importância e o valor da educação
e do conhecimento, e reuniões para
a discussão de temas atuais que
sensibilizam a sociedade, como,
por exemplo, a violência urbana”,
explica.
Além da aproximação
presencial, por meio do
Observatório, Vasconcelos sugere
que a interação com a família
também ocorra à distância, por
meio da internet. “A proposta é que
as escolas a utilizem para um
diálogo permanente com os pais. A
interação virtual pode se somar à
interação presencial”, explica.
Jane Russel Cardoso de Sena, diretora doColégio Bom Jesus: “Fazemos reuniões epalestras sobre a importância dosresponsáveis acompanharem aaprendizagem do filho”
Nova sociedade,novos pais
Mário Sérgio Vasconcelos,
doutor em Psicologia Escolar pela
Universidade de São Paulo (USP),
pós-doutor em Psicologia Cognitiva
pela Universidade de Barcelona e
autor de vários livros, lembra que
uma família de hoje é diferente de
uma família de 30 anos atrás.
“Antes, por exemplo, as mães
ficavam em casa e acompanhavam
em detalhes os valores que eram
passados aos filhos. Hoje, os
valores são mais difundidos pela
televisão. E, sem tempo, os pais
não estão dispostos a manter um
diálogo com a criança”, aponta
Vasconcelos, que também é diretor
da Faculdade de Ciências e Letras
da Unesp (Campus de Assis).
Diante destes aspectos, para
Vasconcelos, a escola inserida
nessa realidade precisa desenvolver
interações diferentes com os alunos
se comparadas às interações
realizadas há três décadas.
A diretora do Colégio Bom
Jesus concorda, afirmando que os
pais se esquecem de passar aos
filhos valores simples, como saber
ouvir o professor e o colega de
classe. “Numa sociedade
capitalista, que promove um mundo
cada vez mais competitivo, muitos
pais, na ânsia de satisfazer as
necessidades materiais de
sobrevivência da prole, delegam à
escola cada vez mais funções,
como a aprendizagem desses
valores”, ressalta Jane.
Na visão de Jane, há um
despreparo dos pais, que se
resume em falta de
[ 22 ] impressão Pedagógica
[ artigo ]
Participação dospais no cotidiano escolar
Soraya Sunaga*
Muito se discute, hoje em
dia, sobre a relação entre pais e
escola. Para que essa união dê
certo, é preciso que os pais
estejam convencidos de que
fizeram, de fato, a melhor escolha
quanto à instituição na qual seus
filhos irão estudar. Mesmo assim,
por mais esclarecidos e
convencidos que estejam, o
sentimento de insegurança no início
do processo é natural. São muitos
os medos: medo de a criança ou o
adolescente não se sentirem
felizes, de que a escola não cuide
bem deles quando pequenos, de
que a criança ache que os pais a
estão abandonando e medo de
que seu filho não se adapte
às novas amizades.
Superadas as
expectativas quanto à
escolha e à adaptação à
nova escola, é o momento
de viver a realidade do dia-a-
dia, e quando a família
participa de forma mais direta
na rotina escolar dos filhos, o
aluno sente-se seguro e tem
um processo de socialização
mais tranquilo, refletindo em
seu desempenho escolar.
Minha experiência de
15 anos trabalhando com
educação e de cinco anos como
gestora escolar mostra que,
quando os pais conversam com
seu filho sobre o que acontece na
escola e cobram o ajudando a
fazer o dever de casa, por
exemplo, o desempenho dessa
criança ou jovem melhora de forma
considerável.
Mas não basta o
envolvimento dos pais apenas com
as tarefas de casa. Eles também
precisam alertar os filhos sobre a
importância de não faltarem às
aulas e sobre a necessidade de
tirarem boas notas e de
desenvolverem o hábito do estudo.
O diálogo entre pais e filhos
é sempre importante, mas muitas
vezes as crianças e os adolescentes
não gostam muito de falar sobre o
que fazem na escola e esse
comportamento é característico da
maioria dos nossos alunos. Os pais
não devem forçar a situação e
insistir no relato, mas esse assunto
num contexto que vai além da
temática escolar. É preciso que os
pais criem momentos significativos
para o diálogo e não restrinjam
esses momentos a meros
questionamentos.
Hoje em dia, não considero
os novos pais como
despreparados, mas é preciso
*Soraya é Gestora Escolar do ColégioExpoente Água Verde, de Curitiba (PR)
impressão Pedagógica [ 23 ]
admitir que eles, em sua maioria,
estão realmente mais inseguros
com relação à forma de educar os
filhos, já que muitos dos valores
essenciais à formação humana se
perderam ao longo dos tempos,
diante de tantas transformações
sociais. Ao longo da história,
percebemos o movimento destas
transformações, como, por
exemplo, na década de 70, em
Woodstock. Os “filhos” da geração
de 1950 sentiam-se oprimidos e
sonhavam com uma formação na
qual a liberdade era o alicerce na
educação de seus futuros herdeiros.
Hoje, há uma dificuldade em
encontrar o equilíbrio e o
discernimento entre liberdade e
libertinagem, opressão e limites.
Neste contexto, a escola tomou
para si uma responsabilidade de
dimensões “gigantescas”, já que,
em muitas situações, faz-se
necessário que a orientação em
como educar os filhos seja feita
pela escola e somente por ela. A
escassez do tempo, os medos e os
estilos de vida que advêm de todo
este quadro social tornaram a
escola uma via de mão única e com
diferentes tarefas e responsabilidades.
Na verdade, não existem pais
desinteressados, mas sim pais que
acreditam que a escola tem a
obrigação de assumir papéis que
até então eram de responsabilidade
da família. Vale ressaltar que a
escola tinha um papel coadjuvante
neste sentido, nunca foi
desvinculada ou alheia da
formação/educação das crianças e
adolescentes. Mas, com a
“reconstrução” da estrutura familiar
em nossa sociedade, alguns
paradigmas foram construídos,
como o de que a escola deve
educar os filhos,
porque os pais
não têm mais
tempo, preparo e paciência para
pequenas ações e orientações do
dia-a-dia.
A partir do momento em que
os pais adquirem confiança e se
sentem acolhidos e parceiros da
escola, os vínculos se intensificam
e o interesse aparece de maneira
natural. Os pais percebem que a
educação é uma via de “mão
dupla” e que a troca de
informações e a reciprocidade no
relacionamento entre família e
escola contribuem para um mesmo
objetivo e resultados de sucesso.
A escola precisa entender e
conhecer as diferentes estruturas
familiares e aprender a trabalhar
com esta diversidade. Assim, a
partir do momento em que o
modelo familiar mudou, nos
deparamos com um maior interesse
e uma maior participação masculina
na escola. É comum haver pais que
escolhem a escola de seus filhos
sem a participação das
mães. E esses pais
tiram dúvidas,
acompanham as
tarefas e têm buscado
orientações sobre
como formar seus
filhos. Existem
também famílias
em que mesmo
quando os pais
são separados há
uma união em prol
da formação, a
favor do processo
educacional. Estes são apenas dois
modelos dentre tantos outros
vivenciados na rotina escolar.
Portanto, as instituições de
ensino da atualidade devem
entender as novas estruturas
familiares e conhecer suas
especificidades. A partir daí, as
escolas podem promover atividades
e eventos voltados para suas
necessidades. Quando cada lado
faz a sua parte – tanto escola,
como os pais – serão os alunos os
maiores beneficiados.
Pais precisam seenvolver na vidaescolar dos filhos
[ 24 ] impressão Pedagógica
Encontros Temáticosem clima do Tema
Expoente 2009
Desde 2005, o Grupo
Educacional Expoente realiza os
Encontros Temáticos Expoente, e
com esses eventos já capacitou
aproximadamente nove mil
professores. Neste ano, os
encontros ocorrem até o mês de
agosto e serão realizados em dez
capitais brasileiras, além de Bauru,
no interior de São Paulo, Cascavel,
no interior do Paraná, e Balneário
Camboriú, no litoral de Santa
Catarina (veja o quadro a seguir).
A programação inclui oficinas
direcionadas ao Material Didático
Expoente, apresentações de cases
das escolas, palestras sobre gestão
escolar (Marketing Escolar) e
conferências de especialistas
renomados. Desde 2006, a empresa
Aprender a Fazer Produções
Educacionais está à frente da
organização dos Encontros
Temáticos, sendo o Grupo
Expoente, por meio dos
departamentos Centro de
Excelência em Educação Expoente
(CEEE) e Comercial, o
responsável pela
realização dos
eventos.
Destinados
a diretores,
equipes técnicas-
pedagógicas e
professores das
escolas conveniadas ao Sistema
Educacional Expoente, os
Encontros Temáticos proporcionam
aos educadores dessas escolas a
oportunidade de uma atualização
voltada para ação-reflexão-ação. Os
encontros possuem dois objetivos
principais.
No aspecto pedagógico,
ofertar encontros de formação
continuada aos profissionais da
educação das escolas conveniadas,
aperfeiçoando-os no exercício da
função de educadores e cidadãos.
No aspecto comercial,
proporcionar um atendimento de
excelência, mostrando aos
conveniados e convidados o
trabalho e estrutura do grupo.
Marta Ubeda, gerente do
Centro de Excelência em Educação
Expoente (CEEE), acrescenta que
os Encontros Temáticos
proporcionam aos
professores das
escolas
conveniadas
atualização de
ideias, troca de
experiências e
[ eventos ]
impressão Pedagógica [ 25 ]
discussão de temas polêmicos.
“Além disso, sempre levamos aos
eventos especialistas em sintonia
com a atualidade. São palestrantes
de renome, que têm afinidade com
a nossa proposta pedagógica”,
completa Marta.
Neste ano, os Encontros
Temáticos têm como tema Por um
mundo melhor, o Tema Expoente
2009, relacionado à
sustentabilidade e ao consumo
consciente. “Dessa forma, os
palestrantes irão abordar assuntos
atuais e em sintonia com o nosso
tema”, explica Marta,
acrescentando que as oficinas, na
parte da tarde, também vão
trabalhar com o mesmo tema.
“Além de abordar sugestões de
atividades, metodologias, práticas
e uso do material didático, as
oficinas também têm como pano
de fundo o Tema Expoente 2009”,
reforça a gerente do CEEE.
A escola Castelinho
Encantado, de Rondonópolis (MT),
por exemplo, participou do
encontro que ocorreu no ano
passado em seu estado. Ângela
Alves de Sousa, diretora e
proprietária da escola, lembra que
o evento foi bastante proveitoso.
“Levamos todo o nosso quadro de
professores e dividimos nossas
participações por área de atuação”,
conta a diretora. “Gostei
muito dos palestrantes e também
aprendi com a troca de
experiências com colegas de
outras instituições. A reciclagem
de conhecimentos sempre é muito
válida”, acrescenta Gerciandra
Guimarães Chaves, professora da
Castelinho Encantado.
Entre no Portal Escola Interativa (www.escolainterativa.com.br) econfira palestrantes e temas no Encontro Temático programado para asua região. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail:encontrotematico@expoente.com.br.
Participação de palestrantes renomadosParticipação de palestrantes renomadosParticipação de palestrantes renomadosParticipação de palestrantes renomadosParticipação de palestrantes renomadosOs Encontros Temáticos de 2009 incluem conferências de
palestrantes de reconhecimento nacional e internacional. São nomescomo Joe Garcia, Mário Sérgio Vasconcelos, Nilson Machado, MarceloFreitas, Marcos Meier, Luiz Carlos Menezes, Mozart Neves Ramos, RositaEdler Carvalho, Júlio César Furtado e Ivone Boechat.
Os temas das palestras são variados. Alguns exemplos:Criatividade docente orientada para um mundo melhor; A escolasustentável; Como dar aulas motivadoras, significativas e quedesenvolvam a autonomia dos alunos; A presença das questões sociais,econômicas e ambientais nos conteúdos de instrução escolar; Educaçãoe desenvolvimento sustentável; Liderando escolas inovadoras; Motivaçãopara educar na adversidade.
Calendário Encontros TCalendário Encontros TCalendário Encontros TCalendário Encontros TCalendário Encontros Temáticos Expoente 2009emáticos Expoente 2009emáticos Expoente 2009emáticos Expoente 2009emáticos Expoente 2009EventoEventoEventoEventoEvento DataDataDataDataData
V Encontro do Interior do Paraná – Cascavel 14/03
IV Encontro de Santa Catarina – Balneário Camboriú 21/03
II Encontro do Interior de São Paulo – Bauru 21/03
VIII Encontro de São Paulo 04/04
V Encontro de Curitiba 25/04
V Encontro de Fortaleza 16/05
IV Encontro de Recife 23/05
V Encontro de Salvador 30/05
V Encontro do Rio de Janeiro 06/06
IV Encontro de Belo Horizonte 20/06
IV Encontro de Campo Grande 15/08
V Encontro de Cuiabá 22/08
V Encontro de Goiânia 29/08
[ 26 ] impressão Pedagógica
[ artigo ]
Ferramentastecnológicas no dia-a-dia da escola
*Consultor comercial do Expoente e mestre emEngenharia de Produção, com ênfaseem Mídia e Conhecimento pela UniversidadeFederal de Santa Catarina (UFSC). Professorda Faculdade Expoente e bacharel em Ciênciada Computação pela Puc-PR.E-mail: mgebran@expoente.com.br
Maurício Gebran*
autor do livro “Geração Digital”,
tecnologia é tudo o que é criado
depois que a pessoa nasceu.
Exemplo: para nossos filhos, o
computador não é tecnologia. Já
para nossos avós, a televisão era
considerada uma tecnologia.
Na escola, acredito que a
tecnologia está presente de duas
formas: na gestão escolar e na sala
de aula. No primeiro caso, a
tecnologia é utilizada para auxiliar o
gestor educacional em seu dia-a-
dia. Este profissional está sempre
preocupado em avaliar os
resultados das ações adotadas na
sua escola. A tecnologia, portanto,
pode ajudá-lo nesse processo,
auxiliando-o a tomar decisões e
disponibilizando um sistema de
gerenciamento que atenda às
necessidades de gestão e
planejamento. Neste sentido, o
Expoente desenvolveu algumas
soluções, como o Sistema de
Gestão Acadêmica (SGA), que
possibilita aos administradores uma
visão detalhada das condições da
rede de ensino, desde a qualidade
da rede física até o nível médio de
aproveitamento, incluindo níveis de
evasão escolar e Censo Escolar,
por exemplo.
Já quando o assunto é a
tecnologia presente na sala de
aula, um ponto importante é
conhecermos o papel do
computador no processo ensino/
aprendizagem. Neste enfoque,
os educadores precisam entender
que o computador é um recurso
que deve estar presente no
cotidiano da sala de aula, sendo
usado para potencializar a
educação e não apenas como um
recurso de ensino puramente de
informática, técnico, ou de reforço
do conteúdo. Dessa forma, o
computador deve ser visto como
uma ferramenta a ser agregada
dentro dos objetivos pedagógicos
a serem alcançados.
O grande problema é que,
em geral, o educador trabalha com
a tecnologia simplesmente porque
está sendo pressionado pela socie-
dade e, muitas vezes, trabalha de
forma tradicional com o computador.
A tecnologia deve estar a
serviço da educação, e não o
O que é tecnologia? Uma
boa definição é que tecnologia é
tudo o que o homem criou para
facilitar a sua vida, para expandir
seu conhecimento e tornar seu
trabalho mais fácil. Quando
falamos sobre isso, as pessoas
lembram somente de utensílios
novos e se esquecem de que o
papiro e o ferro de passar, por
exemplo, também são inventos
tecnológicos. Citando Tapscott,
impressão Pedagógica [ 27 ]
inverso. É o que chamo de
“Educação Mediada pela Tecnologia”,
conforme já citado pelo professor
Eduardo Chaves, da Unicamp.
No contexto da tecnologia
na área educacional, o Expoente
vem trabalhando, desde 1989, para
auxiliar o educador no uso
adequado desse tão valioso
recurso. Oferecemos
formação de professores,
assessoria técnica-
pedagógica e projetos
inovadores. Vale destacar
o projeto de robótica
pedagógica, que está
tendo grande sucesso nas
escolas municipais de
Paranaguá (PR), onde é
adotado desde 2006.
Neste município,
disponibilizamos curso de
formação aos
professores, assessoria e
concurso de robótica
pedagógica. A robótica
pedagógica nada mais é do que
um termo utilizado para caracterizar
ambientes de aprendizagem que
reúnem materiais de sucata
compostos por peças diversas,
motores e sensores controláveis por
computador e software que
permitem programar, de alguma
forma, o funcionamento de
modelos.
Para finalizar, cito um
depoimento da professora Léa
Fagundes, da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul
(UFRS), em que ela faz uma
provocação aos educadores:
“Que (você) não tenha medo
de errar nem vergonha de
dizer ‘não sei’ quando estiver
em frente a um micro. O
computador não é um simples
recurso pedagógico, mas um
equipamento que pode se
travestir em muitos outros
e ajudar a construir mundos
simbólicos. O professor só vai
descobrir isso quando se deixar
conduzir pela curiosidade, pelo
prazer de inventar e de explorar
as novidades, como fazem as
crianças”.
impressão Pedagógica [ 27 ]
Computador é um recurso que deve estar presente no cotidiano da sala de aula
Exemplo de robótica pedagógica com materiais de sucata
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Desde a Educação Infantil atéo Ensino Médio, os alunosprecisam necessariamenteparticipar das aulas de EducaçãoFísica. Infelizmente, cada vez maisestudantes perdem o interesse peladisciplina, principalmente porqueestão mais interessados emcomputadores e jogos eletrônicosdo que em praticar atividadesfísicas.
Neste contexto, osprofessores de Educação Físicatêm um desafio grande nas mãos:despertar o interesse de crianças ejovens pelo esporte, desenvolvendo
Educação Física éensino para a vida
[ aprendizagem ]
valores como respeito ao próximo,liderança e trabalho em equipe.
“O objetivo da EducaçãoFísica Escolar é proporcionar asocialização entre os alunos e umamaior participação em umaatividade física, visando ao gostopela prática e buscando uma vidafísica e mental mais saudável”,resume Silmara Luz deAlbuquerque, professora deEducação Física por dez anos eautora da coleção A EducaçãoFísica na Educação Infantil, além dediretora da Aprender a FazerProduções Educacionais.
A Educação Físicaeduca e prepara os alunospara o mundo. “Além deauxiliar no desenvolvimentomotor, trabalha valoreshumanos. Sem que seperceba, a criança está sendoformada psicossocialmente,adquirindo independência ecoragem para encarar os fatosdo seu dia-a-dia, para seimpor e discutir quandonecessário”, analisa Silmara.
Para Rosângela CruzMendes, há 15 anosprofessora de Educação Físicadas unidades escolares doGrupo Expoente, a EducaçãoFísica é fundamental na vidados alunos, pois é por meio
das relações interpessoais que acriança aprende e se desenvolve.“As atividades das aulas instigam osalunos a pensar, pois criam regras,compreendem a importância domovimento nas nossas vidas etrabalham aspectos como orespeito a opiniões e limitações doscolegas”, conta Rosângela.
No Colégio Quasar, de RioVerde (GO), a Educação Física éobservada como um componenteimportante para a integração doaluno à escola e entre os própriosestudantes. Miguel RodriguesRibeiro, diretor pedagógico da
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Com as aulas de Educação Física, osjovens ficam longe do computador epraticam atividades físicas
Mariana Branco
impressão Pedagógica [ 29 ]
instituição, conta que a disciplinarepresenta um momento dedescontração do aluno na escola.“É uma forma das crianças eadolescentes se envolverem maiscom o colégio. Além disso, adisciplina estimula o trabalho emequipe e a liderança, habilidadesimportantes para esses estudantesno futuro”, afirma Miguel.
Outra preocupação docolégio é fazer com que todos osalunos participem das aulas deEducação Física, principalmenteaqueles que não têm habilidade eque se sentem envergonhados. Asolução encontrada pela escola foipromover nas aulas de EducaçãoFísica jogos com menos regras,mas com muita descontração,incentivando a participação detodos.
Geração virtualA atividade física é essencial
na vida dos alunos, masfrequentemente ela compete comcomputador, TV e jogoseletrônicos. “Atualmente, os jovensficam muito isolados nocomputador e acabam perdendo ahabilidade de conversarpessoalmente, inclusive entre elesmesmos. A Educação Física ajudanessa aproximação, nessasociabilização”, destaca Miguel.“Temos observado a obesidadeinfantil. Precisamos tirar os jovensda frente do computador eincentivá-los a praticar esportes”,completa.
Se o espaço é cada vezmenor nas residências, e é cada vezmaior o tempo com televisão,computador e videogames, aEducação Física pode representaros poucos momentos de atividade
física das crianças. “Por isso, oprofessor precisa fazer umplanejamento com aulas práticas emotivadoras, em que os alunosvivenciem experiências adequadasao grau de desenvolvimento emcada etapa da vida escolar e faixaetária, com liberdade eespontaneidade nos movimentos”,orienta Silmara.
Criatividade emotivação
De acordo com Adauto dePaula, Coordenador de Eventos eEsportes das unidades escolares doExpoente, o conteúdo daEducação Física descrito nosParâmetros Curriculares Nacionais ébem abrangente e descreve‘esportes’ como jogos, lutas,ginástica, expressão corporal,atividades rítmicas e conhecimentosobre o corpo. “Desta forma, vai dacriatividade do professor proporatividades motivadoras”, orientaAdauto.
Os educadores tambémpodem adaptar brincadeiras damoda às aulas de Educação Física.“Tem-se falado muito nos jogos
eletrônicos em que as criançaspodem se movimentar. Um exemploé o tapete musical, onde a criançadeve seguir os movimentos pisandonos locais pré-determinados. Estaatividade pode ser realizada naescola utilizando um som e EVAcolorido (emborrachado conhecidocomo E.V.A., sigla inglesa para EthilVinil Acetat, Etileno Acetato deVinila). O professor constrói otapete, elabora coreografias e osalunos devem executar osmovimentos”, sugere a professoraRosângela.
Outra proposta é o professordesenvolver atividades fora daescola, como paintball e escalada,e levar os alunos para assistiremtreinamentos de equipesprofissionais de voleibol e futebol,por exemplo.
Adauto ainda destaca que osconteúdos e as atividades devemter uma sequência lógica,respeitando a idade e odesenvolvimento motor, para quepossam manter a motivação e ointeresse dos alunos. “Para isto,vale até o professor pesquisar oque é atual e adaptar às suas aulas.Hoje em dia, atividades como
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[ 30 ] impressão Pedagógica[ 30 ] impressão Pedagógica
circo, esportes radicais e lutasestão na moda”, afirma.
Além da criatividade, odiálogo também é importante. Pormeio da conversa, é possível saberquais são as atividades pelas quaisas crianças e jovens mais seinteressam e, a partir daí, elaborarum planejamento. “As criançasgostam de participar de atividadesonde elas possam criar, por isso, éfundamental ouvir suas opiniões”,explica Rosângela.
Aspectointerdisciplinar
Outra característica daEducação Física é suapossibilidade de relação comoutras disciplinas. Rosângela citadois exemplos: “A brincadeira‘Elefante colorido’ pode sertransformada em uma atividadeinterdisciplinar com o inglês,quando as cores são ditas eminglês. Já na brincadeira ‘Coelhinhosai da toca’, geralmente o professorutiliza arcos dispostos no chão.Estes podem ser substituídos porfiguras geométricas desenhadascom giz, fazendo uma relação coma matemática. Ao sinal, a criançadeve procurar a figura solicitada esentar”, explica.
Adauto de Paula cita outraspossibilidades: “Pode-se fazer umarelação com a Física, calculando-seos ângulos dos movimentos dosatletas no levantamento de pesos etentando achar o ângulo correto.Com a Geografia, no estudo dascondições do tempo para a práticade exercícios. E com a Biologia, noestudo dos alimentos e suasinfluências no desempenho dosatletas”.
Educação Física e a infânciaEducação Física e a infânciaEducação Física e a infânciaEducação Física e a infânciaEducação Física e a infânciaNesta entrevista, Silmara Luz de Albuquerque, autora da
coleção A Educação Física na Educação Infantil, do Sistema deEnsino Expoente, detalha o papel desta disciplina na vida dascrianças.
Impressão Pedagógica – Como a Educação Física ajudano desenvolvimento de crianças de três a seis anos?Silmara Luz de Albuquerque – O desenvolvimento acontece nosaspectos físico, cognitivo e psicossocial, e as mudanças queocorrem em cada um desses itens afetam os demais. A partir dasatividades, a criança vai descobrindo seu potencial edesenvolvendo suas habilidades.
IP – Quais tipos de preocupações os professores devemter em relação às atividades?Silmara – O professor de Educação Física, ao trabalhar com aEducação Infantil, deve conhecer os estágios do desenvolvimentodessa fase para proporcionar os estímulos adequados a cadaetapa, buscando a educação integral. A escola tem papelfundamental no aprendizado e, consequentemente, nodesenvolvimento da criança, mas precisa estabelecer situaçõesdesafiadoras. De início, a aula é mais “livre”, com muita exploraçãodo ambiente e materiais disponíveis. Aos poucos, o professorpode começar a determinar algumas situações, o que só ocorreapós a criança ter adquirido confiança em si mesma, nos colegase no professor. A principal preocupação deve ser com oacolhimento individual, pois a integração da criança ao grupoacontece naturalmente, conforme ela se sente mais segura eprotegida no novo ambiente.
Crianças descobrem seu potenciale desenvolvem habilidades com aEducação Física
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